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boletim ABNT, v. 14, n. 157, Maio/Jun 2017 EFICIÊNCIA E SEGURANÇA NO LAR

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boletim AB

NT, v. 14, n. 157, M

aio/Jun 2017

EFICIÊNCIA

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EDITORIAL

www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 3

Segurança dentro de casa

Quando se fala em utensílio doméstico, vem logo à mente algo que facilite ta-refas, que simplifique a vida diária e pode ser encontrado em qualquer cômodo de uma residência. Alguns estão integrados à rotina das pessoas de tal forma, que é difícil imaginar um só dia sem eles. O mais importante, porém, é que a maioria tem a produção orientada por normas técnicas, que promovem eficiência e segurança de forma continuada.

No acervo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) há grande quan-tidade de documentos relacionados a utensílios domésticos, envolvendo processos produtivos, matérias-primas, ensaios, entre outros aspectos, sempre acompanhando o desenvolvimento tecnológico e a evolução de determinados artigos. É o caso, por exemplo, da norma para garrafas térmicas, revisada recentemente e que agora abran-ge os vários tipos desse produto encontrados no mercado nacional.

Pode-se destacar também o vidro de utilidades domésticas - assadeiras, taças, pra-tos – que mereceu a instalação de uma Comissão de Estudo Especial. A normalização, que por muitos anos teve como alvo os vidros planos utilizados na construção civil, hoje se estende ao desempenho de produtos que estão em todas as cozinhas.

Paralelamente à atividade de normalização, a ABNT empenha-se para oferecer cada vez mais programas de certificação de utensílios domésticos, em especial aque-les de certificação compulsória determinada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Reconhecida como o Organismo com maior quan-tidade de programas voluntários do país, a ABNT também leva sua Marca de Confor-midade para dentro das residências.

A normalização, afinal, é sempre necessária, fazendo com que utensílios domés-ticos e outros produtos, assim como projetos, sistemas, bens e serviços atendam às finalidades para as quais foram criados, alcançando o máximo nível de qualidade e sem oferecer riscos aos usuários.

Ricardo FragosoDiretor Geral

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SUMÁRIO

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Pedro Buzatto CostaVice-Presidente: Mário William EsperSão Membros Natos: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Ministério da Defesa – Secretaria de Produtos de Defesa – Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial. Sócios Mantenedores: Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Siemens Ltda., Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Pau-lo (Sinaees), Sindicato da Indústria de Máquinas (Sindimaq), Tigre S.A Tubos e Conexões, WEG Equipamentos Elétricos S/A. Sócio Contribuinte Microempre-sa: DB Laboratório de Engenharia Acústica Ltda. Sócio Contribuinte: Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Ma-

teriais de Construção (Abramat), Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroes-pacial (DCTA), Instituto Brasileiro de Qualificação e Certificação (IQB), Schneider Electric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon). Sócio Cola-borador: Catia Mac Cord Simões Coelho. Comitês Brasileiros: Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar (ABNT/CB-26).

CONSELHO FISCALPresidente: Nelson CarneiroSão membros eleitos pela Assembleia Geral – Sócio Mantenedor: Asso-ciação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Sócio Individual Colabo-rador: Marcello Lettière Pilar.

CONSELHO TÉCNICOPresidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-038)

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EFICIÊNCIA E SEGURANÇA NO LARAplicação de normas técnicas em processos produtivos contribui para que utensílios domésticos desempenhem as funções para as quais foram cria-dos, sem oferecer riscos aos usuários.

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 5

Maio/Jun 2017

International Organization Standardization

International Electrotechnical Commission

Comisión Panamericana de Normas Técnicas

Asociación Mercosur de Normatización

DIRETORIA EXECUTIVA:Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior/ Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação - Antonio Carlos Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira

ESCRITÓRIOSRio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Conselheiro Nebias, 1131 – Campos Elíseos – 01203-002 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) / Av. Paulista, 726, 10º andar – 01203-002 – São Paulo/SP – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNTProdução Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Ti-ragem: 5.000 exemplares/ Publicidade: [email protected] / Jornalista responsável: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Coordenação, Revisão e Redação: Monalisa Zia e Laila Pieroni / Colaboração: Oficina da Palavra / Boletim ABNT: Maio/Jun 2017 – Volume 14 – Nº157 / Periodicidade: Bimestral / Projeto Grá-fico, Diagramação e Capa: Dídio Art & Design ([email protected]) / Impressão: 57 Gráfica e Editora.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

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UMA QUESTÃO DE CONFIABILIDADE

FOCO NOS OBJETIVOSSINERGIA CONTRA A LEGIONELLA

14 Para cuidar bem das roupas

20 Pela sustentabilidade das cidades

22 Feiras

25 A marca ABNT em evidência

26 Pergunte à ABNT

28 Curtas

30 Novos sócios

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Uma questão de confiabilidade

Com a monografia intitulada “Certifi-cação de produtos de segurança contra incêndio: Análise do cenário nacional

e proposta de atuação dos Corpos de Bombeiros”, o major PM Marce-lo Alexandre Cicerelli, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, foi o vencedor do 4º Prêmio Insti-tuto Sprinkler Brasil de Trabalhos Técnicos. Profundo conhecedor do assunto, com o qual lida há cerca de 10 anos, o autor argumenta que “a qualidade da segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco somente poderá ser garanti-da se ela for observada em todas as vertentes, sendo necessário um bom regulamento técnico, um bom

projeto técnico, produtos e instala-ções adequadas”.

A base da pesquisa do major Cicerelli foi um estudo sobre a qualidade dos chuveiros automáti-cos – ou sprinklers – no Brasil, que apontou sérios problemas de não conformidade, comprometendo o funcionamento do produto e a se-gurança do consumidor. Segundo ele, a falta de regulamentação tam-bém afeta a concorrência e o pró-prio Corpo de Bombeiros, já que seu esforço na área de prevenção acaba prejudicado.

“O Instituto Nacional de Me-trologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) não tem oferecido pro-gramas de avaliação da conformi-dade dentro das expectativas do setor e, de alguma maneira, uma

Autor de trabalho premiado defende a ampliação da certificação compulsória de produtos de segurança contra incêndio visando à melhoria da qualidade e a criação de legislação nacional estabelecendo a atuação dos Corpos de Bombeiros.

medida alternativa deve ser toma-da, para que o presente cenário de desconfiança seja revertido no fu-turo”, ele enfatiza.

A Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) é várias vezes citada no trabalho, tanto devido à atuação da Certificadora, como “o organismo que mais dis-põe de programas de certificação na área de segurança contra in-cêndio”, como pelas normas que, na avaliação do autor, ainda não atendem às necessidades de especi-ficação ou de desempenho de pro-dutos, em sintonia com a norma-lização técnica internacional, fato que atribui, entre outros fatores, ao pouco interesse da sociedade.

Entre os entrevistados pelo major Cicerelli, por sinal, estão

<<< Certificação >>>

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 7

o gerente de Certificação de Pro-dutos da ABNT, Sérgio Pacheco, e o superintendente do Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024), José Carlos Tomina.

ReconhecimentoO major PM Cicerelli considera

o prêmio um reconhecimento da comunidade técnica pelo trabalho desenvolvido em prol da sociedade e da segurança contra incêndio no Brasil. “É isso que almejamos como profissional do Corpo de Bombei-ros ao longo dos últimos 23 anos na carreira”, ele comenta.

A premiação, ele avalia, tam-bém é uma forma de reconhecer seu esforço em pesquisas para a tese defendida. “O tema foi esco-lhido porque verifiquei, durante as minhas atividades no Corpo de Bombeiros, que a qualidade dos equipamentos de prevenção é um dos pontos mais vulneráveis em todo o ciclo que visa à segurança das edificações”, informa.

O objetivo do autor foi apresen-tar aos integrantes dos Corpos de Bombeiros e à comunidade técni-ca que atua no setor de segurança contra incêndio todo o arcabouço jurídico nacional que regula a ati-vidade de avaliação da conformida-de, para nivelar os conhecimentos e esclarecer dúvidas, possibilitando a tomada de decisões mais acertadas.

Para verificar a complexida-de do problema e balizar futuras ações, Cicerelli avaliou o cenário atual no Brasil em relação aos prin-cipais produtos de segurança con-tra incêndio, identificando progra-mas de avaliação da conformidade,

normas técnicas, associações de fornecedores, laboratórios de en-saio e organismos de avaliação da conformidade.

O trabalho é complementa-do com pesquisas com os Corpos de Bombeiros dos Estados, com as empresas que atuam no setor e com especialistas que ajudaram a indicar alguns caminhos alternati-vos que podem ser adotados para implementar uma regulação e me-lhorar a qualidade dos produtos de segurança contra incêndio.

“A ideia foi propor uma regula-ção pelo Corpo de Bombeiros, em uma parceria com as associações de fabricantes e afins, mas dentro do Sistema Nacional de Metrolo-gia, Normalização e Qualidade In-dustrial (Sinmetro), de modo que a avaliação da conformidade, que hoje não existe ou é apenas volun-tária pelo Inmetro, passasse a ser compulsória, melhorando assim a qualidade dos produtos e a segu-rança das edificações e de seus ocu-pantes”, revela o autor.

Neste cenário, de acordo com o major PM Cicerelli, uma legis-lação nacional, trazendo as regras gerais de atuação dos Corpos de Bombeiros, será fundamental para legalizar e padronizar as ati-vidades de avaliação da conformi-dade dos produtos de segurança contra incêndio.

“É importante ampliar a discus-são sobre o tema, nos Corpos de Bombeiros Militares e na comuni-dade técnica afim, para que se possa aprimorar a proposta e já trabalhar para um futuro, espero não muito distante, em que os produtos de segurança contra incêndio sejam de maior confiabilidade em nosso

mercado”, conclui Cicerelli, que, além da formação de oficial PM pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco, é Mestre e Doutor em Ciências Policiais de Seguran-ça e Ordem Pública e formado em Engenharia Civil e em Direito, com especialização em Direito Público.

Certificação, uma garantia

Diretor do Departamento de Metrologia e Qualidade do Institu-to de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem/SP), Oswaldo Al-ves Ferreira Junior também defende que a certificação é uma ótima fer-ramenta de controle pré-mercado. Mas, ressalva que os consumidores iniciais de produtos e sistemas de segurança contra incêndio são na sua maioria profissionais, autô-nomos ou não, ligados a áreas da engenharia, por isso deveriam ter conhecimentos acima da média do consumidor brasileiro, não esque-cendo inclusive de sua responsabi-lidade civil e criminal.

“Sabemos que muitas vezes quem compra não é quem proje-tou, entretanto no descritivo do projeto não custa especificar não somente qual produto e onde será instalado, mas também indicar que deve estar de acordo com nossas normas ABNT e certificados, pois nada melhor que uma certificação para garantir isso”, afirma.

O custo para cumprir com os re-quisitos normativos e de certifica-ção é infinitamente menor que os custos de uma não conformidade, principalmente em caso de sinistros, avalia Ferreira Junior. O problema, principalmente com

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produtos importados, é que não existe sistematicamente fiscaliza-ção quanto ao real atendimento às Normas Brasileiras, que é obri-gatório por força da Lei de Defesa do Consumidor. “Daí também a importância de uma certificação, uma vez que no ato de uma visto-ria pelos Corpos de Bombeiros, na grande maioria das vezes, não há como identificar potenciais proble-mas causados pelo descumprimen-to das normas”.

Para reduzir a circulação de pro-dutos não conformes no mercado brasileiro, o diretor do Ipem obser-va que tanto em licitações como em processos de compras de em-presas, é fundamental a cobrança de uma avaliação da conformidade daquilo que se está comprando. “As seguradoras poderiam também impor avaliações prévias quanto ao cumprimento das Normas Bra-sileiras para efeito de cálculos de risco e prêmio. Poderíamos ainda ter uma abrangência maior nos programas de avaliação da confor-midade do Inmetro, entretanto, devem ser compulsórios”.

Com a experiência de mais de vinte anos atuando no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC), como fisca-lizador, Ferreira Junior entende que o Inmetro não deve mais permitir o uso de sua marca em nenhum pro-duto. Se a certificação é de 3ª par-te, a marcação no produto deve ser apenas do produtor/importador e seu certificador, que passa a ser cor-responsável, e nunca do regulamen-tador e fiscalizador do mercado.

“Os certificadores devem se pre-ocupar: com os níveis da qualidade de seus processos de avaliação; os

riscos de uma não conformidade nesses processos; entender que a saúde financeira advém da qualida-de nos processos e principalmente não querer substituir responsabi-lidade, perante os consumidores, através de uma marca nacional que não lhe pertence”, adverte, comple-mentando que, seja a certificação de 1ª ou 3ª parte, é fundamental a vigilância por meio de fiscalizações, com coletas de produtos no merca-do, ensaios e punições exemplares por descumprimento das normas.

Falta cultura de prevenção

Felipe Melo, diretor da Associa-ção Brasileira de Sprinklers (ABS-pk) e da ICS Engenharia, não tem dúvidas sobre a importância das Normas Brasileiras na segurança contra incêndio, alegando que são adotadas pela maioria das instru-ções técnicas do Corpo de Bom-beiros e Decreto Estadual. Como membro da Comissão de Estudo de Sprinklers do ABNT/CB-024, ele destaca o trabalho de elaboração e revisão de normas, para que sejam cada vez mais utilizadas e tragam maior credibilidade ao mercado.

Da mesma forma, Melo confia na certificação de produtos como garantia de que funcionem em caso de necessidade. “Trabalhamos juntamente com a ABSpk e Cor-po de Bombeiros para que mais equipamentos sejam certificados e mais normas de fabricação sejam elaboradas pela ABNT, para que o mercado passe a incorporar estas exigências e procedimentos nas instalações”, afirma. Segundo ele, atualmente, encontram-se muitos

equipamentos de proteção contra incêndio sem certificação, com al-tos índices de falha, como relatado no trabalho do major PM Cicerelli.

Melo lamenta que hoje não existam meios de barrar a entra-da da maioria dos equipamentos de proteção contra incêndio que vêm de fora e sem certificação, vis-êm de fora e sem certificação, vis-m de fora e sem certificação, vis-to que as normas e regulamentos do Corpo de Bombeiros ainda não exigem que tudo seja certificado. “Ainda não temos, também, certi-ficação voluntária ou compulsória de vários equipamentos essen-ciais na proteção, principalmente quando falamos de sprinklers, que salvam vidas, porém devem ter seu funcionamento assegurado, e somente a certificação traz a con-fiança no produto”.

Segundo ele, a distribuição de produtos não conformes no mer-cado brasileiro deve ser limitada por alguns fatores: legislação para exigir a utilização de somente pro-dutos certificados; normas de fabri-cação para estabelecer os requisitos mínimos de fabricação destes pro-dutos; procedimento via Inmetro para atestar a certificação e testes regulares de produto; e conscienti-zação da população.

“O Brasil não possui uma cul-tura de prevenção, porém quando falamos de proteção contra incên-dio, vidas, muito mais do que pa-trimônio, estão em jogo e, portan-to, tudo deve ser levado a sério”, conclui Melo.

Para conhecer o trabalho do major Marcelo Cicerelli: http://www.abnt.org.br/images/Docspdf/Tra-balho_Certificacao_de_Produtos_de_Seguranca_contra_Incendio.pdf

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10 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

Sinergia contra a legionella

Comissões de Estudo de diferentes Comitês unem-se na elaboração de projeto de norma para prevenir o desenvolvimento da bactéria em sistemas de distribuição de água.

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 11

Durante a elabo-ração do Projeto de Norma (PN) 02:146.03-003/1 - Sistemas pre-diais de distribui-

ção de água fria e água quente, os membros da Comissão de Estudo, atuando no âmbito do Comitê Bra-sileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), perceberam a importân-cia do tratamento de patogenias, tendo como foco principal a Legio-nella, um gênero de bactéria natu-ralmente presente em ambientes aquáticos. Daí nasceu a Comissão de Estudo de Prevenção de Patoge-nias na Distribuição de Água em Edificações (CE-002:146.005), que está em plena atividade.

“Vimos que era preciso tratar das patogenias nesses sistemas pre-diais, especialmente da Legionella, com o crescimento da utilização de instalações mais complexas de aquecimento de água, como aque-las que usam gases combustíveis ou sistemas de aquecimento solar”, relata o coordenador da Comissão de Estudo, Alberto Fossa. Ele com-plementa que também foi motivo determinante para criação do novo grupo o crescente número de casos de pessoas infectadas por esta do-ença no Brasil e no mundo.

Inicialmente, no desenvolvimen-to do Projeto de Norma de sistemas prediais de distribuição de água fria e quente, ficou definido o estabele-cimento de um anexo informativo e foi criado um Grupo de Trabalho específico, envolvendo os princi-pais agentes e especialistas sobre o assunto Legionella no Brasil, para a elaboração de uma proposta de Nor-ma Brasileira. No final de 2016, foi

constituída a CE - 002:146.005, que teve sua primeira reunião ainda em dezembro daquele ano.

“O calendário de 2017 prevê reuniões mensais pré-agendadas e a CE está trabalhando no PN 002:146.005-03 - Prevenção de legio-nelose associada a sistemas de distri-buição de água em edificações”, infor-ma o coordenador.

Várias ações de normalização têm sido desenvolvidas para supor-te adequado aos sistemas prediais. Por isso, o Comitê Brasileiro de Ga-ses Combustíveis (ABNT/CB-009) tem tratado da normalização de sistemas de aquecimento de água a gás. Por sua vez, o Comitê Brasi-leiro de Refrigeração, Ar-Condicio-nado, Ventilação e Aquecimento (ABNT/CB-055) vem se dedican-do aos componentes e sistemas de aquecimento de água através de energia solar.

Segundo Alberto Fossa, o uso dessas energias, além da própria

eletricidade, tem contribuído para sofisticar os sistemas de aqueci-mento de água e aumentar do nível de conforto para os usuários finais. “No entanto, o crescimento da so-fisticação dos sistemas prediais pre-cisa ser acompanhado de cuidados específicos, particularmente quan-to aos quesitos de segurança e saú-de, e é neste espaço que se insere a nova CE”, ele explica.

Outras patogenias relacio-nadas aos sistemas de distribui-ção de água em edificações serão tratadas em futuros trabalhos, desde que pertinentes. A Comis-são de Estudo atualmente con-ta com mais de 40 participantes entre consumidores, fabricantes, universidades e institutos de pes-quisas. Os interessados em par-ticipar devem enviar mensagem à secretaria do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), através do e-mail [email protected].

A Legionella pode causar dois quadros clínicos distintos, sendo o mais grave o que é co-nhecido como “doença dos le-gionários”, que pode ser fatal, envolvendo pneumonia, distúr-bios digestivos e insuficiência renal. O outro é a Febre Pontiac, semelhante à gripe.

A bactéria não se transmite por meio da ingestão de água contaminada, nem de uma pessoa para outra. A infecção transmite-se por via aérea, pela

inalação de gotículas de águas contaminadas com a bactéria.

O habitat natural dessa bac-téria é o ambiente com água, tanto natural quanto artificial. A Legionella forma colônias em reservatórios de água, como rios, lagos, nascentes e solos úmidos, mas também pode ser encontra-da em meios artificiais como cir-cuitos para chuveiros, filtros de aparelhos de ar-condicionado, sistemas de refrigeração e nebu-lizadores, entre outros.

Água é o habitat

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Foco nos objetivos

Erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, energia, água e saneamento,

padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, infraes-trutura e industrialização e cresci-mento econômico são alguns dos temas contemplados nas 169 metas e 17 Objetivos de Desenvolvimen-to Sustentável (ODS) que há dois anos norteiam ações ao redor do mundo.

Negociações iniciadas em 2013

e concluídas em 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. resultaram na definição dos ODS destinados a orientar políticas na-cionais e atividades de cooperação internacional no período de quinze anos, ou seja, até 2030, atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cuja imple-mentação teve consistente partici-pação do Brasil.

Normas técnicas podem ofere-cer subsídios para políticas públicas e soluções que atendem à maioria dos ODS. Confira alguns dos do-cumentos disponibilizados à socie-dade pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):

Objetivo 2 – trata de Alimen-tos, envolvendo gestão da segu-rança de alimentos, embalagem e etiquetagem, qualidade de produ-tos e rastreabilidade. No acervo da ABNT há normas que abrangem todo o percurso dos alimentos, des-de sua produção até a hora em que são expostos em supermercados, compreendendo produtores, trans-porte de gado vivo, refrigeração para frigorifico e para supermerca-do, picador de carne, entre outras. A mais conhecida refere-se a siste-mas de gestão de segurança de ali-mentos e está sob responsabilidade da Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104).

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• ABNT NBR ISO 22000:2006 – Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Re-quisitos para qualquer orga-nização na cadeia produtiva de alimentos. Esta norma es-pecifica requisitos para o sis-tema de gestão da segurança de alimentos, no qual uma organização na cadeia pro-dutiva de alimentos precisa demonstrar sua habilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o produ-to está seguro no momento do consumo humano.

• ABNT NBR 13177:2012 – Embalagem – Avaliação do potencial de contaminação sensorial de alimentos e bebi-das. Esta norma especifica métodos para avaliação do potencial de materiais de embalagem de conferir odor ou sabor estranho aos ali-mentos e bebidas através de testes sensoriais.

• ABNTNBRNM323:2010 – Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) – Requisitos. Esta norma estabelece os requisi-tos para o desenvolvimento, implementação, manuten-ção e atualização eficaz de um sistema funcional de controle de perigos em qual-quer organização que inte-gre a cadeia produtiva de alimentos, para assegurar a segurança dos alimentos.

• ABNTNBRISO22005:2008 – Rastreabilidade na ca-deia produtiva de alimentos e rações – Princípios gerais e re-quisitos básicos para planeja-

mento e implementação do sis-tema. Esta norma apresenta os princípios e especifica os requisitos básicos para o planejamento e implemen-tação de um sistema de ras-treabilidade de alimentos e rações. Pode ser aplicada por uma organização atu-ando em qualquer etapa da cadeia produtiva de alimen-tos e rações.

Objetivo 10 – trata de Me-lhores Práticas, abrangendo res-ponsabilidade social, proteção do consumidor, quebra de barreiras ao comércio e saúde e segurança ocu-pacional:• ABNTNBR16001:2012 -

Responsabilidade social – Sis-tema de gestão – Requisitos. Esta norma estabelece os requisitos mínimos relati-vos a um sistema de gestão da responsabilidade social, permitindo que a organiza-ção formule e implemente uma política e objetivos que levem em conta seus com-promissos com: a) a respon-sabilização; b) a transpa-rência; c) o comportamento ético; d) o respeito pelos interesses das partes inte-ressadas; e) o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização; f) o respeito às normas internacionais de comportamento; g) o res-peito aos direitos humanos; e h) a promoção do desen-volvimento sustentável.

• ABNT NBR ISO 26000:2010 – Diretrizes sobre res-ponsabilidade social. Esta

norma fornece orientações para todos os tipos de or-ganizações, independente-mente do porte ou localiza-ção, sobre conceitos, termos e definições referentes à res-ponsabilidade social; o his-tórico, tendências e caracte-rísticas da responsabilidade social; princípios e práticas relativas à responsabilida-de social; os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social; in-tegração, implementação e promoção de comporta-mento socialmente respon-sável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua es-fera de influência; identi-ficação e engajamento de partes interessadas; e comu-nicação de compromissos, desempenho e outras infor-mações referentes à respon-sabilidade social.

• BD OHSAS 18001:2007 – Sistemas de gestão da saú-de e segurança ocupacional – Requisitos. Este documento da série OHSAS especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão da saúde e segurança ocupacional (SSO), para permitir que uma organização controle os seus riscos nessa área e melhore o seu desempe-nho. Este documento não especifica os critérios de desempenho específicos da SSO, nem fornece especi-ficações detalhadas para a concepção de um sistema de gestão.

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14 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

Para cuidar bem das roupas

A informação de como cuidar de roupas e de outros materiais têxteis é normalizada pela Associação Brasi-

leira de Normas Técnicas (ABNT) desde 1988, quando foi publicada a ABNT NBR 8719. Para oferecer ao País uma norma equivalente à internacional, em 2005 foi lançada a ABNT NBR NM ISO 3758, sobre códigos de cuidado usando símbo-los, que recebeu revisão em 2013.

Uma das perguntas mais fre-quentes é sobre a sequência da sim-bologia, que segue a lógica temporal dos tratamentos, isto é, inicia pelos símbolos de lavagem doméstica. Em segundo lugar está a indicação do al-vejamento, para eliminação de man-chas ou desinfetar com oxidantes na lavagem. Vem depois o símbolo da secadora, que pode ou não ser se-guido da secagem natural. Uma vez seco, pode-se fazer a passadoria. Te-ríamos assim a finalização da limpe-za do material têxtil, porém alguns

artigos não podem ser lavados em ambiente doméstico e então pode--se recorrer à limpeza profissional. Temos assim as opções conforme mostrado na ilustração abaixo.

A sequência deve ser seguida, embora a Portaria 166 de 2011 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) tolere a alteração de etapas. Mas va-mos fazer certo desde a primeira vez, com a norma que tem valor para o Brasil (ABNT NBR ), para o Merco-sul (NM) e para o mundo (ISO).

ABNT NBR NM ISO 3758:2013 Versão Corrigida 2:2013 – Têxteis – Códigos de cuidado usando símbolos (ISO 3758:2012, IDT). Esta Norma estabelece um sistema de símbolos gráficos que devem ser utilizados na etiquetagem de artigos têxteis, forne-cendo informações sobre tratamentos severos, para que não provoquem danos irreversíveis. A Norma especifica o uso destes símbolos em etiquetagem de cuidados.

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Informações: (11)3017-3620 ou

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Eficiência e segurança no larAplicação de normas técnicas em processos produtivos contribui para que utensílios domésticos desempenhem as funções para as quais foram criados, sem oferecer riscos aos usuários.

Feitos de vidro, plástico, metal, madeira, utensí-lios domésticos são tão integrados ao dia a dia das famílias, que muita gente é incapaz de ima-

ginar como seria a vida sem eles. Grande parte surgiu em um pas-sado distante, recebendo aprimo-ramentos para atender às deman-das por utilitários cada vez mais eficientes e seguros. Hoje, normas técnicas cuidam para que esses re-quisitos sejam disseminados entre os fabricantes, garantindo a satisfa-ção dos usuários.

O vidro é um bom exemplo des-sa evolução e não é por acaso que a Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT) disponibiliza grande quantidade de documentos para as diversas aplicações do ma-terial. Cássio Brigide, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Utensílios de Vidro (ABNT/CEE-190), lembra que, embora a manu-fatura de vidro no Brasil tenha se iniciado em meados do século 17, o processo de normalização só co-meçou a ganhar corpo na década de 1990, especificamente para vidros planos e de segurança.

Desde 1998, a Associação Bra-sileira de Distribuidores e Proces-sadores de Vidro Plano (Abravidro) é a responsável pela elaboração e atualização de normas técnicas no âmbito do Comitê Brasileiro

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Para todas as gar-rafas térmicas

Em março foi publicada a ABNT NBR 13282:2017, que estabelece os requisitos mínimos de segurança e desempenho a serem seguidos pe-los fabricantes de garrafas térmi-cas com isolamento por vácuo e os métodos de ensaios que devem ser atendidos. É uma versão revisada, que recebeu mudanças no título e no escopo. A edição anterior – de 1995 – contemplava apenas garra-fas térmicas com ampola de vidro.

“A revisão veio para atender a esta questão de ausência de norma-lização para garrafas térmicas com ampolas de diferentes materiais”, observa Klaus Quelhas, coordena-dor da Comissão de Estudo Espe-cial de Garrafas Térmicas (ABNT/CEE-229). Ele complementa que foram definidos métodos e requi-sitos para avaliação das garrafas térmicas em todo o seu conjunto, buscando avaliá-las da mesma ma-neira como elas serão utilizadas pelo consumidor final.

Foram também revisados os va-lores de temperaturas referentes ao teste de eficiência térmica - que ava-lia aquilo que é mais esperado de uma garrafa térmica, ou seja, a sua capa-cidade de conservar a temperatura - para contemplar modelos de diferen-tes volumes e diâmetros de boca.

Em um mercado comparti-lhado por fabricantes nacionais e distribuidores estrangeiros, a boa notícia, de acordo com o co-ordenador, é que recentemente o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) realizou um programa de avalia-ção de garrafas térmicas de uso do-méstico, cujos resultados demons-

de Vidros Planos (ABNT/CB-037). Atualmente existem perto de 40 normas específicas para este tipo de aplicação. Para as embalagens de vidro destinadas a produtos ali-mentícios há a norma ABNT NBR 14910:2003, que define os requisi-tos necessários para fabricação e métodos de ensaio.

“No entanto, para o vidro de utilidades domésticas existem poucas normas específicas tanto no mercado internacional quanto no nacional, exigindo a utilização de documentos genéricos para re-ferenciar os requisitos do produ-to, como, por exemplo, a ASTM (American Society for Testing and Materials) e BSI (British Standar-ds Institution)”, observa Brigide. Este cenário motivou a criação da ABNT/CEE-190, que resultou na elaboração de normas com foco na proteção do consumidor brasileiro.

O mercado de utilidades domés-ticas vem passando por transforma-ções na aplicação do produto final, principalmente quanto a resistência térmica e mecânica, além de segu-rança do consumidor. A manufatu-ra vidreira nacional, de acordo com Brigide, tem investido de forma consistente em processos para me-lhorar continuamente a qualidade do produto e atender a exigências das normas internacionais.

Mas, se no exterior os fabrican-tes precisam comprovar o atendi-mento aos requisitos do produto que está sendo oferecido para co-mercialização nos respectivos mer-cados, no Brasil a falta de obriga-toriedade na aplicação das normas expõe o consumidor a artigos im-portados de qualidade e segurança duvidosas. “As normas técnicas pu-blicadas pela ABNT estão atualiza-

das com as normas internacionais e com os avanços tecnológicos deste segmento”, garante o coordenador.

A ABNT/CEE-190, instalada em 2014 para estabelecer diretrizes e desenvolver normalização para produtos de utilidades domésticas, já elaborou três normas especificas: ABNT NBR 15506:2016 - Utensílios de Vidro - Assadeiras ou Travessas de vidro para utilização em forno; ABNT NBR 16319:2014 – Utensílios de Vidro – Copos e taças de vidro decorados ou não até 600ml; e ABNT NBR 16523:2016 – Utensílios de Vidro – Pratos e pires de vidro com ou sem decoração.

No plano de trabalho da Co-missão de Estudo Especial cons-tam mais cinco projetos de nor-mas e um deles, identificado como 190:000.000-004, envolvendo jar-ras, decanters, xícaras e canecas, está em etapa final. Posteriormen-te, será a vez dos produtos de li-nha profissional.

De nada adianta, entretanto, ter utensílios refratários de vi-dro que atendem às normas, se o usuário não cuidar de sua conser-vação reduzindo riscos de quebra, que podem causar danos físicos. Cássio Brigide, que é diretor de Logística, Suprimentos e Qualida-de da empresa Nadir Figueiredo, recomenda, para a limpeza, que o produto seja lavado com cuidado, evitando o uso de material abrasi-vo, como palhas de aço, saponáce-os ou limpadores com alto teor de soda. Também deve evitar o uso de material pontiagudo e, se o utilitá-rio apresentar rachaduras, lascas, ou sofrer qualquer tipo de queda ou impacto, não utilizá-lo mais ao forno. É importante ainda que o vi-dro não seja submetido a mudan-ças bruscas de temperatura.

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tram o elevado nível de qualidade dos produtos comercializados no país, tanto em desempenho como no aspecto da segurança.

Como cuidado nunca é demais, Quelhas recomenda que, no mo-mento da compra, o consumidor tenha em mente que o máximo desempenho da garrafa térmica, em termos de conservação de tem-peratura, é alcançado quando o produto é usado com todo o seu vo-lume preenchido, ou seja, é preciso buscar garrafas térmicas de volume próximo ao que efetivamente será utilizado. Se o volume for muito in-ferior ao nominal, terá seu desem-penho comprometido e, portanto, não conservará a temperatura de maneira apropriada. “Além disso, é sempre importante que os con-sumidores leiam atentamente as instruções contidas no manual que acompanha as garrafas, para obte-rem melhor desempenho e seguran-ça durante sua utilização”, adverte.

Sem um programa de certifica-ção para garrafas térmicas, os fa-bricantes adotam voluntariamen-te procedimentos que permitam atestar e declarar que atendem aos requisitos da norma ABNT. “Even-tualmente, seus produtos podem ser avaliados por órgãos de defesa do consumidor quanto ao cumpri-mento dos requisitos da norma”, ressalta o coordenador.

Do copo descartá-vel ao mobiliário

Os copos plásticos descartáveis também se tornam cada vez mais presentes no ambiente domésti-co, mas houve um tempo em que eram alvo de alto índice de recla-

mações na Ouvidoria do Inmetro. Aconteciam acidentes nos quais consumidores finais se molha-ram ou sofreram queimaduras ao tomar bebidas em copos descar-táveis que apresentavam rasgos e furos e, principalmente, tinham paredes laterais tão frágeis que obrigavam o uso de duas unidades superpostas. Por isso foi elaborada a ABNT NBR 14685:2012 – Copos plásticos descartáveis.

“Esta norma determina os re-quisitos mínimos exigíveis para copos plásticos descartáveis des-tinados ao consumo de bebidas e outros usos similares. Os copos plásticos devem ser fabricados em resina termoplástica com ou sem adição de aditivos e pigmentos e devem atender às disposições re-gulamentares para plásticos em contato com alimentos”, explica o coordenador da Comissão de Estu-do Especial de Copos Plásticos Des-cartáveis Termoformados (ABNT/CEE-105), Mariano Bacellar Neto.

A norma estabelece um peso mí-nimo para cada copo, conforme sua capacidade volumétrica, para garan-tir um desempenho mínimo no seu uso. Além disso, aplica-se o requisito de resistência à compressão lateral, especialmente para copos com capa-cidade até 149 mL, que são os mais utilizados com bebidas quentes.

Os ensaios de migração total, feitos em laboratório para simu-lar o uso real com líquidos aquo-sos ácidos, tais como sucos de frutas, ou gordurosos, como leite, servem para garantir a mínima interferência com o alimento que vai ser utilizado.

Segundo o coordenador, a aplica-ção compulsória da norma para cer-

tificação de todos os copos descartá-veis fez os fabricantes se adaptarem ao regulamento técnico do Inmetro, com isso eliminando as não confor-midades apresentadas inicialmente. “Podemos considerar que a norma ABNT NBR 14865:2012 é um caso de sucesso”, ele afirma.

Mariano Bacellar Neto, entre-tanto, orienta que o consumidor final deve observar nas embalagens as informações de capacidade total e a quantidade de copos, além do selo de conformidade. No fundo dos copos deve ter sua capacida-de, algum tipo de identificação da marca ou nome do fabricante e a simbologia de identificação do ma-terial para a reciclagem.

Quando se trata de móveis para casa, destacam-se aspectos como conforto e design, que são subje-tivos, por isso o Comitê Brasilei-ro do Mobiliário (ABNT/CB-015) elabora normas que protegem a re-lação com o desempenho. “Como produtos com grande conforto e/ou design podem trazer falsa sen-sação de qualidade, a norma se torna importante para proteger a melhor escolha”, comenta o gestor Claudio Muzi.

A norma para cadeiras de es-critório (ABNT NBR 13962:2006), entretanto, é o exemplo apontado por Muzi para mostrar essa preo-cupação do Comitê: “É uma norma de metodologia e de verificação de resultados, sem fazer referência a qualquer matéria-prima ou design, possibilitando a utilização dela também no início do desenvolvi-mento de um produto”.

Para evitar decepções, o gestor do ABNT/CB-015 recomenda que no momento da compra de uma peça

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 19

de mobiliário o consumidor pergun-te se o produto possui referência de qualidade e o mínimo a atendimen-to a norma técnica da ABNT.

Sempre priorizados nas normas, os requisitos de segurança devem ser atendidos em todos os utensílios domésticos e, em alguns casos, são primordiais. É o que acontece com as panelas de pressão, por exemplo. Na Comissão de Estudo Especial de Utensílios Domésticos Metálicos (ABNT/CEE- 066), foi elaborada a ABNT NBR 11823:2016 – Panela de pressão e de baixa pressão, que deve ser aplicada pelos fabricantes, com vistas à certificação compulsória determinada pelo Inmetro.

Certificação Quando entramos em uma resi-

dência, é difícil identificar a quanti-dade de produtos que possuem nor-mas técnicas ou que são certificados pela ABNT. Nos últimos anos, a ABNT Certificadora tem se envolvi-do cada vez mais para garantir que os utensílios domésticos estejam de acordo com as normas técnicas.

Como resultado desse esforço, a ABNT está presente da cozinha ao escritório, promovendo a seguran-ça nos mais variados eletrodomés-ticos, no fogão e nas panelas, no consumo de energia, no mobiliário e aparelhos do escritório, nos col-chões e na cadeira alta de alimen-tação do bebê.

Quando o objetivo é garantir a segurança das pessoas, a ABNT Certificadora não descansa. Por isso, tem se dedicado intensamente à certificação de produtos com cer-tificação compulsória do Inmetro, bem como vem desenvolvendo pro-

gramas próprios que levam a Marca de Conformidade ABNT para den-tro das residências.

A ABNT é atualmente o Orga-nismo com a maior quantidade de escopos acreditados pelo Inmetro e a maior quantidade de progra-mas voluntários do país, justifi-cando o reconhecimento do valor de sua marca pelos fabricantes e pela sociedade.

CapacitaçãoMais de 200 cursos são disponi-

bilizados pela ABNT, familiarizan-do profissionais dos mais diferentes setores com o mundo da normali-zação e promovendo as melhores práticas. Um deles tem o tema “Segurança de produtos”, sendo estruturado nas normas ABNT NBR ISO 10377:2014 – Segurança de produto de consumo – Diretrizes para fornecedores e ABNT NBR ISO 10393:2014 – Recall de produtos - Re-call de produto de consumo – Diretri-zes para fornecedores.

O curso é destinado a pessoas que atuam ou pretendem atuar em processos e sistemas relacionados à redução dos riscos de segurança dos produtos para os consumido-res e à implementação e melho-ria de programas de recall. Um de seus objetivos é proporcionar uma orientação prática aos fornecedores de todos os portes para ajudá-los a avaliar e gerenciar a segurança dos produtos de consumo que forne-cem, desde o projeto, passando pela entrada de matérias-primas, produção, distribuição, disponibi-lização no comércio até o usuário final e seu descarte.

A carga horária é de 16 horas,

em dois dias, com direito a apos-tila com conceitos e exemplar das duas normas técnicas e certificado de participação. Por ser um curso sob consulta, os interessados de-vem fazer contato pelo e-mail: [email protected].

Há também um treinamento sobre Certificação de Eletrodomés-ticos e afins, voltado a empresários, responsáveis técnicos e demais pro-fissionais de estabelecimentos pro-dutores ou importadores de apare-lhos eletrodomésticos e similares, que necessitem se adequar às exi-gências da Portaria nº 371 do Inme-tro. A duração é de 8 horas em um dia e há turma programada para o dia 2 de agosto.

Os interessados em aplicar normas técnicas em seus proces-sos produtivos ainda podem obter na ABNT coletâneas eletrônicas sobre variados temas. Uma delas reúne cinco normas sobre col-chões, envolvendo modelos e ma-teriais distintos, como a ABNT NBR 10591:2008 – Materiais têx-teis – Determinação da gramatura de superfícies têxteis e a ABNT ABNT NBR 15413-1:2013 - Col-chão de molas e bases . Parte 1: Re-quisitos e métodos de ensaio.

Outra coletânea digital compre-ende 15 normas técnicas para mo-biliário doméstico, incluindo camas beliche, diferentes tipos de berços e móveis para cozinha. Entre elas estão, por exemplo, a ABNT NBR 15164:2004 – Móveis estofados – Sofás; a ABNT NBR 14033:2005 – Móveis para cozinha; ABNT NBR 15761:2009 – Móveis de madeira – Requisitos e métodos de ensaios para laminados decorativos.

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Pela sustentabilidade das cidades

Pioneira no Brasil, a ABNT NBR ISO 37120:2017 – Desenvol-vimento sustentável de co-munidades – Indicadores para serviços urbanos e

qualidade de vida, publicada em ja-neiro pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é uma contribuição para que órgãos pú-blicos e governos melhorem a sus-tentabilidade das cidades. A norma define e estabelece metodologias para um conjunto de indicadores relacionados ao desenvolvimento sustentável de comunidades ur-banas, com o objetivo de orientar e medir o desempenho de serviços

Norma publicada pela ABNT traz indicadores para orientar e medir o desempenho de serviços urbanos e qualidade de vida.

urbanos e qualidade de vida.O novo documento é resultado

do trabalho de tradução e adaptação da norma ISO 37120:2014 – Sus-tainable development of communi-ties – Indicators for city services and quality of life, pela Comissão de Es-tudo Especial de Desenvolvimen-to Sustentável em Comunidades (ABNT/CEE-268). Atuando como espelho do Technical Committee TC 268 – Sustainable cities and com-munities, da International Organi-zation for Standardization (ISO), a Comissão brasileira é coordenada pelo professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC) da Escola Politécnica da

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Universidade de São Paulo (Poli-USP), Alex Abiko.

A ABNT NBR ISO 37120:2017 contém 100 indicadores de susten-tabilidade urbana, envolvendo os aspectos ambiental, econômico, social e tecnológico, entre outros. Embora não estabeleça padrões que apontem se uma cidade é sus-tentável ou não, oferece requisitos que devem ser avaliados para se medir a sustentabilidade, como, por exemplo, o índice de mortali-dade infantil e a existência de fa-velas. “Esse documento vai ajudar os municípios, governos de Estado, o Ministério das Cidades a medir a sustentabilidade das cidades”, afir-ma Abiko.

Segundo o coordenador, tam-bém organizações privadas podem utilizar a Norma Brasileira, para atestar aos clientes e governo o quanto seus empreendimentos são sustentáveis. “Nosso objeti-vo é sensibilizar vários atores da sociedade a começar a entender a norma e a utilizá-la, contribuindo com sugestões para que seja apri-morada, porque são previstas revi-sões a cada três anos”, ele enfati-za. E complementa que algumas cidades já manifestaram interes-se em aplicar a ABNT NBR ISO 37120:2017.

O trabalho da ABNT/CEE-268 continua intenso. “Até o final do ano teremos a norma de Sistemas de Gestão para o Desenvolvimento Sustentável, mostrando o que as cidades devem fazer, e uma de Ter-minologia”, anuncia Abiko.

Também estão no planejamento uma norma para Cidades Inteligen-tes e outra sobre Indicadores para Resiliência Urbana, que deverá

contribuir para a rápida recupera-ção de comunidades após desastres naturais, como enchentes. “É uma norma que orientará como devem se preparar em situações que se am-plificam com as mudanças climáti-cas”, explica o coordenador.

O fato de a ABNT/CEE-268 atuar como espelho do Comitê da ISO, participando da discussão de novas normas, intensificará a apro-ximação com outros países e insti-tuições, possibilitando a inserção de questões específicas do Brasil nos documentos internacionais. “Nosso processo de trabalho é di-nâmico”, conclui Abiko.

Participam da Comissão de Es-tudo Especial diversas instituições e órgãos públicos, entre eles: Cai-xa, Ministério das Cidades, Com-panhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Con-selho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Câmara Brasileira da Indús-tria da Construção (CBIC), Sindica-to da Habitação (Secovi), Conselho Brasileiro da Construção Sustentá-vel (CBCS), Poli-USP, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), Companhia de Desen-volvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e Instituto de Engenharia.

Demanda nasceu na academia

As atividades de pesquisa do PCC/Poli-USP, que mantém linha de estudos em planeja-mento e engenharia urbanos, apontaram a importância de o País ter uma norma sobre co-munidades urbanas sustentá-veis. Ali, com a colaboração da doutoranda do Departamento, a engenheira Iara Negreiros, a ABNT NBR ISO 37120:2017 começou a nascer.

Os pesquisadores encontra-ram mais de 150 sistemas de medição de sustentabilidade das cidades desenvolvidos em diversos países, incluindo o Bra-sil. Chegaram à norma da ISO, que foi escolhida devido à cre-dibilidade da organização inter-nacional. No passo seguinte, já constituída a ABNT/CEE-268,

fez-se o trabalho de tradução e adaptação.

“Não bastava apenas tradu-zir para a Língua Portuguesa, mas fazer uma avaliação téc-nico-científica do documento porque, ao mesmo tempo em que não se pode alterar uma norma ISO para adotá-la e como uma ABNT NBR ISO, era preciso fazer adaptações à realidade brasileira, o que foi feito por meio de notas”, expli-ca Alex Abiko. Um exemplo de nota está na definição de fave-la, que também pode ter como sinônimos, no Brasil, os ter-mos assentamentos precários ou assentamentos subnormais, como utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE).

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FEIRAS E EVENTOS

FEIRAS E EVENTOS

22 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

HIGIEXPO25ª Feira de Produtos e Serviços para Higiene,

Limpeza e Conservação Ambiental

Evento simultâneo:

26º HIGICON - CONGRESSO INTERNACIONAL DO MERCADO DE LIMPEZA PROFISSIONAL8 a 10 de agosto (13 h às 20 h)

Local: Expo Center Norte

Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São

Paulo – SP

Mais informações: higiexpo.com.br

 

INTERSOLAR SOUTH AMERICA22 a 24 de agosto (12 h às 20 h)

Local: Expo Center Norte (pavilhão branco)

Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São

Paulo – SP

Mais informações: www.intersolar.net.br

 

LAVTECHFeira Internacional para Lavanderias

22 a 24 de agosto (14 h às 20 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: feiralavtech.com.br

CONCRETE SHOW SOUTH AMÉRICA23 a 25 de agosto (Dia 23 das 13 h às 20 h | Dias 24 e

25: 10 h às 20 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo/SP

Mais informações: www.concreteshow.com.br

 

Apoio Institucional

CONSTRUCTION EXPO 20173ª Feira de Edificações & Obras de Infraestrutura

Serviços, Materiais e Equipamentos.

07 a 09 de junho

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: www.constructionexpo.com.br

SOBRATEMA SUMMITDifusão de Conhecimento para Profissionais da

Construção, Meio Ambiente e Equipamentos.

07 a 09 de junho (9 h às 18 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: www.sobratemasummit.com.br

 

M&T EXPO – FEIRA INTERNACIONAL DE EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO E MINERAÇÃO9ª Feira e Congresso Internacionais de

Equipamentos para Construção e

7ª Feira e Congresso Internacionais de

Equipamentos para Mineração.

09 a 13 de junho (dias 09 a 12 das 13 h às 20 h | dia

13/06 das 9 h às 17 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: www.mtps.org.br

FEIRAS E EVENTOS

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FEIRAS E EVENTOS

FEIRAS E EVENTOS

www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 23

FORN&CER 20179ª Edição Encontro Internacional de Fornecedores

e Cerâmicas

20 a 22 de Junho (14 h às 20 h)

Local: Centro de Exposições anexo à sede da

Aspacer

Entrada pela Rodovia Washington Luís, km 167

Rua 4, 470 – Santa Gertrudes – SP

Mais informações: www.aspacer.com.br/hotsite/

fornecer

CONNECTED SMART CITIES 201721 a 22 de junho

Local: Centro de Convenções Frei Caneca

Rua Frei Caneca, 569 – Consolação – São Paulo –

SP

Mais informações: www.connectedsmartcities.com.br

 

FFIC – 2ª FEIRA DE FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES22 a 24 de junho

Local: Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro 

(Maringá)

Av. Colombo, 2186 – Vila Morangueira – Maringá –

PR

Mais informações: www.¨c.com.br

 

12ª FEIRA METAL MECÂNICA05 a 08 de julho

Local: Parque de Exposições Maringá

Avenida Colombo, 2186 – Maringá – PR

Mais informações: www.feirametalmecanica.com.br

 

BRASEGFeira Brasileira de Segurança e Saúde no Trabalho

e Proteção contra Incêndios 

19 a 21 de julho (13 h às 21 h)

Local: Expominas Belo Horizonte

Endereço: Av. Amazonas, 6030 – Gameleira – Belo

Horizonte – MG

Mais informações: www.braseg.tmp.br

 

FIEE - 29ª FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA ELÉTRICA, ELETRÔNICA, ENERGIA E AUTOMAÇÃO25 a 28 de julho (13 h às 20 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: www.fiee.com.br

METROSAÚDE 2017Simpósio de Metrologia na Área da Saúde

26 de julho (08 h 30 às 18 h 00)

Local: Hospital Sírio-Libanês Instituto de Ensino e

Pesquisa

Rua Prof. Daher Cutait, 69 – Bela Vista – São Paulo

– SP

Mais informações: www.metrosaude.tmp.br

CONSTRUSUL - 20ª FEIRA INTERNACIONAL DA CONSTRUÇÃO02 a 05 de Agosto (quarta a sexta: 14 h às 21 h e sába-

do: 11 h às 18 h)

Local: FENAC

Av. Nações Unidas, 3825 – Novo Hamburgo – RS

Mais informações: www.feiraconstrusul.com.br

 

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FEIRAS E EVENTOS

FEIRAS E EVENTOS

24 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

TECNO CARNE13ª Feira Internacional de Tecnologia para a

Indústria da Proteína Animal

08 a 10 de agosto (13 h às 20 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: www.tecnocarne.com.br

 

 

WORKSHOP “PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES NA CONSTRUÇÃO CIVIL”14 a 18 de agosto

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ

Cidade Universitária da UFRJ – Ilha do Fundão –

Bloco A – Rio de Janeiro – RJ

Mais informações: www.nppg.org.br

 

EXPOPOSTOS & CONVENIÊNCIA 2017Feira e Fórum Internacional de Postos de Serviços,

Equipamentos, Lojas de Conveniência & Food

Service.

15 a 17 de agosto (Fórum das 9 h às 13 h | Feira das

13 h às 21 h)

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center

Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP

Mais informações: www.expopostos.com.br

II SEMINÁRIO DE MANUFATURA17 de agosto

Local: Universidade Paulista UNIP

Rua Dr. Bacelar, 1.212 – São Paulo – SP

Mais informações: aea.org.br/home

 

ENFAUTO 2017Encontro Nacional  e Feira do conhecimento da

Reparação Automotiva

18 e 19 de agosto

Local: Centro de Eventos Jorge Joaquim Daux

Boabaid e CELHS

Rua Madre Maria Vilac, 2020 – Canasvieiras –

Florianópolis – SC

Mais informações: www.enfauto.com.br

 

FI SOUTH AMERICA 201722 a 24 de agosto (13 h às 20 h)

Local: Transamérica Expo Center

Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo

Amaro – São Paulo – SP

Mais informações: www.fi-events.com.br

evento paralelo:

INNOVAPACK SOUTH AMERICA22 a 24 de agosto (13 h às 20 h)

Local: Transamérica Expo Center

Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo

Amaro – São Paulo – SP

Mais informações: innovapackexpo.com/pt

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 25

A marca ABNT em evidência

Em seu esforço perma-nente para disseminar a importância da nor-malização técnica aos mais diversos segmen-tos da sociedade, a As-

sociação Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT) leva a sua marca para feiras de negócios e outros eventos setoriais. Nessas oportunidades, são distribuídos boletins, gibis e folders da área de Capacitação. Os visitan-tes também recebem orientações sobre os serviços ABNTColeção, destinado a assinantes, e ABNTCa-tálogo, no qual pessoas cadastradas encontram informações sobre nor-mas, cursos e publicações.

Confira as feiras que tiveram a participação da ABNT, nos meses de março e abril:

PLÁSTICO BRASIL 2017 – FEIRA INTERNACIONAL DO PLÁSTI-CO E BORRACHA, que aconteceu nos dias 20 a 24 de março no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, tendo entre seus destaques nesta edição a disseminação da educação ambiental em torno da reciclagem. Ainda foram realizados 10 eventos paralelos, entre eles, um seminário sobre eficiência energéti-ca. A ABNT recebeu em seu estan-de 440 visitantes.

FEIPLASTIC 2017 – FEIRA IN-TERNACIONAL DO PLÁSTICO, ocupou o Expo Center norte nos

dias 3 a 7 de abril, para confirmar seu status de maior evento do se-tor de transformação do plástico na América Latina, reunindo segmen-tos como máquinas, equipamentos e acessórios, moldes e ferramentas, resinas, instrumentação, controle e automação; serviços e projetos téc-nicos, produtos básicos e matérias--primas; transformadores de plásti-co e reciclagem. Em seu estande, a ABNT recebeu 370 visitantes.

EXPO ARQUITETURA SUSTEN-TÁVEL, realizada no período de 4 a 7 de abril, no São Paulo Expo Exhi-bition & Convention Center, chegou à terceira edição reunindo todos os modelos de normas de certifi-cações na área de construção e ar-quitetura. Promovida e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, teve a participação de mais de 100 marcas nacionais e in-ternacionais. A ABNT Certificado-ra, com um balcão no “Espaço das Certificações”, apresentou seus ser-viços para visitantes e expositores.

ISC BRASIL 2017 – FEIRA E CON-FERÊNCIA INTERNACIONAL DE SEGURANÇA, que chegou à 12ª edição nos dias 18 a 20 de abril, no Expo Center Norte. Considerado o principal centro gerador de negó-cios, de informações e da difusão da cultura preventiva para o setor, o evento apresentou soluções in-tegradas, equipamentos e serviços

para todas as necessidades de segu-rança, de grande a pequeno porte. A ABNT fez 390 atendimentos.

HAIR BRASIL PROFISSIONAL 2017 – 16ª FEIRA INTERNACIO-NAL DE BELEZA, CABELOS E ES-TÉTICA, organizada pela São Paulo Feiras Comerciais, com apoio insti-tucional da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Per-fumaria e Cosméticos (Abihpec). O evento ocupou o Expo Center Norte durante quatro dias, de 21 a 24 de abril, oferecendo ao mercado dos salões de beleza e clínicas de es-tética, as novidades em produtos e tendências, além de promover ne-gócios. A ABNT foi representada pela equipe de Certificação de Sis-temas, que recebeu em seu estande 700 visitantes.

TECNOTÊXTIL BRASIL - FEIRA DE TECNOLOGIA PARA A INDÚS-TRIA TÊXTIL, que mobilizou todos os elos da cadeia têxtil no período de 25 a 28 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com a realização simultânea de outros três eventos: a Feira In-ternacional da Indústria de Não Te-cidos e Tecidos Técnicos – FINTT, a Feira Brasil Têxtil – Febratêxtil e a Bonéshow. O Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-017) realizou reuniões durante o evento. No estande da ABNT 560 visitantes foram atendidos.

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26 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

Gostaria de saber se exis-te alguma norma técni-ca para a fabricação de tanques rodoviários em PRFV.

Fernando Paes - Sergam Inovações

Tecnológicas Ambientais Ltda. – ME -

Ourinhos – SP

A ABNT responde: Para tan-que de carga para transporte ro-doviário temos a seguinte norma:

ABNT NBR 13746:2008 Tan-que de carga para transporte ro-doviário – Tanque construído em plástico reforçado com fibra de vidro.

Esta Norma estabelece as es-pecificações mínimas de projeto do tanque de carga construído em plástico reforçado com fibra de vi-dro (PRFV), de forma a atender aos requisitos para o transporte rodoviário a granel de produtos líquidos, excluindo-se os produ-tos classificados pela Resolução ANTT nº 420/2004 e suas atuali-zações.

Esta Norma se aplica a tan-ques destinados a transportar produtos com pressão máxima de vapor de 110 kPa a 50 °C. O tan-que construído para o transporte

de produto para uso/consumo humano ou animal deve atender à legislação vigente e também à ABNT NBR 14980.

Quais as normas técnicas utilizadas na fabricação de garrafas de vidro para refrigerante, cerveja etc.?

Gean Luca – Associação Dos

Fabricantes De Refrigerantes Do Brasil

– AFREBRAS – Curitiba – PR

A ABNT responde: Para gar-rafas de vidro temos as seguintes normas:

ABNT NBR 7840:1983 Versão Corrigida: 1983 - Garrafas retor-náveis de uso comum para cer-vejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas.

Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis de resistência a pressões hidrostáticas e cho-que térmico, tensões internas e condições de cor e defeitos visu-ais que devem ser observados na confecção de garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, re-frigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas.

Não estão incluídas nesta Nor-ma as garrafas que possuem gra-

Pergunte à ABNT

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 27

vados em alto relevo ou a fogo o logotipo do fabricante da bebida ou da marca registrada deste.

ABNT NBR 7841:1983 - Gar-rafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas ga-seificadas - Verificação das carac-terísticas

Esta Norma prescreve os métodos de ensaio necessários à verificação das característi-cas exigidas nas NBR 7840 e NBR 7842

ABNT NBR 7842:1983 – Gar-rafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas ga-seificadas – Formatos, dimensões e cores

Esta Norma padroniza os for-matos, dimensões e as cores que devem ser observadas na con-fecção de garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refri-gerantes, aguardentes, sodas e aguas gaseificadas, bem como o seu uso.

Poderia me informar quais são as normas téc-nicas referentes ao con-creto usinado a quente?

Dimas Souza – Baurumix Concreto

LTDA. – Bauru – SP

A ABNT responde: Para con-creto betuminoso usinado a quen-te, mistura executada em usina apropriada, com características específicas composta de agrega-do mineral graduado, material de

enchimento e ligante betuminoso espalhado e comprimido à quen-te, temos as seguintes normas:

ABNT NBR 12948:1993 - Ma-teriais para concreto betuminoso usinado a quente - Especificação

Esta Norma fixa as condições exigíveis para os materiais a se-rem utilizados na execução de camada de concreto betuminoso usinado a quente.

ABNT NBR 12949:1993 - Con-creto betuminoso usinado a quen-te - Procedimento

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução onde concreto betuminoso usinado a quente.

Preciso saber qual nor-ma técnica da ABNT de cal hidratada e sulfato de alumínio é utilizada para tratamento de água de consumo humano.

Rosa Amélia – Companhia de

Águas e Esgotos do Maranhão – CAE-

MA – São Luis – MA

A ABNT responde: Para cal virgem hidrata e sulfato de alumí-nio temos a seguintes normas:

ABNT NBR 10790:2016 - Cal virgem, hidratada e em suspen-são aquosa – Aplicação em sa-neamento básico – Especificação técnica, amostragem e métodos de ensaio.

Esta Norma estabelece a es-pecificação técnica, a amostra-gem e os métodos de ensaio para o óxido de cálcio e hidróxido de

cálcio para aplicação em sanea-mento básico.

ABNT NBR 11176:2013 - Sul-fato de alumínio para aplicação em saneamento básico – Espe-cificação técnica, amostragem e métodos de ensaios.

Esta Norma estabelece a especificação técnica, amostra-gem e métodos de ensaios do sulfato de alumínio para aplicação em saneamento básico.

Trabalhamos com gesso e precisamos saber se a ABNT tem normas técni-cas sobre perfis de aço utilizado em drywall.

Maria Dantas – Plakofil Perfilados

Eireli – ME – Uberlândia – MG

A ABNT responde: Para per-fis de aço, produtos fabricados in-dustrialmente, mediante processo de conformação contínua a frio, por sequência de rolos, a partir de chapas de aço revestidas com zinco pelo processo contínuo de zincagem por imersão a quente, temos a seguinte norma:

ABNT NBR 15217:2009 – Per-fis de aço para sistemas constru-tivos em chapas de gesso para “drywall” – Requisitos e métodos de ensaio.

Esta Norma estabelece os requi-sitos e métodos de ensaio para os perfis de aço utilizados nos sistemas construtivos em chapas de gesso para “drywall”, destinados a monta-gens de paredes, forros e revesti-mentos internos não estruturais.

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28 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

Curtas da Normalização

NORMAS PUBLICADAS• ABNTNBR13282, Garrafa térmica com isolamento

por vácuo – Requisitos e métodos de ensaio;

• ABNT ISO GUIA 31, Materiais de referência – Conteúdo de certificados, rótulos e documentação associada;

• ISO20400, (Sustainable procurement – Guidance) foi publicada em abril pelo ISO/PC 277. No Brasil, a Comissão de Estudo Especial de Compras Sus-tentáveis (ABNT/CEE-277), que acompanhou este trabalho internacional, iniciou o processo de ado-ção da referida Norma, a qual estará disponível em Consulta Nacional em meados de julho/2017.

CE-179:000.003O Comitê Brasileiro de Cerâmicas vermelhas (ABNT/CB-179) em breve irá instalar a CE-179:000.003 – Peças de cerâmica vermelha para pavimentação e revestimentos.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A Comissão de Estudo Especial de Desenvolvimento Sus-tentável em Comunidades (ABNT/CEE-268), concluiu as

GARRAFA TÉRMICA

adoções, com previsão de entrar em Consulta Nacional no próximo mês de junho, dos seguintes Projetos de adoção de Normas ISO:

ABNT NBR ISO 37100 Projeto ABNT NBR ISO 37100, Cidades e comunidades sustentáveis – Vocabulário, idêntica a ISO 37100, Sustaina-ble cities and communities – VocabularyEste documento define termos relativos ao desenvolvimento sustentável em comunidades, infraestrutura inteligente de co-munidades e temas correlatos.

ABNT NBR ISO 37101 Projeto ABNT NBR ISO 37101, Desenvolvimento susten-tável de comunidades — Sistema de Gestão para Desen-volvimento Sustentável — Requisitos com Orientação para Uso, idêntica a ISO 37101, Sustainable development in communities – Management system for sustainable deve-lopment – Requirements with guidance for use.Esta Norma estabelece requisitos para um sistema de gestão para desenvolvimento sustentável em comunida-des, incluindo cidades, utilizando uma abordagem holís-tica, visando assegurar a coerência com a política para desenvolvimento sustentável de comunidades.

Uma bebida quentinha ou gelada é o que pro-porciona uma garrafa térmica fabricada em conformidade a Norma Técnica - ABNT NBR13282:2017-Garrafatérmicacomisolamentoporvácuo-Requisitosemétodosdeensaio.Esta Norma estabelece os requisitos e métodos de ensaio que devem ser atendidos pelas gar-rafas térmicas com isolamento por vácuo, reci-piente, frasco, jarra, garrafa e outros, compostos por um recipiente interno e um corpo externo de proteção, com um isolamento térmico por vácuo entre ambos, com a finalidade de minimizar a tro-ca de calor entre o conteúdo do recipiente interno e o meio externo. Além da eficiência térmica, essa norma define ensaio de resistência ao impacto, estanqueida-de, choque térmico entre outros.

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www.abnt.org.br Maio/Jun 2017 | boletim ABNT • 29

Demandas de normalização

A Gerência de Planejamento e Projetos (GPP), da Diretoria Técnica da ABNT, responsável pela gestão das deman-das de normalização, recebeu da so-ciedade brasileira, de Março a Maio de

criação de 5 novos Subcomitês (Méto-dos Superficiais, Análise de Vibra-ção, Correntes Parasitas, EmissãoAcústica, Ultrassom, Estanqueida-de) e 19 novas Comissões do Estudo.

2017, diversas demandas por novas normas e atualizações de normas exis-tentes, e também, os pedidos de rees-truturação do ABNT/ONS-058 – En-saiosNão-Destrutivos, resultando na

DESTAQUES

TEMA ESTRUTURAInspeção Eletromagnética

Alteração

CE-058:000.014Métodos Radiográficos CE-058:000.002Ondas Guiadas CE-058:000.015Qualificação e Certificação de Pessoas para Ensaios Não-Destrutivos CE-058:000.008Reflectometria de Pulso Acústico (RPA) CE-058:000.016Sistemas e Componentes para Medição, Controle e Automação de Processos Industriais CE-003:065.001Termografia CE-058:000.011Teste por Pontos CE-058:000.012Terminologia para Ensaios Não-Destrutivos CE-058:000.013Alvenaria Estrutural

Criação

CE-002:123.010Análise de Vibração em Máquinas CE-058:003.002Análise de Vibração em Grandes Estruturas CE-058:003.003Análise de Materiais Metálicos por Correntes Parasitas CE-058:004.001Aplicações Especiais com Ultrassom CE-058:006.005Blocos Cerâmicos CE-179:000.001Correntes Parasitas para o Setor Aeronáutico CE-058:004.003Detecção de Vazamentos Com Solução Formadora de Bolhas CE-058:007.002Detecção de Vazamentos não Visíveis de Líquidos Sob Pressão CE-058:007.001Emissão Acústica em Cestas Aéreas, Guindastes, Digger Derrick e Plataformas CE-058:005.003Emissão Acústica em Tubos, Vasos e Estruturas CE-058:005.002Ensaio Visual CE-058:001.001Ensaio de Medição por Campo de Corrente Alternada (ACFM) para verificação Subaquática CE-058:004.002Identificação e Marcação de Ferramentas Manuais, Abrasivas e de Usinagem CE-060:000.004 Líquido Penetrante CE-058:001.002Medições e Inspeções de Ultrassom em Produtos Metálicos CE-058:006.004Partícula Magnética CE-058:001.003Peças de cerâmica vermelha para pavimentação e revestimentos CE-179:000.003Qualificação de Pessoas em Fabricação no Setor de Petróleo e Gás CE-099:009.001Telhas Cerâmicas CE-179:000.002Terminologia e Instrumentação de Emissão Acústica CE-058:005.001Terminologia e Instrumentação para Ultrassom CE-058:006.001Terminologia, Propriedades de Análise de Vibração e Instrumentação CE-058:003.001Ultrassom para Verificação em Solda CE-058:006.002Ultrassom para Verificação Subaquática CE-058:006.003

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30 • boletim ABNT | Maio/Jun 2017 www.abnt.org.br

TEMA ESTRUTURALinhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica

Reativação

CE-003:011.001Custo Unitário e Orçamento de Construção CE-002:139.013Caracterização Física, Química e Metalográfica do Alumínio e suas ligas CE-035:000.001Turismo com Atividades de Arvorismo CE-054:003.011Perícias de Engenharia na Construção Civil CE-002:134.003Turismo com Atividades de Rafting CE-054:003.007Turismo com Atividade de Mergulho CE-054:003.013

Foram divulgadas à sociedade, pelo sistema NIT, propostas para início de estudo de 3NovosItensdeTrabalho e 97pes-

soas manifestaram interesse em participar em Comissões de Estudo para elaboração das propostas, conforme a seguir:

Gestão de riscos - Diretrizes (ISO 31000) Revisão da ABNT NBR ISO 31000:2009

Tecnologia da informação - Computação em nuvem - Arquitetura de referência (ISO/IEC 17789:2014)

Adoção da ISO/IEC 17789:2014

Persianas externas e toldos - Requisitos de desempe-nho incluindo segurança

TEXTO-BASE 159:000.000-003

NOVO ITEM DE TRABALHO (NIT)

Nome Categoria/AssociadoCASA DO BRAILLE SINALIZAÇÃO VISUAL E TÁTIL LTDA.-ME COL. CONTR.M.EMP.

CONNECT ENGENHARIA LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

K2 PROJETOS, EQUIPAMENTOS E ASSESSORIA TECNOLÓGICA LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

LOAD TEST MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

REALIZE SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS EIRELI – ME COL. CONTR.M.EMP.

ANDRÉ VILLARMOSA DOS SANTOS INDIVIDUAL

CARLOS HUMBERTO ROCHA ALVES DE ARAUJO INDIVIDUAL

MÁRCIA RODRIGUES DE CARVALHO INDIVIDUAL

MARIA ROSEMARY FRANCA VIANNA INDIVIDUAL

PAULO ESTEVÃO CRUVINEL INDIVIDUAL

SANDRO ALBERTO ARTIOLLI INDIVIDUAL

MATHEUS PASSOS SILVA INDIVIDUAL ESTUDANTE

RICARDO CASSIO DE OLIVEIRA INDIVIDUAL ESTUDANTE

RONILSON DE SOUSA SILVA INDIVIDUAL ESTUDANTE

Novos Sócios ....................................................................

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