16
Boletim A Ano 3 Número 13 Ago - Dez 2014 FUNPRESP e seu impacto na aposentadoria do servidor p. 11 Sindicato Artigo Governo pretende terceirizar contratação de professores federais via Organização Social p. 12 Comemoração ADUFS promove homenagem aos professores no dia 15 de outubro p. 16 Critérios para desenvolvimento na carreira são tema de campanha no mês de outubro p.7

Boletim ADUFS 13

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Boletim da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe - ADUFS.

Citation preview

Page 1: Boletim ADUFS 13

BoletimA NACIONALNACIONALANDESCentral Sindical e Popular - CONLUTAS

SINDICATO

Ano 3Número 13

Ago - Dez 2014

FUNPRESP e seu impacto na aposentadoria do servidorp. 11

Sindicato ArtigoGoverno pretende terceirizar contratação de professores federais via Organização Socialp. 12

ComemoraçãoADUFS promove homenagem aos professores no dia 15 de outubrop. 16

Critérios para desenvolvimento na carreira são tema de campanha no mês de outubro

p.7

Page 2: Boletim ADUFS 13

DIRETORIA 2014-2016 - GESTÃO ADUFS DE LUTA E PELA BASEPresidente: Jailton de Jesus Costa (CODAP); Vice-presidente: Acácia Maria dos Santos Melo (DQI-CCET) ; Secretária geral: Brancilene Santos de Araújo (DFS–CCBS); Diretor Administrativo e Financeiro: Júlio Cézar Gandarela Resende (DMA – CCET); Diretor Acadêmico e Cultural: Otávio Luiz Cabral Ferreira (DAVD - CECH); Suplentes: Marcos Antônio da Silva Pedroso (CODAP), Marcos Santana de Souza (DDA – Campus Laranjeiras), Dênio Santos Azevedo (NTU - CCSA).

Boletim produzido pela ADUFS - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior.

Endereço: Av. Marechal Rondon, s/n, bairro Rosa Elze, São Cristóvão-SE

Jornalismo e Fotografia: Raquel Brabec (DRT-1517) / Design Gráfico e Ilustrações: Fernando de Jesus Caldas

O conteúdo dos artigos assinados é responsabilidade dos autores e não corresponde necessariamente à opinião da diretoria da ADUFS.

Contato ADUFS: Tel.: (79) 3259-2021 / E-mail: [email protected] / Site: http://www.adufs.org.br N° de Tiragem: 1300 exemplares

EDITORIAL

Um novo começo. Com a posse da nova diretoria da ADUFS, um novo ciclo de ações em defesa dos docentes da Universidade Federal de Sergipe se inicia. Em seus discursos de encerramento e posse, respectivamente, tanto a presidente da gestão anterior, prof.ª Brancilene Araújo quanto o presidente da nova gestão, prof. Jailton de Jesus Costa, ressaltaram a necessidade da luta contínua contra os ataques a categoria docente e a favor da valorização da categoria e do fim da precarização do trabalho docente. Sem saber, ambos os docentes desenharam a perspectiva de avanço dos ataques por parte do governo aos trabalhadores em geral e docentes em particular, que começou a se concretizar ainda em setembro, quando o professor, bolsista de produtividade do CNPq e presidente da CAPES acusa os docentes do país inteiro de participar de bancas de concursos públicos com resultados já conhecidos e usa tal falácia para legitimar que concursos públicos para docentes sejam realizados fora do Regime Jurídico Único e, pior ainda, por meio de uma Organização Social, passando por cima a legislação vigente no país, incluindo a Constituição Federal. Em outubro, os servidores da UFS que tomaram posse a partir de 4 de fevereiro de 2013, foram lembrados, pela própria instituição, de que não tem mais direito a uma aposentadoria digna, ao receberem um email institucional contendo um ofício do FUNPRESP que “lembrava” os 265 (de 287) servidores da UFS de aderir ao Plano de

EXPEDIENTE

Previdência Privada criado pelo governo para que a aposentadoria dos servidores públicos fosse aplicada no mercado financeiro. Apesar disso, a combatividade dos trabalhadores deve ser lembrada. Nesta edição do Boletim da ADUFS, onde a luta dos trabalhadores é o destaque, não poderíamos falar apenas dos docentes. O representante da CSP-Conlutas em Sergipe traça as principais vitórias dos trabalhadores, em particular no estado de Sergipe, desde as grandes manifestações de massa de 2013, e mostra que é possível derrotar governos e patrões e trazer conquistas importantes para os trabalhadores. Da mesma forma, também é retratado o quadro de resistência e luta do MST e em defesa da reforma agrária em Sergipe, quando um levantamento histórico de seus avanços é realizado, com o assentamento de milhares de famílias nas últimas duas décadas, e o reconhecimento de que mais precisa ser feito para que mais famílias tenham direito a terra. Como não poderia deixar de ser, os docentes são exaltados não só em razão de seu Dia estabelecido no calendário, mas pelo trabalho incessante realizado nos 365 dias do ano, a despeito das forças que insistem em transformar a educação em negócio e o docente em mero empregado à serviço do ganho financeiro dos poderosos. A hora é de vigília e luta.

Diretoria da ADUFS - Gestão ADUFS de Luta e pela Base

02

Page 3: Boletim ADUFS 13

Boletim ADUFS

N o f i n a l d a t a r d e d o d i a

19/09/14, aconteceu a cerimônia de

posse da nova diretoria da ADUFS, no

auditório da própria seção sindical. A

chapa ADUFS de Luta e pela Base foi

eleita durante o processo eleitoral que

aconteceu no dia 02/09 e irá atuar

durante o biênio 2014- 2016. De um

universo de 194 docentes votantes,

88,14% deles votaram para a chapa 1.

Além da votação da chapa, também foram

eleitos os docentes do Conselho de

Representantes da ADUFS.

Compõem a atual diretoria da

ADUFS os(as) professores(as): Jailton

Costa (CODAP) como presidente, Acácia

Melo (D Q I) como vice-presidente,

Brancilene Araújo (DFS) como secretária

geral, Júlio Cézar Gandarela (DMA) como

diretor administrativo e financeiro, e

Sindicato

ADUFS empossa nova diretoria

Posse da nova gestão ADUFS biênio 2014-2016

Otávio Luiz ( D AV D ) como diretor

acadêmico e cultural. Na suplência, estão

os professores, em ordem: Marcos

Pedroso (CODAP), Marcos Santana (DDA

campus Laranjeiras) e Dênio Santos (NTU).

Como proposta de trabalho da

gestão, a nova diretoria apresentou os

s e g u i n t e s t ó p i c o s : l u t a r p e l o

fortalecimento da ADUFS enquanto seção

sindical do ANDES-SN; inserir a ADUFS na

CSP CONLUTAS de Sergipe; cobrar a

instalação do processo de Estatuinte da

UFS para garantir os princípios da

Autonomia Universitária; lutar pela

implementação da Pauta Local construída

e atualizada nas greves de 2012 e 2014;

realizar cursos de formação sindical;

fortalecer a estrutura do sindicato nos

diversos campi da U FS; ampliar e

fortalecer os Gts; aperfeiçoar a política de

comunicação da ADUFS; fortalecer a luta

pela Autonomia Universitária; fortalecer o

Fórum dos Servidores Públicos Federais;

defender a manutenção e qualidade do

Colégio de Aplicação da UFS; criar uma

política cultural na ADUFS; promover

encontros anuais de aposentados; e

preservar a memória do movimento

docente na UFS.

O dia da posse também foi a

ocasião em que o auditório da ADUFS foi

inaugurado sob o nome “Auditório Prof. Luiz

Alberto dos Santos”, uma homenagem ao

grande mestre e companheiro de lutas,

prof. Lu iz A lberto, que part ic ipou

ativamente da construção de um legado de

conquistas para a educação e a classe

docente. Sua irmã, a professora aposentada

Lenalda Santos, esteve presente para

prestigiar a inauguração.

Profª Lenalda Santos

Gestão anterior empossa novos diretores

Prof. Jailton é o novo presidente

03

Page 4: Boletim ADUFS 13

Nº 13

Eventos nacionais

ADUFS participa de Seminário do ANDES

De 31/10 a 02/11, aconteceu em

Brasília o Seminário Nacional sobre a

Estrutura Organizativa do ANDES-SN, com

o objetivo de debater a experiência

organizativa da entidade frente aos

desafios políticos atuais. Mais de 120

docentes part ic iparam do evento,

incluindo docentes representantes da

ADUFS enviados para integrar o evento.

Como o seminário não tem

caráter deliberativo, os resultados do

encontro deverão servir de subsídios, para

a coordenação do GTPFS, na elaboração de

propostas a serem apresentadas no 34º

Congresso Sindicato Nacional, que

acontecerá entre os dias 23 e 28 de

fevereiro de 2015, também na capital

federal.

Na abertura do seminário, no dia

31, Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN,

enfatizou o enfrentamento sobre os novos

desafios sem abdicar dos princípios”. Rizzo

explicou que, nos últimos 15 anos, têm

ocorrido no país iniciativas de reformas

tanto trabalhista, quanto sindical, que

retiraram uma série de direitos sociais,

a fetaram a organ ização da c lasse

trabalhadora, e só não tiveram efeito mais

nefasto por conta das lutas empreendidas

pelas categorias.

A p ó s a p a l e s t r a , f o r a m

apresentados os textos dos docentes,

a locados em quatro e ixos , para o

seminário, que são: Composição e forma de

Composição da Diretoria, Multicampia,

Formas de Precarização do Trabalho

Docente e Reorganização do ANDES-SN e

Política Sindical.

O s t e x t o s s e r v i r ã o d e

instrumentos para aprofundar o debate

sobre a organização do Sindicato. Ao todo,

foram publicados 13 textos de seções

sindicais e sindicalizados, o que mostra uma

boa participação da categoria.

04

Encontro da Regional Nordeste III acontece em Salvador

Nos dias 7 e 8 de novembro, aconteceu 48° Encontro da Regional Nordeste III em Salvador (BA). Com o tema “ Ed u c a ç ã o P ú b l i c a : c o n f ro n t o s e perspec�vas”, o encontro discu�u a mul�campia , saúde do professor, precarização do trabalho, meritocracia, produ�vismo e terceirização do trabalho docente. Conforme Gean Claudio Santana, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III, a programação teve por base o acúmulo dos debates ocorridos no 33° Congresso do ANDES-SN, realizado em São Luiz (MA) no início do ano; e no 59° Conad, em Aracaju (SE), em agosto.

“A pauta dos encontros das regionais privilegiam o que discu�mos e aprovamos no Congresso e no Conad. Os temas dialogam com o cenário atual, como

os avanços dos ataques à Educação Pública gratuita e da mercan�lização do ensino superior, técnico e básico também”, ressaltou Gean Claudio.

Fonte: ANDES-SN

Fonte: ANDES-SN

Delegação da ADUFS no 48º Encontro da Regional

Page 5: Boletim ADUFS 13

Boletim ADUFS

A ADUFS abriu edital para

submissão de textos para a Revista

Candeeiro. A Revista Candeeiro é uma

publicação anual produzida desde 1998

pela ADUFS, cujo objetivo é criar espaços

de interlocução entre docentes desta e

de outras instituições de ensino. Sua

missão é fomentar o debate sobre a

educação pública brasileira, bem como

fortalecer e visibilizar ações relacionadas

à l u t a d e d i fe re n t e s c a t e g o r i a s

trabalhistas, movimentos sindicais,

sociais e elementos das culturas que

partilham o território nacional.

Esse periódico apresenta-se

como um espaço de livre expressão de

ideias; a responsabilidade pelo conteúdo

dos artigos publicados caberá, portanto,

exclusivamente, aos seus respectivos

autores.

Para a edição de 2014, serão

aceitos originais, sob a forma de artigos,

resenhas de interesse da linha editorial da

revista, em língua portuguesa. Ensaios

fotográficos, textos poético-literários

(contos, crônicas, poemas, literatura de

cordel ) , entrev istas e re latos de

experiências também podem vir a ser

publicados.

Os textos enviados para a Revista

Candeeiro devem ser inéditos, porém, a

critério do Conselho Editorial, poderão

ser aceitos textos para republicação (no

caso daqueles já enunciados, orais,

impressos ou eletrônicos, inacessíveis em

seu suporte de origem).

O envio de textos é de fluxo

contínuo, enfatizando, cada número,

Edital

Candeeiro abre chamada para envio de texto

d e t e r m i n a d o n ú c l e o t e m á t i c o

previamente definido e divulgado por

ocasião da chamada de textos. Haverá

ainda uma seção livre, na qual os textos

não diretamente relacionados ao tema

poderão ser submetidos.

O s tex to s s erã o l id o s p o r

membros do Conselho Editorial, que

decidirão quanto à adequação e à

oportunidade de publicação dos textos

enviados. Os autores serão informados,

individualmente, do resultado desta

decisão. O Conselho poderá, ainda,

sugerir modificações de estrutura ou

conteúdo, condicionando a essas sua

publicação. A revisão gramatical e

adequação às normas editoriais são

atribuições do autor ao submeter seu

texto.

Vol 21ano 2013

Chamada de textos Revista Candeeiro, Publicação da Associação de Docentes da Universidade Federal de Sergipe – ADUFS-SSIND / ISSN 1517-1175 / Ano XIV No. 22

A Revista Candeeiro, por seu Conselho Editorial, abre chamada para o envio de textos de docentes desta e de outras ins�tuições de ensino/pesquisa/extensão, b e m c o m o d e m a i s a s s o c i a ç õ e s , interessadas em questões concernentes à educação, cultura, polí�ca e sociedade.

Tema: Trabalho Docente

Normas de apresentação de trabalhos Revista Candeeiro ADUFS – Casa do Professor Av. Marechal Rondon, s/n, Jardim Rosa Elze, CEP 49100-000 – Campus São Cristóvão. Telefone: (79) 3259-2021

1. Os trabalhos deverão ser enviados unicamente por e-mail para o endereço: [email protected]. Uma ficha de iden�ficação, contendo nome do autor, �tulação, função e/ou cargo, unidade e departamento, endereço eletrônico, residencial e comercial, telefones para contato, deve ser enviada, separadamente, no mesmo e-mail;

2. A submissão de textos deverá ser realizada, impreterivelmente, até o prazo de 31/03/2015.

3. Os textos não deverão exceder a 15 páginas, no caso de ar�gos; e 5 páginas, no caso de resenhas. Devem ser enviados em arquivo eletrônico, no programa Word for Windows ou compa�vel, em fonte Times New Roman (corpo 12, espaço 1,5), sem qualquer �po de formatação, a não ser: indicação de caracteres (negrito e itálico). Margens de 3 cm. Recuo de 1 cm no início do parágrafo. Recuo de 2 cm nas citações. Uso de sublinhas ou aspas duplas (não usar CAIXA ALTA). Uso de itálicos para termos estrangeiros e �tulos de livros e periódicos.

4. As citações bibliográficas serão indicadas no corpo do texto, entre parênteses, com as seguintes informações: sobrenome do autor em caixa alta; vírgula; data da publicação; abreviatura de página (p.) e o número desta. (Ex.: SILVA, 1992, p. 3-23).

5. As notas explica�vas, restritas ao mínimo indispensável, deverão ser apresentadas no final do texto.

6. As referências bibliográficas deverão ser a p r e s e n t a d a s n o fi n a l d o t e x t o , obedecendo às normas a seguir:

Livro: sobrenome do autor, maiúscula inicial do(s) prenome(s), �tulo do livro (itálico), local de publicação, editora, data. Ex.: SHAFF, Adan. História e verdade. São Paulo: Mar�ns Fontes, 1991. Ar�go: sobrenome do autor, maiúscula inicial do(s) prenome(s), �tulo do ar�go, nome do periódico (itálico), volume e nº do periódico, data. Ex.: COSTA, A.F.C. da. Estrutura da produção editor ia l dos per iódicos biomédicos brasileiros. Trans-in-formação, Campinas, v. 1, n.1, p. 81-104, jan./abr. 1989.

7. As imagens deverão ter a qualidade necessária para uma boa reprodução gráfica. No caso das ilustrações, deverão ser iden�ficadas, com �tulo ou legenda, e designadas, no texto, de forma abreviada, como figura (Fig. 1, Fig. 2 etc).

CANDEEIROCANDEEIRORevista

CANDEEIRO

05

Page 6: Boletim ADUFS 13

Nº 13

Criada em 10 de novembro de

1979, a Associação dos Docentes da

Universidade Federal de Sergipe (ADUFS-

SSIND) luta pelos interesses dos docentes

da UFS. Ao longo de mais de 30 anos de

existência, a ADUFS consolidou-se como

uma entidade autêntica de harmonia

entre seus associados.

As décadas trouxeram mudanças,

seja na carreira docente ou na própria vida

acadêmica, e a entidade continua

desempenhando seu papel. Foram

conquistas trazidas com o pé na rua, em

mobilizações, caminhadas, atos na praça,

para expor à sociedade as imposições do

governo dentro da universidade, as quais

os professores se negam a aceitar. As

conquistas também foram frutos de ações

internas, através da convocação de

assembleias, reuniões, com o contato

direto com o professor.

A ADUFS também é construída

por seu quadro de funcionários, pessoas

que, na realização de seu trabalho diário,

tornam possível e viável a construção da

luta docente.

A l u t a t a m b é m é a d o s

estudantes, por condições dignas de

ensino e de estudo, todos na construção de

um país que valor iza seus futuros

profissionais.

A ADUFS mantém interação com

outros sindicatos, pois os esforços

u n i f i c a d o s f o r t a l e c e m a c l a s s e

trabalhadora.

São pessoas que fazem a luta real,

e através de seus esforços desencadeiam as

mudanças que a Educação precisa. Sem o

combate diário, a universidade pública

estaria à mercê da vontade do Governo e do

c a p i t a l , s o f r e n d o a s a ç õ e s d e

desmantelamento que historicamente

marcam a trajetória da Educação Pública.

Para alcançar cada vez mais êxito,

a ADUFS necessita de todos, para formar

uma base for ta lec ida e promover

continuamente a melhoria e manutenção

da Universidade Pública, Gratuita e de

Qualidade.

Na data de hoje, o parabéns vai

para todos os docentes e todos aqueles

que, direta ou indiretamente, constroem a

luta da ADUFS, tornando a universidade

um ambiente de trabalho digno e um

espaço de geração do saber.

ADUFS completa 35 anos de luta!

Aniversário

Confraternização natalinae aniversário de 35 anos

da ADUFSLocal: Clube do Banese

Horário: 20h Data: 11/12

Atrações: Joãozinho Popular e Banda Baille

Participe!

Greve 1997

Debate com Lula 98-99

06

Greve 2002

Manifestação na rua em 1997

Page 7: Boletim ADUFS 13

Boletim ADUFSCampanha

Critérios para desenvolvimento na carreira são tema de campanha no mês de outubro

Durante todo o mês de outubro,

os docentes das Instituições Federais de

Ensino intensificaram o debate acerca da

carreira docente, em especial em relação à

implementação dos critérios relacionados

ao desenvolvimento na carreira. A

temática está prevista na agenda de lutas

do Setor das Instituições Federais de

Ensino Superior do ANDES-SN, deliberada

no 59º Conad, realizado em agosto em

Aracaju (SE).

Para contribuir com a mobilização

nas seções s indicais, o A N D E S-S N

desenvolveu uma série de peças, enviados

através da circular 186/14, para que os

docentes possam registrar seu apoio e

participação nesta luta. As fotos estão

sendo divulgadas no site e no facebook do

Sindicato Nacional. Confira as fotos

realizadas com os professores da ADUFS.

*Com informações do ANDES-SN.

07

Page 8: Boletim ADUFS 13

Advogado apresenta relatório da ação dos 3,17%

CarreiraNº 13

08

A Assembleia Geral ocorrida na

manhã do dia 13/11 contou com a presença

do advogado do escritório Alino & Roberto e

Advogados, Ranieri Lima, para abordar o

desenvolvimento do processo dos 3,17%.

Em fase de execução, o processo é uma luta

da entidade para o pagamento dos valores

devidos aos professores que se encaixam no

RPV (Requisição de Pequeno Valor) e

Precatórios.

Durante sua exposição, Ranieri

tomou como base o relatório de sua autoria,

enviado no início do mês de novembro para

a ADUFS. No relatório, o advogado enumera

as ações do escritório por data e explica o

desenvolvimento do processo nos órgãos

competentes. A primeira parte do processo

foi concluída, com a expedição dos

Precatórios, e a próxima parte é a expedição

das RPV's.

“Nós temos interesse vital nesse

processo”, afirmou Ranieri. “Sabemos da

importância dele para os professores

envolvidos. O processo está correndo desde

1998 e nós precisamos ter isso resolvido.

Gostaria de salientar que percebi no Juiz

Federal um intuito de resolver essa questão,

ele não quer esse processo na mesa dele”.

Confira o relatório na íntegra:

“Por intermédio da presente, o

escritório Alino & Roberto e Advogados, na

condição de Assessoria Jurídica da Entidade

no processo em epígrafe, vem apresentar

relatório sintético sobre os andamentos

processuais e diligências recentes efetivadas

no âmbito do caso 3,17%.

Com a vitória alcançada no Tribunal

Regional Federal da 5ª Região (TRF/5), foi

desprovido o recurso de agravo de

instrumento da Universidade. Assim que

publicada essa decisão do Tribunal,

juntamos uma cópia ao processo que corre

na Primeira Instância (Aracaju), para que o

Juiz da 2ª Vara Federal pudesse ordenar a

expedição das correspondentes requisições

de pagamento (Requisições de Pequeno

Valor – RPV's e Precatórios).

Em 30.04.2014, o Juiz Federal

ordenou que a UFS se manifestasse em 5

dias sobre o julgamento do TRF/5 e, após,

que fossem expedidas as requisições (RPV's

e Precatórios).

Na audiência pessoal que fizemos

com o Juiz Federal em 05.05.2014, pedimos

sua especial atenção acerca do caso e o juiz

cons iderou v iável a expedição dos

precatórios antes de 1º de julho. Na ocasião,

o Magistrado requereu à Secretaria da Vara

que intimasse com urgência a Universidade,

para cumprir seu despacho de 30.04.2014.

Em 12.05.2014, reforçamos

pessoalmente junto à secretaria da Vara

Federal a necessidade de vista urgente dos

autos à universidade, o que foi efetivado no

mesmo dia. Tendo em vista que o prazo da

Procuradoria se encerraria em 19.05,

buscamos nova tratativa na Justiça Federal.

Realizamos nova diligência presencial em

26.05.2014, ocasião em que tomamos

ciência de uma série de decisões sucessivas

do Juiz Federal no sentido de:

1) Ordenar a expedição prioritária

dos Precatórios e, após seu protocolo

perante o TRF/5 (Recife), emissão das RPV's;

2) Destacar verba honorária;

3) Fixar a incidência de contribuição

previdenciária, na forma da lei;

4) Ordenar a atualização urgente dos

valores totais, primeiro dos substituídos

vinculados a precatórios e, após, dos

substituídos vinculados a RPV's.

Os autos foram remetidos à

Contadoria Judicial em 29.05 e devolvidos à

Vara em 02.06.2014, em face do que foram

atualizados os valores dos docentes

vinculados aos Precatórios (04), diante da

iminência do prazo fatal de 1º de julho.

Foi feita nova diligência presencial

em 04.06.2014, além de diversos contatos

com a secretaria da Vara Federal e com o

TRF/5. Com isso, foram expedidos os

precatórios dos quatro professores cujo

saldo superava o limite da RPV, dentro do

prazo constitucional de 1º de julho, ou seja,

25.06.2014.

Em vista do encaminhamento dos

autos do processo de execução à Contadoria

Judicial, para atualização de cálculo de todos

os demais docentes, consoante ordenado

pelo Juiz Federal em 27.06.2014, fizemos

tratativa pessoalmente com o contador

judicial responsável pela atividade em

02.07.2014, para prestar esclarecimentos

sobre a forma dos cálculos e para pedir

agilidade no trâmite do caso.

Diante da necessidade de dados

atuais sobre a situação dos ativos e

aposentados (com respectiva data de

jubilação), para fins de cálculos dos

d e s c o n t o s d e P S S ( c o n t r i b u i ç ã o

p r e v i d e n c i á r i a ) , f o i p r o t o c o l a d o

requerimento administrativo em nome da

ADUFS perante o setor de pessoal da

Universidade em 04.07.2014. A medida

visou poupar tempo significativo, pois a

Contadoria Judicial iria devolver os autos à

Vara Federal para que, intimada a UFS, ainda

fosse aberto prazo para apresentação de

referidas informações.

Em face do grande número de

docentes abrangidos e da inserção de novos

dados individuais referentes à situação de

cada um (ativo, aposentado e data de

aposentadoria), conforme exigência do Juiz

Federal, a Contadoria Judicial devolveu os

autos e entregou os cálculos atualizados

somente em 22.08.2014. Diante disso, o Juiz

Federal ordenou, em decisão publicada em

28.08.2014, que as partes se manifestassem

a respeito em 20 dias.

E m 1 5 . 0 9 . 2 0 1 4 , a A D U F S

apresentou suas considerações sobre todos

os cálculos atualizados. Em vista da

necessidade de intimação pessoal do

Procurador Federal, os autos foram

remetidos à Advocacia-Geral da União

(AGU) em 26.09.2014. Ultrapassado o prazo

d e 2 0 d i a s p a r a m a n i fe s t a ç ã o d a

universidade, realizamos diligência pessoal

perante a AGU e tratamos a respeito com o

Procurador responsável pelo caso em

30.10.2014, para que os autos fossem

devolvidos de pronto à secretaria da Vara,

com vistas à emissão imediata das RPV's.

Diante da ausência de atestado da

devolução dos autos pela Procuradoria

Federal, peticionamos em 06.11.2014 a

requerer que o Juiz Federal ordenasse a

busca e apreensão dos autos via oficial de

justiça. Em 13.11.2014, foram efetivadas

novas diligências perante a Justiça Federal,

com vistas a agilizar o trâmite do processo e

a emissão das RPV's ainda pendentes”.

Advogado Ranieri Lima

Page 9: Boletim ADUFS 13

CONSU aprova Resolução de Progressão com alterações da ADUFS

CarreiraBoletim ADUFS

09

Mais uma vitória para a categoria

docente. No dia 11 de novembro, ocorreu

uma sessão no CONSU para aprovação da

Resolução da Progressão Docente. Os

conselheiros votaram por aprová-la

seguindo as alterações propostas pela

ADUFS.

A aprovação representou um

ganho para a categoria, que agora poderá

progredir por meio de pontuações

condizentes com a atividade docente.

Desde 2012, os professores participam da

construção da Resolução de Progressão,

através das assembleias e reuniões

convocadas para essa finalidade.

A professora Brancilene Araújo,

secretár ia da A D U F S , exp l i cou as

espec i f i c idades da reso lução: “As

o b s e r v a ç õ e s q u e a g e n t e f e z ,

principalmente com relação às tabelas de

pontuação das atividades docentes, foram

consideradas. Agora os créditos de aula são

contabilizados, e, dessa forma, o professor

tem a possibilidade de ter todo o seu

trabalho avaliado, e não se restringir

n e c e s s a r i a m e n t e à s a v a l i a ç õ e s

departamentais”.

Sobre outro aspecto importante

das mudanças sugeridas, Brancilene

continua: “Outro ponto é que essa

resolução está tentando eliminar a figura

do relator de departamento, ou seja, os

chefes de departamentos vão ficar menos

sobrecarregados com a questão da

relatoria desses processos”

De acordo com Branci lene,

durante a reunião do CONSU foram

abordados mais aspectos relativos à

legislação do que de conteúdo, além de

correções gramaticais. A Resolução

também abre brecha para alterações

futuras, que poderão ser encaminhadas

para a Comissão Permanente de Pessoal

Docente (CPPD) e em seguidas levadas

para aprovação no CONSU.

“Houve um ganho bastante

expressivo para a categoria. A gente

entende que, daqui pra frente, a resolução

será mais justa. Ela vem para minimizar as

perdas que são ocasionadas com a

desconsideração de algumas atividades do

professor”, completou a secretária da

ADUFS.

O relator da resolução, o professor

e pró-reitor Rosalvo Ferreira, abordou em

entrevista o processo de desenvolvimento

da Resolução de Progressão Docente:

ADUFS – Conte como foi o processo de

construção da Resolução de Progressão:

Prof. Rosalvo – Inicialmente, o processo

teve como relator o professor Jonatas.

Existia um parecer anterior, e já um

processo iniciado, com uma indicação de

parecerista, mas esse processo acabou

retornando para a fase de abertura de

novas manifestações para apresentação de

emendas, em outubro de 2013 até este

ano. O processo ficou só aguardando a

definição da CPPD a respeito da condição

de professor titular. Em 5 de maio deste

ano, a CPPD enviou para o CONSU aquilo

que é a base da nossa proposta, ou seja,

uma minuta que fazia uma articulação

entre a resolução aprovada um ano

anterior, apresentada pelo professor

Jonatas, mais a incorporação de elementos

da Portaria 554 e da Portaria 982, ambas do

MEC.

Passado esse período da entrega

do documento da CPPD ao CONSU, houve

uma indefinição em algum ponto. Na

metade do ano, o professor e vice-reitor,

André Maurício, apresentou ao CONSU

u m a p r o p o s t a e s p e c í f i c a p a r a

regulamentar a situação do professor

titular.

Recebi a designação de ser o

relator da proposta apresentada pelo

professor André em junho desse ano. Como

o intervalo de tempo era curto, e eu fui

informado que a proposta da CPPD estava

sendo encaminhada, eu aguardei e sugeri

q u e h o u v e s s e u m a m u d a n ç a d o

parecerista, ou que se aguardasse a

definição da proposta de resolução da

minuta da CPPD, e ai me coloquei à

disposição para relatar as duas propostas.

Foi anexado à proposta o processo

da CPPD e o processo do gabinete do vice-

reitor, e a partir dali eu comecei a trabalhar

na formatação de uma minuta. O trabalho

nesse primeiro momento foi de organizar e

sistematizar o texto.

Em agosto desse ano, eu já tinha,

mais ou menos, uma estrutura acabada do

que viria a ser a minuta de resolução.

Tratava-se de um texto novo, com um

formato bastante distinto daqueles dois

documentos originais, porém, mantinha-se

um núcleo central.

ADUFS – De que forma a participação nas

assembleias realizadas pela ADUFS

contribuíram na construção da resolução?

Prof. Rosalvo – As discussões na ADUFS

foram fundamentais. As contribuições da

ADUFS permitiram olhar um pouco mais

pra frente. Foi fundamental abrir a

discussão para a incorporação de ideias, de

questões que não eram apenas de fórum

operacional, mas que tinham ver com a

concepção do trabalho docente, a ideia do

que é o acadêmico, a valorização da

atividade, de como tratar questões

diferentes numa universidade que está em

transformação.

As alterações que me foram

enviadas foram bem recebidas e feitas de

modo que o propósito não era ter uma

proposta que refletisse o ideário ou a

compreensão do relator, e sim uma

proposta que refletisse o ideário e a

compreensão de todos os envolvidos.

Trata-se de uma proposta construída

através de um projeto elaborado e

discutido a muitas mãos, a muitas cabeças.

Page 10: Boletim ADUFS 13

Aracaju recebeu 59º Conselho do ANDES em agosto

EventoNº 13

10

De 21 a 24 de agosto deste ano,

Aracaju recebeu o 59º Conselho do ANDES-

SN - CONAD, evento anual do sindicato

nacional que reúne professores de todas as

regiões do país. É a terceira vez que Sergipe

s e d i o u e s s e e v e n t o . H o u v e u m a

participação de cerca de 200 professores

no evento.

Sob o tema “Luta em defesa da

educação: autonomia da universidade,

10% do P I B exclusivamente para a

educação pública”, o evento teve como

objetivo atualizar o plano de lutas do

Sindicato Nacional aprovado para 2014 e

exercer a função de Conselho Fiscal.

Durante o encontro, relatórios financeiros,

prestações de contas e prev i sões

orçamentárias foram examinados e

aprovados.

“A diretoria da ADUFS considerou

de grande importância receber e organizar

um evento desse porte, principalmente

pela temática que foi discutida”, explicou o

professor Jailton Costa, presidente da

ADUFS. “A UFS sofre com a perda da

autonomia universitária perante o Governo

e suas agências de fomento, e ainda pela

precarização das condições de trabalho,

ampliadas com o REUNI, e reforçadas no

Governo Dilma”, completou.

Para a professora Brancilene

Araújo, secretária da ADUFS, o ano de 2014

trouxe lutas que ganharam ênfase com a

real ização do C O N A D em Aracaju.

“ V i ve m o s u m a n o at í p i co . H o u ve

paralisação em todos os campi, aconteceu a

primeira greve local da universidade. Foi

um ano de luta pra ADUFS, e o CONAD

estabeleceu bases pra a continuação da

luta”, afirmou.

Um dos pontos fortes do CONAD

foi a posse da nova diretoria do ANDES-SN,

que estará a frente do sindicato durante o

biênio 2014/2016. A ex-presidente do

sindicato nacional, prof. Marinalva Oliveira,

despediu-se de sua equipe gestora,

discursando sobre as conquistas e desafios

vividos ao longo dos últimos dois anos, e

oficialmente empossou a nova diretoria,

encabeçada pelo presidente prof. Paulo

Rizzo.

Fazem parte da diretoria nacional

os professores Jailton Costa como 2°

Secretário da Regional Nordeste III, e Sônia

Meire como 3ª Vice-presidente.

Experiências no evento

O 59º CONAD foi um evento que

propiciou espaços para debates e reflexões

sobre a categoria docente. Para os

professores da UFS escolhidos como

observadores do evento, o CO N A D

também foi uma oportunidade de reforçar

e ampliar o conhecimento sindical, além de

dimensionar a luta da categoria docente

para o nível nacional.

Esta foi a primeira vez que o

professor Augusto César, do curso de

Secretariado Executivo da UFS, participou

de um CONAD. Ele citou as diferenças entre

esse evento e um Congresso Nacional, do

qual já participou outras vezes:

“No CONAD, você tem um número

menor de pessoas e você consegue sentir

melhor o engajamento relacionado à

atuação do sindicato. No Congresso, a gente

tem questões em escala macro. No CONAD,

a gente consegue conversar com as pessoas

sobre temas mais próximos, mais enxutos,

relacionados à ação de cada uma das ADs. A

experiência é boa nesse sentido”, relatou

Augusto.

Entre os temas discutidos, durante

o e v e n t o , o p r o fe s s o r d e s t a c o u a

terceirização e principalmente a questão da

Ed u c a ç ã o à D i s tâ n c i a ( E A D ) . “ N ó s

precisamos discutir essas questões, porque a

EAD não vai se extinguir e a gente precisa

saber como se posicionar, equacionar todos

os problemas e levar o tema para o

Congresso Nacional, para debater mais

profundamente”, afirmou.

Para a professora Núbia Vera, do

curso de Serviço Social da UFS, um ponto que

chamou atenção durante o evento foi o

processo de reformulação da Estatuinte nas

universidades. “Penso que a nossa greve de

junho mostrou que a nossa seção sindical

tem uma grande possibilidade de fazer um

enfrentamento qualificado nesse sentido,

até porque esse debate já tem sido suscitado

em outras seções sindicais, balizado pelo

ANDES-SN”.

Vera Núbia ainda ressaltou o

conhecimento adquirido durante o evento

para aplicações na ADUFS:

“Pra mim, foi um aprendizado

participar do CONAD. Por ser um órgão

deliberativo das seções sindicais, nós, na

base, temos que estar preparados para

subsidiar as ações das ADs e do sindicato

nacional. Levo para a ADUFS a possibilidade

de estar cada vez mais estimulando os

colegas a participar e apontar para a diretoria

alguns temas que internamente nos aflige e

que necessita do apoio para ramificar”.

Entre as demais pautas discutidas

no 59º CONAD, estiveram: a luta pela

carreira docente, contra a privatização dos

Hospitais Universitários por meio da

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

(Ebserh) e contra o Fundo de Pensão para os

servidores públicos (Funpresp), além do

enfrentamento à privatização do sistema de

aposentadoria e à criminalização dos

movimentos sociais e sindicais.

Parte da atual diretoria nacional empossada

Page 11: Boletim ADUFS 13

Recentemente, em pleno recesso

acadêmico na UFS, os servidores desta

instituição pública receberam um e-mail

contendo um ofício do F U N P R E S P

exaltando as maravilhas do Plano de

Previdência Privada criado pelo governo e

ressaltando os “prejuízos” aos 265

servidores que não aderiram ao mesmo,

dos 287 que tomaram posse na UFS nos

últimos 18 meses.

Q u a l q u e r f o r m a d e c o n s -

trangimento aos servidores da UFS que não

a d e r i ra m a o F U N P R E S P d e ve s e r

rechaçada. O e -mai l env iado v i sa

claramente causar pânico nos servidores

que decidiram não assumir o risco

FUNPRESP. Os servidores que disseram

não ao FUNPRESP.

É preciso informar que o “impacto

direto na qualidade de vida do servidor ao

se aposentar” para pior foi patrocinado

pelo próprio Governo com a reforma da

previdência, em geral, manutenção do

fator previdenciário e com a criação do

FUNPRESP, em particular, sepultando a

aposentadoria de milhares de SPFs,

incluindo professores, que passarão a

receber o teto da aposentadoria do INSS e

não terão qualquer certeza sobre SE

receberão e QUANTO receberão do

“dinheiro investido” no FUNPRESP.

Para um professor, em termos

atuais, isso significa se aposentar como

professor titular e passar a receber o salário

de um professor graduado assistente, uma

redução aproximada de 73% no salário que

o servidor terá a certeza absoluta de

receber.

Na previdência social antiga, o

servidor contribuía com 11% do seu salário,

enquanto o governo entrava com outros

11% de contribuição, e não os 8,5%

máximos do FUNPRESP em tudo que for

recebido acima do teto do INSS. Fica claro

que esta foi uma manobra do governo para

reduzir o seu percentual de contribuição

para a previdência social, enquanto o

servidor foi liberado para contribuir em

quanto ele quiser no salário recebido acima

desse mesmo teto.

Essa ação parece aquela de

alguém preocupado com o impacto da

mesma na qualidade de vida do servidor na

hora de sua aposentadoria?

Obrigar o trabalhador a investir o

dinheiro da sua aposentadoria no mercado

financeiro ao invés de garantir a segurança

desses valores sobre a proteção da

previdência pública e do Estado parece

coisa de alguém preocupado com a

aposentadoria de alguém?

*Artigo pela Diretoria da ADUFS

Funpresp e seu impacto na aposentadoria do servidor

SindicatoBoletim ADUFS

Moção de repúdio

Os docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS), reunidos em Assembleia Geral realizada no dia 22 de outubro de 2014, manifestam seu repúdio à proposta de terceir ização fe i ta , recentemente, em um debate sobre educação superior, pelo então presidente d a C A P E S - C o o r d e n a ç ã o d e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-, Sr. Jorge Almeida Guimarães, para contratação de docentes para as IFE- Ins�tuições Federais de Ensino Superior - por meio das regras estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho e não mais pela via do concurso público, assegurada pelo art. 37, II e § 2º, da Cons�tuição Federal. O que se vê claramente com a proposta do presidente do CAPES é uma tenta�va de priva�zação do trabalho dos professores das IFE, uma vez que a contratação passaria a ser pelo regime cele�sta e sem nenhuma imparcialidade na seleção. Entendemos que essa proposta agride o processo democrá�co de seleção

de professores por meio de concursos púb l i cos , bem como a autonomia universitária, uma vez que �ra das mãos da universidade o controle do processo de seleção de seus docentes. Outrossim, mister salientar que a criação da figura das organizações sociais, nada mais é do que uma nova forma de parceria, formalizada através de um contrato de gestão, com a valorização do chamado terceiro setor, ou seja, serviços de interesse público, mas que não necessitam sejam prestados pelos órgãos e en�dades governamentais, valendo ressaltar que o único vínculo possível entre o servidor e as organizações sociais é mediante cessão, nos termos do que dispõe o art. 14 da Lei nº 9637/98, que faculta a cessão especial de servidor do Poder Execu�vo para auxiliar nos serviços prestados pelas próprias organizações sociais, e não o contrário, como pretende o presidente do CAPES. Isto posto, repudiamos a proposta da CAPES de terceirização da contratação de professores federa i s por meio

Organizações Sociais, cons�tuídas com o único obje�vo de burlar a exigência cons�tucional do concurso público, uma vez que fere não só a autonomia universitária no processo de seleção dos seus docentes como os princípios cons�tucionais da administração pública.

Prof. Dr. Jailton de Jesus CostaPresidente da ADUFS

11

Page 12: Boletim ADUFS 13

O presidente da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

S u p e r i o r ( C A P E S ) , J o rge A l m e i d a

Guimarães, declarou recentemente, em

um debate sobre educação superior, que a

Capes, o Ministério de Ciência, Tecnologia e

Inovação (M C T I) e o Ministério da

Educação (MEC) pretendem criar uma

Organização Social (OS) para contratar

docentes para as Instituições Federais de

Ensino Superior (Ifes) por meio da

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Valendo-se da argumentação

falaciosa de que o Regime Jurídico Único

(RJU) contrata professores “por 30 anos e

não manda ninguém embora”, e de que a

OS garantiria e facilitaria a contratação de

grandes pesquisadores estrangeiros, a

Capes propõe, na verdade, a terceirização

do trabalho dos professores das Ifes.

O professor da UFRGS, bolsista de

produtividade do CNPq, de acordo com seu

currículo Lattes, e ainda presidente da

CAPES, Jorge Almeida Guimarães, declarou

recentemente que o RJU permite a

contratação de professores por 30 anos,

que nunca são mandados embora, para

justificar seu apoio à vergonhosa proposta

do Governo Federal de criar uma OS para

permitir a contratação de professores sem

concurso público e pela CLT.

Para ele, os professores das IFES,

principalmente aqueles que participam das

bancas de concursos públicos para

docentes em todo o Brasil, cometem no

mínimo irregularidades nesses concursos

em nome de um suposto corporativismo da

categoria. Considerando que a Constituição

Federal, em seu art. 37, estabelece que o

Estado e, consequentemente, seus

agentes, devem agir respeitando os

princípios da legalidade, impessoalidade,

moralidade e publicidade, inclusive dos

concursos, e que o Decreto 1.171/1994

(Código de Ética dos SPFs) também

estabelece, em seu art. 1º, que a atuação

dos servidores públicos deve ser norteada

pelo respeito à dignidade, decoro, zelo, a

eficácia e a consciência dos princípios

morais, a acusação sem provas feita pelo

Presidente da CAPES é grave.

Por outro lado, a Lei 8.112/90,

conhecida como Regime Jurídico Único (ou

RJU), demonizada na fala do presidente da

CAPES, também estabelece regras de

conduta aos SPFs. Ela normatiza os

concursos públicos estabelecidos desde a

Constituição do Império no Brasil (art. 179,

inciso XIV) e consagrados pela Constituição

Federal de 1988 (art. 37) como forma de

acesso de todos os brasileiros aos cargos

públicos, impedindo que ocorra com todos

os cargos públicos o que ocorre com os

chamados cargos comissionados, de

indicação.

Em sua fala, o presidente da

CAPES parece sugerir que professores

deveriam ser mandados embora com mais

frequência. Porque um professor que

trabalha hoje com carga horária excessiva

dentro e fora da sala de aula graças ao

produtivismo exagerado que permite a

muitos serem bolsistas de produtividade do

CNPq, por exemplo, e que o fazem em

muitos casos sem ter as condições mínimas

necessárias para trabalhar, como vimos nos

casos da greve 2014 na UFS, deveria ser

m a n d a d o e m b o ra ? Po r d i s c o r d a r

educadamente de seus superiores? Talvez

por ser sindicalizado? Talvez por fazer

greve?

Ele parece também esquecer que

CNPq, CAPES e até as FAPs de cada estado

dispõem de ferramentas para atração dos

melhores quadros, inclusive estrangeiros,

em programas como professor visitante ou

equivalente. Mesmo assim, não há

demanda qualificada. Aliás, na atual

conjuntura de FUNPRESP e dessa tentativa

vergonhosa de burlar a Lei e acabar com os

concursos públicos para professor, não é de

se admirar que não haja candidatos.

Cumpre salientar que deveria

haver esclarecimento sobre o que é ser

'melhor quadro', afinal, será que desses

mais de 150 mil professores, a grande

maioria não faz parte dos melhores

quadros? A mesma parte que vem

alavancando o Brasil nos preciosos rankings

nacionais e internacionais que aparecem

nas propagandas governamentais.

Igualmente, a memória parece

falhar em lembrar que não há investimento

n a s I F E b ra s i l e i ra s . O s d o c e nte s -

pesquisadores precisam se “digladiar” ao

longo do ano nos inúmeros editais de

agências de fomento para, no fim das

contas, receber menos da metade dos

valores que conseguem aprovar nestes

editais para fazer pesquisa. Quando

recebem no prazo ou tudo atrasa. Quando

recebem.

Mais grave ainda foi a afirmação

impl íc i ta de que a contratação de

professores via uma OS acabaria com o

suposto apadrinhamento que ocorre hoje

nos concursos públicos realizados de

acordo com a legislação vigente, quando

quase todos os dias vemos noticiário pouco

lisonjeiro sobre esse tipo de organização.

Considerando que os modelos

defendidos na esfera federal, muitas vezes

são replicados nos estados e municípios, o

p ro fe s s o r d a U F R G S , b o l s i s t a d e

produtividade do CNPq, de acordo com seu

currículo Lattes, e ainda presidente da

CAPES, Jorge Almeida Guimarães, deveria

pedir desculpas públicas não somente aos

docentes do magistério superior, mas de

toda a educação pública do país.

É preciso continuar vigilante!

*Artigo por Brancilene Araújo.

ArtigoNº 13

12

Governo pretende terceirizarcontratação de professores federais

*Dênerson Dias Rosa (2002). O concurso público como princípio constitucional e a promoção interna para cargos organizados em

carreira. DireitoNet

Page 13: Boletim ADUFS 13

Em um cenário de precarização de

trabalho, corte de direitos e criminalização

dos movimentos sociais, ressalta-se a

necessidade de reivindicações fortes e

unificadas entre as categorias. No Estado

de Sergipe, mobilizações importantes

mudaram o cenário de lutas, ao levar para

as ruas tanto a classe trabalhadora quanto a

p o p u l a ç ã o p a r a m a n i f e s t a r o

descontentamento com a política do

governo. Confira essas e outras questões na

entrevista com o integrante da CSP-

Conlutas de Sergipe, Deyvis Barros,

concedida para a ADUFS:

A D U F S - Como o senhor aval ia a

conjuntura de mobilização da classe

trabalhadora em Sergipe?

Deyvis Barros - A situação do país mudou

desde junho do ano passado, com as lutas

que colocaram os governos, e em alguns

casos, os patrões, na defensiva e as massas

na ofensiva em relação às mobilizações

sociais. Sergipe foi parte dessa história e, de

2013 pra cá, foi palco de algumas

mobilizações importantes. O ano de 2013

começou com a greve da construção civil,

certamente a maior e mais importante

mobilização operária no estado desde o

início do século.

Depois de junho, que levou

dezenas de milhares de pessoas às ruas do

estado, algumas categorias fizeram

importantes lutas, especialmente no

serviço publico estadual e federal. Os

petroleiros fizeram uma forte greve

nacional contra o leilão de Libra, que no

estado teve muita importância devido ao

papel que a Petrobrás cumpre na economia

local.

O desafio que teremos é o de

construir uma campanha salarial unificada,

que pressione ainda mais o governo e

arranque conquistas para os trabalhadores.

ADUFS - Quais lutas se destacam nesse

c e n á r i o , p e l a s u a t r a j e t ó r i a d e

combatividade?

Deyvis Barros - No ano passado, houve

duas lutas muito importantes: a greve dos

trabalhadores da construção civil, que teve

passeatas de 5 mil "peões" nas ruas de

Aracaju e derrotou os empresários, e a

greve dos Petroleiros, que começou com

uma razão política, a anulação do leilão do

pré-sal, e tomou uma dimensão muito

grande. Em Sergipe, a categoria parou com

muita força, e a mobilização só foi

derrotada pelo exército de Dilma e por uma

direção traidora.

Em 2014, uma luta que considero

muito importante foi contra a EBSERH, que

privatiza os Hospitais Universitários. Não

fomos vitoriosos, mas levamos a batalha

até o fim. Os servidores da UFS fizeram uma

bela greve, em que conquistaram a jornada

de 30 horas semanais. Os trabalhadores da

SAMU também alcançaram conquistas,

mas tiveram que lutar muito, porque o

governo de Jackson Barreto não aceitava

negociar. Eles realizaram dezenas de

manifestação durante todo o ano, e

seguiam o governador para onde quer que

ele fosse. Acabaram consolidando a vitória

após uma ocupação do prédio da Secretaria

de Saúde. Outro setor que fez muita luta foi

o movimento popular, cada buraco na pista

ou escola parada foi motivo para queimar

pneus e fazer muita luta.

ADUFS - Observa-se a tendência pela

precarização de trabalho, opressão e

privatização no serviço público, o que

torna necessárias reivindicações fortes e

unificadas. Nesse sentido, quais avanços

Sergipe vêm apresentando?

Deyvis Barros - Desde a greve do

funcionalismo público federal de 2012 que

começamos a organizar o conjunto dos

servidores através do Fórum Estadual de

Servidores Públicos Federais. Esse fórum,

com muitas debilidades ainda, cumpre um

papel muito importante que é o de unificar

diversas categorias no Serviço Público

Federal no estado. É verdade que em 2014

não foi possível construir uma greve

nacional forte do serviço público, apesar de

essa ser uma necessidade devido à

precarização do trabalho e dos serviços,

mas conseguimos fazer algumas lutas

unificadas que não conseguiríamos sem

esse espaço.

A l g u m a s cate g o r i a s d e ra m

exemplo, creio que a conquista das 30

horas nos técnicos-administrativos da UFS

foi um caso. A greve dos professores da UFS

também foi muito importante, porque

enfrentou a precarização da educação que

vem do Governo Federal, mas que é

intensificada pelo papel que a reitoria

cumpre na universidade.

ADUFS - Quais pautas de reivindicação da

classe trabalhadora você destacaria e

como elas estão atuando localmente?

Deyvis Barros - Acho que logo teremos que

iniciar uma forte luta em defesa dos

empregos. As demissões e lay-offs, que

estão acontecendo especialmente no setor

automobilístico, são preocupantes. A

presidente Dilma concedeu isenções fiscais

e empréstimos para esse setor que somam

cerca de R$ 11 bilhões de 2012 pra cá, e não

exige uma contrapartida pela manutenção

dos empregos desses trabalhadores. Creio

que o embate contra a precarização dos

Serviços Públicos e por mais verbas para

atender as demandas da população serão

outras lutas grandes que teremos que

travar, ainda mais considerando que o

governo federal gasta mais de 40% do

orçamento do país pra pagar juros da dívida

publica, um valor que poderia ser usado

para garantir 10% do PIB para educação e

saúde e para outros serviços sociais, como a

reforma agrária.

Penso que também teremos que

continuar a luta contra as privatizações. De

2013 pra cá, a presidente Dilma entregou

para a iniciativa privada portos, aeroportos,

estradas, campos de petróleo e até os

Hospitais Universitários. Teremos que

continuar lutando para impedir esse

verdadeiro desmonte do estado brasileiro

que só prejudica os trabalhadores e o povo

pobre.

Espaço da CSP-Conlutas

Representante da CSP-Conlutas aborda luta dos trabalhadores em Sergipe

Boletim ADUFS

13

Representante da CSP-Conlutas de Sergipe, Deyvis Barros

Page 14: Boletim ADUFS 13

O M o v i m e n t o d o s

Trabalhadores Sem Terra (MST) possui

um histórico de combatividade em todo

o Brasil. Em Sergipe, não é diferente. São

reuniões, audiências, ocupações,

reintegrações de posse, envolvendo

pequenos grupos representativos ou

grandes mobil izações. Desde seu

surgimento, o movimento se destaca em

suas lutas e conquistas no cenário

agrário brasileiro.

Em termos proporcionais, o

Estado de Sergipe possui o maior número

de famílias acampadas - pouco mais de

10 mil famílias -, e assentadas - pouco

mais de 12 mil famílias -, do Brasil. Há

acampamentos com mais de 16 anos de

luta, como o da fazenda Tingui, na cidade

de Malhador.

Na avaliação do diretor estadual

do MST, Esmeraldo Leal, o histórico de

lutas do passado e os acampamentos do

presente coloca o movimento em

permanente estado de mobilização.

“Vivemos um longo período de

descenso da luta de massas no Brasil.

Nos últimos anos, as novidades foram as

complexas mobilizações de junho de

2013 e o Congresso Nacional do MST

desse ano. Mesmo assim, podemos

afirmar que, em Sergipe, conseguimos

a r t i c u l a r i m p o r ta n te s a ç õ e s d e

mobilização do MST, da Via Campesina e

do conjunto dos trabalhadores”,

afirmou.

Histórico de lutas do MST em Sergipe

O MST nasceu com a ocupação

da fazenda Barra da Onça, no município

de Poço Redondo (Alto Sertão), em 1985.

Surgiu em um período muito rico das

lutas populares, principalmente na

Diocese de Propriá (Litoral Norte de

Sergipe e Alto Sertão).

Esmera ldo Lea l re latou a

atuação do movimento na época em que

surgiu. “Estávamos num período de

e f e r v e s c ê n c i a : l u t a s p e l a

reconhecimento do território dos índios

Xokós; luta dos posseiros de Santana dos

Frades; formação do Polo Sindical, com

uma forte atuação do Movimento de

Ed u ca çã o d e B a s e ( M E B ) e d a s

Comunidade Eclesiais de Base”, citou.

Ainda no final da década de

1980, houve várias outras ocupações,

sendo a da fazenda Cruiri, no município

de Pacatuba (Litoral Norte) a mais

simbólica, pois envolveu mais de 700

famílias e virou um marco na autonomia

do MST, ante a Igreja Católica.

É possível citar outras ocupações

que marcaram a história do MST de

Sergipe, entre elas: Usina Santa Clara, no

município de Capela, em 1995; Ocupação

da CHESF, no município de Canindé de

São Francisco, em 1996, envolvendo

1.811 famíl ias de todo o Sertão,

rearticulando a luta pela terra no Sertão.

Segundo Esmeraldo, a região do

Sertão concentra mais de 40% da área

conquistadas pelo MST de Sergipe. “Na

década passada, conseguimos, através

de uma parceria entre o Governo do

Estado e Governo Federal, assentar mais

de mil famílias no Sertão. São frutos

dessas mobilizações”.

As mobilizações também são

frutos de parcerias com movimentos e

organizações aliadas do campo e da

cidade, como os parceiros da Via

Campesina, sindicalistas, movimentos de

juventude, Sem Tetos, entre outros.

Em 2014, é possível destacar

algumas mobilizações: 17 de Abril, com

um ato dos representantes das regionais

em frente à Justiça Federal; 1º de Maio,

com atos nas regionais e participação em

atos das centrais, em Aracaju; Congresso

Nacional do MST; 25 de Julho, com a XII

Marcha Estadual em comemoração ao

Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras

Rurais, envolvendo mais de 15 mil

pessoas; além das ocupações de terras,

articulação de campanhas, entre outros.

Reforma agrária

Combatividade marca histórico do MST em Sergipe

Diretor estadual do MST, Esmeraldo Leal

Nº 13

14

Page 15: Boletim ADUFS 13

Nos dias 14 e 15 de outubro,

ocorreu no campus Prof. Alberto Carvalho

(Itabaiana) a IX Oficinas de Ciências,

Matemática e Educação Ambiental

(OCMEA), que consiste em um conjunto de

oficinas elaboradas pelos acadêmicos do

campus que são ofertadas aos alunos da

Educação Básica.

Desde sua criação, em 2006, até a

edição de 2014, a organização do evento

contabil izou cerca de 500 oficinas

ofertadas a aproximadamente 11.000

alunos da Educação Básica. Destacou-se

também nessas edições o incentivo e a

viabilização da participação de alunos

quilombolas e alunos indígenas.

Em 2014, foram realizadas duas

campanhas durante a realização do evento:

coleta de donativos para o Lar Menino

Jesus (Lar da Dona Lia) e Campanha de

Doação de Sangue pelo Centro de

Hemoterapia de Sergipe (Hemose).

“Nesses oito anos de realização do

evento, diversos alunos da Educação Básica

relatam que a participação nas oficinas

ajudou na definição do curso, assim como

alunos das licenciaturas fizeram ou

reforçaram a opção pela docência, após o

primeiro contato com os alunos da

Educação Básica, ao ministrar a oficina”,

relatou a coordenadora da OCMEA,

p r o f e s s o r a E d i n é i a Ta v a r e s , d o

Departamento de Química do campus de

Itabaiana.

O estudante da Educação Básica

Abnael Nunes é um exemplo disso: “A

OCMEA desperta em nós, alunos, a

curiosidade, e incentiva a seguir com os

estudos para que possamos obter sucesso

na carreira que optarmos no futuro”

Hoje acadêmica do curso de

Licenciatura em Ciências Biológicas da UFS,

Yasmin Lima conta a influência da OCMEA

no seu percurso até a graduação. “Meu

interesse em entrar numa universidade já

existia, mas, foi a partir da participação nas

oficinas desse evento que passei a ter uma

visão de que a universidade não era só um

sonho pra poucos. Destaco a importância

desse evento para a formação de cidadãos,

capazes de realizar escolhas e de acreditar

que possuem capacidade e potencial

suficientes para adentrar na Educação

Superior e fazer a diferença”.

As edições VIII e IX da OCMEA

(OCMEA 2013/2014) se inseriram nas

atividades da Semana Nacional de Ciência e

Tecnologia – 2014 (SNCT), cujo tema foi

" C i ê n c i a e T e c n o l o g i a p a r a o

desenvo lv imento soc ia l " , e foram

realizadas pelo Programa de Consolidação

das Licenciaturas (PRODOCÊNCIA - Edital

19/2013) e projeto OCMEA/2013 (Edital

FAPITEC-SE/FUNTEC n. 09/2013).

Oficinas em Itabaiana aproximam estudantes da ciência

Foto

s: F

apit

ec

Campi da UFSBoletim ADUFS

15

Os docentes da Universidade

Federal de Sergipe (UFS), reunidos em

Assembleia Geral realizada no dia 22 de

o u t u b r o d e 2 0 1 4 , m a n i f e s t a m ,

lamentavelmente e com pesar, sua

solidariedade pelo falecimento precoce do

Presidente do Sindicato dos Bancários de

Sergipe (SEEB/SE), José de Souza, no dia

21/10/14.

José de Souza era um líder nato,

comprometido, inclusive, com as causas

culturais. Cursou Filosofia na Universidade

Federal de Sergipe (UFS), era membro

dirigente do Partido Comunista do Brasil

(PC do B) em Sergipe, da Federação dos

Bancários da Bahia/Sergipe e membro do

Conselho Deliberativo da Previ. Souza

atuava no movimento sindical desde a

década de 1980. Das atividades sindicais e

de representação de funcionários, foi

delegado sindical e membro da Executiva

Nacional dos Funcionários do Banco do

Brasil. Sem dúvidas, uma grande perda

para o sindicalismo no Brasil.

Na oportunidade, prestamos

nossas condolências e solidariedade aos

familiares e amigos.

Prof. Dr. Jailton de Jesus Costa

Presidente da ADUFS

Moção de pesar

Abertura da OCMEA Profª Edinéia Tavares

Page 16: Boletim ADUFS 13

No texto “Verdades sobre a

Profissão de Professor”, Paulo Freire diz:

“Apesar de mal remunerados, com baixo

prestígio social e responsabilizados pelo

fracasso da educação, grande parte (dos

professores) resiste e continua apaixonada

pelo seu trabalho”. Uma frase que une ao

mesmo tempo a desvalorização da

categoria e a paixão pelo trabalho de

educar os homens e mulheres da

sociedade. Assim é a profissão de professor.

Em nome dos profissionais da

Educação Pública que se doam pelo seu

ofício, a ADUFS promoveu, na manhã do

dia 15 de outubro, uma homenagem ao

professor em seu Dia com café da manhã

para comemorar as conquistas da

categoria, criar espaço para interação entre

os colegas e mobilizar os docentes a

continuar na luta diante dos desafios que

virão.

A homenagem aconteceu em

todos os campi da UFS e se estendeu pela

tarde, com a realização de um Happy Hour

na sede da Seção Sindical.

“Eu acredito que eu não teria me

realizado tanto em outra profissão como a

que abracei, que é a de professor”, afirmou

o professor Antônio Ponciano, do

Departamento de Letras da UFS, que

leciona há décadas na universidade. “Hoje

é um dia muito importante, que a gente

deve conservar e fazer uma movimentação,

porque valorizando seu dia o professor está

se valorizando também”.

O professor Ponciano cita que a

escolha pela docência não é uma decisão

fáci l . “Há muitos profissionais que

poderiam ter escolhido o lado vantajoso de

sua profissão na sociedade. Por exemplo, o

médico, o advogado, o engenheiro. No

entanto, eles abraçaram o lado da

docência, realizaram-se nisso e não

gostariam de deixar”.

Para a professora Maria Inês

Oliveira, o dia começou diferente. “O dia 15

de outubro, pra mim, é um dia muito

especial. Tanto é que eu acordei de bem

com a vida e comecei a mandar mensagem

pra todo mundo”, relatou.

Sobre o que poderia mudar na

carreira que ela escolheu para a vida, Maria

Inês destaca: “Nossa carreira precisa de

mais valorização, não só salarial, mas

também de qualidade de trabalho. O que

falta pra gente é o repensar da função do

professor e o que se exige do professor. É

preciso que se dê qualidade nas condições

de trabalho para que haja um retorno de

qualidade para sociedade”.

Comemoração

ADUFS promove homenagem aos professores no dia 15 de outubro