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Boletim
08/10/2019
Boletim CONT-TRIB em 08.out.2019
A dúvida é a escola da verdade Francis Bacon
Eleições CRCs 2019: atenção ao prazo para regularizar
situação no CRC
As eleições diretas para a escolha de conselheiros dos Conselhos Regionais de Contabilidade
(CRCs), em 2019, serão realizadas nos dias 19 e 20 de novembro.
Fonte: CFC - Conselho Federal de ContabilidadeLink: https://cfc.org.br/noticias/eleicoes-crcs-2019-atencao-ao-prazo-
para-regularizar-situacao-no-crc-2/
As eleições diretas para a escolha de conselheiros dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), em 2019, serão
realizadas nos dias 19 e 20 de novembro. Para poder votar, os profissionais da contabilidade precisam estar em situação
regular no CRC de sua jurisdição até o dia 8 de novembro.
De acordo com a Resolução CFC n.º 1.570/2019, que dispõe sobre as eleições diretas dos Conselhos Regionais este ano,
“o colégio eleitoral será formado por contadores e técnicos em contabilidade ativos que estiverem com seus dados
cadastrais atualizados e em situação regular no CRC quanto a débitos de qualquer natureza, até 10 (dez) dias antes da
data de início da eleição”.
Nos CRCs, conforme estabelecido no Decreto-Lei n.º 1.040/1969, os conselheiros são eleitos pelos profissionais de suas
jurisdições, em votação direta, secreta e obrigatória, que ocorrem a cada dois anos, renovando-se, alternadamente, um
terço e dois terços dos plenários dos Conselhos. O mandato é de quatro anos.
Desde 2009, a eleição para escolha de conselheiros dos CRCs é eletrônica, realizada em site específico –
www.eleicaocrc.com.br. Este ano, o sistema de votação pela internet permanecerá disponível, de acordo com o horário
de Brasília (DF), das 8 horas do dia 19 de novembro até as 18 horas do dia 20 de novembro.
Justificativa
A Resolução CFC n.º 1.571/2019 estabelece, no seu Art. 1º, que “ao contador ou ao técnico em contabilidade que deixar
de votar nas eleições dos Conselhos Regionais, sem causa justificada, será aplicada a pena de multa no valor
correspondente a 20% (vinte por cento) da anuidade do técnico em contabilidade em vigor no exercício da realização da
eleição”.
Quem não votar terá o prazo de 30 dias, contado do primeiro dia útil seguinte ao término da eleição, para apresentar, no
sistema de votação, a justificativa de sua falta.
Segundo a Resolução, serão dispensados de apresentar justificativa apenas quem estiver em débito com o CRC e os
profissionais com 70 anos de idade ou mais na data da eleição.
Exclusão do Simples dá Direito a Créditos Tributários?
Base: Solução de Consulta Cosit 283/2019.
Fonte: Blog Guia TributárioLink: https://guiatributario.net/2019/10/02/exclusao-do-simples-da-direito-a-creditos-
tributarios/
A utilização de créditos apurados no âmbito do Simples Nacional para extinção de outros débitos perante as Fazendas
Públicas somente é possível por meio de compensação de ofício pela administração tributária em decorrência de
deferimento de pedido de restituição, ou quando requerido após sua exclusão do referido regime.
É facultado à pessoa jurídica excluída do Simples Nacional a realização de pedido de restituição por pagamento
indevido ou a maior, no âmbito do Simples Nacional, por meio do aplicativo “Pedido Eletrônico de Restituição”
disponibilizado no Portal do Simples Nacional.
Base: Solução de Consulta Cosit 283/2019.
Ampliado prazo de redução de valores mínimos de
parcelamento de débitos tributários Fonte: Mapa JurídicoLink: https://mapajuridico.wordpress.com/2019/10/03/ampliado-prazo-de-reducao-de-valores-
minimos-de-parcelamento-de-debitos-tributarios/
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) dispôs, através da Portaria 4.456/2019, (DOU de 02.10.2019),
prorrogou o prazo para parcelamento de débitos junto ao órgão com benefício de redução do valor mínimo da parcela.
Desta forma, para os pedidos de parcelamento de débitos inscritos em dívida ativa, efetuados até 31.03.2020, os valores
mínimos de cada parcela serão reduzidos para R$ 100,00, quando o devedor for pessoa física, ou quando se tratar de
débito relativo a obra de construção civil sob responsabilidade de pessoa física; e R$ 10,00 na hipótese de débito de
pessoa jurídica em recuperação judicial.
O prazo previsto anteriormente para esta redução era 30.09.2019.
Publicadas os Informes Exigidos pela Lei das S/A?
Fonte: Blog Guia ContábilLink: https://mei.cnt.br/2019/10/03/onde-deverao-ser-publicadas-os-informes-exigidos-pela-
lei-das-s-a/
A partir de 14.10.2019, as publicações contábeis e informações exigidas, nos termos do art. 289 da Lei 6.404/1976 (Lei
das S/A), serão realizadas:
1) no caso de companhia aberta: no Sistema Empresas.NET, nos termos da Deliberação CVM 829/2019; ou
2) no caso de companhia fechada: na Central de Balanços (CB) do Sistema Público de Escrituração Contábil (SPED),
nos termos da Portaria ME 529/2019.
Mais informações:
Central de Balanços: Publicação da Portaria nº 529, de 26 de
setembro de 2019
2 out 2019 - Contabilidade / Societário
Foi publicada a Portaria nº 529, de 26 de setembro de 2019, do Ministério da Economia, regulamentando o §4º do art.
289 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), alterado pela Medida Provisória nº 892 de 2019, que dispõe
sobre a forma de publicação e de divulgação dos atos relativos às companhias fechadas, estabeleceu que as sociedades
anônimas fechadas publicarão gratuitamente seus atos societários na Central de Balanços do Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED).
Estabelece que as publicações serão realizadas pelas companhias fechadas na Central de Balanços do Sistema Público
de Escrituração Digital (SPED), a qual contará com a certificação digital da autenticidade dos documentos mantidos em
sítio eletrônico por meio de autoridade certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira.
As sociedades anônimas fechadas publicarão gratuitamente seus atos societários na Central de Balanços do Sistema
Público de Escrituração Digital (SPED).
Segue a íntegra: Portaria nº 529, de 26 de setembro de 2019
Fonte: Portal do SPED
Junta Comercial de MG não cobra mais taxa para fechar empresas
A partir de sexta, (27/09), a Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) não cobra mais o preço público
para extinção de empresas no Estado. A isenção da taxa vale para Empresário Individual, Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) e Sociedade Limitada.
A medida exclui as extinções de Sociedades Anônimas e Cooperativas. O valor que deixa de ser cobrado
varia entre R$ 128,16 e R$ 267,56, dependendo do tipo jurídico da empresa.
A decisão da autarquia atende à Lei nº 13.874/2019, a Lei da Liberdade Econômica, e tem como objetivo
desburocratizar o ambiente de negócios no Estado. “A Jucemg deixou de cobrar o preço público referente
ao arquivamento da extinção com o intuito de reduzir os custos do empreendedor. Seguimos as diretrizes
do governo estadual no que tange à simplificação, e ao exposto na Lei da Liberdade Econômica”, explica o
vice-presidente da Jucemg, Sauro Henrique de Almeida.
A nova medida deve beneficiar diretamente milhares de empresas, sobretudo as de menor porte, que terão
com a gratuidade um estímulo a mais para regularizarem sua situação em caso de interrupção das
atividades. Das 24.707 empresas que fecharam as portas entre janeiro e agosto de 2019 em Minas Gerais,
24.558 (99%) são do tipo Empresário Individual, Sociedade Limitada ou Eireli.
A isenção vai ajudar aquele empreendedor que está em uma situação complicada, cujo negócio não
apresenta mais lucratividade e quer encerrar as suas atividades, avalia a diretora de Registro Empresarial da
Jucemg, Lígia Xenes.
Para a diretora, a medida não deve provocar um aumento das extinções, uma vez que, desde 2014, a Lei
Geral da Micro e Pequena Empresa (nº 123/2006) isentou esses empreendimentos de apresentarem
certidões negativas dos órgãos fiscais para fecharem o negócio – antes, o empresário tinha que regularizar
a situação junto ao INSS, à Receita Federal e a Secretaria de Estado de Fazenda
Outra isenção prevista na Lei 13.874/2019 e que a Jucemg também implantou é referente à retribuição do
Cadastro Nacional de Empresas (CNE). Esta isenção alcança todos os demais pedidos de arquivamento de
atos empresariais. As taxas eram de R$ 10 ou de R$ 21, dependendo do tipo de registro.
Fonte: http://www.contabilistassl.com.br/s-n/noticias-
descricao.php?id_=OTQ2NzU0ODgwNDY=&o=fc9dc22ccbf2965c1a1d85a3cbd28b7350bdb810c1e057a784da89fe6bfb769aa23f5bc5b4ddf58276c13c4cb08b499dc9277c4de4570429963e77e6e9ebfc84
Contabilidade está entre as carreiras mais promissoras
do país
01 out 2019 Evelin Oliveira
De acordo com o Guia Salarial 2019, da empresa de recrutamento Robert Half, a contabilidade está entre as carreiras
mais promissoras do país, junto com engenharia, jurídico, financeiro e recursos humanos.
O mercado apresenta sinais de recuperação de confiança, reforçando a importância da contabilidade para a retomada do
crescimento econômico.
No entanto, a pesquisa mostra que o perfil do profissional mudou. Se antes o olhar era apenas técnico, o momento é de
ofertas para perfis que possuam, além da formação qualificada, visão de negócios, dinamismo, boa comunicação e
postura estratégica.
O presidente do CFC, Zulmir Breda, afirma que o profissional tem expandido suas competências e ganhado novos
espaços no mercado de trabalho. “Um novo horizonte de oportunidades se descortina para aqueles que se tornaram
atores e protagonistas no cenário dos negócios, colaboradores e partícipes das decisões relevantes, conselheiros em todos
os momentos da vida empresarial e pilares da credibilidade para as transações”.
Para ele, o profissional da contabilidade está mais completo, estratégico e analítico. Segundo o presidente, o contador
tornou-se um cientista de dados “capaz de contribuir, decisivamente, com o crescimento e desenvolvimento das
organizações”.
A formação em Ciências Contábeis permite ao profissional explorar diversas oportunidades na carreira, entre elas
contabilidade fiscal e societária, contabilidade pública, auditoria contábil, perícia contábil, analista, consultor e
professor.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados- CAGED, a contabilidade esteve entre as seis
profissões de nível superior que mais contrataram no ano passado no Brasil, com quase 17 mil vagas abertas e
preenchidas no mercado de trabalho.
Além disso, o levantamento também aponta a carreira como a quarta mais bem remunerada no País, atrás apenas dos
administradores, especialistas em marketing e recursos humanos. Os dados foram colhidos das empresas instaladas nas
27 capitais e regiões metropolitanas do País.
A pesquisa mostra ainda que a capacitação é primordial. Recrutadores buscam profissionais preparados, com boa
formação e especializações.
Olhando para o mercado atual altamente competitivo é fundamental se manter atualizado e especializado, pois é uma
excelente oportunidade para quem não quer perder espaço dentro da empresa que já atua, ou ainda deseja um cargo mais
elevado, bem como para quem almeja novas oportunidades.
A especialização, diferente da graduação, vem apresentar conhecimentos e novas ferramentas que permitem modernizar
e executar suas funções com mais produtividade e assertividade realizando não só um desenvolvimento na carreira, mas
uma grande oportunidade para as empresas terem resultados mais positivos.
Fonte: PORTAL CONTÁBEIS
Novo site do Siscomex facilita busca por informações de
interesse de exportadores e importadores
01 out 2019 Alessandra Chieregato
Endereço é ponto de acesso ao portal único de comércio exterior e fonte oficial do governo junto à OMC. Lançado na
última quarta-feira (11/9) pelo Ministério da Economia, o novo site Siscomex é o ponto de acesso ao portal único de
comércio exterior e a todos os sistemas governamentais necessários para importar ou exportar.
“A mudança tem como objetivo facilitar a busca por informações e serviços públicos de comércio exterior, em um
ambiente com visual moderno e navegação intuitiva”, explicou a subsecretária de Facilitação de Comércio da Secretaria
de Comércio Exterior, Glenda Lustosa.
O Siscomex está alinhado à atual identidade padrão de comunicação digital do governo federal. Em conformidade com o
acordo sobre facilitação de comércio, ele será a fonte oficial do governo brasileiro perante a Organização Mundial de
Comércio (OMC) para disponibilizar informações sobre normas, exigências e procedimentos relacionados ao comércio
exterior.
Glenda Lustosa esclareceu que a Secretaria de Comércio Exterior e a Secretaria da Receita Federal do Brasil
concentrarão informações de interesse do exportador e do importador nesse novo sítio.
“A legislação pertinente à atuação no comércio exterior, inclusive aquelas de competência dos órgãos anuentes, será
mantida e atualizada periodicamente, bem como toda a informação complementar que possa ser útil aos operadores”,
destacou.
O portal também apresenta notícias relacionadas ao comércio exterior, manuais, legislação, instruções para integração de
sistemas corporativos ao Portal Único e serviço de informações de comércio exterior.
Segundo o subsecretário de Operações de Comércio Exterior, Renato Agostinho, a disponibilização da nova página do
Siscomex está alinhada com a diretriz do governo federal de racionalização de gastos públicos e redução de despesas,
reforçadas no Ministério da Economia pela Portaria ME nº 424, de 21 de agosto de 2019. “A medida permitirá uma
economia de mais de R$ 600 mil por ano para o governo federal, atestando assim nosso compromisso com a eficiência
da despesa pública”, afirmou.
Fonte: RFB
ICMS-ST: Confaz adia para 2020 regra do Convênio
ICMS 142/2018
Autor(a): Jo NascimentoFonte: Siga o FiscoLink: http://sigaofisco.com.br/confaz-adia-para-2020-regra-do-convenio-
icms-142-2018/
Confaz adia de 1º de maio de 2019 para 1º de janeiro de 2020 aplicação de regra prevista no Convênio ICMS 142
de 2018
A novidade veio com a publicação do Convênio ICMS 142/2019 (DOU de 01/10), que alterou o texto da Cláusula
trigésima quinta do Convênio ICMS 142/2018.
O Convênio ICMS 142/2018 Dispõe sobre os regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviço de Transporte
Interestadual e de Comunicação (ICMS) com encerramento de tributação, relativos ao imposto devido pelas operações
subsequentes.
O Convênio ICMS/2018 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019.
O Que determina o inciso IV da Cláusula nona do Convênio ICMS 142/2018?
Cláusula nona Salvo disposição em contrário, o regime de substituição tributária não se aplica:
IV – às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento localizado em unidade federada que
lhe atribua a condição de substituto tributário em relação ao ICMS devido na operação interna;
4º O disposto no inciso IV desta cláusula somente se aplica a partir do primeiro dia do primeiro mês subsequente ao da
disponibilização, pelas unidades federadas, em seus respectivos sítios na internet, do rol dos contribuintes e respectivos
segmentos de bens, mercadorias ou itens, detentores de regimes especiais de tributação que lhes atribuam a
responsabilidade, na condição de substituto tributário, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas operações
subsequentes.
5º O rol dos contribuintes e respectivos segmentos de bens, mercadorias ou itens, de que trata o § 4º desta cláusula,
deve ser encaminhado à Secretaria Executiva do CONFAZ, para disponibilização em seu sítio eletrônico na internet.
Cláusula trigésima quinta Este convênio entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União,
produzindo efeitos:
I – a partir de 1º de maio de 2019, relativamente aos §§ 4º e 5º da cláusula nona deste convênio
As distorções na cobrança do Difal de ICMS
Fonte: Portal DeduçãoLink: http://www.deducao.com.br/index.php/as-distorcoes-na-cobranca-do-difal-de-icms/
O debate sobre a reforma tributária está em alta e tem como pontos centrais a simplificação e a resoluções de distorções.
Entre os projetos com maior impacto político-econômico tem-se o que cria o Imposto sobre Bens e Serviços (“IBS”),
que busca substituir diversos tributos, entre eles o ICMS. A necessidade de se afetar o ICMS na reforma hoje é premente
porque esse tributo representa, em muitos casos, uma maior carga tributária para empresas comerciais e conta com
diversas distorções que inviabilizam muitas atividades.
Uma dessas distorções, sem dúvida, é a cobrança do diferencial de alíquotas de ICMS (“Difal”) nas entradas de bens em
operações interestaduais. Tal incidência é exigida de forma antecipada à ocorrência do fato gerador, que seria a saída da
mercadoria do estabelecimento, subtraindo-se o percentual aplicado nas saídas pelo percentual da alíquota interestadual.
Com tal sistemática, os Estados buscam antecipar a receita que entraria nos cofres públicos apenas nas saídas dentro do
próprio Estado. Essa prática dificulta consideravelmente o fluxo de caixa das empresas, já que são obrigadas a antecipar
o valor do tributo da futura venda, sem o correspondente ingresso de receita em conta, e sem a certeza de que a
mercadoria efetivamente será vendida.
Para agravar a situação, alguns Estados, principalmente do Nordeste, costumam exigir esse Difal com a aplicação de um
índice “MVA”, que busca atribuir uma margem de valor agregado presumida à mercadoria, que corresponderia ao valor
do bem na saída final aos consumidores, de forma que a base de cálculo do tributo não corresponde ao valor desse bem
quando da entrada no Estado, mas sim ao suposto valor agregado ao final da cadeia.
Em muitos cenários, principalmente no caso de indústrias que vendem seus próprios produtos aos consumidores finais –
têxtil, por exemplo – o valor pago de Difal não supera o ICMS devido nas saídas, o que resulta no acúmulo de saldo
credor que não tem qualquer vazão dentro da operação normal da empresa.
Infelizmente, o cenário jurisprudencial da discussão acerca da incidência do MVA no Difal não é favorável às empresas,
muito menos a tentativa de afastar o próprio Difal. No entanto, enquanto não promulgada alguma reforma tributária que
modifique a tributação do ICMS, em muitos casos específicos é possível se afastar sim essa perniciosa forma de
tributação.
Esses casos são os que a transferência interestadual se dá entre estabelecimentos da própria empresa. Tal incidência é
refutada veementemente pela jurisprudência pátria, contando com precedentes reiterados do STJ e um específico do STF
(RE nº 1.039.439), bem como com diversos precedentes do Tribunais de Justiça dos Estados praticantes do Difal.
Nesses casos, como a transferência se dá entre estabelecimentos do próprio contribuinte, não é possível se falar em ato
de mercancia na circulação da mercadoria, de forma que não deve haver qualquer incidência de ICMS nessa entrada de
bens, ainda que de forma antecipada. A tese possui o respaldo da Súmula nº 166 do STJ, e a adoção desse entendimento
vem sendo mantida mesmo após a Lei Complementar nº 87/96, que previu a incidência do tributo “ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular” (artigo 12, I, LC nº 87/96).
Ao se conseguir decisão favorável na via Judicial, o contribuinte pode passar a abater do ICMS devido nas saídas do
estoque de saldo credor acumulado por conta do Difal, sem necessariamente acumular mais crédito por conta da
exigência.
Associação do Carf mostra preocupação com criação de
grupo para criar súmulas
03 out 2019 Cristiano Santos
Por Gabriela Coelho
Apesar de salutar a ideia de facilitar a criação de novas Súmulas, elas terão o efeito de esvaziamento do órgão Pleno do
Carf. A preocupação é da Associação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais sobre uma portaria do Ministério
da Economia que instituiu o Comitê de Súmulas da Administração Tributária Federal (Cosat).
“A criação de novas súmulas terão o efeito de esvaziamento do órgão, e não contará mais com conselheiros
representantes dos contribuintes”, diz a nota.
Segundo a entidade, se considerar a figura do voto de qualidade e a possibilidade de se propor súmulas com apenas
três acórdãos da Câmara Superior do Carf, é muito provável que existam súmulas elaboradas com base apenas em
decisões e posições exclusivamente manifestadas por representantes da Fazenda Nacional,
“Desconsiderando qualquer manifestação da representação da iniciativa privada. Lembrando que, a aplicação das
Súmulas é de forma obrigatória nos julgamentos realizados pelo órgão, sob pena de perda do mandato, conforme
previsão do regimento interno”, pontua.
Só Fazenda Conforme reportagem da ConJur publicada nesta quarta, o governo criou grupo para aprovar súmulas. O grupo será
composto por representantes da Fazenda e nenhum do contribuinte.
Clique aqui para ler a nota
Fonte: Revista Consultor Jurídico
Drei ressalta as mudanças no registro de empresas após
a Lei da Liberdade Econômica
Fonte: drei
O Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei), em face da publicação da Lei 13.874/2019 (Lei
da Liberdade Econômica), que facilita e simplifica a abertura de empresas, enumerou as principais alterações no tocante
ao arquivamento de atos no Registro do Comércio:
– Extinção de licenças para atividades de baixo risco
287 atividades econômicas, definidas como de baixo risco, não precisam de qualquer tipo de autorização para
implantação e funcionamento. Assim, empreendedores poderão exercer as atividades empresariais de forma ágil e
compatível com um País propenso à realização de investimentos.
– Fim da obrigatoriedade do NIRE
Não há mais necessidade de instituição do NIRE, e consequentemente os pedidos de registro não precisam mais indicar
esse número, encerrando-se as exigências por ausência dessa indicação. Medida importante de simplificação e
desburocratização.
– Registro automático
O registro dos atos de constituição, alteração e extinção de empresário individual, EIRELI, sociedade limitada e
cooperativa deverá ser realizado de forma automática para os empreendedores que optarem pela adoção de instrumento
padrão, nos moldes estabelecidos pelo DREI. No caso de constituição, o empreendedor receberá o CNPJ no ato da
solicitação do registro.
– Registro de atos societários independentemente de autorização prévia
Os Atos empresariais poderão ser levados à registro independentemente da existência de autorização prévia do Governo.
Os órgãos públicos serão informados pelo DREI a respeito dos registros sobre os quais manifestarem interesse para
posterior fiscalização.
– Extinção da taxa do CNE
Não poderá haver cobrança de preço pela inclusão de informações no Cadastro Nacional de Empresas (CNE). Medida
importante de simplificação ao procedimento e redução de custos para o empreendedor.
– Recurso ao Drei
A última instância recursal do processo revisional em matéria de registro empresarial passou a ser o Departamento
Nacional de Registro Empresarial e Integração (antes era o Ministro de Estado do Economia). Medida importante de
simplificação do procedimento, que faz com que o empreendedor ganhe em celeridade.
– Publicidade de atos societários em meio eletrônico
As Juntas Comerciais poderão realizar a publicação de atos decisórios em seus sites na internet. Tal medida condiz com
a oferta de serviços públicos digitais à sociedade.
– Arquivamento automático de atos com informações
A integração, a colaboração e o compartilhamento de informações, estruturas e serviços entre os órgãos municipais,
estaduais, distritais e federais permitirão que os empreendedores não precisem levar a arquivamento atos, documentos e
declarações que contenham informações meramente cadastrais, quando essas informações puderem ser obtidas em
outras bases públicas de dados.
– Isenção de custos para extinção de empresas
É vedada a cobrança de preço público pelo serviço de arquivamento dos documentos relativos à extinção do registro do
empresário individual, da Eireli e da sociedade limitada. Medida que evita o encerramento irregular de atividades
empresariais, tão comum no País.
– Sociedade limitada
As sociedades limitadas podem ser constituídas (de forma originária ou derivada) por apenas um sócio. Medida que
equipara nossa legislação societária à de diversos países. A sociedade limitada "unipessoal” não deixa de ser uma
sociedade limitada, razão pela qual aplicam-se às sociedades limitadas formadas por um único sócio as mesmas regras
das sociedades limitadas com mais de um sócio, no que couber.
Os usuários do serviço público de empresas que efetuaram o pagamento do preço antes da publicação da Lei
13.874/2019 e ingressaram com o pedido de arquivamento em data posterior poderão solicitar a restituição dos valores.
O direito à restituição dos valores também se aplica as usuários que após a vigência da Lei 13.874, de forma equivocada,
efetuaram o pagamento dos preços daqueles serviços.
O pedido de restituição deverá observar a respectiva legislação estadual ou federal.
Quaisquer dúvidas poderão ser encaminhadas ao Drei, através do e-mail: [email protected].
Reflexos da exclusão dos créditos presumidos de ICMS
da base de cálculo do IRPJ e da CSLL
Consequências para as empresas
Wendell Rodolfo dos Santos
Amanda Cochito Boffo
27/09/2019 12:46
A Constituição Federal atribui aos Estados e ao Distrito Federal a competência tributária para a instituição do Imposto
sobre as Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Como característica inerente à própria competência tributária que lhes fora
atribuída, e desde que observadas determinadas condições previstas em lei, estes mesmos entes podem conceder
isenções, incentivos e benefícios fiscais relacionados a este tributo.
Diante deste contexto, os Estados têm se valido da concessão de incentivos fiscais como um artifício formidável para a
promoção do desenvolvimento econômico local, eis que a redução da carga tributária em determinada região tende a
atrair novos investimentos e a estimular a geração de empregos.
É dizer que a renúncia fiscal imediata por parte dos entes federativos, materializada nos incentivos fiscais concedidos
ora por meio de redução de base de cálculo, ora pela concessão de crédito presumido etc., visa a um objetivo
extremamente relevante a médio ou longo prazo, qual seja o do estímulo à economia local.
Desta sorte, passou a ganhar corpo a discussão em relação à possibilidade ou não da inclusão do crédito presumido de
ICMS, decorrente dos referidos incentivos fiscais, nas bases tributáveis do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O embate se propagou até o Poder Judiciário, alcançando o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, no ano de 2017,
acabou por decidir, nos autos do REsp 1.517.492/PR, pela impossibilidade da incidência do IRPJ ou da CSLL sobre tais
valores, eis que foram renunciados pelo Estado em favor do contribuinte como instrumento de política de
desenvolvimento econômico, devendo em relação a tais créditos ser reconhecida a imunidade recíproca do artigo 150,
VI, da Constituição Federal.
A outro tanto, restou consignado o entendimento de que a União, ainda que no exercício de sua competência tributária,
ao impor a inclusão do crédito presumido de ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, por via oblíqua, acabaria por
promover uma interferência indevida na política fiscal dos estados-membros, esvaziando ou reduzindo os efeitos que
eram pretendidos com a instituição do incentivo fiscal.
A partir daí, em manobra empregada com o fito de rediscutir a matéria, a Fazenda Nacional passou em seus recursos a
advogar a tese de que o tema teria de ser reanalisado pelo STJ, tendo em vista que, após a decisão paradigmática acima
referida, fora caracterizado um fato novo, que teria derivado da superveniente edição da Lei Complementar n. 160/2017.
Vale lembrar, a referida Lei Complementar modificou o artigo 30 da Lei n. 12.973/2014, para determinar que os
incentivos fiscais de ICMS concedidos pelos Estados devessem ser considerados subvenções para investimento.
Para a Fazenda Nacional, esta determinação que classificou os incentivos fiscais relativos ao ICMS como subvenções
para investimento – e não mais como subvenções de custeio – submeteu a exclusão da base de cálculo do IRPJ e da
CSLL a determinadas condições.
Com base nesses argumentos, a Fazenda Nacional requereu ao STJ a reconsideração da decisão anterior, para que a não
tributação do crédito presumido de ICMS pelo IRPJ e pela CSLL só fosse reconhecida em favor da empresa que
atendesse às condições previstas no artigo 30 da Lei n. 12.973/2014, com as alterações da Lei Complementar n.
160/2017 (o registro dos montantes provenientes dos incentivos em conta de reserva de lucros, e a utilização de tais
valores apenas para a absorção de prejuízos ou para o aumento do capital social da empresa).
Nesse sentido, em recente decisão proferida no REsp 1.605.245/RS, a Segunda Turma do STJ, sem prejuízo aos últimos
argumentos trazidos pela Fazenda Nacional, manteve o entendimento segundo o qual o crédito presumido de ICMS não
integra a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
O Relator, Ministro Mauro Campbell Marques, destacou que o precedente da Primeira Seção, estabelecido em 2017 no
REsp 1.517.492, deveria continuar sendo aplicado. Segundo o Ministro, a Primeira Seção entendeu que considerar na
base de cálculo do IRPJ e da CSLL benefícios e incentivos fiscais concedidos para o ICMS violaria o pacto federativo
estabelecido na Constituição de 1988.
Para o Ministro, também seriam irrelevantes, para a discussão da matéria, as alterações promovidas pela Lei
Complementar n. 160/2017, que tratam de uniformizar a classificação do crédito presumido de ICMS como subvenção
para investimento, com a possibilidade de dedução das bases de cálculo dos referidos tributos, desde que cumpridas
determinadas condições.
“Desse modo, para o precedente aqui firmado e agora aplicado, restou irrelevante a discussão a respeito da classificação
contábil do referido benefício/incentivo fiscal, se subvenção para custeio, investimento ou recomposição de custos, já
que o referido benefício/incentivo fiscal foi excluído do próprio conceito de receita bruta operacional previsto no artigo
44 da Lei 4.506/1964”, explicou.
A manutenção do entendimento que já existia no STJ nos parece acertada, uma vez que a concessão de benefícios por
parte dos Estados é um instrumento legítimo de política fiscal, não sendo razoável que os valores correspondentes a
estes incentivos sejam tributados por outros entes, o que claramente fere o pacto federativo.
Mais do que isso, estes valores sequer representam efetivos ingressos no patrimônio da pessoa jurídica para que possam
ser considerados como lucro ou receita tributável. Nessa linha, a Ministra Regina Helena Costa já havia defendido, por
ocasião do julgamento do REsp 1.517.492 em 2017, que a base de cálculo haverá sempre de guardar pertinência com
aquilo que pretende medir, não podendo conter aspectos estranhos à própria materialidade contida na hipótese de
incidência.
É de se concluir, portanto, que as análises até então promovidas pelo STJ têm se pautado em perspectivas amplas, e,
consequentemente, louváveis, não se atendo a questões periféricas como a da classificação contábil conferida aos
incentivos fiscais de ICMS, mas se voltando para aspectos fundamentais como o da imunidade constitucional recíproca.
Além disso, aquela Corte tem se mostrado sensível à necessidade de resguardar o propósito que a instituição de
incentivos pelos entes federativos encerra, de promover o estímulo e o desenvolvimento das economias locais.
Wendell Rodolfo dos Santos – Advogado tributarista do L. O. Baptista Advogados.
Amanda Cochito Boffo – Advogada tributarista do L. O. Baptista Advogados.
Não sei se é para rir ou chorar...
restringe o direito
STJ suspende discussão sobre instrução em compensação de IR na década
de 1980
30 de setembro de 2019, 18h37
Por Gabriela Coelho
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A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça começou a analisar um recurso em que se discute a legalidade de instrução
normativa da Receita Federal que restringe o direito de compensação de Imposto de Renda. O julgamento foi suspenso
após pedido de vista do ministro Benedito Gonçalves.
Unidade da Ford no ABC paulista, que chegou a pertencer à Autolatina Reprodução
No caso, os ministros debatem se uma empresa do grupo Ford pode fazer a compensação de Imposto de Renda Retido
na Fonte (IRRF) pago sobre lucros distribuídos a acionistas no Brasil e no exterior, sendo que a apuração dos tributos
ocorreu em períodos diferentes.
Em julgamento anterior, o relator, ministro Gurgel de Faria, entendeu que a Instrução Normativa 139/1989 não viola
o artigo 2º do Decreto-Lei 1.790/1980, que prevê o direito à compensação do IRRF pago pela pessoa jurídica
controladora na distribuição de lucros com o que a pessoa jurídica beneficiária tiver de reter na distribuição de
dividendos, bonificações em dinheiro, lucros e outros interesses.
"Isso porque a referida IN, ao determinar que a compensação somente poderá ocorrer no mesmo exercício de apuração,
não suprimiu o direito previsto no citado DL, mas apenas restringiu o exercício da possibilidade de compensação", disse.
Além disso, segundo o ministro, não há conflito de hierarquia entre normas, uma vez que a matéria era regulamentada
pela IN 87/1980, a qual permitia a compensação no mesmo ou em outros exercícios, de forma que a IN 139/1989 tão
somente alterou tratamento conferido à matéria em ato normativo da mesma espécie.
Divergência Inaugurando a divergência, a ministra Regina Helena Costa, acompanhada pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho,
entendeu que a competência para deliberar sobre compensação é exclusiva da lei e que, portanto, instrução normativa
não pode limitar o direito de compensação do contribuinte.
"Dessa forma, entendo que o contribuinte pode compensar valores apurados em exercícios diferentes, uma vez que nem
o DL 1.790/1980 nem a Lei 7.713/1988 apresentam vedações nesse sentido", afirmou.
Caso A empresa operacional da Ford no Brasil apurou lucros em 1988 e 1989 e, ao distribuí-los para a holding Autolatina em
1990, reteve o Imposto de Renda. Na sequência, ainda em 1990, a Autolatina remeteu lucros para suas controladoras,
também com incidência do IRRF.
Como a Ford já havia pago os tributos incidentes sobre os lucros distribuídos na primeira operação, em 1990 a holding
compensou a quantia recolhida pela Ford do total devido pela Autolatina. Em valores históricos, o grupo econômico
tentou compensar NCZ$ 344,8 milhões (Cruzados Novos).
Na época, o IRRF era regido pelo decreto-lei 1.790/1980. Logo em seguida, a lei que disciplina as compensações do
imposto passou a ser a 7.713/1988, a partir da qual a Receita editou a IN 139/1989.
Segundo o relator, a nova IN não mais permitia que a compensação fosse realizada nos anos seguintes à apuração do
lucro.
REsp 1.628.374/SP
Gabriela Coelho é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 30 de setembro de 2019, 18h37
Reforma Tributária: Entenda os impactos da unificação
da alíquota PIS/COFINS
5 de outubro de 2019
No último mês o governo anunciou que pretende iniciar a Reforma Tributária com a aprovação de uma proposta de
unificação de PIS e Cofins.
Essa unificação seria o primeiro passo para a criação de uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que, no futuro,
incluiria outros impostos federais.
Segundo o secretário adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa e Silva, a unificação de PIS e Cofins poderia ser feita
por projeto de lei, o que facilitaria a aprovação da medida. A ideia é reduzir a burocracia envolvida no pagamento dos dois
impostos.
O resultado da fusão seria uma CBS com alíquota de 11%, no sistema não-cumulativo, em que empresas podem compensar
o imposto em etapas anteriores da cadeia. Contudo, hoje, a soma das alíquotas de PIS e Cofins nesse modelo é de 9,25%,
resultando em um aumento de 1,75%.
Repercussão
Representantes do setor de serviços já avisaram à equipe econômica que não aceitam a fusão do PIS/Cofins com apenas
uma alíquota. Eles pressionam para que as alíquotas sejam diferenciadas e com baixo impacto de mudança na carga
tributária.
Representantes do setor de serviços, que respondem por dois terços do Produto Interno Bruto e 75% dos empregos do
País, manifestaram sua insatisfação ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Maia, por sua vez, acredita que não faz sentido aprovar uma PEC para unificação desses tributos, sendo que a Reforma
Tributária abrangeria a tributação de forma mais ampla.
Reforma Tributária
A proposta da Câmara, de autoria do deputado Baleia Rossi, acaba com três tributos federais – IPI, PIS e Cofins. Extingue
o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo. Ela cria o Imposto sobre Operações
com Bens e Serviços (IBS), de competência de municípios, Estados e União.
Para a Advogada mestre em Direito Constitucional, Claúdia Marchetti, a simplificação do IBS acarretará a extinção de
várias obrigações acessórias e o lançamento passará a ser de ofício, hoje é por homologação. As principais características
do projeto são:
Base Ampla sobre bens/serviços/direitos: certeza de que o consumo será tributado, independente da atividade
econômica;
Alíquota Uniforme para bens e serviços dentro de cada ente da federação;
Respeito à autonomia Federativa: alíquotas individuais (autonomia financeira) e critério destino (elimina guerra
fiscal);
Veda concessão de incentivos fiscais: Onde todos pagam menos e o sistema fica simples sem diferenciações;
Incidência totalmente não-cumulativa sobre base ampla de bens e serviços, inclusive cessões e transferências de
direitos (crédito integral);
Desoneração completa das exportações e ressarcimento tempestivo de créditos (60 dias);
Crédito financeiro integral e imediato para investimentos;
Alíquota “por fora”: incidência sobre o preço líquido de tributos;
Transição em 10 anos: segurança;
Marchetti explica que o mundo mudou e é necessário que o sistema tributário também se adapte. “A desoneração da
produção é prioridade, tal como acontece em países onde o IVA é o modelo de imposto sobre o consumo.”
Contudo, a advogada concorda que é necessário rever a tributação sobre os serviços. “Esta reforma impactará em um
aumento na carga tributária para os serviços, mas esta não é uma questão brasileira. A partir da valorização dos serviços,
principalmente tecnológicos, é natural este aumento de carga”, conclui.
Fonte: Portal Contábeis
NF-e e NFC-e - Publicada versão atualizada em 02/10/2019 da
Tabela de Código de Benefícios Fiscais.
Postado por José Adriano em 3 outubro 2019 às 14:49
Publicada versão atualizada em 02/10/2019 da Tabela de Código de Benefícios Fiscais.
Assinado por: Coordenação Técnica do ENCAT
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/informe.aspx?ehCTG=false#296
Ministério da Economia disponibiliza o novo portal NBS
Digital
Ferramenta simplifica a pesquisa de serviços ou termos específicos na
Nomenclatura Brasileira de Serviços
Fonte: Ministério da EconomiaLink: http://www.economia.gov.br/noticias/2019/10/ministerio-da-economia-
disponibiliza-o-novo-portal-nbs-digital
Para facilitar o acesso e a pesquisa da Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que
Produzam Variação no Patrimônio (NBS) e suas Notas Explicativas (NEBS), a Secretaria Especial de Produtividade,
Emprego e Produtividade do Ministério da Economia (Sepec/ME) disponibilizou o portal NBS Digital.
A NBS é o classificador nacional utilizado para registros de transações internacionais de serviços no Sistema Integrado
de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv).
Também define os serviços elegíveis a financiamento pelo Programa de Financiamento às Exportações (Proex),
Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento de Cambiais Entregues (ACE). Futuramente, a
nomenclatura também será utilizada para as notas fiscais eletrônicas de serviços.
A NBS e suas Notas Explicativas sempre foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e disponibilizadas online
nas páginas do antigo Ministério da Fazenda e do Ministério da Industria, Comércio Exterior e Serviços. No entanto, o
texto era fornecido em formato word ou PDF, o que tornava a leitura e a pesquisa mais difíceis.
O portal agora conta com uma funcionalidade de busca, que permite ao usuário realizar pesquisas utilizando palavras-
chave contidas tanto nos títulos da NBS como nos textos que descrevem suas Notas Explicativas.
É possível, ainda, copiar o resultado da pesquisa e compartilhar o resultado, diretamente pela plataforma, por e-mail,
Twitter, LinkedIn ou Whatsapp. A NBS Digital encontra-se disponível no endereço nbs.economia.gov.br.
Simples Nacional: Mais de 738 mil empresas podem ser
excluídas do regime
04 out 2019 Carolina Oliveira
As empresas do Simples Nacional devem ficar atentas, pois a Receita Federal notificou quem faz parte desse grupo e
que possui débitos com o governo. Essa ação ocorreu no dia 16 de setembro foram disponibilizados, no Domicílio
Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN), os Termos de Exclusão.
No total foram notificadas 738.605 empresas devedoras, o valor total das dívidas dessas empresas é de R$ 21,5 bilhões.
Assim, se essas empresas não ajustarem a situação poderão ser excluídas da tributação.
“Ocorre que muitas empresas não se atentam ao tema e só percebem o problema quando impacta no caixa da empresa,
ou seja, no momento da exclusão. Neste ponto ocorre a correria para buscar ajustar as dívidas para poder participar
novamente do programa”, explica o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota.
O diretor se refere ao fato de que no ano passado terem sido notificadas, nesse mesmo período, 732.664 empresas
optantes pelo Simples Nacional que possuíam débitos previdenciários e não previdenciários. Dessas, em 1º de janeiro de
2019, 521.018 foram excluídas em virtude da não regularização dos débitos
Segundo a Receita Federal, os Termos de Exclusão pode ser acessado pelo Portal do Simples Nacional ou pelo
Atendimento Virtual (e-CAC), no sítio da Receita Federal, mediante certificado digital ou código de acesso. O prazo de
ciência é de 45 dias a partir de sua disponibilização no DTE-SN e a ciência por esta plataforma será considerada pessoal
para todos os efeitos legais.
A contar da data de ciência do Termo de Exclusão, o contribuinte terá um prazo de 30 dias para impugnar ou regularizar
seus débitos. A regularização pode se dar por pagamento à vista, parcelamento ou compensação.
“Não adianta pensar nesse ponto em adiamentos, pois a Receita é certeira nesse tipo de exclusão, que passa a ter efeitos
a partir de 1º de janeiro de 2020. Para não ter esse problema, basta o contribuinte regularizar a totalidade de seus débitos
dentro desse prazo, o que torna a exclusão sem efeito. Ponto importante é que assim o contribuinte não precisa
comparecer às Receita ou tomar qualquer outra medida”, finaliza o diretor da Confirp.
Conteúdo original Confirp
PIS e Cofins monofásico e a segregação de atividades
empresariais
4 de outubro de 2019
Na coluna desta semana discute-se um tema recorrente na 3ª Seção do Carf: a validade da segregação das atividades de
industrialização e de atacadista nas hipóteses de contribuições para o PIS e para a Cofins sujeitas à incidência monofásica.
Antes, porém, de abordar a jurisprudência do Tribunal, é indispensável contextualizar o problema a ser aqui analisado.
As contribuições para o PIS e para a Cofins sujeitam-se a dois regimes jurídicos distintos: o não-cumulativo[1] e o
cumulativo[2]. Não obstante, dentro destes modelos, existem alguns produtos específicos[3] que se sujeitam à monofasia
tributária[4], ou seja, a uma apuração de PIS e Cofins que é toda concentrada em uma das fases da cadeia produtiva, mais
precisamente na fase industrial. Tal método de apuração tem, dentre outros objetivos, perfazer em concreto a ideia de
praticabilidade tributária.
Nesse sentido, o legislador concentra toda a incidência tributária em um determinado elo da cadeia produtiva, em regra
sujeitando tal contribuinte a uma incidência com alíquotas mais expressivas e, por conseguinte, desonerando os elos
subsequentes dessa mesma cadeia econômica. Dentro deste contexto, são especificamente assim tratados os produtos de
perfumaria, toucador, higiene e farmacêuticos, nos termos da lei n. 10.147/2000.
Já é possível perceber que, diante desse contexto normativo, é vantajoso para empresas do setor econômico alhures
indicado dividir suas atividades entre operações industriais e estabelecimentos atacadistas, de modo a minorar a base de
cálculo na operação industrial, a qual, em princípio, está sujeita às incidências de PIS, Cofins e IPI, para então agregar
valor ao seu produto na operação atacadista subsequente, a qual, por sua vez, é desonerada de tais incidências tributárias[5].
Em se tratando de incidência de IPI, uma eventual erosão artificial da base de cálculo do tributo sempre foi combatida por
regra antielisiva específica, qual seja, o valor tributável mínimo, questão essa, inclusive, que já foi objeto da presente
coluna[6].
Acontece que, no âmbito do PIS e Cofins, não há uma regra antielisiva para evitar eventuais distorções[7], surgindo aí um
contencioso administrativo pautado por acusações de simulação, dissimulação, ausência de propósito negocial, abuso de
forma, subfaturamento etc. Neste cenário, a operação praticada entre a empresa industrial e sua relacionada comercial é
desconsiderada e o valor exigido a título de PIS e Cofins acaba por recair sobre o importe das operações de venda efetuada
pela empresa comercial para a etapa subsequente da cadeia. Em suma, este é o cenário fático-jurídico objeto de julgamento
pelo Carf.
Pois bem. Em um primeiro momento, mais precisamente até o ano de 2016, a jurisprudência do Tribunal foi no sentido
de vaticinar os modelos que segregavam as operações empresariais aqui tratadas, o que era pautado por fundamentos de
caráter predominantemente formal, como as ideias de legalidade (acórdão Carf 3402-001.908)[8] ou com esteio em
política fiscal (acórdão Carf 3403-002.519)[9]. Outro ponto também trazido à baila era o fato de inexistir norma específica
antielisiva para as contribuições em apreço (acórdãos Carf 203-13.027, 3401-003.266 e 1402-002.337), o que daria
margem para uma maior liberdade ao contribuinte no momento de “desenhar” suas operações empresariais.
É bem verdade que, já nesta época, alguns acórdãos também levavam em consideração questões de índole material, para,
por conseguinte, refutar a suposta ilicitude da segregação empresarial. É o caso dos acórdãos Carf 3403-002.854 e 3401-
003.266, que entenderam que tal modelo de negócio tinha objetivos econômicos, tais como ganhos logísticos e partilha
do risco no caso de inadimplência, o que seria ainda reforçado pelo fato da cisão das atividades antecederem à própria
legislação que instituiu a monofasia das contribuições sociais.
Por sua vez, a partir de 2018, a questão em tela passou a ter outro tratamento pela jurisprudência do Carf, com a
manutenção das autuações fiscais ao fundamento de simulação (acórdão Carf 3201-003.930) e planejamento tributário
abusivo (acórdão Carf 3201-004.699). Ressalte-se, inclusive, que no caso do acórdão Carf 3201-003.930, o contribuinte
recorrente era empresa que já havia se submetido à fiscalização anterior para a mesma base fática de acusação, i.e., ilicitude
da segregação das atividades empresariais, oportunidade em qual tal cisão foi analisada e referendada pelo Carf por
intermédio do acórdão 3403-002.519.
Apesar de um resultado final distinto no julgamento, tal fato não implica a automática afirmação de que teria ocorrido
uma superação (overruling) do precedente anterior do Tribunal, com a consequente assertiva, precipitada, de que as
operações de cisão de atividades empresariais (industrial e atacadista) nas operações sujeitas à monofasia do PIS e da
Cofins seriam pressupostas como inválidas pelo citado Tribunal.
E isso porque, ao se cotejar os dois acórdãos supracitados, é possível verificar que, no primeiro caso, a decisão pautou-se
fortemente em uma alegação de vício na motivação da autuação e, no segundo julgado, em uma análise mais minudente
das provas produzidas na fase fiscalizatória.
Aliás, esse segundo julgado tem mostrado uma tônica da jurisprudência atual do Carf neste tipo de situação: uma análise
mais detida das circunstâncias fáticas que permeiam a segregação da atividade e, em especial, as provas produzidas ao
longo do processo administrativo. A segregação das atividades empresariais com a consequente redução da carga tributária
não seria, por si só, motivo para a exigência fiscal, cabendo a demonstração fático-probatória de que tal operação se
sustenta ou não por outros fundamentos, com especial relevância para aspectos econômicos deste modelo segregado de
atividades empresariais.
Neste esteio, a demonstração de ganho logístico, de redução quanto ao risco financeiro da operação e, ainda, uma cisão da
atividade empresarial previamente à instituição da monofasia do PIS e da Cofins, seriam elementos hábeis a justificar a
operação cindida.
Em síntese, o que se observa desta discussão no âmbito do Carf é que o debate ganhou um maior refinamento técnico, na
medida em que não se restringe mais à validade da segregação das atividades em um altiplano exclusivamente normativo,
cabendo, em verdade, às partes litigantes demonstrar em concreto, i.e., por meio de provas, a (in)viabilidade jurídica e
econômica desta cisão empresarial.
Há, portanto, uma maior ênfase para as circunstâncias fáticas do caso em julgamento, o que de fato se espera de órgãos
que exercem atividade judicativa, ainda que de forma assemelhada, já que a função deste órgão é de julgar casos em
concreto e não veicular teses jurídicas em abstrato.
Fonte: ConJur
Crédito presumido de ICMS não integra base de cálculo
de IRPJ ou CSLL
5 de outubro de 2019
Independentemente de qual seja a classificação, se para custeio ou investimento, o crédito presumido de ICMS não integra
a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) nem a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL).
Com esse entendimento, a 7a Turma do Tribunal Regional Federal da 1a Região negou a Apelação da União para
determinar que o Fisco afaste os valores referente à créditos presumidos de ICMS da base de cálculo do IRPJ e CSLL.
A decisão foi tomada em Mandado de Segurança impetrado por uma empresa Distribuidora de Alimentos contra a Receita
Federal em Palmas (TO) – que requereu, além da desoneração, a compensação dos valores indevidamente recolhidos nos
cinco anos anteriores ao ajuizamento do processo.
A defesa da autora, feita pelo escritório SRG Advogados Associados, argumentou que o Superior Tribunal de Justiça
(STJ), por meio da 1ª Seção de julgamento, assentou o entendimento segundo o qual é inviável a inclusão de créditos
presumidos de ICMS nas bases de cálculo do IRPJ e da CSLL. Isso porque tais valores constituem elementos estranhos à
própria materialidade da hipótese de incidência de tais exações. Posicionamento contrário sufragaria a possibilidade de a
União retirar, por via oblíqua, o incentivo fiscal que o Estado-membro, no exercício de sua competência tributária.
A classificação dos créditos presumidos de ICMS como subvenção para investimento, promovida pela Lei Complementar
n. 160/2017, não tem o condão de interferir – menos ainda de elidir – a fundamentação calcada na ofensa ao princípio
federativo. Ademais, ausente a própria materialidade da hipótese de incidência do IRPJ e da CSLL, revela-se, também sob
esse viés, desinfluente tal enquadramento. (AgInt nos EREsp 1607005/PR, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Primeira
Seção, DJe de 08/05/2019.
Além disso, o “STF, ao julgar, em regime de repercussão geral, o RE n. 574.706/PR, assentou a inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, sob o entendimento segundo o qual o valor de ICMS não se
incorpora ao patrimônio do contribuinte, constituindo mero ingresso de caixa, cujo destino final são os cofres públicos.
Axiologia da ratio decidendi que afasta, com ainda mais razão, a pretensão de caracterização, como renda ou lucro, de
créditos presumidos outorgados no contexto de incentivo fiscal.
Assim, nos moldes do entendimento firmado pelo egrégio Superior Tribunal de Justiça, os créditos presumidos de ICMS
não integram a base de cálculo da contribuição para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e para a Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido – CSLL. Ante o exposto, nego provimento à apelação e à remessa oficial, tida por interposta.
Concluiu.” (EREsp 1.517.492-PR, r. p/ Acórdão Ministra Regina Helena Costa, 1ª Seção do STJ em 08.11.2017)”.
Sobre a compensação dos valores recolhidos antes do trâmite da ação, o desembargador afirmou, com base no artigo 170-
A do CTN, que ela é vedada até o trânsito em julgado da demanda.
Clique aqui para ler a decisão.
Fonte: Conjur
Corregedoria da Receita Federal participa da Operação
Armadeira para combater corrupção e lavagem de
dinheiro
5 de outubro de 2019
A Corregedoria da Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram, nesta quarta-feira
(2/10/2019), a Operação Armadeira com o propósito de desarticular uma organização especializada na prática de corrupção
e lavagem dos recursos auferidos formada por servidores da Receita Federal e pessoas relacionadas.
Estão sendo cumpridos nove mandados de prisão preventiva (três contra servidores da Receita Federal) e cinco de prisão
temporária (três contra servidores da Receita Federal) expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As
demais prisões são de pessoas relacionadas aos servidores.
A Corregedoria da Receita Federal foi demandada pelo Ministério Público Federal, força-tarefa da Lava Jato no Rio de
Janeiro, logo após as primeiras denúncias e participou das investigações desde o seu início, em novembro de 2018.
Participam da Operação Armadeira sessenta e dois servidores da RFB, trinta e oito auditores-fiscais e vinte e quatro
analistas-tributários, deslocados pela Corregedoria de todo o Brasil.
Fonte: RFB
Solução de Consulta COSIT Nº 277 DE 26/09/2019
Publicado no DOU em 4 out 2019
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
setor agropecuário. insumos. suspensão.
Aplica-se, de forma cogente, a suspensão da Cofins nas vendas dos produtos agropecuários expressamente relacionados
no art. 9º da Lei nº 10.925, de 2004, quando realizadas, conforme o caso, por cerealistas, captadores de leite ou pessoas
jurídicas que exerçam atividade agropecuária e cooperativas de produção agropecuária, desde que o adquirente seja
pessoa jurídica tributada com base no lucro real, exerça atividade agroindustrial e os utilize como insumo na fabricação
dos produtos destinados à alimentação humana ou animal relacionados no art. 8º da mesma lei.
Não sendo a consulente pessoa jurídica cerealista, captadora de leite ou que exerça atividade agropecuária, assim
entendida a atividade econômica de cultivo da terra e/ou de criação de peixes, aves e outros animais, nos termos do art.
2ºda Lei nº 8.023, de 1990, não há que se falar em venda com suspensão da exigibilidade da Cofins dos produtos do
Capítulo 11 da TIPI que fabrica, os quais, ademais, não se encontram entre aqueles elegidos para a aplicação do
tratamento suspensivo.
As vendas de insumos industrializados não gozam de tratamento suspensivo da Cofins, nem dão direito, por
conseguinte, à apuração do crédito presumido pelo adquirente.
Desde que presentes os termos e condições estabelecidos nos atos legais e normativos que regem a matéria, a suspensão
da exigibilidade da Cofins na venda de produtos relacionados no art. 9º da Lei nº 10.925, de 2006, é obrigatória, e, de
sua aplicação, resulta a vedação de que as pessoas jurídicas vendedoras, inclusive as cooperativas, submetidas ao regime
de apuração não cumulativa da Cofins, aproveitem os créditos vinculados à aquisição dos insumos nele utilizados,
impondo-se-lhes, em consequência, o estorno de tais créditos quando houverem sido descontados.
VINCULAÇÃO PARCIAL À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 105, DE 08 DE JULHO DE 2016 -
PUBLICADA NO DOU DE 13 DE JULHO DE 2016.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.925, de 2004, arts. 8º e 9º; IN SRF nº 660, de 2006.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP setor agropecuário. insumos. suspensão.
Aplica-se, de forma cogente, a suspensão da Contribuição para o PIS/Pasep nas vendas dos produtos agropecuários
expressamente relacionados no art. 9º da Lei nº 10.925, de 2004, quando realizadas, conforme o caso, por cerealistas,
captadores de leite ou pessoas jurídicas que exerçam atividade agropecuária e cooperativas de produção agropecuária,
desde que o adquirente seja pessoa jurídica tributada com base no lucro real, exerça atividade agroindustrial e os utilize
como insumo na fabricação dos produtos destinados à alimentação humana ou animal relacionados no art. 8º da mesma
lei.
Não sendo a consulente pessoa jurídica cerealista, captadora de leite ou que exerça atividade agropecuária, assim
entendida a atividade econômica de cultivo da terra e/ou de criação de peixes, aves e outros animais, nos termos do art.
2ºda Lei nº 8.023, de 1990, não há que se falar em venda com suspensão da exigibilidade da Contribuição para o
PIS/Pasep dos produtos do Capítulo 11 da TIPI que fabrica, os quais, ademais, não se encontram entre aqueles elegidos
para a aplicação do tratamento suspensivo.
As vendas de insumos industrializados não gozam de tratamento suspensivo da Contribuição para o PIS/Pasep, nem dão
direito, por conseguinte, à apuração do crédito presumido pelo adquirente.
Desde que presentes os termos e condições estabelecidos nos atos legais e normativos que regem a matéria, a suspensão
da exigibilidade da Contribuição para o PIS/Pasep na venda de produtos relacionados no art. 9º da Lei nº 10.925, de
2004 de 2006, é obrigatória, e, de sua aplicação, resulta a vedação de que as pessoas jurídicas vendedoras, inclusive as
cooperativas, submetidas ao regime de apuração não cumulativa da Cofins, aproveitem os créditos vinculados à
aquisição dos insumos nele utilizados, impondo-se-lhes, em consequência, o estorno de tais créditos quando houverem
sido descontados.
VINCULAÇÃO PARCIAL À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 105, DE 08 DE JULHO DE 2016 -
PUBLICADA NO DOU DE 13 DE JULHO DE 2016.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.925, de 2004, arts. 8º e 9º IN SRF nº 660, de 2006.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
RESUMO BLB BRASIL:
STJ decidiu que cabe ao STF estabelecer qual ICMS deverá ser
retirado da base de cálculo do PIS/COFINS
No julgamento de 2017 ficou pendente definir qual imposto deverá ser retirado do cálculo: o destacado na nota fiscal,
defendido pelos contribuintes, ou o efetivamente recolhido, que, normalmente, é menor.
Tal questão poderá ser decidida no dia 5 de dezembro, data em que a sessão do julgamento dos embargos de declaração
interposto pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) está marcado.
Possibilidade de crédito de PIS/COFINS com despesas de
publicidade e propaganda
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) tem se posicionado a favor do aproveitamento de crédito de
PIS/COFINS de despesas com publicidade e propaganda, desde que comprovada a relevância para atrair e fidelizar
clientes, sob a luz dos critérios de essencialidade e relevância fixados pelo conceito de insumo aplicado pelo STJ.
Créditos de ações judiciais têm cinco anos para
compensação
A Solução de Consulta nº 239 estabeleceu o prazo de cinco anos para o contribuinte utilizar créditos tributários obtidos por
meio de ações judiciais para o pagamento de tributos. Tal entendimento é alvo de críticas, pois é um prazo curto de tempo
para utilizar esses créditos.
Diante desse cenário há duas possibilidades: 1. Pedir a restituição e aguardar a expedição dos precatórios; 2. Passar a
compensar os valores e depois de cinco anos rediscutir na esfera administrativa ou novamente na Justiça, já que há
precedentes favoráveis ao contribuinte.
Um novo capítulo na definição de insumo para cálculo
de PIS/Cofins
Postado por José Adriano em 30 setembro 2019 às 9:30
Por Michell Przepiorka, Caio Augusto Takano, Daniel de Paiva Gomes e Eduardo de Paiva Gomes
O conceito de insumo para fins de não cumulatividade das contribuições ao Programa Integração Social (“PIS”) e ao
Financiamento da Seguridade Social (“COFINS”) parecia ter sido definido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com
o julgamento do REsp nº 1.221.170 (Temas 779 e 780), sob a sistemática de recursos repetitivos.
No referido julgamento, o STJ reconheceu a ilegalidade das Instruções Normativas nºs 247/2002 e 404/2004 da Receita
Federal do Brasil (“RFB”), restando firmada tese no sentido de que o “conceito de insumo deve ser aferido à luz dos
critérios de essencialidade ou relevância, considerando-se a imprescindibilidade ou a importância de determinado item,
bem ou serviço para o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pelo contribuinte”.
Ocorre que recentemente, mais especificamente em 17 de setembro de 2019, a RFB publicou a Solução de Consulta
COSIT nº 248/2019, manifestando entendimento de que somente há insumos geradores de créditos da não
cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep nas atividades de produção de bens destinados à venda e de prestação
de serviços a terceiros, impossibilitando a tomada de créditos decorrentes de insumos utilizados na atividade de revenda
de bens[1].
Da leitura da indigitada solução de consulta, verifica-se que a mesma se alinha e toma como premissa o posicionamento
consubstanciado pelo órgão através do Parecer Normativo COSIT nº 5/2018 promulgado para “apresentar as principais
repercussões no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil decorrentes da definição do conceito de insumos na
legislação da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins estabelecida pela Primeira Seção do Superior Tribunal de
Justiça no julgamento do Recurso Especial 1.221.170/PR”[2].
Tal Parecer Normativo tentou sub-repticiamente limitar o conteúdo normativo da decisão proferida pelo STJ, ao
interpretar restritivamente a expressão “atividade econômica”, contida não só no dispositivo do acórdão, mas na
própria tese vinculante fixada pela Corte Superior.
Segundo o referido parecer, “conquanto essa expressão, por sua generalidade, possa fazer parecer que haveria
insumos geradores de crédito da não cumulatividade das contribuições em qualquer atividade desenvolvida pela
pessoa jurídica (administrativa, jurídica, contábil, etc.), a verdade é que todas as discussões e conclusões
buriladas pelos Ministros circunscreveram-se ao processo de produção de bens ou de prestação de serviços
desenvolvidos pela pessoa jurídica”.
Por outro lado, sobre o tema, a Procuradoria da Fazenda Nacional (“PGFN”), com fulcro no disposto no art. 19, IV, da
Lei n° 10.522/2002, já havia publicado a NOTA SEI PGFN/MF 63/2018[3], por meio da qual reconheceu que “(...) o
ponto fulcral da decisão do STJ é a definição de insumos como sendo aqueles bens ou serviços que, uma vez retirados
do processo produtivo, comprometem a consecução da atividade-fim da empresa, estejam eles empregados direta ou
indiretamente em tal processo”.
Cotejando os posicionamentos da RFB e da PGFN, concluímos que o Parecer Normativo 5/2018, corroborado pela
Solução de Consulta COSIT nº 248/2019, é mais restritivo do que a Nota SEI 63/2018, emitida pela PGFN. Isso porque,
enquanto a RFB limita a definição de insumos aos itens utilizados na produção do bem ou prestação de serviço, a PGFN
parece reconhecer que a definição de insumos está relacionada à atividade econômica desenvolvida pelo contribuinte,
aparentemente em linha com o entendimento firmado pelo STJ.
Entretanto, a questão, tal como posta na NOTA SEI 63/2018, deixou a problemática sob exame ainda mais
controvertida, dada sua obscuridade. É que, não foi totalmente esclarecido se a interpretação do referido órgão de
representação da União Federal limita o conceito de atividade econômica apenas à produção de bens e prestação de
serviços ou se, ao revés, também englobaria a revenda de bens, por exemplo. Vejamos:
14. (...) Dessa forma, tal aferição deve se dar considerando-se a imprescindibilidade ou a importância de determinado
item para o desenvolvimento da atividade produtiva, consistente na produção de bens destinados à venda ou de
prestação de serviços (...) a partir dos fundamentos constantes no Acórdão, que somente haveria insumos nas atividades
de produção de bens destinados à venda ou de prestação de serviços. Desse modo, é inegável que inexistem insumos em
atividades administrativas, jurídicas, contábeis, comerciais, ainda que realizadas pelo contribuinte, se tais atividades
não configurarem a sua atividade-fim. (...)
42.Insumos seriam, portanto, os bens ou serviços que viabilizam o processo produtivo e a prestação de serviços e que
neles possam ser direta ou indiretamente empregados e cuja subtração resulte na impossibilidade ou inutilidade
da mesma prestação do serviço ou da produção, ou seja, itens cuja subtração ou obste a atividade da empresa ou
acarrete substancial perda da qualidade do produto ou do serviço daí resultantes.
Em um primeiro momento, a PGFN afirma que “a tese firmada refere-se apenas à atividade econômica do contribuinte”.
Tal afirmação, por si só, levaria à conclusão de que o conceito de insumo fixado pelo leading case refere-se à atividade
econômica do contribuinte, expressão que, por sua vez, abrange qualquer atividade desenvolvida pela empresa e não
apenas a produção de bens ou prestação de serviços.
Ocorre que, logo em seguida, a PGFN assevera que “a partir dos fundamentos constantes no Acórdão, que somente
haveria insumos nas atividades de produção de bens destinados à venda ou de prestação de serviços”.
A leitura deste excerto da referida nota leva à conclusão – a nosso ver equivocada – de que o leading case somente seria
aplicável às pessoas jurídicas que se dediquem à produção de bens ou prestação de serviço.
Curiosamente, após firmar tal premissa, a PGFN volta a reconhecer que o leading case definiu o conceito de insumos à
luz da atividade-fim desenvolvida pelo contribuinte, daí porque a atividade econômica que viabiliza o creditamento dos
insumos não estaria restrita apenas à industrialização e prestação de serviços, já que para a PGFN “é inegável que
inexistem insumos em atividades administrativas, jurídicas, contábeis, comerciais, ainda que realizadas pelo
contribuinte, se tais atividades não configurarem a sua atividade-fim”.
A contrario sensu, se as atividades administrativas, jurídicas, contábeis e comerciais realizadas pelo contribuinte
configurarem sua atividade-fim, seríamos obrigados a reconhecer que, por fazerem parte do exercício de sua atividade
econômica, são insumos e dão direito ao crédito.
É nítido, neste ponto, que a ressalva feita pela PGFN evidencia que o posicionamento deste órgão – conceito de
insumo que contempla a atividade econômica fim do contribuinte – é mais amplo do que aquele adotado pela
RFB no Parecer Normativo 5/2018 e na Solução de Consulta COSIT nº 248/2019, já que a RFB restringe o
conceito de insumo apenas aos industriais e prestadores de serviços.
Apesar de o posicionamento da PGFN ser mais acertado, ainda não reflete adequadamente a ratio
decidendi fixada pelo STJ, visto que restringe o conceito de insumos aos gastos essenciais e relevantes
relacionados à atividade-fim do contribuinte, enquanto que a tese fixada pelo STJ viabilizaria conclusão no
sentido de que a expressão “atividade econômica” abarca também as atividades-meio desenvolvidas pelo
contribuinte.
Data vênia, aqui devemos manifestar nossa discordância ao posicionamento fazendário. Isto porque, em que pese se
tratar de decisão proferida como recurso repetitivo de controvérsia, ao fim e ao cabo, ela deve acertar a questão
subjacente posta em julgamento. Portanto, o efeito vinculante da tese fixada não pode ser restringido pelo resultado
prático de sua aplicação ao caso concreto analisado pelo Tribunal Superior.
É dizer, embora o caso concreto trate de empresa industrial, a expressão atividade econômica a que fez referência o STJ,
por óbvio, não pode se restringir apenas às indústrias, englobando também os prestadores de serviços e o setor comercial
(atacadista ou varejista). Ainda assim, em sua função generalizante, a tese firmada é clara ao estabelecer que “o
conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios da essencialidade ou relevância, vale dizer, considerando-se a
imprescindibilidade ou a importância de determinado item – bem ou serviço – para o desenvolvimento da atividade
econômica desempenhada pelo contribuinte”.
Não podemos deixar de consignar que, apesar da clareza com que redigida a tese fixada pelo STJ, existem referências no
bojo do acórdão que, em uma leitura apressada, limitariam a apropriação de insumos às atividades industriais e de
prestação de serviços, sobretudo na parcela do acórdão que faz referência às locuções “processo produtivo”, ao
“processo de produção” e “execução do serviço”.
Logo, parece incerto saber se os insumos de PIS/COFINS contemplam apenas os gastos decorrentes do processo
produtivo de bens (industrialização) e da prestação de serviços ou se, por outro lado, abarcam os gastos com a atividade
econômica desempenhada pelo contribuinte.
A previsão legal constante do artigo 3º, inciso II das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003 que garante o direito ao crédito
sobre os insumos faz referência textualmente a produção de bens e a prestação de serviços. Este fato poderia ser
considerado como um limitador do direito de crédito apenas ao setor industrial e de serviços.
Entretanto, fato é que a interpretação conferida ao referido dispositivo, à luz da tese fixada pelo STJ no referido leading
case, evidencia a existência de fortes argumentos para concluirmos que a expressão “atividade econômica”, tal como
utilizada pela Corte Superior, abrange todos os ramos econômicos, e não apenas aqueles relativos a produção e serviços,
incluindo, por exemplo, o setor varejista.
Além disso, se levarmos em consideração o fato de que a contribuição ao PIS e a COFINS incidem sobre a receita,
somos obrigados a reconhecer que o direito de crédito sobre os insumos faz referência a essa mesma grandeza (receita),
daí porque limitar o crédito de insumos apenas à produção de bens e prestação de serviços nos parece ser conclusão
dissociada da própria materialidade dos tributos sob análise.
E mais, não há motivos no acórdão do leading case que justifiquem restringir o conceito de insumos apenas à atividade-
fim do contribuinte. Isso porque, a atividade econômica desenvolvida abrange todo o business empresarial,
contemplando os gastos essenciais e relevantes para a consecução de tais atividades (ex: publicidade e propaganda).
Todo quando exposto nos obriga a reconhecer que os conceitos de essencialidade e relevância, tais como fixados pela
Corte Superior, englobam quaisquer gastos indispensáveis ou importantes ao desenvolvimento da atividade econômica
do contribuinte, daí porque englobam: (i) não é necessário que tais gastos refiram-se à atividade-fim do contribuinte, de
modo que o conceito de insumos abrangeria as despesas com marketing e publicidade; (ii) os gastos incorridos tanto por
empresas industriais e prestadoras de serviço, quanto empresas comerciais.
A Ministra Regina Helena Costa em seu voto é categórica: “consoante os critérios da essencialidade e relevância,
acolhidos pela jurisprudência desta Corte e adotados pelo CARF, há que se analisar, casuisticamente, se o que se
pretende seja considerado insumo é essencial ou de relevância para o processo produtivo ou à atividade desenvolvida
pela empresa”.
Interpretação em sentido contrário, inclusive, não está em linha com o objetivo do Código de Processo Civil ao
estabelecer a força vinculante de precedentes submetidos ao rito dos recursos repetitivos, pois se estaria admitindo a
necessidade de novo julgamento para tratar sobre o tema que já foi detidamente analisado pelo Tribunal Superior.
Portanto, a expressão “atividade econômica” utilizada para fixação da tese repetitiva em comento, comporta
extensão maior que aquela proposta pela Receita Federal do Brasil, não se podendo assumir aprioristicamente
que a atividade de revenda de bens não ampara a apropriação de créditos escriturais da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins a título de insumos, sob pena de se excluir, indevidamente, a possibilidade de creditamento
do setor comercial.
Verifica-se com o exposto que, embora o STJ tenha firmado precedente vinculante acerca da matéria, ainda há
controvérsia acerca dos limites normativos atinentes à definição do conceito de insumos para fins de creditamento das
contribuições ao PIS e à COFINS.
Apesar da ressalva feita pela PGFN no item 59 da Nota SEI nº 63/2018, a questão poderá sofrer nova reviravolta a
depender do que for decidido pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do RE nº 841.979, atual paradigma de
repercussão geral, o excelso pretório definirá a amplitude do preceito previsto no §12 do art. 195 da CF, ou em outras
palavras, o conteúdo normativo do princípio da não cumulatividade.
Por sua vez, a dúvida no âmbito infraconstitucional sobre a abrangência da expressão “atividade empresarial” – apesar
de nos parecer evidente que contempla qualquer atividade desenvolvida pelo contribuinte, de modo que é insumo o gasto
com itens essenciais ou relevantes para consecução de tal atividade –, deverá ser decidida pelas 1ª e 2ª turmas do STJ,
por meio de interpretação autêntica do referido leading case à luz o artigo 926 do CPC.
Esperemos que seja assim definitivamente solucionada a celeuma em torno à definição do conceito de insumos para fins
das contribuições sociais.
[1] http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?vis...
[2] http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?vis...
[3] http://www.pgfn.fazenda.gov.br/assuntos/legislacao-e-normas/documen...
https://www.conjur.com.br/2019-set-27/opiniao-capitulo-definicao-in...
SISTEMA DE NFC-e mais barato...
Convênio de Cooperação Técnica 13/2019 - Disponibiliza
à população o aplicativo Menor Preço Brasil a partir da
NFC-e
Postado por José Adriano em 1 outubro 2019 às 11:00
DESPACHO 74, DE 30 DE SETEMBRO DE 2019
Publicado no DOU de 01.10.2019
Publica o Convênio de Cooperação Técnica 03/19, disponibilização do aplicativo "Menor Preço Brasil",
destinado ao acesso da população em geral sobre informações existentes em notas fiscais eletrônicas, preservando
o sigilo fiscal.
O Diretor do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo inciso IX, do art. 5º do Regimento desse Conselho, e em cumprimento ao disposto no art. 35 desse
mesmo diploma, torna público que os Secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal,
na 174ª Reunião Ordinária do CONFAZ, realizada no dia 27 de setembro de 2019, celebraram o seguinte normativo:
CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº 03/19, DE 27 DE SETEMBRO DE 2019
Convênio que entre si celebram o Estado do Rio Grande do Sul e os Estados do Acre, Alagoas, Amapá,
Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins e o Distrito Federal,
relativo à disponibilização do aplicativo "Menor Preço Brasil", destinado ao acesso da população em geral sobre
informações existentes em notas fiscais eletrônicas, preservando o sigilo fiscal.
O Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria de Estado da Fazenda, doravante
denominada SEFAZ/RS, inscrita no CNPJ no 87.958.674/0001-81, representada neste ato pelo Secretário de Estado da
Fazenda e os Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato
Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima,
Santa Catarina, Sergipe e Tocantins e o Distrito Federal, por intermédio das respectivas Secretaria de Fazenda,
Finanças ou Tributação, doravante denominados ESTADOS, representados neste ato pelo respectivo Secretário de
Fazenda, Finanças ou Tributação, na 174ª Reunião Ordinária do CONFAZ, realizada no dia 27 de setembro de 2019,
tendo em vista o disposto na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, no que couber, nos artigos 102 e 199 do Código
Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), e demais normas aplicáveis, resolvem celebrar o seguinte
CONVÊNIO
CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO
Constitui objeto do presente Convênio de Cooperação Técnica a disponibilização aos ESTADOS, pela SEFAZ/RS, do
aplicativo "Menor Preço Brasil".
§ 1º As funcionalidades do aplicativo compreendem pelo menos a:
I - exibição dos valores praticados no comércio varejista local para um determinado produto consultado;
II - possibilidade de execução em dispositivos móveis com sistemas operacionais Android (Google) e iOS (Apple);
§ 2º A disponibilização do aplicativo compreende a:
I - inclusão das informações das Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas - NFC-e - emitidas por contribuintes
estabelecidos no território dos ESTADOS;
II - manutenção corretiva e evolutiva do aplicativo durante a vigência do presente Convênio de Cooperação Técnica;
III - utilização da infraestrutura e de recursos de desenvolvimento e de operação da Sefaz Virtual RS – SVRS - para
todas as finalidades necessárias para a implementação das funcionalidades do aplicativo.
CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DOS ESTADOS
Os ESTADOS autorizam, por meio do presente Convênio de Cooperação Técnica, a utilização, respeitados os limites do
sigilo fiscal, das informações existentes em NFC-e emitidas por contribuintes estabelecidos em seus respectivos
territórios, para possibilitar a exibição dos valores praticados no comércio varejista local para um determinado produto
consultado utilizando-se o aplicativo "Menor Preço Brasil".
É obrigação dos ESTADOS manter canais de suporte do aplicativo "Menor Preço Brasil" para usuários residentes em
seu território, tais como central de atendimento telefônico ou presencial, site, redes sociais, e-mail de contato, que
permitam o atendimento aos cidadãos no que tange à toda natureza de dúvidas, sugestões, elogios e reclamações
relacionadas ao aplicativo “Menor Preço Brasil”.
CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DA SEFAZ/RS
A SEFAZ/RS coloca à disposição dos ESTADOS o aplicativo "Menor Preço Brasil", que permite ao cidadão a consulta
dos valores praticados no comércio varejista local para um determinado produto, utilizando-se dispositivos móveis com
sistemas operacionais Android (Google) e iOS (Apple).
CLÁUSULA QUARTA - DOS RECURSOS
Os recursos financeiros necessários para o desenvolvimento do aplicativo "Menor Preço Brasil" encontram-se descritos
nos termos de referência para o Desenvolvimento e Operação do Aplicativo Menor Preço Brasil, conforme o documento
Cooperação Técnica RG-T3005 do Banco Interamericano de Desenvolvimento, sob o Nome da Cooperação Técnica:
Agenda Digital Fiscal.
Os recursos financeiros necessários para a utilização da infraestrutura e de recursos de desenvolvimento e de operação
da SVRS, e para a manutenção evolutiva e corretiva do aplicativo, serão incluídos no Convênio de Cooperação Técnica
de 11 de outubro de 2013, a partir do ano de 2020.
CLÁUSULA QUINTA - DA DENÚNCIA E DA RESCISÃO
Este Convênio de Cooperação Técnica poderá ser denunciado, por escrito, a qualquer tempo, e rescindido de pleno
direito, independentemente de interpelação judicial ou extrajudicial, por descumprimento das normas estabelecidas na
legislação vigente, por inadimplemento de quaisquer de suas cláusulas ou condições, ou pela superveniência de norma
legal ou de fato que o torne material ou formalmente inexecutável.
Após a denúncia ou rescisão deste Convênio de Cooperação Técnica os serviços referidos em seu objeto não serão
descontinuados em prazo menor que 90 (noventa) dias.
CLÁUSULA SEXTA - DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES
Acordam a SEFAZ/RS e o ESTADOS, ainda, que todas as comunicações relativas a este Convênio de Cooperação
Técnica serão consideradas como regularmente efetuadas se entregues por protocolo ou remetidas por correspondência,
desde que devidamente comprovadas.
CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIA
Este Convênio de Cooperação Técnica entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União.
Acre – Semírames Maria Plácido Dias, Alagoas – George André Palermo Santoro, Amapá - Josenildo Santos Abrantes, Amazonas – Alex Del Giglio, Bahia –
Manoel Vitório da Silva Filho, Ceará – Fernanda Mara de Oliveira Macedo Carneiro Pacobahyba, Distrito Federal – Marcelo Ribeiro Alvim, Espírito Santo –
Rogelio Pegoretti Caetano Amorim, Maranhão – Magno Vasconcelos Pereira, Mato Grosso – Rogério Luiz Gallo, Minas Gerais – Luiz Cláudio Fernandes L.
Gomes, Pará – René de Oliveira e Sousa Júnior, Pernambuco – Décio José Padilha da Cruz, Piauí - Rafael Tajra Fonteles, Rio de Janeiro – Sérgio Ricardo
Ciavolih Mota, Rio Grande do Norte – Carlos Eduardo Xavier, Rio Grande do Sul – Marco Aurelio Santos Cardoso, Rondônia – Luis Fernando Pereira da Silva,
Roraima – Marco Antônio Alves, Santa Catarina – Michele Patrícia Roncalo, Sergipe – Marco Antônio Queiroz, Tocantins – Dilma Caldeira de Moura.
BRUNO PESSANHA NEGRIS
Diretor do CONFAZ
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/despacho/2019/despacho...
Vejam mais sobre o Menor Preço e Busca Preço em http://blog.bluetax.com.br/profiles/blog/list?tag=MenorPre%C3%A7o
este aplicativo, com outro nome já existe em alguns estados
PR – MENOR PREÇO: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pr.celepar.sef...
RS – MENOR PREÇO: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.rs.procergs.mp...
ES: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pr.celepar.sef...
PE: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pr.celepar.sef...
PI: MAIS EM CONTA – https://play.google.com/store/apps/details?id=gov.pi.sefaz.maisemco...
MS – MELHOR PREÇO – https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.ms.melhorpreco...
AL – ECONOMIZA ALAGOAS – https://economizaalagoas.sefaz.al.gov.br/
https://portalspedbrasil.com.br/forum/nfc-e-convenio-de-cooperacao-...
A evolução conceitual do IBS no fato gerador de
importação de ‘bens’
4 de outubro de 2019
Muitas são as propostas de reforma tributária que se têm veiculado. A que nos parece estar mais adiantada, com instalação
de comissão especial na Câmara dos Deputados em Julho de 2019, é a proposta da PEC n. 45/2019, de autoria de Bernard
Appy e proposta pelo Deputado Baleia Rossi.
A proposta congrega os tributos da PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS e ISS num imposto único, batizado como Imposto sobre
Bens e Serviços (IBS), a ser regulamentado exclusivamente pela Lei Complementar, de incidência não-cumulativa e
plurifásica, com finalidade arrecadatória (fiscal). Ademais, a PEC n. 45/2019 contempla um Imposto Seletivo Federal
(ISF), para desestimular o consumo de determinados bens, com finalidade regulatória (extrafiscal), de incidência
monofásica nas saídas do estabelecimento produtor e nas importações.
Aqui, lançamos algumas reflexões sobre o IBS em relação à jurisprudência estabelecida até então, indicando algumas
discussões jurídicas que não devem mais ocorrer a partir da implantação do Imposto único, em virtude do acertamento da
escolha do conceito de “bens” no aspecto material da hipótese de incidência do IBS-Importação.
Apesar de parecer óbvio, o legislador constituinte por muito tempo não se cercou de determinados cuidados para aplicação
de conceitos de Direito Privado no âmbito tributário¹, elencando, de forma aleatória, os conceitos de “produto”,
“mercadoria” e “bem”.
Isso porque, a nosso ver, “bem” é o vocábulo mais abrangente, que acaba por contemplar os conceitos de “produto” e
“mercadoria” dentro dele. Isso não obstante, o conceito de “produto” não pode ser entendido como sendo mais abrangente
que “mercadoria” e vice-versa.
Com o IBS, esse querela parece finalmente ter um desfecho, pois não mais se discutirá se o bem é resultado de processo
de industrialização (resultando em “produto”), tampouco se ele está ou não em circulação econômica (resultando em
“mercadoria”). O conceito de “bem” nos parece o vocábulo mais amplo possível, que irá bem representar a reunião das
hipóteses de incidência de todos os tributos contemplados pelo IBS, em especial o IPI e o ICMS.
Se o IBS existisse há algumas décadas, não teríamos tido, por exemplo, discussões como a de que bens importados para
pessoa física não estariam sujeitos ao ICMS, uma vez que não se tratam de coisas no âmbito do comércio².
Aliás, para solução dessa desoneração imposta pelo Supremo Tribunal Federal, os Estados emplacaram a Emenda
Constitucional n. 33/2001, que inseriu o no artigo 155, § 2º, inc. IX, “a”, da CF/88 a disposição de que “o ICMS incidirá
também sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior,
cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem
ou serviço”.
Todavia, essa controvérsia não cessa no ICMS-Importação. No caso do IPI-Importação também já havia discussão na
medida em que a 1ª Seção do STJ havia pacificado nos Embargos de Divergência em Recurso Especial n. 1.411.749/PR,
julgado em 11 de Junho de 2014 (5 votos a 3), que tratando-se de empresa comercial importadora, o fato gerador do IPI
ocorre no desembaraço aduaneiro, não sendo viável nova cobrança do mesmo tributo quando da sua saída, no percurso de
sua circulação ou comercialização no domínio interno, em transações com consumidores não contribuintes do referido
tributo.
À época prevaleceu o entendimento da 1ª Turma adotado no REsp n. 841.269/BA³, segundo o qual decidiu que “tratando-
se de empresa importadora o fato gerador ocorre no desembaraço aduaneiro, não sendo viável nova cobrança do IPI na
saída do produto quando de sua comercialização, ante a vedação ao fenômeno da bitributação”. Por outro lado, apesar do
princípio da proibição de retrocesso, em 14 de outubro de 2015 o STJ deu conhecimento aos Embargos de Divergência
em Recurso Especial n. 1.403.532/SC, revertendo a jurisprudência pacificada da 1ª Seção (5 votos a 3) e fazendo
prevalecer a orientação da 2ª Turma (REsp n. 1.386.6864⁴), decidindo, em sede de recurso repetitivo, que “os produtos
importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação
de revenda, mesmo que não tenham sofrido industrialização no Brasil”.
Por sua vez, o STF, que se recusava a discutir a matéria por não verificar ofensa direta à CF/88⁵, modificou seu
entendimento em 30 de junho de 2016 e aceitou a repercussão geral para o RE n. 946.648/SC, destacando que “possui
repercussão geral a controvérsia relativa à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI na saída do
estabelecimento importador de mercadoria para a revenda, no mercado interno, considerada a ausência de novo
beneficiamento no campo industrial⁶”.
A discussão desse elemento transborda também para as Contribuições Sociais, em que o legislador constituinte derivado,
ao autorizar a incidência das contribuições sociais sobre as importações, destacou, em Emendas Constitucionais diferentes
que o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação, a incidência destas contribuições ou sobre importação de “produtos”
estrangeiros (art. 149, inc. II, CF/88), ou sobre o importador de “bens” (art. 195, inc. IV, CF/88).
Essa ambiguidade do legislador fez com que o Superior Tribunal de Justiça, num caso de importação de girafas para um
zoológico de Santa Catarina, entendesse que as duas referências que o legislador constituinte fez permitisse que o Fisco
pudesse tributar animais vivos e não apenas produtos industrializados por meio dessas Contribuições Sociais⁷.
Portanto, a experiência judicial no âmbito do comércio exterior tem mostrado que, de fato, o emprego das palavras na
redação constitucional tem peso importante. Qualquer incongruência (proposital ou não) entre os termos de Direito
Privado na esfera tributária permite espaço para inúmeras controvérsias judiciais, como tem sido o caso dos tributos
incidentes na importação de bens. Neste sentido, a PEC 45/2019 parece andar bem ao consolidar na sua hipótese de
incidência na importação o conceito de “bem” na sua hipótese material de incidência.
————————————
1De acordo com o artigo 110 da Lei nº. 5.172/66 que instituiu o Código Tributário Nacional, “a lei tributária não pode
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal
ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias”.
2Vide STF, Súmula 660. “Não incide ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja contribuinte
do imposto”. Na ocasião, o STF pacificou o entendimento de que pessoas físicas não importam mercadorias porque não
praticam atividade mercantil.
3 STJ, 1ª Turma, REsp n. 841.269/BA, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado 28.11.2006, publicado em 14.12.2006.
4 STJ, 2ª Turma, REsp n. 1.386.686/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado 17.09.2013, publicado em
25.09.2013.
5 Vide STF, 2ª Turma, ARE n. 895.140 AgR/DF Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 29.09.2015, D publicado em
13.10.2015 e da 1ª Turma, ARE n. 891.727 AgR/DF Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 15.09.2015, publicado em
30.09.2015.
6STF, Tribunal Pleno, Repercussão Geral no RE n. 946.648/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 30.06.16.
7 STJ, REsp nº 1.254.117, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, publicado em 19.09.2017.
Fonte: Jota Info
GO: Concluida auditoria por sonegação de ICMS de
grupo empresarial
4 de outubro de 2019
Auditoria realizada pela Delegacia Regional de Formosa (GO), nos bancos de dados extraídos dos servidores de duas
empresas do ramo de supermercados alvos da operação fiscal em agosto passado, apurou a existência de um débito
tributário de mais de R$ 4 milhões em ICMS calculado sobre uma base de cálculo superior a R$17 milhões. As duas
empresas foram alvos da operação “Deslinde” efetuada em agosto passado pela Secretaria de Economia em conjunto
com a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
Contra o grupo empresarial varejista, estabelecido no município de Posse (GO), foram lavrados seis autos de infração
por venda sem emissão de documento fiscal e também omissão de receita estadual. Conforme apurado, durante as
investigações, as duas empresas eram constituídas em nomes de laranjas e utilizavam software com a finalidade de
fraudar a emissão de notas fiscais, o que resultava na evasão de ICMS e consequentemente prejuízos aos cofres da
Receita Estadual, além de prática de concorrência desleal.
Na ação auditores fiscais da Secretaria de Economia extraíram os bancos de dados dos servidores das empresas que
foram auditados para apurar o real valor do ICMS devido. A multa formal chegou a R$200,00 por documento não
emitido o que totalizou em R$1.037 milhão referente a mais de R$150 mil em comercializações realizadas nos últimos
dias anteriores à operação.
Monitoramento
De acordo com a DRF de Formosa (GO), o grupo empresarial já vinha sendo fiscalizados desde 2015 e já acumulavam
dívidas de quase R$2 milhões entre ICMS e multas relativas a uma base de cálculo avaliada em R$7 milhões. Os
empresários poderão responder por crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal e associação criminosa, além de ter
de quitar o ICMS sonegado, conforme destaca a DOT.
Fonte: SEFAZ GO
A governança como ferramenta para melhorar a
economia
Michelle destaca importância de tornar ambiente de negócios transparente – Foto: IBGC
Com uma trajetória profissional permeada pela temática da governança corporativa, a advogada gaúcha Michelle Squeff
começou a se identificar com os assuntos ligados ao funcionamento interno das empresas antes mesmo de se formar.
Quando entrou no mercado de trabalho começou a lidar com assuntos que na academia não tinham tanta atenção dos
colegas: sucessão, fusão, gestão de pessoas. Mas foi depois de um momento difícil na vida pessoal que ela decidiu
dedicar 100% do seu tempo de trabalho à governança corporativa. Para Michelle, tornar o ambiente de negócios
brasileiro mais íntegro e transparente e a vida das pessoas que trabalham nas empresas mais saudável e feliz é a sua
forma de melhorar o mundo.
No mês passado, ela assumiu a coordenação-geral do Capítulo Rio Grande do Sul do Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (IBGC), a mais antiga das regionais do instituto, criada em 2002. Nos últimos dois anos, Michelle somou
esforços à coordenação de Leonardo Wengrover na região participando da criação de fóruns temáticos locais, de
palestras mensais e seminários regionais. Ela também integrou jornadas técnicas do IBGC ao Vale do Silício, nos
Estados Unidos, e à Israel, além de participar constantemente de atividades do instituto em São Paulo. Além disso, gosta
de enfatizar que é mulher, mãe e está empreendendo na sua própria consultoria.
JC Contabilidade – Você é formada em Direito, como foi o despertar para a Governança Corporativa?
Michelle Squeff – Desde que me formei estou em contato com esse assunto. Sempre trabalhei com direito societário e
foi muito natural começar a me dedicar a reestruturação de empresas, planejamento sucessório e outros temas
relacionados. Sempre utilizei os conceitos básicos da Governança Corporativa relacionados com o âmbito jurídico.
Depois de 20 anos na advocacia, resolvi dar uma guinada na carreira. Tive filhas gêmeas prematuras e tive de ficar
muito tempo com elas. Isso fez com que eu revisitasse minhas atividades e pensasse sobre a minha missão. Passei a me
perguntar muito mais com o que gostaria de trabalhar, como poderia agir para tornar o ambiente de negócios e,
consequentemente, agir para tornar o mundo melhor. Fiquei um ano e meio afastada do mercado e me desliguei do
escritório em que trabalhava para abrir minha própria consultoria em governança corporativa e estratégia.
JC Contabilidade – Você passou por um momento difícil e que está ainda hoje está bastante atrelado com o fato
de ser mulher e ao papel social destinado às mães. Mesmo que o mercado tenha mudado bastante nos últimos
anos as mulheres ainda são minoria nos Conselhos de Administração e executivas. Você é uma das poucas
coordenadoras de capítulo do IBGC. Como você encara a resistência ainda existente ao desenvolvimento
profissional feminino e à presença das mulheres em cargos de liderança?
Michelle – Sim. Quando fiz o curso de Conselheira de Administração do IBGC me dei conta que era um das poucas
mulheres da turma e que muitas estavam lá por que eram oriundas de famílias de empresários e estavam investindo na
formação porque já tinham em vista, na sua trajetória profissional, a participação quase que natural entre os acionistas.
Outras queriam ser conselheiras independentes como eu, é claro, mas o fato é que o total de mulheres na turma devia ser
em torno de 20%. No primeiro Congresso do IBGC que participei percebi que no total de conselheiros em todo o país
também somos minoria. Assim, eu e outras executivas gaúchas decidimos criar o Fórum de Desenvolvimento de
Mulheres em Conselho dentro do Capítulo Sul do IBGC. No início, pensamos que teríamos não mais do que 10
interessadas e, para nossa surpresa, a procura foi maior. Criado em 2018, o fórum contou com 30 mulheres participando.
Este ano, em 2019, estamos com 45 participantes e já temos uma lista de espera com interessadas. Isso demonstra o
interesse das mulheres em se profissionalizar e conquistar mais espaço nos conselhos de administração.
Contabilidade – Este é um dos fóruns do IBGC no Estado. Quais outros existem?
Michelle – Temos o de Empresas Familiares, que são maioria e bastante fortes no nosso Estado, de Compliance, o de
Conselheiros para Terceiro Setor, em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), de
Secretaria de Governança, dentre outros. Alguns deles são exclusivos para associados do IBGC. Em outros, como, por
exemplo, o dedicado à gestão no terceiro setor e de desenvolvimento de conselheiras mulheres, são mais abertos.
Contabilidade – Na sua opinião, qual o estágio de desenvolvimento em governança corporativa das empresas da
região?
Michelle – A recente pesquisa do IBGC Métrica de Governança Corporativa – Os caminhos trilhados pelas empresas de
capital fechado apurou as práticas mais evidentes de governança nas mais de cem empresas participantes. Pela amostra,
31% das empresas respondentes encontram-se em estágio embrionário de governança, 24% em estágio inicial, 35% em
estágio intermediário e apenas 10% em estágio avançado de governança corporativa. Embora a referida publicação não
tenha dados estratificados por região, estimo que os percentuais do Rio Grande do Sul não destoem dessa realidade,
portanto, acredito que cerca de metade das empresas gaúchas encontrem-se em estágio embrionário ou inicial de
governança corporativa, o que indica que ainda temos um longo trabalho pela frente. Além disso, o perfil das empresas
gaúchas é fundamentalmente composto por empresas familiares, e essas empresas enfrentam desafios comuns apontados
na publicação Governança da Família Empresária, quais sejam: perpetuar a identidade familiar, ter uma estratégia para
liquidez, reforçar a união familiar, trabalhar a dinâmica das relações, promover a retenção dos talentos externos à
família, trazer inovação para a empresa, formar as próximas gerações e implementar um processo de sucessão.
Contabilidade – Como o IBGC pode ajudá-las?
Michelle – O instituto pode contribuir mapeando os cenários – para o que é fundamental incentivar a adesão das
empresas à Métrica de Governança -, além de seguir promovendo a disseminação das melhores práticas para todas as
organizações do Estado, independentemente da natureza jurídica, porte ou segmento, demonstrando que estruturas,
documentos e práticas de governança – não apenas na aparência, mas na sua essência – criam valor para o acionista e
também para toda a cadeia de stakeholders.
Contabilidade – Quais seus planos futuros à frente do IBGC no Estado?
Michelle – O Capítulo Rio Grande do Sul cresceu bastante nos últimos dois anos, aumentando o número de associados e
a quantidade de eventos. Pretendemos consolidar as ações e iniciativas já em andamento, qualificando cada vez mais os
encontros, aproximando novos associados e reforçando os laços com as entidades parceiras.
Contabilidade – Você percebe um aumento no interesse por esse assunto entre os gaúchos?
Michelle – A agenda do IBGC no Rio Grande do Sul para este ano contempla 40 eventos. Mensalmente, realizamos
nossos talk hours, eventos com duas horas de duração, com palestras sobre temas variados, apresentações de cases
empresariais e publicações do IBGC. Em 2019, esses talk hours abordaram governança para estatais, responsabilidade
de conselheiros de administração, jornadas técnicas, governança para startups & scale-ups, empresas familiares e ainda
cases de empresas como Tondo S/A, AEL Sistemas e Gerdau. Além disso, desde 2017, temos também nossos fóruns
temáticos, que são programas de três a seis encontros anuais, baseados nas publicações do IBGC e dirigidos aos
diferentes perfis de associados do IBGC. Vislumbramos nos fóruns uma maneira de engajar os associados do Capítulo
RS. Percebo que os gaúchos se preocupam, sim, com a gestão saudável das empresas e prova disso é a própria força do
capítulo. Cada vez mais empresas fora da capital gaúcha participam dos encontros. São companhias de regiões fortes
como do Vale dos Sinos e de Caxias do Sul que buscam maneiras de crescer.
Contabilidade – Vocês têm eventos programados até o final do ano aberto para quem quiser conhecer o instituto
e entender melhor o que é governança?
Michelle – Fechando nosso ciclo anual, teremos o 5º Seminário Governança Corporativa IBGC no Rio Grande do Sul,
em parceria com a Câmara Americana de Comércio (Amcham). O encontro será realizado no dia 31 de outubro em
Porto Alegre, no teatro da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Esse já é o terceiro mais importante
evento de governança corporativa do país e deve reunir, em 2019, mais de 400 pessoas, incluindo conselheiros,
executivos C-Level, acionistas e membros de empresas familiares. Nesta edição o encontro vai contar com atrações
nacionais e internacionais. As inscrições estão abertas no nosso site.
Fonte: Jornal do Comércio RS
Alíquota do IRF Sobre Operações de Factoring
25/09/2019 Portal Tributário
Sujeitam-se à retenção na fonte do Imposto sobre a Renda, à alíquota de 1,5% (um e meio por cento), as importâncias
pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, inclusive empresas de factoring, pela prestação de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos e administração de contas a pagar e a
receber.
Exemplo:
Valor da NF de serviços: R$ 1.000,00
Valor da retenção (1,5%): R$ 15,00
Valor líquido a pagar ao fornecedor: R$ 1.000,00 – R$ 15,00 = R$ 985,00
Base: art. 29 da Lei 10.833/2003.
MEI Inadimplente: Cancelamento da Inscrição
26/09/2019 Portal Tributário
Será cancelada a inscrição do Microempreendedor Individual – MEI que esteja:
I – omisso na entrega da Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI) nos dois
últimos exercícios; e,
II – inadimplente quanto a todos os recolhimentos mensais, por meio de Documento de Arrecadação Simplificada, devidos
desde o primeiro mês do período previsto no item I até o mês de cancelamento.
O cancelamento será efetivado entre 1º de julho e 31 de dezembro e terá como efeitos:
– a baixa da inscrição do MEI no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
– a baixa das inscrições do MEI nas administrações tributárias estadual e municipal;
– o cancelamento das licenças e dos alvarás concedidos.
A relação dos MEI que tiveram suas inscrições no CNPJ suspensas e a relação dos MEI que tiveram as inscrições
canceladas serão publicadas no Portal do Empreendedor.
Base: Resolução CGSIM 39/2017, que alterou a Resolução CGSIM 36/2016.
PIS e COFINS – Descontos Obtidos –
Regime Cumulativo
30/09/2019 Portal Tributário
Com base na Solução de Consulta Cosit 134/2018, a Receita Federal expressou seu entendimento que os descontos
condicionais obtidos juntos aos fornecedores não se sujeitam à incidência da contribuição do PIS nem da COFINS no
regime de apuração cumulativa.
Observe-se que, no regime não cumulativo do PIS e COFINS, tais receitas são tributáveis.
Bases: artigo 79 da Lei 11.941/2009, que revogou o § 1º do artigo 3º da Lei 9.718/1998, artigos 2º e 3º da Lei 9.718/1998,
art. 1º das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003 e Solução de Consulta Cosit 134/2018.
MG - BP-e - Publicada Portaria SAIF que altera a data
de obrigatoriedade de emissão do BP-e
Postado por José Adriano em 3 outubro 2019 às 6:47
Publicada PORTARIA SAIF que prorroga a data de obrigatoriedade de emissão do Bilhete de Passagem Eletrônico
definida pelo Ajuste SINIEF 22/18, de 01 de outubro de 2019 para 01 de janeiro de 2020.
http://www.sped.fazenda.mg.gov.br/spedmg/noticias/Publicada-Portari...
Solução de Consulta COSIT Nº 279 DE 26/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
COMPENSAÇÃO. DÉBITOS DE ESTIMATIVAS. IMPOSSIBILIDADE.
Desde 31 de maio de 2018, os débitos relativos ao pagamento mensal por estimativa do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL não podem ser objeto de compensação
pelo sujeito passivo, inclusive nos casos em que o sujeito passivo reduza o valor da estimativa mensal por meio de
balanços ou balancetes mensais de redução.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.430, de 2006, arts. 1º, 2º, 3º, e 74, § 3º, IX; Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 35;
ADI RFB nº 4, de 14, de agosto de 2018.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 284 DE 30/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
APURAÇÃO. PERÍODO.
O IRPJ deve ser determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, em períodos de apuração trimestrais,
encerrados no último dia de cada trimestre.
LUCRO PRESUMIDO. LUCRO REAL. ALTERAÇÃO OBRIGATÓRIA. PERÍODO DE APURAÇÃO.
Pessoa jurídica submetida à apuração do IRPJ com base no Lucro Presumido, que incorrer em situação de
obrigatoriedade de apuração do Lucro Real, advinda no curso de um trimestre, deverá apurar o Lucro Real em relação a
todo esse trimestre.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.718, de 1998, arts. 13 e 14, VI; Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º; Decreto nº 9.580, de 2018,
art. 217; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 31, 119 e 220.
Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
APURAÇÃO. PERÍODO.
A CSLL deve ser determinada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, em períodos de apuração trimestrais,
encerrados no último dia de cada trimestre.
LUCRO PRESUMIDO. LUCRO REAL. ALTERAÇÃO OBRIGATÓRIA. PERÍODO DE APURAÇÃO.
Pessoa jurídica submetida à apuração da CSLL com base no Lucro Presumido, que incorrer em situação de
obrigatoriedade de apuração do Lucro Real, advinda no curso de um trimestre, deverá apurar o Lucro Real em relação a
todo esse trimestre.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.718, de 1998, arts. 13 e 14, VI; Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º;; Lei nº 8.981, de 1995, art.
57; Decreto nº 9.580, de 2018, art. 217 Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 31, 119 e 220.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 269 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
LUCRO PRESUMIDO. VENDA DE PROGRAMA DE COMPUTADOR
ADAPTADO. SOFTWARE CUSTOMIZED. PERCENTUAL
APLICÁVEL. ATIVIDADES DIVERSIFICADAS.
Para fins de determinação da base de cálculo do imposto, o percentual aplicável à receita bruta decorrente da
comercialização de programas de computador adaptados (customized) deve ser determinado à luz da natureza da
atividade prevalecente na relação entre as partes (venda de mercadoria ou prestação de serviço).
Em relação a isso, considera-se que as adaptações feitas no produto pronto para cada cliente, representam meros ajustes
no programa, permitindo que o software (que já existia antes da relação jurídica) possa atender às necessidades daquele
cliente.
Tais adaptações não configuram verdadeira encomenda de um programa e, portanto, as respectivas receitas não são
auferidas em decorrência da prestação de serviços. Logo, nestes casos, o percentual aplicável é de 8% (oito por cento).
Contudo, caso se verifique que essas adaptações representem, em verdade, o próprio desenvolvimento de um programa
aderente às necessidades do cliente e impliquem nova versão do produto ou sejam significativas ao ponto de não se
enquadrarem como os meros ajustes mencionados, configurada estará a prestação de um serviço, o que sujeita a receita
decorrente ao percentual de presunção de 32% (trinta e dois por cento).
Caso a consulente desempenhe concomitantemente mais de uma atividade, o percentual de presunção correspondente
deve ser aplicado sobre o valor da receita bruta auferida em cada atividade.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 123, DE 28
DE MAIO DE 2014.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.249, de 1995, art. 15.
LUCRO PRESUMIDO. PROGRAMAS DE COMPUTADOR. SOFTWARE. SUPORTE TÉCNICO. PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. PERCENTUAL APLICÁVEL.
O suporte técnico oferecido aos usuários de programas de computador destinado ao seu adequado funcionamento denota
como atividade preponderante uma obrigação de fazer, ou seja, prestação de serviço, sendo irrelevante que sua prestação
decorra de uma exigência legal. O percentual para determinação da base de cálculo do imposto é de 32% sobre a receita
bruta.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.249, de 1995, art. 15; Lei nº 9.609, de 1998, art. 8º.
Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
LUCRO PRESUMIDO. VENDA DE PROGRAMA DE COMPUTADOR ADAPTADO. SOFTWARE CUSTOMIZED.
PERCENTUAL APLICÁVEL. ATIVIDADES DIVERSIFICADAS.
Para fins de determinação da base de cálculo da contribuição, o percentual aplicável à receita bruta decorrente da
comercialização de programas de computador adaptados (customized) deve ser determinado à luz da natureza da
atividade prevalecente na relação entre as partes (venda de mercadoria ou prestação de serviço).
Em relação a isso, considera-se que as adaptações feitas no produto pronto para cada cliente, representam meros ajustes
no programa, permitindo que o software (que já existia antes da relação jurídica) possa atender às necessidades daquele
cliente.
Tais adaptações não configuram verdadeira encomenda de um programa e, portanto, as respectivas receitas não são
auferidas em decorrência da prestação de serviços. Logo, nestes casos, o percentual aplicável é de 12% (doze por cento).
Contudo, caso se verifique que essas adaptações representem, em verdade, o próprio desenvolvimento de um programa
aderente às necessidades do cliente e impliquem nova versão do produto ou sejam significativas ao ponto de não se
enquadrarem como os meros ajustes mencionados, configurada estará a prestação de um serviço, o que sujeita a receita
decorrente ao percentual de presunção de 32% (trinta e dois por cento).
Caso a consulente desempenhe concomitantemente mais de uma atividade, o percentual de presunção correspondente
deve ser aplicado sobre o valor da receita bruta auferida em cada atividade.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 123, DE 28
DE MAIO DE 2014.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.249, de 1995, art. 20, c/c art. 15, §§ 1º e 2º.
LUCRO PRESUMIDO. PROGRAMAS DE COMPUTADOR. SOFTWARE. SUPORTE TÉCNICO. PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. PERCENTUAL APLICÁVEL.
O suporte técnico oferecido aos usuários de programas de computador destinado ao seu adequado funcionamento denota
como atividade preponderante uma obrigação de fazer, ou seja, prestação de serviço, sendo irrelevante que sua prestação
decorra de uma exigência legal. O percentual para determinação da base de cálculo da contribuição é de 32% sobre a
receita bruta.
Dispositivos Legais: Lei nº 9.249, de 1995, art. 20; Lei nº 9.609, de 1998, art. 8º..
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 253 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
ZONA FRANCA DE MANAUS. TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA. NÃO
CUMULATIVIDADE. INCIDÊNCIA. CRÉDITOS. INSUMOS.
Conforme o disposto no inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, a pessoa jurídica sujeita ao regime não
cumulativo da Contribuição para o PIS/Pasep não pode apurar créditos referentes à aquisição de produtos cuja receita de
venda esteja amparada pelo benefício da alíquota zero.
As receitas de pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus (ZFM), decorrentes das vendas de
mercadorias destinadas ao consumo ou industrialização dentro da ZFM, estão sujeitas à alíquota 0 (zero) da
Contribuição para o PIS/Pasep.
A aquisição de produtos sujeitos à tributação concentrada que tenham sido adquiridos de revendedor fora da ZFM para
utilização como insumo por pessoa jurídica estabelecida dentro da ZFM é beneficiada pela alíquota 0 (zero) da
Contribuição para o PIS/Pasep (art. 2º da Lei nº 10.996, de 2004) e, portanto, a adquirente não possui o direito ao crédito
da referida contribuição relativamente ao insumo adquirido.
O produto sujeito à tributação concentrada que seja revendido por pessoa jurídica revendedora estabelecida fora da ZFM
para pessoa jurídica revendedora estabelecida dentro da ZFM é beneficiada pela alíquota zero da Contribuição para o
PIS/Pasep. Nesse caso, a revenda posterior pela adquirente estabelecida dentro da ZFM para utilização como insumo por
pessoa jurídica também estabelecida dentro da ZFM, salvo exceções legais, é beneficiada pela alíquota 0 (zero) da
referida contribuição em virtude da sistemática da tributação concentrada ou monofásica desses tributos. Portanto, ao
industrial estabelecido na ZFM e adquirente de tais produtos é vedado a apuração de crédito relativo a insumo da
contribuição em comento.
O produto sujeito à tributação concentrada que seja comercializado por pessoa jurídica produtora, fabricante ou
importadora estabelecida fora da ZFM para pessoa jurídica revendedora estabelecida dentro da ZFM é beneficiada pela
alíquota zero (art. 2º da Lei nº 10.996, de 2004). Nesse caso, o produtor/fabricante/importador estabelecido fora da ZFM
deve recolher, a título de substituição tributária, a Contribuição para o PIS/Pasep devida na operação de revenda da
adquirente revendedora estabelecida na ZFM. Caso a adquirente revendedora posteriormente proceda a venda de tais
produtos para pessoa jurídica domiciliada na ZFM que o utilize como insumo ou o incorpore ao seu ativo permanente,
esta última poderá abater como crédito da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre o seu faturamento o valor dessa
contribuição que foi recolhida, mediante substituição tributária, pelo produtor/fabricante/importador estabelecido fora da
ZFM. Nesse caso, não há direito ao crédito estipulado pelo inciso II do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 227, DE 12
DE MAIO DE 2017, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 18 DE MAIO DE 2017.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, II e § 2º, II; Lei nº 10.996, de 2004, art. 2º, caput e II; Lei nº 11.196,
de 2005, art. 65
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
ZONA FRANCA DE MANAUS. TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA. NÃO CUMULATIVIDADE. INCIDÊNCIA.
CRÉDITOS. INSUMOS.
Conforme o disposto no inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, a pessoa jurídica sujeita ao regime não
cumulativo da Cofins não pode apurar créditos referentes à aquisição de produtos cuja receita de venda esteja amparada
pelo benefício da alíquota zero.
As receitas de pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus (ZFM), decorrentes das vendas de
mercadorias destinadas ao consumo ou industrialização dentro da ZFM, estão sujeitas à alíquota 0 (zero) da Cofins.
A aquisição de produtos sujeitos à tributação concentrada que tenham sido adquiridos de revendedor fora da ZFM para
utilização como insumo por pessoa jurídica estabelecida dentro da ZFM é beneficiada pela alíquota 0 (zero) da Cofins
(art. 2º da Lei nº 10.996, de 2004) e, portanto, a adquirente não possui o direito ao crédito da referida contribuição
relativamente ao insumo adquirido.
O produto sujeito à tributação concentrada que seja revendido por pessoa jurídica revendedora estabelecida fora da ZFM
para pessoa jurídica revendedora estabelecida dentro da ZFM é beneficiada pela alíquota zero da Cofins. Nesse caso, a
revenda posterior pela adquirente estabelecida dentro da ZFM para utilização como insumo por pessoa jurídica também
estabelecida dentro da ZFM, salvo exceções legais, é beneficiada pela alíquota 0 (zero) da referida contribuição em
virtude da sistemática da tributação concentrada ou monofásica desses tributos. Portanto, ao industrial estabelecido na
ZFM e adquirente de tais produtos é vedado a apuração de crédito relativo a insumo da contribuição em comento.
O produto sujeito à tributação concentrada que seja comercializado por pessoa jurídica produtora, fabricante ou
importadora estabelecida fora da ZFM para pessoa jurídica revendedora estabelecida dentro da ZFM é beneficiada pela
alíquota zero (art. 2º da Lei nº 10.996, de 2004). Nesse caso, o produtor/fabricante/importador estabelecido fora da ZFM
deve recolher, a título de substituição tributária, a Cofins devida na operação de revenda da adquirente revendedora
estabelecida na ZFM. Caso a adquirente revendedora posteriormente proceda a venda de tais produtos para pessoa
jurídica domiciliada na ZFM que o utilize como insumo ou o incorpore ao seu ativo permanente, esta última poderá
abater como crédito da Cofins incidente sobre o seu faturamento o valor dessa contribuição que foi recolhida, mediante
substituição tributária, pelo produtor/fabricante/importador estabelecido fora da ZFM. Nesse caso, não há direito ao
crédito estipulado pelo inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 227, DE 12
DE MAIO DE 2017, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 18 DE MAIO DE 2017.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, II e § 2º, II; Lei nº 10.996, de 2004, art. 2º; Lei nº 11.196, de 2005,
art. 65.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 266 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
BONIFICAÇÕES EM MERCADORIAS A TÍTULO GRATUITO SEM
VINCULAÇÃO À OPERAÇÃO DE VENDA. DOAÇÃO.
Bonificações em mercadorias entregues gratuitamente, a título de mera liberalidade, sem vinculação à operação de
venda, não são consideradas descontos incondicionais, enquadrando-se no conceito de doação.
ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL. SAÍDA DE PRODUTO TRIBUTADO A TÍTULO GRATUITO. REGRA
GERAL. INCIDÊNCIA.
Regra geral, haverá incidência do IPI sempre que houver saída de produto tributado do estabelecimento industrial,
mesmo em operação a título gratuito, como no caso mercadorias fornecidas em bonificação que não se caracterizarem
como descontos incondicionais, devendo-se nessa situação calcular o imposto sobre o valor tributável determinado
conforme os arts. 192, 195 e 196 do Ripi/2010.
BONIFICAÇÕES EM MERCADORIAS. DESCONTOS INCONDICIONAIS. NÃO INCIDÊNCIA. REQUISITOS.
As bonificações concedidas em mercadorias configuram descontos incondicionais, não integrando o valor total da
operação de saída e, consequentemente, a base de cálculo do IPI, apenas quando constarem da própria nota fiscal de
venda dos bens e não dependerem de evento posterior à emissão desse documento, nos termos do Parecer CST/SIPR nº
1.386, de 1982.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 291, DE
13.06.2017.
Dispositivos Legais: Lei nº 4.502/1964, art. 14; Lei nº 5.172/1966, Código Tributário Nacional (CTN), arts. 46 e 47; Lei
nº 10.406/2002, Código Civil, art. 538; Lei nº 10.637/2002, art. 1º; Lei nº 10.833/2003, art. 1º; Resolução Senado
Federal nº 1/2017; Decreto nº 7.212/2010, Regulamento do IPI (Ripi/2010), arts. 2º, 3º, 35, 39, 189, 190, 192 e 197; IN
SRF nº 51/1978, item 4.2; Parecer CST/SIPR nº 1.386/1982; Nota PGFN/CRJ nº 492/2015, item 6.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 259 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
SUSPENSÃO DE INCIDÊNCIA. VENDA DE CAVACOS DE MADEIRA.
ART. 9º DA LEI Nº 10.925, DE 2004.
Sujeitam-se à suspensão da incidência da Contribuição para o PIS/Pasep estabelecida pelo art. 9º da Lei nº 10.925, de
2004, as receitas decorrentes da venda de cavacos de madeira destinados pelo adquirente à geração de energia térmica
ou elétrica utilizada na produção dos bens listados no caput do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, e não excluídos do
âmbito de aplicação da referida suspensão pela legislação superveniente, desde que observados os demais requisitos.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.925/2004, arts. 8º e 9º; Lei nº 12.058/2009, art. 37; Lei nº 12.350/2010, art. 57; Lei nº
12.599/2012, art. 7º; Lei nº 12.794/2013, art. 17; art. 2º da Lei nº 12.839/2013, art. 2º; Lei nº 12.865/2013, art. 30;
Instrução Normativa SRF nº 660, de 2006, Parecer Normativo Cosit nº 5, de 17 de dezembro de 2018.
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
SUSPENSÃO DE INCIDÊNCIA. VENDA DE CAVACOS DE MADEIRA. ART. 9º DA LEI Nº 10.925, DE 2004.
Sujeitam-se à suspensão da incidência da Cofins estabelecida pelo art. 9º da Lei nº 10.925, de 2004, as receitas
decorrentes da venda de cavacos de madeira destinados pelo adquirente à geração de energia térmica ou elétrica
utilizada na produção dos bens listados no caput do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, e não excluídos do âmbito de
aplicação da referida suspensão pela legislação superveniente, desde que observados os demais requisitos.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.925/2004, arts. 8º e 9º; Lei nº 12.058/2009, art. 37; Lei nº 12.350/2010, art. 57; Lei nº
12.599/2012, art. 7º; Lei nº 12.794/2013, art. 17; art. 2º da Lei nº 12.839/2013, art. 2º; Lei nº 12.865/2013, art. 30;
Instrução Normativa SRF nº 660, de 2006, Parecer Normativo Cosit nº 5, de 17 de dezembro de 2018.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 271 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
HOSPEDAGEM DE SITES. REGIME DE APURAÇÃO DE
RECEITAS.
Por força do disposto nos arts. 10, XXV, e 15, V, da Lei nº 10.833, de 2003, estão sujeitas ao regime de apuração
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep as receitas auferidas por empresas de serviços de informática em
decorrência das atividades de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e
manutenção ou atualização de páginas eletrônicas, ainda que ocorram dentro do próprio ambiente de hospedagem da
prestadora de serviço.
Para fazer jus à apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, é necessário que se comprove que a receita
auferida advenha da prestação dos serviços elencados no inciso arts. 10, XXV da Lei nº 10.833, de 2003, e que os
mesmos tenham sido faturados de forma individualizada.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 303, DE 23
DE OUTUBRO DE 2014, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO EM 10 DE NOVEMBRO DE 2014.
Dispositivos Legais: arts. 10, XXV, e 15, V, da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
HOSPEDAGEM DE SITES. REGIME DE APURAÇÃO DE RECEITAS.
Por força do disposto nos arts. 10, XXV, e 15, V, da Lei nº 10.833, de 2003, estão sujeitas ao regime de apuração
cumulativa da Cofins as receitas auferidas por empresas de serviços de informática em decorrência das atividades de
análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de
páginas eletrônicas, ainda que ocorram dentro do próprio ambiente de hospedagem da prestadora de serviço.
Para fazer jus à apuração cumulativa da Cofins, é necessário que se comprove que a receita auferida advenha da
prestação dos serviços elencados no arts. 10, XXV da Lei nº 10.833, de 2003, e que os mesmos tenham sido faturados de
forma individualizada.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 303, DE 23
DE OUTUBRO DE 2014, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO EM 10 DE NOVEMBRO DE 2014.
Dispositivos Legais: arts. 10, XXV da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 263 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. SERVIÇOS
PROFISSIONAIS. RETENÇÃO NA FONTE.
Os pagamentos efetuados por uma pessoa jurídica a outra pessoa jurídica de direito privado pela prestação de serviços de
representação comercial não estão sujeitos à retenção na fonte da Contribuição para o PIS/Pasep de que trata o art. 30 da
Lei nº 10.833, de 2003.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 3, DE 6
DE JANEIRO DE 2014
Dispositivos Legais: Art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003; Art. 714 do Decreto nº 9.580, de 2018; Art. 1º da IN SRF nº 459,
de 2004; e Parecer Normativo CST nº 8, de 1986.
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. SERVIÇOS PROFISSIONAIS. RETENÇÃO NA FONTE.
Os pagamentos efetuados por uma pessoa jurídica a outra pessoa jurídica de direito privado pela prestação de serviços de
representação comercial não estão sujeitos à retenção na fonte da Cofins de que trata o art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 3, DE 6
DE JANEIRO DE 2014
Dispositivos Legais: Art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003; Art. 714 do Decreto nº 9.580, de 2018; Art. 1º da IN SRF nº 459,
de 2004; e Parecer Normativo CST nº 8, de 1986.
Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. SERVIÇOS PROFISSIONAIS. RETENÇÃO NA FONTE.
Os pagamentos efetuados por uma pessoa jurídica a outra pessoa jurídica de direito privado pela prestação de serviços de
representação comercial não estão sujeitos à retenção na fonte da CSLL de que trata o art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 3, DE 6
DE JANEIRO DE 2014
Dispositivos Legais: Art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003; Art. 714 do Decreto nº 9.580, de 2018; Art. 1º da IN SRF nº 459,
de 2004; e Parecer Normativo CST nº 8, de 1986.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta COSIT Nº 265 DE 24/09/2019
Publicado no DOU em 2 out 2019
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. FRETE NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS
NÃO SUJEITOS AO PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO.
É vedada a apropriação de créditos da Cofins em relação ao frete na aquisição de insumos com suspensão, não
incidência, alíquota zero ou isenção da contribuição para a elaboração de produtos não sujeitos ao pagamento da
contribuição.
É possível a apropriação de créditos da Cofins em relação ao frete na aquisição de insumos que foram adquiridos
com isenção para serem utilizados na elaboração de produtos sujeitos ao pagamento da contribuição.
FRETE NA VENDA DE MERCADORIAS NÃO SUJEITAS AO PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO.
POSSIBILIDADE.
É possível apurar créditos em relação aos gastos com frete na operação de venda de produtos beneficiados com
suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência da Cofins, desde que suportados pelo vendedor, ressalvada a
vedação quanto a produtos sujeitos à tributação concentrada ou à substituição tributária.
INSUMO. "LEITE IN NATURA. POSSIBILIDADE.
O leite in natura adquirido que não esteja sujeito ao microrregime estabelecido nos arts. 8º e 9º da Lei nº 10.925, de
2004, e que seja utilizado como insumo na produção de "caramelos" (NCM 1806.32.20), pode gerar créditos básicos da
Cofins, nos termos do art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003.
PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 227, DE 12 DE MAIO DE 2017; À
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 498, DE 10 DE OUTUBRO DE 2017; E AO PARECER NORMATIVO
COSIT/RFB Nº 05 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2018.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º; Lei nº 10.925, de 2004, arts. 1º, XI, 8º e 9º; Parecer Normativo
Cosit/RFB nº 05, de 2018.
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. FRETE NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS NÃO SUJEITOS AO
PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO.
É vedada a apropriação de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep em relação ao frete na aquisição de insumos com
suspensão, não incidência, alíquota zero ou isenção da contribuição para a elaboração de produtos não sujeitos ao
pagamento da contribuição.
É possível a apropriação de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep em relação ao frete na aquisição de insumos que
foram adquiridos com isenção para serem utilizados na elaboração de produtos sujeitos ao pagamento da contribuição.
FRETE NA VENDA DE MERCADORIAS NÃO SUJEITAS AO PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO.
POSSIBILIDADE.
É possível apurar créditos em relação aos gastos com frete na operação de venda de produtos beneficiados com
suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência da Contribuição para o PIS/Pasep, desde que suportados pelo
vendedor, ressalvada a vedação quanto a produtos sujeitos à tributação concentrada ou à substituição tributária.
INSUMO. LEITE IN NATURA. POSSIBILIDADE.
O leite in natura adquirido que não esteja sujeito ao microrregime estabelecido nos arts. 8º e 9º da Lei nº 10.925, de
2004, e que seja utilizado como insumo na produção de "caramelos" (NCM 1806.32.20), pode gerar créditos básicos da
Contribuição para o PIS/Pasep, nos termos do art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002.
PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 227, DE 12 DE MAIO DE 2017; À
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 498, DE 10 DE OUTUBRO DE 2017; E AO PARECER NORMATIVO
COSIT/RFB Nº 05 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2018.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, arts. 3º e 15, II; Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º; Lei nº 10.925, de 2004, arts.
1º, XI, 8º e 9º Parecer Normativo Cosit/RFB nº 05, de 2018.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
CONSULTA PARCIALMENTE INEFICAZ.
É ineficaz a consulta quando não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que se referir.
Dispositivos Legais: Art. 18, XI, da IN RFB nº 1.396, de 2013.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Solução de Consulta 4ª Região Fiscal Nº 4036 DE 09/09/2019
Publicado no DOU em 1 out 2019
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE GINÁSTICA LABORAL. CESSÃO DE
MÃO DE OBRA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. RETENÇÃO DA
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. DISPENSA. SERVIÇO DE
SAÚDE. DESTAQUE DA RETENÇÃO. OBRIGATORIEDADE.
Não configura cessão de mão de obra a prestação de serviço de ginástica laboral executado nas dependências de empresa
contratante, quando o serviço não é prestado de modo contínuo, os profissionais obedecem a cronograma de atuação
elaborado pela prestadora, a natureza dos serviços é predeterminada em contrato, sem que a contratante defina forma e
modo como os serviços devam ser prestados, o que fica a cargo da contratada, e os profissionais executem os serviços
contratados sem que se configure submissão à direção da empresa contratante, a qual é exercida pela empresa
contratada. Nesse caso, não se aplica o instituto da retenção prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.
Os serviços de ginástica (ginástica laboral) prestados em empresa, por Profissionais de Educação Física, são
enquadrados como serviços de saúde e, desde que executados mediante a cessão de mão-de-obra, ficam sujeitos à
retenção previdenciária, sendo obrigação da prestadora, quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação dos serviços, destacar o valor da retenção com o título de "RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL".
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 134 - COSIT, DE 27 DE MARÇO DE
2019 E À SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 607 - COSIT, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017.
Dispositivos Legais: Art. 31, caput e § 3º, da Lei nº 8.212, de 1991; Art. 219, caput e § 1º, do Regulamento da
Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999; arts. 115, 117 e 118 da IN RFB nº 971, de 2009;
Código Tributário Nacional (CTN), artigos 96 e 100, inciso I; Lei nº 8.212, de 1991, artigo 31, parágrafos 1º, 3º e 4º;
Regulamento da Previdência Social, artigo 219, parágrafos 1º, 2º, inciso XXIV, e 4º; IN RFB nº 971, de 2009, artigos
118, inciso XXIII, 119 e 126; Solução de Consulta nº 174 - Cosit, de 2014 (DOU de 7 de julho de 2014); Resolução nº
218, de 1997, do Conselho Nacional de Saúde; Resolução CONFEF nº 046/2002, de 2002; e Resolução CONFEF nº
323/2016, de 2016.
FLÁVIO OSÓRIO DE BARROSCHEFE
Solução de Consulta 4ª Região Fiscal Nº 4037 DE 26/09/2019
Publicado no DOU em 1 out 2019
Assunto: Simples Nacional
AUTOPEÇA SUJEITA À TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA EM ÚNICA
ETAPA (MONOFÁSICA). RECEITA BRUTA AUFERIDA POR
COMERCIANTE ATACADISTA OU VAREJISTA. PESSOA JURÍDICA
OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL. INCIDÊNCIA DA
CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E DA COFINS.
A Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno Porte (EPP) optante pelo Simples Nacional que proceda à
comercialização de produto sujeito à tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), para efeitos de incidência
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, deve segregar a receita decorrente da venda desse produto indicando a
existência de tributação concentrada para as referidas contribuições, de forma que serão desconsiderados, no cálculo do
Simples Nacional, os percentuais a elas correspondentes.
Os valores relativos às aludidas contribuições serão recolhidos na forma da legislação própria da tributação concentrada.
Os montantes referentes aos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional serão calculados tendo como base de
cálculo a receita total decorrente da venda dos referidos produtos sujeitos à tributação concentrada.
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT Nos 173, DE 2014, E 106, DE
2016.
Dispositivos Legais: Lei Complementar nº 123, de 2006, com alterações, art. 18, § 4º-A, I; Lei nº 10.485, de 2002, com
alterações, art. 3º, § 2º; Resolução CGSN nº 140, de 2018, com alterações, art. 25, §§ 6º e 7º.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
CONSULTA. INEFICÁCIA PARCIAL. Não produz efeitos a consulta em tese, com referência a fato genérico, ou,
ainda, que não identifique o dispositivo da legislação tributária e aduaneira sobre cuja aplicação haja dúvida.
Dispositivos Legais: Decreto nº 70.235, de 1972, arts. 46 e 52, I e VIII; Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013,
arts. 3º, § 2º, III e IV, e 18, I, II e XI.
FLÁVIO OSÓRIO DE BARROSCHEFE
Diferença de Depreciação Contábil x Fiscal
Base: Solução de Consulta Cosit 174/2018.
Fonte: Blog Guia TributárioLink: https://guiatributario.net/2019/10/01/diferenca-de-depreciacao-contabil-x-fiscal/
Se a empresa utilizar na contabilidade taxa de depreciação inferior àquela prevista na legislação tributária, a diferença
poderá ser excluída do lucro líquido na apuração do Lucro Real, com registro na Parte B do e-LALUR, inclusive a
parcela da depreciação dos bens aplicados na produção, no momento em que a depreciação foi contabilmente registrada,
mesmo quando tenha como contrapartida lançamento em conta de estoques.
A partir do período de apuração em que o montante acumulado das quotas de depreciação apurado com base na
legislação fiscal atingir o custo de aquisição do bem depreciado, o valor da depreciação registrado na escrituração
comercial deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do Lucro Real com a respectiva baixa na
parte B do e-LALUR.
A exclusão também é admissível para a base de cálculo da CSLL.
Base: Solução de Consulta Cosit 174/2018.