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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações! Família e urgências na evangelização Este número do Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2, traz como ilustração, um pará- grafo dedicado à Pastoral Familiar, nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) aprovadas para os próximos quatro anos. As DGAE serão a fonte para todos os planejamentos diocesanos até 2015. É pouco, um parágrafo apenas, conside- rando a centralidade da Família, “eixo trans- versal de toda a evangelização”. Um parágra- fo é pouco, levando em conta a agressão con- tínua que a Família sofre hoje no mundo da mídia, no contexto político e jurídico, nas de- cisões econômicas, na cultura do hedonismo desgovernado e irresponsável. Um parágrafo apenas, porém situado entre as cinco maiores urgências no campo da Evangelização. Vale a pena ler e entender: Cinco urgências Além desse parágrafo es- pecial, de nº 108, a família é mencionada mais de uma dezena de vezes, em outros contex- tos. As DGAE, deste quadriênio, destacam cinco grandes urgências na ação evangeliza- dora. Nossa Pastoral Familiar deve conhecê- las e se fazer presente no momento em que os planos diocesanos e paroquiais forem ela- borados para os próximos anos. A primeira urgência é a “missão permanente”. No mo- mento em que a Diocese ou a Paróquia esti- ver escolhendo os grupos ou classes de pes- soas que devem, preferencialmente, ser o fo- co da missão, lá estará a Família para ser con- templada como prioridade. A segunda urgên- cia é a “iniciação à vida cristã”. Novamente a Família é lugar privilegiado de iniciação. Ela sempre teve esse papel, e atualmente está fragilizada, incapacitada de transmitir a fé pa- ra as gerações novas. A terceira urgência é a “animação bíblica de toda a pastoral” e a quarta urgência é a “Igreja como comunidade de comunidades”. Em ambas, os grupos de famílias são um caminho já experimentado e eficiente, para ser incentivado. É lá, nos gru- pos de famílias, que se toma a Palavra de Deus com mais tempo e liberdade para apro- fundar, trocar ideias, vivenciar o encontro com Deus-Palavra Viva. Nos pequenos grupos de famílias se realiza a “setorização” que se pede nas Diretrizes. Por fim, na quinta urgên- cia, “a Igreja a serviço da vida plena”, nova- mente a Pastoral Familiar tem que se apre- sentar na linha de frente, como espaço de defesa da vida nascente, da vida excluída, no combate à cultura da morte. Conhecer e aplicar as DGAE Se você, e o seu grupo da Pastoral Familiar, ainda não tiveram a chance de conhecer as novas Diretrizes Ge- rais, penso que seria bom entrar em contato com a Coordenação da Ação Evangelizadora da Diocese, mas se apresse. A urgência é por causa do Reino de Cristo, e a Igreja faz esse convite a todas as Pastorais, em nome da ne- cessária unidade que deve estar presente na missão evangelizadora. Que a Sagrada Família de Nazaré nos inspire e nos encoraje em cada passo da missão que nos é proposta pela Igreja, nestes tempos tão desafiadores. Paz e Bem a todos! Dom João Bosco, O.F.M. Bispo de União da Vitória CNBB REGIONAL SUL 2 BOLETIM ON LINE JULHO DE 2011

Boletim da Pastoral Familiar - jul 2011

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Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 da CNBB - julho de 2011

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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!

Família e urgências na evangelização – Este número do Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2, traz como ilustração, um pará-grafo dedicado à Pastoral Familiar, nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) aprovadas para os próximos quatro anos. As DGAE serão a fonte para todos os planejamentos diocesanos até 2015. É pouco, um parágrafo apenas, conside-rando a centralidade da Família, “eixo trans-versal de toda a evangelização”. Um parágra-fo é pouco, levando em conta a agressão con-tínua que a Família sofre hoje no mundo da mídia, no contexto político e jurídico, nas de-cisões econômicas, na cultura do hedonismo desgovernado e irresponsável. Um parágrafo apenas, porém situado entre as cinco maiores urgências no campo da Evangelização. Vale a pena ler e entender:

Cinco urgências – Além desse parágrafo es-pecial, de nº 108, a família é mencionada mais de uma dezena de vezes, em outros contex-tos. As DGAE, deste quadriênio, destacam cinco grandes urgências na ação evangeliza-dora. Nossa Pastoral Familiar deve conhecê-las e se fazer presente no momento em que os planos diocesanos e paroquiais forem ela-borados para os próximos anos. A primeira urgência é a “missão permanente”. No mo-mento em que a Diocese ou a Paróquia esti-ver escolhendo os grupos ou classes de pes-soas que devem, preferencialmente, ser o fo-

co da missão, lá estará a Família para ser con-templada como prioridade. A segunda urgên-cia é a “iniciação à vida cristã”. Novamente a Família é lugar privilegiado de iniciação. Ela sempre teve esse papel, e atualmente está fragilizada, incapacitada de transmitir a fé pa-ra as gerações novas. A terceira urgência é a “animação bíblica de toda a pastoral” e a quarta urgência é a “Igreja como comunidade de comunidades”. Em ambas, os grupos de famílias são um caminho já experimentado e eficiente, para ser incentivado. É lá, nos gru-pos de famílias, que se toma a Palavra de Deus com mais tempo e liberdade para apro-fundar, trocar ideias, vivenciar o encontro com Deus-Palavra Viva. Nos pequenos grupos de famílias se realiza a “setorização” que se pede nas Diretrizes. Por fim, na quinta urgên-cia, “a Igreja a serviço da vida plena”, nova-mente a Pastoral Familiar tem que se apre-sentar na linha de frente, como espaço de defesa da vida nascente, da vida excluída, no combate à cultura da morte.

Conhecer e aplicar as DGAE – Se você, e o seu grupo da Pastoral Familiar, ainda não tiveram a chance de conhecer as novas Diretrizes Ge-rais, penso que seria bom entrar em contato com a Coordenação da Ação Evangelizadora da Diocese, mas se apresse. A urgência é por causa do Reino de Cristo, e a Igreja faz esse convite a todas as Pastorais, em nome da ne-cessária unidade que deve estar presente na missão evangelizadora.

Que a Sagrada Família de Nazaré nos inspire e nos encoraje em cada passo da missão que nos é proposta pela Igreja, nestes tempos tão desafiadores.

Paz e Bem a todos!

Dom João Bosco, O.F.M.

Bispo de União da Vitória

CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – JULHO DE 2011

JJUULLHHOO//22001111

Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22

BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall

FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB

RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600

CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122

DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa

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RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall

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DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm

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PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr ddaa DDiioocceessee ddee PPoonnttaa

GGrroossssaa tteemm nnoovvaa ccoooorrddeennaaççããoo

No dia 26 de junho, ás 19:00h foi cele-

brada na Catedral de Ponta Grossa a missa

de posse da nova Coordenação Diocesana

da Pastoral Familiar daquela diocese. Sai o

casal João Candido Ávila Jr. e Silvana Avila

e assume o casal Paulo e Cristina Delgado

para o próximo triênio.

A celebração foi presidida pelo Assessor da Pastoral Familiar da diocese Monsenhor Matthias Jacobus Andreas Ham.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33

Mês Data Evento Local/ Responsabilidade

AGO

07 Dia das Vocações sacerdotais Paróquias e Dioceses

14 Dia dos Pais Paróquias e Dioceses

14 a 20 SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA Paróquias e Dioceses

19 9º Seminário para Assessores Eclesiásticos e Casais Coordenadores Regionais

Belo Horizonte/MG

19 a 21 XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar Belo Horizonte/MG

21 Dia das Vocações Religiosas Paróquias e Dioceses

28 Dia do Catequista e das Vocações Leigas Paróquias e Dioceses

SET 10 e 11 Reunião – Coordenação da CRPF Maringá

Agosto

Setembro

SSee dduuaass ppeessssooaass vvêêmm

aannddaannddoo ppoorr uummaa eessttrraaddaa,, ccaaddaa uummaa

ccaarrrreeggaannddoo uumm ppããoo,, ee,, aaoo ssee eennccoonnttrraarreemm,, eellaass ttrrooccaamm ooss ppããeess,,

ccaaddaa ppeessssooaa vvaaii eemmbboorraa ccoomm uumm..

PPoorréémm,, ssee dduuaass ppeessssooaass vvêêmm aannddaannddoo ppoorr

uummaa eessttrraaddaa,, ccaaddaa uummaa ccaarrrreeggaannddoo uummaa iiddééiiaa,, ee,, aaoo ssee eennccoonn--

ttrraarreemm,, eellaass ttrrooccaamm aass iiddééiiaass,, ccaaddaa ppeessssooaa vvaaii

eemmbboorraa ccoomm dduuaass

Um olhar especial merece a família, patri-mônio da humanidade, lugar e escola de

comunhão, primeiro local para a iniciação à

vida cristã das crianças, no seio da qual os

pais são os primeiros catequistas. Tamanha é

sua importância que precisa ser considerada

“um dos eixos transversais de toda a ação

evangelizadora” (DAp 435) e, portanto, respaldada por uma pastoral familiar inten-

sa, vigorosa e frutuosa (Discurso inaugural

à Conferência de Aparecida, 5). A pastoral

familiar poderá contribuir para que a família

seja, de fato, lugar de realização humana, de

santificação na experiência de paternidade,

maternidade e filiação e de educação contí-

nua e permanente da fé.

(DGAE -2011-2015, nº 108)

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 44

AA CCAARRTTAA DDOO

PPAAPPAA

No

encerramento

do VI Encontro Mundial das Famílias,

realizado na Cidade do México em Janeiro de

2009, anunciei que o próximo Encontro das

famílias católicas do mundo inteiro com o

Sucessor de Pedro teria lugar em Milão, no ano

de 2012, sobre o tema: «A família: o trabalho e

a festa».

Desejando dar início agora à preparação

deste importante acontecimento, é-me grato

confirmar que, se Deus quiser, ele será

realizado de 30 de Maio a 3 de Junho e, ao

mesmo tempo, quero oferecer algumas

indicações mais pormenorizadas a propósito da

temática e das modalidades de realização.

O trabalho e a festa estão intimamente

ligados à vida das famílias: condicionam as

suas escolhas, influenciam os relacionamentos

entre os cônjuges, e entre os pais e os filhos,

incidem sobre a relação da família com a

sociedade em geral e com a Igreja. A Sagrada

Escritura (cf. Gn cap. 1-2) diz-nos que a

família e o trabalho constituem dádivas e

bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma

existência plenamente humana. A experiência

quotidiana garante que o desenvolvimento

autêntico da pessoa exige quer as dimensões

individual, familiar e comunitária, quer as

actividades e as relações funcionais, como

também a abertura à esperança e ao Bem sem

limites.

Infelizmente, nos nossos dias a

organização do trabalho, pensada e levada a

cabo em função da concorrência de mercado e

do máximo lucro, e a concepção da festa como

ocasião de evasão e de consumo, contribuem

para desagregar a família e a comunidade, bem

como para difundir um estilo de vida

individualista. Por conseguinte, é necessário

promover uma reflexão e um compromisso

destinados a reconciliar as exigências e os

tempos de trabalho com aqueles da família,

recuperando assim o verdadeiro sentido da

festa, especialmente do domingo, Páscoa

semanal, dia do Senhor e do homem, dia da

família, da comunidade e da solidariedade.

O próximo Encontro Mundial das Famílias

constitui uma ocasião privilegiada para

reconsiderar o trabalho e a festa, a perspectiva

de uma família unida e aberta à vida, bem

inserida na sociedade e na Igreja, atenta à

qualidade dos relacionamentos para além da

economia do próprio núcleo familiar. Contudo,

para que venha a ser autenticamente fecundo, o

acontecimento não deveria permanecer isolado,

mas inserir-se num adequado percurso de

preparação eclesial e cultural.

Portanto, formulo votos a fim de que já

durante o ano de 2011, XXX aniversário da

publicação da Exortação Apostólica Familiaris

consortio, «magna charta» da pastoral familiar,

possa ser empreendido um itinerário válido

com iniciativas nos planos paroquial, diocesano

e nacional, destinadas a salientar experiências

de trabalho e de festa nos seus aspectos mais

genuínos e positivos, com particular atenção à

incidência sobre a vida concreta das famílias.

Por isso, as famílias cristãs e as

comunidades eclesiais do mundo inteiro

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 55

sintam-se comprometidas e ponham-se com

solicitude a caminho de «Milão 2012».

Como os precedentes, o VII Encontro

mundial terá uma duração de cinco dias e

culminará no final da tarde de sábado, com a

«Festa dos Testemunhos» e na manhã de

domingo, com a Missa solene. Estas duas

celebrações, que serão por mim presididas, ver-

nos-ão reunidos como «família de famílias». A

realização global deste acontecimento será

preparada de maneira a harmonizar

inteiramente as várias dimensões: oração

comunitária, reflexão teológica e pastoral,

momentos de fraternidade e de intercâmbio

entre as famílias hóspedes e as famílias do

território, ressonância mediática.

O Senhor recompense desde já, com

abundantes favores celestiais, a Arquidiocese

ambrosiana pela generosa disponibilidade e

pelo compromisso organizacional, posto ao

serviço da Igreja universal e das famílias

pertencentes a numerosas nações.

Enquanto invoco a intercessão da Sagrada

Família de Nazaré, dedicada ao trabalho

quotidiano e assídua nas celebrações festivas

do seu povo, concedo de coração a Vossa

Eminência, venerado Irmão, bem como aos

Colaboradores, a Bênção Apostólica que, com

especial afecto e de bom grado, estendo a todas

as famílias comprometidas na preparação do

grande Encontro de Milão.

Castel Gandolfo, 23 de Agosto de 2010.

Papa Bento XVI

OO PPRROOGGRRAAMMAA Elementos principais do programa de 30 de Maio a 3 de Junho de 2012

Terça-feira, 29 de Maio

Recepção (paroquial, etc.) dos participantes ao Encontro

Quarta-feira 30, Quinta-feira 31, Sexta-feira 1 de Junho Convênio teológico pastoral com relatórios e seminários temáticos inspirados

no tema “A Família: o trabalho e a festa”

Encontros com diferentes experiências significativas do território

Eucaristia nas paróquias e/ou por grupos linguísticos

Adoração na Catedral

Festa nas cidades e nas paróquias de referência

Sexta-feira, 1 de Junho, à noite

Às 20 horas: sessão no Teatro “La Scala” para as delegações provenientes das

diferentes Nações

Às 21:30 horas: Adoração Eucarística na Catedral

Sábado, 2 de Junho

Festa dos Testemunhos com a presença do Papa Bento XVI

Domingo, 3 de Junho Santa Missa presidida por Papa Bento XVI

Simultaneamente com as jornadas do Encontro serão organizados eventos e

manifestações culturais no campo eclesiástico e civil

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66

A polêmica sobre Robert Edwards e o prêmio Nobel de medicina

Entrevista com sacerdote médico e professor de teologia moral

ROMA, domin-go, 19 de de-

zembro de 2010

(ZENIT.org) -

Recebeu o

prêmio Nobel

de medicina

este ano o fisi-

ólogo inglês

Robert Ed-

wards, pionei-

ro no procedi-

mento de ferti-

lização in vi-

tro. Os traba-

lhos deste bió-

logo fizeram

possível o nascimento da primeira "bebê de pro-

veta", Louise Joy Brown, no dia 25 de julho de

1978. Sobre o custo em vidas humanas que este

procedimento traz e sobre suas implicações éti-

cas, ZENIT entrevistou Pablo Requena1, licen-

ciado em Medicina e Cirurgia, doutor em teolo-

gia moral e professor dessa matéria na Univer-

sidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.

ZZEENNIITT:: QQUUAANNTTOOSS EEMMBBRRIIÕÕEESS SSEE PPEERRDDEEMM PPOORR

CCAADDAA CCRRIIAANNÇÇAA QQUUEE NNAASSCCEE NNOO PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOO

DDAA FFEECCUUNNDDAAÇÇÃÃOO IINN VVIITTRROO??

Pablo Requena: É impossível saber exatamen-

te. Entre outras coisas, porque depende muito da

1 Pe. Pablo Meana Requena, MD DST é professor de Teo-

logia Moral na Universidade Pontifícia da Santa Cruz. Or-

denado em 2002, o Padre Requena é um padre secular,

incardinado na Prelazia da Santa Cruz e Opus Dei. Ele re-

cebeu seu MD em 1993 da Universidade de Valência, na

Espanha e tem um certificado em Bioética do Instituto de

Bioética, Universidade Católica do Sagrado Coração. DST,

com a dissertação "Modelos de Bioética Clínica. Presen-

tación del principialismo Crítica y la CASUÍSTICA "(Pontifí-

cia Universidade da Santa Cruz, em Roma, Itália). Os

principais interesses do Pe. Requena estão em principia-

lismo e métodos para a bioética, a sacralidade da vida e

da dignidade, o fim das questões da vida.

técnica empregada e dos protocolos que cada

país utiliza. Mas certamente são muitos. Alguns

dados nos podem ajudar a entender a magnitude

desta perda de seres humanos. Em 2009 se pu-

blicou um estudo europeu (referido a 30 países)

em que se mencionam 418.111 ciclos de repro-

dução assistida, com uma taxa de gravidez entre

30,3 e 30,9%. Se se leva em conta que a prática

comum implica a hiperestimulação ovárica em

cada ciclo, da qual se obtêm entre 10 e 20 óvu-

los, muitos dos quais serão fecundados, pode-se

facilmente concluir que os embriões que não vi-

ram a luz na Europa durante 2005, ano a que se

refere o estudo, são vários milhões.

ZZEENNIITT:: NNOO EENNTTAANNTTOO,, HHOOJJEE,, 11 OOUU 22%% DDAASS

CCRRIIAANNÇÇAASS QQUUEE NNAASSCCEEMM NNAA EEUURROOPPAA OOUU AAMMÉÉ--

RRIICCAA DDOO NNOORRTTEE SSÃÃOO DDEE PPRROOVVEETTAA.. CC.. HHOOOOGG,,

DDOO CCOOMMIITTÊÊ DDOO NNOOBBEELL DDEE MMEEDDIICCIINNAA,, DDIISSSSEE

QQUUEE ""ÉÉ UUMM TTRRAATTAAMMEENNTTOO SSEEGGUURROO EE EEFFEETTIIVVOO,,

SSEEGGUUEE RREEGGRRAASS EESSTTRRIITTAASS;; OOSS EESSTTUUDDOOSS FFEEIITTOOSS

AAOO LLOONNGGOO DDEESSSSEESS AANNOOSS DDEETTEERRMMIINNAAMM QQUUEE AASS

CCRRIIAANNÇÇAASS DDEE PPRROOVVEETTAA SSÃÃOO TTÃÃOO SSAAUUDDÁÁVVEEIISS CCOO--

MMOO QQUUAALLQQUUEERR OOUUTTRRAA"".. IISSSSOO ÉÉ CCEERRTTOO?? OOUU SSAA--

BBEEMMOOSS SSEE HHÁÁ MMAAIIOORR RRIISSCCOO DDEE CCOONNTTRRAAIIRR EENN--

FFEERRMMIIDDAADDEESS CCOONNGGÊÊNNIITTAASS AASS PPEESSSSOOAASS FFEECCUUNN--

DDAADDAASS IINN VVIITTRROO??

Pablo Requena: Não é de estranhar que as clí-

nicas que se dedicam à reprodução assistida sus-

tentem que a saúde das crianças nascidas da

proveta seja igual à das concebidas naturalmen-

te: é muito o dinheiro envolvido (em um artigo

científico de 2010 diz-se que os custos na Aus-

trália e Nova Zelândia estão em torno de 27 mil

dólares em mulheres entre 30-33 anos e 187 mil

em mulheres entre 42 e 45). Infelizmente, a fe-

cundação assistida converteu-se em um negócio

como pode ser o da fabricação de móveis sob

medida, com todas as características da produ-

ção industrial e os controles de qualidade perti-

nentes. Este negócio está-se separando cada vez

mais da ideia original, nascida no âmbito clíni-

co, que tentava solucionar um problema de in-

fertilidade. Segue-se acudindo às clínicas, e a

aparelhagem e instrumental continua sendo a

própria da medicina; no entanto, a relação não é

RRoobbeerrtt EEddwwaarrddss

JJUULLHHOO//22001111

Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77

a tradicional entre médico e paciente, mas a de

técnico-vendedor e cliente. Voltando à pergunta,

é claro que os vendedores hão de falar bem de

seus "produtos". Surpreende mais que as pesso-

as de ciência, que são muito rigorosas em suas

análises e apreciações técnicas, façam depois

comentários tão pouco "científicos" com a in-

tenção de proteger essas técnicas. É verdade que

a maioria das crianças que nascem da fecunda-

ção in vitro são sadias e normais. Mas também é

verdade que as crianças nascidas com estas téc-

nicas têm uma possibilidade maior de desenvol-

ver má-formações de todo tipo. Isso não é uma

opinião ou uma hipótese teórica, mas uma afir-

mação que procede dos dados publicados pela

literatura científica. Três exemplos. Em 2004,

publicou-se no Journal of Assisted Reproducti-

on and Genetics uma meta-análise, que recolhia

os dados de 19 estudos precedentes, em que se

concluía que 29% das crianças procedentes da

fecundação in vitro têm algum tipo de má-

formação, de maior ou menor gravidade: desde

o lábio leporino a má-formações cardíacas im-

portantes. Outro informe, promovido pelo Mi-

nistério da Saúde da Nova Zelândia, em 2005,

que recolhe a bibliografia internacional até a da-

ta, procedente dos países onde se realiza a fe-

cundação in vitro, assinala que as crianças pro-

duzidas através da técnica ICSI (intracytoplas-

mic sperm injection), uma das mais empregadas

atualmente, têm um risco três ou quatro vezes

maior que as crianças concebidas naturalmente

de apresentar anomalias cromossômicas, em boa

parte devido aos problemas genéticos paternos

que se transmi-

tem através

desta técnica. O

último exemplo

procede de um

artigo re-

centemente pu-

blicado na re-

vista Human

Reproduction.

Trata-se de um

estudo realiza-

do em uma po-

pulação de

mais de 90 mil

crianças. Uma de suas conclusões é que a para-

lisia cerebral, que normalmente se encontra em

1 a cada 400 nascidos, nas crianças produzidas

in vitro se dá em 1 a cada 176.

ZZEENNIITT:: PPOORR QQUUEE NNÃÃOO ÉÉ AACCEEIITTÁÁVVEELL DDOO PPOONN--

TTOO DDEE VVIISSTTAA MMOORRAALL AA FFEECCUUNNDDAAÇÇÃÃOO IINN VVIITTRROO??

Pablo Requena: O problema da infertilidade é

muito sério, tem graves repercussões na vida de

muitos casais e traz grande sofrimento. Nesse sen-

tido, é lógico que os casais que não conseguem ter

filhos procurem ajuda técnica. O problema moral

da fecundação in vitro não está na artificialidade

das técnicas, e muito menos na suspeita perante a

ciência. E mais, em um importante documento da

Santa Sé sobre essas questões, afirma-se que a

Igreja "olha com esperança para a investigação

científica, esperando que muitos cristãos se dedi-

quem ao progresso da biomedicina e testemunhem

a própria fé nesse âmbito" (Dignitas personae, n.

3). A medicina utiliza continuamente instrumenta-

ção artificial, e não dizemos que seja mau. Pense-

se, por exemplo, na substituição de uma válvula

cardíaca danificada por outra mecânica, que pode

salvar a vida de um paciente: não só não dizemos

que não apresenta problemas éticos mas que desde

o ponto de vista moral é algo muito bom, e portan-

to se deve fazer quando for possível. Qual é a di-

ferença com as técnicas de fecundação artificial?

Aqui o problema fundamental é que se considera

um ser humano, um filho, como um "produto",

como algo que de alguma forma me pertence e

posso programar, selecionar, manipular... e destru-

ir. Mas isso não é adequado para os seres huma-

nos: pode ser para as máquinas, pode ser - em al-

guns casos - para os animais, mas nunca para o

homem. Este é muito importante para ser "fabri-

cado". Por isso, dizemos que o único lugar ade-

quado para dar origem a um ser humano é o ato de

amor de seus pais. Isso certamente não significa

que a dignidade das crianças concebidas in vitro,

como as que pudessem proceder de uma violência,

seja menor que as dos filhos de um casamento. E é

justamente pela grande dignidade que têm que es-

ses modos de "chamá-los à existência" resultam

inadequados. Além disso, não se deve esquecer a

grande quantidade de vidas que se perdem pelo

caminho, e os inumeráveis embriões congelados

que atualmente enchem os depósitos das clínicas

de fecundação assistida. Esta razão não é válida

somente para a pessoa de fé, mas para todos que Pablo Meana Requena

JJUULLHHOO//22001111

Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88

quiserem proteger na sociedade a vida humana em

todas as suas formas.

ZZEENNIITT:: QQUUEE TTAANNTTOO IINNFFLLUUII NNIISSSSOO AA IIDDEEOOLLOO--

GGIIAA DDAA MMAATTEERRNNIIDDAADDEE EE PPAATTEERRNNIIDDAADDEE CCOOMMOO

DDIIRREEIITTOO EE NNÃÃOO CCOOMMOO DDOOMM??

Pablo Requena: Na sociedade atual, mudou mui-

to a percepção do filho. Durante muito tempo, foi

considerado como um dom, como um presente.

Essa visão está muito unida a uma concepção reli-

giosa da existência, que vê os pais como colabo-

radores de Deus, e em certo modo como seus mi-

nistros na tarefa de cuidar e educar os filhos. Em

todo caso, o filho não era visto certamente como

um direito, como alguns o consideram agora, por-

que não pode ser isso. Nenhuma pessoa tem o "di-

reito" de possuir a outra: pode-se possuir uma ca-

sa, um carro... mas não uma pessoa. Por esse mo-

tivo, a escravidão é um mal, porque nenhum ho-

mem pode ser "dono" do outro. Se se afirmasse

que existe um direito ao filho, se estaria dizendo

que alguém (a comunidade" tem o dever, a obri-

gação, de me dar aquilo; e se estaria dizendo ao fi-

lho que ele é o "produto" de um direito de seus

pais. Mas isso supõe tirar do filho a dignidade

próprio da pessoa e o direito de ser concebido a-

través de um ato de amor.

ZZEENNIITT:: CCOOMMOO MMÉÉDDIICCOO,, SSAACCEERRDDOOTTEE EE PPRROO--

FFEESSSSOORR,, QQUUEE DDIIRRIIAA AA UUMM CCAASSAALL DDEE EESSPPOOSSOOSS

QQUUEE QQUUEERR TTEERR FFIILLHHOOSS EE NNÃÃOO PPOODDEE DDEE MMAANNEEII--

RRAA NNAATTUURRAALL??

Pablo Requena: Em primeiro lugar, diria que fos-

sem a um centro de ajuda à procriação, como o

que há no hospital Gemelli aqui em Roma, onde

possam realizar um estudo a fundo das causas do

problema, para ver se existem possibilidade tera-

pêuticas moralmente adequadas para sua situação.

Em não poucos casos existem, sem necessidade de

fazer a fecundação in vitro. No entanto, em outras

ocasiões, os esposos descobrirão que não é possí-

vel realizar seu desejo, tão legítimo e bom, de ter

filhos. Nesse caso, com a ajuda de toda a comuni-

dade eclesial, podem descobrir que esta impossibi-

lidade não é alheia a seu caminho vocacional cris-

tão. A Igreja sempre ensinou que "os esposos que

se encontram nesta dolorosa situação são chama-

dos a descobrir nela a oportunidade para uma par-

ticular participação na cruz do Senhor, fonte de

fecundidade espiritual" (Donum vitae, n. 8). Não

se trata certamente de um caminho fácil, mas sa-

bemos bem que "é estreita a porta e apertado o

caminho que leva à vida" (Mt 7, 14). Talvez será

necessário um tempo, um tempo longo, para en-

tender o modo de viver o chamado de Deus à pa-

ternidade e maternidade de uma maneira diferente,

mas não menos eficaz e feliz. Há muitos exemplos

de pais que nunca puderam ter filhos e que se sen-

tem muito unidos e muito realizados em seu ca-

samento.(Carmen Elena Villa)

Congresso Nacional da Pastoral Familiar acontecerá em Belo Horizonte destacando a cidadania

O Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais) foi escolhido para se-diar, entre os dias 19 a 21 de agosto, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG), um dos maiores encontros promovidos pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, ór-gão da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB: O 13º Con-gresso Nacional da Pastoral Familiar, com o tema “Família, Pessoa e Sociedade” e o lema “Somos cidadãos e membros da Família de Deus” (Cf. Ef 2,19).

Em 1989, a capital mineira foi palco 1º Encontro Nacional de Movimentos e Institutos Familiares, embrião do que viria a ser o Congresso Nacional da Pastoral Familiar, que desde então, acontece em intervalos regulares, com o objetivo de fortalecer a família na sociedade.

“O 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar pretende ser um momento de formação e partilha de experiên-cias, com o propósito de alicerçar o trabalho da Pastoral Familiar nas dimensões que melhor explicitem o senti-do de pertença à família, hoje”, destacam os organizadores do evento. Participam do congresso cerca de 1000 pessoas entre bispos; coordenadores regionais, diocesanos e assesso-res eclesiásticos da Pastoral Familiar; coordenadores nacionais dos Movimentos e Serviços Familiares, e agentes de Pastoral Familiar das dioceses de todo o Brasil

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99

Formação para Acompanhamento de

Casais Recém Casados em Maringá

Aconteceu nos dias 21 e

22 de Maio, no Salão Paro-

quial da Paróquia São Fran-cisco de Assis, em Maringá -

PR, a Formação para Agentes

da Pastoral Familiar e Movi-

mentos, para Acompanha-

mento de Casais Recém

Casados. O objetivo da

formação foi formar agentes

para acolher os casais recém

casados da Arquidiocese de Maringá por um período de

cinco anos.

Trabalho esse que é uma

das prioridades eleitas para o

Plano de Ação Evangelizado-

ra da Arquidiocese. Ministra-

do pelo casal André e

Ritinha, da Diocese de Osas-

co; contou com a presença de

agentes de 32 paróquias das

55 da Arquidiocese, totali-

zando um número de 224 par-

ticipantes. "Porque muitos

são os chamados e poucos os

escolhidos"(Mt 22,14).

Entre os assuntos passados estavam: O que são os

“Encontros para Novos

Casais”? Por que participar

dos Encontros para Novos

Casais? Como atuam tais

Encontros? Características

Gerais. Organização das

Equipes. Estrutura do Traba-

lho. Como os Encontros serão realizados? Casamos. E ago-

ra? Eu não aprendi a fazer

isso assim! Guerra dos sexos

no lar.

Os seus amigos... os nos-

sos amigos! Meu, seu e nos-

so? Quando o silêncio não

ajuda. Queremos ter ou

queremos ser? Interferências

familiares: o que fazer? “Até

que a morte nos separe” é muito tempo? Fidelidade se

aprende praticando. Conver-

sar com Deus a dois e a sós; a

oração. “ Eu sou seu, Você é

minha.”entre outros.

A pastoral Familiar é um

braço da Igreja e como tal

tem o dever de dar testemu-

nho ao mundo e informar e

preparar os vocacionados ao

matrimônio.

Estiveram presentes: Padre

Onildo Luiz Gorla Junior, as-

sessor da Pastoral Familiar,

que celebrou a Santa Missa;

Padre Valdir Egea, Vigário

Paroquial da Paróquia São

Francisco de Assis; e o casal coordenador do Pré Matrimô-

nio do Regional Sul II, Sergio

Yamada e Maria Aurora C.

Yamada.

O casal coordenador da

Pastoral Familiar da Arquidi-

ocese de Maringá Aleardo e

Zulmira agradece a todos os

que se fizeram presentes. E a

todos os que colaboraram, só

podemos dizer: Obrigado!

Que Deus os abençoe. Zulmira e Aleardo

Casal coordenador fazendo a acolhida

Pe. Onildo falando aos participantes

Agentes da Pastoral Familiar e Movimentos

André explanando aos agentes

Todos participaram atentamente

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100

NNNOOOVVVAAA LLLIIINNNGGGUUUAAAGGGEEEMMM PPPAAARRRAAA

DDDOOOMMMIIINNNAAARRR OOO MMMUUUNNNDDDOOO

Fala Dom Silvano Tomasi, observador da Santa Sé na ONU

Por Sergio Mora

ROMA, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

(ZENIT.org) – “Governance”, “partner”,

“gender”, “saúde reprodutiva” são alguns termos

de um novo vocabulário utilizado nas institui-

ções internacionais, substituindo conceitos como

“governo”, “esposo(a)”, “homem/mulher”,

“anticoncepção”.

Isso, combinado com uma visão extremista da

“não-discriminação”, tornou-se uma ferramenta

utilizada para impor ideologias contrárias ao

pensamento católico e que acaba incidindo em

nossa vida diária; e quando o percebemos, já

pode ser tarde demais.

Este foi o tema central da conferência de Dom

Silvano Tomasi – “O poder da palavra. Verdade

e ideologia nos organismos internacionais”-,

realizada ontem em Roma, na sede do Centro

Internacional de Comunhão e Libertação.

O problema foi exposto pelo próprio arcebispo

Tomasi, núncio apostólico e observador perma-

nente da Santa Sé junto às Nações Unidas em

Genebra, e pela professora de direito constitu-

cional na Università degli studi di Milano-

Bicocca, Marta Carabia. O evento foi moderado

pelo diretor do Centro Internacional, Roberto

Forlan.

“Genebra é um lugar onde se gera cultura diari-

amente”, afirmou Dom Tomasi, lembrando que

lá residem 30 mil funcionários de organismos

internacionais, que realizam mais de 9 mil

conferências por ano.

Para focalizar o problema, o prelado recordou o

pensamento de Bento XVI sobre a ditadura do

relativismo: “Uma boa parte das filosofias

contemporâneas afirma que o homem não é

capaz de conhecer a verdade. E, por conseguin-

te, o homem que não é capaz disso não poderia

ter valores éticos”.

Assim, “acaba aceitando, como única referência,

a opinião da maioria. No entanto, a história

demonstra quão destrutivas podem ser as maio-

rias”, como no caso “das ditaduras impostas

pelo nazismo e pelo marxismo”.

“Há duas interpretações das experiências huma-

nas - continuou: uma baseada na realidade e ou-

tra uma baseada na construção de conveniências

de uma realidade desejada. Esta é muito estima-

da pelos manager das organizações internacio-

nais.”

Em contraste, “outras palavras, provenientes da

tradição judaico-cristã, são excluídas e tendem a

desaparecer: verdade, moral, consciência, razão,

pai, mãe, filho, mandamento, pecado, hierarquia,

natureza, matrimônio etc.”

Ou seja, é “um novo vocabulário, uma mistura”,

que “representa uma ideologia individualista

levada ao extremo e que inspira linhas conduto-

ras dos funcionários da governance global”.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1111

“A aspiração das Nações Unidas é criar uma no-

va ordem internacional e, para conseguir isso,

cria uma nova antropologia”, como quando se

fala de gênero, “não o dado pela natureza, mas o

que o indivíduo escolhe”.

Assim, “atinge-se a própria estrutura da socie-

dade no que diz respeito à família”, disse.

Dom Tomasi afirmou que a visão tomista, que

requer “a conformidade do intelecto com a

realidade”, é substituída “por um conceito de

realidade como construção subjetiva e social, na

qual a verdade e a realidade não têm um conteú-

do estável”.

Assim, a “aliança entre ideologia e pragmatismo

é um desafio para a sabedoria cristã, que deve

propor sua mensagem de humanismo integral”,

ainda que, a longo prazo, disse Dom Tomasi,

“não se poderá subestimar ou simplesmente

ignorar o realismo antropológico da tradição

cristã”.

O moderador então perguntou sobre quem traba-

lha nessa linha de afastamento: “São homens

malvados que se reúnem à noite, como nos

filmes de James Bond?”.

Dom Tomasi afirmou que este é um processo

muito complexo, “que vai além dos próprios

protagonistas”. E o problema surge precisamen-

te porque, devido ao relativismo, com uma

linguagem ambígua, as pessoas buscam

“conclusões e tentativas para chegar a um con-

senso, „pelo bem de todos‟, dizem”.

No entanto, ele explicou: “Dizer que uma pera

não é uma maçã não é uma discriminação”.

“E estas soft law - indicou - são transformadas

em normas jurídicas. Depois, há uma nova con-

venção e se torna lei; e se aplica até mesmo em

uma cidade pequena.”

A professora Marta Cartabia, reafirmando o que

foi dito por Dom Tomasi, recordou a importân-

cia da linguagem no Direito e como, hoje, o

tema “direitos humanos” domina a agenda das

agências. E também lembrou o sucesso desse

tema, juntamente com o de “não-discriminação”,

como uma alternativa condividida sobre o

relativismo.

Assim, com este conceito, visa-se a “criar uma

moral superior. Além disso, usa-se o naipe dos

direitos humanos como um ás na manga e aqui o

dissenso se torna impossível.” E isso se trans-

forma em “um atalho sedutor para grupos que

não conseguem encontrar aprovação em espaços

normais da política”, afirmou.

Depois, existe a ambiguidade da linguagem,

desde a Conferência de Pequim, com a “discri-

minação de gênero”, que não teria a ver com um

fato biológico, mas apenas com a interpretação

de um papel que a pessoa quer protagonizar.

Nesta linha, recordou como, hoje, na Espanha e

na Alemanha, “podem solicitar uma mudança de

sexo garantida pela lei - independentemente das

características físicas -, com um procedimento

tão banal como ir a um cartório”.

E se perguntou: “Como se pode defender a mu-

lher, se o papel é apenas opcional?”.

“Ainda que às vezes isso não pareça frustrante, é

essencial mostrar a mentira”, especialmente

“se podem ser usados caminhos positivos.” E

visto que “essa ideologia se separa da realida-

de”, concluiu que “provavelmente a única via

transitável é citar a experiência como um

argumento válido”.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1122

3355ªª AAsssseemmbblleeiiaa GGeerraall ddaa PPaassttoorraall

FFaammiilliiaarr eemm BBrraassíílliiaa

Aconteceu na sede da SECREN

(Secretaria Executiva Nacional da

Pastoral Familiar) em Brasília,

nos dias 17 a 19 de junho a 35ª

Assembleia Geral da Pastoral

Familiar.

CCEELLEEBBRRAAÇÇÃÃOO EEUUCCAARRÍÍSSTTIICCAA

O inicio das atividades de todos

os dias foi com a celebração

eucarística presidida, na sexta-

feira por Dom João Carlos Pe-

trini, bispo de Camaçari/BA e

Presidente da Comissão Epis-

copal Pastoral para a Vida e a

Família da CNBB, no sábado

por Dom Tarcísio Nascentes

dos Santos, bispo de Divinópo-

lis/MG e referencial da Pastoral

Familiar do Regional Leste 2,

da CNBB.e no domingo por

Dom Antonio Augusto Dias

Duarte, bispo auxiliar do Rio de

Janeiro e membro da Comissão

Episcopal Pastoral para a Vida

e a Família da CNBB.

Dom Petrini destacou duas li-

nhas prioritárias da Pastoral

Familiar nos próximos anos: 1°)

Fortalecer a família no contex-

to social, cultural de hoje –

dando mais visibilidade pública

à família; 2°) Criar espaços pa-

ra que as famílias carentes pos-

sam ser alcançadas. (grupos de

famílias para rezar, festejar, criar comunidades de fé e de

ajuda).

RREEFFOORRMMAA DDOO EESSTTAATTUUTTOO

Sábado, 18, o advo-

gado Carlos Berlini,

Diretor para o Brasil

da ONG Associazio-

ne Amici dei Bambini (Aibi),

apresentou à assembleia pro-

posta de reforma do Estatuto da

Pastoral Familiar. Esclareceu

que serviram de subsídio à ela-

boração da revisão do Estatuto

os seguintes documentos: a)

Exortação Apostólica Familia-

ris Consortio; b) Carta às Famí-

lias – João Paulo II; c) Estatuto

da CNBB; d) Estudo 65 da

CNBB - Pastoral Familiar no

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1133

Brasil; e) Documento 79 da

CNBB – Diretório da Pastoral

Familiar; f) Documento de

Aparecida; g) Código Civil

Brasileiro. A proposta foi apro-

vada por unanimidade.

DDOOMM PPEETTRRIINNII

Dom Petrini assessorou um

momento de formação enfati-

zando a necessidade de os agen-

tes de Pastoral Familiar se pre-

pararem para enfrentar a reali-

dade de um mundo seculariza-

do. Para isso disse que os do-

cumentos da Igreja como Fami-

liaris Consortio, Aparecida,

Diretrizes da Ação Evangeliza-

dora da Igreja no Brasil podem

ajudar. Apresentou também o

projeto de Escola Família, que

está sendo implantado em sua

diocese.

Apresentou também alguns

eventos:

VII Encontro Mundial das

Famílias que acontecerá em

Milão no período de 05/maio

a 03 de junho de 2012;

Congresso Internacional so-

bre a Familiaris Consortio nos dias 5 a 8 de outubro de

2011 na Universidade Católi-

ca da Bahia em Salvador.

Dom Petrini falou também so-

bre o Projeto Rachel (USA)

que tem um documento chama-

do Manual de consulta pós-

aborto para Padres e Líderes

do Projeto Raquel e foi desen-

volvido como um material de

consulta pela Comissão para o

Clero, Vida Consagrada e Vo-

cações e pela Comissão para

Atividades Pró-Vida da Confe-

rência Norte Americana de Bis-

pos Católicos (USCCB). Está

disponível no site:

www.hopeafterabortion.com/

projectrachelmanual/

PPAASSTTOORRAALL OORRGGÂÂNNIICCAA EE

AA HHOORRAA DDAA FFAAMMÍÍLLIIAA

Pe. Bento abordou o tema Pas-

toral orgânica e a Pastoral Fa-

miliar como colaboradora da

ação evangelizadora da Igreja.

Em seguida destacou a Hora da

Família de 2012, que terá o

mesmo tema do VII Encontro

Mundial das Famílias: Família,

Trabalho e Festa. Os dez temas

serão transformados em cinco

fundindo-se sequencialmente de

dois em dois (a seguir os dez

temas em italiano): 1. Il segreto

di Nazareth: 2. La famiglia ge-

nera la vita; 3. La famiglia vive

la prova; 4. La famiglia anima

la società; 5. Il lavoro e la festa

nella famiglia; 6. Il lavoro ri-

sorsa per la famiglia; 7. Il lavo-

ro sfida per la famiglia; 8. La

festa tempo per la famiglia; 9.

La festa tempo per il Signore;

10. La festa tempo per la comu-

nità.

XXIIIIII CCOONNGGRREESSSSOO NNAACCIIOONNAALL

DDAA PPAASSTTOORRAALL FFAAMMIILLIIAARR

O casal coordenador da Pastoral

Familiar do Leste II, Júlio e

Marilia, apresentaram dados

sobre o XIII Congresso Nacio-

nal da Pastoral Familiar, que

acontecerá nos dias 19 a 21 de

agosto deste ano em Belo Hori-

zonte.

Destaques para a Oração e o

Hino do Congresso e outros de-

talhes.

VVIIIIII SSEEMMIINNÁÁRRIIOO DDEE

AASSSSEESSSSOORREESS

Tico e Vera comentaram sobre

o VIII Seminário de Assessores

da Pastoral que será realizado

no mesmo dia do Congresso, no

dia 19, das 08:00 às 13:00 ho-

ras.

PPAASSTTOORRAALL DDAA JJUUVVEENNTTUUDDEE Pastoral da Juventude (PF) e

sua estrutura na Igreja do Brasil

foi tema de palestra na 35° As-

sembléia da Pastoral Familiar,

que se realiza em Brasília (DF),

de 17 a 19 de junho, na sede da

Secren.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1144

Dom Eduardo Pinheiro, presi-

dente da Comissão Episcopal

Pastoral para a Juventude da

CNBB, apresentou as várias

atividades da Pastoral da Juven-

tude e, de modo especial, da

Jornada Mundial da Juventude,

em Madrid, a realizar-se de 17 a

19 de agosto. Fez um apelo a

Pastoral Familiar que acompa-

nhe e façam parceria com a

Pastoral da Juventude e incenti-

ve a apóie suas atividades

pastorais.

33ªª PPEERREEGGRRIINNAAÇÇÃÃOO EE SSIIMMPPÓÓSSIIOO

DDAA FFAAMMÍÍLLIIAA

A assembléia também fez a

avaliação da 3° peregrinação

das famílias á Aparecida e o

Simpósio da Família. Momento

coordenado pela equipe de or-

ganização de Peregrinação do

Sul 1 da CNBB. Representada

por Maria Célia Pinto, Irmã

Ivonete Kunten, e o Casal An-

tonio e Dora. De forma geral os

representantes do regional ava-

liam a iniciativa muito positiva

e pediram a continuidade da

realização do simpósio.

EELLEEIIÇÇÃÃOO

No dia 18 foi eleita a nova

coordenação, com o casal Tico

e Vera de Salvador – BA sendo

eleitos para um novo mandato

como casal coordenador.

E o casal Volnei e Marivone de

Joinville – SC eleitos como Vi-

ce-Coordenadores.