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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Diretoria Jurídica - Gerência de Pesquisa Jurídica Nº 48 2016 15 DE DEZEMBRO Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos gabinetes dos Eminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de Uniformização de Jurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores, com matérias relacionadas à competência da justiça estadual, como também notícias e recomendações do Conselho Nacional de Justiça. Jurisprudência TJPB APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0098912-32.2012.815.2002 – Rel. Exmo. Des. João Benedito da Silva – j. 11 de outubro de 2016. APELAÇÃO CRIMINAL. DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR SOB INFLUÊNCIA DE BEBIDA ALCOÓLICA. ART. 306 DA LEI No 9.503/97. CONDENAÇÃO. IRRESIGNAÇÃO DA DEFESA. ABSOLVIÇÃO. MATERIALIDADE E AUTORIA INCONTESTÁVEIS. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. TESTE ALVEOLAR (ETILÔMETRO). CONCENTRAÇÃO ALCOÓLICA SUPERIOR AO LIMITE MÍNIMO NO MOMENTO EM QUE O AGENTE CONDUZIA O VEICULO. MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO. TRANSAÇÃO PENAL. DESCABIMENTO. ART. 76, § 2o, INC. III, DA LEI No 9.099/95. PENA. EXACERBADA. INOCORRÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA RESTRITIVA DE COMUNIDADE POR PECUNIÁRIA.. INVIABILIDADE. SUSPENSÃO DA CARTEIRA DE HABILITAÇÃO. EXACERBAÇÃO. REDUÇÃO. MEDIDA QUE SE IMPÕE. PROVIMENTO PARCIAL DO APELO. O crime de embriaguez ao volante, previsto no art. 306, caput do Código de Trânsito Brasileiro, é de perigo abstrato, sendo suficiente para a sua consumação a condução do veículo por agente que tenha ingerido bebida alcoólica acima do patamar legal. Existindo nos autos prova que indique a concentração de álcool por litro de ar expelido dos pulmões do réu em nível superior àquela permitida por lei, aliada à confissão do réu que ingeriu bebida alcoólica antes de conduzir o veículo, corroborada ainda pela prova testemunhal, não há falar em absolvição, devendo ser mantida a condenação do réu. Não será admitida a proposta de transação se “não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida” (art. 76, § 2o, inciso III, da Lei 9.099/95). Obedecidas as regras de aplicação da pena prevista nos arts. 59 e 68 do Código Penal, correta se mostra a manutenção do quantum fixado na sentença condenatória, mormente, quando a reprimenda imposta ao acusado se apresenta proporcional e suficiente à reprovação do fato, não merecendo reparos. Evidentemente, restando demonstrado que o Magistrado sentenciante exacerbou na reprimenda da suspensão da carteira nacional de habilitação e, sendo as circunstâncias judiciais, recomendável, a sua redução é medida que se impõe. Leia mais...

BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA Nº 48 2016 · da alegação e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. Verificando-se que a eleição do agravado para o cargo

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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA

Tribunal de Justiça do Estado da ParaíbaDiretoria Jurídica - Gerência de Pesquisa Jurídica

Nº 48

201615 DE

DEZEMBRO

Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos gabinetes

dos Eminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de Uniformização de

Jurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores,

com matérias relacionadas à competência da justiça estadual, como também notícias e

recomendações do Conselho Nacional de Justiça.

Jurisprudência TJPB

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0098912-32.2012.815.2002 – Rel. Exmo. Des. João Benedito da

Silva – j. 11 de outubro de 2016.

APELAÇÃO CRIMINAL. DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR SOB

INFLUÊNCIA DE BEBIDA ALCOÓLICA. ART. 306 DA LEI No

9.503/97. CONDENAÇÃO. IRRESIGNAÇÃO DA DEFESA.

ABSOLVIÇÃO. MATERIALIDADE E AUTORIA INCONTESTÁVEIS.

CRIME DE PERIGO ABSTRATO. TESTE ALVEOLAR (ETILÔMETRO). CONCENTRAÇÃO ALCOÓLICA

SUPERIOR AO LIMITE MÍNIMO NO MOMENTO EM QUE O AGENTE CONDUZIA O VEICULO.

MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO. TRANSAÇÃO PENAL. DESCABIMENTO. ART. 76, § 2o, INC. III, DA LEI

No 9.099/95. PENA. EXACERBADA. INOCORRÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA RESTRITIVA DE

COMUNIDADE POR PECUNIÁRIA.. INVIABILIDADE. SUSPENSÃO DA CARTEIRA DE HABILITAÇÃO.

EXACERBAÇÃO. REDUÇÃO. MEDIDA QUE SE IMPÕE. PROVIMENTO PARCIAL DO APELO. O crime de

embriaguez ao volante, previsto no art. 306, caput do Código de Trânsito Brasileiro, é de perigo abstrato,

sendo suficiente para a sua consumação a condução do veículo por agente que tenha ingerido bebida

alcoólica acima do patamar legal. Existindo nos autos prova que indique a concentração de álcool por

litro de ar expelido dos pulmões do réu em nível superior àquela permitida por lei, aliada à confissão do

réu que ingeriu bebida alcoólica antes de conduzir o veículo, corroborada ainda pela prova testemunhal,

não há falar em absolvição, devendo ser mantida a condenação do réu. Não será admitida a proposta de

transação se “não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como

os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida” (art. 76, § 2o, inciso III,

da Lei 9.099/95). Obedecidas as regras de aplicação da pena prevista nos arts. 59 e 68 do Código

Penal, correta se mostra a manutenção do quantum fixado na sentença condenatória, mormente,

quando a reprimenda imposta ao acusado se apresenta proporcional e suficiente à reprovação do fato,

não merecendo reparos. Evidentemente, restando demonstrado que o Magistrado sentenciante

exacerbou na reprimenda da suspensão da carteira nacional de habilitação e, sendo as circunstâncias

judiciais, recomendável, a sua redução é medida que se impõe.

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APELAÇÃO CÍVEL Nº 0009339-05.2013.815.0011 – Rel. Exmo. Des. Leandro dos Santos – j. 30 de novembro de 2016.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. NOMEAÇÕES PARA

CARGOS COMISSIONADOS INEXISTENTES NA ESTRUTURA FUNCIONAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINA

GRANDE. SENTENÇA. REJEIÇÃO DA INICIAL EM RAZÃO DA AUSÊNCIA DE CONDUTA DOLOSA E

PREJUÍZO AO ERÁRIO. IRRESIGNAÇÃO DO ÓRGÃO MINISTERIAL. INDÍCIOS SUFICIENTES DA

PRÁTICA DE PRETENSO ATO ÍMPROBO. IN DUBIO PRO SOCIETATE. AUSÊNCIA DE DOLO QUE DEVE

SER AVERIGUADO NA SENTENÇA APÓS A REGULAR INSTRUÇÃO PROBATÓRIA, CASO EXIGÍVEL

PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO. RECEBIMENTO DA INICIAL. PROVIMENTO DO RECURSO. - A

presença de indícios da prática de atos ímprobos é suficiente ao recebimento e processamento da

ação, uma vez que, nessa fase, impera o princípio do in dubio pro societate. - As alegações do Apelado,

de que não houve dolo ou má-fé na contratação do servidor e nem dano ao erário, devem ser analisadas

e resolvidas na sentença de mérito, após a instrução probatória, com observância do contraditório e

ampla defesa. - Não bastasse a não exigência de comprovação do dolo nesta fase processual para

qualquer dos tipos legais previstos na Lei de Improbidade Administrativa, é importante salientar que,

precisamente, para a condenação por conduta descrita no art. 11 da Lei no 8.429/92, dispensa-se o dolo

específico, bastando o dolo genérico (vontade de realizar fato descrito na norma incriminadora), sendo

desnecessário (como, diferentemente, quer fazer crer o Apelado) a ocorrência de enriquecimento ilícito

ou o dano ao erário para a caracterização do ato de improbidade descrito neste tipo.

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AGRAVO DE INSTRUMENTO

Nº 0800811-11.2015.815.0000 – Rel. Juiz Convocado Ricardo Vital de Almeida.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA DA CÂMARA

MUNICIPAL. PRELIMINAR. SUSPENSÃO DO PROCESSO. PREJUDICIALIDADE. REJEIÇÃO. MÉRITO. LEI

QUE TORNOU POSSÍVEL A ANTECIPAÇÃO DAS ELEIÇÕES. ESCRUTÍNIO REALIZADO. ATO

ADMINISTRATIVO POSTERIOR CONSIDERANDO INCONSTITUCIONAL A NORMA FORMAL. NOVA

VOTAÇÃO. HIERARQUIA DAS NORMAS. OFENSA. IMPOSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO DE LEI POR

MERO ATO ADMINISTRATIVO. PLEITO ELEITORAL VÁLIDO. RECURSO NÃO PROVIDO. A relação de

prejudicialidade entre ações não tem o condão de suspender o curso de uma das lides. Em tal situação,

a regra a ser observada será a da reunião dos processos para julgamento comum, afastando o risco de

decisões contraditórias (art. 106, CPC). A tutela antecipatória pressupõe a demonstração dos requisitos

estabelecidos pelo art. 273 do Código de Processo Civil, ou seja, a prova inequívoca da verossimilhança

da alegação e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. Verificando-se que a eleição

do agravado para o cargo de Presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal deu-se em

conformidade com o art. 22, §5o, da Lei Orgânica Municipal, introduzido pela Lei Municipal no 53/98, não

há, aparentemente, irregularidade em sua continuidade no exercício do encargo. A revogação de uma lei

acontece apenas por meio de outra lei. Enquanto não verificada tal situação, o ato normativo continuará

produzindo efeitos no mundo jurídico. Dentro do poder de autotutela da Administração não se encontra

inserido a possibilidade de revogação de ato normativo, razão pela qual o ato administrativo, que

considerou inconstitucional as alterações produzidas na Lei Orgânica Municipal pela Lei Municipal no

53/98, não possui qualquer validade jurídica e, por via de consequência, nem os atos dele decorrentes.

Considerando a forma de atuação excepcional e, aparentemente, ilegal, utilizada pelos edis para

modificação de um anterior ato de eleição, este praticado em conformidade com a lei vigente e não

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declarada inconstitucional, verifica-se que a pretensão de ver dotado de eficácia o ato que proclamou

Presidente da casa legislativa a agravante não encontra respaldo jurídico. Inexistindo qualquer indício de

ilegalidade na primeira eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Baía da Traição para o biênio

2015/2016, impõe-se o indeferimento da medida antecipatória que visa à imediata destituição dos

integrantes da chapa vencedora. Agravo não provido.

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Fonte: TJPB.

Notícias TJPB

- REMOÇÃO DE SERVIDORES

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- TJPB mantém decisão favorável à permanência do serviço de UBER na Capital

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- 1ª Cível extingue MS e Lei que permite acesso livre de Personal Trainers em academias continua em

vigor

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- Conselho Consultivo da Esma apresenta plano de atividades para 2017

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- Pleno recebe denúncia contra o prefeito de Caaporã

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Fonte: Portal do TJPB.

Legislação

LEI Nº 13.366, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2016.

Altera as Leis nos 10.260, de 12 de julho de 2001, que “dispõe sobre o Fundo de

Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências”, para atribuir

às instituições de ensino responsabilidade parcial pela remuneração dos agentes

operadores do Fundo, e 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional”, para vedar a concessão de tutela antecipada que tenha por

objeto a autorização para o funcionamento de curso de graduação por instituição de

educação superior.

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LEI Nº 13.371, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2016.

Altera a remuneração de servidores públicos; estabelece opção por novas regras de incorporação degratificação de desempenho às aposentadorias e pensões; e dá outras providências.

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Fonte: Planalto.

Notícias STF*

Liminar determina que PL sobre 10 medidas de combate à corrupção

reinicie trâmite na Câmara

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar no

Mandado de Segurança (MS) 34530, impetrado pelo deputado Eduardo

Bolsonaro (PSC-SP), para suspender os atos referentes à tramitação do

projeto de lei de iniciativa popular de combate à corrupção, atualmente no Senado Federal. Segundo o

ministro, há uma “multiplicidade de vícios" na tramitação do PL nº 4.850/2016, por isso a proposta

legislativa deve retornar à Câmara dos Deputados, ser reautuada e tramitar de acordo com o rito

estabelecido para projetos de inciativa popular. A liminar torna sem efeito qualquer ato, passado ou

superveniente, praticados pelo Poder Legislativo em contrariedade à decisão do ministro Fux.

O PL 4.850/2016 é resultante do movimento “10 medidas de combate à corrupção”, que recolheu

2.028.263 assinaturas de eleitores, e, nesta condição, segundo o Regimento Interno da Câmara dos

Deputados (artigo 24, inciso II), tem tramitação diferenciada e não poderia ter sido apropriado por

parlamentares. O ministro explica que, segundo o regimento da Câmara, o projeto deve ser debatido na

sua essência, “interditando-se emendas e substitutivos que desfigurem a proposta original para simular

apoio público a um texto essencialmente distinto do subscrito por milhões de eleitores”. No caso em

questão, uma emenda de Plenário incluiu na proposta tópico relativo a crimes de abuso de autoridade

por parte de magistrados e membros do Ministério Público, além de dispor sobre a responsabilidade de

quem ajuíza ação civil pública e de improbidade temerárias, com má-fé, manifesta intenção de

promoção pessoal ou visando perseguição política.

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Expropriação por cultivo de drogas é afastada somente por falta de culpa do proprietário

O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que poderá ser afastada a expropriação de terra na qual

foram cultivadas plantas psicotrópicas desde que o proprietário comprove que não teve culpa. A decisão

unânime ocorreu na sessão desta quarta-feira (14) durante o julgamento do Recurso Extraordinário (RE)

635336, com repercussão geral reconhecida.

Na análise do RE, os ministros debateram sobre a natureza da responsabilidade do proprietário de

terras com cultivo ilegal de plantas psicotrópicas. O recurso foi interposto pelo Ministério Público Federal

(MPF) contra decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que manteve a expropriação de

imóveis utilizados para a plantação de maconha, conforme o artigo 243, caput, da Constituição Federal,

regulamentado pela Lei 8.257/1991.

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Garantida à Paraíba a aplicação de acordo com a União sobre refinanciamento da dívida

Ao deferir medida cautelar na Petição (PET) 6398, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal

(STF), garantiu ao estado da Paraíba a aplicação dos termos do ajuste fixado entre os estados e a União

para refinanciamento de dívidas, nos mesmos moldes dos direitos garantidos aos entes federados que

judicializaram a questão.

No pedido, o procurador-geral paraibano lembrou que em junho deste ano foi celebrado acordo entre a

União e os governadores dos Estados e do Distrito Federal, quando teriam sido desenhadas possíveis

soluções para os impasses, inclusive quanto à controvérsia concernente à forma de capitalização dos

juros simples ou compostos. Entretanto, afirma que somente judicialmente se estaria conseguindo

cumprir os termos do acordo, alegando que os demais entes da federação, dentre eles a Paraíba, por

não terem judicializado a questão, não estão sendo contemplados com o mesmo tratamento, uma vez

que só poderão firmar o acordo com a União com aplicação dos termos dos ajustes negociados na

reunião realizada em junho de 2016, após a aprovação do projeto de lei complementar ainda em

tramitação no Congresso Nacional.

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Norma que permite reeleição no TJ-RJ é inconstitucional, diz STF

Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão nesta quarta-feira (14),considerou inconstitucional norma do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que permite a reeleiçãode desembargadores para cargos de direção após o intervalo de dois mandatos. Por sete votos a três, osministros julgaram procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5310, ajuizada pelaProcuradoria Geral da República, por entenderem que a norma contraria o disposto na Lei Orgânica daMagistratura – Loman (Lei Complementar 35/1979).

A relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, observou que a Loman, em seu artigo 102, é clara ao vedar areeleição para cargos de direção dos tribunais de justiça. Segundo a lei, quem tiver exercido quaisquercargos de direção por quatro anos, ou o de presidente, não figurará mais entre os elegíveis, até que seesgotem todos os nomes, na ordem de antiguidade. A ministra salientou que, de acordo com diversosprecedentes do STF, a Loman foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988.

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Fonte: Supremo Tribunal Federal

Notícias STJ*

STJ cria força-tarefa para reduzir acervo de

processos em tramitação

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ),

ministra Laurita Vaz, criou uma força-tarefa para

acelerar a redução do número de processos

atualmente em tramitação no tribunal (371.662).

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Formado por assessores da presidência, o grupo já

começou a atuar nos gabinetes com maior

quantidade de processos, considerados apenas os

acumulados antes de o ministro assumir o acervo.

A criação da força-tarefa integra um conjunto de

medidas administrativas implantadas ou reforçadas

pela atual gestão do STJ para aumentar a

produtividade em 2017, contribuindo assim para a

redução do acervo pelo terceiro ano consecutivo.

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Falta de indicação de valores recebidos em consignação configura má-fé do exequente

Nas situações em que haja depósito judicial de valores incontroversos em ação de consignação em

pagamento, sua não indicação, em ação de execução, configura má-fé apta a justificar a condenação

estabelecida no artigo 940 do Código Civil de 2002.

Com base nesse entendimento, os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

condenaram uma instituição financeira a pagar em dobro os valores depositados em seu favor num

processo de consignação em pagamento, os quais ela não declarou ao mover ação de execução. A

decisão foi unânime.

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Prazo para requerer cobertura de seguro em contrato de financiamento habitacional é de um ano

O prazo de prescrição para que um mutuário do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) requeira a

cobertura da seguradora em contrato de financiamento é de um ano, segundo decisão da Quarta Turma

do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O entendimento foi tomado em caso que envolvia a dona de uma casa num conjunto habitacional de

Bauru (SP), aposentada por invalidez desde dezembro de 2007.

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Em caso de separação, cotas de sociedade devem ser divididas pelo valor atual

Na hipótese de separação do casal, as cotas de uma sociedade constituída durante o casamento e da

qual apenas um dos ex-cônjuges seja sócio devem ser divididas pelo valor atual e não pelo valor

histórico da data da ruptura do relacionamento.

A decisão unânime foi da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar recurso

interposto por um médico do Paraná contra a divisão, pelo valor atual, das cotas de sua propriedade em

um hospital criado durante o casamento.

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Menor sob guarda tem direito a receber pensão em caso de morte do tutor

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O menor sob guarda tem direito a receber o benefício de pensão por morte em caso de falecimento de

seu tutor, uma vez que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevalece sobre a Lei Geral da

Previdência Social, segundo decidiu a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última

quarta-feira (7).

De acordo com o entendimento do colegiado, composto pelos 15 ministros mais antigos do STJ, o

direito deve ser assegurado se o falecimento aconteceu após a modificação promovida pela Lei

9.528/97 na Lei 8.213/90.

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STJ analisa primeira suspensão em incidente de resolução de demandas repetitivas

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu neste mês o primeiro caso de suspensão em incidente de

resolução de demandas repetitivas (SIRDR). Com o julgamento da ação – nova classe processual

instituída com a vigência do Código de Processo Civil (CPC) de 2015 –, a corte decidirá sobre a

suspensão em todo o país das ações que tenham objeto idêntico a incidente atualmente em análise

pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).

Com o objetivo de acelerar e uniformizar a solução de demandas de massa, o CPC/15 criou o incidente

de resolução de demandas repetitivas (IRDR), regulado pelos artigos 976 a 987. De acordo com esses

dispositivos, o incidente é cabível no âmbito dos Tribunais de Justiça e Regionais Federais nos casos

de efetiva repetição de processos sobre a mesma questão de direito ou nas situações em que haja

risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

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Fonte: Superior Tribunal de Justiça

Recurso Repetivo STJ*

Terceira Seção define início de prazo para MP e Defensoria após intimação em audiência

O ministro Rogerio Schietti Cruz leva a julgamento nesta quarta-feira (14), na Terceira Seção do Superior

Tribunal de Justiça (STJ), recurso repetitivo que discute se a intimação do Ministério Público realizada

em audiência determina o início da contagem do prazo para recorrer, ou se o período recursal tem início

apenas com a remessa dos autos com vista à instituição. O tema está cadastrado sob o número 959 no

sistema dos repetitivos.

No recurso escolhido como representativo da controvérsia, o Ministério Público Federal (MPF) alegou

que teve vista de processo – cuja sentença absolveu o réu – e apresentou apelação cinco dias depois.

Todavia, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) considerou a apelação intempestiva, por

entender que o MP foi intimado na data da audiência em que foi proferida a sentença, iniciando-se

naquele dia o prazo recursal.

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Plano de auditoria detalha áreas e processos a serem fiscalizados em 2017

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Vencedor do Innovare evita cumprimento de pena além do necessário

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Operação Lava Jato vence o Prêmio Innovare de 2016

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Tribunais aprovam metas para agilizar tramitação processual

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Prazo de prescrição para cobrança de taxa condominial é de cinco anos

Em julgamento de recurso sob o rito dos repetitivos, a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça

(STJ) decidiu que o prazo prescricional a ser aplicado para a cobrança de taxas condominiais é de cinco

anos, nos casos regidos pelo Código Civil de 2002.

Por unanimidade, os ministros aprovaram a tese proposta pelo relator do caso, ministro Luis Felipe

Salomão: “Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que o

condomínio geral ou edilício (horizontal ou vertical) exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial

ordinária ou extraordinária constante em instrumento público ou particular, a contar do dia seguinte ao

vencimento da prestação.”

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Notícias do CNJ*

(*) Os links podem sofrer alterações por serem extraídos de fonte original.

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