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Boletim de Pesquisa 97
e Desenvolvimento ISSN 1676 - 1340 Outubro, 2005
ANLISE DE PARMETROS ANATMICOS DE TRAQUEIDES AXIAIS DAS MADEIRAS DE QUATRO PROCEDNCIAS DE PINUS
Repblica Federativa do Brasil Luiz Incio Lula da Silva Presidente Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento Roberto Rodrigues Ministro Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Conselho de Administrao Luis Carlos Guedes Pinto Presidente Silvio Crestana Vice-Presidente Alexandre Kalil Pires Ernesto Paterniani Helio Tollini Marcelo Barbosa Saintive Membros Diretoria-Executiva da Embrapa Silvio Crestana Diretor Presidente Jos Geraldo Eugnio de Frana Kepler Euclides Filho Tatiana Deane de Abreu S Diretores Executivos Embrapa Recursos Genticos e Bioteconologia Jos Manuel Cabral de Sousa Dias Chefe-Geral Maurcio Antnio Lopes Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Maria Isabel de Oliveira Penteado Chefe-Adjunto de Comunicao e Negcios Maria do Rosrio de Moraes Chefe-Adjunto de Administrao
Recursos Genticos eBiotecnologia ISSN 1676 - 1340
Outubro, 2005
Boletim de Pesquisa
e Desenvolvimento 97
ANLISE DE PARMETROS ANATMICOS DE TRAQUEIDES AXIAIS DAS MADEIRAS DE QUATRO PROCEDNCIAS DE PINUS Mrio Rabelo de Souza Ailton Teixeira do Vale Vicente Vicente Pongitory Gifoni Moura Eliane Aparecida Fiorentini
Braslia, DF 2005
Exemplares desta edio podem ser adquiridos na Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia Servio de Atendimento ao Cidado Parque Estao Biolgica, Av. W/5 Norte (Final) Braslia, DF CEP 70770-900 Caixa Postal 02372 PABX: (61) 3348-4739 Fax: (61) 3340-3666 TUTUTUhttp://www.cenargen.embrapa.brUUUTTT e.mail:[email protected] Comit de Publicaes Presidente: Maria Isabel de Oliveira Penteado Secretrio-Executivo: Maria da Graa Simes Pires Negro Membros: Arthur da Silva Mariante
Maria Alice Bianchi Maria de Ftima Batista Maurcio Machain Franco Regina Maria Dechechi Carneiro Sueli Correa Marques de Mello Vera Tavares de Campos Carneiro
Supervisor editorial: Maria da Graa S. P. Negro Normalizao Bibliogrfica: Maria Iara Pereira Machado Editorao eletrnica: Maria da Graa S. P. Negro
1 edio 1 impresso (2005): A 532 Anlise de parmetros anatmicos de traqueides axiais das madeiras de quatro
procedncias de Pinus / Mrio Rabelo de Souza ... [et. al.]. Braslia, DF : Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, 2005. 21p. - (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Recursos Genticos e
Biotecnologia, ISSN 1676-1340 ; 97) 1. Pinus - Anlise. 2. Traqueides axiais - Parmetros. I. Vicente, Ailton Texeira
do Vale. II. Moura, Vicente Pongitory Gifoni. III. Fiorentini, Eliane Aparecida. IV. Srie.
634.9751 CDD 21
http://www.cenargen.embrapa.br/http://www.cenargen.embrapa.br/http://www.cenargen.embrapa.br/
5
SUMRIO RESUMO..................................................................................................................................6 ABSTRACT..............................................................................................................................8 1 - INTRODUO ....................................................................................................................9 2 - METODOLOGIA ...............................................................................................................10
2.1 - Coleta ...............................................................................................................10 2.2 - Preparo e dissociao das amostras dos traqueides axiais.....................11 2.3 - Mensurao dos traqueides axiais..............................................................11
3. RESULTADOS ...................................................................................................................11 3.1 Anlise das espcies ........................................................................................11 3.2 Variao radial dos parmetros ....................................................................12 3.3 Variao axial dos parmetros......................................................................17
5. DISCUSSO ......................................................................................................................19 6. CONCLUSO.....................................................................................................................20 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................................20
6
ANLISE DE PARMETROS ANATMICOS DE TRAQUEIDES AXIAIS DAS MADEIRAS DE QUATRO PROCEDNCIAS DE PINUS
Mrio Rabelo de Souza1 Ailton Teixeira do Vale Vicente2 Vicente Pongitory Gifoni Moura3 Eliane Aparecida Fiorentini4
RESUMO
O Pinus tecunumanii uma espcie de alto valor econmico, e de grande potencial para ser usado em programas de reflorestamento no Brasil. As caractersticas anatmicas de
sua madeira ainda no so conhecidas e para tanto foi determinado e analisado neste
trabalho o comprimento, o dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede,
de traqueides axiais da madeiras de trs procedncias de Pinus tecunumanii e de uma
procedncia de Pinus caribaea var. hondurensis , espcie mais conhecida no Brasil. As
rvores estudadas tinham 19 anos de idade e as amostras da madeira foram retiradas de
rvores em experimento localizado em Planaltina -, DF, tendo sua madeira ainda
apresentado caractersticas juvenis com leve tendncia de crescimento no comprimento das
traqueides. Nas quatro amostras foram observadas semelhana quanto ao comprimento
das traqueides e sua distribuio ao longo do dimetro da rvore. Os demais parmetros
mostraram diferenas podendo-se separ-las em dois grupos: P. tecunumanii procedncia
de Mount Pine Ridge e Pinus caribaea var hondurensis procedncia de Poptun num extremo
menor e Pinus tecunumanii procedncia de Montebello e de San Jernimo no outro extremo.
Prximo medula a madeira se mostrou de qualidade inferior madeira prximo a casca.
Houve uma tendncia de aumento nos comprimentos dos traqueides axiais nos anis
prximos casca em relao aos anis prximos medula foi observada. Os traqueides
apresentaram o dimetro mximo e o dimetro do lume, em mdia, menores nos anis
1 Laboratrio de Produtos Florestais. IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renovveis. [email protected] 2 Professore do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Braslia. Campus Universitrio Darcy Ribeiro. CEP 70910-900. Braslia-DF. [email protected], 3 Engenheiro Florestal, Dr. Pesquisador da Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia. Parque Estao Biolgica. Final da Av. W5 Norte. CEP: 70.770-900. Braslia-DF. [email protected]. 4 Engenheira Florestal, Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Diviso Madeira da Faber-Castell.. Rua Primeiro de Maio, 61 Centro CEP 13560-911, CP 19 , SoCarlos, SP, Brasil. [email protected]
7
prximos medula em relao aos prximos casca.. Os traqueides apresentaram a
espessura da parede, em mdia, maior nos anis prximos casca. Apesar da idade as
rvores apresentaram caractersticas de madeira juvenil e consequentemente baixa massa
especfica limitando seu uso em grandes estruturas.
8
ABSTRACT O Pinus tecunumanii is a species of high economic value with potential of use in
afforestation programs in Brazil., The anatomical characteristics of its wood are still unknown
and ant therefore in this study it was determined and analyzed the length, maximum diameter,
lumen diameter and thickness of wall of axial tracheids of wood of three provenances of
Pinus tecunumanii e one provenance of Pinus caribaea var. hondurensis , the most known
species of pine in Brazil. The studied trees were 19 years old and wood samples were taken
from a experimental site in Planaltina, Federal District, Brazil; with this age the wood still
presented juvenile characteristics with a light trend in the tracheids length growth.. In four
wood samples t was observed similarities in the length of tracheids and its distribution along
the tree diameter The other studied parameters showed differences that lead to a division in
two groups: P. tecunumanii Mount Pine Ridge provenance together with Pinus caribaea var
hondurensis , Poptun provenances in one minor extreme and Pinus tecunumanii Montebello
and San Jernimo provenances in the other extreme.. Next to pit the wood showed poor
characteristics when compared to the wood next to the bark. There was a trend in the length
increase of axial tracheids in the wood rings next to the bark in relation to the ones next to the
pit. In average the tracheids showed maximum diameter and lumen diameter smaller in the
rings next to the pit in relation to the ones next to the bark while in average the wall thickness
was larger in the rings next to the bark In spite of the age the trees showed juvenile
characteristics of its wood and consequently low specific wood mass that is a limiting factor
for its use in heavy structures.
9
1 - INTRODUO A madeira apresenta variaes em suas caractersticas no sentido horizontal e longitudinal.
Nos primeiros anos de vida da rvore tem-se a formao de um tipo de madeira cujas
variaes so muito acentuadas, chamada de madeira juvenil. A madeira juvenil, em
espcies de reflorestamento, possui caractersticas bastante distintas daquelas apresentadas
em madeira adulta. Observam-se alteraes nas propriedades fsicas e mecnicas, na
composio qumica e nos caracteres anatmicos. Essas caractersticas, embora possam
apresentar vantagem em algum processo industrial, so usualmente relatadas como
indesejveis na maioria das situaes. Vrios estudos tm sido feito no sentido de
caracterizar e delimitar o lenho juvenil e adulto em espcies da famlia Pinaceae, em
particular o gnero Pinus.
O gnero Pinus tem seu centro de origem no Hemisfrio Norte, ocorrendo entre latitudes de
0 a 70 e altitudes de 0 a 3.500 m e existem no mundo mais de 100 espcies pertencentes a
esse gnero e entre elas o Pinus tecunumanii (Schwd) Eguiluz e Perry, o qual no Brasil e em outros pases, vem se destacando nas caractersticas de crescimento, forma do fuste e
densidade da madeira (WRIGHT et al., 1986; WRIGHT, 1987; WRIGHT et al., 1990; WRIGHT, 1990; BIRKS &e BARNES, 1990; e MOURA &e SANTIAGO, 1991;, MOURA e&
DVORAK, 1998; MOURA e& VALE 2002 ). Entretanto os plantios comerciais com essa
espcie ainda so poucos, devido principalmente pequena oferta de sementes e do pouco
conhecimento de suas necessidades silviculturais, principalmente em se tratando de plantios
em grande escala (MOURA et al., 1996).
O Pinus tecunumanii ocorre naturalmente entre as latitudes 13 e 28 N, nas
Montanhas da Amrica Central e do Sul do Mxico. Essa espcie possui alto valor
econmico, atingindo 55 m de altura, com pelo menos 30 m de fuste livre de galhos e at 120
cm de dimetro a altura do peito (DAP). O tronco apresenta forma cilndrica e sua copa
compacta (EGUILUZ-PIEDRA &e PERRY JUNIOR, 1983).
O objetivo deste trabalho foi determinar e analisar o comprimento, o dimetro mximo,
o dimetro do lmen e a espessura da parede, de traqueides axiais de madeiras de trs
procedncias de Pinus tecunumanii e comparativamente com os de uma procedncia de
Pinus caribaea var. hondurensis , espcie mais estudada, e plantada no Brasil, num total de
quatro procedncias.
10
O conhecimento destas caractersticas anatmicas de suma importncia para o
entendimento da massa especfica da madeira, que por sua vez tem influncia nas
propriedades da madeira.
2 - METODOLOGIA 2.1 - Coleta
De experimentos instalados com espcies / procedncias e prognies de Pinus
(Tabela 1) em reas da Embrapa Cerrados em Planaltina - DF, 20 rvores foram
selecionadas para a coleta das amostras.
Tabela 1: Dados geogrficos e de precipitao dos locais de origem das espcies e procedncias de Pinus.plantadas em Planaltina - DF nos anos de 1983, 1984, 1985.
Espcie Procedncia Pas Altitude (m) Latitude Longitude Precipitao* Plantio
P. tecunumanii
Mount Pine Ridge Belize 470-580 16 58 N 89 00W 1688 dez/83
P. tecunumanii San Jernimo Guatemala
1690-2200 15 03N 90 18W 1700 jan/85
P. tecunumanii Montebello Mxico 1660-1750 16 06N 91 45W 1909 jan/85
P caribaea var hondurensis
Poptun Guatemal 470-580 16 21N 89 25W 1688 dez/84
* Mdia anual em mm
De cada rvore foram retirados cinco discos em alturas diferentes. Cada disco foi
codificado com um nmero de trs dgitos, sendo o primeiro nmero referente espcie, o
segundo rvore e o terceiro altura de retirada do disco da rvore. De cada disco foram
retiradas seis amostras na direo medula-casca para mensurao dos traqueides,
numeradas de 1 a 6.
2.2 - Preparo e dissociao das amostras dos traqueides axiais
As amostras de madeira foram cortadas em forma de palitos com dimetros
aproximados de 1mm e comprimento de 10mm e armazenados em pequenos frascos de
vidro. Os fragmentos de madeira (palitos) foram dissociados em conformidade com o mtodo
Franklin (JANE, 1970), com alteraes no modo de uso (FEDALTO et. al 1989), necessrias
11
s condies de laboratrio, utilizando-se uma mistura de cido actico e gua oxigenada
20 vol., em partes iguais. O material foi imerso nessa mistura em frasco de vidro com tampa
de presso e deixados em uma estufa a 60C, durante 48 horas depois lavados e
decantados por trs vezes, e em seguida, corados com safranina e montados em gua.
2.3 - Mensurao dos traqueides axiais Foram mensurados 10 traqueides axiais por campo quanto ao comprimento, o
dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede das espcies de madeiras
de Pinus tecunumanii e Pinus caribaea var. hondurensis. Para evitar constantes ajustes nos
equipamentos, a medio do comprimento no foi tomada no mesmo momento do dimetro,
mas utilizou-se a mesma lmina. Isso porque o comprimento muito maior que o dimetro e
a espessura da parede, requerendo ajuste prprio.
A mensurao dos traqueides axiais foi realizada no Laboratrio de Produtos
Florestais (LPF) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis (IBAMA), com auxlio do software IMAGE-PRO PLUS, Verso 4.5 para Windows.
Para a captura das imagens analisadas foi utilizada uma cmera digital Olympus modelo Q-
color 3 acoplada a um esteroscpio Olympus, modelo SZ40. A espessura da parede celular
foi calculada pela frmula: (D d) / 2 onde: D o dimetro mximo do traqueide axial e d
o dimetro do lmen. A determinao do mnimo, do mximo, da mdia e do desvio padro
foi obtida em planilha de clculo Excel.
3. RESULTADOS
3.1 Anlise das espcies
Analisando a Figura 1A, observa-se que o P. tecunumanii, procedncia de Montebello
se destaca por apresentar o menor comprimento de traqueide (3350m) contra um valor
mximo para o P. Tecunumanii procedncia de Mount Pine Ridge (3777m), apresentando
diferena estatstica entre as espcies/procedncias. O P. caribaea var. hondurensis
procedncia de Poptun e o P. tecunumanii, procedncia de San Jernimo formam um grupo
intermedirio.
A Figura 1B apresenta os valores mdios de dimetro de traqueide, que se situa
entre 52 e 56m, com o P. Tecunumanii, procedncia de Mount Pine Ridge com menor valor
12
e P. tecunumanii, procedncia de Montebello com maior valor. Verifica-se que as espcies
que apresentam as fibras mais longas so tambm as de menor dimetro.
O dimetro do lmen (Figura 1B) segue o mesmo comportamento do dimetro dos
traqueides e tambm pode-se verificar o comportamento da espessura da parede, que
apresenta uma diferena mnima entre as mdias.
3600
3650
3700
3750
3800
3850
3900
Com
prim
ento
(
m)
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR
ProcednciasA
0102030405060
Di
met
ro e
es
pess
ura
(m
)
PTECMB PTECSJ
Procedncias
BDimetro de traqueide Dimetro de lmenEspessura de parede
FIGURA 1 Comprimento de traqueide (A), dimetro de traqueide (B), dimetro de lmen
(B) e espessura de parede (B) das espcies/procedncias de P. tecunumanii, Montebello, P.
caribaea var. hondurensis, Poptun, P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount
Pine Ridge.
3.2 Variao radial dos parmetros
As posies radiais apresentam variaes significativas quanto ao comprimento e de
dimetro de traqueide, dimetro de lmen e espessura de parede. Os traqueides da
madeira prximos medula tm praticamente a metade do comprimento daqueles prximos
casca (Figura 2A). Com o dimetro dos traqueides e o dimetro dos lumens, apesar de
ocorrer um aumento destes parmetros prximos casca, a diferena no to pronunciada
(Figura 2B e 2C), o mesmo acontecendo com a espessura (Figura 2D). Em resumo os
traqueides prximos casca so maiores em comprimento e de dimetro mais espessos.
No foi verificada interao entre altura e posio horizontal, mas foi verificada interao
entre posio horizontal e espcie para os parmetros comprimento e espessura da parede.
13
Na Tabelas 2,3,4 e 5 esto listadas todas as mdias para o comprimento e dimetro
dos traqueides, dimetro do lmen e a espessura da parede de traqueides axiais das
espcies de madeiras estudadas.
A
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECCMPR
Procedncias
Com
prim
ento
de
fibra
(m
)
medula casca
B
0
10
20
30
40
50
60
70
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR
Procedncias
Di
met
ro d
e tr
aque
deo
(m
)
Medula Casca
C
0
510
15202530
354045
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR
Procedncias
Di
met
ro d
o lu
men
(m
)
Medula Casca
D
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPRProcedncias
Espe
ssur
a (
m)
Medula Casca
FIGURA 2 Comprimento (A) e dimetro (B) dos traqueides, dimetro de lmen (C) e espessura de parede (D) em tecidos prximos medula e prximos casca das espcies/procedncias de Pinus: P. tecunumanii, Montebello, P. caribaea, Poptun, P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
14
Tabela 2 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus tecunumanii, Montebello, nas posies: medula e casca.
Valores
Comprimentos dos
traqueides (m)
Dimetros dos traqueides
(m)
Dimetros dos lumes (m)
Espessuras de paredes
(m)
Medula Casca Medula Casca Medula Casca Medula CascaMnimo 1.118 2.590 31,22 31,22 16,46 15,61 2,64 4,36 Mdia 2.114 4.607 51,47 60,31 35,31 38,91 9,09 12,13 Mximo 3.829 7.104 98,75 98,45 81,44 70,59 19,47 23,74
Tabela 3 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus
caribaea, Poptun, nas posies: medula e casca.
Valores
Comprimentos dos
traqueides (m)
Dimetros dos traqueides
(m)
Dimetros dos lumes (m)
Espessuras de paredes
(m)
Medula Casca Medula Casca Medula Casca Medula CascaMnimo 1.147 1.971 24,96 32,18 12,70 18,22 1,95 3,66 Mdia 2.547 4.743 49,20 57,58 32,51 39,20 8,34 9,19 Mximo 4.604 7.507 76,19 99,61 56,39 82,19 15,15 19,04
Tabela 4 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus
tecunumanii, San Jernimo, nas posies: medula e casca.
Valores
Comprimentos dos
traqueides (m)
Dimetros dos traqueides
(m)
Dimetros dos lumes (m)
Espessuras de paredes
(m)
Medula Casca Medula Casca Medula Casca Medula CascaMnimo 1.247 2.783 29,01 31,21 18,55 15,80 1,76 3,20 Mdia 2.782 4.853 51,21 56,46 35,53 37,80 7,86 9,33 Mximo 4.814 7.147 75,35 104,74 58,01 93,54 10,59 17,40
15
Tabela 5 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Valores
Comprimentos dos
traqueides (m)
Dimetros dos traqueides
(m)
Dimetros dos lumes (m)
Espessuras de paredes
(m)
Medula Casca Medula Casca Medula Casca Medula CascaMnimo 1.477 3.125 33,70 34,77 17,19 14,07 3,54 4,58 Mdia 2.685 4.923 48,81 56,52 32,19 36,19 8,31 10,16 Mximo 4.678 7.675 70,35 91,85 55,87 61,90 16,87 27,84
As Figura 3, 4, 5 e 6 mostram a tendncia geral para o comprimento da fibra, o
dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede para cada
espcie/procedncia. Quanto ao comprimento (Figura 3), o comportamento das fibras de
todas as espcies uniforme, com uma tendncia ao crescimento, apesar da idade de 19
anos destas rvores. Normalmente, a maturidade atingida entre 12 e 15 anos para o
gnero Pinus quando observada uma inverso na tendncia de crescimento das fibras.
Entretanto em levantamentos fenlogicos realizados com estas espcies na rea
experimental em estudo, verifica-se que a maturidade do P. tecunumanii mais tardia do que
outras espcies, o que pode explicar essa tendncia.
FIGURA 3 Comprimento do traqueide em funo da posio radial das
espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Tendncia da Mdia Geral
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Medula < Posio > Casca
Com
prim
ento
do
traq
ueoi
de (
m)
Procedncia 1
Procedncia 2
Procedncia 3
Procedncia 4
16
Ao analisar as Figuras 4 e 5 verifica-se a diviso das espcies/procedncias em dois
grupos distintos: um grupo formado por P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii,
Mount Pine Ridge e outro formado por P. tecunumanii, Montebello e P. caribaea, Poptun. O
primeiro grupo apresenta dimetro de traqueide, dimetro de lmen e espessura de parede
estveis, indicando uma maturidade das espcies quanto a estas variveis. As espcies do
segundo grupo, apesar de uniformes, apresentam ainda tendncia ao crescimento.
A Figura 6 apresenta os resultados das espcies para espessura de parede. As
procedncias de Pinus tecunumanii apresentam valores de espessura de parede superiores
ao Pinus caribaea var. hondurensis, com o maior valor para Pinus tecunumanii, Mount Pine
Ridge.
FIGURA 4 Dimetro do traqueide em funo da posio radial das espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Tendncia da Mdia Geral
40
45
50
55
60
65
70
Medula < Posio > Casca
Di
met
ro d
a Fi
bra
(m
)
Procedncia 1
Procedncia 2
Procedncia 3
Procedncia 4
17
FIGURA 5 Dimetro do lmen do traqueide em funo da posio radial das
espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
FIGURA 6 Espessura de parede do traqueide em funo da posio radial das
espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
3.3 Variao axial dos parmetros
A posio vertical na rvore tem uma influncia marcante nos parmetros medidos. A
madeira da base apresenta sistematicamente as fibras mais curtas da rvore, de pouco
dimetro e de espessura de parede mais fina. Ao passo que a madeira da posio central a
mais longa, mas de pouco dimetro e espessura fina. So as fibras mais esbeltas. No foi
verificada interao entre espcie e altura, ou seja, so variveis independentes (Figura 7A,
7B, 7C e 7D).
Tendncia da Mdia Geral
20
25
30
35
40
45
50
Medula < Posio > Casca
Di
met
ro d
o L
men
(
m)
Tendncia da Mdia Geral
6
7
8
9
10
11
12
13
14
M edula < Po sio > C asca
Espe
ssur
a da
Par
ede
(m
)
Procedncia 1
Procedncia 2
Procedncia 3
Procedncia 4
Procedncia 1
Procedncia 2
Procedncia 3
Procedncia 4
18
A
0500
10001500200025003000350040004500
0 25 50 75 100
Procedncias
Com
prim
ento
de
traq
uei
deos
(m
)
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR
B
44
46
48
50
52
54
56
58
60
0 25 50 75 100Procedncias
Di
met
ro d
e tr
aque
ide
s (
m)
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR
C
05
1015202530354045
0 25 50 75 100Procedncias
Di
met
ro d
o l
men
(m
)
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR D
0
2
4
6
8
10
12
0 25 50 75 100Procedncias
Espe
ssur
a de
par
ede
(m
)
PTECMB PCHPT PTECSJ PTECMPR
FIGURA 7 Comprimento de traqueide (A), dimetro de traqueide (B), dimetro de lmen (C) e espessura de parede (D) em funo da posio axial das espcies/procedncias de Pinus: P. tecunumanii, Montebello, P. caribaea, Poptun, P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
A Tabela 3 apresenta as equaes de regresso para o comprimento dos traqueides
em funo da altura das rvores. No foi possvel fazer um ajuste significativo ao nvel de 5%
de probabilidade para dimetro de traqueide, dimetro de lmen e espessura de parede
celular.
19
Tabela 3 Relaes entre o comprimento de traqueide de madeira de Pinus sp de quatro procedncias e a posio axial, com seus respectivos coeficientes de determinao.
Espcie
Procedncia Posio radial Equao R2
Medula CT = 1.733,10 + 126,98P 0,56Pinus tecunumanii Montebello Casca CT = 2.876,88 + 1.399,36P-226,20P2 0,39
Medula CT = 2.004,03 + 171,04P 0,42Pinus caribaea var hondurensis Poptun Casca CT = 4.346,18 + 154,34P 0,43
Medula CT = 1.990,06 + 264,06P 0,70Pinus tecunumanii
San Jernimo Casca No significativo
Medula CT = 2.390 + 86,90P 0,44Pinus tecunumanii
Mount Pine Ridge Casca No significativo
5. Discusso Apesar de j terem 19 anos, as rvores estudadas ainda apresentam algumas
caractersticas de madeira juvenil com leve tendncia de crescimento no comprimento das
fibras. (retirar este pargrafo, ele foi aproveitado na concluso)
As quatro espcies so semelhantes quanto ao comprimento da fibra e sua
distribuio ao longo do dimetro da rvore. Quanto aos demais parmetros, pode-se
separ-las em dois grupos: P. tecunumanii procedncia de Mount Pine Ridge e Pinus
caribaea var hondurensis procedncia de Poptun e num extremo menor e Pinus tecunumanii
procedncia de Montebello e de San Jernimo no outro extremo.
A madeira da base prxima da medula a de menor qualidade na rvore diferindo
muito das demais. Por outro lado, a madeira da parte central da rvore prxima da casca a
de melhor qualidade.
Foi observada uma tendncia de aumento nos comprimentos dos traqueides
axiais nos anis prximos casca (2) em relao aos anis prximos medula (1), ou seja,
os traqueides mais prximos da medula se apresentaram, em mdia, mais curtos do que os
prximos casca.
O comprimento dos traqueides no anel 1 variou de 1.146,68 m a 4.814,05 m e
no anel 2 variou de 1.970,84 m a 7.675,40 m.
Os traqueides apresentaram o dimetro mximo e o dimetro do lume, em
mdia, menores nos anis prximos medula em relao aos prximos casca.
20
Os traqueides apresentaram a espessura da parede, em mdia, maior nos anis
prximos casca.
6. Concluso
As rvores estudadas apresentam algumas caractersticas de madeira juvenil, uma
vez que h uma tendncia de crescimento no comprimento dos traqueides.
As caractersticas anatmicas encontradas indicam que todas as procedncias
possuem madeira de baixa massa especfica, o que limita, em parte, seu uso em estruturas.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BIRKS, J. S.; BARNES, R. D. Provenance variation in P. caribaea, P. oocarpa and P. patula ssp.P. tecunumanii. Oxford: Oxford Forestry Institute, Department of Plant Sciences, University of Oxford, 1990. (Tropical Forestry Papers, 21) EGUILUZ-PIEDRA, T.; PERRY JUNIOR, J. P. P. tecunumanii: Una Espcie Nueva de Guatemala. Cincia Florestal, Santa Maria, Brasil, v. 8, n. 41, p. 3-22, 1983. FEDALTO, L. C.; I. MENDES, C. A.; CORADIN, V. T. R. Madeiras da Amaznia. Descrio do lenho de 40 espcies ocorrentes na Floresta Nacional do Tapajs. Braslia: IBAMA. LPF, 1989 JANE, F. W. The structure of wood. 2. ed. London: Adam & Charles Black, 1970. MOURA, V. P. G.; SANTIAGO, J. Densidade bsica da madeira em espcies de Pinus tropicais determinada atravs de mtodos no destrutivos. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1991. 14p. (EMBRAPA-CPAC: Boletim de Pesquisa, 33). MOURA, V. P. G.; OLIVEIRA, J. B.; REZEK JUNIOR, J. Variabilidade e ganho gentico em prognies de meio-irmos de Pinus patula ssp.P. tecunumanii em Planaltina-DF. In: SIMPSIO SOBRE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS, 4., 1996, Belo Horizonte. Anais... [S.l.]: Sociedade Brasileira para a Valorizao do Meio Ambiente Biosfera, 1996. p. 230-233. MOURA, V. P. G.; PARCA, M. L. S.; SILVA, M. A. Variao da densidade bsica da madeira de espcies e procedncias de Pinus centro-americanos em trs locais na regio dos Cerrados. Boletim de Pesquisa Florestal, Curitiba, n. 22/23, p. 29-44, 1991. MOURA, V. P. G.; DVORAK, W. S. Provenance and family varation of families of P.inus tecunumanii grown un the Brazilian Cerrado. Forest Genetics, Zvolen, Slovakia, v. 5, n. 3, p. 137-145, 1998.
21
MOURA, V. P. G.; VALE, A. T. do. Variabilidade gentica na densidade bsica da madeira de P.inus tecunumanii procedente do Mxico e da Amrica Central, no cerrado. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 62, p. 104-113, 2002. WRIGHT, J. A.; GIBSON, G. L.; BARNES, R. D. Variation in stem volume and wood density of P. caribaea, P. oocarpa and P. patula ssp. tecunumanii in Zambia. Commonwealth Forestry Review, v. 65, n.1, p. 202, 1986. WRIGHT, J. A. Results of micro pulping wood samples of Pinus caribaea, P. elliottii, P. oocarpa and P. patula ssp.P. tecunumanii in the Eastern Transvaal and Zululand. In: SIMPOSIO SOBRE SILVICULTURA Y MEJORAMIENTO GENTICO DE ESPECIES FORESTALES, 1987, Buenos Aires. Anais Buenos Aires, Argentina: CIEF, 1987. Tomo IV, p. 247-256. WRIGHT, J. A.; GIBSON, G. L.; BARNES, R. D. Variation in volume and wood density of eight provenances of Pinus oocarpa and Pinus patula ssp.P. tecunumanii in Conocotto. IPEF, Piracicaba, So Paulo, v. 41, p. 55-57, 1990. WRIGHT, J. A. Variation in wood properties of Pinus oocarpa and Pinus patula ssp.P. tecunumanii at six sites. Silvae Genetica, v. 39, n. 1, p. 1-5, 1990. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BIRKS, J.S; BARNES, R.D. Provenance variation in P. caribaea, P. oocarpa and P. patula ssp.P. tecunumanii. Oxford Forestry Institute-Department of Plant Sciences, University of Oxford, 1990, (Tropical Forestry Papers, 21) EGUILUZ-PIEDRA, T; PERRY, J.P. Jr. P. tecunumanii: Una Espcie Nueva de Guatemala. Cincia Florestal, v. 8, n. 41, p. 3-22, 1983 FEDALTO, L. C.; I. C. A. MENDES & V. T. R. CORADIN.. Madeiras da Amaznia. Descrio do lenho de 40 espcies ocorrentes na Floresta Nacional do. Tapajs. IBAMA. LPF, Braslia. 1989 JANE, F. W. The structure of wood. 2 ed. London, Adam & Charles Black. 1970 MOURA,V.P.G.; SANTIAGO, J. Densidade bsica da madeira em espcies de Pinus tropicais determinada atravs de mtodos no destrutivos. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1991. 14P. (EMBRAPA-CPAC: Boletim de Pesquisa, 33). MOURA, V.P.G.; OLIVEIRA, J.B.; REZEK JUNIOR, J. Variabilidade e ganho gentico em prognies de meio-irmos de Pinus patula ssp.P. tecunumanii em Planaltina-DF. In: SIMPSIO SOBRE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS, 4. 1996. Belo Horizonte. Anais... Sociedade Brasileira para a Valorizao do Meio Ambienbte Biosfera, 1996, p. 230-233. MOURA, V. P. G.; PARCA, M. L. S.; SILVA, M. A. Variao da densidade bsica da madeira de espcies e procedncias de Pinus centro-americanos em trs locais na regio dos Cerrados. Boletim de Pesquisa Florestal n.22/23, p. 29-44, 1991.
22
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ResumoAbstract1.Introduo2.Metodologia2.1.Coleta2.2. Preparo e dissociao das amostras dos traqueides axiais2.3. Mensurao dos traqueides axiais
3.Resultados3.1. Anlise das espcies3.2 .Variao radial dos parmetros3.3. Variao axial dos parmetros
5. Discusso6. ConclusoReferncias Bibliogrficas
Tendncia da Mdia Geral
20
25
30
35
40
45
50
Medula < Posio > Casca
Dimetro do Lmen
(m)
Tendncia da Mdia Geral
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Medula < Posio > Casca
Comprimento do traqueoide
(m)
Boletim de Pesquisa 97
e Desenvolvimento ISSN 1676 - 1340
Outubro, 2005
ANLISE DE PARMETROS ANATMICOS DE TRAQUEIDES AXIAIS DAS MADEIRAS DE QUATRO PROCEDNCIAS DE PINUS
Repblica Federativa do Brasil
Luiz Incio Lula da Silva
Presidente
Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento
Roberto Rodrigues
Ministro
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria
Conselho de Administrao
Luis Carlos Guedes Pinto
Presidente
Silvio Crestana
Vice-Presidente
Alexandre Kalil Pires
Ernesto Paterniani
Helio Tollini
Marcelo Barbosa Saintive
Membros
Diretoria-Executiva da Embrapa
Silvio Crestana
Diretor Presidente
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Kepler Euclides Filho
Tatiana Deane de Abreu S
Diretores Executivos
Embrapa Recursos Genticos e Bioteconologia
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Chefe-Geral
Maurcio Antnio Lopes
Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento
Maria Isabel de Oliveira Penteado
Chefe-Adjunto de Comunicao e Negcios
Maria do Rosrio de Moraes
Chefe-Adjunto de Administrao
Recursos Genticos e
Biotecnologia
ISSN 1676 - 1340
Outubro, 2005
Boletim de Pesquisa
e Desenvolvimento 97
ANLISE DE PARMETROS ANATMICOS DE TRAQUEIDES AXIAIS DAS MADEIRAS DE QUATRO PROCEDNCIAS DE PINUS
Mrio Rabelo de Souza
Ailton Teixeira do Vale Vicente
Vicente Pongitory Gifoni Moura
Eliane Aparecida Fiorentini
Braslia, DF
2005
Exemplares desta edio podem ser adquiridos na
Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia
Servio de Atendimento ao Cidado
Parque Estao Biolgica, Av. W/5 Norte (Final)
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Supervisor editorial: Maria da Graa S. P. Negro
Normalizao Bibliogrfica: Maria Iara Pereira Machado
Editorao eletrnica: Maria da Graa S. P. Negro
1 edio
1 impresso (2005):
A 532 Anlise de parmetros anatmicos de traqueides axiais das madeiras de quatro procedncias de Pinus / Mrio Rabelo de Souza ... [et. al.]. Braslia, DF : Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, 2005.
21p. - (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, ISSN 1676-1340 ; 97)
1. Pinus - Anlise. 2. Traqueides axiais - Parmetros. I. Vicente, Ailton Texeira do Vale. II. Moura, Vicente Pongitory Gifoni. III. Fiorentini, Eliane Aparecida. IV. Srie.
634.9751 CDD 21
SUMRIO
RESUMO6
ABSTRACT8
1 - INTRODUO9
2 - METODOLOGIA10
2.1 - Coleta10
2.2 - Preparo e dissociao das amostras dos traqueides axiais11
2.3 - Mensurao dos traqueides axiais11
3. RESULTADOS11
3.1 Anlise das espcies11
3.2 Variao radial dos parmetros12
3.3 Variao axial dos parmetros17
5. DISCUSSO19
6. CONCLUSO20
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS20
ANLISE DE PARMETROS ANATMICOS DE TRAQUEIDES AXIAIS DAS MADEIRAS DE QUATRO PROCEDNCIAS DE PINUS
Tendncia da Mdia Geral
40
45
50
55
60
65
70
Medula < Posio > Casca
Dimetro da Fibra (m)
Mrio Rabelo de Souza
Ailton Teixeira do Vale Vicente
Vicente Pongitory Gifoni Moura
Eliane Aparecida Fiorentini
RESUMO XE "RESUMO"
O Pinus tecunumanii uma espcie de alto valor econmico, e de grande potencial para ser usado em programas de reflorestamento no Brasil. As caractersticas anatmicas de sua madeira ainda no so conhecidas e para tanto foi determinado e analisado neste trabalho o comprimento, o dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede, de traqueides axiais da madeiras de trs procedncias de Pinus tecunumanii e de uma procedncia de Pinus caribaea var. hondurensis , espcie mais conhecida no Brasil. As rvores estudadas tinham 19 anos de idade e as amostras da madeira foram retiradas de rvores em experimento localizado em Planaltina -, DF, tendo sua madeira ainda apresentado caractersticas juvenis com leve tendncia de crescimento no comprimento das traqueides. Nas quatro amostras foram observadas semelhana quanto ao comprimento das traqueides e sua distribuio ao longo do dimetro da rvore. Os demais parmetros mostraram diferenas podendo-se separ-las em dois grupos: P. tecunumanii procedncia de Mount Pine Ridge e Pinus caribaea var hondurensis procedncia de Poptun num extremo menor e Pinus tecunumanii procedncia de Montebello e de San Jernimo no outro extremo. Prximo medula a madeira se mostrou de qualidade inferior madeira prximo a casca. Houve uma tendncia de aumento nos comprimentos dos traqueides axiais nos anis prximos casca em relao aos anis prximos medula foi observada. Os traqueides apresentaram o dimetro mximo e o dimetro do lume, em mdia, menores nos anis prximos medula em relao aos prximos casca.. Os traqueides apresentaram a espessura da parede, em mdia, maior nos anis prximos casca. Apesar da idade as rvores apresentaram caractersticas de madeira juvenil e consequentemente baixa massa especfica limitando seu uso em grandes estruturas.
ABSTRACT XE "ABSTRACT"
O Pinus tecunumanii is a species of high economic value with potential of use in afforestation programs in Brazil., The anatomical characteristics of its wood are still unknown and ant therefore in this study it was determined and analyzed the length, maximum diameter, lumen diameter and thickness of wall of axial tracheids of wood of three provenances of Pinus tecunumanii e one provenance of Pinus caribaea var. hondurensis , the most known species of pine in Brazil. The studied trees were 19 years old and wood samples were taken from a experimental site in Planaltina, Federal District, Brazil; with this age the wood still presented juvenile characteristics with a light trend in the tracheids length growth.. In four wood samples t was observed similarities in the length of tracheids and its distribution along the tree diameter The other studied parameters showed differences that lead to a division in two groups: P. tecunumanii Mount Pine Ridge provenance together with Pinus caribaea var hondurensis , Poptun provenances in one minor extreme and Pinus tecunumanii Montebello and San Jernimo provenances in the other extreme.. Next to pit the wood showed poor characteristics when compared to the wood next to the bark. There was a trend in the length increase of axial tracheids in the wood rings next to the bark in relation to the ones next to the pit. In average the tracheids showed maximum diameter and lumen diameter smaller in the rings next to the pit in relation to the ones next to the bark while in average the wall thickness was larger in the rings next to the bark In spite of the age the trees showed juvenile characteristics of its wood and consequently low specific wood mass that is a limiting factor for its use in heavy structures.
1 - INTRODUO XE "1 - INTRODUO"
A madeira apresenta variaes em suas caractersticas no sentido horizontal e longitudinal. Nos primeiros anos de vida da rvore tem-se a formao de um tipo de madeira cujas variaes so muito acentuadas, chamada de madeira juvenil. A madeira juvenil, em espcies de reflorestamento, possui caractersticas bastante distintas daquelas apresentadas em madeira adulta. Observam-se alteraes nas propriedades fsicas e mecnicas, na composio qumica e nos caracteres anatmicos. Essas caractersticas, embora possam apresentar vantagem em algum processo industrial, so usualmente relatadas como indesejveis na maioria das situaes. Vrios estudos tm sido feito no sentido de caracterizar e delimitar o lenho juvenil e adulto em espcies da famlia Pinaceae, em particular o gnero Pinus.
O gnero Pinus tem seu centro de origem no Hemisfrio Norte, ocorrendo entre latitudes de 0 a 70 e altitudes de 0 a 3.500 m e existem no mundo mais de 100 espcies pertencentes a esse gnero e entre elas o Pinus tecunumanii (Schwd) Eguiluz e Perry, o qual no Brasil e em outros pases, vem se destacando nas caractersticas de crescimento, forma do fuste e densidade da madeira (WRIGHT et al., 1986; WRIGHT, 1987; WRIGHT et al., 1990; WRIGHT, 1990; BIRKS e BARNES, 1990; MOURA e SANTIAGO, 1991; MOURA e DVORAK, 1998; MOURA e VALE 2002). Entretanto os plantios comerciais com essa espcie ainda so poucos, devido principalmente pequena oferta de sementes e do pouco conhecimento de suas necessidades silviculturais, principalmente em se tratando de plantios em grande escala (MOURA et al., 1996).
O Pinus tecunumanii ocorre naturalmente entre as latitudes 13( e 28( N, nas Montanhas da Amrica Central e do Sul do Mxico. Essa espcie possui alto valor econmico, atingindo 55 m de altura, com pelo menos 30 m de fuste livre de galhos e at 120 cm de dimetro a altura do peito (DAP). O tronco apresenta forma cilndrica e sua copa compacta (EGUILUZ-PIEDRA e PERRY JUNIOR, 1983).
O objetivo deste trabalho foi determinar e analisar o comprimento, o dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede, de traqueides axiais de madeiras de trs procedncias de Pinus tecunumanii e comparativamente com os de uma procedncia de Pinus caribaea var. hondurensis , espcie mais estudada, e plantada no Brasil, num total de quatro procedncias.
O conhecimento destas caractersticas anatmicas de suma importncia para o entendimento da massa especfica da madeira, que por sua vez tem influncia nas propriedades da madeira.
2 - METODOLOGIA XE "2 - METODOLOGIA"
2.1 - Coleta XE "2.1 - Coleta"
De experimentos instalados com espcies / procedncias e prognies de Pinus (Tabela 1) em reas da Embrapa Cerrados em Planaltina - DF, 20 rvores foram selecionadas para a coleta das amostras.
Tabela 1: Dados geogrficos e de precipitao dos locais de origem das espcies e procedncias de Pinus.plantadas em Planaltina - DF nos anos de 1983, 1984, 1985.
Espcie
Procedncia
Pas
Altitude (m)
Latitude
Longitude
Precipitao*
Plantio
P. tecunumanii
Mount Pine Ridge
Belize
470-580
16 58N
89 00W
1688
dez/83
P. tecunumanii
San Jernimo
Guatemala
1690-2200
15 03N
90 18W
1700
jan/85
P. tecunumanii
Montebello
Mxico
1660-1750
16 06N
91 45W
1909
jan/85
P caribaea var hondurensis
Poptun
Guatemal
470-580
16 21N
89 25W
1688
dez/84
* Mdia anual em mm
De cada rvore foram retirados cinco discos em alturas diferentes. Cada disco foi codificado com um nmero de trs dgitos, sendo o primeiro nmero referente espcie, o segundo rvore e o terceiro altura de retirada do disco da rvore. De cada disco foram retiradas seis amostras na direo medula-casca para mensurao dos traqueides, numeradas de 1 a 6.
2.2 - Preparo e dissociao das amostras dos traqueides axiais XE "2.2 - Preparo e dissociao das amostras dos traqueides axiais"
As amostras de madeira foram cortadas em forma de palitos com dimetros aproximados de 1mm e comprimento de 10mm e armazenados em pequenos frascos de vidro. Os fragmentos de madeira (palitos) foram dissociados em conformidade com o mtodo Franklin (JANE, 1970), com alteraes no modo de uso (FEDALTO et. al 1989), necessrias s condies de laboratrio, utilizando-se uma mistura de cido actico e gua oxigenada 20 vol., em partes iguais. O material foi imerso nessa mistura em frasco de vidro com tampa de presso e deixados em uma estufa a 60C, durante 48 horas depois lavados e decantados por trs vezes, e em seguida, corados com safranina e montados em gua.
2.3 - Mensurao dos traqueides axiais XE "2.3 - Mensurao dos traqueides axiais"
Foram mensurados 10 traqueides axiais por campo quanto ao comprimento, o dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede das espcies de madeiras de Pinus tecunumanii e Pinus caribaea var. hondurensis. Para evitar constantes ajustes nos equipamentos, a medio do comprimento no foi tomada no mesmo momento do dimetro, mas utilizou-se a mesma lmina. Isso porque o comprimento muito maior que o dimetro e a espessura da parede, requerendo ajuste prprio.
A mensurao dos traqueides axiais foi realizada no Laboratrio de Produtos Florestais (LPF) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), com auxlio do software IMAGE-PRO PLUS, Verso 4.5 para Windows. Para a captura das imagens analisadas foi utilizada uma cmera digital Olympus modelo Q-color 3 acoplada a um esteroscpio Olympus, modelo SZ40. A espessura da parede celular foi calculada pela frmula: (D d) / 2 onde: D o dimetro mximo do traqueide axial e d o dimetro do lmen. A determinao do mnimo, do mximo, da mdia e do desvio padro foi obtida em planilha de clculo Excel.
3. RESULTADOS XE "3. RESULTADOS"
3.1 Anlise das espcies XE "3.1 Anlise das espcies"
Analisando a Figura 1A, observa-se que o P. tecunumanii, procedncia de Montebello se destaca por apresentar o menor comprimento de traqueide (3350(m) contra um valor mximo para o P. Tecunumanii procedncia de Mount Pine Ridge (3777(m), apresentando diferena estatstica entre as espcies/procedncias. O P. caribaea var. hondurensis procedncia de Poptun e o P. tecunumanii, procedncia de San Jernimo formam um grupo intermedirio.
A Figura 1B apresenta os valores mdios de dimetro de traqueide, que se situa entre 52 e 56(m, com o P. Tecunumanii, procedncia de Mount Pine Ridge com menor valor e P. tecunumanii, procedncia de Montebello com maior valor. Verifica-se que as espcies que apresentam as fibras mais longas so tambm as de menor dimetro.
O dimetro do lmen (Figura 1B) segue o mesmo comportamento do dimetro dos traqueides e tambm pode-se verificar o comportamento da espessura da parede, que apresenta uma diferena mnima entre as mdias.
3600
3650
3700
3750
3800
3850
3900
Comprimento
(m)
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
Procedncias
A
0
10
20
30
40
50
60
Dimetro e
espessura (m)
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
Procedncias
B
Dimetro de traqueide
Dimetro de lmen
Espessura de parede
FIGURA 1 Comprimento de traqueide (A), dimetro de traqueide (B), dimetro de lmen (B) e espessura de parede (B) das espcies/procedncias de P. tecunumanii, Montebello, P. caribaea var. hondurensis, Poptun, P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
3.2 Variao radial dos parmetros XE "3.2 Variao radial dos parmetros"
As posies radiais apresentam variaes significativas quanto ao comprimento e de dimetro de traqueide, dimetro de lmen e espessura de parede. Os traqueides da madeira prximos medula tm praticamente a metade do comprimento daqueles prximos casca (Figura 2A). Com o dimetro dos traqueides e o dimetro dos lumens, apesar de ocorrer um aumento destes parmetros prximos casca, a diferena no to pronunciada (Figura 2B e 2C), o mesmo acontecendo com a espessura (Figura 2D). Em resumo os traqueides prximos casca so maiores em comprimento e de dimetro mais espessos. No foi verificada interao entre altura e posio horizontal, mas foi verificada interao entre posio horizontal e espcie para os parmetros comprimento e espessura da parede.
Na Tabelas 2,3,4 e 5 esto listadas todas as mdias para o comprimento e dimetro dos traqueides, dimetro do lmen e a espessura da parede de traqueides axiais das espcies de madeiras estudadas.
A
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECCMPR
Procedncias
Comprimento de fibra
(m)
medula
casca
B
0
10
20
30
40
50
60
70
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
Procedncias
Dimetro de traquedeo
(m)
Medula
Casca
C
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
Procedncias
Dimetro do lumen (
m)
Medula
Casca
D
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
Procedncias
Espessura (m)
Medula
Casca
FIGURA 2 Comprimento (A) e dimetro (B) dos traqueides, dimetro de lmen (C) e espessura de parede (D) em tecidos prximos medula e prximos casca das espcies/procedncias de Pinus: P. tecunumanii, Montebello, P. caribaea, Poptun, P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Tabela 2 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus tecunumanii, Montebello, nas posies: medula e casca.
Valores
Comprimentos dos traqueides
((m)
Dimetros dos traqueides
((m)
Dimetros dos lumes
((m)
Espessuras de paredes
((m)
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Mnimo
1.118
2.590
31,22
31,22
16,46
15,61
2,64
4,36
Mdia
2.114
4.607
51,47
60,31
35,31
38,91
9,09
12,13
Mximo
3.829
7.104
98,75
98,45
81,44
70,59
19,47
23,74
Tabela 3 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus caribaea, Poptun, nas posies: medula e casca.
Valores
Comprimentos dos traqueides
((m)
Dimetros dos traqueides
((m)
Dimetros dos lumes
((m)
Espessuras de paredes
((m)
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Mnimo
1.147
1.971
24,96
32,18
12,70
18,22
1,95
3,66
Mdia
2.547
4.743
49,20
57,58
32,51
39,20
8,34
9,19
Mximo
4.604
7.507
76,19
99,61
56,39
82,19
15,15
19,04
Tabela 4 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus tecunumanii, San Jernimo, nas posies: medula e casca.
Valores
Comprimentos dos traqueides
((m)
Dimetros dos traqueides
((m)
Dimetros dos lumes
((m)
Espessuras de paredes
((m)
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Mnimo
1.247
2.783
29,01
31,21
18,55
15,80
1,76
3,20
Mdia
2.782
4.853
51,21
56,46
35,53
37,80
7,86
9,33
Mximo
4.814
7.147
75,35
104,74
58,01
93,54
10,59
17,40
Tabela 5 - Valores mnimos e mximos encontrados para os traqueides axiais de Pinus tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Valores
Comprimentos dos traqueides
((m)
Dimetros dos traqueides
((m)
Dimetros dos lumes
((m)
Espessuras de paredes
((m)
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Medula
Casca
Mnimo
1.477
3.125
33,70
34,77
17,19
14,07
3,54
4,58
Mdia
2.685
4.923
48,81
56,52
32,19
36,19
8,31
10,16
Mximo
4.678
7.675
70,35
91,85
55,87
61,90
16,87
27,84
As Figura 3, 4, 5 e 6 mostram a tendncia geral para o comprimento da fibra, o dimetro mximo, o dimetro do lmen e a espessura da parede para cada espcie/procedncia. Quanto ao comprimento (Figura 3), o comportamento das fibras de todas as espcies uniforme, com uma tendncia ao crescimento, apesar da idade de 19 anos destas rvores. Normalmente, a maturidade atingida entre 12 e 15 anos para o gnero Pinus quando observada uma inverso na tendncia de crescimento das fibras. Entretanto em levantamentos fenlogicos realizados com estas espcies na rea experimental em estudo, verifica-se que a maturidade do P. tecunumanii mais tardia do que outras espcies, o que pode explicar essa tendncia.
Tendncia da Mdia Geral
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Medula < Posio > Casca
Espessura da Parede
(m)
FIGURA 3 Comprimento do traqueide em funo da posio radial das espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Ao analisar as Figuras 4 e 5 verifica-se a diviso das espcies/procedncias em dois grupos distintos: um grupo formado por P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount Pine Ridge e outro formado por P. tecunumanii, Montebello e P. caribaea, Poptun. O primeiro grupo apresenta dimetro de traqueide, dimetro de lmen e espessura de parede estveis, indicando uma maturidade das espcies quanto a estas variveis. As espcies do segundo grupo, apesar de uniformes, apresentam ainda tendncia ao crescimento.
A Figura 6 apresenta os resultados das espcies para espessura de parede. As procedncias de Pinus tecunumanii apresentam valores de espessura de parede superiores ao Pinus caribaea var. hondurensis, com o maior valor para Pinus tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Tendncia da Mdia Geral
40
45
50
55
60
65
70
Medula < Posio > Casca
Dimetro da Fibra (m)
Tendncia da Mdia Geral
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Medula < Posio > Casca
Comprimento do traqueoide
(m)
FIGURA 4 Dimetro do traqueide em funo da posio radial das espcies/procedncias de Pinus
1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
Tendncia da Mdia Geral
20
25
30
35
40
45
50
Medula < Posio > Casca
Dimetro do Lmen
(m)
Tendncia da Mdia Geral
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Medula < Posio > Casca
Espessura da Parede
(m)
FIGURA 5 Dimetro do lmen do traqueide em funo da posio radial das espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
FIGURA 6 Espessura de parede do traqueide em funo da posio radial das espcies/procedncias de Pinus 1 P. tecunumanii, Montebello, 2 - P. caribaea, Poptun, 3 - P. tecunumanii, San Jernimo e 4 - P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
3.3 Variao axial dos parmetros XE "3.3 Variao axial dos parmetros"
A posio vertical na rvore tem uma influncia marcante nos parmetros medidos. A madeira da base apresenta sistematicamente as fibras mais curtas da rvore, de pouco dimetro e de espessura de parede mais fina. Ao passo que a madeira da posio central a mais longa, mas de pouco dimetro e espessura fina. So as fibras mais esbeltas. No foi verificada interao entre espcie e altura, ou seja, so variveis independentes (Figura 7A, 7B, 7C e 7D).
A
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
0
25
50
75
100
Procedncias
Comprimento de
traqueideos (
m)
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
B
44
46
48
50
52
54
56
58
60
0
25
50
75
100
Procedncias
Dimetro de
traqueides (
m)
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
C
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0
25
50
75
100
Procedncias
Dimetro do lmen (
m)
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
D
0
2
4
6
8
10
12
0
25
50
75
100
Procedncias
Espessura de parede
(m)
PTECMB
PCHPT
PTECSJ
PTECMPR
FIGURA 7 Comprimento de traqueide (A), dimetro de traqueide (B), dimetro de lmen (C) e espessura de parede (D) em funo da posio axial das espcies/procedncias de Pinus: P. tecunumanii, Montebello, P. caribaea, Poptun, P. tecunumanii, San Jernimo e P. tecunumanii, Mount Pine Ridge.
A Tabela 3 apresenta as equaes de regresso para o comprimento dos traqueides em funo da altura das rvores. No foi possvel fazer um ajuste significativo ao nvel de 5% de probabilidade para dimetro de traqueide, dimetro de lmen e espessura de parede celular.
Tabela 3 Relaes entre o comprimento de traqueide de madeira de Pinus sp de quatro procedncias e a posio axial, com seus respectivos coeficientes de determinao.
Espcie
Procedncia
Posio radial
Equao
R2
Pinus tecunumanii
Montebello
Medula
CT = 1.733,10 + 126,98P
0,56
Casca
CT = 2.876,88 + 1.399,36P-226,20P2
0,39
Pinus caribaea var hondurensis
Poptun
Medula
CT = 2.004,03 + 171,04P
0,42
Casca
CT = 4.346,18 + 154,34P
0,43
Pinus tecunumanii
San Jernimo
Medula
CT = 1.990,06 + 264,06P
0,70
Casca
No significativo
Pinus tecunumanii
Mount Pine Ridge
Medula
CT = 2.390 + 86,90P
0,44
Casca
No significativo
5. Discusso XE "5. Discusso"
Apesar de j terem 19 anos, as rvores estudadas ainda apresentam algumas caractersticas de madeira juvenil com leve tendncia de crescimento no comprimento das fibras. (retirar este pargrafo, ele foi aproveitado na concluso)
As quatro espcies so semelhantes quanto ao comprimento da fibra e sua distribuio ao longo do dimetro da rvore. Quanto aos demais parmetros, pode-se separ-las em dois grupos: P. tecunumanii procedncia de Mount Pine Ridge e Pinus caribaea var hondurensis procedncia de Poptun e num extremo menor e Pinus tecunumanii procedncia de Montebello e de San Jernimo no outro extremo.
A madeira da base prxima da medula a de menor qualidade na rvore diferindo muito das demais. Por outro lado, a madeira da parte central da rvore prxima da casca a de melhor qualidade.
Foi observada uma tendncia de aumento nos comprimentos dos traqueides axiais nos anis prximos casca (2) em relao aos anis prximos medula (1), ou seja, os traqueides mais prximos da medula se apresentaram, em mdia, mais curtos do que os prximos casca.
O comprimento dos traqueides no anel 1 variou de 1.146,68 (m a 4.814,05 (m e no anel 2 variou de 1.970,84 (m a 7.675,40 (m.
Os traqueides apresentaram o dimetro mximo e o dimetro do lume, em mdia, menores nos anis prximos medula em relao aos prximos casca.
Os traqueides apresentaram a espessura da parede, em mdia, maior nos anis prximos casca.
6. Concluso XE "6. Concluso"
As rvores estudadas apresentam algumas caractersticas de madeira juvenil, uma vez que h uma tendncia de crescimento no comprimento dos traqueides.
As caractersticas anatmicas encontradas indicam que todas as procedncias possuem madeira de baixa massa especfica, o que limita, em parte, seu uso em estruturas.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
XE "REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS"
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FEDALTO, L. C.; I. MENDES, C. A.; CORADIN, V. T. R. Madeiras da Amaznia. Descrio do lenho de 40 espcies ocorrentes na Floresta Nacional do Tapajs. Braslia: IBAMA. LPF, 1989
JANE, F. W. The structure of wood. 2. ed. London: Adam & Charles Black, 1970.
MOURA, V. P. G.; SANTIAGO, J. Densidade bsica da madeira em espcies de Pinus tropicais determinada atravs de mtodos no destrutivos. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1991. 14p. (EMBRAPA-CPAC: Boletim de Pesquisa, 33).
MOURA, V. P. G.; OLIVEIRA, J. B.; REZEK JUNIOR, J. Variabilidade e ganho gentico em prognies de meio-irmos de Pinus patula ssp.P. tecunumanii em Planaltina-DF. In: SIMPSIO SOBRE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS, 4., 1996, Belo Horizonte. Anais... [S.l.]: Sociedade Brasileira para a Valorizao do Meio Ambiente Biosfera, 1996. p. 230-233.
MOURA, V. P. G.; PARCA, M. L. S.; SILVA, M. A. Variao da densidade bsica da madeira de espcies e procedncias de Pinus centro-americanos em trs locais na regio dos Cerrados. Boletim de Pesquisa Florestal, Curitiba, n. 22/23, p. 29-44, 1991.
MOURA, V. P. G.; DVORAK, W. S. Provenance and family varation of families of P.inus tecunumanii grown un the Brazilian Cerrado. Forest Genetics, Zvolen, Slovakia, v. 5, n. 3, p. 137-145, 1998.
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EMBED Excel.Chart.8 \s
EMBED Excel.Chart.8 \s
EMBED Excel.Chart.8 \s
EMBED Excel.Chart.8 \s
Procedncia 1
Procedncia 2
Procedncia 3
Procedncia 4
Procedncia 4
Procedncia 3
Procedncia 2
Procedncia 1
Procedncia 4
Procedncia 3
Procedncia 2
Procedncia 1
Procedncia 4
Procedncia 3
Procedncia 2
Procedncia 1
Laboratrio de Produtos Florestais. IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renovveis. HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected]
Professore do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Braslia. Campus Universitrio Darcy Ribeiro. CEP 70910-900. Braslia-DF. HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected],
Engenheiro Florestal, Dr. Pesquisador da Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia. Parque Estao Biolgica. Final da Av. W5 Norte. CEP: 70.770-900. Braslia-DF. HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected].
Engenheira Florestal, Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Diviso Madeira da Faber-Castell.. Rua Primeiro de Maio, 61 Centro CEP 13560-911, CP 19 , SoCarlos, SP, Brasil. HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected]
PAGE
5
_1205734714.xls
Grf4
PTECMBPTECMBPTECMB
PCHPTPCHPTPCHPT
PTECSJPTECSJPTECSJ
PTECMPRPTECMPRPTECMPR
Dimetro de traqueide
Dimetro de lmen
Espessura de parede
Procedncias
Dimetro e espessura (m)
B
55.752
36.524
9.44
53.124
35.808
8.468
53.634
36.54
8.5345
52.2546666667
33.8426666667
9.076
Proc1234
Precedncia: 1 - Monte Bello; 2 - Pop tum; 3 - San Jernimo; 4 - Mt. Pine Redge
Nmero de vore: 1,2,3,4,e 5
Nmero de disco: 1(base); 2(25%); 3(50%); 4(75%) e 5(topo)
Posio radial: 1 - medula; 2 - casca
CF - comprimento da fibra; DF - dimetro da fibra; DL - Dimetro do lmem e EP - espessura de parede
ProcednciaN rvoreN do discoPosioCFDFDLEPDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
mmmmg/cm3g/cm3g/cm3%%%%%
1111187347.229.290.330.860.351.663.760.55.832.26
1112363956.43510.70.461.090.524.878.020.212.671.65
112120214326.48.30.30.790.322.983.50.66.931.18
1122443260.345.47.40.441.040.493.946.75--1.71
1131204852.130.310.90.290.90.322.283.680.26.061.61
1132462348.836.860.390.930.443.224.90.28.151.52
1141219265.735.215.20.380.990.42.893.430.66.781.19
114247006240.210.90.310.860.333.746.40.310.171.71
1151235950.929.710.60.330.840.351.734.13--2.39
1152407255.939.38.30.380.990.423.25.730.258.981.79
121122515238.46.80.351.060.372.486.830.39.412.75
1212451855.73211.80.441.110.493.368.090.311.442.41
1221201557.241.18.10.311.090.332.443.950.26.481.62
1222532464.53912.80.461.110.523.268.330.411.682.55
1231221158.741.57.70.291.080.322.295.850.68.562.56
1232565254.438.18.20.41.090.442.84.680.47.721.67
1241221651.735.38.20.291.090.313.286.140.29.411.87
1242515165.446.49.50.421.10.474.126.170.310.31.5
1251242256.537.39.60.331.090.352.815.470.48.51.95
1252453341.223.98.60.511.110.541.413.80.55.632.7
1311133651.233.78.80.341.080.362.263.680.86.61.63
1312333154.633.910.30.481.120.542.766.90.49.832.49
1321210153.73111.30.320.950.342.275.160.88.052.28
1322397477.641.8140.431.110.484.027.60.511.751.89
1331207847.1327.50.30.970.321.292.20.64.041.71
1332544976.950.99.20.361.090.393.587.640.411.292.13
1341205450.3338.60.321.060.341.484.40.15.92.97
1342519960.939.810.50.391.110.433.077.540.210.562.45
1351239254.838.28.30.331.090.362.616.080.58.992.33
1352367069.24114.10.371.090.412.457.060.29.522.87
1411156146.635.65.50.381.110.422.284.890.77.712.14
1412407352.629.411.60.521.10.594.217.030.2511.171.67
1421287149.134.27.40.310.960.342.145.84--2.73
142247357343.414.80.471.10.533.282.940.36.40.9
1431194251.236.27.50.31.080.312.485.880.48.582.37
1432426753.833.310.20.381.10.411.632.960.55.011.81
1441199046.629.78.50.331.060.351.834.690.56.92.57
1442470053.936.78.60.391.090.433.484.910.58.681.41
1451231949.935.47.30.331.080.353.484.910.48.591.41
1452368956.640.38.10.41.090.442.395.830.358.392.44
1511201843.628.97.30.410.930.432.33.030.555.781.32
1512489265.246.19.50.511.140.584.447.390.2511.721.67
1521168248.835.46.70.350.930.372.053.420.35.681.67
1522493350.227.111.50.441.130.53.857.430.211.171.93
1531198055.738.78.50.340.920.372.783.90.256.811.4
1532535668.250.98.70.421.110.473.446.580.2510.011.91
1541215744.833.15.90.391.050.411.643.180.755.481.93
1542478063.343.69.90.411.120.452.246.140.48.612.75
1551276254.63410.30.351.070.371.894.49--2.38
155249776438.412.80.381.080.412.635.210.37.971.98
ProcednciaN rvoreN do discoPosioComprimentoDimetroLmenParedeDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
2111148846.734.95.90.321.110.341.654.010.696.252.43
2112390664.246.68.80.471.130.523.958.560.412.522.17
2121211446.633.76.50.331.10.353.116.390.49.672.05
2122512855.64240.451.130.53.288.350.211.542.55
2131204142.632.750.311.080.332.84.390.37.351.57
2132533759.634.812.40.441.120.483.898.910.412.82.29
2141244942.927.67.70.311.090.342.184.410.36.772.03
214251466854.82.50.431.120.473.528.620.212.022.45
2151208550.337.66.30.341.090.372.454.020.16.471.64
2152505949.125.811.70.391.110.443.67.190.110.622
2211179045.832.16.90.361.110.394.014.470.78.941.11
2212417064.246.68.80.481.120.533.23.740.87.571.17
2221250849.734.27.80.350.980.382.645.930.58.872.24
2222531665.646.29.70.41.110.442.997.30.410.432.44
2231256259.236.311.40.341.040.363.176.630.49.962.09
2232494258.539.89.40.361.10.42.485.390.38.012.17
2241247556.341.57.40.321.060.342.734.930.47.891.81
2242462457.946.15.90.371.080.42.525.490.38.152.18
2251305644.725.49.70.411.090.452.874.980.37.981.74
2252489049.128.410.40.391.10.433.115.940.18.951.91
2311346152.834.890.431.130.462.984.320.457.581.45
2312455753.637.28.20.51.120.562.987.330.310.362.46
2321271450.230.3100.351.080.373.285.350.28.641.63
2322500652.735.88.50.421.110.464.97.330.412.231.5
2331307954.432.910.80.341.10.362.983.920.67.341.32
2332394768.352.44.50.471.130.523.766.420.210.121.71
2341329055.335.99.70.351.110.371.893.760.35.861.99
2342574469.953.88.10.411.10.453.575.950.29.491.67
2351337455.832.511.60.361.090.393.044.49--1.48
2352536654.135.59.30.421.110.453.195.23--1.64
241114684832.97.60.421.130.452.634.880.758.081.86
2412412745.93270.561.210.65.237.320.512.61.4
2421249549.134.77.20.371.090.45.237.320.612.691.4
2422479261.644.38.70.461.140.514.647.820.312.361.69
2431231743.825.39.20.41.080.432.015.160.77.722.56
2432515262.842.510.10.461.130.514.527.880.212.221.75
2441260148.5328.30.371.090.42.635.130.157.771.95
2442448064.347.28.50.471.140.523.855.720.29.531.49
2451285636.420.97.70.441.110.493.766.22--1.65
245250264528.38.30.481.140.544.336.5--1.5
2511159348.933.47.80.381.110.423.25.150.158.321.61
2512409250.833.28.80.581.160.645.437.690.212.881.42
252132825940.29.40.391.10.433.166.420.29.552.03
2522538151.928.811.50.561.150.6358.370.313.221.67
2531263352.335.88.20.391.10.413.476.360.29.791.83
2532476643.923.9100.461.130.524.417.350.211.611.67
2541.40.924.38.30.431.110.473.857.370.311.211.91
2542418450.129.210.50.491.130.544.516.110.1510.471.35
2551251049.531.19.20.471.130.514.14.530.18.541.11
2552509259.842.28.80.471.110.523.865.510.19.241.43
ProcednciaN rvoreN do discoPosioComprimentoDimetroLmenParedeDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
3111308146.835.35.70.360.680.382.133.530.395.951.65
3112465441.426.37.60.381.040.422.865.580.348.61.95
3121282441.8267.90.310.610.331.82.670.544.951.48
3122517157.340.78.30.350.90.382.876.020.28.892.1
3131274747.730.58.60.310.680.342.4540.36.641.64
3132493448.533.37.60.370.970.43.376.810.210.132.02
3141258641.731.750.30.710.322.544.120.46.921.62
3142559053.93690.361.060.43.035.97--1.97
3151269745.231.86.70.330.830.351.882.550.44.761.35
3152437148.334.96.70.321.010.352.614.890.17.471.87
3211218347.3346.70.390.950.414.264.40.58.931.03
3212354453.237.47.90.461.10.53.294.40.27.731.34
3221263056.840.58.20.380.780.43.293.960.57.591.2
3222495448.430.880.421.070.473.816.630.310.461.74
3231258249.436.16.70.410.930.452.474.010.456.81.63
3232512056.541.27.60.411.070.452.216.30.18.462.84
3241293657.940.48.70.310.820.332.315.650.38.112.44
3242480867.849.59.10.391.050.423.984.940.38.991.24
3251362155.8388.90.310.780.331.472.810.154.381.91
3252457259.736.311.70.3910.422.794.90.27.741.76
3311235353.338.67.30.30.980.311.973.690.76.251.87
3312457859.441.36.10.471.110.524.587.540.211.961.65
3321230847.529.690.320.980.352.944.690.47.861.6
3322503672.550.311.10.461.10.54.266.90.311.131.62
3331226950.23010.10.310.980.332.914.150.37.221.42
3332482065.749.68.10.441.070.492.125.710.58.172.69
3341296451.835.880.320.940.342.13.690.56.181.76
3342560861.54010.70.421.080.476.156.720.312.711.09
3351341157.340.78.30.371.050.46.156.720.312.711.09
3352445556.939.98.50.391.080.423.215.460.158.631.7
341119195338.27.40.330.810.362.614.670.27.341.79
3412388146.129.18.50.461.090.513.776.75--1.79
3421284859.244.97.20.310.760.342.165.340.37.662.47
3422477561.837.8120.40.870.432.475.990.158.452.43
3431248546.331.57.40.290.750.311.894.020.36.112.13
3432529547.427.99.80.390.860.433.126.090.259.241.95
3441263449.632.58.60.310.740.321.982.480.44.791.25
344256205836.210.90.381.020.413.326.570.39.941.98
3451428555.937.59.20.330.770.362.315.410.27.772.34
345255265937.210.90.361.010.393.287.370.210.592.24
3511192845.432.86.30.331.060.362.653.470.76.681.31
351252835334.59.30.481.130.544.46.420.210.711.46
3521257658.3409.10.380.870.42.283.460.35.941.52
3522548462.941.610.60.411.090.463.786.38--1.69
353130955236.37.90.310.990.331.812.960.65.291.64
3532489255.137.78.70.431.10.484.126.40.310.531.55
3541301954.239.17.60.320.940.342.484.650.57.471.88
3542356054.638.48.10.391.050.433.686.110.39.841.66
3551357555.636.69.50.320.960.332.053.81--1.86
3552479652.830.7110.340.920.362.124.69--2.21
ProcednciaN rvoreN do discoPosioComprimentoDimetroLmenParedeDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
4111260446.731.67.60.411.120.453.445.470.38.991.59
411247986534.615.20.571.160.654.99.090.213.721.85
4121240550.133.48.40.381.120.422.65.870.48.682.26
4122565750.828.111.40.531.150.612.65.870.28.52.26
4131243749.734.17.80.41.030.433.666.830.610.781.87
4132517652.331.210.50.511.140.574.779.560.314.132
414129344427.88.10.41.110.443.435.210.28.651.52
4142456054.637.58.60.521.160.594.339.020.413.312.08
4151274541.525.580.441.120.483.446.11--1.78
4152360451.5339.30.471.130.533.796.30.310.121.66
4211225254.535.89.30.391.10.424.486.650.311.11.49
4212428953.135.190.561.160.646.319.780.315.731.55
4221237149.430.59.40.381.110.424.367.940.512.391.82
4222496055.732.311.70.561.170.644.868.31--1.71
423123625030.89.60.411.090.444.084.70.59.051.15
4232530353.93310.40.531.150.614.425.740.710.531.3
4241285650.933.78.60.421.110.443.537.320.511.032.07
4242446149.226.111.60.481.140.55-8.330.5--
4251258247.328.39.50.41.090.421.893.91--2.07
425643105739.38.90.461.130.513.786.95--1.84
4311290448.933.47.70.381.090.412.554.060.67.071.59
4312438770.850.7100.511.120.564.726.630.211.211.41
4321288842.625.78.40.371.050.43.646.80.610.731.87
4322450854.235.89.20.461.110.494.287.30.311.541.71
4331269051.631.310.20.391.040.421.984.050.456.372.04
4332608750.232.78.70.51.150.564.767.13--1.5
4341248448.631.98.30.421.110.463.467.110.410.682.05
4342466551.830.110.80.481.130.534.56.950.211.311.54
4351324650.932.39.30.421.110.463.114.720.257.911.52
4356458154.636.88.90.461.120.514.036.19--1.54
4411247950.534.38.10.410.960.443.384.040.27.471.2
4412499459.140.89.10.471.150.522.973.710.26.761.25
4421.51.738.46.70.40.910.432.786.20.39.092.23
442256786040.39.90.481.140.534.257.670.211.771.81
4431279044.2288.10.390.910.414.156.330.310.481.53
4432549354.129.312.40.471.130.52.214.540.447.072.05
4441280251.3396.20.391.10.433.345.50.49.021.64
4442506651.630.910.30.451.140.513.866.540.2510.371.69
4451270844.533.45.60.411.110.442.33.770.56.451.64
4456583265.244.310.40.431.120.473.616.33--1.76
4511234345.230.37.50.371.010.413.36.170.39.541.87
4512502355.937.49.20.441.120.493.456.730.210.131.95
4521279751.728.411.60.340.930.362.955.740.28.71.94
4522490462.541.410.50.441.120.493.597.880.311.452.2
4531203852.236.280.371.020.43.487.110.410.692.04
4532490858.640.49.10.441.110.493.447.220.3510.732.1
4541307845.329.77.80.361.040.382.474.760.37.391.93
4542469657.337.89.80.421.10.463.146.050.29.181.93
4551290956.94180.391.090.432.965.120.48.291.73
4556514764.1469.10.41.10.442.955.010.38.081.7
Proc1
Procedncia 1 - Monte Bello
MADEIRA PRXIMO MEDULA
ProcednciaN do discoN rvoreCFDFDLEPDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
TratamentoRepetiommmmg/cm3g/cm3g/cm3%%%%%
111187347.2029.209.000.330.860.351.663.760.505.832.26
112225152.0038.406.800.351.060.372.486.830.309.412.75
113133651.2033.708.800.341.080.362.263.680.806.601.63
114156146.6035.605.500.381.110.422.284.890.707.712.14
115201843.6028.907.300.410.930.432.303.030.555.781.32
121202143.0026.408.300.300.790.322.983.500.606.931.18
122201557.2041.108.100.311.090.332.443.950.206.481.62
123210153.7031.0011.300.320.950.342.275.160.808.052.28
124287149.1034.207.400.310.960.342.145.84--2.73
125168248.8035.406.700.350.930.372.053.420.305.681.67
131204852.1030.3010.900.290.900.322.283.680.206.061.61
132221158.7041.507.700.291.080.322.295.850.608.562.56
133207847.1032.007.500.300.970.321.292.200.604.041.71
134194251.2036.207.500.301.080.312.485.880.408.582.37
135198055.7038.708.500.340.920.372.783.900.256.811.40
141219265.7035.2015.200.380.990.402.893.430.606.781.19
142221651.7035.308.200.291.090.313.286.140.209.411.87
143205450.3033.008.600.321.060.341.484.400.105.902.97
144199046.6029.708.500.331.060.351.834.690.506.902.57
145215744.8033.105.900.391.050.411.643.180.755.481.93
151235950.9029.7010.600.330.840.351.734.13--2.39
152242256.5037.309.600.331.090.352.815.470.408.501.95
153239254.8038.208.300.331.090.362.616.080.508.992.33
154231949.9035.407.300.331.080.353.484.910.408.591.41
155276254.6034.0010.300.351.070.371.894.49--2.38
MADEIRA PRXIMO CASCA
ProcednciaN do discoN rvoreCFDFDLEPDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
TratamentoRepetiommmmg/cm3g/cm3g/cm3%%%%%
111363956.4035.0010.700.461.090.524.878.020.2012.671.65
112451855.7032.0011.800.441.110.493.368.090.3011.442.41
113333154.6033.9010.300.481.120.542.766.900.409.832.49
114407352.6029.4011.600.521.100.594.217.030.2511.171.67
115489265.2046.109.500.511.140.584.447.390.2511.721.67
121443260.3045.407.400.441.040.493.946.75--1.71
122532464.5039.0012.800.461.110.523.268.330.4011.682.55
123397477.6041.8014.000.431.110.484.027.600.5011.751.89
124473573.0043.4014.800.471.100.533.282.940.306.400.90
125493350.2027.1011.500.441.130.503.857.430.2011.171.93
131462348.8036.806.000.390.930.443.224.900.208.151.52
132565254.4038.108.200.401.090.442.804.680.407.721.67
133544976.9050.909.200.361.090.393.587.640.4011.292.13
134426753.8033.3010.200.381.100.411.632.960.505.011.81
135535668.2050.908.700.421.110.473.446.580.2510.011.91
141470062.0040.2010.900.310.860.333.746.400.3010.171.71
142515165.4046.409.500.421.100.474.126.170.3010.301.50
143519960.9039.8010.500.391.110.433.077.540.2010.562.45
144470053.9036.708.600.391.090.433.484.910.508.681.41
145478063.3043.609.900.411.120.452.246.140.408.612.75
151407255.9039.308.300.380.990.423.205.730.258.981.79
152453341.2023.908.600.511.110.541.413.800.505.632.70
153367069.2041.0014.100.371.090.412.457.060.209.522.87
154368956.6040.308.100.401.090.442.395.830.358.392.44
155497764.0038.4012.800.381.080.412.635.210.307.971.98
Proc2
Procedncia 2 - Pop Tum
MADEIRA PRXIMO MEDULA
ProcednciaN do discoN rvoreCFDFDLEPDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
TratamentoRepetiommmmg/cm3g/cm3g/cm3%%%%%
211148846.7034.905.900.321.110.341.654.010.696.252.43
212179045.8032.106.900.361.110.394.014.470.708.941.11
213346152.8034.809.000.431.130.462.984.320.457.581.45
214146848.0032.907.600.421.130.452.634.880.758.081.86
215159348.9033.407.800.381.110.423.205.150.158.321.61
221211446.6033.706.500.331.100.353.116.390.409.672.05
222250849.7034.207.800.350.980.382.645.930.508.872.24
223271450.2030.3010.000.351.080.373.285.350.208.641.63
224249549.1034.707.200.371.090.405.237.320.6012.691.40
225328259.0040.209.400.391.100.433.166.420.209.552.03
231204142.6032.705.000.311.080.332.804.390.307.351.57
232256259.2036.3011.400.341.040.363.176.630.409.962.09
233307954.4032.9010.800.341.100.362.983.920.607.341.32
234231743.8025.309.200.401.080.432.015.160.707.722.56
235263352.3035.808.200.391.100.413.476.360.209.791.83
241244942.9027.607.700.311.090.342.184.410.306.772.03
242247556.3041.507.400.321.060.342.734.930.407.891.81
243329055.3035.909.700.351.110.371.893.760.305.861.99
244260148.5032.008.300.371.090.402.635.130.157.771.95
245.40.9024.308.300.431.110.473.857.370.3011.211.91
251208550.3037.606.300.341.090.372.454.020.106.471.64
252305644.7025.409.700.411.090.452.874.980.307.981.74
253337455.8032.5011.600.361.090.393.044.49--1.48
254285636.4020.907.700.441.110.493.766.22--1.65
255251049.5031.109.200.471.130.514.104.530.108.541.11
MADEIRA PRXIMO CASCA
ProcednciaN do discoN rvoreCFDFDLEPDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
TratamentoRepetiommmmg/cm3g/cm3g/cm3%%%%%
211390664.2046.608.800.471.130.523.958.560.4012.522.17
212417064.2046.608.800.481.120.533.203.740.807.571.17
213455753.6037.208.200.501.120.562.987.330.3010.362.46
214412745.9032.007.000.561.210.605.237.320.5012.601.40
215409250.8033.208.800.581.160.645.437.690.2012.881.42
221512855.6042.004.000.451.130.503.288.350.2011.542.55
222531665.6046.209.700.401.110.442.997.300.4010.432.44
223500652.7035.808.500.421.110.464.907.330.4012.231.50
224479261.6044.308.700.461.140.514.647.820.3012.361.69
225538151.9028.8011.500.561.150.635.008.370.3013.221.67
231533759.6034.8012.400.441.120.483.898.910.4012.802.29
232494258.5039.809.400.361.100.402.485.390.308.012.17
233394768.3052.404.500.471.130.523.766.420.2010.121.71
234515262.8042.5010.100.461.130.514.527.880.2012.221.75
235476643.9023.9010.000.461.130.524.417.350.2011.611.67
241514668.0054.802.500.431.120.473.528.620.2012.022.45
242462457.9046.105.900.371.080.402.525.490.308.152.18
243574469.9053.808.100.411.100.453.575.950.209.491.67
244448064.3047.208.500.471.140.523.855.720.209.531.49
245418450.1029.2010.500.491.130.544.516.110.1510.471.35
251505949.1025.8011.700.391.110.443.607.190.1010.622.00
252489049.1028.4010.400.391.100.433.115.940.108.951.91
253536654.1035.509.300.421.110.453.195.23--1.64
254502645.0028.308.300.481.140.544.336.50--1.50
255509259.8042.208.800.471.110.523.865.510.109.241.43
Proc3
Procedncia 3 - San Jernimo
MADIERA PRXIMO MEDULA
ProcednciaN do discoN rvoreCFDFDLEPDbasicaDsaturadaDsecaRradialRtangencialRlogitudinalRvolumtricaT/R
TratamentoRepetiommmmg/cm3g/cm3g/cm3%%%%%
311308146.8035.305.700.360.680.382.133.530.395.951.65
312218347.3034.006.700.390.950.414.264.400.508.931.03
313235353.3038.607.300.300.980.311.973.690.706.251.87
314191953.0038.207.400.330.810.362.614.670.207.341.79
315192845.4032.806.300.331.060.362.653.470.706.681.31
321282441.8026.007.900.310.610.331.802.670.544.951.48
322263056.8040.508.200.380.780.403.293.960.507.591.20
323230847.5029.609.000.320.980.352.944.690.407.861.60
324284859.2044.907.200.310.760.342.165.340.307.662.47
325257658.3040.009.100.380.870.402.283.460.305.941.52
331274747.7030.508.600.310.680.342.454.000.306.641.64
332258249.4036.106.700.410.930.452.474.010.456.801.63
333226950.2030.0010.100.310.980.332.914.150.307.221.42
334248546.3031.507.400.290.750.311.894.020.306.112.13
335309552.0036.307.900.310.990.331.812.960.605.291.64
341258641.7031.705.000.300.710.322.544.120.406.921.62
342293657.9040.408.700.310.820.332.315.650.308.112.44
343296451.8035.808.000.320.940.342.103.690.506.181.76
344263449.6032.508.600.310.740.321.982.480.404.791.25
345301954.2039.107.600.