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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS
BOLETIM DE
SERVIÇO
EXTRAORDINÁRIO
Nº.835
B.S. - Direh 21 de novembro de 2016
MINISTÉRIO DA SAÚDE Ministro
Ricardo Barros
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Presidente
Paulo Ernani Gadelha Vieira Gabinete
Fernando José Marques de Carvalho Vice-Presidente de Pesquisa e Laboratório de Referência
Claude Pirmez Vice-Presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional
Pedro Ribeiro Barbosa Vice-Presidente de Ensino, Informação e Comunicação
Nísia Trindade Lima Vice-Presidente de Ambiente, Atenção e Promoção à Saúde
Valcler Rangel Fernandes Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde
Jorge Antonio Zepeta Bermudez Procuradoria Federal
Deolinda Vieira Costa Unidade de Controle Interno
Silvina da Costa Marques Coordenação de Comunicação Social
Wagner Barbosa de Oliveira
UNIDADES TÉCNICO-CIENTÍFICAS Casa de Oswaldo Cruz/COC
Paulo Roberto Elian dos Santos Centro de Criação de Animais de Laboratório/Cecal
Carla de Freitas Campos Centro de Referência Hélio Fraga/CRPHF
Margareth Dalcolmo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/CPqAM
Sinval Pinto Brandão Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz/CPqGM
Manuel Barral Neto Centro de Pesquisa René Rachou/CPqRR
Zélia Maria Profeta da Cruz Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane/CPqLMD
Sérgio Luiz Bessa Luz Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/Ensp
Hermano Castro Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/EPSJV
Paulo Cesar Castro Ribeiro
Instituto Carlos Chagas/ICC
Samuel Goldenberg Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde/Icict
Umberto Trigueiros Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/INCQS
Eduardo Chaves Leal Instituto de Tecnologia em Fármacos de Manguinhos/Far-manguinhos
Hayne Felipe da Silva Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos de Manguinhos/Bio-manguinhos
Artur Roberto Couto Instituto Fernandes Figueira/IFF
Carlos Mauricio de Paulo Maciel Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/INI
Alejandro Hassloches Instituto Oswaldo Cruz/IOC
Wilson Savino
UNIDADES TÉCNICO-ADMINISTRATIVAS
Diretoria de Administração/Dirad
Cristiane Teixeira Sendim
Diretoria de Administração do Campus/Dirac
Jose Damasceno Fernandes
Diretoria de Planejamento Estratégico
Claudia Santos Turco
Diretoria de Recursos Humanos/Direh
Juliano de Carvalho Lima Diretoria Regional de Brasília/Direb
Gerson Oliveira Penna
EQUPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO BOLETIM DE SERVIÇO DA DIREH – DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS DA FIOCRUAZ Coord. De Processo Administrativo Disciplinar/CPAD
Bruno Calixto de Lima Maria Santana da Silva Secretaria Geral da Direh
André Muniz Santos Fatima Regina Rezende Marques Gabi
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:03 B.S. Nº.835
SUMÁRIO
ASSUNTO: Pág. Tornar sem efeito portaria................................................................................................................04 Redesignação de Comissão – PAD Ordinário.................................................................................06 Súmulas – Sindicância Investigativa................................................................................................08
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:04 B.S. Nº.835
TORNAR SEM EFEITO
PORTARIA
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:05 B.S. Nº.835
PORTARIA Nº.1.896/2016-Direh, de 09 de novembro de 2016.
Tornar sem efeito portaria.
O DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, no
uso da competência que lhe confere o item 2.0 da Portaria nº.546, da Presidência da Fiocruz,
publicada no Diário Oficial da União – DOU em 06 de setembro de 2011; considerando o
mandamento legal esculpido no artigo 143, caput, da Lei nº.8.112/90, e, ainda, considerando o
contido nos autos do Processo nº.25380.004560/2010-17,
RESOLVE:
Art. 1º. Desconstituir a comissão de processo administrativo disciplinar, de rito
sumário, formada pelos servidores VITOR GRANDO DA SILVA PEREIRA, matrícula Siape
nº.1900936, CPF nº. 109.945.147-78, ocupante do cargo de Assistente Técnico de Gestão em Saúde,
ALEXANDER RODRIGUES DO AMARAL, matrícula Siape nº.1900637, CPF nº.027.816.554-06,
ocupante do cargo de Assistente Técnico de Gestão em Saúde , ambos lotados na Diretoria de
Recursos Humanos – Direh, e RACHEL ROSAS CAMPELO, matrícula Siape n°.1898332, CPF
nº.100.744.607-22, ocupante do cargo de Analista de Gestão em Saúde, lotada no Instituto Nacional
de Infectologia – INI, inicialmente designada pela Portaria nº.1848/2016-Direh, de 03 de novembro
de 2016, publicada no Boletim de Serviço nº.833, de 07 de novembro de 2016, tendo em vista a
indisponibilidade momentânea dos indicados para o desenvolvimento da apuração para a qual
foram formalmente designados.
Art. 2º. Tornar sem efeito a Portaria nº.1848/2016-Direh.
Art. 3º. Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Juliano de Carvalho Lima
Diretor de Recursos Humanos
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:06 B.S. Nº.835
REDESIGNAÇÃO DE COMISSÃO
PAD - ORDINÁRIO
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:07 B.S. Nº.835
PORTARIA Nº.1917/2016-Direh, de 16 de novembro de 2016.
Redesigna Comissão de PAD, rito ordinário.
O DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, no
uso da competência que lhe confere o item 2.0 da Portaria nº.546, da Presidência da Fiocruz,
publicada no Diário Oficial da União – DOU em 06 de setembro de 2011; considerando o
mandamento legal esculpido no artigo 143, caput, da Lei nº.8.112/90, e, ainda, considerando o
contido nos autos do Processo nº.25380.000692/2014-01,
RESOLVE:
Art. 1º. Redesignar os servidores ANTONIO EDUARDO VIEIRA DOS SANTOS,
matrícula Siape nº.1282385, CPF nº.072.099.897-22, ocupante do cargo de Tecnologista em Saúde
Pública, RUBENS RODRIGUES BARROZO, matrícula Siape nº.1088657, CPF nº.801.233.687-15,
ocupante do cargo de Assistente Técnico de Gestão em Saúde, e AMARO RONALDO INÁCIO
FILHO, matrícula Siape nº.1554674, CPF nº.613.000.127-49, ocupante do cargo de Tecnologista
em Saúde Pública, todos lotados no Instituto Fernandes Figueira - IFF, para que o órgão
colegiado, presidido pelo primeiro, possa dar continuidade à apuração que se desenvolveu por força
da Portaria nº.465/2014-Direh, que investiga a conduta supostamente irregular atribuída ao
servidor Ricardo de Souza Torquilho, matrícula Siape nº.04623991, ocupante do cargo de Analista
de Gestão em Saúde, com lotação no Centro de Criação de Animais de Laboratório – Cecal, descrita
no relatório final, de fls.410/413, do Processo nº.25384.000878/2010-99, e, ainda, a relatada na
petição impetrada pela empresa G.R.B. Service Ltda., que instrui os autos do Processo
nº.25380.003417/2010-16, o que não restringe à comissão de investigar a ocorrência de outros fatos
conexos ao objeto da presente apuração.
Art. 2º. Fixar o prazo de 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.
Art. 3º. Esta portaria entra em vigor a partir do dia 28/09/2016.
JULIANO DE CARVALHO LIMA
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:08 B.S. Nº.835
SÚMULAS
SINDICÂNCIA INVESTIGATIVA
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:09 B.S. Nº.835
DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS
Direh: 27/10/2016.
PROCESSO Nº. 25389.000115/2015-11
UNIDADE: DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO DO CAMPUS - DIRAC
SUBUNIDADE: VICE-DIRETORIA DE GESTÃO E DESENV. INSTITUCIONAL
PROCEDIMENTO: SINDICÂNCIA DE NATUREZA INVESTIGATIVA
SITUAÇÃO PROCESSUAL: JULGADO E SUMULADO
FASE RECURSAL: INÍCIO DO PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
EMENTA: CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DE 1988 – LEI Nº.8.112/90 – LEI Nº.9.784/99 –
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA – ADMINISTRATIVO – SERVIDOR – CONDUTA
IRREGULAR – SINDICÂNCIA INVESTIGATIVA – NATUREZA NÃO PUNITIVA –
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – INEXIGIBILIDADE – ÓRGÃO COLEGIADO
REGULARMENTE CONSTITUÍDO – ADEQUADA INSTRUÇÃO PROCESSUAL –
ASSÉDIO MORAL – REPRESENTAÇÃO JUNTO À OUVIDORIA DA FIOCRUZ –
MENSAGEM Nº.17749 – INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS E/OU ILÍCITOS PENAIS –
NÃO CONFIGURAÇÃO – AUSÊNCIA DE PROVAS – INSTAURAÇÃO DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – DESCABIMENTO – RELATÓRIO FINAL
TEMPESTIVO – RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO NÃO ACOLHIDAS – APLICAÇÃO
DA REGRA CONTIDA NO ARTIGO 168 DA LEI Nº.8112/90 – MEDIDA QUE SE IMPÕE –
DECISÃO: PELO ARQUIVAMENTO DO FEITO.
SÚMULA
1) Ref.: Processo nº.25389.000115/2015-11. 2) Assunto: Processo Administrativo de
Sindicância, de natureza investigativa, sem a existência de contraditório, de caráter não
punitivo, que instaurei por intermédio da Portaria nº.958/2015-Direh, de 15/10/2015,
publicada no Boletim de Serviço nº.774, de 16/10/2015, prorrogada pela Portaria
nº.1120/2015-Direh, de 17/11/2015, publicada no Boletim de Serviço nº.779, de
19/11/2015, redesignada pela Portaria nº.400/2016-Direh, de 22/03/2016, publicada no
Boletim de Serviço nº.795, de 28/03/2016, prorrogada pela Portaria nº.640/2016-Direh, de
27/04/2016, publicada no Boletim de Serviço nº.802, de 02/05/2016, uma vez mais
redesignada pela Portaria nº.851/2016-Direh, de 31/05/2016, publicada no Boletim de
Serviço nº.809, de 06/06/2016, novamente prorrogada pela Portaria nº.1031/2016-Direh, de
01/07/2016, publicada no Boletim de Serviço nº.814, de 04/06/2016, com vistas a apurar
representação efetuada junto à Ouvidoria Geral da Fiocruz, por meio da mensagem de
n°.17749, que apontou para a ocorrência de diversas irregularidades envolvendo
servidores e colaboradores da Diretoria de Administração do Campus - Dirac, inclusive, a
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:10 B.S. Nº.835
eventual prática de assédio moral no ambiente de trabalho, de acordo com as informações
constantes do documento acostado às fls.02/03 do processo em referência. 3) Decisão: na
forma do item 2.0 da Portaria n°.546/2011-PR, de 05/09/2011, da Presidência da Fiocruz,
publicada no DOU - Diário Oficial da União, Seção 2, páginas 29/30, em 06/09/2011, passo
a proferir minha decisão. O processo sob exame foi inaugurado em 12 de junho de 2015, a
partir do memorando nº.122-SGT, de fls.01, subscrito pela Gestora do Trabalho da
Diretoria de Administração do Campus – Dirac, servidora Rita Amorim. Por meio do referido
expediente a indigitada servidora encaminhou os autos deste processo para a Diretoria de
Recursos Humanos, por determinação da autoridade máxima de sua unidade, solicitando a
apuração de supostas irregularidades que teriam sido apontadas pelo servidor Sandro de
Lima Albuquerque, matrícula Siape nº.1556040, com lotação na própria Dirac, e noticiadas
à Ouvidoria da Fiocruz, por meio da Mensagem de nº.17749. Em síntese, foram descritas,
pelo representante, a ocorrência das seguintes irregularidades: servidores que não
estariam cumprindo integralmente a jornada de trabalho; posto de coordenação sendo
ocupado por funcionário terceirizado; servidores que estariam ocupando cargos de FG –
Função Gratificada, sem, no entanto, terem subordinados diretos; RS – Requisições de
Serviço em aberto; e, finalmente, a prática de assédio moral no ambiente de trabalho.
No decorrer desta decisão, todas estas questões serão objeto de considerações de per si
por este julgador. Este subscritor, em atendimento ao requisitado, determinou a imediata
instauração de sindicância, de natureza investigativa, o que se deu por meio da Portaria
nº.958/2015-Direh, de 15/10/2015, publicada no Boletim de Serviço nº.774, de 16/10/2015,
tendo sido a comissão de sindicância formada pelos servidores José Juventino dos Santos,
matrícula Siape nº.0462208, ocupante do cargo de Analista de Gestão em Saúde, como
presidente, hoje aposentado, Sidnei da Costa Fraga, matrícula Siape nº.1211852, ocupante
do cargo de Assistente Técnico de Gestão em Saúde e Paulo Muniz da Silva, matrícula
Siape n°.0464231, ocupante do cargo de Assistente técnico de Gestão em Saúde, todos
lotados na Diretoria de Administração do Campus – Dirac, dado início aos trabalhos
apuratórios em 09/11/2015, nos termos da ata de instalação acostada às fls.08 destes
autos.
Durante o transcorrer dos trabalhos a comissão adotou as providências de estilo aplicáveis
à espécie, e, ainda, elaborou atas de deliberação, juntou documentos, requerimentos,
expediu memorandos e mandados de intimação para o representante e demais envolvidos
neste processo, colhendo os seus respectivos depoimentos, na ordem que se segue:
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:11 B.S. Nº.835
Sandro de Lima Albuquerque (fls.09/12); Soraya Batoreu Azevedo (fls.14/17) e (fls.18/20 –
cópia do depoimento de fls.15/17); juntou diversos documentos, inclusive, requerimento do
representante (fls.21/31); Manoel Luiz Martins Donna (fls.32/33); Armando Carlos Lopes
(fls.34/36); juntou, ainda, resposta à representação de fls.02/03, com anexos, subscrita pelo
servidor Manoel Luiz Martins Donna (fls.40/70); intimação e depoimento do servidor Hilne
Arndt Cabral (fls.71/74); juntou, também, requerimento subscrito pelo representante (fls.76);
José Antonio da Silva (fls.77 e 99); Ricardo Guilherme Filho (fls.78 e 98); novo
requerimento do representante (fls.79/97); Roberto Pierri Chagnon (fls.100/102); outro
requerimento do representante (fls.105/110): José Damasceno Fernandes (fls.111/113);
Soraya Batoreu de Azevedo (fls.114/118 – 2º depoimento); requerimento de Soraya
Batoreu de Azevedo, por meio do qual solicito à comissão a oitiva de duas testemunhas
(fls.119); Carlos Alberto da Costa Junior (fls.120 e 122/123); Sergio Paulo Francisco da
Silveira (fls.121 e 125/126); relatórios técnicos (fls.128/129); relatório final (fls.130/144);
despacho de encaminhamento deste processo para fins de julgamento, subscrito pelo
presidente da comissão (fls.145); e, finalmente, o Memorando nº.042/2016/Demeq,
subscrito pelo Chefe do Departamento de Manutenção de Equipamentos, servidor
Armando Carlos Lopes, solicitando a juntada de diversos documentos, que a ele
acompanham como anexos, antes de proferida esta decisão por este julgador (fls.147/239).
Às fls.130/144 destes autos figura o relatório final, por meio do qual a comissão de
sindicância, de natureza meramente investigativa, deu por encerrada as atividades
apuratórias, e baseada nos depoimentos colhidos e nos demais documentos que instruem
estes autos concluiu, unanimemente, pela procedência da representação efetuada pelo
servidor Sandro de Lima Albuquerque, de fls.02/03, em todos os seus termos.
Como consequência, deliberaram os membros do órgão colegiado por recomendar à alta
administração da Diretoria de Administração do Campus – Dirac: a) que promova a
devolução de todos os valores descontados da remuneração do representante, servidor
Sandro de Lima Albuquerque; b) que promova a imediata realocação da colaboradora
Soraya Batoreu de Azevedo em atividade que esteja alinhada as suas competências e
habilidades profissionais; c) que proceda ao imediato pagamento de insalubridade,
retroativa à data de sua efetiva suspensão, ao representante, sob a alegação de que a
interrupção desse pagamento se deu por conta de falsas informações que teriam sido
prestadas pelo servidor Hilne Arndt Cabral, uma vez que o servidor Sandro de Lima
Albuquerque (representante), no entender da comissão, trabalharia efetivamente dentro
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:12 B.S. Nº.835
dos laboratórios e não na sala da Oficina de Ótica; d) que promova a imediata reavaliação
de desempenho do servidor Sandro de Lima Albuquerque, com o propósito de lhe conferir
correção de sua nota, para maior, tendo em vista que suas baixas notas lhe fora atribuídas
em razão de “inegáveis condutas persecutórias de parte de seu chefe (líder)”; e) que seja
aplicada a penalidade de advertência, nos termos do artigo 145, II, da Lei nº.8.112/90, ao
servidor Hilne Arndt Cabral; e, finalmente, f) que seja encaminhado ofício ao MPF –
Ministério Público Federal para que seja apurada a conduta da colaboradora Soraya
Batoreu de Azevedo, e, também, do servidor Hilne Arndt Cabral, que, em tese, estariam
tipificadas no artigo 299 (Falsidade ideológica) e artigo 328 (Usurpação de função pública)
do Código Penal brasileiro, com observância às regras contidas nos artigos 154 e 171,
ambos da Lei nº.8112/90.
Em síntese, a comissão de sindicância, em seu relatório final, recomenda à Diretoria de
Administração do Campus – Dirac, e não a este julgador, que adote diversas providências,
em especial, que promova o imediato afastamento da colaboradora Soraya Batoreu de
Azevedo e, também, que determine, junto à autoridade competente, a instauração de PAD
– Processo Administrativo Disciplinar em desfavor do servidor Hilne Arndt Cabral, com o
firme propósito de apurar as denúncias perpetradas contra este, pelo representante, por
meio do requerimento de fls.76 destes autos.
Depois de realizar uma detida análise destes autos, este julgador passará a discorrer,
ponto a ponto, acerca de todas as recomendações propostas pela comissão de sindicância
(alíneas “a” a “e”), todas dirigidas à alta direção da Dirac, constantes de seu relatório final,
nos termos que se seguem:
a) Que a Dirac promovesse a devolução imediata de todos os valores descontados da
remuneração do representante, servidor Sandro de Lima Albuquerque.
Ora, os descontos efetuados na remuneração do servidor Sandro de Lima Albuquerque, a
título de atrasos e/ou faltas ao trabalho, não justificados, se deram por decisão
administrativa da própria Dirac, nos autos do Processo nº.25389.000112/2015-79, não
cabendo, portanto, a este julgador interferir em julgamento autônomo e de exclusiva
competência da alta administração da Unidade de lotação do servidor faltoso. O fato é que,
estando o servidor inconformado com a decisão que determinou os descontos em sua
remuneração, deveria, à época dos fatos, ter recorrido formalmente junto àquela
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:13 B.S. Nº.835
autoridade, utilizando-se de todos os meios legais que lhe são colocados à disposição,
sendo certo que a sindicância investigativa não é a via própria ou adequada para a solução
de eventual controvérsia dessa natureza.
b) Que a Dirac promovesse a imediata realocação da colaboradora Soraya Batoreu de
Azevedo em atividade que esteja alinhada as suas competências e habilidades
profissionais.
A decisão da alta administração da Dirac, que apontou para a organização interna de seus
servidores e colaboradores está assentada nos princípios da autonomia e da
independência que devem gozar todas as Unidade da Fiocruz, especialmente, no tocante a
definição e formação de sua estrutura administrativa e de pessoal. Nesse sentido, basta
observar o que determina o mandamento esculpido no artigo 33 do atual estatuto da
Fiocruz, abaixo transcrito, na íntegra, se prejuízo de observância das disposições contidas
no artigo 37 “Das Disposições Gerais e Transitórias” do referido estatuto:
Estatuto da Fundação Oswaldo Cruz
Art. 33. Ao Chefe de Gabinete, ao Procurador-Chefe, ao Auditor-Chefe, aos
Diretores e aos demais dirigentes incumbe planejar, dirigir, coordenar e orientar a
execução das atividades das respectivas unidades e exercer outras atribuições que
lhes forem cometidas em suas áreas de competência” (o grifo é nosso).
Assim, por absoluta falta de legitimidade, e, consequentemente, de amparo legal, não
poderia o Diretor de Recursos Humanos, que a este subscreve, interferir nas escolhas que
apontam para a lotação de pessoal, bem como qualquer outra atividade de exclusiva
competência do dirigente máximo da Dirac, ou de qualquer outra unidade da Fiocruz, sob
pena de o fazendo praticar ato contrário à legislação que norteia a administração pública
federal, portanto, inválido sob o ponto de vista jurídico-legal.
A funcionária terceirizada e engenheira Soraya Batoreu de Azevedo, ao que pude verificar
compulsando estes autos, não exerce qualquer função com atribuição de mando,
independentemente do cargo que ocupa, não sendo razoável, portanto, se admitir tal
circunstância, apenas, considerando-se o fato de que a colaboradora estaria se utilizando
de um “carimbo de identificação” em suas atividades de rotina. Por essa razão, portanto,
sou compelido a concluir pela inexistência de relação de subordinação entre ela e qualquer
outro servidor ou colaborador terceirizado da Dirac.
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:14 B.S. Nº.835
De acordo com informações extraídas dos autos, houve um período em que a colaboradora
se utilizava de um carimbo de “Coordenadora de Manutenção”, mas os serviços por ela
executados se restringiam comprovadamente a processos internos do próprio
departamento, sem que isto viesse a caracterizar uma relação de hierarquia ou
subordinação em relação aos demais servidores e colaboradores da unidade. Pelo fato de
ser engenheira e ter atribuições voltadas para o planejamento de rotinas de manutenção,
especificação de materiais e apoio aos supervisores de oficina, alguns profissionais
acabaram por confundir tais atividades, e, muito provavelmente por isso, tenham alegado
que ela viria exercendo a função de “coordenadora”, mas em nenhum momento da
instrução processual ficou claramente comprovado que as suas atividades estariam
diretamente ligadas à supervisão de servidores públicos, ou mesmo de colaboradores
terceirizados, fato que por si só afasta definitivamente qualquer dúvida sobre esta questão.
Na peça vestibular o servidor Sandro de Lima Albuquerque e também a própria comissão
em seu relatório final, buscaram destacar que a engenheira Soraya Batoreu de Azevedo
exercia as funções de “coordenação”, mas em nenhum momento ficou claro se essa
“coordenação” configuraria ou não uma relação de subordinação. Restou cristalino que as
atribuições da terceirizada não eram de caráter operacional, mas sim de assessoria à
chefia do departamento, sobretudo, no que diz respeito aos processos internos de sua
unidade. Restou claro, também, que a colaboradora nunca participou diretamente de
processo de avaliação de desempenho de servidores, do controle de sua frequência, ou
exerceu qualquer atividade exclusiva de servidor público, sendo certo que em nenhum
momento da instrução deste processo foi apresentado qualquer documento comprovando
que esta funcionária estaria exercendo autoridade ou comando sobre qualquer servidor ou
terceirizado, muito menos em relação ao representante.
c) Que a Dirac procedesse ao imediato pagamento de insalubridade, retroativa à data
de sua efetiva suspensão, ao representante, sob a alegação de que a interrupção desse
pagamento se deu por conta de falsas informações que teriam sido prestadas pelo servidor
Hilne Arndt Cabral, uma vez que o servidor Sandro de Lima Albuquerque, no entender da
comissão, trabalharia efetivamente dentro dos laboratórios, e não na sala da Oficina de
Ótica da Dirac.
A avaliação para a concessão do adicional de insalubridade é realizada de forma
individualizada e por profissionais habilitados e qualificados, todos designados pela
Coordenação de Saúde do Trabalhador – CST, especificamente para este fim, não
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:15 B.S. Nº.835
havendo, portanto, qualquer ingerência por parte da chefia do servidor ou de qualquer
outra pessoa nesse processo. O fato é que todos os laudos dos servidores que trabalham
nas oficinas da Dirac apontaram, taxativamente, para a inexistência de risco insalubre, mas
a comissão de sindicância tentou fazer parecer que isso ocorreu apenas com o servidor
Sandro de Lima Albuquerque.
Constata-se, ainda, que o servidor Hilne Arndt Cabral prestou declarações para a
Coordenação de Saúde do Trabalhador – Núcleo de Saúde do Trabalhador – CST/Nust,
quando da avaliação das condições de trabalho dos servidores sob sua supervisão, mas é
certo de que este fato, por si só, não se constituiu no fator determinante para a perda da
insalubridade por parte do servidor Sandro de Lima Albuquerque, sendo certo que a
elaboração do laudo pericial, como dito precedentemente, é, e continua sendo, de inteira
responsabilidade do profissional que o realiza, sendo defeso a este julgador contestá-lo.
d) Que a Dirac promovesse a imediata reavaliação de desempenho do servidor Sandro
de Lima Albuquerque, com o propósito de lhe conferir correção de sua nota, para maior,
tendo em vista que suas baixas notas lhe foram atribuídas em razão de “inegáveis
condutas persecutórias de parte de seu chefe (líder)”.
Atendendo aos termos do Decreto nº.7.133/2010, de 19 de março de 2010, que
regulamenta os critérios e procedimentos gerais para a realização das avaliações de
desempenho individual e institucional, e que constitui a base de cálculo para pagamento,
no âmbito da Fiocruz, da Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e
Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública – GDACTSP e Gratificação de
Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia – GDACT, é que a Presidência da
Fiocruz, por intermédio da Diretoria de Planejamento Estratégico vem tornando os
indicadores globais e intermediários, utilizados na Avaliação de Desempenho Institucional,
do amplo conhecimento do seu público interno.
A Presidência da Fiocruz, por meio de portarias expedidas anualmente, tem apresentado
aos servidores envolvidos nesse importantíssimo processo, todos os indicadores
institucionais, e, também, de cada unidade, aprovados pelo Conselho Deliberativo e pela
direção das unidades, com suas respectivas metas, sendo certo que os critérios
estabelecidos são válidos para o ciclo de avaliação no período compreendido entre janeiro
e dezembro de cada exercício financeiro.
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:16 B.S. Nº.835
Uma análise apenas superficial do relatório emitido pela comissão de sindicância revela
que o órgão colegiado, muito provavelmente por excesso de zelo, buscou negativar a
conduta do então chefe do servidor Sandro de Lima Albuquerque e, a partir daí, através de
um considerável esforço acadêmico, tentou sustentar toda sua argumentação, nitidamente
voltada para a desqualificação da avaliação de desempenho atribuída ao indigitado
servidor, responsabilizando, consequentemente, a sua chefia imediata pelos maus
resultados obtidos pelo avaliado.
Impende destacar, neste ponto, que o instrumento de avaliação de desempenho é
constituído por vários critérios (quesitos), incluindo-se nesse universo a assiduidade e a
pontualidade, que a exemplo de outros critérios igualmente importantes, sabidamente
acabam por interferir diretamente no resultado final do avaliado. No caso sob exame, de
acordo com informações constantes dos autos, foram esses critérios, sem prejuízo da
aplicação de outros, que, por certo, culminaram com as baixas notas atribuídas ao
avaliado.
Para sepultar de vez este assunto é que trago à baila a questão que envolve os descontos
pelas horas de trabalho não cumpridas pelo avaliado, todas apontadas no Memorando
nº.115-SGT, de 09/06/2015 (fls.01), expediente que inaugura os autos do Processo
nº.25389.000112/2015-79. A medida que apontou para os descontos foi posteriormente
ratificada pelo próprio dirigente máximo da Diretoria de Administração do Campus, nos
termos do Memorando nº.109/2015-Dirac, de 20/10/2015 (fls.23), por meio do qual aquela
autoridade, especificamente no seu item 1, informa que o servidor Sandro de Lima
Albuquerque já seria reincidente no cometimento de faltas daquela natureza. De qualquer
modo, caberá a alta administração da Dirac avaliar a oportunidade e conveniência de
promover, ou não, a revisão da avaliação de desempenho do servidor, não cabendo a este
subscritor interferir nesta decisão, pelas mesmas razões expostas no decorrer deste
julgamento.
e) Que seja aplicada a penalidade de advertência, nos termos do artigo 145, II, da Lei
nº.8.112/90, ao servidor Hilne Arndt Cabral.
Esta apuração se desenvolveu em sede de sindicância de natureza meramente
investigativa, inexistindo, consequentemente, a figura do acusado, a quem se confere,
imperiosamente, em sede de sindicância acusatória, contraditória ou punitiva, e, também,
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:17 B.S. Nº.835
em sede de PAD - Processo Administrativo Disciplinar, o pleno direito ao exercício dos
princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, consagrados na nossa Carta
Política, de 1988. Em razão desse fato, e, portanto, ainda que cabível, mas, por absoluta
impossibilidade legal, não merece prosperar a recomendação da comissão processante,
contida na alínea “e”, de fls.144, que aponta para a imposição da penalidade de
“advertência” ao servidor Hilne Arndt Cabral, matrícula Siape nº.241023, ocupante do cargo
de Técnico de Gestão em Saúde.
f) Que a Dirac encaminhasse ofício ao MPF – Ministério Público Federal para que seja
apurada a conduta da colaboradora Soraya Batoreu de Azevedo, e, também, do servidor
Hilne Arndt Cabral, que, em tese, estariam tipificadas no artigo 299 (Falsidade ideológica)
e, também, no artigo 328 (Usurpação de função pública), ambos do Código Penal
brasileiro, com observância às regras contidas nos artigos 154 e 171 da Lei nº.8112/90.
Muito embora o julgador possa encontrar solução diversa da pretendida pelo autor
(representante), não pode deixar de trilhar o caminho que aponta para a realidade lógica
dos autos. Nesse sentido, cumpre-me esclarecer que as condutas da colaboradora,
engenheira Soraya Batoreu de Azevedo, e, ainda, do servidor Hilne Arndt Cabral, não se
encontram, de fato, tipificadas nos artigos 299 (Falsidade ideológica) e 328 (Usurpação de
função pública) do Código Penal brasileiro, como informa taxativamente o órgão colegiado,
em seu relatório final, bastando, apenas, a este julgador compulsar os autos para verificar
que não merece prosperar tal afirmação.
Também é fato que o servidor em questão não cometeu qualquer outra irregularidade na
órbita administrativa que justificasse a instauração de PAD - Processo Administrativo
Disciplinar em seu desfavor. Em razão do exposto, não merece ser acolhida a
recomendação da comissão que aponta para a remessa de cópia destes autos para o MPF
- Ministério Público Federal, com fundamento nos termos do § único, do artigo 154 da Lei
nº.8112/90, muito menos o encaminhamento destes autos para o MPF, em original, com
amparo nas disposições contidas no artigo 170 daquele mesmo diploma legal, a uma,
porque a apuração se desenvolveu em sede de sindicância, de natureza investigativa, e
não de PAD – Processo Administrativo Disciplinar; a duas, porque inexiste qualquer
evidência ou prova material robusta que caracterize real e efetiva infringência aos
dispositivos penais mencionados pela comissão de sindicância; e, a três, porque não se
verifica nestes autos provas que apontem inequivocamente para a ocorrência de infração
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:18 B.S. Nº.835
administrativa prevista no atual estatuto dos servidores públicos civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais. Pelas razões aqui expostas, não merece ser
acolhida, a exemplo das anteriores, a recomendação constante da alínea “e”, constante do
relatório final da comissão processante, por ser descabida e absolutamente fora de
propósito.
Depois de abordar, ponto a ponto, todas as questões de maior relevo deste processo,
realçadas no relatório final, considero que todas as recomendações do trio processante
foram devidamente analisadas e esclarecidas, o que me permite concluir este julgamento
de forma justa e imparcial, como deve ser, nos termos que se seguem.
Considerando que este processo de sindicância, de natureza investigativa, foi
adequadamente instruído com elementos suficientes à formação da convicção deste
subscritor quanto à inocência dos envolvidos; considerando que os fatos e evidências
carreadas aos autos são insuficientes para justificar, com absoluta segurança jurídica, a
necessidade de instauração de PAD em desfavor do servidor Hilne Arndt Cabral, conforme
sugerido pela comissão processante; considerando que a remessa destes autos para o
MPF - Ministério Público Federal, com fundamento no § único do artigo 154 e caput do
artigo 170 da Lei nº.8112/90, configura medida totalmente descabida e fora de propósito,
uma vez que não há provas robustas e inequívocas nos autos que possam admitir ou
justificar a adoção dessa providência, conforme requerida pela comissão processante;
considerando que o conceito de provas significa o conjunto de elementos produzidos pelas
partes, visando à formação do convencimento quanto a atos, fatos e circunstâncias;
considerando que a par desse elementar conceito de provas, posso afirmar, com absoluta
certeza, que os elementos produzidos nos autos não foram suficientes para formar a minha
convicção de que os investigados tenham sido autores de quaisquer irregularidades
administrativas, é que decido, com fundamento nas disposições encerradas no artigo 168
da Lei nº.8112/90, não acolher as recomendações propostas pela comissão, em seu
relatório final, e, ao mesmo tempo determinar o encaminhamento destes autos à Dirac,
para análise, e, posteriormente, como medida administrativa definitiva, determinar o
arquivamento deste processo.
4) Encaminhamento: 1. Publique-se. 2. Cumpra-se. 3. À Diretoria de Administração do
Campus – Dirac para que a sua alta administração possa tomar e dar ciência do inteiro teor
deste julgamento aos demais interessados nesta decisão, mas sem a retirada destes autos
do SGT - Serviço de Gestão do Trabalho da unidade. 4. À Diretoria do Instituto Nacional de
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BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:19 B.S. Nº.835
Controle de Qualidade em Saúde, para que a sua direção possa conhecer e dar ciência do
inteiro teor do julgamento e súmula ao servidor Sandro de Lima Albuquerque, por
intermédio do SGT – Serviço de Gestão do Trabalho dessa Unidade, mas sem a retirada
dos autos pelo interessado. 5. Depois de cumpridas todas as formalidades legais,
restituam-se estes autos para a Coordenação de Processos Administrativos Disciplinares –
CPAD/Direh, para que esse órgão de assessoramento possa registrar todas as
informações relacionadas a este processo no sistema CGU-PAD, sistema de controle de
processos instaurados no âmbito da Administração Pública Federal pela CGU -
Controladoria Geral da União. 6. Posteriormente, deverá a CPAD/Direh, depois de
adotadas todas as providências internas que visem o pleno controle e acompanhamento
deste processo pelos órgãos fiscalizadores, interno e externos, encaminhá-lo para a
unidade de origem, para fins de seu arquivamento, como medida administrativa derradeira.
Juliano de Carvalho Lima Diretor de Recursos Humanos - Fiocruz
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DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS
Direh: 18/11/2016.
PROCESSO Nº. 25380.000495/2016-46
PROCEDÊNCIA: ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO
SUBUNIDADE: LABORATÓRIO DE EDUCAÇÃO PROF. E GESTÃO EM SAÚDE
PROCEDIMENTO: SINDICÂNCIA DE NATUREZA INVESTIGATIVA
SITUAÇÃO PROCESSUAL: JULGADO E SUMULADO
FASE RECURSAL: INÍCIO DO PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
EMENTA: CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DE 1988 – LEI Nº.8.112/90 – LEI Nº.9.784/99 –
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA – ADMINISTRATIVO – SERVIDOR – CONDUTA
IRREGULAR – SINDICÂNCIA INVESTIGATIVA – NATUREZA NÃO PUNITIVA –
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – INEXIGIBILIDADE – ÓRGÃO COLEGIADO
REGULARMENTE CONSTITUÍDO – ADEQUADA INSTRUÇÃO PROCESSUAL –
ASSÉDIO MORAL – REPRESENTAÇÃO JUNTO À DIREH – INFRAÇÕES
ADMINISTRATIVAS E/OU ILÍCITOS PENAIS – NÃO CONFIGURAÇÃO – AUSÊNCIA
DE PROVAS – INSTAURAÇÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR –
DESCABIMENTO – RELATÓRIO FINAL TEMPESTIVO – APLICAÇÃO DA REGRA
CONTIDA NO ARTIGO 168 DA LEI Nº.8112/90 – MEDIDA QUE SE IMPÕE – DECISÃO:
PELO ARQUIVAMENTO DO FEITO.
SÚMULA
1) Referência: Processo nº.25380.000495/2016-46. 2) Assunto: Processo Administrativo
de Sindicância, de natureza investigativa, sem a existência de contraditório, de caráter não
punitivo, que instaurei por intermédio da Portaria nº.1608/2016-Direh, de 15/09/2016, publicada
no Boletim de Serviço nº.827, de 19/09/2016, prorrogada pela Portaria nº.1719/2016-Direh, de
13/10/2016, publicada no Boletim de Serviço nº.830, de 17/10/2016, vistas a apurar a possível prática
de assédio moral no ambiente de trabalho, em razão de conduta de servidor, nas dependências do
Laboratório de Educação Profissional e Gestão em Saúde, órgão vinculado à Escola Politécnica em
Saúde Joaquim Venâncio – EsPSJV, nos termos da representação/denúncia acostada às fls.01 destes
autos, protocolada junto a esta diretoria em 23/12/2015. 3) Decisão: na forma do item 2.0 da
Portaria n°.546/2011-PR, de 05/09/2011, da Presidência da Fiocruz, publicada no DOU -
Diário Oficial da União, Seção 2, páginas 29/30, em 06/09/2011, passo a proferir minha
decisão. O processo sob exame foi inaugurado em 07 de abril de 2016, a partir da
representação/denúncia descrita no documento de fls.01, subscrito pela servidora Valéria Cristina
Gomes de Castro, matrícula Siape nº.1095747, ocupante do cargo de Tecnologista em Saúde Pública,
com lotação atual na Presidência e localização física na Escola Politécnica em Saúde Joaquim
FIOCRUZ DATA: 21/11/2016
BOLETIM DE SERVIÇO PÁGINA:21 B.S. Nº.835
Venâncio - EsPSJV. Por meio daquele expediente a indigitada servidora relata, em síntese, que
estaria sofrendo assédio moral no ambiente de trabalho, apontando como autora a também servidora
Grasiele Nespoli, matrícula Siape nº.1598283, ocupante do cargo de Pesquisador em Saúde Pública,
com lotação na Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio – EsPSJV. Acrescenta, ao final, que
já teria sido removida do setor onde vinha desempenhando suas funções, o que lhe agradou, uma vez
que se identifica melhor com o seu atual local de trabalho. Entretanto, ressalta que a medida
administrativa que apontou para a sua remoção não é suficiente o bastante para produzir efeitos no
enfrentamento do assédio moral institucional. Este subscritor, em atendimento ao requisitado pela
representante/denunciante, determinou a imediata instauração de sindicância, de natureza
investigativa, o que se deu por meio da Portaria nº.1608/2016-Direh, de 15/09/2016, publicada no
Boletim de Serviço nº.827, de 19/09/2016, tendo a comissão de sindicância, formada pelos servidores
Vitor Grando da Silva Pereira, matrícula Siape nº.1900936, CPF nº.109.945.147-78, ocupante do
cargo de Assistente Técnico de Gestão em Saúde, Luciana Bicalho Cavanellas, matrícula Siape
nº.1555133, CPF nº.981.757.007-00, ocupante do cargo de Analista de Gestão em Saúde, ambos
lotados na Diretoria de Recursos Humanos - Direh, e Márcia Mello da Silveira, matrícula Siape
nº.1631953, CPF nº.899.452.127-53, ocupante do cargo de Analista de Gestão em Saúde, com
lotação na Presidência- PR, dado início aos trabalhos apuratórios em 28/09/2016, nos termos da ata
de instalação acostada às fls.06 destes autos. Durante o transcorrer dos trabalhos a comissão adotou
as providências de estilo aplicáveis à espécie, e, ainda, expediu o memorando nº.01, de fls.07; as
correspondências de fls.08, 09 e 19; atas de deliberação de fls.10 e 22; os termos de depoimento de
Valéria Cristina Gomes de Castro, de fls.11/12 e de Paulo Cesar de Castro (fls.20/21); e o documento
que intitulou “Relato Colegiado”, de fls.13, 14, 15, 16, 17 e 18; e, finalmente, o relatório final
(fls.23/27). Às fls.23/27 destes autos figura o relatório final, por meio do qual a comissão de
sindicância, de natureza meramente investigativa, deu por encerrada as atividades apuratórias, e
baseada nos depoimentos colhidos e nos demais documentos que instruem estes autos concluiu,
unanimemente, pela improcedência da representação/denúncia efetuada pela servidora Valéria
Cristina Gomes de Castro, matrícula Siape nº.1095747, ocupante do cargo de Tecnologista em Saúde
Pública, com lotação na Presidência. Em síntese, a comissão de sindicância, em seu relatório final,
recomenda à direção da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio – EsPSJV que adote
medidas que visem mitigar os conflitos internos da unidade, com a utilização das melhores práticas
administrativas, a fim de se evitar a instauração de processos de sindicância, de natureza
investigativa, ou mesmo disciplinares, para apurar fatos que podem – e devem – ser resolvidos
internamente, de forma que questões fazem parte da rotina administrativa, ou mesmo acadêmicas,
sejam equacionadas e resolvidas sem a necessidade de deflagração de processos disciplinares que,
sabidamente, em alguns casos, consomem tempo e recursos extraordinários desnecessariamente.
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Além disso, informa que situações como a que foi objeto deste apuratório, sirvam para alertar e
propiciar reflexões das equipes, colegiados e corpo gestor, acerca do funcionamento interno da
Escola. Por fim, a comissão declara que não houve compreensão clara por parte da
representante/denunciante sobre o que consiste o assédio moral, razão pela sustenta a necessidade de
conscientização dos servidores acerca das práticas configuradoras do assédio moral, de modo que
estas sejam evitadas e, ainda, para que não ocorram acusações infundadas, as quais, imperativamente,
acabam por ensejar dispêndio de recursos de toda ordem, além de causarem, consequentemente, certa
instabilidade nas relações de trabalho. Esclareço, por oportuno, que ante a necessidade de se
combater permanentemente toda e qualquer espécie de violência no ambiente de trabalho, que atente
contra a dignidade dos trabalhadores da Fiocruz, em particular, entre elas, o assédio moral, é que foi
criada a “Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Violência no Trabalho”, por
intermédio da Portaria 340/2013 – PR, e, também, o “Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e
Raça Fiocruz”, por meio da Portaria 1066/2014 – PR. Na realidade, desde 2009 a Fiocruz conta com
o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, que tem por objetivo promover a igualdade de
oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres nas organizações públicas e privadas. Esta
iniciativa do Governo federal, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República (SPM) e do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, reafirma o compromisso de
promoção da igualdade entre os sexos, inscrito na Carta Política, de 1988. Entre as ações realizadas
pelo Comitê de Gênero e Raça da Fiocruz estão o mapeamento de dados dos componentes da força
de trabalho da Fundação, a estruturação de uma comissão para solucionar possíveis casos de assédio
moral ou sexual na instituição, além da elaboração do Dicionário Feminino da Infâmia, desenvolvido
por pesquisadores de renome envolvidos em questões relacionadas à violência contra a mulher e que
já está distribuído aos serviços de saúde para capacitar os profissionais que atuam nessa atividade.
Por fim, considerando que este processo de sindicância, de natureza investigativa, foi adequadamente
instruído com elementos suficientes à formação da convicção deste subscritor quanto à inocência dos
envolvidos; considerando que os fatos e evidências carreadas aos autos são insuficientes para
justificar, com absoluta segurança jurídica, a necessidade de instauração de PAD - Processo
Administrativo Disciplinar; considerando que o conceito de provas significa o conjunto de elementos
produzidos pelas partes visando à formação do convencimento quanto a atos, fatos e circunstâncias;
considerando que a par desse elementar conceito de provas, posso afirmar, com absoluta certeza, que
os elementos produzidos nestes autos não foram suficientes para formar a minha convicção de que a
investigada tenha sido autora de quaisquer irregularidades administrativas, ou mesmo ilícito penal, é
que decido, com fundamento nas disposições encerradas no artigo 168 da Lei nº.8112/90, acolher as
recomendações propostas pela comissão, em seu relatório final, e, ao mesmo tempo determinar o
encaminhamento destes autos à Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio - EsPSJV, para
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análise quanto a oportunidade e conveniência de adotar as medidas sugeridas pelo órgão colegiado
em seu relatório final, de fls.23/27, e, posteriormente, como medida administrativa definitiva,
determinar o arquivamento deste processo. 4) Encaminhamento: 1. Publique-se. 2. Cumpra-se. 3.
À Diretoria da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio – EsPSJV para que a sua alta
administração possa tomar e dar ciência do inteiro teor deste julgamento aos demais interessados
nesta decisão, mas sem a retirada destes autos do SGT - Serviço de Gestão do Trabalho da unidade.
Além disso, deve avaliar a oportunidade e conveniência quanto à adoção das recomendações
propostas pelo órgão colegiado, em seu relatório final. 4. Depois de cumpridas todas as formalidades
legais, restituam-se estes autos para a Coordenação de Processos Administrativos Disciplinares –
CPAD/Direh, para que esse órgão de assessoramento possa registrar todas as informações
relacionadas a este processo no sistema CGU-PAD, sistema de controle de processos instaurados no
âmbito da Administração Pública Federal pela CGU - Controladoria Geral da União. 5.
Posteriormente, deverá a CPAD/Direh, depois de adotadas todas as providências internas que visem o
pleno controle e acompanhamento deste processo pelos órgãos fiscalizadores, interno e externos,
encaminhá-lo para o órgão competente, para fins de seu arquivamento, como medida administrativa
derradeira.
Juliano de Carvalho Lima Diretora de Recursos Humanos - Fiocruz