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- Pág. 5 “ Em pouco tempo aprendi muitas coisas, tanto nas aulas teóricas como na prática no Hospital Lariboisière e no IGR (Instituto de Oncologia Gus- tave Roussy) onde fui introduzida por médicos membros e benevolentes da DSF. Tenho consciên- cia de que alguns dos conhecimentos adquiridos deverão ser adaptados à realidade do país. Valeu e agora tenho a responsabilidade de também transmitir aos demais colegas o que aprendi du- rante os 12 meses de formação”. - Ermelinda

Boletim DSF Setembro 2012 - Final

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Page 1: Boletim DSF Setembro 2012 - Final

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“ Em pouco tempo aprendi muitas coisas, tanto nas aulas teóricas como na prática no Hospital Lariboisière e no IGR (Instituto de Oncologia Gus-tave Roussy) onde fui introduzida por médicos membros e benevolentes da DSF. Tenho consciên-cia de que alguns dos conhecimentos adquiridos deverão ser adaptados à realidade do país. Valeu e agora tenho a responsabilidade de também transmitir aos demais colegas o que aprendi du-rante os 12 meses de formação”. - Ermelinda

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2 - Boletim Informativo Semestral

DSF CONTRIBUI PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM MOÇAMBIQUE

A educação é um factor fundamental no combate à pobreza e como Direito Universal, especifica-mente reafirmado na Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Revela-se fundamental agir para apoiar o Sistema Educativo Moçambi-cano a implementar as políticas e estratégias já desenhadas neste âmbito, contribuindo ao alcance nos Objectivos de Desenvolvimento do Millenium (OMD) no que diz respeito a assegurar a educação primária para todos.

Para um impacto significativo com susten-tabilidade evidenciável é necessário agir de maneira coordenada e articulada en-tre os diferentes níveis de intervenção (Central, Provincial e Distrital), envolvendo actores diversos da sociedade civil (famílias, crianças, associações comunitárias), do gover-no (gestores, coordenadores e professores) e da área técnica (especialistas em reabilitação infantil e educação inclusiva).

Para contribuir na Reabilitação Biopsicossocial e Integração das crianças vulneráveis pela condição de deficiência ou problemas de desenvolvimento e suas famílias na comunidade, a DSF está a imple-mentar em parceria com o Centro de Recursos de Educação Inclusiva (CREI) da Macia, um projecto de Educação Inclusiva “A Escola é um lugar Especial!” financiado pela Comissão Europeia, abrangendo 26 Cartaz do dia da Educação Inclusiva

Coordenação: Belmiro Sousa;Redação: Belmiro Sousa, Carla Ladeira, Isac Tsambe, Romuald Djitte;Colaboração: Álvaro Chissano, Barnabé Massingue e José MadalaEdição e Propriedade: Douleurs Sans Frontières (DSF) Moçambique;Layout e Impressão: IRI – Inteligente Rápido e InovadorTiragem: 1000 exemplares;

Financiado por:

Maputo

Rua Valentim Siti, Nº 276, 1º andar, Tel./fax: +258 21 311 230Maputo – Moçambiquewww.douleurs.org

Beira

Bairro da MangaCidade de Beira

Chókwè

Avenida de Moçambique2º Bairro da cidadeTel./fax: +258 281 20 309

escolas da província de Gaza, nos distritos de Bilene, Chókwè, Chibuto, Guijá, Massingir e Xai-Xai.

A qualidade de vida de cada um e do mundo que nos envolve depende, em parte, de nós! A dor e o sofri-mento associados a condição de deficiência, roubaram o sorriso das crianças que, no Moçambique rural, sobrevivem atrás das grades da discriminação, do preconceito, das crenças e feitiçarias. No entanto há algo que podemos fazer, cada um de nós, no seu lugar, pode influenciar para a defesa dos direitos das pes-soas com deficiência.

Mais informações estão disponíveis em educacaoinclusivamz.blogspot.com

Por: Carla Ladeira

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APED REFORÇA O ATENDIMENTO DA DOR EM MOÇAMBIQUE

Em 2011, a Associação Portuguesa de Estudo da Dor (APED) e a DSF assinaram um acordo

de parceria, com o objectivo partilhado de coordenar, promover, animar e desen-

volver todas as acções que tenham por resultado a avaliação, trata-mento da dor e os Cuidados Palia-tivos em Moçambique. No âmbito deste acordo, veio em Moçambique o Presidente desta Associação, o Dr. Francisco Duar-

te Correia, onde de 17 de Junho a 5 de Julho ele realizou com a DSF várias activida-des a destacar:

• A formação na Beira em colaboração

com a Direcção Provincial de Saúde de Sofala, de 21 médicos de

clínica geral do Hospital Central da Beira (HCB) e das Unidades Sanitá-rias de periferia sobre a avaliação e tratamento da dor usando o curso

“Pain Management State of the Art”

alternando entre teoria e prática na Unidade da Dor e nas Unidades Sanitárias de proveniência dos participantes.

• O apoio técnico e aconselhamento às Unidades da Dor do Hospital Central de Maputo (HCM) e HCB assim como os Gabinetes de consulta da Dor do Hospital Provincial de Xai-Xai (HPX) e do Hospital Rural de Chibuto, onde se realizaram consultas conjuntas.

• Visitas aos pacientes acompanhados no âmbito dos Cuidados Domiciliários (CD) para apoiar os Agen-tes de CD e os enfermeiros supervisores de CD.

• A facilitação de 2 palestras no HPX sobre o diag-nóstico, tratamento e controlo da dor, classifi-cação da dor, dor como um dos sinais vitais e meios de medição da dor. Participaram em cada sessão, 30 profissionais de saúde.

A Unidade da Dor do HCM e a DSF estão a colabo-rar com o apoio da APED para a criação de uma As-sociação Moçambicana de Estudo da Dor que será um capítulo Moçambicano da Associação Interna-cional de Estudo da Dor (IASP).

Douleurs Sans Frontières - 3

PUBLICAÇÕES• UmaentrevistanoJornal“Sol”,a25deMaiode2012,abordandoa

integraçãodasacçõesdeprotecçãodacriançacomasáreasdein-tegraçãosocialeeducativadascriançascomdeficiência,contandocomaparticipaçãodaDSFedoMovimentoEducaçãoparaTodos(MEPT).

• Umprogramadeacçõesdedifusão radiofónicaestáaserdesen-volvidocomasrádioscomunitáriasemChókwè,Chibuto,Xai-XaieMacia,procurandoInformaresensibilizarsobreaprevençãoepro-moçãodoaconselhamento,testagememsaúdeedatransmissãovertical;Sensibilizarsobreainclusãodascriançascomdeficiênciaedificuldadesdeaprendizagemnaescolaversusdireitosdascrian-ças,bemcomoumaalusãoàcomemoraçãodoDia3deDezembro;informarsobreacriaçãodoFórumProvincialparaaInclusãoape-lando à participação dos interessados e divulgando as principaisdecisões;informarsobreoprogramada1ªpalestrasobreaeduca-

çãoinclusiva,apelandoàparticipaçãodetodososinteressadospelatemática.

• Umblog(educacaoinclusivamz.blogspot.com)égeridocominfor-maçãoactualizadasobreasactividadesemcurso,acçõesetemasrelacionados com a educação inclusiva, partilha demateriais deintervenção,referênciaabibliografia,estudoseoutrosprojectosdemérito.

• ArtigosobreamelhoriadosserviçosdadoremMoçambique.Fon-tes:- http://enews.iasppain.org/AM/Template.cfm?Section=April

_2012&CONTENTID=15539&SECTION=April_2012&TEMPLATE=/CM/ContentDisplay.cfm

- http://www.apeddor.com/index.php?lop=conteudo&op=a5bfc9e07964f8dddeb95fc584cd965d&id=fb89705ae6d743bf1e848c206e16a1d7

Por: Carla Ladeira

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Reforço das Redes de Gabinetes de Consulta da dor

Como anunciado no último número des-te Boletim Informativo, os Gabinetes de Consulta da Dor do Hospital Provincial de Xai-Xai e do Hospital Rural de Chibu-to já estão funcionais, com consultas da dor regulares e uma equipa móvel intra--hospitalar.

O seu arranque concretizou-se depois de 2 sessões de formação de prepa-ração, orientadas pela Dra. Teresa Schwalbach, Coordenadora da Unidade da Dor do Hospital Central de Maputo e pela enfermeira Margarida Muianga em serviço na mesma Unidade, de 7 a 11 de Maio em benefício de 34 médicos e enfermeiros dos Hospitais Provincial de Xai-Xai e Rural de Chibuto.

Expansão geográfica dos Cuida-dos Domiciliários (CD)

A DSF iniciou no mês de Março último as actividades de CD nos Distritos de Mabalane e Chigubo, como resultado da solicitação da Direcção Provincial de Saúde de Gaza que advoga para que os Distritos do Norte da Província façam também objecto de atenção da parte das organizações de cooperação. Assim os Distritos cobertos pela DSF passam de 5 para 7, além da Cidade de Xai-Xai.

(Xai-Xai, Chibuto, Chókwè, Massingir, Guijá, Mabalane e Chigubo). Deste feito, as organizações comunitárias parceiras passaram de 12 para 14, mobilizando 280 Agentes de Cuidados Domiciliários (ACDs).

Nos finais de Março foram treinados na prática dos CD 29 ACDs das associações Ntwanano e Apapurg activas respecti-vamente em Mabalane e Chigubo.

No dispositivo de CD coordenado pela DSF em Gaza, mensalmente o movi-mento de doentes é de 1728 em média, dos quais 66.2% são de sexo feminino, e do mesmo universo 20.1% é grupo etá-rio ≤ 18 anos. São casos frequentes nos CD complicações do TARV, Tuberculose, neuropatias, sarcoma de Kaposi, HTA, AVC e outros. As combinações entre TB e HIV verificados atingiram 80% dos do-entes.

2361 é o cumulativo de doentes assisti-dos nos CD de Janeiro a Junho 2012 e destes saíram 310, dos quais 26% foram óbitos.

Uma parceria comunitária dinâ-mica em busca de sustentabili-dade

A DSF colabora activamente nos CD com as Associações Comunitárias de Base (OCB) e os Comités Comunitários de Protecção da Criança (CCPC).

OCB: Trata de associações ancoradas na comunidade onde dispõem de muita credibilidade e legitimidade. Garantem a sustentabilidade das acções iniciadas com elas nas comunidades tanto pela demanda que animam favorecendo as-sim a qualidade da oferta de serviços como pelas suas participações activas na estruturação de dispositivos comu-nitários (por exemplo os Cuidados Do-miciliários).

CCPC: Moçambique apresenta níveis elevados de pobreza e altas taxas de prevalência do HIV, resultando em ele-vado número de crianças afectadas por HIV e SIDA que recebem apoio externo inadequado.

A criação dos CCPCs, parte do princí-pio segundo o qual a criança pertence a uma comunidade, e esta deve ser a primeira alternativa para acolhe-la em caso de necessidade.

Esses CCPCs já trouxeram a prova de que uma abordagem integrada e sisté-mica de protecção social da criança, an-corada em um sistema de gestão comu-nitária de casos, pode produzir maiores resultados para as crianças.

De comum acordo com as associações e ACD, uma parte dos subsídios desses é paga em valores monetários enquanto outra parte é aplicada nas actividades

VERTENTES DE INTERVENÇÃO

4 - Boletim Informativo Semestral

Formação de médicos e enfermeiros do HPX e Hospital Rural de Chibuto

Atendimento da Dor e Cuidados Domiciliários

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Apoio Psicossocial, Desenvolvimento Comunitário e Educação InclusivaO sector de Apoio Psicossocial desen-volve uma visão abrangente do con-ceito de apoio e de pessoa. Privilegia uma visão holística da pessoa como um sistema em interacção com sistemas cada vez mais alargados, como sejam a família, a escola, a comunidade. Nes-ta perspectiva sistémica a intervenção é desenhada para diferentes campos de acção, como sejam: intervir com a criança/indivíduo; intervir com a família; intervir com a escola; intervir com a co-munidade; intervir com os decisores e intervir na sociedade.

Apoio Psicossocial

De Março a Agosto do ano em cur-so, podemos destacar os seguintes resultados:

• 2527 Frequências de crianças (1518 rapazes e 1009 raparigas) nos Centros de Reabilitação In-fantil (CRI) de Chókwè e Chibu-

to;• 154 Crianças (76 rapazes e 78

raparigas) foram assistidas pe-los educadores, em Gaza e Bei-ra em oficinas de reabilitação, aprendizagem, socialização e motricidade;

• 402 Consultas de Psiquiatria e de Psicologia foram realizadas

nos CRIs de Chókwè e de Chibu-to, no Centro de Saúde de Mas-singir;

• 2333 Crianças vulneráveis e suas famílias beneficiaram de visitas domiciliárias realizadas pelos ACDs, das quais 1459 em Chókwè, 96 em Chibuto, 302 em Massingir, 39 em Guijá e 437 em

que, depois de um ano passado na Fran-ça onde ela seguiu 2 formações de nível superior:

• Diploma Universitário: “formação dos profissionais de Saúde ao atendimen-to da dor” do Hospital Lariboisière - Faculdade da medicina da Universida-de Paris VII. O Curso foi frequentado com sucesso,

• Diploma Universitário: Dor oncológi-ca do Instituto de Oncologia Gustave Roussy (IGR) – Universidade Paris XI. Ainda aguarde-se os resultados finais.

A formação dessa profissional de saúde foi possível graças à uma bolsa da Em-baixada de França em Moçambique.

Entrega de medicamentos e materiais

A Ermelinda na 1ª pessoa “ Em pouco tempo apren-di muitas coisas, tanto nas aulas teóricas como na prática no Hospital Lariboisière e no IGR onde fui introduzida por médicos membros e benevolentes da DSF. Tenho consciência de que alguns dos conhe-cimentos adquiridos deverão ser adaptados à reali-dade do país. Valeu e agora tenho a responsabilida-de de também transmitir aos demais colegas o que aprendi durante os 12 meses de formação”.

de geração de rendimentos concebidas de maneira con-

certada dentro da asso-ciação com a ajuda dos

serviços económicos distritais e dos téc-

nicos de apoio institucional e

organizacional da DSF.

Capacitação dos recursos huma-

nos

A enfermeira supervisora de Cuidados Domiciliários, a Ermelinda Cumaio já está de regresso a Moçambi-

ÁREAS E GRUPOS ALVO

APOIO PSICOSSOCIAL

•700criançasvulneráveisdosDistritosdeChókwè,Guijá,Mass-ingir,Chibuto,Xai-xaieBileneemGazaecidadedaBeiraemSofalareceberamaopiodirecto;

•PaisdecriançasvulneráveisnoDistritodeChókwè;

•Cercade300AgentesdeCuida-dosDomiciliários(ACDs).

DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO

•14AssociaçõesComunitárias(OCBs);

•20ComitésComunitáriosdeProtecçãodaCriança(CCPCs);

•6CentrosComunitáriosdeDesenvolvimentoJuvenilCCDJs).

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

• CentrodeRecursosdaEducaçãoInclusivadaZonaSul,SituadonaMacia,Gaza;

•26EscolasInclusivasnaProvín-ciadeGaza;

•ProfessoresePessoaldeApoio,GestoresdaEducação,Famílias,LídereseEstruturasComunitárias,GestoresdeSaúdeeAcçãoSocial.

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conhecimentos e recursos para desenvolverem uma actividade de inserção económica na co-munidade, num período de ca-pacitação e estágio de 6 meses. Estes jovens organizaram em Junho último, uma exposição na ocasião da visita de uma equipa da Agência Francesa de Desen-volvimento (AFD) no CCDJ da associação Kuhlayissa em Mas-savasse (Distrito de Chókwè).

• Foi assinado um memorando de entendimento entre a DSF e a DPS de Gaza para a transferên-cia dos CRIs para a tutela da Saú-de no final de 2012;

• Foram realizadas actividades comemorativas do Dia Interna-cional da Criança nos CRIs con-tando com a participação de 150 crianças num programa lúdico, social e de plena participação;

• Um CRI em construção e apetre-chamento na Bairro da Manga, cidade da Beira que será inaugu-rado ainda em 2012;

• Os educadores do CRI de Chókwè frequentaram uma capacitação em utilização dos programas do Microsoft Office para poderem acompanhar as actividades das crianças no uso de computadores.

dades de reabilitação infantil, bem como um guião com suges-tão de actividades e dicas para exploração das potencialidades dos recursos adquiridos, em fun-ção do perfil de cada criança;

• 57 Jovens dos 6 Centros Comu-nitários de Desenvolvimento Juvenil (CCDJ) foram formados e preparados com experiência,

6 - Boletim Informativo Semestral

Desenvolvimento Comunitário

Formaçao de jovens dos CCDJs sobre artesanato

Xai-Xai;• 91 Crianças (37 rapazes e 54 ra-

parigas) beneficiaram de activi-dades de apoio escolar nas ofici-nas de aprendizagem, das quais 40 no CRI de Chókwè e 51 no CRI de Chibuto;

• Os CRIs receberam material lúdico e pedagógico para o de-senvolvimento das suas activi-

É objectivo da DSF contribuir para poten-ciar os actores que trabalham em prol do bem-estar da criança nas comunidades, com maior participação das crianças e jovens na vida associativa e em acções empreendedoras, através de pequenos projectos de inserção económica na co-munidade. Fortalecer os mecanismos de resposta baseada na comunidade, nome-adamente a autonomia das OCBs, a acção dos CCPCs e o empreendedorismo dos CCDJs tem orientado as acções da DSF no terreno:

• Treino de 29 ACDs (15 em Mabalane e 14 em Chigubo), sobre a resiliência e o atendimento de crianças órfãs e vulneráveis, em complementaridade dos temas de cuidados domiciliários;

• Apoio institucional e organizacional a 14 associações comunitárias, 6 CCDJs e 20 comités comunitários de pro-tecção da criança em Chókwè, Guijá e Chibuto;

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• Reforço às capacidades das Associações parceiras de imple-mentação, com vista a criar condições para a sustentabi-lidade das suas actividades, nomeadamente na gestão de projectos de geração de renda em agropecuária, padaria, construção civil, carpintaria e costura e implementação de um dispositivo de cuidados domiciliários;

• Apoio organizacional e institucional aos CCPCs na sua missão de gestão de casos de crianças vulneráveis nas suas comunidades;

• Apoio aos jovens dos CCDJs na gestão dos seus projectos de inserção económica, nas áreas de carpintaria e costura.

Num exemplo de solidariedade sem limites, o movimento da Formiga Juju conseguiu assegurar o financiamento para o projecto “A Formiga Juju e o Sapo Karibu”, ultrapassando em 17% o objectivo a que se propunha. A campanha de angari-ação de fundos, mobilizada através do site PPL (www.ppl.com.pt), gerou 7001 euros que serão aplicados na produção de um livro infantil, um vídeo em língua gestual, um puzzle e uma biblioteca ambulante. A DSF desenvolve uma parceria proactiva com o Movimento da Formiga Juju, dando as mãos em prol da construção de igualdade de oportunidades e acesso à leitura das crianças com dificuldades de aprendizagem. Os recursos da Juju fazem parte da nossa “mala de ferramentas” para explorar com os professores, famílias e crianças com necessidades educativas especiais (NEEs), espe-cialmente na província de Gaza.

A DSF fortaleceu, ao longo deste ano, diversas parcerias com individualidades, grupos informais e empresas, recolhendo donativos para apoiar a aprendizagem das crianças nos CRIs, o desenvolvimento de projectos de inserção económica de jovens ou o fortalecimento da capacidade organizacional das OCBs. Exemplos disso foram o Grupo de Voluntários com Asas da TAP Portugal, a Empresa Novabase de Portugal, um Grupo de Padrinhos de Portugal e um grupo de jovens universitários voluntários da ONG AHEAD, através do Programa PUMAP.

Estágio do dr. Pascal Kande Nkula, estudante do curso de Mestrado em comunicação, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Edu-ardo Mondlane. Neste âmbito, surgiu uma parceria para a elaboração da uma estratégia de comunicação para a DSF em Moçambique.

Educação Inclusiva

• Acções de sensibilização contínuas para a compreensão e identificação de crianças com deficiência nas comunidades, pela participação de educadores, ACDs e técnicos da DSF;

• Programa de actividades inclusivas no Centro de Recursos de Educação Inclusiva (CREI) e CCDJs, mobilizando crian-ças e jovens, com e sem deficiência, contando com a par-ticipação plena de 230 crianças/jovens, nomeadamente em encontros de desenvolvimento de habilidades para a vida e comemoração de datas marcantes, como o Dia Internacio-nal da Criança;

• Realizada em Setembro uma reciclagem de conhecimentos a 120 ACDs, no âmbito do atendimento, aconselhamento e encaminhamento dos casos de crianças com deficiência em situação de vulnerabilidade nas comunidades;

• Decorreu em Agosto o 1º encontro do Fórum Provincial para a Inclusão (FPI) em Gaza, o qual pretende proporcionar um encontro entre parceiros, beneficiários e outros interessa-dos sobre as temáticas da inclusão social da pessoa com deficiência, na província de Gaza. Estão previstos encontros trimestrais;

• Realizados, em Abril e em Julho/Agosto, o Módulo I e II de formação em educação inclusiva a professores e gestores da educação em Gaza, contando com a participação dos representantes do Departamento de Educação Especial do MINED. São participantes neste plano de formação contínua em serviço;

• Realizada uma acção simbólica de comemoração do Dia da Educação Inclusiva, 18 de Maio, com a produção de cartazes recorrendo ao uso de uma comunicação aumentativa com pictogramas;

• Reabilitação de 1 sala em 10 das 26 escolas inclusivas para a realização de actividades de counselling aos professores, ori-entação à família e apoio directo com crianças com dificul-dades de aprendizagem;

• Iniciado em Setembro o programa de apoio contínuo aos professores das 26 escolas inclusivas (counselling), observa-

ção de aulas e discussão de casos, apoio às famílias e atendimento directo às crianças em 26 escolas envolvidas no projecto de educação inclusiva em Gaza;

• Apoio às actividades de um grupo cul-tural inclusivo no CREI da Macia tendo como um dos objectivos uma actuação na primeira palestra da educação inclu-siva a 6 de Outubro no CREI de Gaza;

• Foram identificados grupos de pais de crianças com deficiência para par-ticiparem em grupos de auto-ajuda nas suas comunidades, a iniciar em Outubro de 2012;

• Edição de conteúdos e distribuição de um vídeo passo a passo de apoio à educação inclusiva, intitulado “Edu-cação para todos” destinado a apoiar a capacitação de professores e outros actores da educação na adaptação de recursos e estratégias para/com grupos inclusivos;

• Aquisição de um software de apoio à comu-nicação e produção de ferramentas de tra-balho para os professores e actores da edu-cação usarem com crianças que apresentam necessidades educativas especiais. Este soft-ware permite a tradução de texto em ima-gens (fotos, desenhos ou pictogramas), usar saída de voz, criar grelhas de comunicação aumentativa e alternativa e criar materiais ped-agógicos mais apelativos e adaptados às necessidades de cada criança. Este software é um recurso do CREI em Gaza, ao qual os professores e gestores da educação poderão recorrer.

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PERSPECTIVAS ATÉ FINAIS DO ANO 2012

• Consolidarasacçõesjáiniciadasdedinamizaçãodegruposdeajudamútuacomfamílias,consultasnasescolaseapoioaosprofessoresefamílias,sensibili-zaçõeseidentificaçãodeagregadosfamiliarescomcriançascomdeficiência;

• Influenciar para o acesso à educação das criançascom problemas de desenvolvimento, nomeada-mentecomdeficiência,considerandocomoindica-doresataxadematrículadecriançascomNEEsnoanolectivode2013;

• Difundirmensagensdeinformação,sensibilizaçãoeapeloàparticipaçãodetodosemeventosrelaciona-doscomaeducaçãoinclusivaeosdireitosdapes-soa comdeficiência, através de spots radiofónicosemChókwè,Chibuto,Xai-XaieMacia,deOutubroaDezembrode2012;

• Apoiar iniciativas de comemoração do Dia 3 deDezembroemparceriacomoCREIdaMacia

• Manteroblog comoumespaçodinâmicodepar-tilhaedocumentaçãodeacçõeserecursossobrea

Atendimento da Dor e Cuidados Domiciliários

• Realizarumestudovisandocatalogarasboaspráti-casnoesquemadeCuidadosDomiciliárioscoorde-nadopelaDSF;

• Difundir spots de rádio em parceria com a RádioVembedeChókwèsobrediversastemáticascomoaPTV,ousodepreservativos,aadesãoaoTARV-TBB;

• Actualizar os conhecimentosdosACDdaprovínciadeGazasobreaPTV,HIVpediátricoenutrição;

• Continuar a assistência técnica e matéria às Uni-dadesdadordoHCMeHCBenosGabinetesdeCon-sultadadordoHPXeHRC;

• Consolidar as acções de Cuidados Domiciliários noâmbitodasredesdecuidadosemSaúde.

APS, Desenvolvimento Comunitário e Educa-ção Inclusiva

• InauguraroCRInaBeiraemNovembrodoanoemcurso;

educaçãoinclusiva;• Fortaleceredesenvolverparceriasparaumaacção

concertada,sólidaecomimpactonaáreadaeduca-çãoinclusiva,apoiopsicossocialedesenvolvimentocomunitário.

• OrganizarumafestinhaalusivaaodiadafamíliaemDezembroquepossaanimarumpouquinhoavidade algumas crianças em Chokwe e Chibuto (comactividades a realizar nos Centros de ReabilitaçãoInfantil-CRI).Éumainiciativavisandorasgarmaisunssorrisosefazerbrilharoolhardestespequeni-nosserescheiosdesonhos!!Porisso,aDSFpretendecomavossaajudaencherosacodo“painatal”.Sãocriançascomidadescompreendidasentreos5eos16anos,meninosemeninasávidosdealgoqueosfaça brincar ao faz de conta ...e talvez o amanhãpossamesmosermelhorqueohoje!!

Contacto: Carla Ladeira : 821274550

Capa do vídeo “Educação para todos” destinado a apoiar a capacitação de professores e outros actores da educação na adaptação de recursos e estratégias para /

com grupos inclusivos.