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Boletim Esperança – Página 1
Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano 1, N. 4 AGOSTO, 2009
EXPEDIENTE
Direção do Jornal: Rafael Rodrigues
Secretária: Regina Celia
Revisora: Giannina Laucas
Colaboradores:
Ana Guimarães Geraldo Guimarães
Vanessa Bianca Allan Laucas Pereira
Jurandyr Paulo Júlia Solino
DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Presidente: Jurandyr Paulo
Vice-presidente: Geraldo Guimarães
Secretária: Vanessa Bianca
Tesoureiras: Cristiane Drummond e Cláudia Passarelli
OBRIGADO POR COLABORAR
COM O SUCESSO DO
XIX FEIRÃO BENEFICENTE
PRÓ-MANSÃO DO CAMINHO. GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA
NESTE BOLETIM
Capa
EDITORIAL
Páginas 02 e 03
DIVALDO FRANCO
Página 04
NOTÍCIAS DO FEIRÃO
COLUNA DO CAMINHO
ANIVERSARIANTES DO MÊS
SERVIÇO DE UTILIDADE
Página 05
MENSAGEM DO MÊS
LIVRO DO MÊS
A NOSSA ESCOLA
Página 06
PASSATEMPO ESPÍRITA
Página 07
ENCONTRO COM A CIÊNCIA
PROGRAMAÇÃO DA CASA
“PAZ PELA PAZ”
Página 08
A OUTRA FACE
DATAS IMPORTANTES
EDITORIAL
O tempo, esse grande benfeitor da humanidade, vai passando. Algumas coisas, junto com ele, vão passando e desaparecendo, por falta de estrutura ou por negligência. Outras vão se sedimentando, criando raízes, tornando-se fortes, movidas pelo entusiasmo, otimismo ou mesmo pela teimosia de idealistas, os que transformam o mundo e tornam melhores os seres humanos.
Assim caminha a humanidade e com ela caminhamos também. O nosso Boletim segue, também, caminhando e, sob a batuta
idealista de alguns companheiros que não “deixam a peteca cair”, ele vai se robustecendo, ganhando corpo. Hoje nós o estamos oferecendo de “cara nova”, em papel especial, isso porque estamos em festa, é mês de agosto e, como acontece todos os anos, há décadas, Divaldo Pereira Franco, o grande tribuno espírita, está conosco realizando um périplo em nossa cidade.
Aproveitemos a oportunidade, comparecendo às conferências e
confraternizando-nos nesses momentos especiais. Um forte abraço da
EQUIPE
Boletim Esperança – Página 2
DIVALDO PEREIRA FRANCO O EMBAIXADOR DA PAZ
Um dos passos iniciais no estudo de
um fenômeno histórico é situá-lo no
tempo e no espaço para, a partir do
contexto em que se insira, compreendê-lo
melhor.
A Europa, no final da década de 20,
estava devastada pelo conflito interna-
cional de proporções épicas. O ritmo
acelerado de reconstrução ainda não fora
capaz de cobrir todas as marcas deixadas pela Primeira Grande
Guerra. O estouro das bombas dera lugar às reuniões animadas ao
som de músicas agitadas, como as de Duke Ellington. A caristia que
imperara até então dera espaço à excentricidade dos hábitos e à
fartura geral.
Nos Estados Unidos, a lei que impedia o consumo de bebidas
alcoólicas, em vigor há mais de dez anos, dava a impressão de ter
caído no esquecimento, pois os clubes noturnos funcionavam a todo
vapor, movimentando as grandes capitais americanas.
Motivada pelo otimismo provocado pela tão desejada paz, a
euforia contagiava o mundo inteiro, fazendo crer que o futuro seria
feliz, uma vez que o “bem” derrotara, definitivamente, o “mal”. A
década de 30 não demorou a abalar essa confiança geral, expondo
a fragilidade das bases nas quais esperava-se construir a felicidade
coletiva. A época era marcada por acirrados conflitos ideológicos
em que grupos com posições antagônicas, se analisados de perto,
revelariam um pensamento semelhante por conta dos valores
essencialmente materialistas que adotavam, distantes do
determinismo do mundo espiritual que visava ao amor, à
solidariedade e ao bem. Ignoravam que a raiz do sofrimento
material estava na miséria moral.
No Brasil, os efeitos da crise iniciada na Bolsa de Nova York
eram sentidos com marcada intensidade, em razão do abalo que
provocava em nossa balança comercial. Considerando a agitação
política no país, o presidente de Minas Gerais (Antônio Carlos
Ribeiro de Andrada) preocupado com a eminente ruptura da
“Política do Café-com-Leite”, certa feita disse, em um discurso no
ano de 1929: “Façamos a revolução pelo voto antes que o povo a
faça pela violência”. As palavras indicavam a gravidade do
momento. Não houve jeito, enfrentaram-se paulistas de um lado e
gaúchos e mineiros de outro. Integralistas e comunistas discutiam
em cada esquina, mas a grande maioria era mantida
convenientemente desinformada, útil apenas como massa de
manobra. Júlio Prestes, eleito Presidente da República pela
apuração nas urnas, em março de 1930, não tomou posse, pois
uma junta militar assumiu o poder e nomeou Getúlio Vargas para o
cargo, escrevendo o capítulo final da história da República Velha e
prefaciando o surgimento do Estado Novo.
Já nessa época, os efeitos da globalização eram sentidos por
aqui. A impressão era a de que uma borboleta batera as asas em
Nova York e provocara um furacão na Guanabara. Triste momento
político vivia o país, com brasileiros se armando para lutar contra
brasileiros.
A agitação, antes sinal do otimismo geral, agora indicava a
preocupação com os efeitos da crise econômica. As grandes
potências passaram a se ocupar com a recuperação de suas
próprias economias, relegando questões relativas à política externa
a segundo plano. Na Alemanha, a falta de legitimidade de seus
líderes, somada à falência política e financeira, e à falta de
fiscalização externa, criaram o cenário ideal para que o Partido
Nacional Socialista tomasse o poder, em 33, e passasse a governar
com ênfase no desenvolvimento industrial e militar do país.
Começava a germinar a semente da II Grande Guerra, plantada no
Tratado de Versalhes, assinado ao final da I Grande Guerra.
Essa é a época e é esse o contexto histórico em que, em Feira
de Santana, surge o nosso protagonista. Localizada no Recôncavo
baiano, a cidade também era conhecida como a Princesa do Sertão.
Suas ruas eram retilíneas e largas e o casario era branco. Tratava-
se de um vigoroso entreposto commercial, especialmente no que diz
respeito ao comércio de animais. Levantamentos da época indicam
que aconteciam cerca de 50 feiras-livres por ano, nas quais eram
abatidos em torno de sete mil bois, com os quais eram atendidos
compradores que vinham de toda parte. A principal preocupação
dos feirenses continuava sendo a seca que maltratava o rebanho.
Nesse clima de paz, indiferentes aos maus presságios vindos do
Hemisfério Norte, o comerciante Francisco Pereira Franco e sua
esposa Ana Alves Franco cuidavam de sua numerosa prole. No
quinto dia do mês de março de 1927, nasceu o décimo terceiro filho
do casal, Divaldo Pereira Franco, mais um filhinho a demandar
atenção e cuidados. Se tivessem consciência da importância da
tarefa que lhes fora confiada pelo Alto, talvez sofressem o peso da
responsabilidade. Aquele baianinho não era apenas mais um filho
de Francisco. Quem, àquela altura, ousaria prever a importância de
sua missão na Terra. Quem imaginaria que pernas tão pequenas e
frágeis iriam, mais tarde, cruzar o mundo? Quem julgaria que aquele
delicado aparelhamento vocal o faria ouvido ao redor do planeta?
Pois era essa, justamente, a sua missão: espalhar pelo Globo a
mensagem do Espiritismo, prestando-se ao papel da pedra que cai
no lago criando ondas de propagação da mensagem do cristianismo
redivivo. Como na teoria do matemático norte americano Edward
Lorenz, ele seria a borboleta que bate asas no Nordeste brasileiro e
provoca furacões nos corações espalhados pelos quatro cantos da
Terra. Maktub.
Em tempos de crise, a informação se transforma em ferramenta
valiosa. Em resposta ao preocupante quadro de agitação no mundo,
na primeira metade do século XX, o Plano Mais Alto destinou a
alguns espíritos de escol a missão de divulgar a Boa Nova, dando
sequência ao trabalho do Codificador do Espiritismo, Allan Kardec.
Antes do primeiro contato com a doutrina espírita, Divaldo já se
relacionava regularmente com desencarnados e, com inabalável
naturalidade, lidava com os companheiros que se manifestavam,
dentre os quais destacava-se o pequeno Jaguaraçu, um indiozinho
que aparentava ter cinco anos como ele. Essa tranquilidade não
compartilhada pelas pessoas com as quais convivia e
disso, chegaram a lhe indicar o caminho do manicômio.
pelo Alto e movido pela vocação para o bem, não tardou até que
encontrasse Dona Ana Ribeiro Borges, espírita de notável
sabedoria, que o orientou em seus primeiros passos n
pentateuco espírita e no exercício da mediunidade.
Após sua estréia como orador no dia 27 de março de 1947,
ocasião em que, inspirado por Humberto de Campos, proferiu sua
primeira palestra, os compromissos com a missão abraçada se
tornaram mais duros, impondo ao médium uma rotina de dedicação
contínua ao trabalho.
A tarefa mediúnica e o cargo ocupado no IPASE
dezoito anos, tomavam-lhe quase todo o tempo mas, i
em setembro do mesmo ano, iniciou o trabalho para a
Centro Espírita Caminho da Redenção, em parceria com seu amigo,
companheiro e irmão Nilson de Souza Pereira. O relato resumido
não traduz fielmente o evento em si, pois o esforço para transformar
esse sonho em realidade demandou anos para se materializar e
dependeu do auxílio de diversos companheiros como os senhores
José Nunes de Mattos Filho e Newton Martins O’dwyer
Um ano depois, quando voltavam de trem da cidade de
Plataforma, Nilson teve uma visão que antecipava a construç
Mansão do Caminho, que se revelaria, mais tarde
importantes projetos de suas vidas. Nela seria desenvolvido um
trabalho de educação, com o emprego de lares substitutos.
construção não tardaria, graças ao esforço do grupo de
companheiros de Divaldo, composto por desencarnados e
encarnados. Estavam plantadas as sementes do
trabalho assistencial que daria riquíssimos frutos mais tarde
O que o futuro lhe reservava, talvez, nem o pr
imaginar. Importa dizer que o reconhecimento internacional
.
Boletim Esperança – Página 3
aguaraçu, um indiozinho
a tranquilidade não era
as pessoas com as quais convivia e, por força
o caminho do manicômio. Assistido
não tardou até que
Dona Ana Ribeiro Borges, espírita de notável
seus primeiros passos no estudo do
a mediunidade.
a estréia como orador no dia 27 de março de 1947,
inspirado por Humberto de Campos, proferiu sua
com a missão abraçada se
rotina de dedicação
A tarefa mediúnica e o cargo ocupado no IPASE, desde os
lhe quase todo o tempo mas, incansável,
iniciou o trabalho para a fundação do
em parceria com seu amigo,
O relato resumido
pois o esforço para transformar
esse sonho em realidade demandou anos para se materializar e
como os senhores
José Nunes de Mattos Filho e Newton Martins O’dwyer.
quando voltavam de trem da cidade de
Plataforma, Nilson teve uma visão que antecipava a construção da
mais tarde, um dos mais
seria desenvolvido um
com o emprego de lares substitutos. Sua
graças ao esforço do grupo de
desencarnados e
s sementes do espetacular
mais tarde.
nem o próprio ousasse
conhecimento internacional como
um dos médiuns mais dedicados e capazes de que se tem notícia
não lhe furtou jamais a simplicidade. Líder manso, mas enérgico,
comanda uma legião de servidores do Cristo que o auxiliam
tarefa. Orientado em suas atividades pelo E
Joanna de Ângelis, proferiu mais de 11.000 conferências em mais
de 2.000 cidades pelo Brasil, além de outros 62 países por todo o
mundo. Pela psicografia, publicou mais de 202 livros
milhões de exemplares em 16 idiomas.
O que faz de Divaldo Pereira Franco uma pessoa diferente das
demais? Ele é um desses companheiros de jornada
naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos,
que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes
existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores
dores, somente pedindo a Deus que as possam suporta
murmurar” (Evangelho Segundo o E
103, 112. ed., FEB, 1996). Seu compromisso não se limita à
assimilação de conceitos, mas vai além, colocando
o que aprendeu. O espiritismo não existe para ser ape
existe sim para ser experimentado
prova de que não há lição que se complete se não for aplicada na
prática.
Durante o caminho que escolheu
excomunhão, cusparadas e ameaças físicas, mas
cansaço e a doença o alcançara
Desde o encontro com sua
anos de idade, sua primeira manifestação de vidência,
menino cresceu e se tornou um dos homens mais dignos
nossos tempos.
Divaldo não veio para ser o efeito
transformações que se operariam no íntimo de pessoas de todas as
nacionalidades. Ele não veio para se adaptar ao mundo, mas para
ajudar o mundo a se adaptar ao ideal cristão.
que pode ser resumida em uma frase de
mudança que você quer ver no mundo
um dos médiuns mais dedicados e capazes de que se tem notícia
simplicidade. Líder manso, mas enérgico,
comanda uma legião de servidores do Cristo que o auxiliam na
entado em suas atividades pelo Espírito da Veneranda
proferiu mais de 11.000 conferências em mais
além de outros 62 países por todo o
publicou mais de 202 livros, com mais de 8
milhões de exemplares em 16 idiomas.
ereira Franco uma pessoa diferente das
Ele é um desses companheiros de jornada com “instintos
naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos,
que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes
existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores
dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem
murmurar” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 09, p.
. Seu compromisso não se limita à passiva
assimilação de conceitos, mas vai além, colocando em prática tudo
. O espiritismo não existe para ser apenas estudado,
existe sim para ser experimentado, para ser vivido. Divaldo é a
não há lição que se complete se não for aplicada na
Durante o caminho que escolheu, foi atacado com calúnias,
excomunhão, cusparadas e ameaças físicas, mas jamais cedeu. O
cansaço e a doença o alcançaram, mas ele jamais fraquejou.
avó, Dona Maria Senhorina, aos 04
sua primeira manifestação de vidência, até hoje, o
menino cresceu e se tornou um dos homens mais dignos dos
Divaldo não veio para ser o efeito, mas sim a causa de muitas
transformações que se operariam no íntimo de pessoas de todas as
para se adaptar ao mundo, mas para
ajudar o mundo a se adaptar ao ideal cristão. Sua vida é uma lição
que pode ser resumida em uma frase de Mahatma Gandhi: “Seja a
mudança que você quer ver no mundo”. Muita paz.
Rafael Rodrigues
Boletim Esperança – Página 4
NOTÍCIAS DO FEIRÃO
Chegou o grande dia e o momento em que nos reunimos
com a Grande Família espírita do Brasil e de outras plagas do orbe. Foi e é um prazer muito grande trabalhar nesse magnífico encontro de corações unidos pela atividade no Bem. Transcorreram 19 anos e parece que foi ontem que iniciamos. Hoje é dia de confraternizar com todos que estão aqui no Feirão, abracemo-nos fraternalmente, o importante é que o Pai Celestial reuniu a Família Espírita para esse grande dia. É dia de abraçar o nosso DIVALDO, fazer aquela pergunta e torcer para ser sorteado, a barraca PERGUNTE AO DIVALDO está lhe aguardando. A Livraria Alvorada, com farto material, inclusive lançamentos de CDs e DVDs de obras recentíssimas estão à disposição dos confrades. A pescaria também está montada, e vale avisar que são muitos brindes, vamos lá pescar! O Bazar da Esperança o espera com seus diversos produtos a preços módicos; compareça; não perca tempo. Por certo o estoque vai terminar muito cedo, pois as ofertas realmente são de estimular. Há uma novidade no Feirão: temos a Barraca dos Patrocinadores, com uma ampla gama de produtos, baratíssimos. Dê uma chegada até lá. Gente, os doces portugueses estão demais! E há também uma belíssima feijoada esperando, além do churrasco, dos salgados e dos doces sírios. Os quitutes estão bombando! Lembren-se da padaria no fundo do pátio pois ninguém consegue sair de lá sem levar os deliciosos pãezinhos de todo tipo e sabor, o Antônio é realmente um perito no assunto. Artesanatos, roupas femininas e masculinas para adultos, jovens e crianças. Ah, às 11h o momento mais aguardado acontece: é hora do seminário em que o nosso especial visitante, o ícone do Feirão, vai nos deliciar com sua palavra. Atente e leve para casa a paz que ele sabe transmitir. É o enviado de Jesus que vem nos brindar com seu verbo eloquente e sereno.
Espíritas, aqui estamos reunidos nesse ambiente maravilhoso que a natureza trabalhou séculos para construir. Vamos cuidar para que tenhamos sempre esse espaço para futuros encontros, porque já estamos planejando o XX Feirão ao qual traremos grandes novidades em comemoração ao feito significativo. Preparem-se e não percam, porque vale a pena servir na atividade do Bem. E uma observação muito propícia e oportuna: TODA A RECEITA DO FEIRÃO É DESTINADA AO MAIOR TRABALHO SOCIAL JÁ REALIZADO NO BRASIL: A MANSÃO DO CAMINHO, MODELO DE AMOR AO PRÓXIMO PARA O MUNDO. Então preparemo-nos para o XX Feirão, e até lá.
Muita Paz e que Jesus nos abençoe hoje e sempre. Fraternalmente,
Jurandyr Paulo.
COLUNA DO CAMINHO � Chegada festejada Chega no dia 12, para passar alguns dias no Rio
de Janeiro, o Dr. Javier Salvador Gamarra,
médico homeopata, ex-presidente da Associação
Médica Homeopática Brasileira e presidente da
Fundação de Estudos Médicos Homeopáticos do
Paraná. É, reconhecidamente, uma autoridade
em medicina homeopática, além de confrade
atuante nas lides espíritas.
� Saudade Por força de compromissos profissionais, quem se
afasta provisoriamente do Caminho da Esperança é Alexandre
Paulo. Ele se mudou em julho para Abu Dhabi e deixou
saudade, em especial, em sua esposa Laila Laucas e suas
filhas Laís, Milla e Liz, além, é claro, de seus pais, Marilene e
Jurandyr Paulo. Os companheiros do GECE torcem para que a
empreitada seja marcada por muito sucesso, saúde e paz.
� Gerson Simões no Caminho da Esperança No dia 26 de julho o GECE recebeu Gerson Simões
Monteiro para o lançamento do livro NO ROTEIRO DE JESUS,
editado pela FEB com temas relacionados à vida de Jesus.
Aquela foi uma tarde fraterna e muito agradável.
ANIVERSARIANTES DO MÊS 14 de agosto - Ana Beatriz Trindade
15 de agosto - Julia Solino
15 de agosto – Pedro J. Laucas
20 de agosto – Helena
21 de agosto - Thiago Guimarães
31 de agosto - Túlio Laucas
Serviço de Utilidade Espírita – HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM DE UBERABA
PEDE AJUDA
Dona Aparecida Conceição Ferreira, que se projetou nacionalmente pela Fun-dação do "Hospital do Fogo Selvagem", em Uberada, especializado no tratamento dos portadores do "Pênfigo Foliáceo", avisa aos espíritas: "Aos que buscam desenvolver algum trabalho, a minha mensagem é de que tenham muito amor, muita sinceridade e que façam as coisas para si e não para os outros verem”.
HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM
Rua João Alfredo nº 437, Abadia, Uberaba, MG - Cep: 38025-300
CONTATO: Telefone: (34)3332-29
Telefone para falar sobre doações: (34)3332-2919
Email: [email protected] - Ivone Vieira (horário 08 às 10:30 h)
- Banco Bradesco - Agência: 0264-0 C/C: 14572-6 - Favorecido: Lar da Caridade
- Banco do Brasil - Agência: 3278-6 C/C: 3724-9 - Favorecido: Lar da Caridade
� Emite-se recibo para dedução de imposto de renda (envio pelo Correio).
Boletim Esperança – Página 5
LIVRO DO MÊS – LUZ NO LAR Obra especialmente dedicada
ao Culto do Evangelho no Lar, organizada pelo Espírito Emmanuel, em que diversos outros amigos do Além participam com edificantes considerações à luz dos fundamentos da Doutrina Espírita.
São ao todo sessenta e cinco capítulos que nos ajudam a pensar sobre as verdades apresentadas pelo Espiritismo, na companhia dos companheiros que convivem conosco no ambiente familiar.
Reúne crônicas, poesias e mensagens instrutivas sobre temas intensamente discutidos nos dias de hoje, como: aborto; divórcio; família; infância e amor maternal, mostrando a necessidade da renovação do homem por meio da prática dos ensinos evangélicos.
�APROVEITE!!! ESSE LIVRO ESTÁ COM PREÇO PROMOCIONAL NA LIVRARIA DO CAMINHO DA ESPERANÇA .
A NOSSA ESCOLA
A Escola de Estudos Espíritas Esperança desenvolve
estudos à frente de seu tempo. Isso quer dizer que ela propõe um
programa singular, fundamentado em uma concepção que
ultrapassa os limites da evangelização espírita.
Além de evangelizar (ensinar a doutrina e a moral do
Cristo), ela também estuda os princípios espíritas preconizados pelo
Codificador, pois pensa que é preciso refletir sobre as obras básicas
do Espiritismo para compreender Jesus. E isso não basta.
A multi e transdisciplinaridade da Doutrina facultou à
Escola Esperança a elaboração de planos de aulas espíritas que
promovem a aliança entre meio ambiente, educação em valores
humanos e espiritismo.
Desse modo, instrutores e alunos se educam, em interação permanente.
Giannina Laucas
MENSAGEM DO MÊS A PALAVRA
“Som articulado, com uma significação. Declaração. Doutrina. Promessa verbal.”
A palavra falada tem um peso principal, o do seu significado. Às vezes, tem um significado ambíguo e um peso
diferente. Outras vezes, leva, com o significado, uma expressão vibratória que representa o sentimento de quem a emite.
A palavra é um veículo de ideias e as ideias alavancam a vida.
A tradição oral permitiu que a história sobrevivesse e homens notáveis, na sua saga, não escreveram uma única
palavra.
Sócrates, o pai da filosofia e Jesus, o Rei solar, jamais escreveram qualquer vocábulo.
Sócrates deixou um pensamento de ouro e Jesus dividiu o tempo em antes e depois Dele, revolucionou a filosofia
religiosa e tornou-se Deus para dois bilhões de seres humanos.
A palavra é um dos maiores mecanismos de comunicação da história da humanidade.
Hitler e Goering, duas expressões dantescas da Alemanha nazista, foram exemplos de palavra falada negativa. Seus
discursos galvanizaram multidões, levando-as ao declínio e à cumplicidade no crime de preconceito racial e falsa pureza
étnica.
No plano comum-social, a palavra mal utilizada tornou-se elemento perigoso no trato diário: crítica, geralmente
destrutiva, maledicência e, até mesmo, calúnia.
Maledicente é aquele que fala mal dos outros; difamador; o que desacredita o outro publicamente; que deseja
imputar a outrem um fato concreto e circunstanciado, não definido como crime, porém ofensivo de sua reputação.
Nas asas da maledicência, a palavra turva o caráter, a dignidade, desvaloriza o objeto da sua sanha e transforma a
pessoa humana num pária. O maledicente é um criminoso que fala com suavidade, que fere covardemente, que não permite
defesa, pois age sempre na ausência do objeto difamado. Sua postura é a de um juiz, de um moralista e parece mesmo um
ser bem intencionado. Geralmente afirma: – Fulano é bom, trabalha muito, tem uma visão fantástica da vida, mas... Este
“mas” é um designativo de oposição ou restrição, expressão de quem não admite desculpas ou controvérsias.
A palavra deve submeter-se aos ditames de Jesus: “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados”; “Não
julgueis para não seres julgados”; “Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando tendes uma trave no vosso?”
Faça da sua palavra, falada ou escrita, uma manifestação do bem. Construa, edifique, some. Faça-se um cantor de
esperanças, um faiscador de estrelas.
Emmanuel escreveu: “Sê tu quem ame...”
GERALDO GUIMARÃES
Boletim Esperança – Página 6
TESTE SEU CONHECIMENTO:
HORIZONTAL 5 - Aquele que se encontra em estado de momentânea crise produzida pela ação magnética.
7 - Faculdade de falar ou escrever línguas estranhas ao próprio médium.
8 - Transmissão de fluidos de uma pessoa a outra.
9 - Doutrina segundo a qual Deus é a resultante de todas as forças e de todas as inteligências do Universo reunidas.
13 - Transmissão do pensamento dos Espíritos por meio de sinais, tais como pancadas, batidas, movimentos de objetos, etc.
15 - Transmigração da alma de um corpo para o outro, inclusive de outra espécie.
17 - O processo de obsessão em que o obsessor faz o papel de parasita e o obsidiado de hospedeiro, com o primeiro sugando o fluído vital do segundo.
20 - De acordo com o que nos informa o Espírito André Luiz, as regiões mais inferiores conhecidas no Mundo Espiritual.
22 - Doutrina que admite a existência de um ou mais deuses como força causal do mundo.
24 - Faculdade que tem o Espírito de se apresentar em vários lugares ao mesmo tempo.
25 - Variação das manifestações visuais que consiste na capacidade de o indivíduo se mostrar, simultaneamente, em dois lugares diferentes: no primeiro, com o corpo físico durante o sono ou transe, e no segundo, em desdobramento, com o corpo espiritual.
26 - Linguagem por pancadas; modo de comunicação dos Espíritos.
27 - Faculdade anímica de vidência de Espíritos desencarnados por Animais (principalmente cães e cavalos).
VERTICAL ==> Respostas no próximo Boletim
1 - Estado de certos Espíritos que podem revestir, temporariamente, as formas de um encarnado, a ponto de produzir completa ilusão.
2 - Estágio de degradação a que chegam certos espíritos desequilibrados.
3 - Ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa.
4 - Doença mental em que o enfermo se julga transformado em lobo.
6 - Ato ou efeito de importunar, incomodar, perturbar, molestar.
10 – Período pelo qual passam os Espíritos quando revestem um invólucro corporal.
11 – Expressão de origem grega que identifica a doutrina da reencarnação.
12 - Conforme informação de André Luiz, uma das regiões inferiores do Mundo Espiritual em que se agregam, por sintonia, mentes ainda em dês-compasso com o bem, com o objetivo de esgotar os resíduos mentais nocivos.
14 - Estado em que se encontram os Espíritos durante os intervalos de suas existências corporais.
16 - Ato ou efeito de passar (o Espírito) de um corpo para outro.
18 - Diz-se daqueles que, com ou sem razão, se vangloriam de ter o poder de produzir fenômenos fora das leis da natureza.
19 - Dependendo da quantidade desse material que o médium possuir e da afinidade com o espírito manifestante, uma aparição pode-se tornar tangível, podendo o observador reconhecer claramente os detalhes da fisionomia e da indumentária.
21 - Conjunto dos fenômenos intelectuais ou físicos, consciente ou inconscientemente produzidos psiquicamente pelos médiuns.
23 - Segundo velha crença popular, espírito feminino devotado ao mal que pelas noites seduz encarnados, perturbando-lhes o sono.
Boletim Esperança – Página 7
COLUNA PAZ PELA PAZ
ENCONTRO COM A CIÊNCIA Há alguns anos, a Editora Globo, em parceria com outras
grandes empresas, lançou o Projeto Generosidade, cujo lema é
"fazer o bem é bom".
Rubens Gomes é um nome respeitado e homenageado
em toda a Amazônia, por estar comprometido com os problemas
socias e ambientais. Formado em música, tornou-se um luthier
(pessoa especialista na construção e conserto de instrumentos
musicais de corda). Mantém, em Manaus, a Oficina de Escola
Luthieria da Amazônia onde leciona música e ensina adolescentes
carentes a fazer instrumentos musicais de cordas. Já que os
instrumentros de corda são produzidos com madeiras ameaçadas,
como mogno, jacarandá etc, para não violar o meio ambiente, ele
contratou especialistas para pesquisar espécies de árvores com
propriedades acústicas, e qualidade sonora das madeiras
ameaçadas. Retirar e regenerar a floresta, fornecer recursos de
inclusão social a jovens e pequenos infratores, abrir horizontes
profissionais a ribeirinhos, gerar renda para a comunidade. Esta é a
ação para um mundo melhor. A Doutrina Espírita investindo no Ser
Imortal, reafirma em O Livro dos Espíritos, na questão 643, que
"não há quem não possa fazer o bem, porque fazer o bem não
consiste [...] em ser caridoso, mas ser útil na medida do possível
todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário".
Projeto Generosidade, vamos fazer parte dele?
Vanessa Bianca
PROGRAMAÇÃO DA CASA
2ª Feira (20:00 às 21:00)
PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS
03 de agosto – Geraldo Guimarães TEMA LIVRE
10 de agosto – Ricardo Drummond Questões 207 a 214
17 de agosto – Josué Bezerra Questões 215 a 217
24 de agosto – Jair Cesario Questões 218 a 221
31 de agosto – Ana Guimarães TEMA LIVRE
3ª Feira (14:50 às 15:25)
07 de agosto – Evangelho - cap.3 itens 3 a 5 – exp. Márcia
14 de agosto – Evangelho - cap.3 itens 6 e 7 – exp. Josué
21 de agosto – Evangelho - cap.3 itens 8 e 9 – exp. Rita
28 de agosto – Dr. Bezerra de Menezes – exp. Júlia
5ª Feira (19:30 às 21:00)
REUNIÃO MEDIÚNICA e
ESTUDO DO LIVRO “MEMÓRIAS DE UM SUICIDA”
Sábado ( 8:30 às 15:00)
ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA
MOTIVOS PARA DESCULPAR “Eu vos digo, porém, amai a vossos inimigos, bendizei os que maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem”. - Jesus – Matheus, 5: 44.
Em muitas ocasiões, quem imaginas que haja ferido, não tem disso a mínima ideia, de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.
Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém, esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posição de sofrimento que desconheces.
Perante os ofensores, dispões da oportunidade de revelar compreensão e proveito, em matéria de aperfeiçoamento espiritual.
Aquele a quem desculpas, hoje, uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã, o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.
Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém, coloca-te no lugar desse alguém, observando se conseguirias agir de outra forma nas mesmas circunstâncias.
Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente na mágoa individual imanifesta, não resolve problema algum.
Quem fere o próximo, efetivamente, não sabe o que faz, porquanto ignora as responsabilidades que assume na Lei de Causa e Efeito.
Ressentimento não adianta, de vez que todos somos espíritos eternos destinados a confraternizar-nos todos, algum dia, à frente da Bondade de Deus.
Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se da perturbação e doença, permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razão porque, em nosso próprio beneficio, advertiu-nos Jesus, de que se deve perdoar, qualquer falta, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.
EMMANUEL. Mais perto. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. ed. GEEM
PAZ PELA PAZ
FALA EM PAZ
Justo lembrar: a voz humana está carregada de vibrações. ***
Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos. ***
Uma exclamação tonitroante equivale a uma pedrada mental. ***
Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo. ***
Os nervos dos outros são iguais aos teus: desequilibram-se facilmente. ***
Discussão sem proveito é desperdício de forças. ***
Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas; aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio. ***
Se te sentes à beira da irritação, estás doente e o doente exige remédio. ***
Barulho verbal apenas complica. ***
Pensa nisso: a tua voz é o teu retrato sonoro.
EMMANUEL. Calma. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. ed. GEEM
Boletim Esperança – Página 8
A OUTRA FACE
Considerando a época em que passou a vigorar, a Lei de talião constituía verdadeiro avanço, pois retirava do ofendido o direito de fazer justiça no exercício arbitrário das próprias razões, passando a disciplinar os conflitos, estipulando um limite para a resposta, isto é, àquele que lesou podia ser imposta uma lesão, desde que proporcional à sofrida. “Olho por olho, dente por dente”. Cerca de dois mil anos depois, no Sermão da Montanha, Jesus orientou os cristãos a revogarem-na em seus corações, substituindo-a pela seguinte lição: “fazer o bem em troca do mal que te fizerem”. Ao invés de se vingar, o ofendido deveria perdoar sempre, verdadeira e incondicionalmente (Mateus 5, 38-39).
Ainda hoje, dois mil anos depois de Cristo, há entre nós quem defenda a vingança como caminho para reparar as ofensas sofridas, face ao risco de sucumbirmos frente às feras que surgem. Na raiz desse pensamento, tal qual gênio do mal, está o medo, emoção que gera um estado de alerta permanente como resposta às ameaças enfrentadas. Parecemos ignorar que o caminho adequado para a solução dos conflitos é a razão.
Mesmo um cristão, que conheça as lições ensinadas pelo Mestre, irá provavelmente enfrentar uma incerteza: quem pode, com segurança, afirmar que, se confrontado por uma situação intensamente traumática, de extrema injustiça, conseguirá provar absoluta adesão à lição do Cristo, aplicando-a, na prática, e perdo-ando com todo coração? Considerando a natureza humana, pode parecer impossível agir com tamanho equilíbrio, mas não é.
A história recente é rica em exemplos importantes de assimilação dessa lição. Na Índia Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma (alma grande) Gandhi, passou a lutar para interromper a dominação britânica em seu país, que já
durava mais de 300 anos. Sua liderança decorre da superioridade moral incontestá-vel. O caminho que ele apresentou ao povo indiano foi o da resistência pacífica, que basicamente consistia na desobediência civil, isto é, as regras impostas pelos invasores não seriam mais obedecidas. Além disso, eles deixariam de trabalhar para os colonizadores e passariam a fazer protestos silenciosos, anunciando seu descontentamento. O império inglês, tal qual fera acuada, respondeu com assustadora violência, massacrando civis desarmados
que, resignados, aguardavam a morte pacificamente. Incapazes de manter o controle sobre a colônia, por não contarem com a mão-de-obra local, e temendo uma reação internacional em face da divulgação das atrocidades cometidas, os britânicos acabaram cedendo e saíram da Índia. Um indiano, com 77 anos e 52 quilos, fora capaz de, sem disparar nenhum tiro, expulsar da Índia o maior Império militar da época.
Do outro lado do Planeta, um pastor protestante, inspirado no líder indiano, passou a lutar contra a segregação racial nos Estados Unidos e obteve sucesso, rompendo com uma longa tradição de racismo institucionalizado, sem usar de violência uma vez sequer. Ele tinha um sonho e o transformou em realidade, seguindo o caminho da resistência pacífica. Não se admitiria mais os lugares marcados para as pessoas de cor, nem os bebedouros separados, nem as placas de acesso restrito a pessoas brancas, nem o sacrifício de vidas para provar a superioridade racial, como nas ações de grupos, tais qual o temido Ku Klux Klan. Mais uma vez, um homem fora capaz de desafiar um sistema e subjugá-lo, valendo-se, para tanto, da força da verdade (Satyagraha).
Quis o destino que ambos terminassem sucumbindo frente ao primitivo instinto da agressão irracional. Em ambos os casos, o sacrifício de suas vidas sacramentou, definitivamente, suas vitórias.
São dois exemplos históricos que afas-tam qualquer questionamento acerca do valor da preciosa lição ensinada por Jesus. Confrontados pelos fatos, céticos ou ateus terão que reconhecer a força da verdade, e a eficiência de responder com o bem ao mal que nos é feito. Só precisamos de equilíbrio e, sobretudo, coragem, para responder com dignidade aos ataques que sofremos.
Estamos vivendo o período proclamado pela ONU como o Decênio (2001 a 2010) Internacional da Promoção de uma Cultura da Não-Violência e da Paz em prol das Crianças do Mundo. O momento é oportuno para aplicarmos às nossas vidas a lição do Sermão da Montanha. Pacifista convicto, o filósofo francês, Jean Paul Sartre contribui com a seguinte afirmação: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizerem de mim". Isto é, a ninguém é dado me ferir senão fisicamente, pois minha honra e meu equilíbrio dependem só de mim para se manter intactos. Quando indagado por um repórter se conseguira verdadeiramente perdoar os adversários que haviam se valido de métodos indignos para atacá-lo, visando macular sua honra em público, com o objetivo de desacreditá-lo, Gandhi respondeu que jamais havia precisado perdoar ninguém porque, em momento algum, sentira-se ofendido. Tantos ataques injustos, ferozes e covardes provaram-se incapazes de causar-lhe sequer um abalo emocional. Só ele poderia dar-lhes força, mas escolheu não fazê-lo.
Se desejarmos um mundo melhor, temos que nos transformar. O grande desafio está em romper os atavismos que nos prendem às reações negativas. Vale lembrar que uma grande jornada começa com o primeiro passo. Nossa sugestão é que exercitemos uma visão generosa do mundo. O mau humor do vizinho nem sempre tem relação conosco. O motorista que faz um sinal obsceno não nos deseja realmente mal, ele deve estar extravasando a tensão de um dia ruim. O colega de trabalho talvez não deseje nos prejudicar por nos querer mal, mas porque acredite que sejamos mais qualificados que ele e tema ser preterido na disputa por promoções. Há sempre mais de uma forma de ver as coisas. Ainda que alguém aja com injustificável desejo de prejudicar, imagine que essa é uma bela oportunidade para testar seu próprio equilíbrio. Controle-se e reaja com dignidade. Imponha-se pela coerência de sua postura, pela verdade em suas palavras e pela inabalável confiança na Justiça Divina. Mesmo diante das maiores adversidades, permita que a vida te surpreenda. Confie em Deus, seja positivo, sorria sempre e acredite: a vida sorrirá para você como você sorri para ela. Tragamos os ensinamentos de Cristo mais no coração do que no discurso. Aceite esse desafio, não só por você,mas por um mundo melhor.
Regina Celia e Rafael Rodrigues
DATAS IMPORTANTES DO MÊS DE AGOSTO 01/08/1865 – É publicado o livro “O Céu e o Inferno”, de
Allan Kardec.
04/08/1969 – Desencarna, em Niterói, Carlos Imbassahy.
15/08/1952 – Inaugurada a Mansão do Caminho na Bahia.
16/08/1886 – Bezerra de Menezes, durante uma conferência
que pronunciava, expõe publicamente, pela primeira vez,
sua fé no Espiritismo.
17/08/1885– A FEB inicia suas conferências públicas no Rio.
29/08/1831– Nasce em Riacho do
Sangue, CE, Adolfo Bezerra de
Menezes Cavalcanti, o Médico dos
Pobres. Por duas vezes, foi
Presidente da Federação Espírita
Brasileira. Desencarna no dia 11 de
abril de 1900, no Rio de Janeiro.
GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA
Rua Aristides Lobo, 51 – Rio Comprido Rio de Janeiro/RJ CEP.: 20.250-450 Tel.: (21) 2504-8512