18
Desta feita condensamos neste Boletim 2 meses, ou seja, Novembro e Dezembro. Na verdade o tempo não chega para tudo e, por essa razão, resolvemos fazer este numero abrangendo estes dois meses. Convencidos de que desta forma também daremos tempo a que este possa ser lido com mais calma, aqui vai pois mais um Boletim da Extruplás. Abertura Sabe o que é que o tricô tem a ver com a nossa performance pessoal? O cérebro humano é uma máquina fantás- tica e bastante complexa. E, como qualquer máquina que se preze precisa, de vez em quando, de manuten- ção. Um dos erros que mais frequentemente vemos nos executivos com quem traba- lhamos em termos de coaching é o síndro- ma do super-homem. Esse mesmo, o da capa azul! Se queremos ter uma performance cons- tante, temos de ter consciência que não podemos trabalhar eternamente com o mesmo ritmo e pressão e esperar que tudo corra pelas mil maravilhas. Uma das coisas fundamentais que ensina- mos, é a necessidade de proporcionar ao nosso cérebro períodos de “reset”. Mas o que são afinal períodos de “reset”? São blocos de tempo com cerca de 30 a 40 minutos, pelo menos, onde possam desli- gar-se de tudo o que vos rodeia. Semanal- mente devemos ter pelo menos 2 destes períodos durante a semana. Sendo que o ideal seriam 3. O fim de semana não conta neste processo. A maior parte das pessoas que conhece- mos acaba por ter um fim de semana ain- da mais stressante do que a semana pro- priamente dita. Assim sendo, é necessário durante a semana arranjar uma forma de desligar 2 a 3 vezes em períodos de 30 a 40 minutos. Mas como é que podemos desligar com- pletamente? Existem várias formas de fazer isto. Depende um pouco de conseguirmos ou não relaxar naturalmente os nossos pensamen- tos. Uma das coisas que ensinamos, nos workshops é a capacidade de relaxar e entrar em estado alfa em qualquer altura do dia através de uma âncora. Mas caso isso não seja uma possibilidade para si, terá de encontrar uma atividade que possa realizar e que lhe ocupe o cérebro completamente. Dependendo do seu gosto, poderemos estar a falar de: - Cozinhar; - Dançar; - Yoga; - Meditação; - Ginásio; - Uma ida às compras; - Correr, ou até fazer tricô. Tudo serve desde que vos ocupe durante 30 ou 40 minutos o vosso cérebro e vos permita fazer reset. Uma boa sugestão pode ser o yoga, até por razões de saúde. Uma outra boa sugestão pode ser a dança, experimente. Por esta altura estará a pensar, mas eu sou um “pé de chumbo”! Pois a verdade é que todos somos um pouco. Mas pode crer que é uma ótima forma de sujeitar o nosso cérebro a novas experiên- cias, estar uma hora com a mente completa- mente ocupada e a divertirmo-nos imenso. Experimente o Tango, a Valsa, a Salsa ou mesmo o Kizomba. Esta semana, experimente o dançarino que há em si. Pontos de interesse espe- ciais: INFORMAÇÃO SOBRE A EXTRU- PLÁS A QUALIDADE E O MERCA- DO E A NOSSA MONTRA O AMBIENTE E A SOCIEDADE A RESPONSBILIDADE SOCIAL REMEDIAÇÃO AMBIENTAL NOTÍCIAS SOBRE O AMBIENTE - OS TEMAS DA ATUALIDADE ABERTURA 1 SABE O QUE É QUE O TRICÔ TEM A VER COM A NOSSA PERFORMANCE PESSOAL? 1/2 NOÇÕES BÁSICAS DE PRE- VENÇÃO E SECURANÇA (I) 2/3/4 AGUNS EXEMPLOS DE OBRAS E PRODUTOS 3/5 MENSAGEM DE NATAL 5 CONTO DE NATAL 6/7/8/9 O AMBIENTE E A SOCIEDA- DE 10/11/ 12 A CONFERÊNCIA DO CLIMA EM PARIS (COP-21) 13 CONTRIBUIR PARA UM MUN- DO MELHOR 13 A RESPONSABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES 14/15 NOTICIAS 16/17 A HISTÓRIA DOS PLÁSTICOS (CONTINUAÇÃO) 18 Nesta edição: Novembro/Dezembro 2015 Já é Natal …. Feliz Natal Boletim Extruplás Nº 11/12

Boletim extruplas dezembro

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Boletim mensal de promoção da sustentabilidade na industria da reciclagem

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Page 1: Boletim extruplas dezembro

Desta feita condensamos neste Boletim 2 meses, ou seja, Novembro e Dezembro. Na verdade o tempo não chega para tudo e, por essa razão, resolvemos fazer este numero abrangendo estes dois meses. Convencidos de que desta forma também daremos tempo a que este possa ser lido com mais calma, aqui vai pois mais um Boletim da Extruplás.

Abertura

Sabe o que é que o tricô tem a ver com a nossa performance pessoal?

O cérebro humano é uma máquina fantás-tica e bastante complexa. E, como qualquer máquina que se preze precisa, de vez em quando, de manuten-ção. Um dos erros que mais frequentemente vemos nos executivos com quem traba-lhamos em termos de coaching é o síndro-ma do super-homem. Esse mesmo, o da capa azul! Se queremos ter uma performance cons-tante, temos de ter consciência que não podemos trabalhar eternamente com o mesmo ritmo e pressão e esperar que tudo corra pelas mil maravilhas. Uma das coisas fundamentais que ensina-mos, é a necessidade de proporcionar ao nosso cérebro períodos de “reset”. Mas o que são afinal períodos de “reset”? São blocos de tempo com cerca de 30 a 40 minutos, pelo menos, onde possam desli-gar-se de tudo o que vos rodeia. Semanal-mente devemos ter pelo menos 2 destes períodos durante a semana. Sendo que o ideal seriam 3. O fim de semana não conta neste processo. A maior parte das pessoas que conhece-mos acaba por ter um fim de semana ain-da mais stressante do que a semana pro-priamente dita. Assim sendo, é necessário durante a semana arranjar uma forma de desligar 2 a 3 vezes em períodos de 30 a 40 minutos. Mas como é que podemos desligar com-pletamente? Existem várias formas de fazer isto.

Depende um pouco de conseguirmos ou não relaxar naturalmente os nossos pensamen-tos. Uma das coisas que ensinamos, nos workshops é a capacidade de relaxar e entrar em estado alfa em qualquer altura do dia através de uma âncora. Mas caso isso não seja uma possibilidade para si, terá de encontrar uma atividade que possa realizar e que lhe ocupe o cérebro completamente. Dependendo do seu gosto, poderemos estar a falar de: - Cozinhar; - Dançar; - Yoga; - Meditação; - Ginásio; - Uma ida às compras; - Correr, ou até fazer tricô. Tudo serve desde que vos ocupe durante 30 ou 40 minutos o vosso cérebro e vos permita fazer reset. Uma boa sugestão pode ser o yoga, até por razões de saúde. Uma outra boa sugestão pode ser a dança, experimente. Por esta altura estará a pensar, mas eu sou um “pé de chumbo”! Pois a verdade é que todos somos um pouco. Mas pode crer que é uma ótima forma de sujeitar o nosso cérebro a novas experiên-cias, estar uma hora com a mente completa-mente ocupada e a divertirmo-nos imenso. Experimente o Tango, a Valsa, a Salsa ou mesmo o Kizomba. Esta semana, experimente o dançarino que há em si.

Pontos de interesse espe-

ciais:

INFORMAÇÃO SOBRE A EXTRU-

PLÁS A QUALIDADE E O MERCA-

DO E A NOSSA MONTRA

O AMBIENTE E A SOCIEDADE

A RESPONSBILIDADE SOCIAL

REMEDIAÇÃO AMBIENTAL

NOTÍCIAS SOBRE O AMBIENTE -

OS TEMAS DA ATUALIDADE

ABERTURA 1

SABE O QUE É QUE O TRICÔ TEM A VER COM A NOSSA PERFORMANCE PESSOAL?

1/2

NOÇÕES BÁSICAS DE PRE-

VENÇÃO E SECURANÇA (I)

2/3/4

AGUNS EXEMPLOS DE OBRAS E PRODUTOS

3/5

MENSAGEM DE NATAL 5

CONTO DE NATAL 6/7/8/9

O AMBIENTE E A SOCIEDA-

DE

10/11/

12

A CONFERÊNCIA DO CLIMA EM PARIS (COP-21)

13

CONTRIBUIR PARA UM MUN-

DO MELHOR 13

A RESPONSABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES

14/15

NOTICIAS 16/17

A HISTÓRIA DOS PLÁSTICOS (CONTINUAÇÃO)

18

Nesta edição:

Novembro/Dezembro 2015

Já é Natal …. Feliz Natal

Boletim Extruplás Nº 11/12

Page 2: Boletim extruplas dezembro

Página 2

Boletim Extruplás Nº 11/12

Segurança estrutural

Com certeza que conhece alguém que se tenha aleijado porque escorregou ou tropeçou no pavimento, ou porque caiu de uma escada, ou que por falta de uma proteção se tenha esta-telado no piso inferior, ou que tenha rachado a cabeça porque bateu num elemento fixo da estrutura, etc.. Estes e outros tipos de acidentes estão associados a aspetos estruturais muitas vezes negli-genciados por nem sempre estarem diretamente relacionados com o posto de trabalho ou com o equipamento a que a pessoa dedica a maior parte do seu horário laboral. Por isso, no projeto piloto, não se esqueça de incluir este aspeto da segurança. A tabela “4”, refere alguns exemplos a considerar neste domínio:

Tabela “4”

Noções Básicas de Prevenção e Segurança (I)

Elementos estruturais

Riscos Recomendações

Pavimentos e espaços de circulação

- Queda no mesmo nível por escorregamento ou tropeção - Acumulação de fluidos / inundação - Instabilidade estrutural devida a carga excessiva - Choque de partes do corpo com elementos estruturais fixos

- Adoção de pisos antiderrapantes - Eliminação de ressaltos ou variações bruscas do nível do pavimento - Manutenção do pavimento livre de substâncias e/ou objetos que possam provocar escorregamento ou tro-peção - Prever meios de escoamento de fluidos - Sinalização e, se necessário, vedação das áreas de circulação restri-ta ou interditas - Vedação das aberturas no pavimento - Marcação e, se necessário, vedação das zonas de circulação de veículos ou cargas suspensas - Indicação dos limites de carga admissíveis - Sinalização e proteção de partes fixas da estrutura onde possam chocar partes do corpo

Escadas, escadotes plataformas e passadiços

- Queda em altura - Queda de objetos - Choque de veículos com a escada

- Aplicação de corrimões nas escadas - Os escadotes devem possuir meios de apoio e fixação para evitar deslizamentos - As escadas verticais devem possuir anéis guarda-costas, a partir da altura de 2 m do solo - P/ alturas elevadas, prever patamares de repouso entre lanços de escada com o máx. 10 m - Nas plataformas e passadiços devem aplicar--se guar-da-corpos com altura min. de 1 m uma barra intermé-dia a 0,5 m e rodapé - Aplicação de barreiras nas zonas de interferência da escada com a zona de circulação.

Portas, janelas, paredes, etc.

- Quebra de materiais provocada, p. ex., por choque de partes do corpo - Entalamento - Queda em altura

- Aplicação de corrimões nas escadas - Os escadotes devem possuir meios de apoio e fixação para evitar deslizamentos - As escadas verticais devem possuir anéis guarda-costas, a partir da altura de 2 m do solo - P/ alturas elevadas, prever patamares de repouso entre lanços de escada com o máx. 10 m. - Nas plataformas e passadiços devem aplicar--se guar-da-corpos com altura min. de 1 m, uma barra intermé-dia a 0,5 m e rodapé - Aplicação de barreiras nas zonas de interferência da escada com a zona de circulação

Page 3: Boletim extruplas dezembro

Página 3

Boletim Extruplás Nº 11/12

A primeira versão da Carta da Terra foi escrita durante a Rio 92- Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável mas a sua versão final só ficou pronta oito anos depois, mais uma vez em Paris.

A sua meta foi a de

ampliar a

disseminação desse

conhecimento e para

que a sociedade civil,

as empresas e os

governos a

subscrevessem e

implementassem a sua

mensagem, além de

apoiar o seu uso nas

escolas, universidades

e outras estruturas de

ensino.

Ventilação Industrial

Sendo certo que a sanidade do ar respirado no posto de trabalho deve ser garantida, antes de mais, pela utilização de produtos não prejudiciais à saúde ou pela modificação do proces-so, há situações em que tal não é possível. Nesse caso, recorre-se à ventilação para renovação contínua do ar (Ventilação Geral), ou para captação do(s) elementos(s) poluente(s), junto da respetiva fonte de emissão (Ventilação/captação Localizada). A definição da solução técnica adequada, pressupõe um conhecimento pormenorizado do processo e dos poluentes libertados e requer a realização de um projeto consciencioso, diri-gido para a otimização dos caudais necessários ao controlo efetivo dos contaminantes.

Não se esqueça que:

Quanto maior for o envolvimento da zona de libertação do poluente, mais económica e efi-caz será a captação.

Higiene Industrial

Nos locais de trabalho podem existir agentes contaminadores do ambiente, suscetíveis de expor as pessoas ao risco de doença profissional. Controlar esses agentes e prevenir este risco, é o objectivo da Higiene Industrial. O ramo desta disciplina que trata das medidas a aplicar para manter o ambiente de trabalho saudável é a Higiene Operativa. Tais medidas podem ser: Na tabela da página seguinte, referem-se os agentes químicos que podem existir em sus-pensão na atmosfera e exemplos dos respetivos efeitos fisiológicos.

Ambiente térmico

Por razões bioquímicas, a temperatura interna do corpo humano deve manter-se entre os 36,2°C e os 37,8°C. É neste intervalo de temperaturas que as principais funções do organis-mo e em particular o sistema nervoso central encontram o seu ponto de desempenho ópti-mo.

Pode dizer-se que o principal problema relacionado com o ambiente térmico dos locais de

Noções Básicas de Prevenção e Segurança (I) (Continuação)

Construtivas Organizacionais Adicionais

Substituição das substâncias e/ou pro-cessos perigosos por outros mais segu-ros

Isolamento do contaminante para impedir que passe para o ambiente ocupado por trabalhadores

Captação do contaminante na origem

(aspiração localizada)

Ventilação geral das áreas de trabalho

Confinamento; separação física das operações perigo-sas limitando o número de pessoas expostas

Limitação dos tempos de

exposição dos trabalhado-res a valores admissíveis

Proteção Individual

Page 4: Boletim extruplas dezembro

Boletim Extruplás Nº 11/12 PREÂMBULO (da

Carta da Terra)

Estamos perante um

momento crítico na

história da Terra,

numa época em que a

humanidade deve

escolher o seu futuro.

À medida que o se

mundo torna cada vez

mais interdependente

e frágil, o futuro

reserva, ao mesmo

tempo, grande perigo

e grande esperança.

Para seguir em frente,

devemos reconhecer

que, no meio de uma

magnífica

diversidade de

culturas e formas de

vida, somos uma

família humana e uma

comunidade terrestre

com um destino

comum. Devemos

juntar-nos para gerar

uma sociedade

sustentável global

fundada no respeito

pela natureza, nos

direitos humanos

universais, na

justiça económica e

numa cultura da paz.

Para chegar a este

propósito, é

imperativo que nós,

os povos da Terra,

declaremos a nossa

responsabilidade uns

para com os outros,

com a grande

comunidade de vida e

com as futuras

gerações.

Página 4

trabalho, está na satisfação das condições necessárias à manutenção de um ambiente térmico neutro, assegurando a manutenção da temperatura interna do corpo dentro daqueles limites (homeotermia). O trabalho em condições de ambiente térmico quente ou frio, além do desconforto, pode con-duzir a situações de stresse térmico. A manutenção de um ambiente térmico neutro, exige o controlo de 4 fatores (principais) que intervêm nas trocas de calor efetuadas entre o homem e o ambiente em que está inserido.

São eles: a temperatura, humidade e velocidade do ar e o calor radiante.

Noções Básicas de Prevenção e Segurança (I) (Continuação)

Agentes contaminantes Efeitos fisiológicos

Sólid

os

Poeiras Inertes

Fibrogénicas ou pneumoconióticas

Ex. Sílica, amianto

Alergizantes e irritantes Ex. madei-

ras tropicais, resina

Tóxicas (sistémicas) Ex. Berílio, Chumbo, manganês, cádmio, cró-mio, etc.

Quando em concentrações muito elevadas, podem alojar-se nos pulmões

Reagem nos alvéolos pulmonares

podendo provocar doenças gra-ves como pneumoconiose, silico-se, asbestose

Atuam sobre a pele ou sobre o aparelho respiratório

Lesionam órgãos viscerais, de forma rápida se em concentra-ções elevadas (intoxicações agu-das) ou lentamente se em baixas concentrações (intoxicações cró-nicas). Podem ainda provocar cancro e alterar o sistema nervo-

Gaso

sos

Gases e

Vapores Irritantes Ex. Amoníaco, cloro, ozo-

no, ácidosulfúrico, etc.

Asfixiantes simples Ex. Azoto, Hidro-

génio, acetileno

Asfixiantes químicos Ex. Monóxido

de carbono, cianetos

Narcóticos Ex. Acetona, éter etílico

Tóxicos (sistémicos) Ex. Tricloroetile-no, clorofórmio, benzeno

Inflamação dos tecidos em con-tacto, como p. ex. a pele, muco-sas das vias respiratórias, conjun-tiva ocular, etc.

Asfixiam por redução do teor de

oxigénio no ar

Asfixiam por interferência no processo de absorção do oxigénio no sangue

Após a absorção pelo sangue,

produzem efeitos anestésicos

Podem lesionar vários órgãos tais como o fígado e os rins, ou mes-mo a medula óssea

Líqu

ido

s

Aerossóis Gotículas invisíveis.

Resultam da dispersão mecânica

dos líquidos

Consoante a substância quími-

ca e o tipo de contacto os efei-

tos, à semelhança do que acon-

tece com os agentes sólido e

gasosos, podem ser localizados

ou sistémicos Neblinas Gotículas líquidas visíveis.

Resultam da condensação de vapor

Page 5: Boletim extruplas dezembro

Contacte os nossos comerciais:

Vera Oliveira Célia Barata Anabela Gonçalves

Tlm. 913 926 316 E-mail: [email protected]

Tlm. 913 856 989 E-mail: [email protected]

Tlm. 910 373 558 E-mail: [email protected]

Parque Arqueológico da Várzea—Arouca

Alguns exemplos de Obras e Produtos:

Página 5

Boletim Extruplás Nº 11/12

Cascais

TERRA, NOSSO LAR

A humanidade é parte de

um vasto universo em

evolução. A Terra, nosso

lar, é viva como uma

comunidade de vida

incomparável. As forças

da natureza fazem da

existência uma aventura

exigente e incerta, mas a

Terra providenciou as

condições essenciais para

a evolução da vida.

Mensagem de Natal da Extruplás

Chegada esta época, inunda-nos um profundo sentimento de comunhão e amizade. Se mais não fosse, esse sentimento seria, já por si só, suficiente para encher os nossos cora-ções e encher a terra benevolência. O desejo da Extruplás, para todos os clientes, amigos e fornecedores, é o de que este Natal e Ano Novo sejam mais do que meras confraternizações, porque todos os momentos, espe-cialmente neste novo ano que se avizinha, devem ser iluminados e abençoados e, que os 365 dias deste, sejam vividos com fraternidade e amor e com intensidade. Que o Natal de todos seja brilhante de alegria, iluminado de amor, cheio de harmonia e repleto de paz.

Um Santo Natal e um Feliz Ano Novo para todos...

Page 6: Boletim extruplas dezembro

O SUAVE MILAGRE

Numa singela homenagem à língua Portuguesa, a nossa língua, apreciem a riqueza linguística, o colorido das figuras de estilo, a imaginação das prosopopeias…

Nesse tempo Jesus ainda se não afastara da Galileia e das doces, luminosas margens do lago de Tiberíade — mas a notícia dos seus milagres penetrara já até Enganim, cidade rica, de muralhas fortes, entre olivais e vinhedos, no país de Issacar.

Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo profeta, um rabi formoso, percorria os campos e as aldeias da Galileia, predi-zendo a chegada do Reino de Deus, curando todos os males humanos. E, enquanto descansa-va, sentado à beira da Fonte dos Vergéis, contou ainda que esse rabi, na estrada de Magdala, sarara da lepra o servo de um decurião romano, só com o estender sobre ele a sombra das suas mãos; e que noutra manhã, atravessando numa barca para a terra dos Gerasenos, onde começava a colheita do bálsamo, ressuscitara a filha de Jairo, homem considerável e douto que comentava os livros na sinagoga.

E como em redor, assombrados, seareiros, pastores, e as mulheres trigueiras com a bilha no ombro, lhe perguntassem se esse era, em verdade, o Messias da Judeia, e se diante dele refulgia a espada de fogo, e se o ladeavam, caminhando como as sombras de duas torres, as sombras de Gog e de Magog — o homem, sem mesmo beber daquela água tão fria de que bebera Josué, apanhou o cajado, sacudiu os cabelos, e meteu pensativamente por sob o aqueduto, logo sumido na espessura das amendoeiras em flor. Mas uma esperança, deliciosa como o orvalho nos meses em que canta a cigarra, refrescou as almas simples: logo, por toda a campina que verdeja até Áscalon, o arado pareceu mais brando de enterrar, mais leve de mover a pedra do lagar: as crianças, colhendo ramos de anémonas, espreitavam pelos cami-nhos se além da esquina do muro, ou de sob o sicômoro, não surgiria uma claridade, e nos bancos de pedra, às portas da cidade, os velhos, correndo os dedos pelos fios das barbas, já não desenrolavam, com tão sapiente certeza, os ditames antigos.

Ora então vivia em Enganim um velho, por nome Obed, de uma família pontifical de Samaria, que sacrificara nas aras do monte Ebal, senhor de fartos rebanhos e de fartas vinhas — e com o coração tão cheio de orgulho como seu celeiro de trigo. Mas um vento árido e abrasa-do, esse vento de desolação que ao mando do Senhor sopra das torvas terras de Assur, matara as reses mais gordas das suas manadas, e pelas encostas onde as suas vinhas se enroscavam ao olmo, e se estiravam na latada airosa, só deixara, em torno dos olmos e pila-res despidos, sarmentos de cepas mirradas, e a parra roída de crespa ferrugem. E Obed, aga-chado à soleira da sua porta, com a ponta do manto sobre a face, palpava a poeira, lamenta-va a velhice, ruminava queixumes contra Deus cruel.

Apenas ouvira porém desse novo rabi da Galileia que alimentava as multidões, amedrontava os demónios, emendava todas as desventuras — Obed, homem lido, que viajara na Fenícia, logo pensou que Jesus seria um desses feiticeiros, tão costumados na Palestina, como Apoló-nio, ou rabi BenDossa, ou Simão, «o Subtil». Esses, mesmo nas noites tenebrosas, conversam com as estrelas, para eles sempre claras e fáceis nos seus segredos; com uma vara afugen-tam de sobre as searas os moscardos gerados nos lodos do Egipto; e agarram entre os dedos as sombras das árvores, que conduzem, como toldos benéficos, para cima das eiras, à hora da sesta. Jesus da Galileia, mais novo, com magias mais viçosas decerto, se ele largamente o pagasse, sustaria a mortandade dos seus gados, reverdeceria os seus vinhedos.

Então Obed ordenou aos seus servos que partissem, procurassem por toda a Galileia o rabi novo, e com promessa de dinheiros ou alfaias o trouxessem a Enganim, no país de Issacar. Os servos apertaram os cinturões de couro — e largaram pela estrada das caravanas, que, cos-teando o lago, se estende até Damasco. Uma tarde, avistaram sobre o poente, vermelho

como uma romã muito madura, as neves finas do monte Hér-

Conto de Natal (1)

Página 6

Boletim Extruplás Nº 11/12

A capacidade de

recuperação da

comunidade de vida e o

bem-estar da humanidade

dependem da preservação

de uma biosfera saudável

com todos seus sistemas

ecológicos, uma rica

variedade de plantas e

animais, solos férteis,

águas puras e ar limpo. O

meio ambiente global com

seus recursos finitos é uma

preocupação comum de

todos os povos. A

proteção da vitalidade,

diversidade e beleza da

Terra é um dever

sagrado.

Pista Hípica Equinostrum

Page 7: Boletim extruplas dezembro

mon. Depois, na frescura de uma manhã macia, o lago de Tiberíade resplandeceu diante deles, transparente, coberto de silêncio, mais azul que o céu, todo orlado de prados floridos, de densos vergéis, de rochas de pórfiro, e de alvos terraços por entre os palmares, sob o voo das rolas. Um pescador que desamarrava preguiçosamente a sua barca de uma ponta de rel-va, assombreada de aloendros, escutou, sorrindo, os servos.

O rabi de Nazaré? Oh! Desde o mês de Ijar, o rabi descera, com os seus discípulos, para os lados para onde o Jordão leva as águas. Os servos correndo, seguiram pelas margens do rio, até adiante do vau, onde ele se estira num largo remanso, e descansa, e um instante dorme, imóvel e verde, à sombra dos tamarindos. Um homem da tribo dos Essénios, todo vestido de linho branco, apanhava lentamente ervas salutares, nela beira da água, com um cordeirinho branco ao colo. Os servos humildemente saudaram-no, porque o povo ama aqueles homens de coração tão limpo, e claro, e cândido como as suas vestes cada manhã levadas em tanques purificados. E sabia ele da passagem do novo rabi da Galileia que, como os Essénios, ensinava a doçura, e curava as gentes e os gados? O Essénio murmurou que o rabi atravessara o oásis de Engaddi, depois se adiantara para além... — Mas onde, além? — Movendo um ramo de flores roxas que colhera, o Essénio mostrou as terras de além-Jordão, a planície de Moab. Os servos vadearam o rio — e debalde procuravam Jesus, arquejando pelos rudes trilhos, até às fragas onde se ergue a cidadela sinistra de Makaur... No Poço de Jacob repousava uma larga caravana, que conduzia para o Egipto mirra, especiarias e bálsamos de Gilead, e os camelei-ros, tirando a água com os baldes de couro, contaram aos servos de Obed que em Gadara, pela lua nova, um rabi maravilhoso, maior que David ou Isaías, arrancara sete demónios do peito de uma tecedeira, e que, à sua voz, um homem degolado pelo salteador Barrabás se erguera da sua sepultura e recolhera ao seu horto.

Os servos, esperançados, subiram logo açodadamente pelo caminho dos peregrinos até Gada-ra, cidade de altas torres, e ainda mais longe até às nascentes de Amalha... Mas Jesus, nessa madrugada, seguido por um povo que cantava e sacudia ramos de mimosa, embarcara no lago, num batel de pesca, e à vela navegara para Magdala. E os servos de Obed, descoroçoa-dos, de novo passavam o Jordão na Ponte das Filhas de Jacob. Um dia, já com as sandálias rotas dos longos caminhos, pisando já as terras da Judeia Romana, cruzaram um fariseu som-brio, que recolhia a Efraim, montado na sua mula. Com devota reverência detiveram o homem da Lei. Encontrara ele, por acaso, esse profeta novo da Galileia que, como um deus passeando na Terra, semeava milagres? A adunca face do fariseu escureceu enrugada — e a sua cólera retumbou como um tambor orgulhoso: — Oh escravos pagãos! Oh blasfemos! Onde ouvistes que existissem profetas ou milagres fora de Jerusalém? Só Jeová tem força no seu Templo. De Galileia surdem os parvos e os impostores... E como os servos recuavam perante o seu punho erguido, todo enrodilhado de dísticos sagrados — o furioso doutor sal-tou da mula e, com as pedras da estrada, apedrejou os servos de Obed, uivando: « Racca! Racca!» e todos os anátemas rituais. Os servos fugiram para Enganim. E grande foi a descon-solação de Obed, porque os seus gados morriam, as suas vinhas secavam — e todavia, radian-temente, como uma alvorada por detrás de serras, crescia, consoladora e cheia de promessas divinas, a fama de Jesus da Galileia. Por esse tempo, um centurião romano, Públio Sétimo, comandava o forte que domina o vale de Cesareia, até à cidade e ao mar.

Públio, homem áspero, veterano da campanha de Tibério contra os Partos, enriquecera durante a revolta de Samaria com presas e saques, possuía minas na Ática e gozava, como favor supremo dos deuses, a amizade de Flaco, legado imperial da Síria. Mas uma dor roía a sua prosperidade muito poderosa como um verme rói um fruto muito suculento. A sua filha única, para ele mais amada que vida ou bens, definhava com um mal subtil e lento, estranho mesmo ao saber dos esculápios e mágicos que ele mandara consultar a Sídon e a Tiro. Branca e triste como a lua num cemitério, sem um queixume, sorrindo palidamente ao seu pai defi-nhava, sentada na alta esplanada do forte, sob um velário, alongando saudosamente os negros olhos tristes pelo azul do mar de Tiro, por onde ela navegara de Itália, numa galera

Conto de Natal (2)

Página 7

Boletim Extruplás Nº 11/12

A capacidade de

recuperação da

comunidade de vida e o

bem-estar da humanidade

dependem da preservação

de uma biosfera saudável

com todos seus sistemas

ecológicos, uma rica

variedade de plantas e

animais, solos férteis,

águas puras e ar limpo. O

meio ambiente global com

seus recursos finitos é uma

preocupação comum de

todos os povos. A

proteção da vitalidade,

diversidade e beleza da

Terra é um dever

sagrado.

Praia da Princesa

Page 8: Boletim extruplas dezembro

Boletim Extruplás Nº 11/12

Etar de Sesimbra

Página 8

enfestoada.

Ao seu lado, por vezes, um legionário, entre as ameias, apontava vagarosamente ao alto a fle-cha, e varava uma grande águia, voando de asa serena, no céu rutilante. A filha de Sétimo seguia um momento a ave torneando até bater morta sobre as rochas — depois, mais triste, com um suspiro, e mais pálida, recomeçava a olhar para o mar. Então Sétimo, ouvindo contar, á mercadores de Chorazim, deste rabi admirável, tão potente sobre os espíritos, que sarava os males tenebrosos da alma, destacou três decúrias de soldados para que o procurassem por Galileia, e por todas as cidades da Decápole, até à costa e até Áscalon. Os soldados enfiaram os escudos nos sacos de lona, espetaram nos elmos ramos de oliveira — e as suas sandálias ferra-das apressadamente se afastaram, ressoando sobre as lajes de basalto da estrada romana que desde Cesareia até ao lago com toda a tetrarquia de Herodes. As suas armas de noite, brilha-vam no topo das colinas, por entre a chama ondeante dos archotes erguidos. De dia invadiam os casais, rebuscavam a espessura dos pomares, esfuracavam com a ponta das lanças a palha das medas: e as mulheres, assustadas, para os amansar, logo acudiam com bolos de mel, figos novos, e malgas cheias de vinho, que eles bebiam de um trago, sentados à sombra dos sicômo-ros.

Assim correram a Baixa Galileia — e, do rabi, só encontraram o sulco luminoso nos corações. Enfastiados com as inúteis marchas, desconfiando que os Judeus sonegassem o seu feiticeiro para que os Romanos não aproveitassem do superior feitiço, derramavam com tumulto a sua cólera, através da piedosa terra submissa. À entrada das aldeias pobres detinham os peregri-nos, gritando o nome do rabi, rasgando os véus às virgens: e, à hora em que os cântaros se enchem nas cisternas, invadiam as ruas estreitas dos burgos, penetravam nas sinagogas, e batiam sacrilegamente com os punhos das espadas nas Thebahs, os santos armários de cedro que continham os Livros Sagrados. Nas cercanias de Hébron arrastaram os solitários pelas bar-bas para fora das grutas, para lhes arrancar o nome do deserto ou do palmar em que se oculta-va o rabi — e dois mercadores fenícios que vinham de Jope com uma carga de malóbatro, e a quem nunca chegara o nome de Jesus, pagaram por esse delito cem dracmas a cada decurião.

Já a gente dos campos, mesmos os bravios pastores de Idumeia, que levam as reses brancas para o Templo, fugiam espavoridos para as serranias, apenas luziam, nalguma volta do cami-nho, as armas do bando violento. E da beira dos eirados, as velhas sacudiam como taleigos a ponta dos cabelos desgrenhados, e arrogavam sobre eles as Más Sortes, invocando a vingança de Elias. Assim tumultuosamente erraram até Áscalon: não encontraram Jesus: e retrocederam ao longo da costa enterrando as sandálias nas areias ardentes. Uma madrugada, perto de Cesa-reia, marchando num vale, avistaram sobre um outeiro um verde-negro bosque de loureiros, onde alvejava, recolhidamente, o fino e claro pórtico de um templo. Um velho, de compridas barbas brancas, coroado de folhas de louro, vestido com uma túnica cor de açafrão, segurando uma curta lira de três cordas, esperava gravemente, sobre os degraus de mármore, a aparição do Sol. Debaixo, agitando um ramo de oliveira, os soldados bradaram pelo sacerdote. Conhecia ele um novo profeta que surgira na Galileia, e tão destro em milagres que ressuscitava os mor-tos e mudava a água em vinho? Serenamente, alargando os braços, o sereno velho exclamou por sobre a rociada verdura do vale: — Oh romanos! Pois acreditais que em Galileia ou Judeia apareçam profetas consumando milagres? Como pode um bárbaro alterar a ordem instituída por Zeus?... Mágicos e feiticeiros são vendilhões, que murmuram palavras ocas, para arrebatar a espórtula dos simples... Sem a permissão dos imortais nem um galho seco pode tombar da árvore, nem seca folha pode ser sacudida na árvore.

Não há profetas, não há milagres... Só Apolo Délfico conhece o segredo das coisas! Então, deva-gar, com a cabeça derrubada, como numa tarde de derrota, os soldados recolheram à fortaleza de Cesareia. E grande foi o desespero de Sétimo, porque sua filha morria, sem um queixume, olhando o mar de Tiro — e todavia a fama de Jesus, curador dos lânguidos males, crescia, sem-pre mais consoladora e fresca, como a aragem da tarde que sopra do Hérmon e, através dos

Conto de Natal (3)

Page 9: Boletim extruplas dezembro

hortos reanima e levanta as açucenas pendidas. Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas mulheres de Israel.

O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farra-pos de enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Também a ela a doença a engelhara dentro dos trapos nunca mudados, mais escura e torcida que uma cepa arrancada. E, sobre ambos espessamente a miséria cresceu como o bolor sobre cacos perdidos num ermo. Até na lâmpada de barro vermelho secara há muito o azeite. Den-tro da arca pintada não restava grão ou côdea. No Estio, sem pasto, a cabra morrera. Depois, no quinteiro, secara a figueira. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. E só ervas apanhadas nas fendas das rochas, cozidas sem sal, nutriam aquelas cria-turas de Deus na Terra Escolhida, onde até às aves maléficas sobrava o sustento!

Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todas as lágrimas, e prometia aos pobres um grande e luminoso reino, de abundância maior que a corte de Salomão. A mulher escutava, com olhos famintos. E esse doce rabi, esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah esse doce rabi! Quantos o desejavam, que se desesperançavam! A sua fama andava por sobre toda a Judeia, como o sol que até por qualquer velho muro se estende e se goza; mas para enxergar a claridade do seu rosto, só aqueles ditosos que o seu desejo esco-lhia. Obed, tão rico, mandara os seus servos por toda a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus o conduzissem, pelo seu mando a Cesareia. Errando esmolando por tantas estradas, ele topara os servos de Obed, depois os legionários de Sétimo. E todos voltavam, como derrotados, com as sandálias rotas sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus. A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto mais vergada, mais abandonada.

E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os males ainda os mais antigos. A mãe apertou a cabeça esguedelhada: — Oh filho e como queres que te deixe, e me meta aos caminhos à procura do rabi da Galileia? Obed é rico e tem servos, e debalde buscaram Jesus, por areais e colinas, desde Corazim até ao país de Moab. Sétimo é forte e tem soldados, e debalde correram por Jesus, desde o Hébron até ao mar! Como que-res que te deixe! Jesus anda por muito longe e a nossa dor mora connosco, dentro destas paredes, e dentro delas nos prende. E mesmo que o encontrasse, como convenceria eu o rabi tão desejado, por quem ricos e fortes suspiram, a que descesse através das cidades até este ermo, para sarar um entrevadinho tão pobre, sobre enxerga tão rota? A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou: — Oh mãe! Jesus ama todos os peque-nos.

E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar! E a mãe, em soluços: — Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce rabi. Oh filho! Talvez Jesus morresse... Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes. De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou: — Mãe, eu queria ver Jesus... E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança: — Aqui estou.

Conto de Eça de Queirós

Conto de Natal (4)

Página 9

Boletim Extruplás Nº 11/12

Piso sintético na Golegã

A SITUAÇÃO GLOBAL

Os padrões dominantes de

produção e consumo estão

a causar devastação

ambiental, esgotamento

dos recursos e uma

massiva extinção de

espécies. Comunidades de

espécies estão a ser

arruinadas. Os benefícios

do desenvolvimento não

estão a ser divididos

equitativamente e a

diferença entre ricos e

pobres está a aumentar. A

injustiça, a pobreza, a

ignorância e os conflitos

violentos têm aumentado e

são causas de grande

sofrimento.

Page 10: Boletim extruplas dezembro

Continuando com esta abordagem do tema da medição e gestão dos recursos, vamos agora falar num sistema métrico conhecido de muitos, trata-se do Ecological Footprint ou Pegada Ecológica.

O que é ?

Com origem nos EUA, esta é uma ferramenta de gestão do uso de recursos naturais pelos indivíduos, cidades, nações e pela humanida-de em geral. Mede em que grau como a humanidade está a usar os recursos da natu-reza com maior rapidez do que eles se podem regenerar.

Origem

Esta foi desenvolvida pela equipa de Mathis Wackernagel e William Rees, da University of British Columbia, em 1993, a metodologia da Pegada Ecológica amadureceu consideravel-mente, nos últimos anos. O desenvolvimento e a padronização deste método estão a ser coordenados, atualmente, pela Global Foot-print Network, fundada em 2003, e as suas 50 organizações parceiras.

A Global Footprint Network dedica-se a esti-mular o desenvolvimento de um mundo no qual todas as pessoas tenham oportunidade de viver satisfeitas, dentro das possibilidades da capacidade ecológica da Terra.

As Pegadas variam bastante, de acordo com a região. A Global Footprint Network, com a sua parceira, a WWF International, tem publicado relatórios sobre a Europa a Ásia e, recentemente, apresentou um relatório sobre a África, em parceria com a Agência Suíça para o Desenvolvimento e a Coopera-ção.

A primeira edição de normas e padrões rela-tivos à Pegada Ecológica, o Ecological Foot-print Standards 2006, foi lançada em junho de 2006, concentrando-se em estudos sobre populações.

O desenvolvimento da próxima edição do Ecological Footprint Standards já começou.

Nessa edição, os Comitês da Pegada Ecológi-ca expandirão as padronizações para tratar mais especificamente de Pegadas organiza-cionais, bem como de Pegadas sobre produ-

Ambiente e Sociedade (18)

Cerca

O crescimento sem

precedentes da

população humana tem

sobrecarregado os

sistemas ecológico e

social. As bases da

segurança global estão

ameaçadas. Essas

tendências são

perigosas, mas não

inevitáveis.

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 10

tos, processos e serviços.

Os Comités estão nos estágios finais do esbo-ço de um Processo de Certificação para ava-liação.

Objetivo

A Pegada Ecológica mede o grau da procuras ecológicas das economias humanas respei-tam ou ultrapassam a capacidade da biosfera de fornecer bens e serviços.

Esta contabilização ajuda os indivíduos, orga-nizações e governos a estruturar políticas, definir metas e acompanhar o progresso em direção à sustentabilidade.

Do ponto de vista da sustentabilidade, quan-do a Pegada da Humanidade ultrapassa a quantidade de biocapacidade renovável, dá-se uma diminuição do capital natural, e isso é considerado insustentável.

Contas da Global Footprint relativas aos últi-mos 40 anos indicam uma tendência de cres-cimento ao longo de 25 anos, além da quan-tidade de biocapacidade renovável. Em suma, a Pegada Ecológica da humanidade parece ter rompido os limites ecológicos e é, portanto, insustentável.

Acompanhar o efeito acumulado do consu-mo humano de recursos naturais e da gera-ção de resíduos é uma das chaves para alcançar a sustentabilidade.

Conteúdo

Essa ferramenta de contabilidade de recur-sos mede o grau com que a humanidade está usar os recursos da natureza mais rapida-mente do que eles se podem regenerar.

A ferramenta ilustra quem está a consumir, quanto e que tipos de recursos naturais, com populações definidas, seja geograficamente, seja socialmente.

Também mostra em que medida os seres humanos dominam a biosfera em detrimen-to de espécies selvagens.

A Pegada de uma população é a quantidade total de áreas de terra e água biologicamen-te produtivas que ela exige para produzir os recursos que consome e para absorver os resíduos que elimina, usando a tecnologia

Page 11: Boletim extruplas dezembro

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 11

Cerca Estarreja

Ambiente e Sociedade (18) Continuação

atual. Como as pessoas consomem recursos e serviços ecológicos de todas as partes do mundo, sua Pegada é a soma de todas essas áreas, independentemente de onde estejam localizadas no planeta.

Estudos Publicados

Dentre os estudos mais recentes, estão Euro-pe 2005: The Ecological Footprint e Asia-Pacific 2005: The Ecological Footprint and Natural Wealth (ambos em parceria com a WWF); Global Footprint Network 2005 Annual Report e Africa’s Ecological Footprint: Human Well-Being and Ecological Capital (em parceria com a Agência Suíça para o Desen-volvimento e a Cooperação).

Os resultados dos estudos de 150 países foram, também, publicados.

Ecological Footprint Standards 2006 – a publicação de padrões utilizados para se mensurar a pegada ecológica ocorreu com o fim de se garantir a integridade científica da metodologia e para se produzir dados consis-tentes e comparáveis. Essa primeira edição dos padrões tem duas partes:

I. Padrões de Aplicação – definem o que é necessário para calcular os resultados da Pegada, a fim de garantir que os cálculos sejam conduzidos de forma consistente, de modo que os resultados sejam reprodutíveis e comparáveis com outros estudos que empreguem definições e parâmetros comuns.

1. Consistência com as Pegadas Nacionais

2. Definição dos limites do estudo

3. Cálculos de população

4. Estudos organizacionais e estudos de pro-duto: ainda não publicados

5. Fatores de conversão

6. Consistência dos componentes

7. Uso de elementos não padronizados em estudos da Pegada

8. Métodos de cálculo: ainda não publicados

9. Estimativas de Erro (diretriz)

II. Padrões de Comunicação – definem exi-gências para a publicação dos resultados da Pegada, a fim de garantir que os relatórios do projeto não distorçam a intenção nem representem erroneamente as limitações das

Pegadas Nacionais.

10. Indicação clara dos dados extraídos das Pegadas Nacionais

11. Glossário, Definições e Versões

12. Separação entre Resultados Analíticos da Pegada e Interpretações Normativas ou baseadas em valores

13. Cenários possíveis

14. Limitações dos Estudos da Pegada

15. Explicação da ligação entre Sustentabili-dade e a Pegada

16. Citação de fontes e descrição de metodo-logias

17. Referência a normas e organismos certifi-cadores

18. Estilo de apresentação e comunicação (diretriz)

Os Ecological Footprint Standards contêm tanto padrões e normas obrigatórias quanto diretrizes voluntárias.

Padrões são elementos exigidos para que estudos de Pegada sejam certificados. Por outras palavras, todos os padrões (a não ser quando não aplicáveis) devem ser cumpridos, a fim de que seja obtida a cer-tificação. A Global Footprint Network esta-belecerá um sistema de certificação baseado nesses padrões.

Diretrizes são práticas recomendadas que não são exigidas para a certificação do estudo. Informação on-line – há uma série de estudos disponíveis em (www.footprintnetwork.org), entre eles: Pegada da Humanidade (Humanity’s Foot-print)

1961-2002 – Os cálculos da Pegada Ecológica estimam quantos planetas Terra foram necessários para satisfazer as exigências de recursos por parte da humanidade, em cada ano, desde 1961, quando foram disponibili-zadas estatísticas completas pela ONU .

Cálculos da Pegada Nacional (National Footprint

Accounts) – Existem, atualmente, para mais de 150 países, em hectares e acres, para cada ano, de 1961 a 2002. A totalização das Pegadas Nacionais de cada país nos fornece uma análise global.

Passo a passo

Page 12: Boletim extruplas dezembro

Marvão

DESAFIOS FUTUROS

A escolha é nossa: formar

uma aliança global para

cuidar da Terra e uns dos

outros ou arriscar a nossa

destruição e a da

diversidade da vida. São

necessárias mudanças

fundamentais nos nossos

valores, instituições e

modos de vida.

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 12

Ambiente e Sociedade (18) Continuação )

A Pegada Ecológica, pode ser aplicada em escalas que vão desde produtos isolados até famí-lias, organizações, regiões, nações e a humanidade como um todo.

O CÁLCULO DA PEGADA ECOLÓGICA E OS NÚMEROS ATUAIS

Para calcular a Pegada Ecológica é necessário estimar o consumo de bens e serviços e a pro-dução de resíduos da unidade de população em estudo. Esses bens e serviços incluem várias categorias, como os alimentos, o vestuário, o transporte, a energia, o lazer, a habitação, os produtos com origem na madeira (lenha, papel, mobiliário etc.).

Posteriormente, estima-se a área necessária à produção de cada item, dividindo-se a média anual de consumo desse item pela média da sua produtividade. Cada uma dessas áreas é considerada equivalente a um tipo de área biologicamente produtiva, e a sua soma constitui a Pegada Ecológica.

A pegada é um retângulo. A base é proporcional ao número de habitantes, e a altura é o con-sumo de recursos per capita. Multiplicando a base pela altura, temos o consumo de recursos dessa população.

Em 1999, a área produtiva disponível per capita era 1,9 hectare, e a área per capita capaz de dar os recursos consumidos nesse ano eram 2,3 hectares. Isso corresponde a um super dimensionamento, ou seja: precisaríamos de 120% de área terrestre para suportar o nosso estilo de vida, ou seja, a humanidade está a usar 120% da capacidade da Terra.

Os cálculos de Pegada e da Biocapacidade Nacional são a base de todas as análises da Pegada Ecológica. A informação é apresentada em folhas de balanço consistentemente formatas, que usam grandes conjuntos de dados, tirados, principalmente, de órgãos e agências das Nações Unidas.

Com mais de 4 mil tópicos e 10 mil cálculos por país, por ano, a Pegada Nacional documenta os recursos naturais (por exemplo, terra cultivável, pastos, florestas e áreas pesqueiras) dis-poníveis no país, assim como a procura do país por esses recursos.

PARA CALCULAR A SUA PEGADA ECOLÓGICA

Pegada Individual (Individual Footprint) – existe um questionário disponível (Ecological Foot-print Quiz) sobre hábitos e atitudes, disponível no site www.myfootprint.org.

RESULTADO

Hoje em dia, a maioria dos países e o mundo como um todo estão a lidar com deficits ecoló-gicos. O déficit ecológico do mundo é igual ao seu descompasso ecológico (ecological over-shoot)1.

Atualmente, a Pegada Ecológica é 23% maior do que a capacidade de regeneração do plane-ta. Ou seja, é necessário mais do que um ano e três meses para a Terra regenerar o que é utilizado em um único ano.

A manutenção ou aumento dessa diferença resultará no esgotamento dos recursos naturais do planeta. Essa é uma grande ameaça subestimada e que não é trabalhada ou ponderada adequadamente.

Fonte: www.panda.org/

Referências

www.footprintnetwork.org

www.rprogress.org/newprojects/ecolFoot.shtml

www.eea.europa.eu/highlights/Ann1132753060

Mathis Wackernagel e William Rees, da University of British Columbia

Page 13: Boletim extruplas dezembro

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 13

Devemos entender que,

quando as necessidades

básicas forem supridas,

o desenvolvimento

humano será

primariamente voltado a

ser mais e não a ter

mais. Temos o

conhecimento e a

tecnologia necessários

para abastecer as

necessidades de todos e

reduzir os nossos

impactos no meio

ambiente. O

aparecimento de uma

sociedade civil global

está a criar novas

oportunidades para

construir um mundo

democrático e humano.

Os nossos desafios

ambientais, económicos,

políticos, sociais e

espirituais estão

interligados e juntos

podemos forjar soluções

inclusivas.

A Conferência do Clima em Paris (COP-21)

Finalmente uma boa notícia da COP-21 em Paris!

Foi anunciada ontem uma nova coligação formada secretamente há seis meses e que conta com mais de 100 países, tanto pobres como ricos. A coligação pretende dar o empurrão final necessário para um acordo ambicioso e reconhecido juridicamente de forma a tornar-se rea-lidade.

Mas a menos que China, África do Sul, Brasil e Índia participem, o acordo sobre energia 100% limpa pode ir por água abaixo.

Restam só 48 horas para mostrar que as pessoas de todo o mundo esperam que estes países se juntem à nova coligação. Com a dose certa de pressão, Brasil, China e África do Sul pode-rão aderir ao grupo. A Índia, por sua vez, deixaria de boicotar o acordo. Mas isso só irá acon-tecer se os governantes lá presentes sentirem que poderão ser responsabilizados por fazer o Acordo de Paris não dar certo.

Se assim for, venceremos em Paris!

Encabeçada pelas Ilhas Marshall, a coligação representa mais da metade das nações do mundo, incluindo 79 países da Ásia, África e América Latina, grandes poluidores da União Europeia e os Estados Unidos. O objetivo é pressionar por energia 100% limpa, financiamen-tos para a transição em países mais pobres e um rigoroso conjunto de regras para responsa-bilizar e aumentar os compromissos com o planeta ao longo do tempo.

Todos os esforços para um acordo climático global têm sido frustrados por causa de uma divisão entre as principais nações poluidoras e os países que se sentem menos responsáveis pelo problema. Entretanto, os dois lados estão unidos nesta nova aliança. E, apesar da res-ponsabilidade de financiar a transição para energia renovável recair nos ombros dos poluido-res, como é justo, a proposta garante a descarbonização de todas as economias do mundo.

A Índia quer continuar a usar o carvão e isso é um problema. Mas a China, por exemplo, já é líder mundial em energia renovável e o Brasil colocou metas ambiciosas de transição para energia limpa. Não há, portanto, motivos para China e Brasil não participarem de um acordo para o bem comum de todo o planeta. Eles argumentam que não é possível estabelecer metas que não contemplem a necessidade das nações mais pobres. No entanto, Angola, que representa os 48 países mais vulneráveis do mundo, também participa desta nova coligação

Contribuir para um mundo melhor!

Consumir produtos reciclados é também uma forma de minimizar os impactos ambientais dos resíduos, compre produtos Extruplás!

Page 14: Boletim extruplas dezembro

Marvão

RESPONSABILIDADE

UNIVERSAL

Para realizar estas

aspirações, devemos

decidir viver com um

sentido de

responsabilidade

universal, identificando-

nos com a comunidade

terrestre como um todo,

bem como com as nossas

comunidades locais.

Somos, ao mesmo

tempo, cidadãos de

nações diferentes e de

um mundo no qual as

dimensões local e global

estão ligadas.

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 14

A Responsabilidade Social das organizações (2)

Vantagens da adoção de Politicas e Práticas de Responsabilidade Social

Benefícios para as Empresas e Quem beneficia com a Responsabilidade Social.

Tentando, de forma simplista, listar alguns dos prejuízos e benefícios causados às empresas e pelas empresas, teremos:

Como principais benefícios , poderemos ter:

Emprego e salário

Geração e distribuição da riqueza

Fornecimento de produtos e serviços

Criação de padrões de qualidade

Produção de conhecimento e tecnologia

Alguns exemplos de prejuízos:

Geração de resíduos

Esgotamento de recursos naturais

Exploração das pessoas

Quais são então os benefícios para a própria organização, para a própria empresa?

O exercício da responsabilidade social praticado pelas empresas, além de trazer benefícios nas relações com a sociedade e com o meio ambiente, também é benéfico para os negócios, signi-ficando oportunidades para as empresas, tais como:

Construir diferenciais competitivos

Reduzir custos

Aprimorar os seus níveis de eficiência e desempenho

Conquista e fidelização dos clientes

As empresas que adotam a transparência em todos os seus processos, produtos e relaciona-mentos, tendem a conquistar a confiança e fidelidade dos seus clientes

Empresas que procuram ouvir e consultar os seus clientes ou consumidores, tornam-se como parte interessada, como um acionista. Os consumidores atribuem hoje um valor importantís-simo aos produtos e serviços de empresas que apoiam uma determinada causa social ou ambiental. Esta, tem também uma relação positiva com os trabalhadores. A industria que remunera os seus trabalhadores de forma adequada, estabelecendo com eles relações éticas e uma comunicação aberta e transparente, estará contribuindo para a sua própria produtivi-dade e para a redução dos conflitos.

Competitividade de custos, cadeias industriais eficientes, transformam as suas matérias pri-mas em produtos com um mínimo de perdas de energia e de materiais. As grandes empresas passam a usar cada vez mais entre os critérios para a seleção dos seus fornecedores, aqueles que se relacionam com a sustentabilidade, construindo cadeias pautadas e valores de comér-cio justo e ético, bem como nas práticas de convivência ambiental certificada.

Acesso a mercados exigentes. Estima-se que dentro de 5 anos, os mercados internacionais estarão simplesmente vedados a empresas que não forem capazes de conduzir as suas ativi-dades com respeito pelo meio ambiente. Hoje as exportações de setores sobre os quais pesam suspeitas de utilização de mão de obra infantil ou de trabalho escravo, já enfrentam restrições severas em todo o mundo.

Acesso aos sistemas de captação de financiamento. No Brasil, um numero crescente de insti-tuições financeiras já leva em conta fatores de risco relacionados com a gestão sustentada das empresas.

Page 15: Boletim extruplas dezembro

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 15

Cada um partilha a

responsabilidade pelo

presente e pelo futuro

bem-estar da família

humana e de todo o

mundo dos seres vivos.

O espírito de

solidariedade humana e

de parentesco com toda

a vida é fortalecido

quando vivemos com

reverência o mistério da

existência, com gratidão

pelo dom da vida e com

humildade em relação

ao lugar que o ser

humano ocupa na

natureza. .

A Responsabilidade Social das organizações (2) (Continuação)

Motivos: Éticos e económicos

Empresas desatentas a estas novas exigências, tendem também a negligenciar outros aspetos igualmente importantes para a gestão, caracterizando-se assim como empresa de risco mais elevado.

E, outros benefícios para a empresa, por exemplo:

Diminuição de conflitos e processos,

Valorização da imagem institucional e da marca,

Maior lealdade do consumidor,

Maior capacidade de recrutar e manter talentos,

Flexibilidade,

Capacidade de adaptação,

Sustentabilidade do negócio a longo prazo,

Acesso a mercados e capitais diferenciados.

Assim, temos algumas vantagens da adoção efetiva de politicas e praticas de responsabilida-de social. A pratica demonstra que um programa de responsabilidade social empresarial só traz resultados positivos para a sociedade e para a empresa, se for realizado de forma auten-tica. A empresa precisa de ter a cultura da responsabilidade social incorporada no seu pensa-mento. Desenvolver programas sociais apenas para divulgar a empresa ou como uma forma compensatória, não traz resultados positivos sustentáveis ao longo do tempo.

Os resultados positivos aparecem ao longo do tempo se houver de facto envolvimento por parte da empresa. Para as empresas incorporarem os princípios e os aplicarem corretamente, devem perceber que a valorização para a imagem institucional e da marca é um retorno garantido. Estes traduzem-se numa maior lealdade do consumidor, uma maior capacidade de recrutar e manter talentos, flexibilidade e capacidade de adaptação e um aumento dos seus lucros.

Assim, quem beneficia com a responsabilidade social das empresas?

Os clientes, com melhores produtos, com preços compatíveis com a qualidade desses produ-tos e a forma de fabrico e, os:

Funcionários com o ambiente e motivação para o trabalho,

Administradores com uma melhor gestão, maior controlo de delegação,

Os acionistas, os donos da empresa com a produtividade, competitividade e lucrativi-dade,

A comunidade, com o recrutamento, doações e parcerias,

O próprio governo com os impostos, parcerias etc.

Seja original e atreva-se a dar conforto a si próprio com o nosso mobiliá-rio. Temos a solução que sempre sonhou. Fale connosco!

Page 16: Boletim extruplas dezembro

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 16

Noticias — Use o link em baixo para ler mais sobre as noticias

(In Diário de Coimbra- 10-12-2015)

Jornadas Técnicas promoveram reflexão sobre desafios do sector CERÂMICA. Carlos Zorrinho, deputado do Parlamento Europeu para a área da Indústria, defendeu a

necessidade de uma União Energética Europeia, o crescimento da Economia Verde e uma Revolução

Digital, como estratégia para promover a existência de uma verdadeira política industrial na Europa…

_____________________________________________________

(In Diário de Notícias - Construção Civil & Obras Públicas- 10-12-2015)

Novos requisitos obrigatórios para as janelas: um produto decisivo para a eficiência

energética dos edifícios Com a transposição da Diretiva n.° 2010/31/EU, relativa ao desempenho energético dos edifícios para a

legislação nacional, foi criada a necessidade de atualizar os regulamentos relativos à eficiência térmica e

energética dos edifícios portugueses. …

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(In Negócios- 10-12-2015)

E se o petróleo voltar a cair para metade? O petróleo afastou-se da casa dos 100 dólares por barril para transacionar abaixo dos 40 dólares, devido

ao excesso de oferta e ao abrandamento da procura. Fatores que podem levar os preços a recuar até aos

20 dólares, dizem os analistas…

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(In Algarve Notícias Online - 09-12-2015)

Portugal caiu dez lugares na luta contra alterações climáticas Portugal desceu dez posições no desempenho contra as alterações climáticas, passando a ocupar o 19.º

lugar entre os 58 países mais industrializados, segundo o índice "Climate Change Performance Index",

apresentado na Cimeira do Clima (COP21), em Paris…

_____________________________________________________

(In Diário de Notícias Online - 09-12-2015)

EDP na linha da frente mundial contra as alterações climáticas A Empresa está entre 16 mundiais que assinaram um plano de ação para investir nas energias renováveis

nos próximos dez anos. A EDP - Energias de Portugal é uma das 16 empresas mundiais que assinaram

um plano de ação que, caso seja concretizado, possibilitará a instalação de 1,5 terawatts de "energias

renováveis em todo o mundo, ao longo dos próximos dez anos"…

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(In Diário do Minho- 10-12-2015)

Vereador do Ambiente visita edifício construído com pneus e latas usadas O vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, visitou, ontem, o projeto Utopia

onde pôde inteirar-se do estado da obra, cujo elemento mais emblemático é o edifício principal construí-

do com recurso a pneus cheios de terra e à reutilização de latas….

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(In Pplware Online - Pplware Kids Online - 09-12-2015)

Nave espacial transforma lixo espacial em combustível Na China, um grupo de investigadores da Universidade de Pequim apresentou uma nave espacial capaz

de transformar lixo espacial em combustível, o que poderá facilitar as missões no espaço e minimizar em

grande escala a quantidade de lixo espacial existente…

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(In Diário de Notícias Online - 09-12-2015)

Meta dos 36% de energia renovável custa 460 mil milhões por ano A par da melhoria da eficiência, a aposta nas energias verdes é a melhor hipótese. Investimento terá de

duplicar. Mas compensa Reforçar a aposta nas energias renováveis é uma das melhores hipóteses em

cima da mesa para atingir a meta de limitar o aumento das temperaturas médias a 2 graus centígrados, até

2030, estabilizando-as depois nesse patamar….

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(In Edifícios e Energia Online - 09-12-2015)

Oito projetos sustentáveis escolhidos pela Construction 21 Desde a área da saúde e conforto aos edifícios inteligentes, oito soluções construtivas receberam, na

semana passada, a distinção Green Building Solutions Awards da Construction21, uma rede colaborativa

internacional especializada no sector da construção…

Necessitamos com

urgência de uma visão

partilhada de valores

básicos para

proporcionar um

fundamento ético à

comunidade mundial

emergente. Portanto,

juntos na esperança,

afirmamos os seguintes

princípios,

interdependentes,

visando a um modo de

vida sustentável como

padrão comum, através

dos quais a conduta de

todos os indivíduos,

organizações, empresas,

governos e instituições

transnacionais será

dirigida e avaliada.

Rio Sever—Marvão

Page 17: Boletim extruplas dezembro

(In Magazine Imobiliário Online - 09-12-2015)

Bosch reduz consumo de energia A Bosch está a fazer progressos no que toca à proteção do clima. As medidas de eficiência incrementadas

levam já à redução de emissões de CO2 em 20% e a poupanças de cerca de 530 milhões de euros. A

Bosch está a fazer progressos no que toca à proteção do clima…

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(In Revista O Instalador Online - 09-12-2015)

A gravidade também pode gerar energia eléctrica renovável O arquitecto holandês Janjaap Ruijssenaars desenvolveu uma nova técnica para gerar energia de uma

forma sustentável em ambiente doméstico …

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(In Sapo Online - Casa Sapo Online - 09-12-2015)

Reforçar a aposta na consolidação e sustentabilidade do crescimento no turis-

mo e imobiliário! Em modo de balanço do ano que termina, 2015 revelou-se como um ano de afirmação de Portugal como

destino turístico e de investimento imobiliário internacional. A receita turística irá ultrapassar os 11…

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(In Jornal de Amarante- 18-11-2015)

Presidente da Câmara de Fafe quer mais iluminação nas ruas O Presidente de Câmara Municipal, Raul Cunha, entende ser necessário repensar a iluminação pública do

concelho, dotando determinadas zonas e ruas da cidade de iluminação pública mais intensa e com mais

brilho, sem colocar em causa a poupança e eficiência energética…

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(In Gazeta do Interior- 02-12-2015)

Atraso no funcionamento do centro de registo de resíduos elétricos preocupa

Quercus Pedro Carteiro, da Quercus mostrou-se preocupado com os atrasos no funcionamento do

centro de coordenação e registo de resíduos elétricos e eletrónicos (REEE), que segundo o ambientalista

já devia estar em funcionamento desde maio deste ano, o que ainda não aconteceu…

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(In Povo da Beira- 02-12-2015)

Jovens aprendem a reciclar para proteger o futuro Jovens aprendem a reciclar para proteger o futuro ? Reciclar hoje para o bem do amanhã. É a mensagem

que fica com o Seminário “Reciclar é Proteger o Futuro”, que se realizou na quarta-feira, 25 ….

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(In Povo da Beira- 02-12-2015)

Pediatria do Hospital recebe brinquedos da Valnor Pediatria do Hospital recebe brinquedos da Valnor? A Valnor entregou na sexta-feira, dia 27, no serviço

de pediatria do Hospital, alguns brinquedos, que são fruto da recolha que a empresa está a realizar …

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(In Público- 09-12-2015)

Brasil e UE propõem mecanismos de mercado no acordo climático de Paris Proposta surge num momento crítico das negociações que estão a decorrer na capital de França, quando

ainda há centenas de divergências a resolver Ricardo Garcia, em Paris O Brasil e a União Europeia (UE)

querem um novo mecanismo de mercado para facilitar o cumprimento dos objectivos ...

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(In Diário Digital Online - 08-12-2015)

Ministro do Ambiente quer novo padrão de mobilidade urbana O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, quer um novo padrão de mobilidade urbana muito

menos assente no transporte individual , disse hoje à Lusa, em Paris, o governante, durante a Cimeira do

Clima (COP21)…

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(In Diário de Notícias Online - 08-12-2015)

"O acordo de Paris está ao nosso alcance" O novo ministro da pasta do Ambiente acredita no "objetivo dos 2 graus" e defende um acordo global

revisto a cada cinco anos" O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, destacou hoje o empenho de

Portugal "com a profunda descarbonização da sua economia", durante o discurso que fez no segmento de

alto nível na Cimeira do Clima (COP21) em Paris….

Noticias (Continuação)

Boletim Extruplás Nº 11/12

Página 17

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR

DA COMUNIDADE DE

VIDA

1. Respeitar a Terra e a

vida em toda sua

diversidade:

a. Reconhecer que todos

os seres são

interdependentes e cada

forma de vida tem valor,

independentemente de

sua utilidade para os

seres humanos;

b. Afirmar a fé na

dignidade inerente de

todos os seres humanos e

no potencial intelectual,

artístico, ético e espiritual

da humanidade.

Rio Sever—Marvão

Page 18: Boletim extruplas dezembro

Ajude-nos a fechar o ciclo,

colaborando na reciclagem e

reutilização de plástico,

contribuindo para a

sustentabilidade ambiental

A Temperatura de Transição Vítrea (continuação)

Por acaso alguma vez deixas-te algo de plástico, fora de casa no Inverno? Se alguma vez isso aconte-ceu e, se reparares esse plástico partirá mais facilmente do que durante o verão. A este tipo de fenómeno chama-se Temperatura de transição vítrea. Esta temperatura de transição, é uma coisa que só acontece aos polímeros e, é também isto que torna os polímeros únicos. A Temperatura de transição vítrea é algo de muito parecido com aquilo que o nome pretende dizer. Existe uma certa temperatura (diferente para cada polímero), chamada Temperatura de transição vítrea, ou Tg de forma abreviada. Quando o polímero é arrefecido abaixo dessa temperatura, torna-se duro e que-bradiço, tal como o vidro. Alguns polímeros são usados acima dessa temperatura de transição, e outros abaixo. Os plásticos rígidos como o poliestireno e o poli(metil metacrilato), são usados abaixo da sua temperatura de transição, ou seja no seu estado vítreo. Nestes dois casos a Tg está bem aci-ma da temperatura ambiente, situam-se ambos a cerca de 100ºC. Os elastómeros, como o poliiso-preno e o poliisobutadieno, são usados acima do seu Tg, isto é, neste caso na estado de borracha, onde eles são macios e flexíveis.

Polímeros amorfos e cristalinos

Chegados aqui, temos necessidade de esclarecer que, a Temperatura de transição vítrea, não é a mesma coisa que a temperatura de fusão. A fusão é uma transição que ocorre nos polímeros cristali-nos. A fusão acontece quando as cadeias do polímero saem da sua estrutura cristalina, e se transfor-mam num líquido desordenado. A transição vítrea é uma transição que acontece nos polímeros amorfos, isto é, nos polímeros cujas cadeias não se dispõem sob a forma de cristais ordenados, mas antes que se espalham de forma aleatória, mesmo quando estes se encontram no estado sólido.

No entanto, mesmo os polímeros cristalinos, têm uma porção de amorfo. Esta porção pode repre-sentar, numa amostra de polímero cerca de 40 a 70% dessa mesma amostra. Esta é a razão pela qual uma mesma amostra de polímero pode ter uma temperatura de transição vítrea e uma temperatu-ra de fusão e, ambas diferentes. O importante é saber que uma determinada porção de material amorfo pode fazer baixar a temperatura de transição vítrea apenas, e uma porção de material cris-talino pode fazer baixar a temperatura de fusão, apenas.

(Continua)

♦ 100% Em plástico reciclado ♦ Sem manutenção ♦ 30 anos de durabilidade ♦ 5 anos de garantia ♦ Sem pintura

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A História dos Plásticos (continuação)