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16ª Edição do Boletim Infomativo da Ordem dos Advogados de Moçambique
Boletim INFORMATIVOORDEM DOS ADVOGADOS DE MOAMBIQUE
16AGOSTO 2013
Edio
ou facebook.com/ordemdosadvogadosdemocambiquewww.oam.org.mz CANAIS DE INFORMAO:
REFLEXO SOBRE TICA PROFISSIONAL MOTIVADA POR UM ERRO GROSSEIRO DE UM JUZPAG 5
UMA BREVE REFLEXO SOBRE AS CONSEQUNCIAS DA FALTA DE PAGAMENTO DO PREPARO PELA INTERPOSIO DE UM RECURSO DE APELAO
PAG 3
A INTERPRETAO E APLICAO DO N. 1 DO ARTIGO 32 DA LEI DO TRABALHO, REFERENTE A RESTRIO DA CONTRATAO DE TRABALHADOR ESTRANGEIRO
PAG 8
PROVIDNCIA CAUTELAR PARA SUSPENSO DE DESPEDIMENTOPAG 10
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINRIA PAG 2
SIGNOS SUSCEPTVEIS DE SEREM MARCASPAG 12
1-OI
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ONEABMIT SMOT
EDITORIAL
nauguramos hoje uma maneira diferente de apresentarmos o nosso Editorial, tendo em vista Ium melhor Boletim Informativo. Pretendemos
titula-los, enquadrando melhor o tema que apresentamos que reflecte certo ponto de vista do Bastonrio. O Estado assegura a quem exerce o mandato judicial, as imunidades necessrias ao seu exerccio e regula o patrocnio forense, como elemento essencial administrao da justia. Nota-se, pois, com este acolhimento constitucional, a importncia que o legislador quis dar a quem exerce o mandato judicial. Num Estado de Direito Democrtico no possvel conceber um sistema d e o r g a n i z a o j u d i c i a l q u e a s s e g u r e , efectivamente, o acesso Justia sem o Advogado, sobretudo numa sociedade como a nossa em que os direitos e garantias dos cidados esto na rbita do desenvolvimento da mesma. Se se reconhece a importncia do advogado, h, pois, que valorizar a confiana que o cidado lhe concede e a sua credibilizao em face do cidado, cujos direitos, liberdades e legtimos interesses chamado a defender em todas as circunstncias. O advogado , pois, um defensor do Direito, exercendo uma funo tico-social que se traduz numa verdadeira magistratura cvica, pois garante os direitos e liberdades dos cidados. No exerccio da sua profisso, o advogado est sujeito a um conjunto de deveres, que devem ser sempre cumpridos. O incumprimento dos deveres fonte de responsabilidade disciplinar, civil e at criminal. Por isso, o princpio basilar que ilumina a advocacia est consagrado no nosso Estatuto, nos termos do qual O advogado, no exerccio da profisso, manter sempre e em quaisquer circunstncias, a maior independncia e iseno, no se servindo do mandato para prosseguir objectivos que no sejam meramente profissionais. Por isso, o advogado est sujeito a uma independncia absoluta, isenta de qualquer presso, especialmente a resultante dos seus prprios interesses ou de influncias exteriores, devendo, pois, estar atento para no comprometer
Por uma Ordem forte, credvel e coesa
a tica profissional no intuito de agradar seja quem for. O tempo que temos na liderana da Ordem, mostra-nos graves violaes da tica e deontologia profissional. Infelizmente, o actual regime de Estgio dos Advogados Estagirios no olha para esta importante rea do exerccio da advocacia com ateno. D-se mais prioridade a questes processuais, verificando-se, pois, durante o Estgio uma ateno a reas que ao longo dos cursos de Direito era suposto serem os mais determinantes. O Regulamento do Estgio aprovado pelo Conselho Nacional da Ordem dos Advogados, o qual, por ter conscincia da importante deste diploma legal, iniciou j um processo de reviso do mesmo, atravs de recolha de contribuies no s de advogados, mas de outras sensibilidades. As questes relativas tica e deontologia profissional devem, neste momento, merecer a nossa especial ateno: um advogado que, por lhe ter sido confiada uma procurao com todos os poderes, usa-a em seu benefcio registando um imvel em processo de alienao ao Estado, um advogado que, na sequncia dos poderes lhe foram confiados pelo seu representado, procede ao levantamento da cauo em seu prprio benefcio, para alm de violarem gravemente as regras a que esto adstritos, envergonham, de forma grave, a profisso. importante olharmos para esta realidade com ateno, porque o Advogado no deve, em circunstncia alguma, deixar de por em primeiro lugar a sua tica profissional. Mais do que um tcnico do Direito, muitas vezes, o Advogado um conselheiro, um confidente. A confiana que um cliente deposita, necessariamente, no seu Advogado, tem de ultrapassar a firmeza da valia tcnica deste, atendendo tambm s suas qualidades morais e humanas. Estaremos a honrar a confiana que os clientes tm depositado em ns? Os dados que chegam Ordem indiciam sentido contrrio sendo, pois, motivo de preocupao de todos ns.
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TICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL DOS ADVOGADOS E ADVOGADOS ESTAGIRIOS
O Bastonrio
Toms Timbane
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OAM | EDIO 16 | AGOSTO 2013
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINRIA Realizou-se no dia 27 de Julho no Hotel Polana, em Maputo, a Assembleia Geral Extraordinria da OAM com a seguinte agenda:
Proposta de actualizao do plano e oramento 2013Proposta de reviso do valor de quotasPonto de situao sobre a proposta de reviso dos Estatutos da OAMDiversos
stabelece o disposto no art. 41 do Cdigo das Custas Judiciais (C.C.J.) com a alterao Eintroduzida pelo Decreto n. 14/96 de 21 de
Maio que, () Pela interposio de qualquer recurso ordinrio, ainda que no chegue a subir ao tribunal superior e quer as partes aleguem no tribunal donde se recorre, quer no, pagar-se- um quinto do imposto que no processo seria devido a final (). Antes da reforma do Cdigo de Processo Civil (C.P.C.), introduzida pelo Decreto Lei n 1/2005 de 27 de Dezembro, o no pagamento do imposto referido no pargrafo anterior, ou das custas na primeira instncia, no prazo consignado no art. 89 3 C.C.J. tinha como consequncia a desero do recurso, nos termos do revogado art. 292 n. 1 C.P.C. que, ento, estabelecia, () Os recursos so julgados desertos pela falta de preparo ou de pagamento de custas (), existindo ao tempo inmera jurisprudncia sobre a matria dos quais destaco, entre outros, Acrdos do Tribunal Supremo, 15/2001, 123/2000 e 82/2000.Com as alteraes ao Cdigo de Processo Civil, foi revogado o n. 1 do art. 292 C.P.C., passando-se a estabelecer que a desero dos recursos apenas ocorre () pela falta de alegao do recorrente ou quando, por inrcia das partes, estejam parados durante mais de um ano, embora tenha sido feito o preparo inicial ().Na prtica, interposto um recurso de apelao ao qual foi fixado o efeito suspensivo (cfr. arts. 691 e 692 C.P.C.) e no sendo pagas as custas no prazo legal, nem posteriormente, o recurso no considerado deserto, ficando retido at que a parte cumpra com os encargos processuais devidos.A reteno do recurso, com todos os prejuzos que possam advir para o Recorrido desejoso que o processo se encerre com a rapidez desejada, tem o seu fundamento legal no art. 116 C.C.J. que estabelece, () salvo o disposto no artigo 118, nenhum processo pode seguir em recurso ou remetido
para outro tribunal, em consequncia de qualquer acto da iniciativa das partes, sem estarem pagas ou asseguradas as custas, a no ser que a remessa seja requerida por qualquer entidade delas isenta ou dispensada do seu pagamento (). Esta posio do legislador, vincada no Cdigo das Custas Judiciais, conforme referncia feita, prende-se com a obrigatoriedade do pagamento das custas e tem, igualmente, apoio legal, na norma constante do art. 699 C.P.C. quando ali se diz, que o processo entregue ou expedido para o tribunal superior, dentro de quarenta e oito horas depois de, () contadas e pagas as custas que forem devidas ().Significa isto, que no sendo pagas as custas, o processo no expedido para o tribunal ad quem, podendo o relapso recorrente sofrer as penas da sua inrcia e que se consubstanciam numa primeira fase na multa prevista no art. 74 C.C.J. () igualmente remeter conta os processos parados por culpa da parte, passados que sejam dois meses, aqueles cujo andamento for suspenso, se o juiz assim o determinar, e todos os que tenham de transitar para outro tribunal ou em que haja liquidao a fazer (), e mais tarde, se a inrcia se mantiver, ser ento o recurso considerado deserto nos termos do, actual, art. 292 n. 1 C.P.C.Na minha humilde opinio, sujeita naturalmente a debate, a eliminao da desero do recurso pela falta de pagamento das respectivas custas ou do preparo, no trouxe nenhuma vantagem na celeridade processual, podendo esse facto, at constituir uma manobra processual para que o processo se arraste na primeira instncia, porque esbarra desde logo com a norma do j citado art. 116 C.C.J.Se a reforma do Cdigo de Processo Civil tivesse sido acompanhada de, igual, reforma do Cdigo das Custas Judiciais, adaptando-se este Cdigo s mudanas processuais actualmente vigentes, no teramos este entrave que acabam por tornar na
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UMA BREVE REFLEXO SOBRE AS CONSEQUNCIAS DA FALTA DE
PAGAMENTO DO PREPARO PELA INTERPOSIO DE UM
RECURSO DE APELAO
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singulares e no por pessoas colectivas, como tem sido esse o entendimento do Tribunal Supremo, com uma nica excepo, no caso do decretamento de falncia.Apesar de em algumas situaes a primeira instncia conceder em casos pontuais o benefcio da assistncia judiciria a pessoas colectivas, essa situao depois retirada pelo Tribunal Supremo, com alegao de que esse pedido () destitudo de fundamentos (), tal como ocorreu e a ttulo de exemplo e se cita, Acrdo do Tribunal Supremo (04.12.2007) que recaiu no Proc. n. 247/06-L, Seco Cvel.O que isto significa que partida as pessoas colectivas no tm direito ao beneficio da assistncia judiciria e no a podem requerer, e portanto as custas emergentes do processo que sejam da sua responsabilidade, em todas as fases processuais tm de ser pagas.Situao diferente, ocorre naturalmente com as pessoas singulares j que se na pendncia da causa a sua boa fortuna sofrer os revezes da economia, podem, desde que provem a supervenincia dessa sua situao de carncia, requerer o benefcio da assistncia judiciria para efeitos de interposio de um recurso.Desta feita, e salvo melhor e douta opinio, o legislador poderia repensar em reintegrar na prxima reviso as supresses falta de pagamento de custas e do preparo na norma constante do art. 292 n. 1 C.P.C.
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prtica invivel o prosseguimento do recurso.Na anotao ao art. 292 C.P.C. In Cdigo de Processo Civil anotado de Abdul Carimo Mahomed Iss, Isabel Garcia, Nelson Jeque e Toms Timbane, Utrel, pg. 129, ali se faz douta referncia aos motivos pelos quais o legislador optou por eliminar da desero dos recursos, a falta de pagamento das custas ou do respectivo preparo, () por se tratar de uma sano gravosa e que pode influir de forma injusta na deciso final da causa (). certo que a desero de um recurso sempre uma penalidade gravosa para a parte que a sofre, mas no posso, com o enorme e sempre devido respeito, concordar que a mesma pode, () influir de forma injusta na deciso final da causa (), e porqu?Aquando da interposio de uma aco em tribunal (cfr. art. 467 C.P.C) ou da respectiva contestao (cfr. art. 488 C.P.C.), por parte do autor ou do ru, cada uma das partes pode, caso entenda, e se reunir as condies para o efeito, solicitar o benefcio da Assistncia Judiciria com dispensa de pagamento dos preparos e custas, nos termos do Decreto n. 33458 de 30 de Novembro de 1940, com as alteraes introduzidas pelo Decreto n. 45788, de 18 de Julho de 1964.O benefcio da assistncia judiciria conforme reza o art. 5. do Decreto n. 33458 de 30 de Novembro de 1940, () pode ser requerida em qualquer altura da causa respectiva, salvo se j tiver, findado a produo de prova, porque neste caso s poder ser requerida por qualquer dos litigantes depois da sentena e para o efeito do recurso () sublinhado nosso.Sucede porm, que o benefcio da assistncia judiciria apenas pode ser requerido por pessoas
Advogada CP n 241
QUER ESTAR A PAR DAS ACTIVIDADES DA ORDEM, QUER PARTILHAR IDEIAS E PENSAMENTOS?
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m colega enviou-nos um despacho inslito proferido por um Juiz de Direito do Tribunal UJudicial da Cidade de Maputo. O despacho
em causa foi produzido na sequncia de um pedido de benefcio de assistncia judiciria formulado por uma cidad num processo judicial. O pedido desta cidad foi indeferido com apoio dos seguintes fundamentos indicados pelo juiz da causa: (a) as pessoas indigentes so assistidas pelo Instituto de Patrocnio e Assistncia Jurdica - IPAJ e (b) a autora assistida por advogados cujo servios so pagos.O que despertou nossa ateno no foi tanto o indeferimento do pedido em si, mas foi sobretudo a inslita fundamentao utilizada pelo juiz para sustentar a sua deciso.Desde logo, afigura-se no mnimo estranho que o referido despacho no apresente qualquer fundamento jurdico (o juiz no indica nenhuma norma legal que acomode as razes por ele invocadas para a recusa do pedido). O juiz agiu in casu em manifesta violao de um dever profissional essencial - o dever de fundamentar as decises, inquinando o seu despacho com o vcio da nulidade.Mas, o que mais clama pela nossa ateno no tanto a ilegalidade do mencionado despacho. No to-somente o seu contedo literal. O sentido do despacho convida-nos reflexo sobre a percepo que aquele juiz demonstra ter em relao ao efectivo papel da advocacia na defesa de cidados economicamente carenciados. Mais do que as palavras do despacho, queremos reflectir sobre a respectiva alma.Num primeiro momento, o mencionado juiz determinou que as pessoas indigentes s podiam ser assistidas pelo IPAJ. Daqui pode-se inferir a contrario que aquele magistrado entende que os advogados (pelos menos os que no se encontrem vinculados ao IPAJ) no devem assistir cidados economicamente carenciados, cabendo tal
desgnio exclusivamente ao IPAJ.Ora, o nosso ordenamento jurdico est pejado de normas jurdicas que demonstram saciedade a incorreo de um tal raciocnio. Desde a Constituio da Repblica, passando pelo Estatuto da Ordem dos Advogados de Moambique, indo at ao Cdigo do Processo Civil e terminando na Lei da Organizao Judiciria. Alis, no aceitvel que um Juiz de Direito desconhea ou no saiba interpretar devidamente o sentido e alcance das normas relativas ao patrocnio judicirio contidas em vrios diplomas legais relevantes. Num segundo momento do seu inusitado despacho, o juiz afirma categoricamente que os advogados s defendem cidados quando pagos para isso. com base nesta premissa que chega concluso de que o pedido deve ser indeferido porque se a cidad em causa pde pagar aos advogados que lhe assistem no processo, poderia tambm, por maioria de razo, pagar os preparos iniciais cuja iseno requeria.
Resumindo: na mente daquele juiz as p r o b a b i l i d a d e s d a q u e l a c i d a d s e r economicamente favorecida eram elevadas, em virtude desta estar representada por advogados. Isto , se a cidad conseguiu obter o patrocnio judicirio de advogados porque garantidamente tem dinheiro para pag-los, no devendo por isso eximir-se da obrigao de pagar os preparos da aco.
Se quisermos avanar um pouco mais dentro da alma do despacho em anlise, perceberemos que h uma convico implcita de que advogados s exercem o seu mnus profissional quando pagos. Logo, quem tem advogado constitudo no processo est impedido de obter o benefcio de assistncia judiciria.
Este despacho judicial profundamente revelador duma percepo mercantilista da advocacia por parte do seu autor. um despacho
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REFLEXO SOBRE TICA PROFISSIONAL MOTIVADA POR
UM ERRO GROSSEIRO DE UM JUZ
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A tica a pedra angular da dignidade da advocacia. Sem ela a profisso seria um mercenato
Antnio Arnaut.
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que se revela injusto contra a destinatria, ofende ainda os advogados que assistiam a cidad gratuitamente (partindo do pressuposto que deduziram o pedido benefcio de assistncia judiciria porque a constituinte era efectivamente economicamente desfavorecida), ultraja a todos os colegas que exercem advocacia pro bono por causa da generalizao que lhe caracteriza e, por ltimo, afronta a prpria Ordem dos Advogados de Moambique a quem cabe, nos termos dos seus Estatutos, zelar pela funo social da profisso de advogado.Porm, o sentido deste despacho seria muito mais g r a v e s e e m n o s s o e n t e n d e r n o l h e reconhecssemos uma base justificativa que no apresenta grande desfasamento da realidade ftica. Estamos sem dvidas perante um despacho legalmente infundado. Todavia, se quisermos pr a mo na nossa conscincia colectiva para tentar perceber porque razo um juiz experiente despachou desta forma inslita, teremos que questionar despreconceituosamente se os nossos comportamentos colectivos em relao ao exerccio da advocacia pro bono no ajudam a sedimentar percepes desta natureza.No temos dvidas que o esprito da ideia aflorada no referido despacho no paira apenas na mente do juiz que proferiu o despacho. Muitos juzes - se quisermos ser ousados diremos mesmo a maioria dos juzes - pensa o mesmo dos advogados. Com a nica diferena de no partilharem da mesma ingenuidade filosfica ou distraco que se abateu sobre este seu colega que decidiu revelar directa e expressamente as suas percepes sobre a matria num despacho judicial. muito comum o entendimento de que os advogados participam na administrao da justia por razes marcadamente economicistas. Muitos comungam da percepo de que as regras de mercado que ditam a disponibilidade profissional do advogado. muito frequente ouvir em conversas particulares com juzes ou em fruns de discusso de questes de acesso justia manifestaes similares em relao ao papel tico-social efectivo do advogado em Moambique.Cremos que ningum ignora que h muito que se desenvolve dentro da classe uma perspectiva mercantilista da profisso, no contexto da qual a patrocnio judicirio de cidados economicamente carenciados visto como uma tarefa menor, reservada normalmente a advogados estagirios ou a recm-encartados. Mesmo quando um escritrio de advogados que patrocina gratuitamente uma causa de um cidado carenciado, no o scio ou um advogado snior que efectivamente o ir representar. Tal encargo normalmente deixado ao
cuidado de um advogado inexperiente, de preferncia um estagirio.Nesta perspectiva, o patrocnio judicirio de cidados economicamente desfavorecidos visto como o tirocnio da advocacia. A regra simples. Aprende-se e treina-se com as c a u s a s d o s c i d a d o s e c o n o m i c a m e n t e desfavorecidos, para depois com o saber profissional e a experincia adquiridas dessa forma servir lucrativamente os cidados e empresas mais favorecidas.H colegas que encontram sempre desculpas para se furtarem s defesas oficiosas. Para estes, a defesa judiciria de cidados carenciados consubstancia um inultrapassvel empecilho lucratividade da profisso.J para no falar daqueles advogados que se gabam de nunca irem a tribunal. Desenvolvem to-somente uma advocacia consultiva associada aos negcios, alheando-se totalmente do contencioso judicial e das respectivas vicissitudes. Estes colegas trabalham normalmente enclausurados em escritrios e nunca so nomeados oficiosamente para a representao judiciria de cidados economicamente desfavorecidos, at porque na maior parte dos casos os juzes nem sequer os conhecem como advogados. Parece-nos evidente que o cumprimento deste dever de solidariedade para com os cidados mais desfavorecidos no deveria depender do tipo de advocacia que o advogado faz e nem do seu estatuto. No deveria importar se o profissional exerce uma advocacia contenciosa ou consultiva, nem se o visado advogado experiente e renomado ou recm-encartado ou estagirio. Quanto a ns, todo o advogado deve cumprir como imperativo tico de dispor de uma parte do seu tempo para o exerccio da advocacia pro bono, devendo esta ser encarada como uma parte importante e inafastvel da deontologia profissional.A solidariedade sempre fez parte da feio originria da profisso. A advocacia foi desde sempre cons iderada uma funo nobre exactamente porque tambm se dedica defesa dos direitos e legtimos interesses dos cidados economicamente carenciados. Um dos caminhos para a dignificao e enaltecimento do papel do advogado passa pelo cumprimento colectivo do dever de solidariedade que intrnseco profisso. A fuga ao exerccio da advocacia pro bono uma das formas mais gritantes de conspurcao dos valores tradicionais da profisso. Infelizmente, a realidade mostra-nos que a prtica no terrenos assenta em constantes e impunes deseres ticas. Verifica-se um desvio consciente do esteio em que assenta a profisso para a sua mercantilizao e por vezes
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mercenarizao.Este estado de coisas atinge nveis to gritantes que presenciar uma situao em que um advogado renomado ou experiente esteja a defender um cidado carenciado constitui uma viso to rara quanto surpreendente. Como corolrio disso, se a defesa de um cidado carenciado patrocinada por um ou mais advogados, este cidado tido aos olhos do juiz, dos demais intervenientes processuais e da comunidade como um cidado com posses financeiras.Fazendo a conexo do que acabamos de dizer com o despacho acima referenciado, julgamos que no preciso fazer muito esforo para verificar a relao de causa-efeito entre o sentido relevante do despacho e as violaes deontolgicas a que nos referimos. No difcil perceber o silogismo subjacente ao raciocnio do citado juiz passa pela seguinte equao: (i) os advogados s aceitam defender as pessoas que lhes pagam, (ii) a cidad em causa est representada por advogados; ento (iii) uma cidad economicamente favorecida.Sem pretender aqui atenuar a ilicitude do despacho a que nos referimos, nem o carcter ofensivo que lhe
subjaz, sobretudo pela injusta generalizao a que recorre; podemos contudo, em abono da verdade, reconhecer alguma sustentabilidade material ao seu esprito. Indo mais longe neste contexto, diremos ainda que os nossos desvios ticos nesta matria so principal causa da ocorrncia deste tipo de percepes.Neste contexto, tentando porventura escapar tentao de incorrer na hipocrisia corporativista que nos pode tolher a viso numa situao destas, entendemos que no obstante a ilegalidade deste despacho ser grosseira, o mesmo reflecte uma percepo generalizada sobre o comportamento da classe que a todos responsabiliza, quer seja por dolo ou por negligncia.Evidentemente que toda a generalizao injusta e esta tambm no deixa de ser. Mas, em nossa opinio, a ocasio convida mais reflexo do que reaco.Como diria Dalai Lama " muito melhor perceber um erro em si mesmo, do que dezenas de erros no outro, pois o seu erro voc pode mudar".
Advogado CP n 103
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XXII ASSEMBLEIA GERAL & CONFERNCIA INTERNACIONAL DA UNIO DOS ADVOGADOS LNGUA PORTUGUESA
O Ilustre Bastonrio da OAM participou nos dias 12 e 13 de Julho na XXII Assembleia-Geral da UALP realizada na cidade da Praia em Cabo-Verde. Durante esta participao, o Ilustre Bastonrio da OAM foi eleito Presidente do Conselho Fiscal da UALP.
VISITA DA INSPECO DO MINISTRIO PBLICO
No dia 5 de Agosto de 2013, a Direco da Inspeco do Ministrio Pblico, na pessoa dos Dignssimos Procuradores Gerais Adjuntos Rogrio Buque, Inspector-Chefe e Casimiro Davane, Inspector-Chefe Adjunto, visitou a Ordem dos Advogados de Moambique, tendo sido recebida pelo Ilustre Bastonrio e pelo Vice-Presidente do Conselho Nacional. A referida visita realizou-se no mbito da inspeco ordinria que est a ser feita Procuradoria da Repblica na Cidade e Distritos Municipais de Maputo.
Assim, solicita-se a todos os Advogados e Advogados Estagirios que pretendam apresentar qualquer participao, queixa ou reclamao do funcionamento dos servios das referidas procuradorias, que podero faz-lo, directamente Inspeco ou mediante comunicao Ordem ([email protected] ou [email protected]). Considerando que a inspeco ir decorrer at ao dia 31 de Agosto de 2013, informa-se que as participaes, queixas ou reclamaes sero recebidas na Ordem at ao dia 20 de Agosto de 2013.
questo da contratao de trabalhadores estrangeiros em Moambique, foi e ser Aainda por muitos anos um tema actual
controverso.Com o surgimento de novas oportunidades em Moambique, a aliar-se a crise internacional, sobretudo nos pases com alguma ligao histrica com Moambique, o volume de pedidos para contratao de trabalhadores estrangeiro tem aumentado de forma considervel.Diante deste cenrio, no raras vezes os empregadores so confrontados com a exigncia de requisitos para obteno dos atestados de trabalho, que at recentemente desconheciam ou com a aplicao de dispositivos legais nem sempre uniformes.Tal situao leva a que se preste particular ateno a algumas disposies legais, que podem a primeira vista parecer de interpretao e aplicao simples, mas que na prtica no o so.A evoluo econmica, social e poltica de Moambique levou a que se sentisse a necessidade de se proceder a conformao do quadro jurdico-legal que disciplina o trabalho, a partir da dcada 2000, mais concretamente em 2007, atravs da aprovao da Lei n. 23/2007, de 01 de Agosto (Lei do Trabalho).Com o supra referido diploma legal, entre outras alteraes, sentiu-se uma verdadeira revoluo ao regime estabelecido na Lei n. 8/98 de 05 de Outubro, relativamente a admisso e autorizao da prestao de trabalho por trabalhadores estrangeiros, fixando-se as condies para contratao destes trabalhadores, e posteriormente em 2008, com a entrada em vigor do Decreto n. 55/2008, de 30 de Dezembro, regulamentando os mecanismos e procedimentos para a contratao de cidados de nacionalidade estrangeira.Se por um lado se fixaram regras que abriam portas maiores a admisso de trabalhadores de
nacionalidade estrangeira, fixando-se entre outras, o regime de quotas, no se pode perder de vista o esprito proteccionista do nosso legislador, que prescrevem nos n. 1 do artigo 31 e 1 do artigo 3 nos termos da Lei do Trabalho e do Decreto n. 55/2008, de 05 de Agosto, respectivamente, um comando legal inequvoco que impe aos empregadores o dever de criao de condies para a integrao de trabalhadores moambicanos qualificados nos postos de trabalho de maior complexidade tcnica, facultando-se ainda o acesso posies de gesto e administrao das empresas, garantindo -se por fim a sua a sua promoo.E cremos, ser justo que assim seja.Aliadas as normas marcadamente proteccionistas, previstas nos supra referidos artigos, particulares restrio s autorizaes de trabalho, se calhar mais de carcter ordenador que protector, encontram-se plasmadas no artigo 32 da lei do trabalho.Contudo, interessante notar que as restries constantes do supra referido artigo 32, nem sempre so de fcil aplicao e que na maioria das vezes, do azo as mais variadas interpretaes.Tal situao, como veremos, leva a que as diversas entidades laborais competentes para a emisso dos atestados de trabalho, procurem interpretar e aplicar o artigo 32, socorrendo-se do esprito do legislador em outras disposies legais, O Decreto n. 38/2006, de 27 de Setembro, que regula a entrada, permanncia e sada de cidados estrangeiros no territrio Moambicano, estabelece no seu artigos 14 a obrigatoriedade de o cidado estrangeiro ser titular de uma autorizao de trabalho, para que o visto de trabalho lhe seja concedido.O nmero 15 do mesmo diploma legal, fixa na sua alnea c) a obrigatoriedade que o cidado estrangeiro tem, de apresentar a autorizao de trabalho, como condio para obteno do visto de trabalho, sempre que o trabalho deva ser prestado por
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DO TRABALHO, REFERENTE A RESTRIO DA CONTRATAO
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conta de outrem.Pela aplicao das disposies legais que temos vindo a citar, mormente os artigo 14 e 15 do Decreto n. 38/2006, de 27 de Setembro, entende-se que as entidades migratrias e consulares competentes, no deveriam emitir o visto trabalho, sempre que o cidado estrangeiro no seja titular da permisso ou autorizao de trabalho.Ou seja, em rigor, no devero ser emitidos vistos de trabalho, sem que cidados sejam titulares de autorizaes de trabalho.Esta disposio encontra harmonia com o previsto no artigo 32 da Lei de Trabalho.De facto, o nmeros e 1 do artigo 32, dispe, e passamos a citar:
1. Sem prejuzo das disposies legais que concedam autorizao de entrada e permanncia a cidados estrangeiros vedada a contratao destes quando tenham entrado no pas mediante visto diplomtico, de cortesia, oficial, turstico, de visitante, de negcios ou de estudante.
O nmero 1 do artigo 32, exclui, portanto, a possibilidade de que o trabalhador estrangeiro, tenha a sua situao laboral regularizada, sempre que a sua entrada no Pas, tenha sido feita mediante a emisso dos vistos diplomtico, de cortesia, oficial, turstico, de visitante, de negcios ou de estudante.Entende-se a contrariu sensu, que a autorizao de trabalho deve ser emitida, em todos os outros casos em que o cidado estrangeiro tenha entrado no territrio nacional mediante vistos, que no os previstos no n. 1 do artigo 32.Ser a enumerao do nmero 1 do artigo 32, taxativa? Que tratamento dar, sempre que os cidados entrem no Pas, mediante visto de residncia, cujo objectivo permitir ao cidado a fixao de residncia no Pas?
Em bom rigor, pela aplicao do n. 1 do artigo 32, no haver lugar a recusa na atribuio das autorizaes de trabalho a estes cidado.Em considerveis vezes, essas autorizaes so emitidas. E cremos ser correcto, justo e legal. Por um lado, no h disposio legal que impea que tal acontea.O visto de residncia, concede a possibilidade ao cidado estrangeiro de residir no Pas, nenhuma referncia se faz quanto a possibilidade de este aqui trabalhar.O n. 1 artigo 32, enumera os vistos de entrada que no podem servir de base para a atribuio do atestado de trabalho. No se faz naquele dispositivo legal qualquer referncia ao visto de residncia, devendo-se nesses termos concluir, que sempre que o cidado seja titular desse visto, possa obter o atestado de trabalho.Por outro lado, se ao cidado foi garantida a residncia em Moambique, correcto que, regra geral, lhe seja reconhecido o direito ao trabalho. Este tambm, muitas vezes o princpio que o aplicador da lei se socorre para aplicao rigorosa do n. 1 do artigo 32.A questo coloca-se porm, quando as autorizaes de trabalho no so emitidas, fundamentando-se que o cidado estrangeiro, no titular de um visto de trabalho. Ser legal? E quando as mesmas autorizaes no so emitidas, sempre que o cidado estrangeiro seja titular do visto de fronteira? Cremos fazer sentido. Mas ser legal? Sabe-se estar em curso a reviso do regulamento sobre mecanismos e procedimentos para a contratao de cidados de nacionalidade estrangeira, mas antes que o novo diploma legal seja aprovado, urge que se esclarea, atravs de ordens de servio, que aplicao fazer, ao n. 1 do artigo 32 em todo o territrio nacional.
Advogada CP n 321
9Por uma Ordem forte, credvel e coesa
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X SESSO DO CONSELHO DA FISCALIDADE
Representada pelo Ex.mo Senhor Dr. Antnio Boene, a Ordem dos Advogados de Moambique participou na X Sesso do Conselho da Fiscalidade - Autoridade Tributria de Moambique, realizada no Centro de Conferncias Joaquim Chissano no dia 31 de Julho de 2013.
A relao jurdica que se estabelece entre o empregador e o trabalhador , por via de regra, ajustada para a satisfao de necessidades permanentes daquele, considerando-se como tais as vagas previstas no quadro do pessoal da empresa ou as que, mesmo no estando previstas no quadro do pessoal, correspondam ao ciclo normal de produo ou funcionamento da empresa -art. 40/3 da Lei do Trabalho (LT). Excepcionalmente podem ser celebrados contratos a termo para a realizao de tarefas temporrias e pelo perodo estritamente necessrio para o efeito e nunca superior a dois anos art. 40/1 da LT.Na execuo das tarefas para as quais foi contratado o trabalhador est adstrito a deveres de zelo, urbanidade, respeito, sigilo, confidencialidade, no concorrncia entre outros no menos importantes, sendo que a violao grave dos mesmos ao ponto de tornar impossvel, material e moralmente a relao laboral, constitui justa causa para que o empregador rescinda o contrato de trabalho por despedimento art. 127/1 e 3 al. b) da LT.Da leitura as disposies acima referenciadas podemos erradamente ser levados a concluso de que bastar que o trabalhador viole, de forme grave os seus deveres ao ponto de tornar insuportvel a subsistncia da relao laboral para que o empregador possa despedi-lo. Dissemos erradamente porque para que se possa despedir o trabalhador por violao grave dos seus deveres torna-se imperioso um procedimento disciplinar que contenha a notificao da nota de culpa ao trabalhador e ao comit sindical existente na empresa, a eventual resposta do trabalhador, remessa dos autos ao rgo sindical para, querendo, emitir o seu parecer e a deciso do empregador art. 65/1 e 67, ambos da LT. No entanto, h que ter cautela com as formalidades a serem observadas e que se encontram plasmadas nos j referidos artigos 65 e 67, ambos da LT.,
nomeadamente: (i) a nota de culpa, para alm de conter a descrio circunstanciada dos factos imputados ao trabalhador, tem de ser notificada ao trabalhador e ao Comit Sindical existente na empresa no prazo de trinta dias contados da data em que o empregador tomou conhecimento da infraco disciplinar; tem de se conceder ao trabalhador quinze dias para, querendo, apresentar a sua defesa e requere diligncias de prova, (iii) findo os quais o processo deve ser remetido ao rgo sindical para emitir o seu parecer no prazo de cinco dias; (iv) passado o prazo concedido ao rgo sindical, o empregador tem trinta dias para tomar a deciso e notificar ao trabalhador da mesma; A violao das formalidades acima anunciadas torna invlido o processo disciplinar, nos termos do artigo 68 da LT e consequentemente, havendo uma deciso de despedimento a mesma ser considerada ilcita.Inconformado com a deciso de despedimento a lei confere ao trabalhador despedido a faculdade de impugnar a deciso tomada e requerer que a mesma seja judicialmente declarada ilcita no prazo de seis meses contados a partir da data em que for notificado da medida art. 69/1 e 2 da LT. Por via de regra, julgada procedente a aco de impugnao de despedimento por manifesta ilicitude, o trabalhador deve ser reintegrado no seu posto de trabalho e pagas as remuneraes vencidas desde a data do despedimento at ao mximo de seis meses, e excepcionalmente, a pedido deste ou quando no existam condies para a subsistncia da relao laboral, o empregador deve pagar uma indeminizao ao trabalhador nos termos da lei art. 69/5 da LT.Ora, no decorrer da aco de impugnao do despedimento ou como preliminar desta, no prazo de trinta dias contados a partir da data em que o trabalhador tomou conhecimento da deciso, este pode requerer uma providncia cautelar de
PROVIDNCIA CAUTELAR PARASUSPENSO DE DESPEDIMENTO
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10Por uma Ordem forte, credvel e coesa
ELOHTIS
OIN
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NA
suspenso de despedimento art. 69/3 da LT, com o fito de acautelar que o trabalhador demitido, uma vez privado do seu posto de trabalho, sua fonte de subsistncia, aguarde por um longo perodo de tempo a efectividade da tutela jurisdicional atravs da deciso que declarar o despedimento ilcito e a sua consequente reintegrao, ou pagamento de indemnizaes a que ter direito nos termos da lei, a ser requerida na aco principal.A consagrao na Lei de Trabalho da possibilidade de o trabalhador despedido recorrer ao instituto de providncia cautelar para a suspenso de despedimento trs consigo um problema que preciso ser resolvido para que no se sirva abusiva e infundadamente deste instituto como tem acontecido, sobre tudo nos pressupostos para o recurso da mesma.Questo a ser resolvida de saber se estamos em face de uma providncia cautelar especificada ou no especif icada e se ser suf ic iente o despedimento do trabalhador para que este possa requer a providncia cautelar de despedimento? Se cingirmo-nos a letra do disposto no j referenciado artigo 69/4 poderemos ser levados a responder as questes no sentido positivo.Concluso esta que comungada por algum seguimento de profissionais de direito, pois defendem a tese de que a providncia cautelar de suspenso de despedimento no se encontra especificada nas leis substantiva e adjectiva de trabalho e nem sequer na legislao comum, enquadrando-as nas providncias cautelares no especificadas, consequentemente recorrendo ao regime jurdico destas para o seu processamento. O que no nos parece ser defensvel, porque trata-se de uma providncia cautelar especificada prevista expressamente no j referido n. 4 do artigo 69 da LT e, dependendo de uma aco principal, que a de impugnao de despedimento,
para que o trabalhador despedido se sirva da mesma necessrio demonstrar no seu re q u e r i m e nto fo r te s i n d c i o s d e q u e o despedimento foi ilcito. O nosso posicionamento resulta da conjugao dos n. s 1, 2, 4 e 5 do artigo 69 da Lei do Trabalho, visto que, o trabalhador na aco de impugnao de despedimento dever necessariamente solicitar ao tribunal a declarao da ilicitude do despedimento, pedir a sua reintegrao no posto de trabalho, ou por opo expressa ou quando circunstncias objectivas impossibilitem a sua reintegrao, pedir que o empregador lhe pague uma indeminizao nos termos da lei.A ilicitude do despedimento reclamada pelo trabalhador pode ser aferida pela inexistncia de um processo disciplinar ou invalidade deste, nos termos do artigo 68 da LT ou pela provvel inexistncia de justa causa. Chegados aqui, no devem subsistir dvidas de que a providncia cautelar de impugnao de despedimento especifica, cujas regras do seu processamento esto plasmadas no artigo 69 da Lei do Trabalho e em tudo que no estiver a previsto, subsidiariamente recorrer-se- ao CPC, devendo n. 4 desta disposio legal ser entendida nos seguintes termos sempre que se constatar probabilidade sria de ilicitude do despedimento, designadamente quando se conclua pela provvel inexistncia de processo disciplinar ou pela sua provvel invalidade, bem como pela provvel inexistncia de justa causa, na pendncia ou como acto preliminar da aco de impugnao de despedimento, pode ser requerida a providncia cautelar de suspenso de despedimento, no prazo de trinta dias a contar da data da cessao do contrato.
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11Por uma Ordem forte, credvel e coesa
Advogado CP n 590
EXAME NACIONAL DE ACESSO
Realizou-se no dia 20 de Julho o Exame Nacional de Acesso nas trs regies do pas - Sul, Centro e Norte. No total participaram do exame 68 Advogados Estagirios distribudos em Maputo 53 (20 Mulheres e 53 Homens) Beira 6 (1 Mulher e 5 Homens) e Nampula 9 (6Homens e 3Mulheres). Os resultados encontram-se j publicados no site da Ordem.
O DIREITO E A JUSTIA EM TEMPOS INCERTOS E DESAFIADORES
A Ordem dos Advogados de Moambique participou na palestra proferida pelo Professor Doutor Boaventura de Sousa Santos Director de Centro de Estudos da Comunicao Social da Universidade de Coimbra sobre o tema O DIREITO E A JUSTIA EM TEMPOS INCERTOS E DESAFIADORES realizada no dia 24 de Julho na Procuradoria Geral de Moambique.
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12Por uma Ordem forte, credvel e coesa
ara nos debruarmos sobre este artigo, temos inevitavelmente que chamar colao a Pdisposio rainha em matria de marcas na
nossa ordem jurdica, o art. 1 al. f ) do Cdigo da Propriedade Industrial, que estabelece que marca: o sinal distintivo manifestamente visvel e ou audvel, susceptvel de representao grfica, permitindo distinguir produtos ou servios de uma empresa, dos produtos e servios de outra empresa, composto nomeadamente por palavras, incluindo nomes de pessoas, desenhos, letras, nmeros, forma do produto ou da respectiva embalagem. Deste modo, o legislador moambicano, inspirando-se em outras legislaes atinentes a matria de marcas e que estabelecem no mesmo sentido, esboou a ttulo exemplificativo, as situaes de facto, que podem ser consideradas como marcas, ao usar a linguagem composto nomeadamente trilhou por exemplo, o mesmo caminho que o legislador portugus que, enunciou sobre esta matria, tambm de uma forma exemplificativa, ao dizer: A marca pode ser constituda; o que significa que, so admissveis outras, plurimas formas de composio da marca, como corolrio e garantia do principio da liberdade de criao de marcas.De um modo geral, da leitura da disposio rainha, podemos perceber que no nosso pas, s so admissveis como marca, os sinais visveis e audveis. De entre os sinais visveis so considerados como marcas, nomeadamente, os compostos por palavras, nomes de pessoas, desenhos, letras, nmeros, forma do produto ou da respectiva
embalagem; relativamente aos sinais auditivos, apesar de termos um nmero significativo em uso sem o necessrio registo, especialmente nas empresas radiofnicas, te lev is ivas e de telecomunicaes mveis, bancos e at num dos rgos eleitorais, o STAE no se explica em que medida que os mesmos so passiveis de registo, ou seja, o CPI no concretiza os mecanismos de registo deste tipo de marcas, mormente como feita a sua representao grfica para efeitos de publicao no Boletim da Propriedade Industrial. A par t ida , se apresenta como pr imeiro condicional ismo ao registo da marca, a representao grfica, o que quer dizer que, apesar da enumerao dos signos susceptveis de serem considerados como marca ser meramente exemplificativa, a sua amplitude no absoluta, ou seja, sem restries nenhumas, deve por tanto ser passvel de representao grfica. Um sinal por mais elaborado e distintivo que possa ser, se no for representvel graficamente, cai logo por terra em matria de registo, estamos a querer dizer por outras palavras, que no nosso pas, no se registam marcas que no sejam passiveis de representao grfica.Ao ser submetido um pedido de registo de marca, no momento do exame, a luz do citado artigo do CPI, feita a filtrao do sinal, no sentido de apurar se, se o sinal ou no susceptvel de registo como marca. um exerccio que feito em relao a marca de per se, ou seja, a marca entanto que tal, intrinsecamente considerada, que colocada no filtro do art. 1 al. f ) do CP.
SIGNOS SUSCEPTVEIS DE SEREM MARCAS
MEGAIV
O
MO
LA
S
4
3
5
Cfr. Artigo 222 do CPI portugus, tbm., no mesmo sentido o art 2 da Directiva de Marcas da Unio Europeia.1
1
V. Art. 222 n.1 do CPI portugus.2
2
3
4 5
GUIA DE EXAME DE SINAS DISTINTIVOS DE COMRCIO, Instituto Nacional da Propriedade Industrial ( Portugal), Sistema de Gesto de Qualidade, verso provisria para consulta online, in www.marcasepatentes.pt, 2009, p. 9.
Secretariado Tcnico de Administrao Eleitoral, usa um sinal sonoro h mais de 15 anos, para anunciar o incio ou decurso do processo de recenseamento eleitora, mas sem registo no IPI.
Devia haver uma regulamentao sobre o CPI de um modo geral ou pelo menos melhoramento em termos de concretizao de certos aspectos, como o caso da representao grfica dos sinais auditivos ou sonoros.
Verificando- se que o sinal apresentado no se compatibiliza com as redes do filtro, sobressai um impedimento absoluto de registo de marca. De entre esses impedimentos absolutos, destacamos o da susceptibilidade de representao grfica.Este requisito, face s marcas visualmente perceptveis, mostra se pacfico a sua conformao, ou por outras, as marcas visualmente perceptveis no apresentam dificuldades para a sua representao grfica. O mesmo j no acontece com as marcas sonoras (auditivas) e as ditas marcas no tradicionais (novas marcas). possvel que o no registo das nossas muitas marcas sonoras se deva a esse problema de susceptibilidade de representao grfica, porm, noutros quadrantes, essa questo j foi ultrapassado, na medida em que pode ser feita a
representao grfica atravs de pautas musicais e pentagramas; essa soluo, cremos que est ao nosso alcance, na medida em que no acarreta custos equiparados aos que seriam necessrios para aquisio de equipamentos de ltima gerao que pudessem responder o problema da representao grfica de outros tipos de marcas novas. No basta por assim dizer, a descrio genrica do som, pois no se saberia como que esse som foi composto.A dificuldade relacionada com a representao grfica impede a partida e definitivamente, no nosso pas a proteco de marcas gustativas, olfactivas, gestuais, tcteis e hologramas.
7V. GUIA DE EXAME DE SINAIS DISTINTIVOS DE COMRCIO, Instituto Nacional da Propriedade Industrial( Portugal), Sistema de Gesto de Qualidade, verso provisria para consulta online, in www.marcasepatentes.pt,2009, p. 11; O n. 1 do art. 234 do CPI portugus, estabelece Ao requerimento deve juntar-se uma representao grfica do sinal ou, quando se trate de sons, as respectivas frases musicais, em suporte definido por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional de Propriedade Industrial. O nosso CPI, a este propsito, no seu art. 113 n. 1 diz: ao requerimento juntam-se os documentos seguintes: al. d) Duas representaes grficas da marca; al. b) Um fotolito ou outro suporte. No se refere ao modo de representao grfica das marcas auditivas como catalogou na que consideramos disposio rainha.
Apresentaremos de forma desenvolvida o tema das novas marcas ou marcas no tradicionais, nas prximas publicaes.6
Advogado CP n 429
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6
7
8Precisamos, com urgncia, dar incio a reflexo sobre as novas marcas face ao nosso CPI, pois, estas j so admissveis em determinados pases do mundo, como: (EUA, Alemanha, Blgica, Austrlia) e objecto de decises jurisprudenciais e elaboraes doutrinrias de muito interesse no Ocidente. Cedo ou tarde vamo-nos deparar com pedidos ou pelo menos extenses para o nosso pas, de registo desse tipo de marcas.
APROVADO O AUMENTO DE QUOTAS EM 50%- Advogados com menos de 3 anos de carreira passam a pagar 450.00 Mts/Ms- Advogados com mais de 3 anos de carreira passam a pagar 1 500.00 Mts/Ms
DECORREU DE 1 A 4 DE AGOSTO DE 2013, A CONFERNCIA INTERNACIONAL DA ASSOCIAO DOS ADVOGADOS DA FRICA AUSTRAL
EM CURSO A REVISO DOS ESTATUTOS DA ORDEM
EM CURSO A REVISO DO MODELO DO ESTGIO PROFISSIONAL DA ORDEM
EM CURSO RECOLHA DE INFORMAES PARA O ENVIO INSPECO DO MINISTRIO PBLICO
Decreto-Lei n 1/2013 de 4 de Julho de 2013
Diploma Ministerial n 74/2013 de 19 de Junho de 2013
Decreto n 29/2013 de 12 de Julho de 2013
Decreto n 31/2013 de 12 de Julho de 2013
Decreto n 33/2013 de 17 de Julho de 2013
Diploma Ministerial n 80/2013 de 26 de Junho de 2013
Diploma Ministerial n 90/2013 de 10 de Julho de 2013
Diploma Ministerial n 91/2013 de 10 de Julho de 2013
Despacho de 16 de Abril de 2013
Aviso n 2/GBM/2013, assinado em 29 de Abril de 2013
Aviso n 3/GBM/2013 de 11 de Junho de 2013
Despacho Presidencial n 7/2013 de 12 de Junho de 2013
Despacho Presidencial n 6/2013 de 23 de Maio de 2013
Resoluo n 9/CNE/2013 de 20 de Maio de 2013
Aprova o Regime Jurdico da Insolvncia e da Recuperao de Empresrios Comerciais
Aprova o Regulamento Sobre o Uso de Cintos e demais Acessrios de Segurana
Aprova o Regulamento de Segurana nos Recintos Desportivos
Concernente regularizao dos contratos em situao irregular dos Agentes do Estado
Altera os artigos 33 e 34 do Regulamento da Lei n. 16/2011, de 10 de Agosto, que estabelece a Base Jurdica para a Prossecuo, Defesa e Proteco dos Direitos e Deveres do Veterano da Luta de Libertao Nacional e dos Combatentes da Defesa da Soberania e da Democracia, aprovado pelo Decreto n. 68/2011, de 30 de Dezembro
Aprova o Regulamento de Funcionamento dos Centros de Inspeco de Veculos Automveis e Reboque
Informe Atinente Informao Anual do Provedor de Justia Assembleia da Repblica
Concernente aos aspectos tcnicos relativos colocao, subscrio, emisso e negociao das Obrigaes do Tesouro
Aprova o calendrio das emisses das Obrigaes do Tesouro 2013
Delega na Bolsa de Valores de Moambique competncias para desempenhar as funes de promotor da operao de emisso das Obrigaes do Tesouro no ano de 2013 e executa todos os actos que sejam permitido por Lei
Concernente ao Plano de Contingncia para as Instituies de Crdito
Concernente Assistncia de Liquidez de Emergncia
Nomeia Edson da Graa Francisco Macucua, para o cargo de Conselheiro do Presidente da Repblica
Nomeia Abdul Carimo Nordine Sau, para o cargo de Presidente da Comisso Nacional de Eleies
Designa dois membros da Comisso Distrital de Eleies na Provncia da Zambzia e um membro da Comisso
InfoLEGALSeleco de Diplomas publicados na I Srie do Boletim Repblica de Moambique no ltimo ms
2013-08
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14Por uma Ordem forte, credvel e coesa
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Distrital de Eleies na Provncia de Gaza
Designa presidentes das comisses de eleies distritais ou de cidade, cidados eleitos pelos membros das respectivas comisses provinciais de eleies de entre as personalidades propostas pelas organizaes da sociedade civil, legalmente constitudas
Designa Zauria Amisse Agy Abdula, elemento do Governo com assento permanente nas sesses da Comisso Nacional de Eleies
Ratifica o Acordo de Crdito celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e a Associao Internacional para o Desenvolvimento, no dia 19 de Abril de 2013, em Washington, DC, no montante de USD 50 000 000, destinado ao financiamento do Projecto de Assistncia Tcnica a Gs e Minas
Ratifica o acordo de Crdito celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e a Associao Internacional para o Desenvolvimento, no dia 19 de Abril de 2013, em Washington, DC, no montante de USD 50 000 000, destinado ao financiamento do Projecto de Proteco Social
Ratifica o Acordo de Crdito celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e a Associao Internacional para o Desenvolvimento, no dia 19 de Abril de 2013, em Washington, DC, no montante de USD 29 800 000, destinado ao financiamento do Projecto Agrcola para a frica Austral
Ratifica o Acordo de Donativo celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e o Banco Africano de Desenvolvimento, no dia 8 de Novembro de 2012, em Maputo, no montante de USD 2 750 000 destinado ao financiamento do Projecto de Sistemas de Regadio e Resilincia Climtica do Baixo Limpopo
Ratifica o Acordo entre o Governo da Repblica de Moambique e o Governo da Repblica da Argentina sobre a Supresso de Vistos em Passaportes Diplomticos e de Servio, assinado em Maputo, Moambique, aos 8 de Maro de 2012
Ratifica o Acordo entre o Governo da Repblica de Moambique e o Governo da Repblica Italiana sobre a Supresso de Vistos em Passaportes Diplomticos, assinado em Maputo, Moambique, aos 4 de Maio de 2012
Ratifica o Acordo entre a Repblica de Moambique e a Repblica das Seychelles sobre a Iseno Mtua de Vistos assinado em Nova Iorque, Estados Unidos da Amrica, aos 27 de Setembro de 2012
Ratifica o Acordo de Crdito celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e o Nordea Bank Danmark A/S, assinado no dia 23 de Maio de 2013, em Maputo, no montante de EUR 114 457 383,21, destinado ao financiamento do Projecto de Reforo e Extenso da Rede Nacional de Transporte de Energia
Ratifica a Resoluo n. 613 que Regula os Procedimentos para a Subscrio do Capital Sob Deliberao do Conselho dos Governadores do Banco de Reconstruo e Desenvolvimento Internacional (BIRD), onde Moambique tem 281 aces adicionais por subscrever, valorizadas em USD 2 033 906,10
Ratifica o Acordo de Crdito celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e o Banco rabe para o Desenvolvimento Econmico em frica (BADEA), assinado no dia 29 de Maio de 2013, em Marraquexe - Marrocos, no montante de USD 10 000 000,00, destinado ao financiamento do Projecto de Electrificao Rural da Provncia do Niassa
Resoluo n 8/CNE/2013 de 9 de Maio de 2013
Resoluo n 46/2013 de 24 de Junho de 2013
Resoluo n 26/2013 de 23 de Maio de 2013
Resoluo n 27/2013 de 23 de Maio de 2013
Resoluo n 28/2013 de 23 de Maio de 2013
Resoluo n 29/2013 de 23 de Maio de 2013
Resoluo n 30/2013 de 5 de Maio de 2013
Resoluo n 31/2013 de 5 de Junho de 2013
Resoluo n 32/2013 de 5 de Junho de 2013
Resoluo n 41/2013 de 13 de Junho de 2013
Resoluo n 42/2013 de 13 de Junho de 2013
Resoluo n 44/2013 de 20 de Junho de 2013
15Por uma Ordem forte, credvel e coesa
Resoluo n 47/2013 de 24 de Junho de 2013
Resoluo n 48/2013 de 4 de Julho de 2013
Resoluo n 49/2013 de 4 de Julho de 2013
Resoluo n 54/2013 de 9 de Julho de 2013
Resoluo n 33/2013 de 5 de Junho de 2013
Resoluo n 5/2013 de 19 de Julho de 2013
Relatrio e Parecer, assinado em 29 de Novembro de 2012
Resoluo n 6/2013 de 19 de Julho de 2013
Resoluo n 7/2013 de 19 de Julho de 2013
Resoluo n 8/2013 de 19 de Julho de 2013
Resoluo n 12/2013 de 19 de Julho de 2013
Resoluo n 13/2013 de 19 de Julho de 2013
Resoluo n 14/2013 de 19 de Julho de 2013
Despacho Presidencial n 11/2013 de 17 de Julho de 2013
Despacho Presidencial n 12/2013 de 17 de Julho de 2013
Ratifica o Acordo de Crdito n. 5214-MZ, celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e a Associao Internacional para Desenvolvimento (IDA), assinado no dia 22 de Maio de 2013, em Maputo, no montante de USD 50.000,000, destinado ao Primeiro Financiamento Poltica de Desenvolvimento de Agricultura
Ratifica o Protocolo de Cooperao entre os Estados Membros da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (CPLP) nos Domnios da Segurana Pblica e da Segurana Interna, assinado a 12 de Abril de 2013, em Maputo, Moambique
Ratifica o Acordo de Cooperao entre o Governo da Repblica de Moambique e o Governo da Repblica do Malawi no Domnio da Segurana Pblica, assinado a 3 de Abril de 2013, em Lilongwe, Malawi
Ratifica o Acordo de Crdito celebrado entre o Governo da Repblica de Moambique e a Associao Internacional para o Desenvolvimento (IDA), assinado no dia 27 de Maio de 2013, em Maputo no montante de USD 100 000 000, 00, destinado ao financiamento do Projecto Plos de Crescimento Integrado
Aprova o Acordo de Acolhimento do Secretariado da Comisso do Curso de gua do Limpopo, na Repblica de Moambique
Aprova a Informao da Comisso dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade atinente apresentao dos instrumentos adequados para reviso do Cdigo Penal
Atinente Conta Geral do Estado de 2011
Aprova a Conta Geral do Estado referente ao exerccio econmico de 2011
Aprova o Relatrio Anual de Contas da Assembleia da Repblica referente ao exerccio econmico de 2012
Elege o Deputado Hlder Injonjo, membro do Grupo Nacional Junto ao Frum dos Parlamentos dos Pases de Lngua Portuguesa
Aprova a Informao do Gabinete Parlamentar de Preveno e Combate ao HIV SIDA, no perodo compreendido entre Janeiro e Abril de 2013
Aprova o Relatrio de Actividades da Comisso, Ad Hoc para a Reviso da Constituio da Repblica
Aprova o Relatrio da Comisso de Peties VII Sesso Ordinria da Assembleia da Repblica sobre o trabalho desenvolvido entre a VI e a VII Sesso Ordinria
Nomeia Belmiro Jos Malate, para o cargo de Alto Comissrio da Repblica de Moambique junto da Comunidade da Austrlia
16Por uma Ordem forte, credvel e coesa
Nomeia Vicente Mebunia Veloso, para o cargo de Embaixador Extraordinrio e Plenipotencirio da Repblica de Moambique junto da Repblica do Ruanda
Nomeia Frances Victria Velho Rodrigues, para o cargo de Embaixadora Extraordinria e Plenipotenciria da Repblica de Moambique junto do Reino da Dinamarca
Nomeia Belmiro Jos Malate, para o cargo de Alto Comissrio da Repblica de Moambique junto da Nova Zelndia
Nomeia Jernimo Rosa Joo Chivave, para o cargo de Alto Comissrio da Repblica de Moambique junto da Repblica da Zmbia
Nomeia Maria Otlia Monjane Santos, para o cargo de Presidente do Conselho de Administrao do Instituto de Superviso de Seguros de Moambique
Nomeia Abdala Mussa para o cargo de Director-Geral da Administrao Nacional das reas de Conservao - ANAC
Nomeia Dulce Fernanda Mendona Cabral Chilundo para o cargo de Director-Geral do Instituto Nacional de Tecnologias de Informao e Comunicao - INTIC
Nomeia Francisco Feliciano Mazoio para o cargo de Presidente do Conselho de Administrao do Instituto Nacional de Segurana Social
Nomeia Augusto Francisco Nunes Jnior para o cargo de Director-Geral Adjunto do Instituto Nacional de Tecnologias de Informao e Comunicao INTIC
Elege a deputada Etelvina Rita Fevereiro, Relatora - Substituta da Comisso de Defesa e Ordem Pblica
Aprova o Estatuto Orgnico do Secretariado Nacional do Mecanismo Africano de Reviso de Pares (MARP)
Reconhece a Fundao Wiwanana, a qualidade de sujeito de direito com personalidade jurdica
Autoriza a SDG - Sociedade para o Desenvolvimento da Gesto SARL, a criar uma instituio de ensino superior designada por Instituto Superior de Gesto, Administrao e Educao
Prorroga o prazo de matrculas da 1. classe para 2 a 11 de Janeiro de 2013
Altera o calendrio escolar agrrio passando as aulas a iniciarem em Janeiro
Regula a implementao do novo Currculo de Formao de Professores para o Ensino Primrio nas Escolas
Despacho Presidencial n 13/2013 de 17 de Julho de 2013
Despacho Presidencial n 14/2013 de 17 de Julho de 2013
Despacho Presidencial n 15/2013 de 17 de Julho de 2013
Resoluo n 53/2013 de 9 de Julho de 2013
Despacho de 1 de Julho de 2013
Despacho de 28 de Junho de 2013
Despacho de 4 de Julho de 2013
Despacho de 28 de Junho de 2013
Resoluo n 10/2013 de 14 de Junho de 2013
Resoluo n 25/2012 de 26 de Dezembro de 2012
Resoluo n 40/2013 de 13 de Junho de 2013
Decreto n 28/2013 de 27 de Junho de 2013
Diploma Ministerial n 81/2013 de 28 de Junho de 2013
Diploma Ministerial n 82/2013 de 28 de Junho de 2013
Despacho de 20 de Fevereiro de 2013
17Por uma Ordem forte, credvel e coesa
de Professores do Futuro - ADPP Moambique, cujo nvel de ingresso a 10. classe e trs anos de formao
Aprova os Termos do Contrato de Concesso de Gasoduto para o transporte de gs natural de Matola at a Maputo, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, Empresa Pblica
Altera o n. 2 do artigo 11 e o n. 1 do artigo 14 do Estatuto Orgnico da Administrao Nacional de Estradas, aprovado pelo Decreto n. 13/2007, de 30 de Maio
Aprova o Quadro de Pessoal Central da Agncia do Desenvolvimento do Vale do Zambeze
Aprova o quadro de pessoal da Inspeco Nacional de Actividades Econmicas
Aprova o Quadro de Pessoal do Instituto Nacional da Juventude
Cria o Museu das Pescas
Aprova a tabela de quotas de abate de espcies de madeiras preciosas, para o ano de 2013
Altera os artigos 4 e 16 da Resoluo n 44/2010, de 31 de Dezembro (Estatuto Orgnico do Ministrio dos Transportes e Comunicaes)
Revoga o Decreto Presidencial n. 24/90, de 29 de Maio, que cria a Comisso Nacional para a UNESCO (CNUM) e que aprova o seu Estatuto Orgnico
Aprova o Regulamento Interno do Centro Regional de Cincia e Tecnologia-Sul, relativo a organizao e funcionamento das Delegaes Provinciais da Cincia e Tecnologia de Maputo, Gaza e Inhambane
Promove o Major General Graa Toms Chongo patente de General de Exrcito
Exonera Paulino Jos Macaringue, do cargo de Chefe do Estado-Maior General das Foras Armadas de Defesa de Moambique
Nomeio Graa Toms Chongo, para o cargo de Chefe do Estado-Maior General das Foras Armadas de Defesa de Moambique
Prorroga o mandato do Vice-Chefe do Estado-Maior General das Foras Armadas de Defesa de Moambique, Olmpio Cardoso Casse Cambona
Nomeia Antnio Jorge do Rosrio Grispos para o cargo de Presidente do Conselho de Administrao da Bolsa de Mercadorias de Moambique (BMM)
Decreto n 30/2013 de 12 de Julho de 2013
Decreto n 32/2013 de 12 de Julho de 2013
Diploma Ministerial n 75/2013 de 19 de Junho de 2013
Diploma Ministerial n 38/2013 de 10 de Maio de 2013
Diploma Ministerial n 76/2013 de 19 de Junho de 2013
Decreto n 27/2013 de 20 de Junho de 2013
Despacho de 28 de Fevereiro de 2013
Resoluo n 3/2013 de 10 de Maio de 2013
Decreto Presidencial n 2/2013 de 16 de Julho de 2013
Diploma Ministerial n 93/2013 de 18 de Julho de 2013
Decreto Presidencial n 1/2013 de 26 de Junho de 2013
Despacho Presidencial n 8/2013 de 26 de Junho de 2013
Despacho Presidencial n 9/2013 de 26 de Junho de 2013
Despacho Presidencial n 10/2013 de 26 de Junho de 2013
Resoluo n 43/2013 de 20 de Junho de 2013
18Por uma Ordem forte, credvel e coesa
Resoluo n 45/2013 de 24 de Junho de 2013
Resoluo n 5/2013 de 5 de Julho de 2013
Glossrio da Lei n. 10/2013
Convocatria, assinado em 1 de Julho de 2013
Rectificao
Rectificao
Rectificao
Rectificao
Rectificao
Rectificao
Nomeia Jorge Olvio Penicela Nhambiu, para o cargo de Presidente do Conselho de Administrao da Empresa Nacional de Parques de Cincia e Tecnologia, EP (ENPCT, EP)
Cria as funes de Assessor do Presidente do Conselho Constitucional e de Assessor de Juiz Conselheiro, aprova os qualificadores de Secretrio-Geral do Conselho Constitucional, Assessor do Presidente do Conselho Constitucional e Assessor de Juiz Conselheiro e extingue a funo de Assessor de Juiz Conselheiro no Tribunal Supremo
Glossrio da Lei n. 10/2013, de 11 de Abril, que estabelece o regime jurdico da concorrncia, no exerccio da actividade econmica
Convoca a II Sesso Extraordinria da Assembleia da Repblica para o dia 1 de Agosto do ano em curso, com incio s 9H00
Atinente legenda do Quadro de Pessoal do Instituto nacional das Actividades Econmicas (INAE), anexo ao Diploma Ministerial n. 38/2013, de 10 de Maio
Publica-se na ntegra, devidamente corrigida, a tabela b) Carreira de Regime Especial, aprovada pelo Decreto n. 21/2013, de 15 de Maio Decreto n. 21/2013 - Actualizou o valor do ndice 100 das Tabelas das carreiras de regime geral, regime especial e especficas e das funes de direco, chefia e confiana do Sistema de Carreiras e Remunerao em vigor no aparelho do Estado
No Decreto n. 22/2013, onde se l:Artigo 1. O valor do ndice 100 aprovado pelo Decreto n. 12/2012, de 11 de Maio..., deve-se ler: O valor do ndice 100 aprovado pelo Decreto n. 11/2012, de 11 de Maio,... Decreto n. 22/2013 - Actualizou o valor do ndice 100 das Tabelas de Salrios e Remuneraes a aplicar aos militares dos quadros permanentes das Foras Armadas de Defesa de Moambique (FADM)
Na pgina 323 do Boletim da Repblica n. 39, de 15 de Maio, deve ler-se: Anexo III, na cabea da tabela de Funes de Direco, Chefia e ConfianaDecreto n. 20/2013 - Cria alguns grupos salariais nas carreiras de regime especial, do Sistema de Carreiras e Remunerao
Concernente ao Glossrio da Lei n. 10/2013, publicado no Boletim da Repblica, Suplemento ao n. 50 Lei n. 10/2013 - Estabeleceu o regime jurdico da concorrncia, no exerccio das Actividades Econmicas
Rectifica o nmero do Boletim da Repblica n. 33, 1. Srie de 24 de Abril na pgina 186
19Por uma Ordem forte, credvel e coesa
Um produto gentilmente cedido OAM - Ordem dos Advogados de Moambique pela
Av. Emlia Dasse | N 872 | 1 Andar | Maputo - Moambique | www.panbox.co.mzTelefones: +258 21 213080/1 | Fax: +258 21 21308041 | Cel.: : +258 82 3146330 | : +258 84 8997399
1. Requisitos mnimos:a) Pessoas elegveis a publicar no Boletim da OAM: Podem redigir e publicar artigos os advogados, advogados estagirios e sociedades de direito moambicanas que prestam servios jurdicos.b) Identificao do autor: O autor deve identificar-se indicando o seu nome e nmero da carteira profissional. Pode, igualmente, indicar o grau acadmico. No acto de envio deve ainda juntar uma fotografia tipo passe com fundo branco. Quando o artigo for da autoria de uma sociedade, esta deve indicar o seu nome, o endereo fsico/electrnico e, caso possua, o website.c) Padro mnimo de redaco: Os artigos devem respeitar o seguinte: i. possuir um ttulo; ii. conter um mnimo de 400 e um mximo de 1000 palavras; iii. deixar o espaamento entre linhas de 1,5, letra Times NewRoman, espaamento entre pargrafos de uma linha ; iv. formatao do texto em justify;v. apresentados em lngua portuguesa;vi. os nomes das entidades pblicas estrangeiras, quando citados, so traduzidos, mas devem ser acompanhados pela sua designao na lngua original, em itlico e dentro de parnteses e, no caso de designao de pessoas colectivas ou pessoas singulares, no devem ser traduzidos.vii. a citao de obras ou legislao deve conter as referncias padro para a sua fcil localizao pelos leitores, se assim desejarem;viii. no desenvolvimento do artigo deve estar claro o tema abordado, a citao das fontes usadas, se for o caso, e a informao, crtica ou reflexo que se pretende desenvolver em volta do tema em questo.d) Prazo para entrega: O artigo deve ser entregue em ficheiro Word atravs do envio para o email [email protected] at ao dia 10 do ms anterior ao da publicao do Boletim da OAM (actualmente o Boletim da OAM tem uma publicao mensal).e) Erros ortogrficos e outros: Para economia de tempo, solicita-se ao autor a reviso prvia do seu artigo, evitando atrasos na publicao do mesmo devido a erros ortogrficos, problemas de formatao e outros erros que possam afectar a boa apresentao e qualidade exigida para os artigos a serem publicados.f ) Aceitao da publicao pela OAM: A equipa tcnica da OAM responsvel por coordenar a publicao dos artigos far a verificao do cumprimento dos requisitos acima indicados, para alm dos referidos no nmero seguinte, reservando-se no direito de no publicar o artigo enviado em caso de no cumprimento das regras em referncia. A avaliao da equipa tcnica poder determinar a rejeio da publicao ou, a necessidade de melhorias e correces para a sua publicao uma vez sanadas as irregularidades detectadas, a serem feitas pelo autor do artigo;g) Remunerao: No h qualquer remunerao pela publicao dos artigos.
2. Limitao de Responsabilidade e tica:a) Os artigos so da inteira responsabilidade do seu autor e no reflectem a posio da OAM, e nem esta responsvel, individual ou solidariamente, pelo contedo dos artigos.b) exigido dos autores dos artigos o respeito pela tica e deontologia profissional, bem como o cuidado com a linguagem usada e informao disseminada.c) Os artigos no devem ser usados como veculos para publicitaes partidrias, religiosas ou de qualquer outra espcie, nem para incentivar actos de descriminao, revolta ou desestabilizao da ordem pblica e social ou, ainda, como veculo para crticas personalizadas e infundadas.d) Os artigos que reflectem meras opinies dos respectivos autores devem ter o cuidado de frisar este facto, de forma que as informaes transmitidas no sejam entendidas como posicionamentos formais ou consensuais das autoridades pblicas competentes ou outras instituies eventualmente abarcadas pelo mesmo, de modo a no confundir o respectivo pblico-alvo.
NORMAS E ESTRUTURA DO CONTEDO DOS ARTIGOS PARA PUBLICAO NO BOLETIM INFORMATIVO DA OAM
OAM | EDIO 16 | AGOSTO 2013
20Por uma Ordem forte, credvel e coesa
1. Para consulta de acrdos:a) Conselho Constitucional: www.cconstitucional.org.mz/Jurisprudenciab) Tribunal Supremo: www.ts.gov.mz/Jurisprudencia
2. Para consulta de Projectos de Lei (Assembleia da Repblica) www.parlamento.org.mz/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=1&Itemid=233
3. Para consulta de parte da legislao laboral (Ministrio do Trabalho) www.mitrab.gov.mz/IndexLegislacao.html
4. Para consulta de parte legislao fiscal (Ministrio das Finanas e Autoridade Tributria de Moambique) www.mf.gov.mz/web/guest/legislacao1
www.at.gov.mz
5. Para consulta da legislao ambiental, ordenamento territorial, terras e florestas (Ministrio para Coordenao do Ambiente)
www.legisambiente.gov.mz/
6. Para consulta da legislao atinente aos recursos minerais (Ministrio dos Recursos Minerais)www.mirem.gov.mz/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=10&Itemid=54
7. Para consulta da legislao atinente ao Ministrio Pblico (Procuradoria-Geral da Repblica)www.pgr.gov.mz/index.php/legislacao
8. Para consulta da publicao de estatutos, despachos e atribuio de licenas, etc (Portal do Governo)
www.portaldogoverno.gov.mz/Legisla/boletinRep
9. Para consulta de legislao oramental, patrimonial, seguro, jogos, mercado mobilirio, participao de Estado (Ministrio das Finanas)
www.mf.gov.mz/web/guest/legislacao1
10. Para consulta de legislao financeira (Banco de Moambique)www.bancomoc.mz/LFinanceira.aspx?id=L&ling=pt
11. Dicionrio Priberam da Lngua Portuguesa(online), que permite a consulta de palavras e obteno do significado, utilizando ou no o Novo Acordo Ortogrfico de Lngua Portuguesa.
www.priberam.pt
15Por uma Ordem forte, credvel e coesa
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Website: www.oam.org.mz
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OAM | EDIO 16 | AGOSTO 2013
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