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BOLETIM INFORMATIVO – COVID 19 1
BOLETIM INFORMATIVO – COVID 19 #1224 de abril 2020
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COVID-19: Situação atual em Portugal – 24 abril 2020
Dados atualizados a 24 de abril de 2020Fonte: DGS
No mundo registaram-se já mais de 2.7 milhões de casos confirmados e quase 193 mil mortos.
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COVID-19: Situação atual em PortugalA evolução da pandemia em Portugal está aparentemente controlada.
Pelos gráficos, conseguimos perceber que o número diário de novos casos confirmados, teve o seu pico no início de abril, tendo vindo a decair desde essa data. Paralelamente, o número diário de amostras processadas para pesquisa de SARS-CoV-2 aumentou significativamente.
O número diário de mortos parece estar estabilizado, o que reforça a ideia que o pico desta curva já terá sido atingido.
Portugal registou hoje 444 novos casos, totalizando 22.797 desde o início da pandemia. Os dados também referem mais 34 mortos, o que perfaz o número total de 854. Estão internados 1.068 doentes (menos 27 que no dia anterior) e 188 estão nos Cuidados Intensivos (menos 16 do que ontem). O número de casos ativos é de 20.715 e os recuperados são 1228.
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COVID-19: Levantamento de restrições em Portugal
Numa conferência de imprensa na sede da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra, Michael Ryan, diretor do programa de emergências sanitárias, disse que segundo os números oficiais de Portugal, o país agiu de forma correta e o ritmo de crescimento da doença está estável. No entanto, acautelou que estes resultados não significam que a epidemia tenha sido completamente controlada.
A epidemiologista Maria Van Kerkhove, responsável máxima da resposta da OMS à COVID-19, acrescentou que não se refere só a Portugal mas também a outros países, em que a estabilização de casos é boa. É preciso
continuar a aprender com outros países, nomeadamente asiáticos, onde se levantaram as medidas de confinamento e estão a diagnosticar mais novos casos de COVID-19. Sublinhou que estas medidas devem ser levantadas lenta e progressivamente, para que não leve a um aumento do número de casos.
Mesmo com os sucessos alcançados, temos que continuar muito atentos porque poderá haver uma grande parte da população não infetada e pode surgir uma segunda onda de infetados por COVID-19.
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A instituição Resolve to Save Lives (Nova York, EUA) preconiza que as medidas de confinamento social só podem ser levantadas, quando todos os critérios constantes na tabela abaixo forem cumpridos:
COVID-19: Quando diminuir as medidas restritivas?
Tabela 1
Epidemiologia Serviços de Saúde Saúde Pública
Diminuição de casos no contexto de aumento de testes (ou testes estáveis com diminuição da positividade) por pelo menos 14 dias
Ter capacidade técnica e humana para duplicar o tratamento de doentes em Cuidados Intensivos
Capacidade de entrevistar todas as pessoas que tiveram possíveis contactos com a COVID-19
Diminuição constante do registo de sintomatologia da COVID-19 por pelo menos 14 dias
Ter capacidade técnica e humana para testar um grande número de doentes sintomáticos com segurança (por exemplo, tendas ao ar livre e "drive through")
Garantir que 90% dos possíveis contactos com a COVID-19 estão referenciados
Diminuição da infeção nos profissionais de saúde, de modo que a propagação seja rara
Equipamentos de Proteção Individual disponíveis para todos os profissionais de saúde, mesmo que o número de casos duplique
100% dos contactados que têm sintomatologia, devem ser testados até 12 horas
Máscaras faciais suficientes para fornecer a todos os utentes que procurem os serviços de saúde, mesmo que os casos dupliquem
Capacidade demonstrada para garantir o cumprimento das recomendações, inerentes ao levantamento das restrições
Número de altas hospitalares superior ao número de admissões para internamento
Suficientes dispensadores com desinfetante para colocar nas entradas dos edifícios e outros locais estratégicos
Garantir a capacidade base nos cuidados de saúde a doentes não COVID-19 e a expansão da telemedicina para os doentes com a COVID-19
Instalações específicas para pessoas infetadas por SARS-CoV-2 sem necessidade de hospitalização e que não tenham condições para serem tratadas com segurança em casa
Criação de circuitos específicos para minimizar a possibilidade de exposição a doentes com COVID-19
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COVID-19: Como diminuir as medidas restritivas?Uma vez cumpridos os critérios anteriormente mencionados, o aliviar das medidas deve respeitar as recomendações da tabela 2. Naturalmente, que as indicações desta instituição devem ser cuidadosamente avaliadas por cada um dos países.
Tabela 2
* Pessoas com mais de 60 anos incluindo funcionários e pessoas clinicamente vulneráveis, continuam a precisar de medidas diferenciadas, como educação online e teletrabalho.
Nota: As decisões sobre quando e como reabrir, devem ser tomadas com base no conhecimento da evolução da doença, na disponibilidade de tratamentos, na aceitação e adesão da comunidade.
Ação ImplementadaFase inicial
(se todos os critérios da tabela 1 forem cumpridos)
4 a 8 semanas depois (sem aumento significativo de
casos)
8 a 16 semanas depois(sem aumento significativo de
casos)
Lavagem frequente das mãos Manter Manter Manter
Tapar a boca e nariz quando tossir ou espirrar
Manter Manter Manter
Não sair de casa se estiver doente
Manter Manter Manter
Usar máscara facial se sair de casa
Manter Manter Manter
Desinfeção de superfícies e objetos
Manter Manter Manter
Arejamento dos espaços Manter Manter Manter
Isolamente de casos confirmados
Manter Manter Manter
Quarentena de pessoas que tiveram contacto com infetados
Manter Manter Manter
Distanciamento físico de 2 metros e evitar aglomerações
Manter Permitir a aproximação Permitir a aproximação
Evitar visitas a casas de repouso, hospitais e lugares de culto
Manter Manter Manter
Proibir as reuniões, incluindo religiosas (acima de x pessoas)
10 pessoas 50 pessoas Permitir as reuniões
Encerramento de restaurantesReabrir com distanciamento
social* Reabrir Reabertura completa
Encerramento dos bares ManterReabrir com distanciamento
social* Reabertura completa
Encerramento de empresas Reabertura faseada* Reabertura faseada Reabertura completa
Encerramento de universidades Manter Considerar a reabertura Reabertura completa
Encerramento de escolas Reabrir* Reabrir* Reabertura completa
Encerramento de creches Reabrir* Reabrir* Reabertura completa
Quarentena para viajantes de áreas de alta prevalência
COVID-19
Manter de acordo com dados atualizados de infeção
Manter de acordo com dados atualizados de infeção
Manter de acordo com dados atualizados de infeção
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COVID-19: E se houver uma segunda onda de infeção?
Robert Redfield, director do Center for Disease Control and Prevention (CDC) alertou para a possibilidade de uma nova onda de COVID-19 nos Estados Unidos da América, mais difícil do que a atual e indicou que esta poderia acontecer em simultâneo com a epidemia da gripe sazonal, o que levaria a uma enorme pressão nos serviços de saúde.
Para o especialista, devem ser reforçados os meios técnicos e recursos humanos dos serviços de saúde, assim como as recomendações aos cidadãos. Este salienta a importância do distanciamento social e da vacinação contra a gripe sazonal.
Robert Redfield aconselha todos os países a prepararem-se durante os próximos meses, para a possível segunda onda de infeção por SARS-CoV-2, associada à gripe sazonal.
A nível global, a pandemia da COVID-19 já provocou mais de 192 mil mortos e infetou quase 2.8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
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COVID-19: Segunda onda de infeção? Reinfeção? Diagnósticos tardios?
A ilha de Hokkaido no Japão, declarou no final do mês de fevereiro, o estado de emergência com confinamento obrigatório, devido ao novo coronavírus. Esta estratégia de isolamento social levou a que, em meados do mês de março, o número de novos casos diários descesse para um ou dois. No dia 19 março o estado de emergência foi suspenso: as pessoas puderam voltar a sair de casa e no início de abril as escolas foram reabertas. Passado quase um mês, a situação de Hokkaido alterou-se com o surgimento de vários novos infetados e por isso, o segundo estado de emergência nacional foi decretado a 16 de abril. Todos os novos casos registados são naturais do Japão e nenhum destes viajou recentemente para o estrangeiro. Será uma segunda onda de infeção de COVID-19?
Em Wuhan há doentes que, após terem 2 testes negativos, têm vindo a testar positivo até cerca de 50 a 60 dias depois e alguns até 70 dias. Com o final da quarentena e do progressivo regresso à normalidade, os serviços de saúde desta região confrontam-se com este novo desafio, tentando evitar uma nova onda da doença, antes do surgimento da vacina. Segundo a Reuters, os relatórios dos hospitais chineses dão conta de dezenas de casos de doentes que voltaram a testar positivo. O médico de Wuhan, Zhao Yan, garante que estes doentes não foram novamente contagiados, porque se mantiveram em quarentena e não tiveram qualquer contacto com infetados. Já Jung Eun-kyeong, diretor do Centro para Controlo e Prevenção de Doenças sul-coreano, anunciou que 91 doentes sul coreanos voltaram a ter testes positivos, depois de terem sido considerados curados, justificando esta situação pela reativação do vírus.
Singapura anunciou a 20 de abril um número recorde de mais de 1.400 novos casos da COVID-19, detetados principalmente em casas ou alojamentos de trabalhadores imigrantes. O país conseguiu conter a disseminação do novo coronavírus, graças a uma estratégia muito rígida de controlo e rastreamento dos contactos das pessoas infetadas. O número de novos casos aumentou em todo o país, desde que campanhas de teste foram lançadas em casas ou alojamentos lotados onde os trabalhadores imigrantes vivem, geralmente em condições insalubres. As autoridades colocaram em quarentena dezenas de milhares de trabalhadores e transferiram muitos deles para outras habitações com menos pessoas, para evitar uma maior disseminação. Singapura, que já havia encerrado as suas fronteiras para os não-residentes, incluindo o seu “hub” de tráfego aéreo, decidiu agora encerrar temporariamente escolas e o comércio não-essencial.
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#Bleib zu Hause#Quédate en casa
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