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1 Boletim Informativo Aquaviário 2° Trimestre - 2018 Estuário de Santos

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Boletim Informativo Aquaviário

2° Trimestre - 2018

Estuário de Santos

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BOLETIM INFORMATIVO AQUAVIÁRIO – 2º T 2018

Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ

SEPN – Q. 514N - Conjunto E - Edifício ANTAQ

CEP. 70760-545 – Brasília-DF

Telefones: (+55) 61 2029-669 (+55) 61 2029-6500

E-mail: [email protected]

Setor Responsável:

Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade – SDS

Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho – GEA

Equipe Técnica:

Coordenação................... Fernando Antônio Correia Serra

Edição e Conteúdo.......... Ricardo Lima Teixeira

Revisão............................ Leopoldo Heitor Capelini Kirchner

NOTA: Os dados estatísticos utilizados neste boletim informativo são fornecidos pelas empresas administradoras dos

Portos Públicos e Privados à ANTAQ, nos termos da regulamentação vigente. O boletim informativo é publicado com base

nestas informações, analisadas próximo ao início do trimestre subsequente ao trimestre alvo do boletim. Os dados enviados

são atualizados continuamente e podem sofrer alterações posteriores à publicação. Por essa razão, podem haver

discrepâncias entre informações disponíveis neste boletim e outros relatórios publicados pela ANTAQ.

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SUMÁRIO

SUMÁRIO .............................................................................................................................................................. 3

1. ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS ................................................................................................... 4

1.1. PORTOS PÚBLICOS .......................................................................................................................... 6

1.2. PORTOS PRIVADOS (TUP) .............................................................................................................. 8

2. ANÁLISE POR PERFIL DE CARGA ................................................................................................................. 10

2.1. GRANEL SÓLIDO ............................................................................................................................ 10

2.2. GRANEL LÍQUIDO .......................................................................................................................... 11

2.3. CONTÊINERES ................................................................................................................................ 12

2.4. CARGA GERAL ............................................................................................................................... 14

3. ANÁLISE POR TIPO DE NAVEGAÇÃO .......................................................................................................... 15

3.1. LONGO CURSO ............................................................................................................................... 15

3.2. CABOTAGEM .................................................................................................................................. 17

3.3. NAVEGAÇÃO INTERIOR ............................................................................................................... 18

4. ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................................................... 20

5. ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................................................................... 20

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1. ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

As instalações portuárias brasileiras, portos

públicos e privados, apresentaram no segundo trimestre

de 2018 crescimento de 1,0% em relação ao mesmo

período do ano passado, somando 276,8 milhões de

toneladas movimentadas. Esse resultado representa

aumento de 2,6 milhões de toneladas no comparativo

entre os períodos.

A movimentação nos portos públicos apresentou

crescimento de 2,0% em relação ao mesmo trimestre do

ano anterior. Esse aumento representa um ganho

expressivo quando comparado à evolução do segundo

trimestre entre 2016 e 2017, quando houve decréscimo

de 0,2%. Nos portos privados o resultado também se

mostrou positivo, com aumento de 0,5%, quando

comparado com o mesmo trimestre de 2017.

Figura 1: Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da

movimentação (milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP.

A Figura 1 mostra o histórico da evolução da

movimentação de cargas nas instalações portuárias

brasileiras (portos organizados e privados), onde

podemos observar uma taxa de crescimento composta

(CAGR) de 0,7% no período apresentado, segundo

trimestre de 2016 a segundo trimestre de 2018. Esse

crescimento reflete a resposta positiva que o setor

continua apresentando ao longo do tempo, apesar de

oscilações visíveis, demonstrando que está apto a

atender às demandas do mercado brasileiro, seja nos

movimentos internos (cabotagem e vias interiores) ou

mesmo nas exportações e importações.

Figura 2: Participação por Tipo Instalação – Evolução trimestral da

participação Porto x TUP (%): 2016-2018. Fonte: SDP.

Os portos privados brasileiros (TUP), possuem

uma evidenciada especialização na movimentação de

granéis líquidos e granéis sólidos minerais. Devido a esta

característica específica, o maior volume em peso bruto

movimentado se concentra nesse tipo de instalação

(Figura 2). Neste segundo trimestre, 181,6 milhões de

toneladas foram movimentadas nos portos privados,

representando uma participação de 65,6% do total de

cargas movimentadas no Brasil. Em contrapartida, os

portos públicos movimentaram 95,2 milhões de

toneladas, com uma participação de 34,4% (Figura 3).

259,4 262,1246,5 250,4

274,2284,6

278,8

250,8

276,8

165,8 172,3 169,7 169,0 180,8 186,1 187,0166,6

181,6

93,6 89,876,8 81,5

93,498,4 91,8

84,2

95,2

TOTAL TUP PORTO

63,9% 65,7% 68,9% 67,5% 65,9% 65,4% 67,1%66,4%

65,6%

36,1% 34,3%31,1% 32,5%

34,1%34,6% 32,9%

33,6%

34,4%

TOTAL TUP PORTO

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Figura 3: Distribuição da movimentação de carga por tipo de

instalação (%): segundo trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Quanto aos perfis de carga, o granel sólido

continua com sua participação significativa na

movimentação total de cargas do país (64,7%), conforme

se pode observar na Figura 4.

Figura 4: Participação por perfil de carga (%): segundo trimestre de

2018. Fonte: SDP.

Entre as mercadorias de maior movimentação no

segundo trimestre estão minério de ferro (98,7 milhões

de toneladas, aumento de 1,8%), petróleo e derivados

(48,3 milhões de toneladas, decréscimo de 1,7%) e soja

(40,0 milhões de toneladas, crescimento de 11,9%).

Contêineres são a quarta carga mais movimentada, com

26,2 milhões de toneladas e aumento de 1,8% no

período. Também merece destaque a movimentação de

carvão mineral (7,1 milhões de toneladas, com aumento

expressivo de 30,1%).

A Figura 5 mostra a evolução das principais

mercadorias movimentas no histórico dos segundos

trimestres de 2014 a 2018. Podemos observar claramente

a evolução crescente e constante dos granéis sólidos

minério de ferro e soja, assim como a relativa

estabilidade da movimentação de petróleo e derivados.

Figura 5: Evolução por tipo de mercadoria (milhões toneladas):

2014-2018. Fonte: SDP.

65,6%

34,4%

Porto Privado Porto Público

64,7%20,3%

9,5%

5,6%

Granel Sólido Granel Líquido e Gasoso

Carga Conteinerizada Carga Geral

2014-II2015-II

2016-II2017-II

2018-II

85,1 90,4 92,7 96,9 98,7

49,1 49,8 47,4 49,2 48,3

24,7 30,4 33,5 35,7 39,9

24,4 24,7 25,1 25,7 26,2

63,1 61,3 60,6 66,7 63,7

Minério De Ferro Petróleo E Derivados

Soja Contêineres

Demais Mercadorias

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1.1. PORTOS PÚBLICOS

Foi de 95,2 milhões de toneladas o peso bruto

total movimentado no segundo trimestre de 2018 nos

portos públicos brasileiros. Este montante representa um

crescimento de 2,0% na movimentação de cargas quando

comparado com o mesmo trimestre do ano anterior. Este

percentual corresponde a um acréscimo de 1,8 milhões

de toneladas movimentadas, número que poderia ser

maior não fosse a paralisação dos caminhoneiros

ocorrida no mês de maio deste ano. Por decorrência da

paralisação, houve dificuldade de chegada de

mercadorias aos Portos Públicos e, por conta disso,

tiveram redução principalmente no fluxo de contêineres

e de cargas de soja.

Contudo, mesmo com o advento das

dificuldades de escoamento de mercadorias no mês de

maio, o total movimentado de cargas de soja (23,3

milhões toneladas) e contêineres (19,0 milhões de

toneladas) apresentou, no segundo trimestre, aumento de

13,2% e 3,6%, respectivamente, quando comparado com

o mesmo período de 2017. O grupo petróleo e derivados

manteve a atual tendência de crescimento na

movimentação dos portos públicos, com ganho de 6,0%,

e pasta de celulose cresceu 25,0%. Ainda dentre as

principais mercadorias movimentadas nos portos

públicos neste trimestre, as que apresentaram queda na

tonelagem bruta calculada foram adubos (-11,2%) e

açúcar (-32,1%).

Os dez principais portos públicos em

movimentação de cargas brutas, de acordo com a tabela

1, operaram aproximadamente 82,4 milhões de

toneladas, o que corresponde a 86,5% da movimentação

total dos 31 portos organizados que registraram

movimento de cargas no segundo trimestre de 2018.

Considerando o crescimento percentual da

tonelagem bruta movimentada, podemos destacar dentre

os portos públicos a movimentação no segundo trimestre

dos portos de Itaqui (+9,4%), Suape (+10%) e Santarém

(+36,2%).

Considerando a queda percentual da tonelagem

bruta movimentada, podemos destacar dentre os portos

públicos São Francisco do Sul (-13,7%) e Vila do Conde

(-38,4%).

O líder de movimentação de cargas no ranking

dos portos públicos, o porto de Santos, movimentou 27,2

milhões de toneladas no período, com recuo de 0,6%

referente ao segundo trimestre de 2017. Tal cenário

deve-se em parte por conta da paralisação dos

caminhoneiros ocorrida no mês de maio, além do

desempenho local da movimentação de açúcar, que

apresentou queda de 31,3% no acumulado do trimestre.

O porto de Rio Grande apresentou decréscimo

na tonelagem bruta movimentada, com 6,7 milhões de

toneladas e 7,9% de queda. As cargas de soja (-9,6%) e

contêineres (-6,1%) são representantes do recuo na

movimentação deste porto no segundo trimestre de 2018

frente ao mesmo período do ano anterior.

O Porto de Santarém vem galgando posições no

ranking de movimentação dos portos organizados,

registrando no segundo trimestre a 8ª colocação geral,

atingindo a marca de 2,8 milhões de toneladas. Este fato

é devido especialmente ao desempenho positivo da

movimentação local de soja, com incríveis 43,8% de

crescimento no período.

Paranaguá apresentou aumento de 7,0% na sua

movimentação, também por conta da ascensão da soja e

dos resíduos da extração do óleo de soja.

Tabela 1: Principais Portos Organizados em Movimentação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Porto Público Milhões de toneladas Var %

2017-II / 2018-II

Santos 27,2 -0,6%

Itaguaí 13,9 6,5%

Paranaguá 12,5 7,0%

Rio Grande 6,7 -7,9%

Itaqui 6,1 9,4%

Suape 5,9 10,0%

São Francisco do Sul 3,0 -13,7%

Santarém 2,8 36,15%

Vila do Conde 2,4 -38,4%

Itajaí 1,8 288,8%

Todos os Portos Públicos 95,2 2,0%

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Em relação ao Porto de Santos, conforme pode

ser observado na Figura 6, contêineres e soja lideram por

volume movimentado, somando 16,7 milhões de

toneladas no segundo trimestre de 2018, equivalente a

61,2% de toda a movimentação deste porto no período

apresentado.

Figura 6: Evolução trimestral das principais mercadorias

movimentadas no Porto de Santos (milhões de toneladas) 2014-2018.

Fonte: SDP.

As 10 principais mercadorias movimentadas em

portos públicos, apresentadas na figura 7, representam

85,1% do total da movimentação nos Portos

Organizados. O maior destaque nesse trimestre vai para

a soja, que com seu crescimento de 13,2% na

comparação com o mesmo período de 2017, foi

responsável por 2,7 milhões de toneladas acrescidas nas

operações portuárias.

Figura 7: Principais mercadorias movimentadas nos portos públicos

(%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP.

Analisando a movimentação de contêineres no

segundo trimestre deste ano por parte dos portos

públicos, com registro de aproximadamente 19,1

milhões de toneladas e avanço de 3,6% em relação ao

mesmo período do ano passado, temos que dentre os

principais portos que movimentaram contêineres no

período, destacam-se Santos (+3,3%), Itaguaí (+47,7%)

e Itajaí (+54,1%). O porto de Santos, maior operador de

contêineres da América do Sul, movimentou no segundo

trimestre 9,0 milhões de toneladas (813,4 mil TEU),

representando 47,3% de toda a movimentação de

contêineres em peso bruto nos portos públicos brasileiros

no trimestre (Figura 8).

Figura 8: Movimentação de Contêineres (milhões de toneladas)

participação individual dos Portos Organizados (%) – 2° Trimestre de

2018. Fonte: SDP.

Outro aspecto importante a ser observado com

relação aos portos públicos é o aumento da navegação

interior na movimentação de granéis sólidos, que cresceu

significativamente nos portos públicos de Santarém

(+38,9%), Vila do Conde (+1.912,0%) e Santana

(+1.266,8%).

7,6

5,5

3,2

1,7

5,2

8,4

6,5

3,1

1,5

4,6

7,9

6,9

4,5

1,5

5,0

8,7

6,9

4,3

2,0

5,5

9,0

7,7

2,9

2,0

5,7

2014-II 2015-II 2016-II 2017-II 2018-II

Demais Mercadorias

Petróleo

Açúcar

Soja

Contêineres

▲ 13,2%

▲ 3,6%

▲ 3,3%

▲ 6,0%

▼ -11,2%

▼ -32,1%

▲ 17,4%

▲ 25,0%

▲ 29,6%

▲ 0,4%

0 20

Soja

Contêineres

Minério de Ferro

Petróleo e Derivados

Adubos

Açúcar

Resíduos Óleo Soja

Celulose

Sal

Trigo

milhões t

2018-II 2017-II

9,0

2,1 1,91,2 0,9 0,8

3,1

11,0% 10,1%11,3%

4,7% 4,4%

16,3%

47,3%

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1.2. PORTOS PRIVADOS (TUP)

A movimentação de cargas nos portos privados

foi de 181,6 milhões de toneladas brutas (tabela 2), valor

0,4% maior do que o registrado no segundo trimestre de

2017. Essa maior movimentação foi reflexo do aumento

na movimentação de minério de ferro (+1,6%), soja

(+10,3%) e carvão mineral (+29,4%).

Um dos destaques entre os portos privados é o

Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que na

comparação com o segundo trimestre de 2017 teve alta

de 18,8%, um incremento de aproximadamente 7,5

milhões de toneladas. Nesse terminal, 99,3% da carga se

trata de minério de ferro, sendo o restante relativo a

manganês. Tratando-se ainda da movimentação de

minério de ferro nos portos privados, o Terminal de

Tubarão é outro porto privado especializado na operação

desse tipo de carga. Neste caso, observamos um

decréscimo na movimentação da ordem de 0,1%. Tal

fato mostra que o crescimento apresentado por Ponta da

Madeira no segundo trimestre não pode ser atribuído

exclusivamente a um aumento da produção de minério

de ferro em geral, mas sim da concentrada expansão das

atividades desta instalação portuária.

Tabela 2: Principais Portos Privados em movimentação de cargas – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Porto Privado Milhões de toneladas Var %

2017-II / 2018-II

Terminal Marítimo de Ponta da Madeira 47,3 18,8%

Terminal De Tubarão 26,5 -0,1%

Terminal Aquaviário de São Sebastião 11,2 -8,7%

Terminal da Ilha Guaíba - Tig 9,9 -14,6%

Terminal Aquaviário de Angra dos Reis 8,4 -13,5%

Terminal Portuário do Pecém 4,2 21,8%

Terminal Aquaviário de Madre de Deus 4,0 1,4%

Terminal Aquaviário Da Ilha D'Água 3,7 7,0%

Terminal Trombetas 3,5 -19,5%

Terminal Portuário Privativo da Alumar 3,4 -11,8%

Todos os Portos Privados 181,6 0,4%

Em relação à participação de mercado, os 10

principais portos privados correspondem a 67,3% do

total movimentado neste tipo de instalação, equivalente

a 122,2 milhões de toneladas, sendo que unicamente

Ponta da Madeira representa 26% desse montante. Essa

quantidade expressiva pode ser explicada,

principalmente porque o minério de ferro é o principal

produto movimentado por 3 dos 10 TUPs apresentados

na Tabela 2. Esse produto é quase que totalmente

exportado, atingindo no longo curso para portos privados

um embarque total da ordem de 85,3 milhões de

toneladas.

Em relação às mercadorias mais movimentadas

nos portos privados durante o segundo trimestre de 2018,

o minério de ferro representou 47,8% do total, o

equivalente a 86,9 milhões de toneladas. As dez

principais mercadorias representaram 94,6% da

movimentação dos portos privados, destacando-se a

natureza mais especializada dessas instalações. A

relação das cargas mais movimentadas pode ser vista na

Figura 9.

Figura 9: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Privados

(%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP.

▲ 1,6%

▼ -3,5%

▲ 10,3%

▼ -11,0%

▼ -2,6%

▲ 29,4%

▼ -2,5%

▲ 5,6%

▲ 55,0%

▼ -1,7%

0 50

Minério de Ferro

Petróleo e Derivados

Soja

Bauxita

Contêineres

Carvão Mineral

Ferro e Aço

Pasta de Celulose

Madeira

Adubos

Milhões t

2018-II 2017-II

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Quanto ao perfil de carga, é possível verificar

que, na comparação entre segundos trimestres

2017/2018, o granel sólido se manteve estável na

participação entre os portos privados, ficando com uma

fatia de 67,2% da movimentação no segundo trimestre

de 2018, ante os 67,0% alcançados no mesmo período de

2017.

Analisando um período mais longo, temos que

os granéis sólidos vêm mantendo uma tendência de

crescimento quando considerados os cinco últimos

períodos analisados, registrando no segundo trimestre

deste ano 122,1 milhões de toneladas movimentadas em

porto privados.

Figura 10: Evolução da movimentação por perfil de carga nos portos

privados (milhões de toneladas): Comparativo Trimestral: 2014-

2018. Fonte: SDP.

97,8108,7 110,2

121,0 122,1

44,5

44,5 40,4

43,6 42,47,6

7,8 7,8

8,7 9,9

6,5

6,0 7,3

7,4 7,2

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2014-II 2015-II 2016-II 2017-II 2018-II

Granel Sólido Granel Líquido

Carga Geral Carga Conteinerizada

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2. ANÁLISE POR PERFIL DE CARGA

A perspectiva relacionada ao perfil de carga na

análise da movimentação portuária, definidos como

granel sólido, granel líquido, carga geral e contêiner,

permite melhor conhecer as características que tipificam

portos organizados e demais instalações portuárias.

Dessa forma, pode-se inferir sobre participação de

mercado, importação/exportação, navegações e demais

características relacionadas às cargas embarcadas e

desembarcadas em portos brasileiros.

2.1. GRANEL SÓLIDO

No segundo trimestre deste ano foram

movimentados nos portos organizados e terminais

privados 179 milhões de toneladas brutas de granéis

sólidos (Figura 11), aumento de 0,3% quando

comparado ao mesmo período do ano anterior. Cabe

destacar que os granéis sólidos foram responsáveis por

64,7% da tonelagem de cargas movimentadas no Brasil

nesse trimestre, fato relacionado à pauta de exportações

brasileira, concentrada principalmente nas commodities

agrícolas e minerais.

Figura 11: Granel Sólido - Evolução da Movimentação

Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.

Dentre os segmentos de mercadorias, minério

de ferro continua sendo de maior relevância, com

participação de 55,2% de toda a movimentação dos

granéis sólidos, seguido por soja (22,2%) e bauxita

(4,2%), conforme pode ser observado na Figura 12.

Figura 12: Granel Sólido - Principais Mercadorias

Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018.

Fonte: SDP.

A relativa estabilidade de 0,3% na

movimentação de granéis sólidos neste segundo

trimestre, comparado com o mesmo período de 2017,

pode ser explicada pelo equilíbrio entre o aumento da

movimentação de minério de ferro (+1,8%) e soja

(+11,7%) frente ao recuo em Bauxita (-19,2%) e

Adubos (-8,9%).

Os portos privados movimentaram 68,2% da

fatia dos granéis sólidos, enquanto os portos públicos

obtiveram participação de 31,8% (Figura 13). A alta

concentração na movimentação dos granéis sólidos

pelos portos privados se justifica pela quase

exclusividade na movimentação de minério de ferro por

parte deste tipo de instalação portuária (Figura 14).

167,8166,4

149,6

157,7

178,4

185,7

174,2

154,2

179,0

140

145

150

155

160

165

170

175

180

185

190

98,7

39,8

7,6

6,2

6,2

4,3

3,9

0 100

Minério de Ferro

Soja

Bauxita

Adubos

Carvão Mineral

Resíduos Óleo Soja

Açúcar

Milhões

▲11,7%

▼-19,19%

▼-8,9%

▲14,3%

▲14,3%

▼-36,3%

▲1,8%

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Figura 13: Granel Sólido – Distribuição da Carga por tipo Instalação

portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Figura 14: Minério de Ferro – Distribuição por tipo de Instalação

portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

2.2. GRANEL LÍQUIDO

No segundo trimestre de 2018 foram

movimentadas 56,2 milhões de toneladas de granéis

líquidos, valor 0,9% inferior ao montante movimentado

no mesmo período do ano passado (Figura 15).

Figura 15: Granel Líquido – Evolução da Movimentação

Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.

A movimentação de granéis líquidos é

predominantemente composta por petróleo e seus

derivados, que obteve queda de 1,5% no trimestre.

Também foi constatada queda de 3,2% na

movimentação de gás de petróleo. Na Figura 16 é

possível observar o montante movimentado por tipo de

mercadoria no perfil de granel líquido.

Figura 16: Granel Líquido – Principais Mercadorias

Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018.

Fonte: SDP.

68,2%

31,8%

Porto Privado Porto Público

88,0%

12,0%

Porto Privado Porto Público

54,3

56,7

57,5

55,8

56,7

57,5

60,3

56,1

56,2

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

48,3

1,9

1,8

1,0

0,7

0 20 40 60

Petróleo e Derivados

Químicos Orgânicos

Gás de Petróleo

Soda Cáustica

Etanol Combustível

▼-1,5%

▼-12,5%

▲14,0%

▼-15,9%

▼-3,2%

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12

Nos granéis líquidos há predominância de

movimentação por parte dos portos privados

especializados na movimentação desse perfil de carga.

Como pode ser visto na Figura 17, aproximadamente

75,5% do total movimentado no trimestre ocorreu

através dos portos privados.

Figura 17: Granel Líquido – Distribuição da Carga por tipo

Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Considerando-se somente a movimentação de

petróleo e seus derivados no segundo trimestre de 2018,

temos que os portos privados mantêm uma

predominância de 79,8%, sendo que o Terminal de São

Sebastião (22,9%) e Terminal de Angra dos Reis

(17,2%) são os maiores operadores brasileiros deste tipo

de mercadoria. Dentre os portos públicos, Suape lidera a

participação com uma fatia de 7,3% da movimentação

total de petróleo e derivados.

Figura 18: Petróleo – Distribuição por tipo de Instalação portuária

(%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

2.3. CONTÊINERES

No segundo trimestre deste ano foram

movimentados 2,4 milhões de TEU, representando um

crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de

2017.

Considerando o peso bruto, a movimentação de

contêineres atingiu a soma de 26,2 milhões de toneladas,

aumento de 1,8% em relação ao segundo trimestre de

2017. Houve crescimento nas importações (6,7%) e

queda nas exportações (-1,9%). Esta queda nas

exportações quebra uma tendência de crescimento que

vinha sendo observada desde o terceiro trimestre de

2017. Números de abril deste ano apontam crescimento

de 5,5% no embarque de contêineres, o que evidencia

uma queda acentuada nos embarques de maio e junho,

possivelmente relacionada à paralisação dos

caminhoneiros ocorrida em maio deste ano.

Figura 19: Evolução trimestral dos Contêineres Movimentados

(toneladas e TEU em milhões): 2016-2018. Fonte: SDP.

75,5%

24,5%

Porto Privado Porto Público

79,8%

20,2%

Porto Privado Porto Público

25,1

26,125,8

23,7

25,7

28,729,3

26,7

26,2

2,2

2,32,2

2,1

2,2

2,5 2,5

2,4

2,4

1,9

2,1

2,3

2,5

2,7

2,9

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

Peso Bruto TEUs

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13

No segundo trimestre de 2018 aproximadamente

71,8% dos contêineres embarcados e desembarcados, em

TEU, foram movimentados em portos públicos

brasileiros (Figura 20).

Figura 20: Contêineres – Distribuição em TEU por tipo de

instalação portuária (%): 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

No período, os portos públicos esboçaram

aumento da participação na movimentação de

contêineres (Figura 21). Essa recuperação é reflexo direto

de um aumento de 10,1% na movimentação de

contêineres do Porto de Santos.

Figura 21: Evolução trimestral da participação na movimentação

contêineres (TEU) nas Instalações Portuárias: 2016-2018. Fonte:

SDP.

Analisando-se os principais movimentadores de

contêineres do país, o segundo trimestre de 2018

apresentou troca de posições no ranking, quando

comparado com o mesmo período do ano anterior.

Como destaque, o porto privado de Itapoá

movimentou o total de 162,9 mil TEU, ocupando a 5ª

posição dentre os maiores movimentadores, com uma

participação de 6,8% no período. O Porto de Itaguaí subiu

quatro posições no ranking, ocupando a 8ª posição com

84,1 mil TEU e crescimento expressivo de 51,4% na

movimentação de contêineres frente ao segundo trimestre

de 2017.

Figura 22: Contêineres – Distribuição entre as principais de

instalações portuárias (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Outros destaques são os números apresentados

pelo terminal DP World, com 117,9 mil TEU

movimentados no período, representando uma queda de

24,9%, e Itajaí, com 78 mil TEU e crescimento de 51,4%

quando comparado com o mesmo trimestre de 2017.

A Tabela 3 mostra o ranking das vinte principais

instalações que operaram contêineres nos segundos

trimestres de 2017/2018.

28,2%

71,8%

Porto Privado Porto Público

71

,0%

68

,6%

69

,0%

69

,1%

70

,4%

69

,4%

69

,7%

70

,7%

71

,8%

29

,0%

31

,4%

31

,0%

30

,9%

29

,6%

30

,6%

30

,3%

29

,3%

28

,2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Porto TUP

46,8%

10,7%

10,6%

9,5%

9,4%

6,8%

6,3%

Santos Portonave Paranaguá

Rio Grande Porto Itapoá Dp World

Suape

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14

Tabela 3: Ranking dos maiores movimentadores de contêineres: 2° trimestre de 2018 (em TEU). Fonte: SDP.

2018

2º T Porto Público e Privado TEUs 2017

2º T Porto Público e Privado TEUs

1º Santos 813.354 1º Santos 738.868

2º Portonave 185.803 2º Portonave 201.174

3º Paranaguá 184.275 3º Paranaguá 194.642

4º Rio Grande 165.437 4º Rio Grande 179.002

5º Porto Itapoá 162.867 5º Dp World (Embraport) 156.893

6º Dp World (Embraport) 117.845 6º Porto Itapoá 149.431

7º Suape 109.035 7º Suape 112.364

8º Itaguaí 84.106 8º Salvador 68.282

9º Itajaí 78.070 9º Rio De Janeiro 66.741

10º Porto Chibatão 74.806 10º Super Terminais 59.226

11º Rio De Janeiro 72.020 11º Porto Chibatão 56.416

12º Salvador 63.798 12º Itaguaí 55.547

13º Super Terminais 63.738 13º Itajaí 52.662

14º Pecém 62.182 14º Vitória 51.990

15º Vitória 49.299 15º Pecém 40.323

16º Vila Do Conde 35.494 16º Vila Do Conde 27.893

17º Fortaleza 26.758 17º Fortaleza 15.804

18º Imbituba 20.248 18º Imbituba 12.014

19º Natal 5.233 19º Natal 7.004

20º Passarão 2.129 20º Passarão 1.624

2.4. CARGA GERAL

A movimentação de carga geral no segundo

trimestre alcançou 15,4 milhões de toneladas (Figura 23),

correspondendo a uma alta de 15,7% em comparação ao

mesmo período do ano anterior. Esse crescimento no

segundo trimestre se deve, principalmente, à

movimentação de celulose (12,4%) e madeira (27,3%).

Outras mercadorias que merecem destaque na

movimentação de carga geral são os veículos automóveis

(+146,5%) e carvão mineral (+1.494,9%).

Contudo, no trimestre, a movimentação do ferro

e aço recuou 8,5%. Esta mercadoria correspondeu a

28,4% do total da movimentação de carga geral nos

portos públicos e privados no trimestre.

O principal destino da carga geral movimentada

é o longo curso exportação, com 7,0 milhões de toneladas

embarcadas no período, tendo predominância a pasta de

celulose, com 2,9 milhões de toneladas e 42,1% do total

embarcado no longo curso. Ferro e aço segue em segundo

com 2,8 milhões de toneladas e 40,1% do total.

Figura 23: Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação

Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.

12,2

12,8

13,6

13,3

13,4

12,6

15,1

13,8

15,4

11

12

13

14

15

16

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15

3. ANÁLISE POR TIPO DE NAVEGAÇÃO

3.1. LONGO CURSO

As cargas de Longo Curso apresentaram

movimento de 201 milhões de toneladas, o que

representa, no geral, queda de 1,4%, quando comparado

ao segundo trimestre de 2017, sendo 35,6 milhões de

toneladas de cargas de importação e 165,4 milhões de

toneladas de cargas de exportação.

Figura 24: Evolução Trimestral da Movimentação de Longo Curso

(milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP.

Considerando-se o sentido das cargas, que

corresponde aos movimentos de exportação (embarque)

e importação (desembarque), tem-se que a exportação

representou 82,3% do total de cargas movimentadas, o

que é bastante significativo para o resultado positivo da

corrente de comércio brasileira.

Na evolução das exportações, os destaques são

para a soja (+10,1%), resíduos do óleo de soja (+9,7%) e

pasta de celulose (+16,1%). Já o minério de ferro

mostrou-se estável com 0,8% de crescimento em relação

ao mesmo trimestre de 2017, sendo responsável por

57,1% do volume total de exportações (Figura 25).

Figura 25: Comparativo das Principais Mercadorias Movimentadas

na Exportação (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017/2018.

Fonte: SDP.

As importações apresentaram queda na

movimentação da ordem de 1,4% em relação ao mesmo

período de 2017, motivada pelo recuo do desembarque

de petróleo e derivados (-19,1%). Outros destaques são

o aumento na movimentação de contêineres (+6,2%),

carvão mineral (+13,2%), trigo (+20,3%) e expressivo

crescimento de 885,1% na importação de veículos

automóveis, quando comparado ao mesmo período do

ano passado (Figura 26).

193,4 196,0182,5 183,3

203,9212,2

204,9

180,2

201,0

161,0 159,4146,7 149,1

167,8 173,3166,2

146,4

165,4

32,4 36,6 35,9 34,2 36,1 38,9 38,7 33,8 35,6

-

50

100

150

200

Total LC Exp Imp

▲ 0,8%

▲ 10,1%

▼ -4,0%

▼ -14,9%

▼ -35,9%

▲ 9,7%

▼ -13,9%

▲ 16,1%

▲ 3,5%

0 50 100

Minério de Ferro

Soja

Contêineres

Petróleo e Derivados

Açúcar

Resíduos Óleo Soja

Ferro e Aço

Pasta de Celulose

Bauxita

Milhões (t)

2018-II 2017-II

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16

Figura 26: Principais Mercadorias Movimentadas na Importação

(%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP.

As Tabelas 4 e 5 mostram os principais parceiros

comerciais, em termos de volume de carga, na navegação

de Longo Curso, nesse segundo trimestre. O Brasil

exporta primordialmente produtos básicos

(commodities), como minério de ferro (57,1%) e soja

(18,6%).

A China é o principal destino das mercadorias

brasileiras, representando 51,7% das nossas exportações.

Já quanto às importações, o principal parceiro comercial

são os EUA, responsáveis por 23,1% da movimentação

que chega aos portos brasileiros, sendo petróleo e

derivados (28,7%) e carvão mineral (22,3%) as

principais cargas importadas no trimestre.

Tabela 4: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na exportação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

País Destino Toneladas %

1º China 85.443.381 51,7%

2º Holanda 8.625.383 5,2%

3º Estados Unidos 7.013.450 4,2%

4º Malásia 6.861.080 4,1%

5º Japão 5.808.231 3,5%

6º Espanha 3.637.345 2,2%

7º Coréia Do Sul 3.362.055 2,0%

8º Singapura 3.072.548 1,9%

9º Omã 2.705.125 1,6%

10º Itália 2.411.255 1,5%

Outros Países 36.452.700 22,0%

Tabela 5: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na importação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

País Origem Toneladas %

1º Estados Unidos 8.217.086 23,1%

2º Argentina 3.377.087 9,5%

3º China 2.265.252 6,4%

4º Colômbia 1.986.504 5,6%

5º Austrália 1.741.425 4,9%

6º Rússia 1.543.784 4,3%

7º Espanha 1.380.781 3,9%

8º Argélia 1.043.164 2,9%

9º Canadá 1.025.872 2,9%

10º Bélgica 925.940 2,6%

Outros Países 12.100.435 34,0%

▲ 6,2%

▼ -19,1%

▲ 13,2%

▼ -9,6%

▲ 20,3%

▲ 885,1%

0 5 10

Contêineres

Petróleo e Derivados

Carvão Mineral

Adubos

Trigo

Veículos Automóveis

Milhões (t)

2018-II 2017-II

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17

3.2. CABOTAGEM

No segundo trimestre de 2018 a navegação por

cabotagem obteve crescimento de 4,5% na

movimentação quando comparado ao mesmo período do

ano anterior. Esse percentual corresponde a 1,6 milhões

de toneladas acrescidas no trimestre, perfazendo um total

de 56,7 milhões de toneladas movimentadas de peso

bruto por esse tipo de navegação.

Quando se olha o transporte de cargas, sob a

ótica dos pares origem e destino, efetuado por navegação

de cabotagem, também foi registrada um aumento de

4,1% em relação ao mesmo período de 2017. Nesse

último caso, transportou-se no Brasil, pela cabotagem, o

total de 40 milhões de toneladas, também considerando

todos os perfis de carga.

As principais mercadorias movimentadas na

cabotagem, em participação, no segundo trimestre de

2018, foram petróleo e derivados (61,4%), contêineres

(11,0%) e bauxita (8,5%). Nota-se que das três principais

mercadorias, que representam aproximadamente 80,9%

de toda a movimentação na cabotagem, apenas o grupo

de bauxita não registrou acréscimo nesse tipo de

navegação, tendo uma queda da ordem de 29,1% no

segundo trimestre deste ano. (Figura 25).

Figura 27: Principais Mercadorias movimentadas na Cabotagem

(%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP.

No gráfico a seguir (Figura 28) é possível ver a

distribuição percentual por perfil de carga na cabotagem,

no segundo trimestre desse ano. Nesse tipo de

navegação, o granel líquido é o mais representativo, com

uma fatia de 65,9%.

Figura 28: Participação por Perfil de carga na navegação de

cabotagem (%) - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

A movimentação de contêineres na cabotagem

registrou alta de 5,4% no segundo trimestre desse ano,

quando comparado com o mesmo período de 2017. Das

principais instalações portuárias que movimentaram esse

perfil de carga na cabotagem, apresentaram alta

expressiva no segundo trimestre o Terminal Portuário do

Pecém (+79,7%), Porto Chibatão (+22,4%) e Itaguaí

(+55,9%), conforme Figura 29. Além disso, houve alta

de 6,6% nos portos públicos e de 4,8% nos portos

privados.

Figura 29: Principais Instalações portuárias na movimentação de

Contêineres na Cabotagem (em milhares de toneladas) - Comparativo

entre segundos trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP.

▲ 5,4%

▲ 5,4%

▼ -29,1%

▲ 56,2%

0 20 40

Petróleo e Derivados

Contêineres

Bauxita

Minério de Ferro

Milhões (t)

2018-II 2017-II

65,9%

16,3%

11,0%

6,8%

Granel Líquido Granel Sólido

Carga Conteinerizada Carga Geral

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Milh

ões

(t)

2018-II 2017-II

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18

3.3. NAVEGAÇÃO INTERIOR

A movimentação portuária na navegação interior

correspondeu a 18 milhões de toneladas, representando

aumento de 18,4% no comparativo dos segundos

trimestres de 2017/2018. Esse bom desempenho se deve

ao crescimento de 10,2% na movimentação de pasta de

celulose e de 768,1% na movimentação de carvão

mineral, bem como a boa performance da soja - principal

mercadoria operada nesse tipo de navegação - que

registrou aumento de 20,3% no segundo trimestre desse

ano, quando comparado ao mesmo período de 2017.

A Tabela 6 mostra a quantidade de toneladas

movimentadas, assim como a participação de cada

mercadoria na navegação interior.

Tabela 6: Principais Mercadorias movimentadas na navegação interior - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Ranking Mercadorias Toneladas Market Share %

1º Soja 8.957.450 49,8%

2º Petróleo E Derivados 1.324.837 7,4%

3º Carvão Mineral 1.035.570 5,8%

4º Minério De Ferro 941.919 5,2%

5º Pasta De Celulose 854.699 4,8%

6º Semirreboque Baú 719.716 4,0%

7º Produtos Químicos Orgânicos 588.161 3,3%

8º Resíduos Da Extração Do Óleo De Soja 474.786 2,6%

9º Adubos (Fertilizantes) 406.141 2,3%

10º Bauxita 365.021 2,0%

Demais Mercadorias 2.324.765 12,9%

A maior parte das cargas na navegação interior é

movimentada em portos privados, correspondendo a

78,9% do total observado no trimestre. A Tabela 7, a

seguir, apresenta as nove principais instalações

portuárias (públicas e privadas) na movimentação de

cargas via navegação interior, que juntas totalizaram

45,0% de toda a carga movimentada nesse tipo de

navegação.

Da Tabela 7, pode-se aferir que os três portos

com maior movimentação apresentaram crescimentos

expressivos na movimentação de cargas, com destaque

para o Terminal de Santa Clara, localizado no município

de Triunfo, no estado de Rio Grande do Sul, que

apresentou um crescimento da ordem de 377,2% no

trimestre, impulsionado pelo desembarque de carvão

mineral com 941.430 toneladas.

Tabela 7. Principais instalações portuárias na movimentação na navegação interior - segundo trimestre de 2018. Fonte: SDP.

Complexo Portuário UF Tonelada Crescimento Market Share

%

Santarém PA 1.268.186 ▲ 36,9% 7,0%

Terminal Graneleiro Hermasa AM 1.189.165 ▲ 8,5% 6,6%

Terminal Santa Clara RS 1.064.407 ▲ 377,2% 5,9%

Rio Grande RS 899.794 ▼ -4,5% 5,0%

Terminal de Grãos Portochuelo RO 865.297 ▲ 35,3% 4,8%

Porto Gregório Curvo MS 754.951 ▼ -9,1% 4,2%

Hidrovias do Brasil Miritituba PA 696.739 ▲ 5,5% 3,9%

Terminal Vila do Conde PA 696.596 ▼ -0,4% 3,9%

Porto Velho RO 671.558 ▼ -10,5% 3,7%

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19

Ao se analisar o perfil de carga movimentada

nesta navegação, observa-se que granel sólido

(commodities) responde por 12,1 milhões de toneladas

(67,1% de participação), granel líquido com 3,2 milhões

de toneladas (17,8% de participação), carga geral com

2,5 milhões de toneladas (13,7% de participação),

enquanto que o perfil de carga em contêineres registrou

241 mil toneladas (com apenas 1,3% de participação).

Essa distribuição reafirma a grande vocação da

navegação interior para o escoamento das commodities

agrícolas e minerais, perfazendo papel importantíssimo

para o uso de novos caminhos logísticos.

Sob a ótica dos pares origem e destino, via

navegação interior foram transportadas cerca de 10,2

milhões de toneladas, o que representa uma performance

4,3% superior ao mesmo período do ano anterior.

A distribuição por Região Hidrográfica

apresenta a região amazônica com transporte de 6,1

milhões de toneladas, crescimento de 16,8% e

participação de mercado igual 48,5%, colocando-a como

o principal complexo de rios com transporte de cargas no

país. Dessas cargas, destaca-se a soja, que com 24,6% de

crescimento foi responsável pelo transporte de 4,3

milhões de toneladas no período, contribuindo com

70,8% de participação no total transportado na região

amazônica em navegação interior. O petróleo e seus

derivados somaram 573 mil toneladas transportadas e

participação de 9,3%, colaborando para o abastecimento

mais eficiente de toda a região Amazônica.

A Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia é

a segunda em importância quando considerado o total

transportado a nível Brasil, com o montante de cerca de

2,7 milhões de toneladas e crescimento de 30,1%. Seu

perfil de carga também envolve o transporte de soja (2

milhões de toneladas e crescimento de 26,9%. O

principal par origem-destino dessa Região Hidrográfica

é a navegação dentro do próprio Estado do Pará.

Por fim, destaca-se a Região Hidrográfica do

Atlântico Sul, com 2,3 milhões toneladas transportadas,

com aumento da ordem de 59,8% no segundo trimestre

de 2018 frente mesmo período do ano anterior. Esta

região apresentou um crescimento expressivo no

transporte de cargas nesse trimestre em grande parte por

conta dos 1.494,9% de avanço na operação de carvão

mineral, com 941 mil toneladas e participação de 41,3%

no total transportado nessa região. Esse carvão mineral

percorre o rio Taquari, no Rio Grande do Sul, saindo do

Município de Charqueadas com destino ao município de

Triunfo, também no Rio Grande do Sul.

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4. ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da movimentação (milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP.. ............................................. 4

Figura 2: Participação por Tipo Instalação – Evolução trimestral da participação Porto x TUP (%): 2016-2018. Fonte: SDP.. ......................................... 4

Figura 3: Distribuição da movimentação de carga por tipo de instalação (%): 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.. ........................................................... 5

Figura 4: Participação por perfil de carga (%): 2º trimestre de 2018. Fonte: SDP. .............................................................................................................. 5

Figura 5: Evolução por tipo de mercadoria (milhões toneladas): 2014-2018. Fonte: SDP. ................................................................................................. 5

Figura 6: Evolução trimestral das principais mercadorias movimentadas no Porto de Santos (milhões de toneladas) 2014-2018. Fonte: SDP.. ................ 7

Figura 7: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Organizados (%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP. ..................................... 7

Figura 8: Movimentação de Contêineres (milhões de toneladas) participação individual dos Portos Organizados (%) . Fonte: SDP. ................................ 7

Figura 9: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Privados (%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP. ........................................... 8

Figura 10: Evolução da movimentação por perfil de carga nos Terminais (milhões de toneladas): Comparativo Trimestral: 2014-2018. Fonte: SDP. ..... 9

Figura 11: Granel Sólido - Evolução da Movimentação Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP. ..................................................... 10

Figura 12: Granel Sólido - Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .................................... 10

Figura 13: Granel Sólido – Distribuição da Carga por tipo Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .............................................. 11

Figura 14: Minério de Ferro – Distribuição por tipo de Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ................................................... 11

Figura 15: Granel Líquido – Evolução da Movimentação Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP. ................................................... 11

Figura 16: Granel Líquido – Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ................................. 11

Figura 17: Granel Líquido – Distribuição da Carga por tipo Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................ 12

Figura 18: Petróleo – Distribuição por tipo de Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ................................................................. 12

Figura 19: Evolução trimestral dos Contêineres Movimentados (toneladas e TEUs em milhões): 2016-2018. Fonte: SDP. ............................................. 12

Figura 20: Contêineres – Distribuição em TEU por tipo de instalação portuária (%): 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................... 13

Figura 21: Evolução trimestral da participação na movimentação contêineres (TEU) nas Instalações Portuárias: 2016-2018. Fonte: SDP...................... 13

Figura 22: Contêineres – Distribuição entre as principais de instalações portuárias (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ........................................ 13

Figura 23: Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.. .............................................. 14

Figura 24: Evolução Trimestral da Movimentação de Longo Curso (milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP. .................................................... 15

Figura 25: Comparativo das Principais Mercadorias Movimentadas na Exportação (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017/2018. Fonte: SDP. .... 15

Figura 26: Principais Mercadorias Movimentadas na Importação (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP. ................................ 16

Figura 27: Principais Mercadorias movimentadas na Cabotagem (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP. ................................ 17

Figura 28: Participação por Perfil de carga na navegação de cabotagem (%) - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .......................................................... 17

Figura 29: Principais Instalações portuárias na movimentação de Contêineres na Cabotagem: segundos trimestres 2017-2018. Fonte: SDP.. ................ 17

5. ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Principais Portos Organizados em Movimentação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .................................................................................... 6

Tabela 2: Principais Portos Privados em movimentação de cargas – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ........................................................................... 8

Tabela 3: Ranking dos maiores movimentadores de contêineres: 2° trimestre de 2018 (em TEUs). Fonte: SDP. ............................................................. 14

Tabela 4: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na exportação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................................ 16

Tabela 5: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na importação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................................ 16

Tabela 6: Principais Mercadorias movimentadas na navegação interior - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .................................................................. 18

Tabela 7. Principais instalações portuárias na movimentação na navegação interior - segundo trimestre de 2018. Fonte: SDP. ...................................... 18