Upload
phunghuong
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Dezembro de 2015 /Janeiro de 2016 • R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba-PR
EspEcial hrl
Mais uma Operação Verão com o HRL despreparado
A estrutura do hospital não melhorou. Os servidores continuam penalizados pela falta de pessoal. Veja como vão as coisas nesta edição do Raio X Especial HRL.
central demateriais semfuncionar
posto 1
no calor
do saara
elevadorfuncionandoa chute
máquinas
de lavar sem
manutençãopronto-socorro
e uti fora do
padrão
Baratas naMaternidade
Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Dezembro de 2015 / Janeiro de 2016
Os servidores do Hospital Regional do Litoral passam por poucas e boas na hora de trabalhar. A falta de estrutura é enorme e há anos é denunciada pelo SindSaúde.
Além disso, os trabalhadores são alvo de uma chefia de recursos humanos que não orienta os servidores ade-quadamente e, por isso, promove confusões. Ou não foi assim com a fol-ga extra no dia trabalhado em feriado?
Já aconteceu dos trabalhadores não poderem tirar férias durante a Operação Verão. Com muita luta conseguimos re-verter essa situação.
Agora a encrenca é com a licença especial. Sim! O governo Richa, a Sesa, a direção do hospital e de RH sabem todos, desde sempre, que quando o servidor completa cinco anos de serviço tem direito garantido em lei de tirar três meses de licença especial. Mas nada fizeram para organizar de maneira que o servidor possa usufruir esse direito. É ou não um absurdo?
na estrutura física
Vamos, juntos, mudar essa história mais uma Vez!
irresponsabilidade
a lista é grande, mas separamos alguns dos grandes problemas do hrl. Veja
Licença especial negada. Motivo é a operação verão!
1. No pronto-socorro, as enfermarias não são separadas entre homens e mulheres, o que faz alguns procedimentos serem constrange-dores para profissionais e pacientes. Sem contar com a UTI , absolutamente fora dos padrões determinados pela RDC 7 de 2010 . Ou seja, uma baita irresponsabilidade com o atendimento dos doentes e com a saúde dos ser-vidores que existe dentro do PS, com-pletamente irregular.
2. Na maternidade tem quarto fechado por estar infestado de bara-tas. Pelo jeito são baratas multirresis-tentes. E leitos foram fechados para funcionarem como estar dos médicos. O mesmo aconteceu na pediatria.
Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Dezembro de 2015 / Janeiro de 2016
Falta gente. Hora extra é comum. Ninguém aguenta trabalhar assim por muito tempo. Adoece. Compro-mete a saúde dos trabalhadores para sempre. Compromete a qualidade do atendimento porque tem enfermeira sendo obrigada a ser a responsável técnica de mais um setor.
E a falta de pessoal faz com que a gestão promova ataques aos direitos dos trabalhadores. Um exemplo é a política para quem apresenta atesta-do. Esse não é chamado para fazer hora extra. Vejam só! O trabalhador não pode ficar doente que é punido! Não fazer hora extra é uma forma de punição?
A verdade é que o HRL tem um número de trabalhadores insuficien-te para atender a população que o procura. E as escalas elaboradas não são reais! Tanto é verdade que o Ministério Público já obteve liminar
Falta de pessoal é umproblemão!
em ação judicial obrigando o Estado a nomear mais técnicos de enferma-gem e enfermeiros.
Até agora, o governo Richa não to-mou nenhuma providência adequada. O que tem feito é sucatear os setores
3. No posto 1, doentes e traba-lhadores aguentam firme o calor por-que os aparelhos de ar-condicionado estão estragados e nada dessa gestão conseguir consertar algo tão simples! O depósito da farmácia, que fica no setor, é o único local em que o ar fun-ciona. Por sinal, ar-condicionado no HRL é luxo! Só nas salas da diretoria é que os aparelhos funcionam mesmo.
4. Janela quebrada é bobagem, não é? Mas na central de mate-riais não! Pode comprometer todo o processo de higienização e esteriliza-ção dos materiais. E isso gera conta-minação. Lá também falta manuten-ção nos aparelhos e tem autoclave e secadora sem uso por falta de conser-
to. E cadê as enfermeiras responsá-veis pelo setor? Um troca-troca só!
5. Os elevadores não têm ma-nutenção preventiva e vivem estragan-do. Falta botão pra pessoa apertar o andar. Só quem conhece sabe que até chute na porta é preciso pra fazer o elevador de emergência funcionar.
6. E as máquinas de lavar, sem qualquer manutenção, estão em péssimo estado. Hoje, todo mun-do já percebeu o motivo do abandono da lavanderia, que ficou esse tempo todo com as máquinas vazando, sem ar-condicionado, sem vestiários. Sem banheiros, sem enxoval suficiente. É a terceirização que estava chegando!
Assim, abandonando o que é público, fazendo com que não funcione bem, pra depois apresentar a solução má-gica da terceirização! Que quem co-nhece sabe que não funciona porque a roupa vem toda suja!
para justificar a terceirização dos ser-viços. Ou não é assim com a cozinha, com a lavanderia e com o laboratório?
Mais dinheiro público jogado na lata do lixo por um serviço que não tem garantia de qualidade nenhuma!
Está provado que o uso indis-criminado de antibióticos produz bactérias multirresistentes. Tem jeito de resolver? Tem!
Ter um processo de análise de uso de antibióticos, esta-belecer e dar transparência às medidas adotadas para o con-trole e prevenção das bacté-rias multirresistentes! Essa não parece ser a preocupação da direção do HRL nem da CCIH. Ficar nessa de que basta lavar a mão, olha, ajuda, mas não é só isso! É importantíssimo, fun-damental, mas a solução está na administração correta e ade-
quada desses medicamentos tão necessários para recuperar a saúde e que, agora, estão produzindo morte.
O trabalhador, que está ex-posto à bactéria, é tratado como o único responsável por evitar o contágio. E não há qualquer cui-dado com a preservação da saú-de dos trabalhadores.
O SindSaúde vai dar uma força, publicando estudo da professora Maria Terezinha Car-neiro Leão, que gentilmente nos concedeu o direito de publicar o quadro abaixo.
Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Dezembro de 2015 / Janeiro de 2016
VRE, KPC, o que a gestão deixa de fazer?
tabelas dos antibióticos
BACTÉRIA PROBLEMA ANTIBIÓTICO EM EXCESSO
S. aureus resistente à penicilina Penicilinas
MRSA Cefalosporinas de 1ª geração
VRSA Vancomicina
VRE Vancomicina
Klebsiella Ampicilina, cefalosporinas de 1ª geração
Enterobacter Cefalosporinas de 3ª geração
ESBL Cefalosporinas 3ª e 4ª geração
Acinetobacter R Carbapenêmicos
O SindSaúde se pautou nas pesquisas da professora Maria Tere-zinha. Ela diz que basta você dizer que bactéria a Unidade possui e ela diz que antibiótico foi excessivamente utilizado naquele hospital.
RAIO-X é um Boletim Informativo do SindSaúde/PR - Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Estado do Paraná. Sede própria à Rua Mal. Deodoro, 314, 8º andar, cj.801, Ed. Tibagi, Curitiba, PR, CEP 80.010-010. Fone (041) 3322-0921, fax (041) 3324-7386 • www.sindsaudepr.org.br • [email protected] • Colaborador: Marcio Mittelbach, Renata Almeida e Lys Cordeiro • Jornalista Responsável: Lea Okseanberg • Diagramação: Excelência Comunicação. Tiragem: 400 exemplares • Fone: (41) 8802-4450 • É permitida a reprodução com a citação da fonte.