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Boletim Informativo 2009 Número 0 / Ano I

Boletim Informativo Edição 0

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Boletim Informativo da Associação FARO1540, perioricidade trimestral.

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Boletim Informativo

2009 Número 0 / Ano I

sobre este Concelho à muito esquecido, por muitos e por todos. Um concelho que é a porta para o turismo que se pratica pelo Algarve, mas que fica à margem do mesmo. Um concelho onde falta uma visão, estratégia, planeamento e sobretudo aproveitar os recursos já existentes, como um meio para um concelho melhor, próspe-ro e marca de identidade. Posso ser mais atrevido e referir que o Concelho de Faro é um concelho sem identidade.

Esperamos que este pro-jecto funcione e que seja uma referência.

Caros Associados

Hoje começa uma nova referência na cidade de Faro. A Associação Faro 1540 lança o seu boletim informativo, com perioci-dade trimestral. Deste modo, queremos trans-mitir aos nossos associa-dos e público em geral uma publicação que traga para o conhecimento público os propósitos da nossa associação. Quere-mos que este meio de

informação seja uma pla-taforma de conhecimen-to, espírito crítico cons-trutivo e sobretudo que seja um caminho de exposição com artigos de opinião sobre as mais variadas áreas do conhe-cimento.

“...Faro é um conce-lho sem identidade.”

Deste modo, faço um apelo a que peguem numa caneta e num bloco e escrevam. Tragam as vos-sas opiniões, as vossas críticas e o vosso estado de insatisfação. Um dos objectivos desta Associa-ção é a promoção e defe-sa do património de Faro que julgo ser um bom mote para uma longa e afincada discussão pública

Nota Editorial

FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO

Bruno Lage

Nuno Antunes

COORDENAÇÃO

Nuno Antunes

REDACÇÃO

(Nesta Edição)

Bruno Lage

Nuno Antunes

PAGINAÇÃO/DESIGN

Nuno Antunes

REVISÃO

Idália Sebastião

Nuno Antunes

Vice-Presidente da Direcção

NOTA EDITORIAL 1

MENSAGEM DO PRE-SIDENTE: COMO SURGIU A FARO 1540

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ARTIGO DE OPINIÃO: EVOLUÇÃO

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ORGANIZAÇÃO E QUADRO SOCIAL DA FARO 1540

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ACTIVIDADES 4

ACTIVIDADES 5

REGULAMENTO INTER-NO

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Nesta edição:

Ano 2009 Número: 0 / Ano: I

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org

Curiosidade:

Uma das grandes referências do con-celho de Faro é a Ria Formo-sa que constitui um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18 400 hectares ao longo de 60 quiló-metros desde a península do Ancão até à praia da Manta Rota, na península de Cacela.

2

se ambiental, cultural e socio-económico;

c) Promover iniciativas que visem a divulgação, o debate e a promoção de várias temáticas ambien-tais e culturais, incremen-tando o interesse dos cidadãos por estas mes-mas temáticas;

d) Colaborar com as insti-tuições locais, regionais e nacionais em todas as acti-vidades e decisões que, no respeito pelo ambiente, pela cidadania e pela cultu-ra, contribuam para a efectiva melhoria da quali-dade de vida das popula-ções;

e) Promover a defesa e o aprofundamento dos direi-tos individuais e colectivos dos cidadãos como instru-mento de reforço de soli-dariedade social;

f) Defender e promover a língua e a cultura portu-guesa.

Procurou-se com estes objectivos e princípios abranger uma vasta área de debate e conhecimento de modo a que a associa-ção pudesse, de uma for-ma efectiva, promover um conjunto de reflexões e dinâmicas associadas à cidadania interventiva, procurando colaborar na formação e informação dos seus associados e na procura de um desenvolvi-mento sustentável de Faro

A ideia de criar uma asso-ciação com as caracterís-ticas da “Faro 1540 – Associação de Defesa e Promoção do Património Ambiental e Cultural de Faro” surgiu em meados de 2008, no seio de um grupo de amigos que têm em comum o gosto pelo debate de ideias e o amor pela sua cidade.

Assim, ao longo de diver-sas conversas e tertúlias informais sobre Faro e a região do Algarve, fomos apercebendo da necessi-dade da existência na capital do Algarve de uma organização apolítica que promovesse um conjunto de actividades que permi-tissem a análise e a dis-cussão cívica do municí-pio farense e de temas actuais e estratégicos a nível regional, nacional e internacional, com espe-cial incidência na temática ambiental, cultural e ao nível da qualidade de vida.

Aos poucos esta ideia foi amadurecendo e ganhan-do consistência e, no dia 12 de Março de 2009, realizou-se a Assembleia-

Geral constituinte onde se decidiu baptizar a associa-ção com o nome “Faro 1540”. Decidiu-se por “Faro” porque esta asso-ciação debruça-se essen-cialmente sobre o conce-lho de Faro e “1540” em virtude do ano 1540 ser de grande relevância e de grande simbolismo para o nosso município, uma vez que foi elevado a cidade a 7 de Setembro desse mes-mo ano.

Aos poucos esta ideia foi amadurecendo e

ganhando consistência e no dia 12 de Março de 2009, realizou-se a

Assembleia Geral constituinte onde se

decidiu baptizar a associação com o

nome “Faro 1540”.

Ficaram ainda definidos nessa reunião de 12 de Março os objectivos e os princípios da “Faro 1540”, que tinham entretanto sido alinhavados em diversos encontros. São eles:

a) Contribuir para a pro-moção, defesa e recupera-ção do património ambien-tal, arquitectónico, cultural e histórico do município de Faro, podendo abranger também a região do Algar-ve;

b) Elaborar estudos, inves-tigações e emitir pareceres nas várias áreas de interes-

Como surgiu a FARO 1540

T E M A D E A R T I G O

Conhecimento:

Bruno Lage

Presidente da Direcção

A cidade de Faro é sede de um município com 201,59 km² de área e 58 698 habitantes (2008), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte e oeste pelo município de São Brás de Alportel, a leste por Olhão, a oeste por Loulé e a sul tem costa no Oceano Atlântico. A cidade cons t i t u i , a t r a vé s do Aeroporto de Faro a segunda maior entrada externa do país. confe-rindo-lhe uma valência vincadamente cosmopo-lita.

mmmmmmmmmmm-princípios, a actual D i re cção p rocura desenvolver um conjun-to de actividades que visam contribuir para a promoção, defesa e recuperação do patri-mónio ambiental, arqui-tectónico, cultural e his-tórico de Faro e do Algarve, para além de procurar promover ini-ciativas que visem a divulgação, o debate e a reflexão de temas da actualidade.

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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“Quem não se adapta aos novos tempos fica

para trás.”

A Internet é nos dias de hoje um meio privilegiado de comunicação. São aos milhares as publicações que proliferam por este mundo virtual. O próprio conceito de jornal teve remodelações profundas, sendo hoje complementa-da a edição escrita com um site na internet. A possibilidade de ser con-sultado por milhões de

leitores, neste mundo vir-tual, é uma realidade que não deve ser descorada. Quem não se adapta aos novos tempos fica para trás. A facilidade com que as novas tecnologias per-mitem, hoje em dia, de organizar um simples meio de comunicação dá aso a novas formas de conheci-mento e novas ideologias que, de outro modo, nun-ca seriam conhecidas. Nes-te sentido, é perfeitamente normal que cada vez mais associações, instituições e publicações de carácter pessoal sejam publicadas em formato electrónico e posteriormente num futu-ro próximo, passem para outros formatos mais tra-dicionais.

EVOLUÇÃO

Faro 1540 assinala Zeitgeist Day e lança debate sobre este movimento

Na noite de 15 de Março de 2009 (Domingo), pou-cos dias depois da Assembleia-Geral Consti-tuinte da Faro 1540, esta associação realizou a sua

primeira actividade, fazendo questão em assi-nalar o Zeitgeist Day (Z Day) com a projecção do filme Zeitgeist Addendum (vencedor do prémio

2008 “Artivist Film Festi-val” atribuído por Holly-wood na categoria de melhor película) no salão nobre da Sociedade Recreativa Artística Farense (SRAF) e com a promoção de um partici-pativo debate sobre este movimento e o actual estado da economia mun-dial. É de destacar que esta iniciativa esteve inse-rida num conjunto de 350 actividades oficiais que decorreram um pouco por todo o mundo, tendo tido entrada livre.

Perante um salão nobre praticamente repleto (47

A R T I G O D E O P I N I Ã O

Nuno Antunes

Faro 1540 no Programa Televisivo “Nós Por Cá”

A Associação Faro 1540 foi convidada pela estação televisiva SIC para estar presente, no início do mês de Junho, numa entrevista ao programa “Nós Por Cá” a propósito do novo pavilhão Gimnodesportivo de Faro que, após mais de dois anos sobre a conclusão das obras, continua por abrir as portas ao público alegada-mente devido a um bloqueio legal entre a Câmara Municipal de Faro e o empreiteiro da obra.

A Faro 1540, representada pelo seu presidente e vice-presidente, alertou para a necessidade de resolver rapi-damente esta questão, em virtude da cidade de Faro e o seu concelho terem uma clara deficiência em equipa-mentos desportivos desta natureza. Esta situação impede que milhares de cidadãos farenses, aos quais se junta a comunidade estudantil da Universidade do Algarve, possam praticar desporto.

A entrevista está disponível para visualizações em:

http://www.faro1540.org

pessoas presentes) os par-ticipantes tiveram a opor-tunidade de visualizar o filme que teve a duração aproximada de 120 minu-tos e, posteriormente, envolverem-se num ani-mado período de debate onde puderam comentar os dados, os argumentos, as informações, o próprio filme e o projecto Zeit-geist.

A Faro 1540 agradece à SRAF pela cedência das suas instalações e à Câma-ra Municipal de Faro que nos apoiou com o empréstimo do equipa-mento audiovisual.

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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Triénio 2009 – 2012

Mesa da Assembleia-Geral Presidente: Fernando Leitão Correia

1º Secretário: Ana Correia 2º Secretário: Salvador Santos

Direcção

Presidente: Bruno de Azevedo Lage Vice-Presidente: Nuno Marques Antunes

Secretária-Geral: Idália Sebastião Tesoureiro: Luís da Palma Vaz

Vogal: Laura Lage

Conselho Fiscal Presidente: Adriano Cardoso Guerra Secretário: Carlos Viegas do Carmo

Relatora: Cátia Martins Azevedo

Desde a sua fundação, a Faro 1540, conta com vinte e quatro associados, onde onze são os associados funda-dores que estiveram presentes na assembleia-geral constituinte realizada a 12 de Março de 2009.

Sócios Fundadores

Bruno Lage, Nuno Antunes, Adriano Guerra, Fernando Leitão Correira, Luís Vaz, Idália Sebastião, Carlos do Carmo, Ana Correia, Laura Lage, Salvador Santos e Cátia Azevedo.

Associados em 2009

Tiago Conceição, Susana Pereira, Miguel Brito da Mana, Osvaldo Silva, Cristina Carvalheira, David Medeiros, Mónica Lemos, Susana Brissos da Silva, Isabel Narciso, Cristóvão Norte, António Palma, Miguel Reis Cunha e Carla Correia.

A Associação Faro 1540, no final do mês de Junho, foi convidada para integrar o Movimento de Defesa do Pontal (MDP), do qual faziam já parte a Almargem, APREC, LPN, Namb, Megasport, Moto Clube de Faro e

as forças políticas do Bloco de Esquerda – Núcleo de Faro e Juventude Social Democrata de Faro.

Nesse âmbito, esta associação fez-se representar pelo seu presidente numa reunião de trabalho que visava estabelecer metas e objectivos a levar a cabo por este movimento. Nessa reunião, o nosso presidente teve a oportunidade de defender para esta mata a criação de um Parque Ambiental onde a preservação, a protecção e a promoção da sua elevada riqueza ambiental e paisa-gística seja uma realidade efectiva e alertou para o cuida-do a ter na forma como as acções públicas de sensibili-zação e alerta para com esta causa fossem realizadas.

Recorde-se que o Pontal está compreendido entre o concelho de Faro (freguesia do Montenegro) e o conce-lho de Loulé (freguesia de Almancil), representando 10% da orla terrestre do Parque Natural da Ria Formosa (PNRF). Esta área, para além de ser uma importante área “tampão” da Ria Formosa, possui ela própria uma elevada riqueza ambiental albergando diversas espécies de características únicas a nível mundial, que são muito sensíveis e estão actualmente em risco de extinção.

O Pontal tem um enorme potencial turístico que se impõe aproveitar, não pela ordem do

betão que o ambiciona massificar.

De realçar que esta zona é muito procurada para a prá-tica desportiva e de lazer, como por exemplo para pas-seios pedestres, corrida, BTT, hipismo, entre outras, sendo considerada por muitos, como o Grande Pulmão Verde de Faro.

Por outro lado, o Pontal tem um enorme potencial turístico que se impõe aproveitar, não pela ordem do betão que o ambiciona massificar e depreciar a sua riqueza natural, mas através de um conjunto de iniciati-vas que visem o turismo de natureza, cultural e ambien-talmente responsável, e maximizem a sua utilidade para os farenses sem empenhar a sua vitalidade e sustentabili-dade geracional.

Contudo, a falta de gestão e de uma política de preser-vação objectiva e bem estruturada, provocou a deterio-ração desta área de elevado valor para a conservação da natureza que emerge, paralelamente, como um insubsti-tuível pólo de lazer, saúde e desporto, símbolo da adop-ção de um estilo de vida sadio da população farense e da comunidade universitária do Campus de Gambelas.

Neste sentido, a Associação Faro 1540, considera essencial e prioritário para a qualidade de vida dos farenses e para a qualidade ambiental do concelho de Faro a correcta gestão desta zona.

O R G A N I Z A Ç Ã O

Órgãos Sociais da Faro 1540

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Quadro Social da Faro 1540

Faro 1540 aderiu ao Movimento de Defesa do

Pontal (MDP)

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A Associação FARO 1540 levou a efeito nas primeiras três terças-feiras do mês de Setembro, na esplanada da Sociedade Recreativa “Os Artistas”, com o apoio desta Sociedade e da Câmara Municipal de Faro, um ciclo audiovisual, de entrada livre, com a exibição das pelícu-las:

HOME – Nosso Planeta, Nossa Casa Zeitgeist the Movie Zeitgeist Addendum

O filme HOME descreveu a exploração desenfreada que o Homem tem feito na gestão dos recursos do nosso Planeta, sobretudo nos últimos 50 anos e, posterior-mente, prevê os cenários a curto/médio prazo se nada for feito para inverter esta tendência. Para além disso dá exemplos da tecnologia que se encontra já disponível ao serviço da sociedade para inverter essa situação.

Os filmes/documentários Zeitgeist explicam e demons-tram a falência e a ruptura do actual modelo económi-co/financeiro que “gere” o mundo. Para além disso apresentam provas de como os grandes grupos econó-micos e financeiros actuam a nível mundial para exercer directa ou indirectamente a sua influência em governos e economias mais fracas, contribuindo assim para o colapso da economia mundial e para o surgimento da inevitável crise financeira que agora atravessamos.

Como forma de combater este cenário de recessão mundial, o projecto Zeitgeist apresenta um modelo alternativo ao actual modelo económico/financeiro e explica como este funciona e pode ser implementado.

É de referir que estes dois últimos filmes foram vence-dores, respectivamente, do prémio 2007 e 2008 do “Artivist Film Festival” atribuído por Hollywood na cate-goria de melhor película.

Decorreu a 7 de Novembro, no restaurante “Sabores Alentejanos” o 1º Jantar Conferência da associação Faro 1540 subordinado ao tema “Geologia e Espeleologia no Algarve”, tendo ainda sido assinado um protocolo de colaboração entre a Faro 1540 e a associação Geonauta, perante a presença do presidente da Direcção Nacional da Geonauta, Hugo Mestre. Esta actividade contou com uma excelente participação, totalizando-se vinte e seis convidados, todos eles associados da Faro 1540 ou da Geonauta.

Como oradores tivemos a geóloga Cristina Grilo que fez uma dissertação de enquadramento sobre a geologia algarvia explicando também como se procedeu à forma-ção das grutas, e os Geonautas Luís João (presidente da delegação da Geonauta Quarteira) e Ricardo Gamito (presidente da delegação da Geonauta de Tavira). Este último fez a apresentação da Geonauta e efectuou um resumo das suas actividades enquanto espeleólogos, tendo tempo para lançar o alerta sobre o vasto e rico

1º Jantar Conferência

contou com 26 convidados

A C T I V I D A D E S

1º Ciclo de Cinema

da Faro 1540

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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património geológico e arqueológico existente no sub-solo algarvio e que actualmente se encontra esquecido e entregue ao abandono.

Luís João referiu-se à associação Geonauta como uma colectividade que com os seus magros meios e estóica vontade (e sacrifício), tem efectuado um reconhecido esforço para mostrar e proteger um Algarve desconhe-cido: submerso, geológico e, principalmente, subterrâ-neo. Lembrou que a nossa região é detentora de uma geomorfologia única e que a grande maioria dos algar-vios desconhece que existe um outro Algarve à espera de ser descoberto, constituído por formações geológi-cas de incomparável beleza, fauna e flora únicas e … grutas.

Este dirigente associativo revelou que, em toda a sua extensão, o barrocal algarvio alberga centenas de cavi-dades naturais repletas de espólio paisagístico, arqueoló-gico, biológico e ambiental. Infelizmente, este espólio encontra-se a saque e, ao actual ritmo de destruição, as gerações vindouras não terão acesso a esta riqueza, porque simplesmente já não existirá!

Começando pela delapidação do património geológico subterrâneo por grupos, instituições e indivíduos inconscientes (?) das suas acções, alguns motivados por ganância sem escrúpulos, que vandalizam irrecuperavel-mente o interior de cavidades, passando pelos pseudo-estudos que são frequentemente levados a cabo (alguns a decorrer neste momento) cuja única função parece ser a de encontrar peças para decorar o móvel lá de casa, terminando em instituições públicas que permitem a poluição dos aquíferos subterrâneos e impermeabili-zam zonas de infiltração máxima, o Algarve subterrâneo, já muito debilitado, caminha a passos largos para o seu desaparecimento. Como está debaixo do chão… olhos que não vêem, coração que não sente!

Luís João terminou a sua explanação dizendo que a asso-

ciação Geonauta continuará a lutar pela defesa e con-servação deste e outros patrimónios e considera ter encontrado na Faro 1540 companhia para uma batalha que já é longa e sem fim à vista, lutando para a preser-vação de tesouros patrimoniais, para nosso benefício e de gerações futuras.

Seguidamente procedeu-se à assinatura do protocolo entre as duas associações e, após a assinatura do mes-mo, o presidente da Direcção da Faro 1540 teve a oportunidade de referir-se à semelhança dos objectivos das duas organizações, no que respeita à defesa e pro-moção do património ambiental e arqueológico, e dis-ponibilizou-se em nome da Faro 1540 a ajudar a Geo-nauta na sensibilização da sociedade civil e das autorida-des competentes para a necessidade de preservar de forma efectiva um património histórico e natural que actualmente se encontra desprovido de cuidados e atenção.

A C T I V I D A D E S

O barrocal algarvio alberga centenas de cavidades naturais, repletas de

espólio paisagístico, arqueológico, bio-lógico e ambiental. Infelizmente, este

espólio encontra-se a saque e, ao actual ritmo de destruição, as gera-ções vindouras não terão acesso a

esta riqueza, porque simplesmente já não existirá!

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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A Faro 1540 realizou no dia 19 de Dezembro o seu Jantar de Natal, no Restaurante Casa Algarvia. Este jan-tar contou com uma palestra sobre “A origem do Natal”, proferida pelo nosso associado e investigador em história, Carlos Miguel do Carmo.

No início do jantar decorreu a Assembleia-Geral Ordi-nária da associação, referente à discussão do Plano de Actividades e Orçamento para 2010.

Antes disso, o presidente da Direcção fez o resumo da actividade da associação no ano 2009 e frisou os objecti-vos e metas que se ambicionavam alcançar até ao térmi-no do ano.

Seguidamente, após a apresentação junto dos presentes dos documentos sujeitos a discussão, o nosso presiden-te explicou detalhadamente as actividades que a Direc-

ção se propõe a executar em 2010, acompanhadas do seu orçamento. Após a intervenção de alguns associa-dos e ouvido o presidente do Conselho Fiscal, o Plano de Actividades e Orçamento foi aprovado por unanimi-dade.

No final do repasto, Carlos Miguel do Carmo partilhou com os presentes alguns dos seus conhecimentos sobre a Origem do Natal.

Carlos Miguel referiu-se primeiramente à origem do termo, que deriva do latim ‘natális’, proveniente do ver-bo ‘nascor, nascéris, natus sum, nasci’, significando nas-cer, ser posto no mundo.

Como adjectivo, esta palavra significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de Dezembro desde o Século IV pela Igreja oci-dental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus e assim é o seu significado nas lín-guas românicas – italiano ‘natale’, francês ‘noël’, catalão ‘nadal’, espanhol ‘natal’( navidad de J.C), português ‘natal’.

Em inglês, a palavra que designa o Natal – ‘Christmas’ – provém das palavras latinas ‘Cristes maesse’, significan-do em inglês ‘Christ’s Mass”, missa de Cristo.

De ‘natális’ deriva também “natureza”, o somatório das forças activas em todo o universo.

Quanto aos aspectos históricos propriamente ditos, Carlos Miguel salientou que no ano 245 D.C., o teólogo Orígenes repudiava a ideia de se festejar o nascimento de Jesus “como se fosse um Faraó”. Há inúmeros teste-munhos de como os primeiros cristãos valorizavam cada momento da vida de Jesus Cristo, especialmente sua Paixão e Morte na Cruz. No entanto, não era cos-tume na época comemorar o aniversário e portanto não sabiam em que dia havia nascido o seu Senhor. Os primeiros testemunhos indicam datas muito variadas, e o primeiro testemunho directo que afirma que Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro é de Sexto Júlio Africano, no ano 221.

De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 D.C.. Na parte Orien-tal do Império Romano, comemorava-se em 7 de Janei-ro o seu nascimento, ocasião do seu baptismo, em vir-tude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adoptar o dia 25 de Dezembro para o Natal e o dia 6 de Janeiro para Epifania (que significa “manifestação”). Nesse dia come-mora-se a visita dos Reis Magos.

Jantar de Natal

e Assembleia-Geral

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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Segundo diversos estudos, a data de 25 de Dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja enten-deu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno, daí ter escolhido esta data.

Segundo diversos estudos, a data de 25 de Dezembro não é a data real do nas-

cimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades

pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno, daí

ter escolhido esta data.

Portanto, segundo certos eruditos, o dia 25 de Dezem-bro foi adoptado para que a data coincidisse com a festi-vidade romana dedicada ao “nascimento do deus sol invencível”, que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de Dezem-bro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de Dezembro era tido também como o do nasci-mento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude.

Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes um novo significado e uma linguagem cristã. As alu-sões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como “o sol de justiça” (Malaquias 4:2) e a “luz do mun-do” (João 8:12) revelam a fé da Igreja n’Aquele que é Deus feito homem para nossa salvação.

As evidências confirmam que, num esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adoptaram a festa que era

celebrada pelos romanos, o “nascimento do deus sol invencível” (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”.

Do ponto de vista Bíblico, Carlos Miguel referiu que a Bíblia menciona que os pastores estavam nos campos a cuidar de algumas ovelhas na noite em que Jesus nas-ceu. O mês judaico de Kislev, correspondente aproxi-madamente à segunda metade de Novembro e primeira metade de Dezembro no calendário gregoriano era um mês frio e chuvoso. O mês seguinte é Tevet, onde ocorrem as temperaturas mais baixas do ano, com nevões ocasionais nos planaltos. Isto é confirmado pelos profetas Esdras e Jeremias, que afirmavam não ser possível ficar de pé do lado de fora devido ao frio.

Entretanto, o evangelista Lucas afirmava que havia pas-tores a viver ao ar livre e mantendo vigias sobre os rebanhos à noite perto do local onde Jesus nasceu. Como estes factos seriam muito pouco prováveis para um período em que seria impossível ficar de pé ao relento em função do frio, logo Jesus não poderia ter nascido no dia em que o Natal é celebrado, mas sim na Primavera, ou no Verão. Por isso, a maioria dos estu-diosos considera que Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro, a menos que a passagem que narra o nasci-mento de Jesus tenha sido escrita em linguagem alegóri-ca. Diga-se de passagem que visto que Jesus viveu trinta e três anos e meio e morreu entre 22 de Março e 25 de Abril, ele não poderia realmente ter nascido em 25 de Dezembro.

Assim, em vez de proibir as festivida-des pagãs, forneceu-lhes um novo sig-

nificado e uma linguagem cristã.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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CAPITULO I

Generalidades

Artigo 1º

Denominação

1 – A Associação de defesa e promoção do património ambiental e cultural de Faro – FARO 1540, adiante designada por associação FARO 1540, tem a sua sede em Faro, não tem fins lucrativos e durará por tempo indeterminado.

2 – A actividade da associação FARO 1540 rege-se pela lei, pelos seus Estatutos e pelo presente Regulamento Interno.

Artigo 2º

Fins e Objectivos

Os objectivos da associação FARO 1540, consistem em:

a) Contribuir para a promoção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico do município de Faro, podendo abranger também a região do Algarve;

b) Elaborar estudos, investigações e emitir pareceres nas várias áreas de interesse ambiental, cultural e sócio-económico;

c) Promover iniciativas que visem a divulgação, o debate e a promoção de várias temáticas ambientais e culturais, incre-mentando o interesse dos cidadãos por estas mesmas temáti-cas;

d) Colaborar com as instituições locais, regionais e nacionais em todas as actividades e decisões que, no respeito pelo ambiente, pela cidadania e pela cultura, contribuam para a efectiva melhoria da qualidade de vida das populações;

e) Promover a defesa e o aprofundamento dos direitos indivi-duais e colectivos dos cidadãos como instrumento de reforço de solidariedade social;

f) Defender e promover a língua e a cultura portuguesa.

Artigo 3º

1 – Para a prossecução dos seus objectivos a associação FARO 1540 pode:

a) Organizar reuniões, debates, colóquios, visitas técnicas e outras actividades similares;

b) Promover a realização de cursos e acções de formação;

c) Promover acções de informação e esclarecimento sobre temas relacionados com os seus objectivos;

d) Organizar campanhas de sensibilização, desenvolver pro-jectos editoriais e divulgar trabalhos seus ou dos seus asso-ciados;

e) Fomentar o convívio, a cooperação e a solidariedade entre os seus associados;

f) Estabelecer relações e cooperar com entidades que enten-da por conveniente;

g) Elaborar estudos, assumir posições públicas e emitir pare-ceres sobre temas relacionados com os seus objectivos;

h) Desenvolver quaisquer outras actividades que a Direcção considere relacionadas com os seus objectivos desde que não colidam com os princípios da associação.

2 – Para o exercício dessas atribuições, a Direcção poderá constituir grupos de trabalho com carácter temporário, designando o respectivo presidente e vogais.

Artigo 4º

Financiamento

São receitas próprias da associação FARO 1540:

a) a jóia inicial paga pelos sócios;

b) o produto das quotizações fixadas pela Assembleia-Geral;

c) os rendimentos dos bens próprios da associação e as receitas das actividades sociais;

d) as liberalidades aceites pela associação;

e) os subsídios que lhes sejam atribuídos.

CAPITULO II - Dos Sócios

Artigo 5º

Categorias de Sócios

1 – A associação FARO 1540 tem as seguintes categorias de associados:

a) Efectivos;

b) Fundadores;

c) Honorários;

d) Beneméritos.

R E G U L A M E N T O I N T E R N O Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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2 – Podem ser associados efectivos, todos os cidadãos maio-res de idade, de carácter ilibado e de boa reputação social e profissional, devendo ser propostos à Direcção por um asso-ciado no pleno gozo dos seus direitos.

3 – São sócios fundadores todos aqueles que participaram na Assembleia-Geral Constituinte da associação FARO 1540, que se realizou a 12 de Março de 2009.

4 – Podem ser associados honorários as pessoas individuais ou colectivas que tenham executado acções ou actividades de relevância em prol dos objectivos prosseguidos pela associa-ção FARO 1540, devendo ser propostos por 5% dos associa-dos até um máximo de 15 subscrições.

5 – Serão associados beneméritos os indivíduos ou entidades, públicas ou privadas, que pela concessão de serviços, donati-vos ou outras formas de financiamento de expressiva relevân-cia, tenham contribuído para o acervo patrimonial da associa-ção ou para os seus objectivos, devendo ser propostos por 5% dos associados até um máximo de 15 subscrições.

Artigo 6º

1 – Compete à Direcção, a decisão sobre a admissão de asso-ciados efectivos, devendo ser aprovados em reunião de Direcção, sem votos contra.

2 – Compete à Assembleia-Geral, a admissão de sócios honorários e beneméritos.

Artigo 7º

Direitos dos Sócios

São direitos do associado:

a) Ser informado e participar nas Actividades e Assembleias-Gerais da associação;

b) Votar e ser eleito para os órgãos sociais nos termos pre-vistos nos Estatutos e presente Regulamento Interno e desde que tenham já completado seis meses de associado;

c) Pedir a desvinculação de sócio;

d) Pedir a demissão das funções para as quais tenha sido elei-to ou nomeado;

e) Usufruir de quaisquer benefícios que venham a ser conce-didos pela associação.

Artigo 8º

Deveres dos Sócios

1 – Constituem deveres do associado:

a) Contribuir para a realização dos objectivos estatutários e regulamentares;

b) Pagar uma jóia de admissão e as quotas periódicas;

c) Participar com assiduidade nas Actividades e nas Assem-bleias-Gerais da associação;

d) Desempenhar as funções para as quais tenha sido eleito ou nomeado, sem prejuízo do disposto na alínea d) do artigo 7º;

e) Honrar, com a sua conduta e empenho, os objectivos da associação FARO 1540.

2 – São excluídos do âmbito da alínea b) do número anterior os associados honorários e beneméritos.

Artigo 9º

São suspensos do gozo dos seus direitos, à excepção dos previstos na alínea c) e d) do artigo 7º, os membros que fal-tem ao pagamento das quotas durante mais de dois anos.

Artigo 10º

1 – Perdem a qualidade de membros da associação FARO 1540 os associados que:

a) Solicitem a sua desvinculação, mediante comunicação por escrito, dirigida à Direcção;

b) Deixem atrasar mais de três anos o pagamento das quo-tas;

c) Deixem de cumprir as obrigações estatutárias e regula-mentares ou atentem contra os interesses, o prestígio e o bom nome da associação.

2 – A exclusão nos termos da alínea c) do número anterior será sempre decidida em Assembleia-Geral, com a indicação do assunto na ordem de trabalhos.

Artigo 11º

1 – Os membros que hajam sido desvinculados da associação FARO 1540, nos termos das alíneas a) e b) do número um do artigo anterior e nela desejem reingressar, ficarão sujeitos às mesmas condições que os novos candidatos, salvo caso de força maior, devidamente justificado e reconhecido como tal pela Direcção.

2 – A readmissão de membros excluídos da associação FARO 1540, nos termos da alínea c) do número um do arti-go 10º, será sempre decidida em Assembleia-Geral, com indi-cação do assunto na ordem de trabalhos.

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CAPITULO III - Dos Órgãos

Artigo 12º

Órgãos Sociais

São Órgãos Sociais da associação FARO 1540:

a) a Assembleia-Geral;

b) a Mesa da Assembleia-Geral;

c) a Direcção;

d) o Conselho Fiscal

Artigo 13º

Assembleia-Geral

1 – A Assembleia-Geral é constituída por todos os associados no pleno gozo dos seus direitos.

2 – Consideram-se no pleno gozo dos seus direitos estatutá-rios, os associados que reúnam todas as condições previstas nos Estatutos e no Regulamento Interno.

3 – A Assembleia-Geral é soberana e as deliberações tomadas serão exaradas em livro de actas próprio, só se tornando executórias após a sua aprovação.

4 – A Assembleia-Geral pode conceder à Mesa poderes para a aprovação das actas, as quais serão ratificadas na reunião seguinte.

5 – A Assembleia-Geral não pode deliberar, em primeira con-vocatória, sem a presença de pelo menos, metade, dos seus associados. Poderá deliberar em segunda convocatória, no mesmo local, trinta minutos depois com qualquer número de associados.

Artigo 14º

1 – Para além das competências que legalmente são definidas à Assembleia-Geral compete ainda:

a) Eleger os Órgãos Sociais da associação FARO 1540;

b) Decidir sobre as alterações ao Regulamento Interno;

c) Discutir os actos da Direcção, deliberando sobre eles;

d) Apreciar o relatório de contas relativo ao ano findo;

e) Aprovar o orçamento e o plano de actividades para o novo ano;

f) Decidir a dissolução da associação FARO 1540.

2 – Para os termos do previsto nas alíneas b) e f) do número anterior, a Assembleia-Geral terá que ser expressamente convocada para o efeito sendo a deliberação tomada com o voto favorável de, pelo menos, três quartos (3/4) dos asso-ciados presentes.

Artigo 15º

1 – A Assembleia-Geral reúne no mês de Dezembro, de três em três anos, para exercer as atribuições previstas na alínea a) do número um do artigo 14º.

2 – A Assembleia-Geral reúne ordinariamente até 31 de Mar-ço de cada ano para exercer as atribuições previstas na alínea d) do número um do artigo 14º.

3 – A Assembleia-Geral reúne ordinariamente até 15 de Dezembro de cada ano para exercer as atribuições previstas na alínea e) do número um do artigo 14º.

4 – A Assembleia-Geral reúne extraordinariamente, sempre que o respectivo presidente a convoque, seja por deliberação da própria mesa, por solicitação da Direcção ou Conselho Fiscal, ou ainda, a requerimento escrito de, pelo menos, vinte porcento (20%) dos associados, no pleno gozo dos seus direitos.

§ único – No caso da existência de requerimento escrito conforme o mencionado no número três do presente artigo, a Assembleia-Geral deverá reunir-se no prazo máximo de trinta dias.

Artigo 16º

1 – As deliberações da Assembleia-Geral são tomadas por maioria simples de votos dos associados presentes, salvo nos casos em que a lei, os Estatutos, ou o presente Regulamento Interno disponham o contrário.

2 – Cada associado efectivo com menos de cinco anos de inscrição na associação dispõe de um voto.

3 – Cada associado efectivo com cinco ou mais anos de ins-crição na associação dispõe de dois votos.

4 – Cada associado fundador dispõe de três votos.

5 – As restantes categorias de associados, apesar de pode-rem assistir às Assembleias-Gerais, não têm direito a voto.

Artigo 17º

1 – A Mesa da Assembleia-Geral tem a responsabilidade de dirigir as reuniões da Assembleia-Geral e é constituída por um presidente e dois secretários.

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2 – Na falta ou impedimento de qualquer dos membros da Mesa da Assembleia-Geral, competirá a esta eleger os respec-tivos substitutos de entre os associados presentes os quais cessarão as suas funções no termo da reunião.

Artigo 18º

É da competência do Presidente da Mesa:

a) Convocar a Assembleia-Geral nos termos estabelecidos pelos Estatutos e Regulamento Interno;

b) Dirigir os trabalhos da Assembleia;

c) Conferir posse aos associados que sejam eleitos para os vários cargos sociais;

d) Assinar e rubricar as actas das reuniões;

e) Divulgar os resultados oficiais das eleições;

f) Saber esclarecer todas as dúvidas que possam surgir na interpretação dos Estatutos e Regulamento Interno.

Artigo 19º

É da competência dos Secretários:

a) Substituir o Presidente da Mesa, no caso de impedimento, ausência ou falta;

b) Auxiliar o Presidente da Mesa nos trabalhos da assembleia;

c) Assumir as funções de presidente no caso de demissão ou exoneração do titular do cargo;

d) Lavrar as actas das assembleias, assinando-as e rubricando-as juntamente com o presidente.

Artigo 20º

As Assembleias-Gerais deverão ser convocadas, pelo menos, com quinze dias de antecedência, devendo a sua convocatória ser publicitada na página electrónica da associação e ser dada a conhecer a todos os associados no pleno gozo dos seus direitos.

Artigo 21º

Direcção

1 – A Direcção, eleita em Assembleia-Geral, é composta por cinco membros dos quais um presidente, um vice-presidente, um secretário-geral, um tesoureiro e um vogal.

2 – À Direcção, para além das competências previstas nos Estatutos, cabe executar as decisões da Assembleia-Geral,

assegurar a gestão e a administração da associação de forma a que esta mantenha absoluta regularidade funcional em todos os seus sectores;

3 – O Presidente da Direcção é, para todos os efeitos, o representante legal da associação.

4 – Para obrigar a Associação são necessárias as assinaturas de dois membros da Direcção, nomeadamente o Presidente e o Tesoureiro.

5 – A Direcção reúne com a periodicidade mínima mensal, quando e onde o entender conveniente, sendo necessária a presença de mais de metade dos seus membros para poder deliberar.

6 – As deliberações são tomadas por maioria simples de membros presentes, cabendo ao Presidente voto de qualida-de em caso de empate.

7 – Os membros da Direcção não podem abster-se de votar nas reuniões em que estejam presentes, sendo responsáveis pelos efeitos das deliberações tomadas, excepto quando tenham manifestado a sua discordância.

8 – Poderão assistir às reuniões da Direcção, na qualidade de observadores sem direito a voto, as pessoas que a mesma entenda por conveniente.

Artigo 22º

1 – É da competência do presidente da Direcção, convocar, dirigir, coordenar e presidir às reuniões e actividades da associação, bem como desempenhar as outras obrigações ordinariamente atribuídas ao seu cargo.

2 – É da competência do vice-presidente participar nas reu-niões e actividades da associação e da Direcção, auxiliar o presidente nas suas funções e substituir o presidente nas suas faltas ou impedimentos.

3 – É da competência do secretário-geral participar nas reu-niões e actividades da associação e da Direcção, lavrar as actas das reuniões e relatórios das actividades, bem como secretariar e auxiliar o presidente nas reuniões e actividades da associação.

4 – É da competência do Tesoureiro, participar nas reuniões e actividades da associação e da Direcção e ter a custódia de todos os fundos, prestando contas dos mesmos anualmente à associação e em qualquer outra ocasião em que a Direcção ou Assembleia Geral ou Conselho Fiscal o exigir.

5 – É da competência do vogal participar nas reuniões e acti-vidades da associação e da Direcção, bem como desempe-nhar as obrigações atribuídas ao seu cargo.

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Artigo 23º

Conselho Fiscal

1 – Ao Conselho Fiscal, para além das suas funções previstas nos Estatutos, cabe fiscalizar e auditar as contas, a actividade e o património da associação FARO 1540, emitindo todos os anos, até ao mês de Março, um parecer sobre as contas e actividades da Direcção, levadas a cabo no ano transacto.

2 – O parecer do Conselho Fiscal deverá ser remetido à Direcção e Mesa da Assembleia-Geral, devendo ser apreciado na Assembleia-Geral Ordinária a realizar até 31 de Março.

3 – O Conselho Fiscal é constituído por três membros dos quais um presidente, um secretário e um relator.

4 – Este órgão só poderá deliberar com a presença de mais de metade dos seus membros.

5 – Este órgão pode assistir por um dos seus membros às reuniões da Direcção sempre que considerar conveniente.

6 – Este órgão pode solicitar a convocação de uma Assem-bleia-Geral sempre que o julgue necessário.

Artigo 24º

1 – É da competência do Presidente do Conselho Fiscal, con-vocar, dirigir, coordenar e presidir às reuniões do órgão a que preside, bem como desempenhar as outras obrigações ordinariamente atribuídas ao seu cargo.

2 – É da competência do Relator participar nas reuniões do conselho fiscal e redigir os pareceres deste órgão bem como os demais documentos e consultas que do mesmo emanem.

3 – É da competência do Secretário participar e lavrar as actas das reuniões do conselho fiscal, assinando e rubricando juntamente com o presidente e relator os documentos emiti-dos por este órgão.

CAPITULO IV

Processo Eleitoral

Artigo 25º

1 – A eleição da Mesa da Assembleia-Geral, da Direcção e Conselho Fiscal é feita em Assembleia-Geral Eleitoral, de acordo com o estipulado no número um do artigo 15º.

2 – Exceptua-se a eleição prevista no caso de ficarem vagos, simultaneamente ou sucessivamente, mais de dois quintos (2/5) dos cargos de um mesmo órgão, que terá lugar em Assembleia-Geral ordinária ou extraordinária a realizar até aos 90 dias seguintes à ocorrência da vacatura que lhe deu origem.

Artigo 26º

1 – A eleição é feita por escrutínio secreto, directo e univer-sal.

2 – A eleição é feita por votação de listas específicas para cada um dos órgãos.

3 – Para a Mesa da Assembleia-Geral, Direcção e Conselho Fiscal consideram-se eleitos os candidatos das listas mais votadas.

Artigo 27º

1 – São eleitores todos os associados efectivos e fundadores, que não se encontrem suspensos à data do acto eleitoral.

2 – Os associados efectivos com menos de cinco anos de inscrição na associação têm direito a um voto.

3 – Os associados efectivos com cinco ou mais anos de ins-crição na associação têm direito a dois votos.

4 – Os associados fundadores têm direito a três votos.

Artigo 28º

1 – A convocação da Assembleia-Geral referida no número um do artigo 25º será anunciada na página electrónica da associação e ser dada a conhecer a todos os associados, com um mínimo de 15 dias de antecedência.

2 – As convocatórias indicarão o dia, as horas de abertura e de encerramento da votação e o local de realização da Assembleia-Geral.

3 – O período de votação deverá ter no mínimo 120 minutos de duração.

Artigo 29º

1 – Só os associados efectivos e os associados fundadores são elegíveis para a Mesa da Assembleia-Geral, Direcção e Conselho Fiscal.

2 – Não são elegíveis os associados que se encontrem sus-pensos do gozo dos seus direitos à data limite para apresen-tação das listas de candidaturas.

3 – A Direcção deverá entregar à Mesa da Assembleia-Geral uma lista dos associados elegíveis nos termos do número dois do presente artigo, no prazo máximo 24 horas após a data limite para a apresentação das listas.

Artigo 30º

Compete à Mesa da Assembleia-Geral verificar a ocorrência de quaisquer situações de inelegibilidade.

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Artigo 31º

A abertura do processo eleitoral terá lugar 30 dias antes do dia da eleição e será feita através de comunicação da Mesa da Assembleia-Geral.

Artigo 32º

1 – A apresentação das candidaturas consistirá na entrega à Mesa da Assembleia-Geral das listas contendo a designação dos associados a eleger e indicação dos respectivos cargos, acompanhadas de termos individuais ou colectivos de aceita-ção das candidaturas.

2 – Nas listas os candidatos serão identificados pelo nome e número de associado.

3 – As listas para a Direcção serão acompanhadas por um programa de candidatura.

4 – A apresentação das listas de candidatura deverá ser feita até 5 dias antes do dia da eleição.

5 – A Mesa da Assembleia-Geral tem um prazo de 48 horas para apreciar as situações de inelegibilidade.

6 – Caso a Mesa da Assembleia-Geral verifique a inelegibilida-de de alguns dos candidatos deverá notificar os elementos da lista em causa para procederem à respectiva correcção ou substituição no prazo de 24 horas.

7 – A falta da correcção ou substituição prevista no número seis do presente artigo implicará a exclusão da lista pela Mesa da Assembleia-Geral.

Artigo 33º

1 – Os boletins de voto terão todos as mesmas dimensões e serão reproduzidos com apresentação idêntica em papel da mesma qualidade, mas com cores distintas, para os diferentes órgãos.

Artigo 34º

No acto eleitoral os votantes deverão identificar-se perante a Mesa da Assembleia-Geral com um documento válido de identificação.

Artigo 35º

No acto eleitoral os boletins de voto serão dobrados em qua-tro e introduzidos na urna, após descarga no caderno eleito-ral.

Artigo 36º

1 – A Mesa da Assembleia-Geral deverá facultar a cada lista de candidatos a possibilidade de nomear um representante

para fiscalizar as operações de votação e escrutínio.

2 – O apuramento dos resultados da eleição será feito pela Mesa da Assembleia-Geral imediatamente a seguir ao encer-ramento da votação.

3 – Os resultados da eleição serão afixados e divulgados ime-diatamente a seguir ao escrutínio e constarão da acta da res-pectiva Assembleia-Geral.

Artigo 37º

Pode ser interposto recurso para o Presidente da Mesa da Assembleia-Geral com fundamento em irregularidades verifi-cadas no processo eleitoral, e até 48 horas após o encerra-mento da Assembleia-Geral Eleitoral.

Artigo 38º

1 – A posse dos membros eleitos terá lugar perante a Mesa da Assembleia-Geral, no mês de Janeiro.

2 – Até à posse dos novos órgãos sociais, manter-se-ão em funções os membros cessantes.

Artigo 39º

O mandato dos membros eleitos é de três anos.

Artigo 40º

Cada membro não poderá ser eleito para o mesmo órgão por mais de três mandatos consecutivos.

CAPITULO V

Disposições Finais

Artigo 41º

Nenhuma emenda, alteração ou aditamento poderá ser feita a este Regulamento Interno se não estiver em concordância com os Estatutos da associação FARO 1540.

Artigo 42º

Todos os casos omissos neste Regulamento Interno reger-se-ão pelo estipulado nos Estatutos e lei geral.

Artigo 43º

Este Regulamento Interno depois de aprovado em Assem-bleia-Geral, entra imediatamente em vigor.

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