23
Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD - 1 - Índice Adopção de manuais escolares para 2009/10 ........................................... 2 Projecto de programas de Português em discussão pública até 22 de Fevereiro ............................................................................................................. 2 Avaliação internacional das reformas do 1.º ciclo elogia as melhorias introduzidas entre 2005 e 2008. ................................................................... 6 Novas Oportunidades ....................................................................................... 8 Magalhães chega às crianças do ensino privado ....................................... 9 Educação Especial ........................................................................................... 10 Centros de formação de associação de escolas com actividade regulamentada................................................................................................. 12 Manuais escolares em avaliação ascendem a 118.................................. 13 Programa de Espanhol está em consulta pública .................................... 13 Bibliotecas em todas as escolas básicas ................................................... 14 Certificar 90 por cento dos professores em Competências TIC até 2010 ................................................................................................................... 14 Perfil dos alunos à entrada do ensino secundário................................... 16 Guia da avaliação de desempenho docente ............................................. 17 Formação em ensino experimental das ciências para professores do 1.º ciclo ............................................................................................................. 18 Decretos regulamentares.............................................................................. 18 Publicações GEPE ............................................................................................ 19 Educação em Números .................................................................................. 20 Ensino profissional celebra 20 anos com forte crescimento de alunos e cursos ............................................................................................................. 20

Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 1 -

Índice

� Adopção de manuais escolares para 2009/10 ........................................... 2

� Projecto de programas de Português em discussão pública até 22 de Fevereiro ............................................................................................................. 2

� Avaliação internacional das reformas do 1.º ciclo elogia as melhorias introduzidas entre 2005 e 2008.................................................................... 6

� Novas Oportunidades....................................................................................... 8

� Magalhães chega às crianças do ensino privado....................................... 9

� Educação Especial........................................................................................... 10

� Centros de formação de associação de escolas com actividade regulamentada................................................................................................. 12

� Manuais escolares em avaliação ascendem a 118.................................. 13

� Programa de Espanhol está em consulta pública.................................... 13

� Bibliotecas em todas as escolas básicas ................................................... 14

� Certificar 90 por cento dos professores em Competências TIC até 2010 ................................................................................................................... 14

� Perfil dos alunos à entrada do ensino secundário................................... 16

� Guia da avaliação de desempenho docente ............................................. 17

� Formação em ensino experimental das ciências para professores do 1.º ciclo ............................................................................................................. 18

� Decretos regulamentares.............................................................................. 18

� Publicações GEPE ............................................................................................ 19

� Educação em Números .................................................................................. 20

� Ensino profissional celebra 20 anos com forte crescimento de alunos e cursos ............................................................................................................. 20

Page 2: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 2 -

Adopção de manuais escolares para 2009/10

No 12.º ano, serão adoptados manuais em todas as disciplinas dos cursos científico-humanísticos, com excepção de Português, Matemática A, Matemática B e Matemática Aplicada às Ciências Sociais. Também existirão novas adopções nos 2.º, 6.º e 8.º anos em Educação Moral e Religiosa Católica. O prazo de adopção de manuais escolares para as disciplinas e os anos de escolaridade referidos decorre de 04 a 29 de Maio de 2009. A vigência da adopção de manuais escolares para o próximo ano lectivo deverá ser estabelecida a partir do novo enquadramento legal, que integra as normas necessárias para o período de transição. Mais informações 1 – Dossier Manuais Escolares em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/manuaisescolares/Paginas/default.aspx e http://www.min-edu.pt/np3/90. 2 – Legislação em http://www.min-edu.pt/np3/152. (27 de Janeiro de 2009)

Projecto de programas de Português em discussão pública até 22 de Fevereiro

O projecto de Programas de Língua Portuguesa para o Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos) foi colocado em consulta pública pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) – ver http://sitio.dgidc.min-edu.pt/linguaportuguesa/Documents/Programas_LPEB.pdf. Os pareceres deverão ser enviados para [email protected], até ao dia 22 de Fevereiro de 2009. A equipa de autores foi coordenada por Carlos Reis (ver currículos infra). Os pareceres resultantes da consulta pública serão analisados e entregues aos autores, para integração das correcções tidas por consensuais. Informação de apoio

Page 3: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 3 -

A revisão dos programas de Língua Portuguesa para o Ensino Básico surge integrada num conjunto de medidas tomadas para qualificar o ensino do Português (ver dossier Língua Portuguesa em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/linguaportuguesa/Paginas/default.aspx). Uma das mais mediáticas foi a Conferência Internacional sobre o Ensino do Português, que reuniu em Lisboa mais de 500 docentes e especialistas, em Maio de 2007 (ver http://www.dgidc.min-edu.pt/conferenciaportugues/home.htm). As suas conclusões serviram de ponto de partida para uma discussão alargada em torno do ensino da língua e para delinear as linhas orientadoras da revisão que se pretendia encetar. A DGIDC convidou o comissário desta conferência, Carlos Reis, para constituir e coordenar a equipa que procedeu à revisão dos programas de Língua Portuguesa do ensino Básico. Foram também convidados vários consultores, entre os quais estão especialistas das várias áreas do ensino superior e docentes de Língua Portuguesa: Ana Cristina Macário Lopes, Helena Buescu, Inês Duarte, Inês Sim-Sim, Isabel Alçada, Isabel Margarida Duarte, Isabel Rocheta, José Augusto Cardoso Bernardes, Lídia Jorge, Luísa Álvares Pereira, João Costa, Maria Armanda Costa, Olívia Figueiredo, Rui Vieira de Castro e Vítor Aguiar e Silva. Foram entregues à equipa de trabalho vários estudos, coordenados pela DGIDC, que contextualizam a realidade a que se destinam os programas, em termos de desempenho dos alunos, diagnóstico de dificuldades, posição dos docentes em relação aos documentos orientadores, perspectiva diacrónica dos programas de língua portuguesa no último século e estudo comparativo com outros países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico no que se refere ao ensino da língua de escolarização. Todos estes estudos preparatórios estão acessíveis em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/linguaportuguesa/Paginas/default.aspx. Além dos membros individuais mencionados, o Conselho Consultivo integra também representantes da Agência Nacional para a Qualificação, das associações Portuguesa de Editores e Livreiros, Portuguesa de Linguística e de Professores de Português, da Confederação Nacional das Associações de Pais, do Gabinete de Avaliação Educacional, do Instituto Camões e dos Serviços de Educação Especial e do Apoio Sócio-Educativo. Currículos dos autores do documento Carlos Reis (coordenador) é professor catedrático da Universidade de Coimbra. De 1998 a 2002 foi director da Biblioteca Nacional; foi presidente da Comissão para o Bicentenário de Almeida Garrett (1999-2000), da Comissão Nacional do Centenário da Morte de Eça de Queirós (2000-2001) e da Associação Internacional de Lusitanistas (1999-2001). É doutor honoris causa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, comendador da Ordem de Isabel la Católica, comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada, sócio grande benemérito do Real

Page 4: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 4 -

Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro e sócio correspondente da Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes de São Paulo. Em 1996 recebeu o Prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Internacional de Críticos Literários; em 2001 foi distinguido com o prémio Multimédia XXI, pelo CD ROM Vida e Obra de Eça de Queirós. Dirige a Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós e a História Crítica da Literatura Portuguesa. Publicou mais de uma dezena de livros, em Portugal e no estrangeiro (Espanha, Alemanha, França e Brasil). É reitor da Universidade Aberta. Ana Paula Dias é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras de Lisboa, com pós-graduação em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta e mestrado em Estudos Portugueses Interdisciplinares, pela mesma Universidade. É professora da Escola Secundária José Cardoso Pires, tendo sido orientadora de estágio para a Universidade Autónoma de Lisboa e para a Faculdade de Letras de Lisboa. Das obras que publicou destacam-se: Para uma Leitura de Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco (1996), Para uma Leitura do Auto da Índia, de Gil Vicente (1997), Para uma Leitura das Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett (1997), Para uma Leitura do Auto da Alma, de Gil Vicente (1999) e Para uma Leitura de Camões, Dona Branca e Romanceiro, de Almeida Garrett (1999). Assunção Themudo Caldeira Cabral é licenciada em Filologia Românica e mestre em Linguística Portuguesa Descritiva. Ao longo da sua carreira exerceu, entre outras, as seguintes funções, a par do ensino: orientadora pedagógica; coordenadora do grupo de trabalho «Escolas» do Projecto Minerva da Faculdade de Ciências de Lisboa; assistente do Núcleo de Avaliação da Universidade Aberta; colaboradora no Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE); formadora da Malha Atlântica; co-autora de cursos on-line para professores do Secundário e do Básico «Navegar no Português», do DES-ME; orientadora e co-autora do projecto on-line «DIDATIC»; co-autora do CD A Cidade do Faz-de-Caso; consultora e/ou colaboradora em projectos da União Europeia que envolvem e-learning; integra também a equipa coordenadora do projecto GramaTICª.pt, da DGIDC. Encarnação Silva é mestre em Linguística (especialidade Teoria do Texto) e professora adjunta da Escola Superior de Educação de Lisboa. Tem desenvolvido trabalho de investigação nas áreas da Linguística Textual e das Metodologias de Ensino da Língua Portuguesa no 1.º Ciclo do Ensino Básico. É autora de diversos artigos e comunicações nestes domínios. Possui também experiência de leccionação no 1.º e no 2.º Ciclos do Ensino Básico, bem como na formação inicial e na formação contínua de professores. Colaborou como consultora e formadora no projecto de formação de formadores de professores do ensino primário na República de Angola. É formadora de formadores no âmbito do Programa Nacional do Ensino do Português. Filomena Viegas é licenciada em Filologia Românica, mestre em Linguística Portuguesa Descritiva e doutoranda em Didáctica – Linguística Aplicada. Professora de Português há 34 anos, é autora e formadora no domínio da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação aplicadas ao ensino do Português. Foi também co-autora dos cursos de ensino a distância para o ensino secundário Navegar no Português (1999-2002; Ministério da Educação), do CD ROM para Língua Portuguesa, 1.º ciclo, A Cidade do Faz-de-Caso (2004; Ministério da Educação), do Programa de Língua Portuguesa – Português (2005; Ministério da Educação) e dos Cursos de Educação e Formação da Agência Nacional para a

Page 5: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 5 -

Qualificação. Desde Setembro de 2006 é responsável pelo GramáTICª.pt, um e-espaço a funcionar no sítio da DGIDC do Ministério da Educação. Glória Bastos é professora auxiliar no Departamento de Ciências da Educação, da Universidade Aberta. Tem o doutoramento em Estudos Portugueses, com uma tese sobre a literatura dramática para crianças. É coordenadora do Curso de Mestrado em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares, na Universidade Aberta. Pertence ao Conselho Científico do Plano Nacional de Leitura e tem colaborado com o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. A sua actividade de investigação tem privilegiado questões ligadas ao ensino da literatura, à problemática do livro infantil e às bibliotecas escolares, campos nos quais tem publicado vários livros e artigos, tendo igualmente sido convidada para participar em diversos colóquios e seminários. Irene Mota é professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Possui especialização em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores e em Inspecção na Educação. Possui o grau de mestre em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores. Participou na equipa da formação do Território Educativo de Intervenção Prioritária e da Gestão Flexível do Currículo da escola de Marzovelos. Possui experiência na supervisão da prática pedagógica. É também formadora no âmbito do Programa Nacional do Ensino do Português no Agrupamento de Escolas de Marzovelos, em Viseu. Joaquim Segura é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e concluiu a parte curricular do Mestrado em Literaturas Comparadas Portuguesa e Francesa. É professor da Escola Secundária de Dona Luísa de Gusmão onde foi assessor técnico-pedagógico do Conselho Executivo, coordenador do Departamento de Línguas Estrangeiras, coordenador das Áreas Curriculares não Disciplinares e director de turma. Desenvolve actividades de formação no Movimento da Escola Moderna, associação da qual foi presidente. De 1995 a 2004 foi assistente requisitado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; de 1999 a 2005 integrou o Núcleo Executivo do Projecto Littera (Fund. Calouste Gulbenkian). É formador acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua. Publicou diversos artigos na “Revista Escola Moderna”. É co-autor do CD ROM Vamos Escrever – Projectos de Escrita Interactiva (Departamento de Educação Básica). Colaborou em: AMOR, Emília. (2004). Littera – Escrita, Reescrita, Avaliação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; NUNES, Irene F., ed. (2007). Horto do esposo. Edição crítica. Lisboa: Edições Colibri. Mariana Oliveira Pinto é docente da área científica de português na Escola Superior de Educação de Viseu, desde 1996. Possui o grau de mestre em Supervisão Pedagógica em Ensino do Português pela Universidade do Minho e desempenhou funções na área da formação de educadores e professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico (formação inicial e formação contínua) e do 2.º Ciclo do Ensino Básico (formação inicial e orientação de estágio). Desenvolveu investigação nas áreas do ensino da leitura e da escrita e do ensino da gramática no 2.º CEB, sendo autora de várias publicações nessas áreas. Presentemente é formadora de formadores no âmbito do Programa Nacional do Ensino do Português do núcleo regional de Viseu. (26 de Janeiro de 2009).

Page 6: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 6 -

Avaliação internacional das reformas do 1.º ciclo elogia as melhorias introduzidas entre 2005 e 2008.

* estas reformas estão a atrair um crescente interesse a nível internacional, sendo consideradas como um excelente estudo de caso sobre como desenvolver uma reforma com êxito, conseguindo melhorias efectivas nos resultados educativos.

. O estudo sobre a reorganização do ensino no 1.º ciclo (ver infra), realizado por uma equipa de peritos internacionais independentes, elogia as melhorias introduzidas neste nível de ensino, nos três últimos anos, apresentando recomendações para que as medidas continuem a ser desenvolvidas de uma forma positiva. Solicitado pelo Ministério da Educação (ME), este estudo, intitulado “Políticas de valorização do primeiro ciclo do ensino básico em Portugal”, corresponde a uma avaliação intermédia, realizada durante a fase de implementação das reformas, com o objectivo de verificar se as medidas desenvolvidas estão a atingir os resultados previstos e se as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência. Liderada por Peter Matthews, esta avaliação seguiu a metodologia e a abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros, ao longo dos anos, com resultados positivos. O relatório salienta que as medidas desenvolvidas para a reorganização do 1.º ciclo já estão a produzir resultados na melhoria dos níveis de educação básica, com um impacto positivo na vida das crianças que frequentam este nível de ensino e dos respectivos pais. Planeadas de acordo com os exemplos de boas práticas de outros países, mas adaptadas ao contexto português, estas reformas estão a atrair um crescente interesse a nível internacional, sendo consideradas como um excelente estudo de caso sobre como desenvolver uma reforma com êxito, conseguindo melhorias efectivas nos resultados educativos.

Principais resultados A decisão de encerrar as escolas do 1.º ciclo de pequena dimensão é considerada positiva pelos autores do estudo, que consideram os benefícios de apostar em melhores instalações e enquadramento social em escolas maiores superiores às desvantagens associadas às viagens realizadas pelas crianças. A introdução da escola a tempo inteiro é outra das medidas consideradas positivas, enquanto resposta às necessidades das famílias, implicando a substituição dos turnos duplos pelo horário normal.

Page 7: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 7 -

Embora estas medidas ainda estejam em fase de concretização, o estudo salienta que as maiores mudanças a nível estrutural já foram levadas a cabo, existindo indícios de que os resultados no 1.º ciclo estão a melhorar e que os alunos têm acesso a um currículo de mais qualidade. O estudo refere de forma positiva o facto de as actividades de enriquecimento curricular proporcionarem aprendizagens complementares, nomeadamente Inglês, Actividade Física e Desportiva, Música e Estudo Acompanhado, mas chama a atenção para os casos em as actividades são desenvolvidas exclusivamente em contexto de sala de aula e recorrendo a métodos de ensino expositivos, semelhantes aos utilizados no currículo nuclear. O modelo de formação contínua de professores nas áreas de Língua Portuguesa, de Matemática e do Ensino Experimental das Ciências é reconhecido como excelente, havendo indícios de que os resultados escolares estão a melhorar na Matemática, o que, segundo os autores do estudo, poderá ser consequência de melhores práticas de ensino nesta disciplina. A alteração das regras de gestão das escolas, designadamente no que respeita à eleição do director, é encarada de forma positiva, na medida em que permite uma escolha baseada no mérito profissional dos candidatos. A recolha de informação actualizada pelo ME sobre a rede escolar, complementada pelo acompanhamento efectuado pela Inspecção-Geral da Educação, contribui para uma monitorização do modo como as medidas estão a ser concretizadas nos estabelecimentos de ensino. Apesar de reconhecer que a avaliação interna das escolas tem registado progressos significativos, o relatório recomenda a reintrodução da observação de aulas por parte dos inspectores, como meio de melhorar a avaliação externa, essencial para a melhoria do sistema educativo.

Recomendações Liderança dos agrupamentos – Para assegurar uma gestão eficaz dos agrupamentos, é necessário seleccionar os líderes mais competentes, garantindo que possuem formação adequada para a função a desempenhar. Aumentar o sucesso escolar – Além de dar continuidade às medidas já concretizadas e consideradas fundamentais para melhorar a qualidade do ensino, como a estabilização do corpo docente e a criação de equipas pedagógicas, o relatório recomenda a aposta na avaliação interna e externa, a eliminação da retenção no 1.º ciclo e a definição de critérios para "boas aulas". Melhorar o regime curricular – É considerada necessária uma maior autonomia na tomada de decisões a nível curricular, por parte das escolas, que deve ser acompanhada por um sistema de monitorização eficaz. Aconselha-se a diferenciação entre as actividades de enriquecimento curricular e o currículo formal, recomendando-se a inclusão do Inglês no currículo. Reestruturar o corpo docente das actividades de enriquecimento curricular – O relatório defende uma maior equidade entre os professores efectivos e os

Page 8: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 8 -

contratados para as actividades de enriquecimento curricular, bem como uma utilização mais flexível dos professores existentes nos agrupamentos na realização destas actividades. Maior autonomia local – É valorizada uma maior autonomia das escolas, em articulação com os municípios, com a correspondente responsabilização dos diversos intervenientes no processo educativo. Desenvolvimento da liderança e das capacidades de gestão – Recomenda-se que seja proporcionada formação em gestão aos directores e aos membros dos conselhos executivos dos agrupamentos. Estabelecer uma cultura de avaliação – A auto-avaliação e a avaliação externa das escolas são consideradas determinantes para melhorar a qualidade do ensino. Neste contexto, defende-se a observação directa de aulas. Mais informações 1 – O estudo está disponível em http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=3170&fileName=bilingue_GEPE_portugues_final.pdf. 2 – Dossier Valorização do 1.º Ciclo em http://www.min-edu.pt/np3/84 (26 de Janeiro de 2009)

Novas Oportunidades

Guia de apoio ao reconhecimento, validação e certificação de competências

O livro A Operacionalização de Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais – Guia de Apoio constitui-se como uma ferramenta de apoio à operacionalização de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais, sendo destinado às equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades. Neste documento define-se a natureza e as especificidades dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais, descrevendo-se cada uma das suas etapas, respectivos intervenientes e outros elementos de referência. Apresenta-se e descreve-se igualmente a aplicação dos diferentes instrumentos de apoio ao processo de avaliação dos candidatos à qualificação.

Page 9: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 9 -

Informação de apoio A aposta no aumento das qualificações é indutora do desenvolvimento social e da competitividade das economias. Os sistemas de educação-formação assumem, neste âmbito, um papel decisivo, garantindo a coexistência de vias diversas que possibilitam uma permanente aquisição e actualização de novas competências O sistema nacional de reconhecimento, validação e certificação de competências constitui uma das respostas às necessidades de qualificação da população adulta que, não tendo tido oportunidade de obter uma qualificação formal, demonstra ter adquirido competências ao longo da vida pessoal e profissional, em contextos não formais e informais. Este sistema, já estruturado para responder às necessidades de reconhecimento das competências escolares correspondentes aos 4.º, 6.º, 9.º ou 12.º anos de escolaridade, vê agora alargado o seu âmbito de intervenção para as qualificações de nível 1, 2 ou 3, iniciando, assim, a possibilidade de completar percursos de dupla certificação através deste dispositivo e/ou sua combinação com outras modalidades de educação-formação de adultos, como são os Cursos EFA [Educação e Formação de Adultos] e as formações modulares certificadas. Inseridos no Catálogo Nacional de Qualificações (www.catalogo.anq.gov.pt) e sob a responsabilidade de concepção e actualização da ANQ, os referenciais para o reconhecimento de competências profissionais são mais uma peça fundamental para a consolidação do actual Sistema Nacional de Qualificações. Mais informações Sítio da Agência Nacional para a Qualificação, em http://www.anq.gov.pt/default.aspx. (24 de Janeiro de 2009)

Magalhães chega às crianças do ensino privado

Trezentas mil é o total de crianças inscritas, até agora, no programa Magalhães e hoje dá-se início às inscrições de alunos, que nas escolas do ensino particular e cooperativo, estejam interessados em aderir ao referido programa. Trata-se de um universo que pode abranger mais de 50 mil crianças. Até Fevereiro o Ministério da Educação espera ter concluído o processo de inscrição, em todas as escolas públicas e privadas. Recorde-se que, em média, estão a ser entregues nas escolas cerca de sete mil computadores por dia, tendo já sido

Page 10: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 10 -

distribuídos um total de cerca de 120 mil computadores. Estima-se que até à Páscoa o Magalhães chegue a todos os alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico, cumprindo-se assim o Programa E-escolinha. (23 de Janeiro de 2009)

Educação Especial

ME promove avaliação externa da aplicação da nova legislação

* submeter políticas a avaliação externa

* orçamento de 215 milhões de euros em 2009 No seguimento da política de avaliação externa das suas medidas, o Ministério da Educação (ME) apresentou durante um encontro com a Comunicação Social os especialistas na área da educação especial que irão proceder à avaliação da aplicação do Decreto-Lei n.º 3/2008, que define os apoios especializados a prestar nos diversos níveis de ensino aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente. A equipa é dirigida por Rune Simeonsson e Manuela Sanches Ferreira (currículos infra). A avaliação é focada nos três eixos fundamentais do diploma – referenciação, afectação de recursos e organização da rede de respostas – e pretende responder a três questões centrais: . como contribuiu a Classificação Internacional da Funcionalidade (CIF) para o processo de tomada de decisões? . quais as dificuldades experimentadas na utilização da CIF? . como pode a CIF ser usada para melhorar a avaliação e a intervenção com os alunos? Para avaliar a utilização da CIF na identificação dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, os métodos escolhidos consistem na análise documental, entrevistas, questionários e focus-grupo a pais, professores, órgãos de gestão da escola e outros intervenientes. O projecto visa também analisar os recursos e apoios existentes em ambiente escolar relativos à educação especial e a outros serviços relacionados, bem como proceder ao levantamento das atitudes e nível de conhecimento acerca da CIF. Os especialistas assumem, como objectivo central da sua concretização, a obtenção dos seguintes resultados: . influenciar o pensamento dos diferentes agentes educativos acerca da educação especial; . melhorar o Manual de Apoio à Prática em Educação Especial; . preparar instrumentos com base na CIF para a avaliação e intervenção;

Page 11: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 11 -

. apresentar recomendações que permitam a tomada de decisões no domínio das políticas educativas. Esta avaliação apresenta-se como mais uma das medidas integradas na reforma em curso da educação especial.

Orçamento de 215 milhões de euros Para além desta medida, salienta-se também o investimento na organização do sistema e em equipamento, na formação de professores, na criação de uma rede de escolas e de agrupamentos de referência e de unidades de apoio especializadas, no crescimento do número de técnicos especializados, na criação de centros de recursos TIC [tecnologias de informação e comunicação], na elaboração de um programa curricular de Língua Gestual Portuguesa e no aumento do número de manuais escolares em formato acessível. O orçamento para a educação especial ascende neste ano a 215 milhões de euros. Publicado há um ano, o Decreto-Lei n.º 3/2008, que tem a educação inclusiva como pressuposto, visa criar as condições necessárias para que a educação especial proporcione uma resposta adequada aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, apostando num sistema de referenciação e avaliação dos alunos através da CIF. Mais informações 1 – Currículo de Rune Simeonsson em http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=3140&fileName=rune_j_simeonsson.pdf 2 – Currículo de Manuela Sanches Ferreira em http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=3140&fileName=manuela_sanches_ferreira.pdf. 3 – A aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) ao sector da Educação foi recomendada por um conjunto de cientistas, durante uma Conferência de Alto Nível realizada recentemente no Parlamento Europeu, para apresentação dos resultados da investigação feita no âmbito do projecto científico MHADIE (Measuring Health And Disability In Europe: suporting policy development), em http://www.min-edu.pt/np3/2744.html. 4 – “Apoiaremos todas as crianças que precisem de apoio”, secretário de Estado Valter Lemos, em http://www.min-edu.pt/np3/2595.html. 5 – As comunicações apresentadas no Encontro Internacional sobre Educação Especial, organizado pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) em 07 de Junho último com 1700 participantes estão disponíveis em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/PressReleases/Paginas/EncontroTematico-EducacaoEspecial.aspx . 6 – Orçamento por Acções do ME (ver página 16 para o caso da educação especial) em http://www.gef.min-edu.pt/ORCAMENTOS/repDot_Iniciais/OME2009_DI.pdf.

Page 12: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 12 -

7 – Dossier Educação Especial em http://www.min-edu.pt/np3/63 e http://sitio.dgidc.min-edu.pt/especial/Paginas/default.aspx. 8 – Legislação sobre educação especial em http://www.min-edu.pt/np3/141. (22 de Janeiro de 2009)

Centros de formação de associação de escolas com actividade regulamentada

O Ministério da Educação regulamentou a operacionalização da actividade dos centros de formação de associação de escolas, definindo a respectiva estrutura e a afectação de recursos humanos e financeiros que permitam atingir os objectivos com qualidade e rigor. De acordo com o despacho publicado no Diário da República (ver infra), cada centro de formação é dirigido por um director. O funcionamento é assegurado pelo director e por um secretariado, podendo dispor de assessorias de natureza pedagógica, informática e financeira e, ainda, de consultores de formação. O secretariado é assegurado por um assistente técnico da escola onde está sedeado o centro de formação, podendo ser constituído por dois assistentes técnicos, se as escolas associadas o considerarem necessário e dispuserem de recursos para o efeito. As assessorias de carácter pedagógico, informático e financeiro podem ser asseguradas por um ou mais docentes, utilizando insuficiências de horário ou com recurso ao crédito horário das escolas associadas. As assessorias de natureza informática e financeira podem ser asseguradas através da aquisição de serviços, enquanto a consultadoria de formação, se existir, deverá estar a cargo de consultores de formação acreditados pelo conselho científico-pedagógico de formação contínua. A constituição, o critério de escolha e a dotação de assessorias cabem aos directores das escolas associadas, depois de ouvido o director do centro de formação. Mais informações 1 – O despacho publicado no Diário da República está disponível em http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//dre.pt/pdf2sdip/2009/01/013000000/0291002911.pdf

Page 13: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 13 -

2 – Dossier Formação de Professores em http://www.min-edu.pt/np3/45. (20 de Janeiro de 2009)

Manuais escolares em avaliação ascendem a 118 O Ministério da Educação tem em curso a avaliação de 118 manuais escolares. Os manuais distribuem-se pelas disciplinas de Físico-Química, Ciências Naturais, Estudo do Meio e Língua Portuguesa. Na primeira destas disciplinas, os títulos em apreciação respeitam aos 7.º, 8.º e 9.º anos, com respectivamente 12, 11 e oito, no total de 31 manuais. Na disciplina de Ciências Naturais estão em avaliação 11 manuais do 7.º, oito do 8.º ano e sete do 9.º ano, no total de 26. Já em Estudo do Meio foram sujeitos a avaliação 17 títulos para o 3.º ano e 14 para o ano seguinte, no total de 31. Por fim, em Língua Portuguesa, estão em avaliação 17 livros para o 3.º ano e 13 para o 4.º, no total de 30. Mais informações: Dossier Manuais Escolares em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/manuaisescolares/Paginas/default.aspx e http://www.min-edu.pt/np3/90. (15 de Janeiro de 2009)

Programa de Espanhol está em consulta pública A proposta de Programa de Espanhol – Nível de Continuação, para o 3.º ciclo do Ensino Básico – 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade – encontra-se disponível para consulta pública, tendo em vista a posterior homologação. O documento está disponível em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/801/ProgramaEspanhol3ciclo.pdf. Os pareceres acerca do documento podem ser enviados para [email protected] até ao dia 15 de Fevereiro. (15 de Janeiro de 2009)

Page 14: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 14 -

Bibliotecas em todas as escolas básicas

Desde o fim de 2008 que todas as escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, escolas básicas integradas e sedes de agrupamento dispõem de biblioteca integrada na Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). As escolas secundárias serão apetrechadas com bibliotecas de qualidade, que integrarão a RBE, à medida que forem sendo intervencionadas no âmbito do respectivo Programa de Modernização. Uma vez que as sedes de agrupamento dispõem de bibliotecas capazes de servir a escola-sede e de apoiar o desenvolvimento de bibliotecas e serviços de biblioteca nas escolas do 1.º ciclo, serão estas o alvo da RBE privilegiado no ano de 2009. Neste momento, em que já existem cerca de 900 bibliotecas em pleno funcionamento em escolas do 1.º ciclo, é a este nível de ensino que será dada maior atenção, incentivando o desenvolvimento de redes concelhias de bibliotecas, em articulação com as respectivas autarquias e bibliotecas públicas, para alargar de forma substancial esta rede. Mais informação 1 – Sítio da Rede de Bibliotecas Escolares em http://www.rbe.min-edu.pt/. 2 – Dossier Plano Nacional de Leitura em http://www.min-edu.pt/np3/39. 3 – Sítio do Plano Nacional de Leitura em http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/. (14 de Janeiro de 2009)

Certificar 90 por cento dos professores em Competências TIC até 2010

O programa Competências TIC [tecnologias de informação e comunicação], do Plano Tecnológico da Educação (PTE),

prevê certificar pelo menos 90 por cento dos professores até 2010. Concebido para integrar os sistemas de formação contínua dos professores e do pessoal não docente, o programa visa a valorização dos recursos humanos das escolas, a difusão de práticas inovadoras no ensino e a melhoria dos resultados escolares dos alunos.

Page 15: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 15 -

No âmbito do eixo da formação do PTE, o programa Competências TIC tem como objectivo desenvolver e implantar um sistema de formação e de certificação de competências TIC modular, sequencial e disciplinarmente orientado. Para certificar as competências TIC de pelo menos 90 por cento dos professores, o programa prevê três níveis de formação e de certificação. O primeiro destina-se à aquisição e à certificação de competências digitais e visa a utilização instrumental das TIC e o domínio de ferramentas de escrita, de cálculo e de comunicação em formato digital. No caso dos docentes, o segundo nível abrange a formação e a certificação de competências pedagógicas com TIC e tem em vista a integração destas tecnologias nos processos de ensino e de aprendizagem. O terceiro nível tem por objectivo a aquisição e a certificação de competências pedagógicas avançadas, procurando que sejam os próprios professores a criar soluções de utilização da tecnologia e de conteúdos de forma inovadora. O estudo de implantação do programa Competências TIC resulta do trabalho de investigadores das universidades de Lisboa, Évora e Minho, sob a coordenação de Fernando Albuquerque Costa, tendo contado com a participação activa de professores e de alunos, de directores de centros de formação e de centros de competência, de responsáveis pela educação em empresas de referência e de outros peritos. Encontra-se em fase de preparação a regulamentação do programa, a criação de um sistema de informação de suporte, a formação de formadores e a divulgação do programa junto das comunidades educativas. Para o desenvolvimento do programa, o Ministério da Educação conta ainda com o apoio das grandes empresas tecnológicas com trabalho reconhecido em matéria de formação de professores. Prevê-se que o programa esteja em pleno funcionamento no primeiro trimestre de 2009. Mais informações 1 – Dossier Orientações Pedagógicas em www.min-edu.pt/np3/52. 2 – Dossier Plano Tecnológico da Educação em www.min-edu.pt/np3/185. 3 – Sítio do Plano Tecnológico da Educação em www.escola.gov.pt/inicio.asp. (13 de Janeiro de 2009)

Page 16: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 16 -

Perfil dos alunos à entrada do ensino secundário

O estudo "Estudantes à entrada do ensino secundário" permite verificar que dois terços dos alunos à entrada deste nível de ensino alcançaram ou estão prestes a alcançar um patamar de qualificação mais elevado do que o dos seus pais, o que

corresponde a um processo intergeracional de aumento de qualificações. Realizado pelo Observatório de Trajectos dos Estudantes do Ensino Secundário (OTES) do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), este estudo tem como objectivo produzir e analisar informação relevante para os processos de tomada de decisão, a nível local e central, relativamente a este nível de ensino. Abrangendo 588 escolas públicas e privadas das diferentes regiões do País, o estudo baseia-se em inquéritos a 46.175 alunos do 10.º ano ou equivalente (correspondente a 44 por cento do universo de alunos a inquirir), a frequentar as diferentes modalidades do nível secundário de educação, no terceiro trimestre de 2007/2008. Ao longo do estudo, são abordadas temáticas como o desempenho, as escolhas e os projectos escolares, as expectativas profissionais e os processos de mobilidade entre escolas e entre cursos. De acordo com os resultados do inquérito, é possível constatar que, à entrada do ensino secundário, se verifica um peso expressivo de alunos oriundos de famílias com recursos escolares e profissões com estatuto socioeconómico elevado. Outro dos indicadores considerados relevantes nas dinâmicas de selecção é o perfil de desempenho escolar da generalidade dos alunos que chegam a este nível de ensino. Assim, quando se procede à comparação do trajecto escolar dos alunos que entraram no mesmo ano para o 1.º ciclo, verifica-se que os estudantes a frequentar o 10.º ano revelam percursos escolares mais lineares do que os restantes. É de salientar que mais de metade dos alunos inquiridos nunca reprovou ao longo do seu trajecto escolar, sendo quase inexistentes as situações de interrupção dos estudos. A análise dos resultados permite, deste modo, constatar que as diferenças de desempenho escolar identificadas surgem associadas às qualificações escolares e às profissões exercidas pelos pais, sendo pouco relevantes factores como a origem étnico-nacional, as línguas faladas e a participação dos progenitores na vida escolar dos alunos. Também de acordo com os dados recolhidos, a procura das diversas vias no ensino secundário divide-se essencialmente em duas modalidades de ensino e formação: os cursos científico-humanísticos, com pouco mais de metade dos estudantes, e os cursos profissionais, procurados por cerca de um terço dos inquiridos. Associada à procura/oferta de cada uma das modalidades de ensino e formação, encontram-se diferentes perfis dos alunos.

Page 17: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 17 -

Em termos globais, constata-se que à entrada do secundário existem mais raparigas do que rapazes, o que está associado a perfis de desempenho escolar mais elevados por parte das alunas. Nos cursos científico-humanísticos e no ensino artístico especializado – artes visuais e audiovisuais – encontra-se uma maior proporção de raparigas, de estudantes com trajectos de elevado desempenho escolar, provindos de famílias alta e mediamente escolarizadas e com estatutos socioprofissionais mais favorecidos. No que respeita às razões da frequência do ensino secundário, os motivos ligados ao prosseguimento de estudos são mais frequentes nos estudantes dos cursos científico-humanísticos e do ensino artístico especializado, enquanto as razões relacionadas com a inserção no mercado de trabalho são preponderantes nos alunos dos cursos tecnológicos, dos cursos profissionais e dos cursos de educação e formação. No que se refere à escolha da escola, os estudantes seleccionam-na principalmente em função da proximidade da residência e da oferta escolar, embora o factor amigos e o facto de os próprios alunos já terem estado nesse estabelecimento também tenham alguma relevância. Quanto à questão da mudança de cursos, é de notar que, na maioria das situações, são os alunos dos cursos científico-humanísticos que, proporcionalmente, mais referem pretender mudar para um curso profissionalmente qualificante. Mais informação Este estudo integra um conjunto de documentos divulgado recentemente pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação – ver http://www.min-edu.pt/np3/3039.html. (13 de Janeiro de 2009)

Guia da avaliação de desempenho docente Para apoiar a intervenção de avaliadores e avaliados, foi elaborado um guia da avaliação de desempenho docente, que está disponível em http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=3086&fileName=Guia_da_Avalia__o1.pdf . Mais informação 1 – Dossier Avaliação do Desempenho Docente em http://www.min-edu.pt/np3/193. 2 – Perguntas e respostas em http://www.min-edu.pt/esclareceavaliacao/pr/home.html. 3 – Legislação em http://www.min-edu.pt/np3/194. (12 de Janeiro de 2009)

Page 18: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 18 -

Formação em ensino experimental das ciências para professores do 1.º ciclo

O Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências para Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico vai ter continuidade nos anos lectivos de 2008/2009 e de 2009/2010. Este programa, iniciado em 2006, tem como finalidade principal a melhoria do ensino experimental das ciências no 1.º ciclo, através do desenvolvimento de boas práticas de ensino de base experimental. As actividades a desenvolver no quadro do programa englobam sessões de formação, de acompanhamento e de supervisão. O programa é desenvolvido através de protocolos entre o Ministério da Educação e os estabelecimentos de ensino superior que desenvolvem actividades de ensino e de investigação em educação em ciência para o 1.º ciclo. Mais informação Dossier Formação de Professores em http://www.min-edu.pt/np3/45. (12 de Janeiro de 2009)

Decretos regulamentares Foram publicados na passada segunda-feira, dia 05 de Janeiro, os decretos regulamentares relativos ao regime transitório de avaliação de desempenho do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, para vigorar até final do 1.º ciclo de avaliação, que ficará concluído até 31 de Dezembro de 2009 (ver www.min-edu.pt/np3/3024.html) e ao suplemento remuneratório associado ao desempenho dos cargos de director, subdirector ou adjunto, bem como de coordenador de estabelecimento de educação ou de ensino com quatro ou mais turmas (ver www.min-edu.pt/np3/3029.html). Notas 1 – Dossier Avaliação e Autonomia das Escolas, em http://www.min-edu.pt/np3/33. 2 – Dossier Avaliação do Desempenho Docente, em http://www.min-edu.pt/np3/193. 3 – Dossier Legislação, em http://www.min-edu.pt/np3/133 (6 de Janeiro de 2009)

Page 19: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 19 -

Publicações GEPE O Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) disponibilizou no seu sítio (http://www.gepe.min-edu.pt/) várias publicações, que pelo seu interesse aqui se divulgam: . Modernização Tecnológica do Ensino em Portugal – Estudo de Diagnóstico, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Diagnostico.pdf. . Internet na Sala de Aula. Redes de Área Local – Estudo de Implementação, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Internet_na_Sala_de_Aula___Redes_de__rea.pdf. . Competências TIC – Estudo de Implementação – Volume I, em http://www.escola.gov.pt/docs/CompetenciasTIC-EstudoImplementacaoVolI.pdf. . Estudantes à Entrada do Secundário, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Estudantes___entrada_do_secund_rio.pdf. . TESE – Thesaurus Europeu dos Sistemas Educativos, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=TESE_GEPE_site__2_.pdf. . Modernização Tecnológica do Ensino – Análise de modelos internacionais de referência, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Benchmark.pdf. . Educação de Sobredotados na Europa, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Sobredotados_na_Europa.pdf. . A Formação Não-profissional de Adultos na Europa, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Educa__o_adultos.pdf. . Centro de Apoio Tecnológico às Escolas, http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=CATE_Centro_de_Apoio_Tecnol_gico__s_Esco.pdf. . Perfil do Aluno 2006/07, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Perfil_do_Aluno_2006_07.pdf. . A Governança do Ensino Superior na Europa, em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=7&fileName=Governanca.pdf. No mesmo local, estão ainda disponíveis outras publicações, arrumadas por temas, como educação e formação em Portugal, educação em números, estatísticas da educação, estudos do Plano Nacional de Leitura, estudos europeus, modernização tecnológica das escolas, Observatório de Trajectos dos Estudantes de Ensino Secundário, perfil do aluno, perfil do docente, Plano Tecnológico da Educação, recenseamento escolar e séries cronológicas. (6 de Janeiro de 2009)

Page 20: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 20 -

Educação em Números O Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (www.gepe.min-edu.pt/) acaba de divulgar a publicação Educação em Números – Portugal 2008, que disponibiliza os principais indicadores estatísticos respeitantes ao sistema educativo português desde o ano lectivo 1996/97. A publicação está disponível em: http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=286&fileName=educacao_em_numeros.pdf. (6 de Janeiro de 2009)

Ensino profissional celebra 20 anos com forte crescimento de alunos e cursos

* Total de alunos mais do que triplica o de há 10 anos e atinge 91 mil; peso das escolas secundárias públicas passa de zero para 60%. * Aniversário assinalado em todos os meses de 2009 com seminários, encontros, debates, mesas-redondas, conferências e mostras. * Jovens, famílias e escolas serão destinatários prioritários de acções de sensibilização, divulgação e esclarecimento. * Avaliação externa do impacto da expansão dos cursos profissionais no sistema nacional de qualificações. Os cursos profissionais, desenvolvidos de forma pioneira pelas escolas profissionais criadas pelo Decreto-Lei 26/89, de 21 de Janeiro, têm vindo a demonstrar um crescimento exponencial, bem como um crescente valor acrescentado para o mundo do trabalho, qualificando jovens para uma integração de melhor qualidade na vida activa. Constituem-se como uma oferta formativa de dupla certificação destinada a jovens, caracterizada por uma forte ligação com o mundo profissional. Para além de conferirem um nível secundário de educação, as aprendizagens realizadas nestes cursos valorizam o desenvolvimento de competências pessoais e técnicas necessárias ao exercício de uma profissão, proporcionando um nível 3 de qualificação profissional. Paralelamente, permitem aos diplomados aceder ao prosseguimento de estudos no ensino superior, cumpridas as regras de acesso. A reforma do ensino secundário em 2004 consolidou a possibilidade de os cursos profissionais, até então desenvolvidos quase exclusivamente em escolas profissionais, poderem funcionar, a par da restante oferta educativa de nível secundário, nas escolas secundárias públicas. Esta valorização do ensino profissional no âmbito do sistema de educação e formação, constituindo-se como uma alternativa de igual valor às restantes vias educativas, foi tornada prática efectiva nos últimos anos, tanto em termos da

Page 21: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 21 -

expansão da rede de oferta, como sobretudo pelo crescimento da procura deste tipo de cursos. Desde 1998/99, o número de turmas dos cursos profissionais mais do que triplicou, passando de cerca de 1400 para mais de 4500. Existem hoje disponíveis 96 cursos cujas variantes dão origem a 122 saídas profissionais. Por outro lado, de um volume de 28.000 alunos inscritos em cursos profissionais em 1998/1999 passou-se para 91.000 em 2008/2009, o que corresponde a um crescimento de 225%. Quadro 1: Alunos inscritos em cursos profissionais

Ano Escolas Públicas

Escolas Profissionais

Total

1996-97 26686 26686

1997-98 28380 28380

1998-99 27995 27995

1999-00 29100 29100

2000-01 30668 30668

2001-02 33799 33799

2002-03 33587 33587

2003-04 34399 34399

2004-05 3676 33089 36765

2005-06 3990 32952 36942

2006-07 14981 32728 47709

2007-08 31409 31587 62996

2008-09 54899 36089 90988 Fonte: Gabinete de Estatística e Planeamento, Ministério da Educação

Como já foi observado, desde 2004 que se assiste ao crescimento da oferta e da procura destes cursos nas escolas secundárias públicas, tendo os anos de 2004/05 e 2005/06 sido considerados como anos de experiência pedagógica na adopção do novo modelo curricular, bem como na introdução destes cursos nestas escolas. O maior crescimento relativo do número de alunos inscritos nas escolas secundárias públicas ocorreu no ano de 2006/07 (276%), enquanto o maior crescimento absoluto ocorreu no actual ano lectivo, que apresenta mais 23.500 alunos que o anterior. As escolas secundárias públicas representam 60% do total de alunos inscritos em cursos profissionais, o que compara com os 10-11% verificados em 2004/05 e 2005/06.

Page 22: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 22 -

No presente ano lectivo, o crescimento do número de alunos foi extensível também às escolas profissionais, levando-as a inverter a tendência que apresentavam, em resultado de uma forte aposta no alargamento e valorização desta oferta de dupla certificação Quadro 2: Evolução do número de alunos inscritos em cursos profissionais em escolas públicas e em escolas profissionais

Escolas públicas

Escolas profissionais

2004-05 / 2005-06 8,5% -0,4%

2005-06 / 2006-07 275,5% -0,7%

2006-07 / 2007-08 109,7% -3,5%

2007-08 / 2008-09 74,8% 14,3% Fonte: Gabinete de Estatística e Planeamento, Ministério da Educação

Quadro 3: Evolução do peso do número de alunos inscritos em cursos profissionais em escolas públicas e em escolas profissionais

Escolas públicas

Escolas profissionais

2004-05 10,0% 90,0%

2005-06 10,8% 89,2%

2006-07 31,4% 68,6%

2007-08 49,9% 50,1%

2008-09 60,3% 39,7% Fonte: Gabinete de Estatística e Planeamento, Ministério da Educação

Comemorar 20 anos de ensino profissional No contexto da comemoração dos 20 anos da criação das escolas profissionais e do desenvolvimento dos cursos profissionais está prevista a realização de um conjunto de iniciativas que pretendem valorizar o ensino profissional, bem como as profissões a ele associadas. A Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) terá uma forte participação na concretização destas iniciativas, desde logo por via do financiamento, no montante de 500 mil euros, do Programa das Comemorações do 20.º Aniversário do Ensino Profissional da ANESPO – Associação Nacional do Ensino Profissional. Este Programa inclui a realização de pelo menos uma actividade em cada mês de 2009, entre as quais se incluem seminários, encontros, debates, mesas redondas, conferências e a organização de mostras, ou a participação nestas. A ANQ vai também desenvolver um conjunto de iniciativas próprias, a saber: – Campanha de divulgação das ofertas dirigida aos jovens, às famílias e às escolas. – Fórum Qualificação 2009 – Escolhas com Futuro, que será um evento de mostra e divulgação de boas práticas de educação e formação.

Page 23: Boletim Informativo Jan09 - drealentejo.ptboletinf.drealentejo.pt/boletins/Boletim_Informativo_Jan09.pdf · Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Boletim Informativo n.º 1 Janeiro 2009 Editor: Gabinete de Apoio à Direcção

Fonte: ME-Gabinete de Comunicação /DREA-GAD

- 23 -

– Elaboração e distribuição, em escolas e outras entidades que trabalham no domínio da educação e formação profissional, de um conjunto de instrumentos de apoio às escolhas vocacionais e profissionais dos jovens, em suporte de papel, em suporte digital e Web, nomeadamente: . Guia das Profissões, o qual inclui a descrição das principais competências exigidas e das actividades desenvolvidas em profissões de nível 3, testemunhos de profissionais e percursos educativos e formativos associados. . Kit de exploração vocacional, que inclui informação sobre as profissões e sobre as ofertas formativas, bem como actividades a desenvolver com os jovens. . Jogo das profissões, que consiste num jogo interactivo que permite aos jovens simularem escolhas formativas e percursos profissionais. – Elaboração e disseminação, junto das escolas e outras entidades formadoras, de Orientações para Organização e Funcionamento das Ofertas Educativas e Formativas de Jovens, que incluem divulgação de boas práticas. – Consolidação do programa de acompanhamento e monitorização em curso, em articulação com as direcções regionais de Educação e com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. – Lançamento de um estudo de avaliação externa de impacto da expansão dos cursos profissionais no sistema nacional de qualificações. Nota Mais informação no sítio da ANQ: http://www.anq.gov.pt/default.aspx. (5 de Janeiro de 2009)