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BOLETIM INFORMATIVO | sexta-feira, 2 de agosto de 2012 Blog do Trabalho Fundacentro participa de audiência pública sobre amianto no STF Bem Paraná Governo abre diálogo sobre obras no PAC no PR Folha de Londrina Construção civil está em recuperação Folha de Londrina Estrangeiros gastaram 14,7% a mais no Brasil em julho Folha de Londrina Volks de Curitiba inicia negociação salarial Folha de Londrina Aumento salarial dos vereadores é revogado em Apucarana G1 Sinduscon-SP: emprego na construção cresce 0,84% no País CBIC Construção continua desaquecida em julho G1 Construção civil segue otimista, mas expectativa piora, diz CNI G1 Vendas de novas moradias nos EUA sobem 3,6% em julho G1 Manifestações de sindicalistas argentinos afetaram voos da Gol G1 Mulher mais rica do país tem fortuna de US$ 13,1 bilhões, diz Bloomberg G1 Situação do emprego no país é indefinida, diz pesquisador do IBGE Correio do Povo Receita, PF e PRF mantêm greve e ampliam movimento O Globo Receita vai unificar dados de trabalhador O Globo Infraero determina corte de 15% dos custos Agência Brasil Com greve, IBGE divulga apenas dados regionais de emprego pelo segundo mês Agência Brasil Nível de atividade da construção civil cai pelo terceiro mês consecutivo, diz CNI Agência Brasil Entidades da sociedade civil sugerem metas de sustentabilidade para prefeitos Agência Brasil Primeira-dama do Peru discute com Dilma aperfeiçoamento de programa inspirado no Bolsa Família Rede Brasil Atual IBGE: Na média de 4 regiões, desemprego em julho fica em 5,1% Rede Brasil Atual Ipea descarta possibilidade de Brasil repetir bolha imobiliária dos EUA Agência Brasil Alimentos sobem menos e ajudam a segurar a inflação na terceira prévia do mês Rede Brasil Atual Na construção civil, 302 mil fizeram greve no primeiro semestre Rede Brasil Atual MP de Minas determina suspensão de crédito em dez instituições bancárias Agência Brasil Crise agilizou mudanças na economia e medidas do governo, diz Mantega Rede Brasil Atual Arrecadação de campanhas expõe domínio privado sobre disputa eleitoral Rede Brasil Atual Confederação dos servidores diz que corte salarial vai afetar 30 mil Clique no título para ser direcionado à matéria

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BOLETIM INFORMATIVO | sexta-feira, 2 de agosto de 2012

Blog do Trabalho Fundacentro participa de audiência pública sobre amianto no STF

Bem Paraná Governo abre diálogo sobre obras no PAC no PR

Folha de Londrina Construção civil está em recuperação

Folha de Londrina Estrangeiros gastaram 14,7% a mais no Brasil em julho

Folha de Londrina Volks de Curitiba inicia negociação salarial

Folha de Londrina Aumento salarial dos vereadores é revogado em Apucarana

G1 Sinduscon-SP: emprego na construção cresce 0,84% no País

CBIC Construção continua desaquecida em julho

G1 Construção civil segue otimista, mas expectativa piora, diz CNI

G1 Vendas de novas moradias nos EUA sobem 3,6% em julho

G1 Manifestações de sindicalistas argentinos afetaram voos da Gol

G1 Mulher mais rica do país tem fortuna de US$ 13,1 bilhões, diz Bloomberg

G1 Situação do emprego no país é indefinida, diz pesquisador do IBGE

Correio do Povo Receita, PF e PRF mantêm greve e ampliam movimento

O Globo Receita vai unificar dados de trabalhador

O Globo Infraero determina corte de 15% dos custos

Agência Brasil Com greve, IBGE divulga apenas dados regionais de emprego pelo segundo mês

Agência Brasil Nível de atividade da construção civil cai pelo terceiro mês consecutivo, diz CNI

Agência Brasil Entidades da sociedade civil sugerem metas de sustentabilidade para prefeitos

Agência Brasil Primeira-dama do Peru discute com Dilma aperfeiçoamento de programa inspirado no Bolsa Família

Rede Brasil Atual IBGE: Na média de 4 regiões, desemprego em julho fica em 5,1%

Rede Brasil Atual Ipea descarta possibilidade de Brasil repetir bolha imobiliária dos EUA

Agência Brasil Alimentos sobem menos e ajudam a segurar a inflação na terceira prévia do mês

Rede Brasil Atual Na construção civil, 302 mil fizeram greve no primeiro semestre

Rede Brasil Atual MP de Minas determina suspensão de crédito em dez instituições bancárias

Agência Brasil Crise agilizou mudanças na economia e medidas do governo, diz Mantega

Rede Brasil Atual Arrecadação de campanhas expõe domínio privado sobre disputa eleitoral

Rede Brasil Atual Confederação dos servidores diz que corte salarial vai afetar 30 mil

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Blog do Trabalho | 24 de agosto de 2012

Fundacentro participa de audiência pública sobre amianto no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza audiência pública sobre a lei estadual 12.648/2007, que proíbe o amianto em São

Paulo. As sessões ocorrem no dia 24 e 31 de agosto em Brasília, e a primeira delas contará com a participação da

Fundacentro, por meio do presidente da instituição, Eduardo de Azeredo Costa, e do médico pneumologista e pesquisador,

Eduardo Algranti.

A experiência da Fundacentro mostra que a exposição ao amianto gera efeitos como a prevalência e incidência de doenças

tanto malignas como não-malignas. A instituição chegou a se posicionar em fevereiro deste ano em favor do banimento do

amianto em todas as fases de sua cadeia.

“O Serviço de Medicina da Fundacentro levará à audiência do STF os dados adquiridos nas suas atividades institucionais

relativos à investigação de trabalhadores expostos ao amianto”, explica o médico Eduardo Algranti. Desde 1995, a

Fundacentro acompanha um grupo de ex-funcionários da área de cimento amianto da região de Osasco. “Detectamos

algumas centenas de trabalhadores com doenças associadas ao asbesto ou amianto e um excesso de mortes por câncer”.

A audiência pública foi solicitada pelo Instituto Brasileiro de Crisotila – IBC, que defende o uso controlado do amianto crisotila.

Nas sessões, serão ouvidos diferentes posicionamentos sobre o tema, que darão subsídios para o julgamento pelo STF da

Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 3937, de autoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI),

sofrida pela lei paulista. Em análise de medida cautelar em junho de 2008, a maioria dos ministros do STF concluiu que a lei

não afronta a Constituição Federal, por tratar de uma questão de saúde pública.

Histórico

As atividades da Fundacentro em relação ao amianto começaram no final dos anos 80. Nos últimos 28 anos, foram avaliados

trabalhadores expostos ao amianto em diferentes setores econômicos. Outro destaque foi a participação da instituição em

uma Comissão Interministerial sobre o amianto nos anos de 2004 e 2005. Na ocasião, a Fundacentro e os ministérios do

Trabalho, da Saúde, da Previdência Social e do Meio Ambiente apresentaram uma posição alinhada com a proibição da

utilização da fibra pelo alto potencial cancerígeno, pela impossibilidade do uso seguro e pelo risco de exposições inadvertidas

na sociedade.

O amianto, considerado cancerígeno pela IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer), é proibido atualmente

em 66 países. No Brasil, a proibição ocorre em apenas cinco estados: Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande

do Sul e São Paulo. O país é o terceiro produtor mundial da fibra com 270 mil toneladas ao ano. Do ponto de vista

tecnológico, a substituição do amianto é viável em todas as suas aplicações. Nenhum dos substitutos é considerado como

cancerígeno do Grupo 1 pela IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer).

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Bem Paraná | 24 de agosto de 2012

Governo abre diálogo sobre obras no PAC no PR

O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou ontem, após reunião em Brasília com a ministra-

chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, que

foi aberto um canal de diálogo entre o governo federal e o Paraná para que haja entendimento com relação aos trechos

ferroviários e rodoviários que cortam o Estado e estão incluídos no Programa de Investimento em Logística – PAC das

Concessões.

O encontro na capital federal contou com a participação de dirigentes de entidades do setor produtivo estadual que

compõem o Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, do secretário de Representação do Paraná em Brasília, Amauri Escudero

Martins, e parlamentares da bancada paranaense no Congresso Nacional, além do presidente da Valec, José Eduardo Sabóia

Castello Branco, e do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Misella. “Este encontro serviu para dirimir

dúvidas e esclarecer alguns mal-entendidos, entre eles um erro no desenho do traçado da ferrovia que vem de Maracaju,

passa por Cascavel e segue para Mafra”, disse o secretário.

Segundo Richa Filho, um novo encontro vai acontecer nas próximas semanas com a participação de Bernardo Figueiredo e

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representantes do Paraná. “Será uma reunião técnica para avançarmos no entendimento em relação às prioridades para o

desenvolvimento do Estado no setor de logística, mas muita coisa já foi esclarecida”, afirmou.

Segundo ele, o governo federal admitiu que para os Estados os trajetos divulgados no lançamento do plano não ficaram

claros. No caso do Paraná, foi esclarecido que o ramal ferroviário projetado para ligar Cascavel a Maracaju (MS) passará por

Guaíra. Outro esclarecimento prestado aos paranaenses é que o trecho a ser concedido entre Cascavel e Guarapuava vai

utilizar o atual traçado da Ferroeste.

Outra informação prestada pelo governo federal foi de que será feito o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental

para a construção de uma nova ligação ferroviária entre Guarapuava a Paranaguá. “Este projeto contempla aquilo que o

Estado reivindicava”, disse Richa Filho.

No encontro, os representantes paranaenses defenderam a inclusão no plano de concessões do trecho da BR-163 entre

Cascavel e Barracão, que tem tráfego diário de oito mil veículos e precisa de duplicação. Segundo o governo federal, a rodovia

receberá investimentos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012

Construção civil está em recuperação

O nível de atividade da indústria da construção apresentou uma leve melhora em julho ao atingir 48,3 pontos. Em junho, o

indicador havia marcado 47,7 pontos, e em maio, 48,9 pontos. O dado faz parte da pesquisa Sondagem da Indústria da

Construção, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa ligeira recuperação, no entanto, ainda não

gera motivos para comemoração, pois o indicador permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Os índices variam de

zero a 100. Valores acima de 50 pontos representam atividade aquecida. Em julho de 2011, esse indicador chegou a 50,1

pontos.

Para o consultor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), Marcos Kahtalian, já há sinais de que

começou o movimento de recuperação de vários setores neste segundo semestre. Segundo ele, nos seis primeiros meses do

ano, a economia foi muito afetada com a crise internacional, a queda nos investimentos e a baixa atividade do consumo das

famílias.

A expectativa, segundo ele, é que o ano termine mais aquecido para a construção civil. O Sinduscon projeta um crescimento

de 4% para o setor no Paraná em 2012. No entanto, no início do ano, a previsão era de crescimento de 6%. Kahtalian disse

que o segmento deve entrar em 2013 com um nível de atividade maior porque a inadimplência dos consumidores também já

começa a dar sinais de queda.

Para o segundo semestre, ele prevê aumento dos investimentos das empresas de construção civil, melhora no consumo das

famílias e menor nível de endividamento, além de uma capacidade maior de tomar crédito. Só a Caixa Econômica Federal

projeta fechar o ano com a liberação de R$ 7 bilhões em crédito imobiliário no Paraná, como divulgou no dia 10 de agosto.

O consultor disse que o plano de investimentos do governo federal em rodovias e ferrovias no Estado também pode favorecer

o setor. Neste ano, o setor projeta um volume de 9 mil a 10 mil unidades de lançamentos verticais no Paraná.

A pesquisa da CNI também mostrou que o indicador relativo ao número de empregados também está na faixa abaixo de 50

pontos, ficando em 48,2 pontos em julho, ante 47,8 pontos em junho (50,6 pontos em julho do ano passado). O nível de

utilização da capacidade instalada (Nuci) ficou em 69% em julho, o mesmo patamar registrado em junho.

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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012

Estrangeiros gastaram 14,7% a mais no Brasil em julho

O deficit das transações do Brasil com o exterior, como compras e vendas de bens e serviços e transferências de rendas, foi de

US$ 3,8 bilhões em julho, pouco acima dos US$ 3,5 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.

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No ano, o deficit em transações correntes acumula US$ 29,1 bilhões, pouco abaixo dos US$ 29,6 bilhões registrados no

mesmo período de 2011. Os dados são do balanço de pagamentos do governo com o setor externo, divulgados ontem pelo

Banco Central.

Esse balanço mostra o que entra e sai de recursos no Brasil, via investimentos, operações financeiras, contratação de serviços,

aluguéis, remessas de lucros e exportação e importação de bens e serviços, entre outros. Quando saem mais recursos do que

entram, o saldo é negativo, e portanto ocorre o deficit.

Viagens

Os gastos dos brasileiros no exterior foram de US$ 2 bilhões em julho, uma redução de 10% na comparação com o registrado

no mesmo mês do ano passado. Já os estrangeiros deixaram US$ 546 milhões no País no mês passado, 14,7% a mais do que

o registrado em julho de 2011. O saldo nas viagens internacionais, assim, foi negativo em US$ 1,4 bilhão em julho deste ano.

O Banco Central revisou a sua expectativa para os gastos dos brasileiros lá fora em 2012, que neste ano devem superar as

despesas dos estrangeiros dentro do Brasil em US$ 13 bilhões. O dólar valorizado ante o real afetou os números, já que a

projeção anterior era de um resultado negativo de US$ 15,5 bilhões.

No primeiro semestre, os gastos dos brasileiros no exterior chegaram a US$ 10,7 bilhões

no primeiro semestre, 4,9% acima dos US$ 10,2 bilhões registrados no mesmo período do

ano passado. Já os estrangeiros deixaram US$ 3,4 bilhões no País nos primeiros seis meses

do ano, 6,2% acima dos US$ 3,2 bilhões do ano passado.

O saldo nas viagens internacionais, assim, ficou em US$ 7,2 bilhões de janeiro a junho,

4,3% acima dos US$ 6,9 bilhões registrados em 2011.

Investimento menor

O investimento estrangeiro produtivo no Brasil disparou no mês passado, chegando a US$

8,4 bilhões, um crescimento de 40,7% na comparação com o mesmo mês de 2011.

No acumulado do ano, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) totaliza US$ 38,1 bilhões,

abaixo dos US$ 38,4 bilhões registrados no mesmo período de 2011.

O Banco Central espera que os investimentos produtivos no Brasil em 2012 totalizem US$

50 bilhões, uma redução de 25% na comparação com os US$ 66,6 bilhões registrados no

ano passado.

O IED é o volume de investimento estrangeiro destinado à compra ou à abertura de novas

empresas no país. Para calcular o estoque de IED, o BC soma a entrada de novos recursos

externos com a parte dos lucros que as empresas estrangeiras instaladas no Brasil

reinvestiram no país.

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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012

Volks de Curitiba inicia negociação salarial

O Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana teve ontem a primeira reunião com a montadora

Volkswagen para negociar o reajuste salarial deste ano, o abono salarial e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O secretário geral do sindicato, Jamil Dávila, disse que os 3,6 mil trabalhadores esperam que o acordo na Volkswagen seja

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semelhante ao obtido na Renault. Na montadora francesa os funcionários terão aumento real de 3%, abono salarial de R$ 5,5

mil e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 15 mil. ''Pretendemos construir uma proposta junto com a empresa'',

disse.

No ano passado, os trabalhadores da Volks fizeram uma greve que durou 37 dias. Dávila disse que o objetivo neste ano é ter

uma negociação com mais diálogo. ''Há uma disposição maior para o diálogo das duas partes'', afirmou. No entanto, segundo

ele, a greve não é descartada em nenhum momento, mas é um último estágio da negociação.

Na Volvo, o acordo para este ano inclui R$ 25 mil de abono e PLR e mais 3% de aumento real.

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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012

Aumento salarial dos vereadores é revogado em Apucarana Mobilização na cidade derruba subsídio aprovado em dezembro para os parlamentares

Os vereadores de Apucarana concluíram ontem as votações necessárias para revogar a lei que, aprovada no final do ano

passado, aumentou os salários dos parlamentares, do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários do município. O primeiro

turno da votação aconteceu em sessão ordinária, na segunda-feira última. Já o segundo turno de votação ocorreu em sessão

extraordinária, na quarta-feira. O último turno foi realizado ontem pela manhã, também em sessão extraordinária. Os

vereadores foram unânimes na aprovação da revogação da lei e também na redução do salário para o chefe do Executivo e

vice.

A lei que gerou protestos de setores da sociedade, atraindo a atenção do Observatório Social de Apucarana (OSA), foi

aprovada em dezembro último, em apenas três dias. A lei aumentou o salário dos vereadores da próxima legislatura, de R$ 6,7

mil para R$ 10 mil; o salário do prefeito, de R$ 22,9 mil para R$ 25 mil; do vice-prefeito, de R$ 10 mil para R$ 15 mil; e de

secretários municipais, de R$ 6,7 mil para R$ 9,2 mil.

Após abaixo-assinados entregues na Casa - com mais de nove mil assinaturas - e manifestações durante as duas primeiras

sessões legislativas deste semestre, a Mesa Executiva da Câmara se reuniu com lideranças religiosas e resolveu fazer o projeto

para revogar a lei e ainda diminuir o salário anterior já fixado para prefeito e vice.

Com a nova lei, que deve ser publicada no Diário Oficial de hoje do município, os salários voltaram para o valor de R$ 6,7 mil

para vereadores e secretários municipais. Já o salário do prefeito foi reduzido em 21,4%, ficando em R$ 18 mil. O do vice foi

reduzido em 10%, ficando em R$ 9 mil.

O presidente da Casa, vereador Alcides Ramos, alegou que não imaginava que o aumento geraria tanta polêmica. ''Fizemos

em dezembro o que historicamente as legislaturas faziam, que era fixar o salário do vereador para a próxima legislatura em

50% do que recebe hoje um deputado estadual. Isso está previsto em lei, então nunca imaginamos que haveria essa

polêmica.'' Ramos afirmou, porém, que após as manifestações os vereadores acharam melhor revogar a lei. ''Depois de

conversarmos, decidimos ouvir a cidade. Já tínhamos feito isso quando a sociedade pediu para não aumentar o número de

vereadores, então estamos fazendo o que a cidade pediu'', ressaltou.

O representante voluntário do OSA, professor José Aparecido Bacarin, informou que a entidade esteve presente nos três

turnos de votação do projeto. ''Quem ganhou com essa votação foi o povo, a própria Câmara, a democracia. Os vereadores

ainda saem fortalecidos dessa votação, porque repensaram uma decisão que já tinham tomado e ouviram a sociedade.''

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G1 | 24 de agosto de 2012

Sinduscon-SP: emprego na construção cresce 0,84% no País

O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 0,84% em julho ante junho, com a contratação de mais 28,1 mil

trabalhadores com carteira assinada no país. Os dados são da pesquisa mensal feita pelo Sindicato da Indústria da Construção

Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com o resultado de julho, o emprego no setor acumula variação positiva de 6,98% de janeiro a julho de 2012, com a

contratação de 221,5 mil pessoas. Esse número mostra uma desaceleração em relação ao mesmo período do ano passado, já

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que a construção civil brasileira havia contratado 228,2 mil trabalhadores (+8,07%). Em 12 meses, o crescimento do emprego

no setor está acumulado em 6,41%, ou 204,4 mil novas vagas, desempenho também inferior ao apurado exatamente um ano

antes, de +233 mil vagas, ou alta de 8,25%.

Em nota encaminhada à imprensa, o presidente da entidade, Sergio Watanabe, disse que a desaceleração do crescimento do

emprego, somada a outros indicadores que denotam queda na atividade econômica, fizeram o Sinduscon-SP rever sua

expectativa de crescimento da construção em 2012 de quase 5% "para algo acima de 4%",

Segundo ele, apesar de o resultado da construção provavelmente crescer mais do que o dobro do estimado pelo mercado

para o PIB do país neste ano, a desaceleração da construção é um alerta para o governo e, a seu ver, seriam necessárias novas

medidas para o setor. "É preciso equacionar o Programa Minha Casa, Minha Vida para que ele deslanche na faixa de renda

das famílias mais desfavorecidas, com renda mensal de até R$ 1,6 mil.

No PAC, o governo federal precisa agilizar a execução do Orçamento para este ano, pois o pacote de concessões só vai surtir

efeitos práticos em 2013/2014. E as prefeituras precisam agilizar as aprovações de projetos de construção, para que o setor

imobiliário possa manter sua atividade", afirmou.

Com as novas contratações, a construção brasileira empregava até o final de julho 3,4 milhões de trabalhadores com carteira

assinada. Desses, perto de 1,7 milhão estava no Sudeste; 718,8 mil, no Nordeste; 476 mil, no Sul; 275,4 mil, no Centro-Oeste e

212,6 mil, no Norte. Em julho, o emprego na construção cresceu em relação a junho em todas as regiões do País, com

destaque para o Norte (+2,78%) e o Sudeste (+0,91%).

No Estado de São Paulo, o número de contratações na construção cresceu 0,54% em julho, com o registro de 4,6 mil

contratações. No acumulado de janeiro a julho, foram contratadas 45 mil pessoas no setor (+5,51%) e, em 12 meses, 35,6 mil

(+4,31%).

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CBIC | 24 de agosto de 2012

CBIC: Construção continua desaquecida em julho

A atividade da Indústria da Construção continuou desaquecida no último mês de julho, repetindo o observado nos dois meses

anteriores, confirmando o indicativo de desaquecimento em todos os portes de empresas e segmentos da construção.

É o que indica a Sondagem Indústria da Construção, divulgada na manhã desta quinta-feira, dia 22, pela Confederação

Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com a CBIC.

Pela pesquisa, tanto a atividade quanto o número de empregos apresentaram queda em relação a junho.

Para os próximos seis meses, os indicadores apontam para a expectativa de crescimento.

O otimismo, no entanto, está menos disseminado que nos meses anteriores. Todos os indicadores de expectativa (atividade,

novos empreendimentos e serviços, compras de insumos e matérias-primas e número de empregados) mantiveram-se acima

dos 50 pontos, mas caíram em agosto na comparação com julho.

Clique aqui para acessar a íntegra da sondagem.

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G1 | 24 de agosto de 2012

Construção civil segue otimista, mas expectativa piora, diz CNI

Pelo segundo mês consecutivo, o nível de atividade e o número de empregados da construção civil apresentaram retração,

segundo Sondagem da Indústria da Construção Civil, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Já a expectativa dos empresários para os próximos seis meses continua sendo de melhora, mas o otimismo tem sido menor a

cada mês.

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O indicador de nível de atividade passou de 47,7 pontos em junho para 48,3 pontos em julho. Já o índice de número de

emprego saiu de 47,8 pontos para 48,2 pontos de junho para julho.

Mas, para o analista da CNI, Rodrigo Garcia, isso não é uma sinalização de melhora no cenário. 'O ideal não é fazer uma

comparação de um mês para o outro. O indicador continua abaixo dos 50 pontos, o que significa que a atividade continua

caindo', explicou o economista. 'Pela pesquisa, ainda não há indicativo de melhora', frisou.

O Índice de Sondagem da Indústria da Construção varia de zero a 100 pontos sendo que valores abaixo de 50 pontos

representam retração na atividade frente ao mês anterior. Em julho do ano passado, o nível de atividade era de 50,1 pontos.

Garcia lembrou que a expectativa dos empresários da construção civil ainda é positiva para os próximos seis meses. Porém, a

cada mês, este 'otimismo' vem diminuindo. A expectativa quanto ao nível de atividade atingiu 56,3 pontos em agosto ante

57,9 pontos de julho. Em fevereiro deste ano, esse indicador era 62,2 pontos.

'A expectativa para os próximos seis meses continua positiva, mas menos disseminada entre os empresários', explicou o

economista. No caso do número de empregados, a pesquisa da CNI mostra que a perspectiva dos empresários para os

próximos seis meses saiu de 56,3 pontos em julho para 55,7 pontos em agosto.

A CNI observou que todos os indicadores de expectativa (atividade, novos empreendimentos e serviços, compras de insumos

e matérias-primas e número de empregados) mantiveram-se acima dos 50 pontos, mas caíram em agosto na comparação

com julho.

A sondagem da CNI mostra ainda que a Utilização da Capacidade de Operação (UCO) manteve-se em 69% em julho. Nas

grandes companhias, o indicador passou de 70% para 71% de junho para julho. As pequenas empresas operaram 66% em

julho ante 65% em junho. Já as médias indústrias de construção, o indicador variou de 69% para 68% de junho para julho.

A Sondagem da Indústria foi realizada entre os dias 1º e 13 de agosto com 464 empresas. Dessas, 168 são de pequeno porte,

182 são médias e 114 são grandes.

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G1 | 24 de agosto de 2012

Vendas de novas moradias nos EUA sobem 3,6% em julho

As vendas novas moradias de uma única família nos Estados Unidos subiram em julho, mas os preços recuaram, dando sinais

mistos sobre o força da recuperação do mercado imobiliário do país.

O Departamento do Comércio informou nesta quinta-feira que as vendas subiram 3,6 por cento, para uma taxa anual

sazonalmente ajustada de 372 mil unidades. Esse resultado é igual a uma máxima de dois anos registrada em abril.

As estimativas do governo para vendas de novas moradias são suscetíveis a revisões substanciais, e o ritmo das vendas de

junho foi revisado para cima para 359 mil unidades, ante 350 mil reportado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters haviam estimado vendas de 365 mil unidades no mês passado. Na comparação com

julho do ano passado, as vendas de novas moradias subiram 25,3 por cento.

O mercado imobiliário tem sido um ponto relativamente favorável na economia dos EUA nos últimos meses, e a expectativa é

de que a construção de moradias seja uma influência positiva para o crescimento econômico deste ano pela primeira vez

desde 2005.

Entretanto, os dados mostraram uma queda dos preços. No mês passado, o preço médio de uma nova moradia caiu 2,5 por

cento em julho ante o ano anterior, para 224.500 dólares.

Os estoques de novas moradias no mercado recuaram 0,7 por cento, para uma mínima recorde de 142 mil em julho. No ritmo

de vendas de julho, levaria 4,6 meses para limpar os estoques, queda ante 4,8 meses em junho.

As vendas de novas moradias no mês passado foram impulsionadas por um aumento de 76,5 por cento na região Nordeste,

mas o Departamento do Comércio disse que esse número pode sofrer uma revisão substancial.

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G1 | 24 de agosto de 2012

Manifestações de sindicalistas argentinos afetaram voos da Gol

As operações da Gol no aeroporto de Ezeiza, na Argentina, foram prejudicadas, nesta quarta-feira (22), devido a

manifestações de sindicalistas argentinos.

De acordo com a companhia aérea, os voos G3 7648 (Porto Alegre – Argentina/Ezeiza), G3 7691 e G3 7690, entre

Florianópolis e a Argentina, precisaram ser cancelados.

"A companhia salienta que está oferecendo o atendimento necessário aos clientes, os reacomodou em outros voos e que já

está tomando as medidas necessárias para que a situação se normalize o mais breve possível", disse a Gol, em nota divulgada

nesta quarta.

Nesta quinta-feira, segundo a companhia, a situação está normalizada.

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G1 | 24 de agosto de 2012

Mulher mais rica do país tem fortuna de US$ 13,1 bilhões, diz Bloomberg

Viúva do fundador da Camargo Corrêa e hoje responsável pelo controle 'discreto' da construtora, Dirce Navarro de Camargo

é a mulher mais rica do país, com uma fortuna estimada em US$ 13,1 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da

agência americana Bloomberg.

Sem idade confirmada, Dirce, que é avó, é a 59ª pessoa mais rica do mundo e, de acordo com a Bloomberg, não aparece em

nenhum outro ranking internacional de riqueza.

Com a fortura, ela passou a ocupar o posto de terceira pessoa mais rica do Brasil, desbancando o banqueiro Joseph Safra,

com US$ 10,4 bilhões, de acordo com o ranking da Bloomberg.

O primeiro lugar é do empresário Eike Batista, do grupo EBX, com US$ 21,1 bilhões, seguido de Jorge Paulo Lemann, da

cervejaria Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev, com US$ 17,4 bilhões.

Fundada por Sebastião Camargo em 1939, a construtora Camargo Corrêa hoje é controlada pela holding Morro Vermelho

Participações, com as ações divididas proporcionalmente entre as três filhas Regina, Renata e Rosana. O fundador morreu em

1994.

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G1 | 24 de agosto de 2012

Situação do emprego no país é indefinida, diz pesquisador do IBGE

Segundo dados de quatro regiões metropolitanas do país estudadas na Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) de julho, ainda não se percebe aquecimento no mercado de trabalho, e o quadro é de

indefinição, explicou nesta quinta-feira (23) o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo.

Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte não houve registro de aumento da ocupação,

embora a taxa de desocupação tenha recuado em São Paulo (de 6,5% em junho para 5,7% em julho) e tenha ficado estável

nas demais regiões. Os dados das regiões metropolitanas de Salvador e Rio de Janeiro, bem como a média nacional, não

puderam ser analisados e divulgados devido à greve dos servidores do IBGE, paralisados há cerca de dois meses.

Por isso, segundo disse, será preciso aguardar mais um ou dois meses para se saber se essas pessoas realmente entraram no

mercado, podendo assim oferecer um diagnóstico da situação do emprego no país.Cimar explica que a queda na

desocupação em São Paulo foi expressiva, com menos 83 mil pessoas declaradamente procurando emprego, mas isso não

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significou aumento na taxa de emprego. Para ele, uma explicação é que as pessoas que saíram da faixa de desocupação

podem estar aguardando uma vaga no mercado formal prometida, mas ainda não concretizada; ou estão ainda em processo

de contratação e inserção no mercado.

“A geração de postos de trabalho era de se esperar nesta época do ano, julho, mês em que tradicionalmente se tem o início

do processo produtivo, mas não foi isso que aconteceu”, disse Cimar.

Mas um dado positivo é a tendência de alta na indústria em São Paulo, que colocou no mercado mais 29 mil pessoas em

julho, comparando com junho. O panorama de emprego em São Paulo tende a ser acompanhado pelas demais regiões,

explicou Cimar. Também a queda de rendimentos revelada nas regiões metropolitanas pesquisadas não acontece na indústria,

mas nas categorias de servidores públicos, militares e prestadores de serviços terceirizados, disse o pesquisador.

PIB garantido

Pelo segundo mês seguido, a taxa média nacional do desemprego não foi divulgada. Em junho, devido à greve de

funcionários do IBGE, os dados do Rio de Janeiro foram coletados, mas não puderam ser analisados. Em julho, o Rio voltou a

ficar de fora das análises, assim como a Região Metropolitana de Salvador. Como no mês anterior, os dados foram coletados,

mas não foram transmitidos na sua totalidade, impedindo a análise.

Márcia Quintslr, diretora de Pesquisa do IBGE, disse que não há previsão de data para divulgar os dados que faltam dessas

pesquisas, mas espera que a situação não se alongue porque, de acordo com ela, as negociações dos grevistas com o

governo "têm ido bem".

Segundo disse, as pesquisas, mesmo incompletas, têm de ser divulgadas em respeito ao cronograma estabelecido pelo

instituto.

“Sobre a Pesquisa Mensal de Empregos, tem um cronograma a ser cumprido e, se a pesquisa tem qualidade, a gente divulga.

Se não tem qualidade, não divulga. Mas mesmo sem os dados de Salvador e Rio, as demais informações são importantes para

as regiões pesquisadas: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife. Não faz sentido ter essas informações apuradas e

não divulgar”, disse.

Ela ressaltou, no entanto, que a divulgação do PIB do segundo trimestre de 2012 está garantida para o dia 31 de agosto.

Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 22% e realização de concurso público para preencher o quadro de funcionários

efetivos que tem uma previsão de sofrer em três anos uma perda de 45% com a aposentadoria prevista desses funcionários.

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Correio do Povo | 24 de agosto de 2012

Receita, PF e PRF mantêm greve e ampliam movimento

O ultimato da presidente Dilma Rousseff, que mandou cortar o ponto e até demitir os grevistas que cometerem excessos,

produziu efeito contrário entre os servidores da Receita, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF), chamados de

"sangue azul" por receberem os salários mais altos. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, as três categorias recusaram

a proposta de 15,8% de reajuste, a mesma feita pelo Ministério do Planejamento ao conjunto dos servidores e decidiram

ampliar a paralisação em todo o país.

A previsão é de mais caos nos próximos dias nos setores de importação e exportação, nas estradas federais, postos de

fronteira e aeroportos. No caso da PRF, a greve que começou no dia 11 e já atingiu 12 Estados, se estenderá a 23 das 24

unidades regionais do órgão, segundo previu o inspetor Pedro Cavalcante, presidente da Federação Nacional dos Policiais

Rodoviários Federais (FenaPRF). Ele estimou que 70% da categoria cruzará os braços, mantendo o efetivo mínimo de 30%

previsto em lei nos postos de fiscalização.

As ações se limitarão aos casos de urgência. As operações de rotina, como fiscalização de rodovias, combate ao contrabando

de mercadorias e de tráfico de drogas e armas, ficarão prejudicadas. As duas categorias que integram a Receita Federal -

auditores e analistas - também recusaram a proposta governamental e aprovaram a volta à greve.

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O Globo | 24 de agosto de 2012

Receita vai unificar dados de trabalhador

O governo vai apertar a fiscalização sobre as informações dos funcionários fornecidas pelas empresas. A partir de janeiro do

ano que vem, as firmas terão de enviar ao governo uma única declaração sobre a folha de pagamento no lugar das 11 que

estão obrigadas a encaminhar aos diferentes órgãos públicos. Atualmente, existem declarações distintas para Imposto de

Renda Retido na Fonte (IRRF), benefícios da Previdência e o FGTS, que são enviadas pelas empresas a várias órgãos.

A Escrituração Fiscal Digital Social (EFDSocial) será controlada pela Receita, que, como os outros órgãos fiscalizadores, poderá

cruzar os dados para dar eficiência ao processo de fiscalização. Ou seja, o Fisco terá como comparar os números declarados

sobre o IRRF com os valores recolhidos para o FGTS, por exemplo. Tudo isso será feito de forma automática pelo sistema.

Hoje, se precisarem fazer este cruzamento, os fiscais precisam solicitar as informações a cada um dos outros órgãos

envolvidos.

Ao GLOBO, o subsecretário de Fiscalização da Receita, Caio Candido, garantiu que somente as informações serão tratadas

pelo Fisco. Segundo ele, a Receita não tem interesse em administrar as contas do FGTS, por exemplo, que continuará a cargo

da Caixa Econômica Federal e regido pelo Conselho Curador.

— Os dados serão coletados em conjunto. Mas cada órgão usará as informações para continuarem as suas competências —

afirmou Candido.

Ingerência no FGTS preocupa

Reportagem publicada pelo GLOBO no último domingo mostrou que o governo tem usado cada vez mais os recursos do

FGTS no programa Minha Casa, Minha Vida, colocando em risco o patrimônio líquido do Fundo, além de confiscar parte de

suas receitas para fazer superávit primário.

Integrantes do Conselho Curador do FGTS temem que a inclusão do Fundo na folha digital, como defende a Receita, poderá

representar um risco a mais pelo fato de o governo começar a encarar o FGTS, que é privado, como um tributo e, portanto,

sujeito a ingerências ainda maiores.

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O Globo | 24 de agosto de 2012

Infraero determina corte de 15% dos custos

A Infraero, estatal que administra mais de 60 aeroportos no país, está apertando os cintos. A determinação da diretoria

financeira é que sejam cortados 15% do custeio, especialmente nos novos contratos com fornecedores. Segundo uma fonte

que teve acesso ao documento com a recomendação, a medida visa, entre outras razões, a compensar a futura perda de

receita que a empresa terá a partir de outubro, quando passa a vigorar o novo modelo de administração dos aeroportos de

Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília.

Os três terminais foram concedidos à iniciativa privada em fevereiro. Pelo novo modelo de concessão, a Infraero, que hoje tem

100% dos aeroportos, verá sua participação cair a 49%.

A futura perda de receita com a privatização também está sendo apontada pelo Palácio do Planalto como justificativa para a

mudança de rumo na concessão de Galeão e Confins (MG). A presidente Dilma quer, agora, que ambos sejam alvos de

Parcerias Público-Privadas (PPPs), com a Infraero majoritária.

Dessa forma, a estatal manteria o controle da gestão dos dois aeroportos (entre os principais do país) que apresentaram o

maior crescimento de fluxo de passageiros em 2011 (31,9% em Confins e 21% no Galeão).

Infraero só investe 18%

Para especialistas, a futura perda de receita com os três aeroportos privatizados, no entanto, não justificaria a mudança de

modelo de gestão a ser implementado no Galeão ou em Confins.

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— O problema da Infraero não é ter mais dinheiro, é gastar bem o que ela já tem — diz Bruno Pereira, coordenador da PPP

Brasil, que reúne especialistas em PPPs.

De janeiro a julho deste ano, a estatal executou apenas 18,4% de seu orçamento, segundo levantamento da ONG Contas

Abertas. Foram R$ 369,9 milhões de um total previsto para o ano de R$ 2 bilhões. Desde o ano 2000, a média de execução é

de 51%.

Ferrenho defensor da privatização do Galeão, o governador Sérgio Cabral mudou de discurso nesta quinta-feira e disse

aprovar a decisão de Dilma de optar pelas PPPs porque ela irá “encurtar caminhos, trazendo uma operadora para ser parceira

da Infraero.”

— A presidente Dilma havia me colocado esta alternativa que na verdade é a mesma coisa: a gestão compartilhada. Ela vai

trazer uma grande operadora privada do sistema de aeroportos que será parceira na gestão da Infraero. Isso é música para os

nossos ouvidos, porque você pode ter um modelo em que você tenha a empreiteira com a operadora, que é o modelo de

Guarulhos, Campinas e Brasília. Ou você pode ter um modelo que uma empresa pública pode chamar um parceiro privado

para gerir com ela o aeroporto.

Para Cabral, o importante é que a gestão do Galeão precisa passar por uma modernização.

— A presidenta encontrou uma solução mais fácil e inteligente e que vai dar a agilidade que nós precisamos.

Mudar modelo é prejudicial

Na opinião do consultor e ex-assessor da Superintendência Regional do Rio na Infraero José Wilson Massa, as PPPs tendem a

afastar o investidor privado, pois neste modelo haveria uma maior fiscalização do governo sobre a administração

aeroportuária. Já para Elton Fernandes, da UFRJ, o problema não é qual o modelo adotado e, sim, a mudança de rumo:

— Desistir das concessões no meio do caminho cria dificuldades para regulamentar o setor, que vai conviver com dois

modelos de gestão. Parece que não há planejamento.

O governo admite que a parceria entre a Infraero e um grande gestor aeroportuário estrangeiro no Galeão e em Confins, em

substituição à concessão, somente decola se aparecerem interessados. Porém, segundo fontes, a estatal já detectou potenciais

candidatos durante o processo de privatização de Guarulhos, Brasília e Viracopos. Várias empresas estão sendo sondadas

sobre os outros dois aeroportos e a intenção do governo é apresentar uma proposta formal, assim que concluir o modelo de

parceria.

No Galeão, o movimento de passageiros passou de 12,3 milhões em 2010 para 14,9 milhões ano passado, abaixo da

capacidade de 17 milhões.

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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012

Com greve, IBGE divulga apenas dados regionais de emprego pelo segundo

mês Pelo segundo mês, a greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu o fechamento dos

dados completos da Pesquisa Mensal de Emprego, feita pelo órgão nas seis principais regiões metropolitanas do país.

Segundo o IBGE, as informações referentes às regiões do Rio de Janeiro e de Salvador no mês de julho foram coletadas, “mas

o volume disponível para a as etapas de apuração, crítica e análise foi insuficiente para o fechamento dos resultados na data

prevista.”

Com isso, a divulgação da pesquisa ficou limitada às regiões de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife. A capital

paulista foi a única que registrou queda na taxa de desemprego em julho, ficando em 5,7%, redução de 0,8 ponto percentual

em relação ao mês anterior. Nas capitais restantes, o índice permaneceu estável em relação a junho, sendo 6,5% no Recife,

4,4% em Belo Horizonte e 3,8% em Porto Alegre.

Na comparação com julho de 2011, houve redução de 0,8 ponto percentual em São Paulo e de 0,9 ponto percentual na

capital gaúcha. Belo Horizonte e Recife registraram estabilidade em 12 meses.

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Quanto à população empregada, o quadro ficou estável em julho no Recife, Belo Horizonte e São Paulo em relação ao mês

anterior. Em Porto Alegre, a queda foi 2,8%, o que representou menos 52 mil pessoas trabalhando. Na comparação anual, os

empregados cresceram 2,7% em Recife e não foi registrada variação significativa nas demais regiões pesquisadas.

O rendimento médio real caiu em três das quatro regiões metropolitanas de junho para julho - Recife (-3,5%), Belo Horizonte

(-1,8%) e São Paulo (-1,1%). Em Porto Alegre, manteve-se estável. Na comparação com julho do ano passado, as quatro

regiões metropolitanas tiveram acréscimo no rendimento médio real, com destaque para Belo Horizonte e Recife que

apresentaram crescimento de 5%.

Segundo o instituto, ainda não há data para a divulgação dos dados completos da pesquisa, incluindo os das regiões

metropolitanas do Rio e de Salvador. Na capital fluminense, os resultados de junho já tinham sido afetados pela paralisação

dos servidores.

Outro indicador que teve o fechamento afetado pela greve foi o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado no

último dia 8. Apurado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal nas 27 unidades da Federação, os dados

referentes ao estado da Paraíba não foram contabilizados.

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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012

Nível de atividade da construção civil cai pelo terceiro mês consecutivo, diz CNI

O nível de atividade da construção civil recuou em julho, registrando 45,5 pontos. É o terceiro mês consecutivo que as

empresas operam abaixo do usual, como aponta a Sondagem Indústria da Construção, divulgada hoje (23) pela Confederação

Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o levantamento, o indicador foi 47,7 pontos no mês passado e 48,9 pontos, em maio. O levantamento é feito

com base em uma escala de 0 a 100 pontos. Os valores acima de 50 apontam para produção aquecida e menores, indicam

desaquecimento.

Em comparação com junho, o indicador sobre empregados no setor também caiu, ficando em 48,2 pontos. O setor

apresentou 69% da utilização da capacidade de operação, o mesmo percentual de junho.

Apesar dos resultados de queda na construção civil, as empresas do setor mantêm otimismo diante do próximo semestre.

Conforme a CNI, as expectativas sobre o setor e novos empreendimentos apresentaram 56,3 pontos; compra de matéria-

prima e insumo, 56,2 pontos; e empregados, 55,7 pontos.

A sondagem pesquisou 464 empresas entre os dias 1º e 13 de agosto, sendo 168 de pequeno porte, 182 médias e 114

grandes.

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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012

Entidades da sociedade civil sugerem metas de sustentabilidade para prefeitos

A Rede Nossa São Paulo, a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e o Instituto Ethos lançaram hoje (23) a

publicação Metas de Sustentabilidade para os Municípios Brasileiros – Indicadores e Referências. O documento, que será

apresentado a todos os candidatos às prefeituras do país, pretende oferecer metas nas áreas econômica, social, ambiental,

cultural e de governança. Até agora, 550 candidatos de 328 cidades já aderiram, além de cinco diretórios nacionais.

A iniciativa faz parte do Programa Cidades Sustentáveis, iniciativa de uma rede de organizações da sociedade civil que está

aproveitando as eleições municipais de 2012 para colocar a sustentabilidade na agenda dos partidos políticos e dos

candidatos. A rede faz ainda campanha para sensibilizar os eleitores a escolher a sustentabilidade como critério de voto.

Na publicação lançada hoje, foram estabelecidos 100 indicadores, em 12 eixos, utilizados para o diagnóstico da

sustentabilidade em áreas urbanas, mostrando metas e sugestões baseadas em exemplos internacionais que deram certo e

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que podem ser implementados no país. Ao aceitar assinar o compromisso, os candidatos se propõem a desenvolver o

programa em suas cidades e a prestar contas do andamento do processo.

Entre as metas estão governança; bens naturais comuns; equidade, justiça social e cultura de paz; gestão local para a

sustentabilidade; planejamento e desenho urbano; cultura para a sustentabilidade; educação para sustentabilidade e qualidade

de vida; economia local dinâmica, criativa e sustentável; consumo responsável e opções de estilo de vida; melhor mobilidade,

menos tráfego; ação local para a saúde; do local para o global.

De acordo com o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, o modelo de desenvolvimento sugerido

apresenta uma possibilidade de andar na direção sustentável já que o existente atualmente não é, na visão da entidade. “A

mudança é uma escolha e, para isso, é necessário mudar a agenda e ir para outra direção. Por isso colocamos aqui as metas a

serem alcançadas. As cidades ocupam espaço fundamental para a direção do modelo de desenvolvimento sustentável”.

Grajew reforçou que o Programa Cidades Sustentáveis mostra, além das metas, casos de cidades que conseguiram alcançar

esses objetivos no Brasil e no mundo.

O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abraão, disse que o período de eleições é um momento de grande oportunidade para

que os candidatos entendam a mudança de planejamento. Segundo ele, os avanços só ocorrerão se todos compreenderem

que é preciso integração entre governos, sociedade e empresas.

“O programa é uma grande oportunidade de criar referências para isso, com exemplos de ações em vários eixos de

governança, ambientais, sociais e de bem-estar. Temos exemplos de cidades que deram certo e espero que os prefeitos

consigam absorver isso e colocar nos seus programas. Os governos têm que assumir compromissos e cabe ao cidadão

coparticipar e colaborar”,d isse Abraão.

O secretário nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski, explicou que o

governo federal tem procurado agir fortemente no cumprimento a metas, entre as quais a de, em 20 anos, universalizar o

saneamento básico, abastecimento, drenagem e coleta e destinação de resíduos sólidos. “Isso coincide muito com as

propostas que se discutiram aqui, na linha das cidades sustentáveis, e passam pelo planejamento”.

Segundo ele, a Secretaria de Acessibilidade está discutindo e revisando os planos diretores para que tenham participação

social na sua construção e para que sejam cumpridos. “É comum ver, principalmente municípios menores, fazerem os planos e

colocarem na gaveta, sendo aquilo simplesmente uma peça para afirmarem que têm esse projeto”. Tiscoski ressaltou que

metas como as estabelecidas pelo Programa Cidades Sustentáveis já fazem parte de ações do governo federal.

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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012

Primeira-dama do Peru discute com Dilma aperfeiçoamento de programa

inspirado no Bolsa Família

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na manhã de hoje (23) com a primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. Ela veio ao país

a convite da própria presidenta para discutir o aperfeiçoamento do programa Juntos, implantado há sete anos no Peru e

inspirado no Bolsa Família. A iniciativa tem ênfase em aspectos nutricionais e é voltada aos grupos mais pobres e vulneráveis,

especialmente as famílias rurais com mulheres grávidas e crianças até 14 anos de idade.

Também participaram do encontro os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome, Tereza Campello, com quem a primeira-dama peruana se reúne nesta tarde para tratar do assunto.

De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, durante a reunião, Heredia pediu ao governo brasileiro

assistência técnica para informatizar programas de saúde, como a área de compras de medicamentos, e estimular a

formalização de pequenas e médias empresas, além de ampliar o acesso desses negócios a programas de crédito.

Também foram discutidos mecanismos para impulsionar as exportações do Peru ao Brasil, tornando mais equilibrada a

balança comercial entre os dois países. Somente no ano passado, o Brasil exportou à nação vizinha US$ 2,262 bilhões,

enquanto as importações somaram US$ 1,376 bilhão.

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Às 15h, Dilma recebe, no Palácio do Planalto, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o francês Jean

Todt, e o ex-piloto de Fórmula 1 e da Fórmula Indy Emerson Fittipaldi. Eles vão lançar uma campanha de segurança no

trânsito para diminuir o número de acidentes e devem conceder entrevista coletiva ao fim da reunião.

Em seguida, às 16h, está prevista na agenda da presidenta um encontro com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012

IBGE: Na média de 4 regiões, desemprego em julho fica em 5,1%

A taxa de desemprego em quatro das maiores regiões metropolitanas do Brasil registrou índice médio de 5,1% em julho,

segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje (23) pelo IBGE. A médias do dados se refere às regiões de São Paulo

(5,7%), Belo Horizonte (4,4%), Recife (6,5%) e Porto Alegre (3,8%). Ficaram de fora, devido à greve que atinge parcialmente o

instituto, as regiões de Salvador e Rio de Janeiro.

Quanto à população empregada, o quadro ficou estável em julho no Recife, Belo Horizonte e São Paulo em relação ao mês

anterior. Em Porto Alegre, a queda foi 2,8%, o que representou menos 52 mil pessoas trabalhando. Na comparação anual, os

empregados cresceram 2,7% em Recife e não foi registrada variação significativa nas demais regiões pesquisadas.

O rendimento médio real caiu em três das quatro regiões - Recife (-3,5%), Belo Horizonte (-1,8%) e São Paulo (-1,1%). Em

Porto Alegre, manteve-se estável. Na comparação com julho do ano passado, as quatro regiões metropolitanas tiveram

acréscimo no rendimento médio real, com destaque para Belo Horizonte e Recife que apresentaram crescimento de 5%.

Segundo o instituto, ainda não há data para a divulgação dos dados completos da pesquisa, incluindo os das regiões

metropolitanas do Rio e de Salvador.

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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012

Ipea descarta possibilidade de Brasil repetir bolha imobiliária dos EUA

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea) descartou a possibilidade de que o Brasil sofra uma bolha

imobiliária nos moldes da ocorrida nos Estados Unidos, berço da atual crise econômica internacional, que já se arrasta há

quatro anos. O boletim Conjuntura em Foco de agosto enumerou uma série de fatores que permitem afastar este risco, como

a solidez financeira do país e o crescimento da renda dos brasileiros, somados ao fato de o crédito no Brasil ser baixo e ainda

fixado no curto prazo.

“O endividamento das famílias com o sistema financeiro (medido em relação à renda acumulada dos últimos 12 meses) ainda

é baixo comparativamente ao nível alcançado nas regiões atualmente em crise”, constata a pesquisa. Enquanto o nível de

endividamento das famílias no Brasil atinge 42% da renda acumulada nos últimos 12 meses, o mesmo indicador chega a 118%

nos Estados Unidos e a 108% nos países da zona do euro.

O Ipea recorda que o país teve durante muito tempo um cenário de baixo crédito e muita demanda contida, o que ajuda a

explicar o crescimento no número de operações nos últimos anos quando somado a uma série de medidas adotadas pelo

governo federal. Além disso, ocorreu uma alteração no perfil dos empréstimos tomados pelas famílias, passando a apostar

cada vez mais na compra de casas, que agora representam 23,2% das operações de crédito das pessoas físicas, contra 18%

dos veículos.

O boletim indica que esta pode ser, de fato, uma das explicações para a dificuldade recente do governo federal de alavancar o

crescimento com base no consumo do mercado interno: à medida que as pessoas contraem dívidas de longo prazo, tendem a

deixar de lado a compra de bens vistos como supérfluos ou secundários. Mas a aposta é de que em poucos meses essa

tendência perca força por conta da estabilização dos gastos, facilitada pela redução da taxa básica de juros, atrelada ao

aumento da renda e do nível de emprego, dois fenômenos relativamente recentes no cenário nacional.

Além dos fatores individuais, o Ipea vê nos bancos brasileiros um cuidado maior na concessão do crédito do que o encontrado

nos Estados Unidos, principalmente, onde empréstimos de alto risco acabaram levando a uma crise de inadimplência que

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resultou em um alto índice de despejos e na perda do poder de compra das famílias, ingressando em um ciclo no qual a

queda do consumo empurrou a economia como um todo para a recessão.

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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012

Alimentos sobem menos e ajudam a segurar a inflação na terceira prévia do

mês

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio

Vargas (FGV), apresentou variação de 0,34% ante 0,39%, na terceira apuração do mês de agosto. Três dos oito grupos

pesquisados tiveram aumentos em índices inferiores aos registrados no levantamento anterior.

A principal contribuição para o decréscimo do IPC-S foi verificada no grupo alimentação, com taxa de 1,07% ante 1,27%,

influenciado, principalmente, pelas hortaliças e pelos legumes (de 19,17% para 13,16%). Em educação, leitura e recreação, o

índice diminuiu de 0,71% para 0,47%, e em vestuário, de -0,49% para -0,7%.

Já os grupos habitação (de 0,2% para 0,32%) e comunicação (de 0,19% para 0,29%) registraram aumento da taxa. Nesse

último, o motivo foi o aumento nos pacotes de telefonia fixa e internet (de 0% para 0,64%). Em habitação, o que puxou o

avanço foi a tarifa de água e esgoto residencial (de 0,78% para 1,15%).

Nos demais grupos, as taxas ficaram estáveis. Em saúde e cuidados pessoais, a taxa ficou em 0,46%, com a influência dos

produtos farmacêuticos (de -0,7% para 1,20%), principalmente medicamentos (de 0,23% para 0,13%). Em transportes, o índice

ficou em -0,34%, sob o impacto dos automóveis, que registraram queda mais acentuada (de -0,5% para -0,37%) e reparos em

oficinas de veículos (de 0,68% para 0,16%).

Na classe de despesas diversas, o IPC-S permaneceu em 0,24%. Ficou mais caro usar a internet em lojas que oferecem esse

serviço (de -0,19% para 0,19%). Outro fator que contribuiu para o resultado é a estabilidade na tarifa postal, ante um aumento

de 0,72%.

Os principais itens de impacto inflacionário foram: tomate (de 48,05% para 31,39%), alimentos preparados e congelados de

ave (de 4,48% para 7,01%); plano e seguro-saúde (de 0,59% para 0,6%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,78% para

1,15%) e cenoura (de 26,37% para 20,48%).

Já em sentido contrário, ocorreram quedas nos itens: automóvel usado (de -2,5% para -2,31%); feijão-carioca (de -7,56% para

-8,84%); automóvel novo (de -0,5% para -0,37%); blusa feminina (de 1,54% para -2,05%) e etanol (de -1,17% para -1,17%).

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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012

Na construção civil, 302 mil fizeram greve no primeiro semestre

A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Fenatracop) divulgou hoje (23) balanço dando

conta que 302.600 operários do setor de infraestrutura e da construção em geral estiveram em greve no primeiro semestre do

ano em 20 dos 27 estados brasileiros. Em agosto, 51 mil decretaram paralisações e ainda estão em greve nas obras de

construção da Refinaria Abreu e Lima, e no Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco.

O presidente da entidade, Wilmar Gomes dos Santos, afirma que motivam esses movimentos a fragilidade das relações do

trabalho "justamente em um setor que responde por 9,2% na composição do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o IBGE".

"Os trabalhadores estão expostos constantemente à precariedade nos canteiros de obras, desigualdades salariais regionais e

ausência de perspectiva de melhores condições de vida", diz.

De acordo com o levantamento, as greves estão concentradas nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) –

construção, montagem industrial e óleo e gás, preponderantemente nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste.

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As paralisações ocorrem onde os salários, o pacote de benefícios e as condições de trabalho são os piores. Os pisos salariais

do Norte, Nordeste e no Centro-Oeste são perto de 30% menores que os do Centro Sul, assim como as médias dos demais

salários e benefícios.

Segundo a Fenatracop, os movimentos mais expressivos ocorreram nas obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio,

no Rio Madeira, em Rondônia, tendo como consequência incêndio nos alojamentos e até prisões de funcionários. Os

acontecimentos levarão o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) a ser convocada a prestar depoimento aos deputados

na CPI do Tráfico de Pessoas.

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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012

MP de Minas determina suspensão de crédito em dez instituições bancárias

Dez instituições bancárias que atuam em Minas Gerais foram notificadas pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do

Procon, na terça-feira (21), para suspender por cinco dias úteis a concessão de crédito ou financiamento a novos clientes por

infringirem o Código de Defesa do Consumidor e resoluções do Banco Central ao dificultarem a transferência dos correntistas

para outros bancos. A decisão cautelar refere-se aos bancos BMG, Bonsucesso, Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital,

Intermedium, Mercantil do Brasil, Rural, Santander e BV Financeira. O descumprimento da decisão administrativa acarretará

multa de R$ 1 mil por contratação identificada.

Segundo o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Renato Franco, que assina a decisão, são instituições que resistem a

acompanhar a política de redução de juros do governo federal e, com isso, criam obstáculos aos consumidores, como exigir

cópias autenticadas de todos os documentos que já fazem parte da ficha cadastral, gerando gasto desnecessário para o

cliente na tentativa de demovê-lo da decisão de mudar de banco.

O relatório da decisão foi feito com base em milhares de reclamações, segundo Franco. "As instituições também vinham

dificultando o fornecimento a seus clientes de informações cadastrais e financeiras imprescindíveis ao exercício do direito de

transferir dívidas para outras instituições financeiras (portabilidade de crédito), bem como às necessárias à liquidação

antecipada de débito, total ou parcialmente consistentes, nesse caso, no boleto bancários com o saldo devedor

proporcionalmente reduzido", diz o texto.

Hoje, dois dias após a decisão, o promotor de Justiça disse que tinha notícia de que um banco já havia tomado medidas de

adequação.

O relatório, assinado também pelo procurador de Justiça Jacson Rafael Campomizzi, coordenador do Procon de Minas Gerais,

prevê prazo de dez dias para impugnação da decisão por parte dos bancos e para comunicar se mudaram o procedimento.

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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012

Crise agilizou mudanças na economia e medidas do governo, diz Mantega O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite de hoje (23) que a crise econômica internacional acabou tendo efeitos

positivos para o país, ao forçar mudanças que demorariam muito para acontecer de outra forma.

“A crise tem o lado positivo, porque ela acaba acelerando transformações e medidas que talvez você não tomasse durante um

período normal. Você demoraria mais para fazer transformações que são exigidas durante a crise”, ressaltou ao discursar para

empresários na entrega de prêmio promovido pelo jornal Valor Econômico.

Entre as medidas que foram tomadas em função da crise, Mantega destacou a diminuição da taxa básica de juros (Selic) -

“talvez não ocorresse com a velocidade que está ocorrendo”- e o Programa Minha Casa, Minha Vida. “Talvez nós não

tivéssemos criado o Minha Casa, Minha Vida, em 2009, se não houvesse uma forte crise no país e a gente tivesse que estimular

a economia”, disse.

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O ministro declarou ainda que devido aos cortes nos juros, a taxa atingiu um dos melhores patamares “de todos os tempos”.

“O Brasil está se tornando um país normal em matéria de política monetária”, ressaltou.

Com juros reais de 2% ao ano, Mantega acredita que haverá um aumento de recursos destinados a investimentos no setor

produtivo. “A partir dessa redução, há uma tendência natural de que a disponibilidade de ativos seja canalizada não mais para

financiar a dívida pública, mas para financiar atividades produtivas”.

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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012

Arrecadação de campanhas expõe domínio privado sobre disputa eleitoral

O início do período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão esta semana representa para muitos candidatos a

prefeito, em todo o Brasil, a esperança de alcançar um maior número de eleitores na reta final de uma campanha municipal,

marcada mais do que nunca pela disparidade de orçamentos e recursos. Ao mesmo tempo em que o financiamento público

de campanha é discutido pelo Congresso Nacional como parte essencial de uma efetiva reforma política, uma análise sobre as

prestações de conta até aqui realizadas em algumas das principais cidades brasileiras confirma uma luta desigual onde a

influência das máquinas administrativas e o peso dos maiores partidos favorece consideravelmente determinados candidatos.

A desigualdade na obtenção de recursos para a campanha eleitoral seria corrigida se o país adotasse o sistema de

financiamento público aos candidatos. Relator do projeto de reforma política na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana

(PT-RS) defende a tese: “A proposta de reforma política que eu apresentei à Câmara prevê a distribuição mais igualitária dos

recursos porque garante que 25% do total de recursos disponíveis no financiamento público exclusivo sejam distribuídos

igualitariamente e os outros 75% de acordo com a votação para deputado federal ou deputado estadual, conforme a eleição

que está em disputa”.

A mudança, segundo o deputado, corrigiria um vício no sistema eleitoral brasileiro. “O financiamento público exclusivo gera,

em qualquer comparação que se faça com eleições retroativas, uma igualdade bem maior entre os candidatos. A tendência do

atual sistema de financiamento privado – e ela já foi vivenciada inúmeras vezes – é que os financiadores, que têm interesse em

estabelecer relações na maior parte das vezes privilegiadas com os futuros gestores públicos, concentrem as suas doações

naqueles que têm chance de ganhar”, diz. “Então, candidatos que arrancam mal nas pesquisas, mesmo que tenham excelentes

ideias e que possam fazer ótimos governos, têm uma chance reduzidíssima de disputar a eleição. Com o financiamento

público exclusivo de campanha, isso não ocorreria mais.”

Curiosamente, o prazo para a entrega da primeira planilha de gastos dos candidatos a prefeito e vereador à Justiça Eleitoral

expirou em 2 de agosto, mesmo dia em que teve início no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do processo do

mensalão, tão emblemático no que diz respeito à relação entre partidos, financiadores e gastos de campanha. Como de praxe,

os partidos e candidatos ainda não revelaram oficialmente a íntegra de seus doadores, mas a maior afluência de recursos para

prefeitos no exercício do mandato ou para legendas consideradas favoritas sugerem indícios da velha prática do empresariado

brasileiro de somente financiar nomes que possam lhes garantir retorno financeiro depois de eleitos.

Maior colégio eleitoral do país, São Paulo tem nos candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) as campanhas mais

vultosas. O tucano, que é apoiado pelo PSD do prefeito Gilberto Kassab, declarou já ter arrecadado R$ 1.540.732,56, montante

integralmente contabilizado no item Recursos de Outros Candidatos ou Comitês. O mesmo valor é registrado pelo candidato

do PSDB no item Baixa de Recursos em Dinheiro. Serra, no entanto, ainda não registrou oficialmente nenhuma doação de

pessoa física ou jurídica à sua campanha.

Haddad registrou R$ 950 mil como Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 475 mil como Recursos de Partido Político (que diz

respeito ao próprio partido do candidato), além de R$ 44.351,64 no item Recursos de Outros Candidatos ou Comitês, mesmo

valor registrado como Baixa de Recursos em Dinheiro. O candidato petista declarou R$ 10.718.331,03 no item Despesa

Contratada e R$ 381.645,00 no item Despesa Efetivamente Paga. O rival José Serra, por sua vez, ainda não declarou valores

referentes às despesas, o que poderá fazer, de acordo com a lei, na segunda parcial da prestação de contas à Justiça Eleitoral.

Em um segundo patamar orçamentário na disputa paulistana estão os candidatos Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomano

(PRB). O peemedebista declarou R$ 400 mil como Recursos de Partido Político e R$ 197 mil nos itens relativos às despesas

Contratadas e Efetivamente Pagas. Russomano registrou R$ 192.310,00 como Recursos de Outros Candidatos ou Comitês, R$

46,3 mil como Recursos de Pessoa Física e curiosos R$ 727,73 no item Recursos de Partido Político. O candidato do PRB, o

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único que já se declara no vermelho, estimou ainda uma Baixa de Recursos em Dinheiro no valor de R$ 239.337,73 e uma

Despesa Contratada de R$ 75.591,70.

Prefeitos turbinados

Nas metrópoles onde os prefeitos são candidatos à reeleição, a diferença é flagrante. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB)

registrou R$ 2 milhões como Recursos de Partido Político, R$ 350 mil como Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 534.925,50 como

Recursos de Outros Candidatos ou Comitês, valor equivalente à Baixa de Recursos em Dinheiro. A campanha do atual prefeito

do Rio registrou ainda R$ 1.378.596,62 como Despesa Contratada e R$ 728.206,62 como Despesa Efetivamente Paga.

O adversário que mais se aproxima de Paes é Rodrigo Maia (DEM). Apoiado pelo pai, o ex-prefeito Cesar Maia, e pelo PR do

ex-governador Anthony Garotinho, o candidato demista registrou R$ 768.168,29 como Despesa Contratada e R$ 60.120,50

como Despesa Efetivamente Paga. Em termos de arrecadação até aqui, no entanto, Rodrigo registrou apenas R$ 50 mil como

Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 30 mil como Recursos de Partido Político, estando aquém do desempenho histórico de seu

partido no Rio.

Marcelo Freixo (PSOL) declarou já ter arrecadado R$ 84.550,00 como Recursos de Pessoa Física e R$ 18.379,69 como Recursos

de Partido Político, valor equivalente à Baixa de Recursos em Dinheiro. Tanto a Despesa Contratada quanto a Despesa

Efetivamente Paga pelo candidato do PSOL foram registradas com o valor de R$ 95.771,75. Já Otávio Leite (PSDB), único a

registrar o item Recursos Próprios (R$ 20 mil), afirmou ter arrecadado ainda R$ 25 mil como Recursos de Pessoa Física e R$

52,5 mil como Recursos de Pessoa Jurídica. A Baixa de Recursos em Dinheiro do tucano é de apenas R$ 5 mil e despesa até

aqui, tanto a contratada como a efetivamente paga, é de R$ 79.878,36.

Outro exemplo da diferença de tratamento, nesse atual sistema de financiamento de campanha, que a influência das grandes

legendas ou de quem já está no poder pode causar é Belo Horizonte, onde o prefeito Márcio Lacerda, candidato à reeleição

pelo PSB, registrou nos itens Despesa Contratada e Despesa Efetivamente Paga o montante de R$ 744.821,97. Como

arrecadação, Lacerda, que tem o apoio do governador Antonio Anastasia (PSDB), registrou R$ 300 mil como Recursos de

Pessoa Jurídica e R$ 700 mil como Recursos de Outros Candidatos ou Comitês.

Na capital mineira, outro candidato peso-pesado é Patrus Ananias (PT), que registra R$ 897,5 mil como Recursos de Partido

Político, item que demonstra toda a importância dada pelo PT à disputa com o senador tucano Aécio Neves, que também

apóia Lacerda. No entanto, nos itens Despesa Contratada e Despesa Efetivamente Paga, o petista, que já foi prefeito de Belo

Horizonte entre 1993 e 1996 e deixou o cargo com 85% de aprovação, registrou somente R$ 75.893,18 até aqui.

Polarização

Entre as principais capitais, a campanha mais franciscana até aqui se dá em Porto Alegre, onde o candidato José Fortunati

(PDT), atual prefeito, registrou a arrecadação de apenas R$ 69.127,00 no item Recursos de Outros Candidatos ou Comitês. A

Baixa de Recursos em Dinheiro do pedetista é estimada em R$ 69.127,00, e a Despesa Contratada até aqui atinge R$

64.397,00.

Na capital gaúcha, quem lidera a arrecadação, segundo as informações oficialmente transmitidas à Justiça Eleitoral, é Manuela

D’Ávila (PCdoB), que registrou R$ 450 mil no item Recursos de Partido Político, demonstração da aposta que fazem os

comunistas na possibilidade de conquistar a prefeitura de Porto Alegre. Para efeito de comparação, o candidato do PT, Adão

Villaverde, registrou como Recursos de Partido Político apenas R$ 95 mil, valor próximo ao estimado para os itens Despesa

Contratada e Despesa Efetivamente Paga (R$ 94.964,18).

Em outra campanha polarizada, Recife mostra um pouco mais equilíbrio na distribuição de recursos entre os candidatos.

Apoiado pelo governador Eduardo Campos, o candidato do PSB, Geraldo Júlio, é o que está mais à vontade e registrou R$

1.036.000,00 como Recursos de Partido Político e R$ 550 mil como Recursos de Pessoa Jurídica. A Baixa de Recursos em

Dinheiro do atual prefeito é ainda modesta (R$ 15 mil), e as despesas Contratada e Efetivamente Paga foram registradas em

R$ 695.082,92.

O candidato do PT, Humberto Costa, registrou R$ 100 mil como Recursos de Pessoa Física e R$ 500 mil como Recursos de

Pessoa Jurídica. As despesas Contratada e Efetivamente Paga pelo PT, partido que comanda a prefeitura há doze anos, foram

registradas em R$ 510 mil. Já Mendonça Filho (DEM) registrou R$ 600 mil como Recursos de Partido Político, R$ 559.298,50

como Despesa Contratada e R$ 423.218,50 como Despesa Efetivamente Paga. Daniel Coelho (PSDB) foi o que mais colocou

dinheiro no item Recursos Próprios (R$ 100 mil), além de R$ 135 mil como Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 100 mil como

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Recursos de Partido Político. Nos itens Despesa Contratada e Despesa Efetivamente Paga, o candidato tucano registrou R$

204.681,78.

Para o secretário-geral do PT, Eloi Pietá, o setor empresarial brasileiro poderia se mostrar mais engajado na luta pelo

financiamento público de campanha: “O financiamento privado tem sido um problema até mesmo para o próprio setor

empresarial. A empresa que contribui para uma campanha eleitoral termina se vinculando especificamente a alguns candidatos

ou partidos e pode ter problemas no futuro, na medida em que, se participar de uma licitação ou concorrência pública, vai

terminar sempre ficando aquela dúvida: será que ganhou porque contribuiu para a campanha?”.

O dirigente petista identifica outro setor que precisa ser “convencido” sobre os benefícios da mudança no sistema: “A grande

mídia brasileira é contra o financiamento público exclusivo e defende a manutenção do financiamento privado. Em primeiro

lugar, porque a grande mídia é grande empresa e quer que o setor empresarial privado continue controlando o setor público.

Em segundo lugar, porque a grande mídia vive também, digamos, desta imagem de que todo o mundo político é corrupto.

Para eles é interessante manter, de uma certa maneira, a má fama da política para ter a boa fama deles na sociedade”, diz.

Procurado para comentar o assunto, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que participa da coordenação de campanha do

candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo, José Serra, não concedeu entrevista até o momento de publicação desta

reportagem.

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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012

Confederação dos servidores diz que corte salarial vai afetar 30 mil

Em reação ao anúncio do corte integral do salário de 11.495 servidores federais por conta da greve da categoria, o diretor

executivo da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, disse hoje (23)

aoViomundo, que a medida surpreende a todos considerando-se que o governo teve o grande apoio do funcionalismo para

se eleger em 2010.

Nas contas da Condsef, o corte salarial deve atingir 30 mil trabalhadores. “É um ato ilegal”, afirmou Sérgio Ronaldo, lembrando

que durante greve de servidores em 2010 o próprio governo emitiu nota técnica dizendo que o corte máximo de salário

deveria ser de sete dias em um mês. Ele disse que o objetivo da decisão é forçar o fim da greve “na marra e não no

convencimento”.

A Confederação obteve liminares em Mato Grosso e Rondônia para suspender o corte dos salários, mas a obtida no Distrito

Federal foi cassada. Agora, a Condsef vai ao Supremo Tribunal Federal. A entidade também aguarda manifestação do ministro

José Antônio Dias Toffoli, relator do pedido dos servidores para que seja declarado inconstitucional o Decreto 7.777, que

permite a substituição de funcionários públicos federais em greve por servidores estaduais e municipais.

Segundo o dirigente, a paralisação por reajuste salarial e reestruturação do plano de carreira atinge 300 mil funcionários

públicos. Para o Ministério do Planejamento, são 80 a 90 mil. Até agora a proposta do governo prevê aumento de 15,8%

parcelado em três anos. A Condsef esperava ainda para hoje uma proposta para apresentar no sábado (25) a uma assembleia

nacional de servidores grevistas.

Oficial

De acordo com nota do Ministério do Planejamento, o corte de ponto atingiu 11.495 servidores que fizeram de um a 30 dias

de paralisação em julho. "Esse número corresponde a 1,97% dos 571.875 servidores do executivo civil ativo. Os servidores de

universidades e institutos federais não fazem parte do cálculo e estão em processo de volta ao trabalho e negociação para

reposição dos dias parados. Em 16 ministérios não houve registro de paralisação e, portanto, corte de ponto."

O ministério informou que os órgãos públicos que registraram paralisação de servidores são, predominantemente, da

Administração Indireta (agências reguladoras, entidades vinculadas, fundacionais e autárquicas) com 8.079 funcionários que

paralisaram durante um ou mais dias as suas atividades. Entre as 10 áreas com maior percentual de paralisação, oito são

agências reguladoras. Na Administração Direta 3.416 servidores tiveram o ponto cortado. O valor total dos descontos de dias

parados soma R$ 20.668.252,39.

Defesa

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O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu o corte de ponto. Para ele, o governo tem agido

corretamente ao negociar com os trabalhadores, mas também não efetuar o pagamento daqueles que estão parados. “O

servidor em greve rompeu com seu contrato, está reivindicando. Não é justo em nenhuma paralisação que elas se deem com

o trabalhador recebendo o salário na integralidade. Na iniciativa privada não é assim. O mesmo modelo deve servir para os

servidores públicos”, disse.

Mesmo defendendo o direito de greve dos trabalhadores, Marco Maia, que já foi dirigente sindical, avaliou que o corte de

ponto é uma medida necessária. “As greves que são realizadas pelos servidores públicos brasileiros são legítimas. Todo

trabalhador tem o direito de reivindicar, buscar melhorar sua condição de trabalho e sua situação salarial. O governo está

agindo certo ao sentar para negociar, discutir com os servidores caminhos que resolvam suas reivindicações, mas, ao mesmo

tempo, sendo duro na cobrança da responsabilidade e de comportamento republicanos dos grevistas”, frisou.

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