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SOBREAVISO NORMATIZADO sobreaviso NORMATIZADO Boletim Médico Médico Sindicalizado é Médico Representado Envelopamento fechado pode ser aberto pela Ect. www.simesc.org.br - [email protected] - Rua Coronel Lopes Vieira, 90 - Fpolis/SC - 88015-260 Informativo do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina - out/nov/dez 2008 - nº 123 GERAL Movimentos contra as privatizações nos serviços públicos de SC Página 12 ESPECIAL As Organizações Sociais e a gestão da Saúde Pública Páginas 22 e 23 ENTREVISTA Dr. Geraldo Alves da Silva, secretário regional do SIMESC em Blumenau desde 2006, fala dos reflexos da Resolução do CFM nº.1834/2008 no regimento interno dos hospitais Páginas 04 e 05 Mais uma conquista da categoria médica

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SOBREAVISONORMATIZADO

sobreavisoNORMATIZADO

Boletim Médico

Médico Sindicalizado é Médico Representado

Envelopamento fechado pode ser aber to pela Ect.

www.simesc.org.br - [email protected] - Rua Coronel Lopes Vieira, 90 - Fpolis/SC - 88015-260Informativo do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina - out/nov/dez 2008 - nº 123

GERALMovimentos contra as

privatizações nos serviçospúblicos de SC

Página 12

ESPECIALAs Organizações Sociais

e a gestão da Saúde PúblicaPáginas 22 e 23

ENTREVISTADr. Geraldo Alves da Silva, secretário regional do SIMESC em Blumenau desde 2006, fala dos reflexos da Resolução do CFM nº.1834/2008 no regimento interno dos hospitais Páginas 04 e 05

Mais uma conquista da categoria médica

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DIRETORIAS REGIONAIS DO SIMESCBalneário Camboriú: Presidente - Renato C. VargasSecretário - Delmo DumkeTesoureiro - Pedro Alves Cabral FilhoBlumenau: Presidente - Egídio NegriSecretário - Geraldo Alves da SilvaTesoureiro - Celso Carvalho BernardesBrusque: Presidente - André KarnikowskiSecretário - Manuel Domingues ParenteTesoureiro - Rudimar Fernando dos ReisCaçador: Presidente - Cláudio Rogério AraldiSecretário - Pedro Roman RosTesoureiro - Eduardo Barbosa LopesCanoinhas: Presidente - Saulo Pinto SabatiniSecretário - Elói José QuegeTesoureiro - Edson Flávio CollaCentro Oeste: Presidente - Gilmar KrukerSecretário - Jonas MedeirosTesoureiro - Auredy Sella AguiarChapecó: Presidente - Gerson Teixeira ZanussoSecretário - Ana Beatriz Sengik SaezTesoureiro - Lucinda FernandesExtremo Oeste: Presidente - Romar Pagliarin JuniorSecretário - Miguel Neme NetoTesoureiro - Cláudio Demetro GraciolliItajaí: Presidente - Mauro César Azevedo MachadoSecretário - Tharnier ZaguiniTesoureiro - Márcio Azevedo MoraesJaraguá do Sul: Presidente - Maxwell Jorge de OliveiraSecretário - Rogério GuindaniTesoureiro - Lúcia Tabin de OliveiraJoaçaba: Presidente - Hotone DallacostaSecretário - Edimar SolanhoTesoureiro - Paulo Roberto Barbosa Albuquerque

Joinville: Presidente - Hudson Gonçalves CarpesSecretário - Marcelo PratesTesoureiro - Suzana de AlmeidaLages: Presidente - Fabiano Marcos BrunSecretário - Rodrigo Santos RamosTesoureiro - Edson Hollas SubtilLaguna: Presidente - Vilberto Antônio FelipeSecretário - Jair Paulo SchuhTesoureiro - Airto Aurino FernandesMafra: Presidente - Gabriel KubisSecretário - Norberto RauenTesoureiro - Denis Griep CarvalhoMédio Vale: Presidente - Ronaldo BachmannSecretário - Alfredo NagelTesoureiro - Roberto Amorim MoreiraRio do Sul: Presidente - Marcos Luiz Franzoni Secretário - Alexandre Castro RoblesTesoureiro - Sérgio de Moura Ferro SilvaSão Bento do Sul: Presidente - Iara M. MarasciuloSecretário - Marluce da Costa MelloTesoureira - Maria da Conceição AzedoTubarão: Presidente - Ilson Ávila DominotSecretário - Vendramin Antônio SilvestreTesoureiro - Akilson Ruano MachadoVideira: Presidente - Agostinho Júlio BernardiSecretário - Jorge Antônio Lopes OliveiraTesoureiro - Carlos Eduardo WaltrickXanxerê: Presidente - Flávio FilappiSecretário - Luiz Felipe Diniz FagundesTesoureiro - Paulo Sérgio de Almeida Peres

Publicação do Sindicato dos Médicos do Estado de SCTiragem: 8.000 exemplaresR. Coronel Lopes Vieira, 90 | Fpolis/SC | 88.015-260Fone: 48 3223.1030 | 3223.1060 | Fax: 48 3222-9279CNPJ: 83863787/0001-42 | www.simesc.org.br Email: [email protected] Responsável: Simone Bastos SC 02095-JPFotos: Simone Bastos, Uiara Zilli, arquivo SIMESC, Denise Teixeira e Istockphoto.Editoração e Capa: Júlia Cristina Brancher SonciniImpressão: Odorizzi Editora e GráficaColaboradores: Terezinha Koerich, funcionários e diretores do SIMESC

Presidente: João Pedro Carreirão Neto | Vice-pre-sidente: Vânio Cardoso Lisboa | Secretário Geral: César Augusto Ferraresi | 1º Secretário: Odi José Oleiniscki | 2º Secretário: Zulma Sueli Carpes da Na-tividade | Tesoureiro Geral: Leopoldo Alberto Back | 1º Tesoureiro: João Batista Bonnassis Jr | Diretores: Im-prensa/Divulgação: Fábio Cabral Botelho | Relações Intersindicais: Jolnei Hawerroth | Assuntos Sócio-culturais: Anamar Lúcia Brancher | Assuntos Ju-rídicos: Sidney Pereira Dachi | Adjunto de Assuntos Jurídicos: Alexandre Horn Vianna | Formação Sindi-cal e Sócio Econômico: Evandro Luz Maier | Saúde do Trabalhador: Renato César Lebarbenchon Polli | Patrimônio: Valdete da Silva Sant’Anna | Informática: Tanise Balvedi Damas | Apoio ao Graduando: Eliana de Oliveira Lopes Nunes | Apoio ao Pós-graduando: Amanda Ibagy | Conselho Fiscal: Titulares: Paulo Márcio da Silveira Brunato; Gladimir Dalmoro; Luiz Leitão Leite, Suplentes: Sérgio Wilson Duwe; Cícero Fernando Stahnke; Ana Cristina Vidor.

EXPEDIENTE

DESPESAS COM SAMU SÃO REJEITADAS

SUMÁRIO

A Regulamentação da Atividade Médica03SIMESC obtém remuneração para Diretor Técnico06A crise é grave, mas o Brasil tem recursos para enfrentá-la bem07Geral 08

Regionais13

AGO aprova prestações de contas e elege diretores regionaisRDP reúne diretores na CapitalDespesas com SAMU são rejeitadasAssembléia Geral de Médicos estipulou prazo para cumprimento da GDPMCAOS EM SÃO JOSÉ: Médicos do município denunciam a falta de condiçõesde trabalho e o atraso dos saláriosMovimentos contra as privatizações nos serviços públicos de SC

Diretores visitam o curso de medicina de Tubarão e apresetam o Sindicato aos futuros médicosAssessoria jurídica do SIMESC participou da reunião do Corpo Clínico do Hospital Santa CatarinaRegional do SIMESC em São Bento do Sul e AMCET cobram do Prefeito Eleito reinvindicações da categoria

Expressas 18Regulamentação da Assistência Jurídica do SIMESCNovos DiretoresNota da FalecimentoSIMESC agradeçe a presença das DiretoriasSIMESC participa do novo Conselho Municipal de SaúdeDe olho no Leão: Imposto de Renda 2009FENAM decide desfiliar-se da CNPL e da CUTNova diretoria da FMSB foi eleita e empossada durante assembléia da entidadeFEMESC de 2009 será em TimbóAposentadoria especial para atividade insalubre

Novos filiados21As Organizações Sociais e a gestão da Saúde Pública22FENAM24Prestação de Contas25SIMESC Recomenda26Sindicato Presente / Agenda27

SOBREAVISO MÉDICO SOB A ÓTICA DA RESOLUÇÃO DO CFM Nº. 1.834/2008

REGULAMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA DO SIMESC

Mais uma conquista da categoria médica

18

12

15SOBREAVISO NORMATIZADO

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EDITORIAL

O denominado trabalho em regime de sobreaviso na atividade médica, com a edição da Resolução nº. 1.834, do Conselho Federal de Medicina, em 21 de fevereiro de 2008 e já transcorridos os 180 dias previstos para as adequa-ções, ganhou um importante apoio na sua implementação e na própria regu-lamentação. Destaca-se da resolução, a reafirmação do regime de trabalho e como tal deve ser remunerado, e tam-bém por, finalmente, impedir que regi-mentos de corpos clínicos possam determinar a obrigatoriedade na partici-pação de escalas de sobreaviso, inde-pendentemente de remuneração. Esse impedimento é o principal responsável pelo movimento de resistência oferecida pelos contratantes de serviços, contrári-os à resolução. Esses contratantes, até então, através de ações protelatórias e justificativas fundamentadas no financia-mento, aproveitavam-se dos regimentos com cláusulas de obrigação, para obter a prestação dos serviços sem remunera-ção. Assim, somente com leis que regu-lamente a atividade e, em especial o tra-balho médico, o sobreaviso, os plantões, as jornadas de trabalho e serviços de urgência, entre outros, poderá o exer-cício da profissão ser livre. Que não se confunda com o conceito liberal do exer-cício. “Seremos escravos da lei para que possamos ser livres (Cícero)”. Por que tantas dificuldades para regulamentar as atividades médicas? Após 20 anos, a Constituição Brasileira ainda possui dispositivos que carecem de regulamen-tação e outros que parecem ter sido esquecidos. A aposentadoria especial por atividade insalubre para servidores públicos enquadra-se na primeira situa-ção. As jornadas de trabalho do médico na segunda. No capítulo II, dos direitos sociais, no artigo 7º, o inciso XIII esta-belece: duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensa-ção de horários e a redução da jornada,

mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. E no inciso seguinte (XIV) lê-se: jornada de seis horas para o tra-balho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação cole-tiva. Na atividade médica, nos regimes de plantões, as jornadas superam em muito a duração prevista, principalmente por estar caracterizado como trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. E cabe enfatizar que em razão das jornadas serem de 20 horas semanais, na maioria das vezes, pode-se deduzir o tamanho da infração consti-tucional. A constituição não é respeitada e as interpretações são amplas e mui-tas vezes controversas. Uma revisão das decisões dos tribunais trabalhistas e até uma simples leitura de súmulas é suficiente para constatar a afirmativa. O regime de sobreaviso foi regulamen-tado para os ferroviários em 1943, para os petroleiros em 1972 e para os aero-nautas em 1984. É incompreensível que não tenha sido regulamentado para os médicos até hoje, mesmo tratando-se de atividade antiga e essencial, cuja necessidade de assistência imediata à sociedade é inquestionável. Então o que dizer das jornadas de trabalho que ultra-passam a duração máxima? E os interva-los entre jornadas,o repouso ou intervalo intra-jornadas, as jornadas extenuantes, as situações de risco, os tipos de locais de trabalho, para citar apenas os mais conhecidos, quando terão a atenção devida e a necessária regulamentação? Os projetos de lei sobre piso salarial do médico e sobre a atividade médica tramitam com todas as dificuldades e raramente avançam. A lei que trata do piso salarial do médico é de 1961, está ultrapassada e até o momento, nenhum projeto conseguiu alterá-la. A profissão médica ainda não foi regulamentada, em que pese a quantidade de leis que de al-guma forma abordam a atividade médica. Espera-se que o projeto de lei 7703/06 que trata da regulamentação da profis-

são médica possa, em 2009, sem emen-das, finalmente ser aprovado e sancio-nado pelo Presidente da República. As entidades e os profissionais também de-vem fazer a sua parte. Em nome de um exercício liberal da profissão, os médi-cos aceitam utilizar estabelecimentos de saúde para atendimento de seus pa-cientes e, em troca, obrigam-se a cum-prir escalas de sobreaviso, de plantão, horários pré-determinados e freqüência, respeito aos regulamentos existentes e até investimentos nos serviços. Altivez, ignorância ou ingenuidade! Um quase empregado sem direitos, mas pleno de obrigações, que ainda demonstra inse-gurança e dúvidas entre exigir relações formais de trabalho ou agradecer à instituição que abriga suas atividades. A organização dos médicos nos locais de trabalho e o apoio das entidades médi-cas são fundamentais para a normatiza-ção do sobreaviso ou para pelo menos estabelecer remuneração justa. O sindicato é a entidade legalmente re-presentativa da categoria profissional dos médicos e, portanto, apta a encaminhar as reivindicações e propor os acordos coletivos com os tomadores de serviços, mas a participação dos profissionais é indispensável. Com prudência, mas com firmeza, de forma organizada, os médi-cos precisam debater a questão, rever situações em que o vínculo trabalhista deve ser a proposição mais adequada e que no regime de sobreaviso estabeleça negociações apoiadas nas decisões co-letivas, documentadas, protocoladas e encaminhadas de forma a possibilitar a realização dos acordos. O cumprimento da resolução depende apenas da ca-tegoria médica, ainda que possam existir ações contrárias a ela. Sobreaviso médi-co sem remuneração deve fazer parte do passado.

Dr. João Pedro Carreirão NetoPresidente do SIMESC

A REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE MÉDICA

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ENTREVISTA ESPECIAL

SOBREAVISO MÉDICO SOB A ÓTICA DA RESOLUÇÃO DO CFM Nº. 1.834/2008

O que acha da Resolução do CFM nº. 1.834/2008?

Na minha opinião, consolida uma prática médica que vem sendo re-alizada até hoje de forma gratuita, passada somente como dever do médico, ou seja, uma obrigação. Mas, como estamos no Brasil, um país que não gosta de cumprir leis, essa prática tem se tornado um tormento para grande parte dos colegas que participam. Muitas obrigações são re-passadas em acordos políticos entre hospital e o governo, onde, por exem-plo, um cirurgião em um final de ano passa a ser sobreaviso de toda uma região, tornando uma jornada dura e perigosa. Isto tudo aconteceu, porque o médico não sabe se impor como profissional, e um pouco de passivi-dade das entidades médicas, permitiu que em troca de uma remuneração pelo procedimento, essas horas à disposição do hospital fosse o preço pela fidelidade e garantia de exclusivi-dade. Com o tempo, o procedimento foi cada vez mais desvalorizado, pois agregaram ao trabalho médico uma centena de custos, tendo como re-sultado final, um aumento das obriga-ções com pouca remuneração.

A resolução pode ajudar nas ne-gociações do sobreaviso tendo em vista a experiência dos hospitais em Blumenau ou na região?

Sim, pois nossa entidade regulamen-

tadora assume a responsabilidade por esse direito em forma de lei, ou seja, quando descumprimos essa norma estamos indo contra as diretrizes de nosso conselho. Muitas vezes, du-rante negociações fomos ameaçados por administradores, de processo no CRM, e agora, essa regulamentação nos poupa de atritos neste sentido.

Quais as perspectivas de negocia-ção?

A expectativa é muita boa, pois agora regulamentado, um pouco do medo da indisposição desaparece, e a partir disto começaremos a mobilizar os corpos clínicos dos hospitais re-alizando “Fóruns” sobre o assunto, o que desmistificará essa luta, tornando esse caminho consciente e seguro.

Como funciona o sobreaviso? Tem alguma semelhança com a remu-neração da hora/plantão?

Funciona da seguinte maneira: como a maioria dos hospitais não tem condições de manter grande núme-ro de profissionais de plantão nas emergências, esses especialistas ficam à disposição, na forma de es-cala, da instituição, permanecendo em sua casa ou perto o suficiente a ter condições, quando solicitado, a atender em tempo hábil de forma pre-sencial ao paciente em emergência ou urgência. Até agora, essa disposição era gratuita e ganhávamos somente o

procedimento realizado. A reivindica-ção se baseia em 1/3 (um terço) da hora plantão do emergencista, e hora completa pelas horas trabalhadas.

Como está atualmente a situação em Blumenau com relação a este assunto, já que se passaram mais de oito meses da regulamenta-ção?

Em Blumenau, apenas algumas espe-cialidades são contempladas. A cirur-gia pediátrica foi a grande iniciadora do movimento em nossa cidade, e con-quistou de forma quase que autôno-ma o reconhecimento. Em seguida, a cirurgia geral, a ortopedia, a urologia e cirurgia vascular do Hospital Santa Isabel conquistaram o pleito após oito meses de negociação, contando com a participação do Sindicato dos Médi-cos do Estado de Santa Catarina. No último dia 15/12, a gastroenterologia e a nefrologia deste mesmo hospital ini-ciaram a negociação com os adminis-tradores desta instituição, e também solicitaram a orientação do SIMESC. O serviço de psiquiatria do hospital Santo Antonio também comunicou o início da negociação.

A circular encaminhada pelo CRM aos diretores clínicos e técnicos orientando sobre o sobreaviso fez alguma diferença?

Fez muita diferença, muitos diretores estavam mais preocupados em de-

A edição 123 traz como entrevistado o cirurgião geral especializado em vídeo cirurgia do Hospital Santo Antônio de Blumenau e do Hospital de Luis Alves, Diretor Clínico do Hospital Santo Antônio e secre-

tário regional do SIMESC em Blumenau desde 2006. Acompanhe na entrevista os reflexos da Resolução no regimento interno dos hospitais que trabalham com o Sobreaviso Médico.

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fender as instituições de saúde do que propriamente o médico. Agora muitos se lembraram que ainda são médicos e passaram a ter que acatar ou pelo menos reconhecer a reivindicação. Reconhecemos que as instituições passam por problemas, mas temos que reconhecer que o médico não pode assumir compromissos de for-ma gratuita. Cremos que os hospitais passam por dificuldades, pois tam-bém são explorados da mesma forma que o médico. Por isso, reconhecer essa forma de trabalho tornará mais fácil a inclusão nos orçamentos dos gestores públicos. Por isso, acho que a tentativa, da associação dos hospi-tais de Santa Catarina, de impugnar a resolução do CFM, uma decisão sem inteligência e contraditória.

Qual a posição da regional?

Todos os diretores clínicos e técnicos acham justo o pagamento pelo so-breaviso prestado. O que falta agora é atribuir normas e responsabilidades para alcançar os objetivos. Para isto um FÓRUM sobre o sobreaviso, en-volvendo gestor público, promotoria, médicos e suas entidades, tornará mais rápidos e justos as negocia-

ções.O que acha da solicitação do CRM ao Sindicato para intermediar as negociações, inclusive a dar cum-primento à resolução do Conse-lho?

O SIMESC sempre se mostrou como defensor dos direitos do médico, e tem muita experiência com as ne-gociações, logo, a solicitação vem avalizar o que historicamente vem acontecendo, e fortalece a união de nossas entidades médicas.

O parágrafo único, do art. 3, da resolução do CFM, coloca que “os reg imentos i n te r nos das i ns -tuições de saúde não poderão vincu-lar a condição de membro do Corpo Clínico à obrigatoriedade de cumprir disponibilidades em sobreaviso”. Os hospitais da região mudaram seus regimentos internos em virtude desta condição?

Não foi mudado nenhum regimento na prática, mas agora os chefes de serviços deixaram de ser pressiona-dos, assim como seu corpo clínico, pois muitos gestores e administra-dores se utilizaram desta norma para

ameaçar e responsabilizar penalmente pela falta da escala, e possível dano ao paciente.

Existia este tipo de ordem? Foram adequados lembrando que o prazo era de seis meses?

Normalmente, a instituição utiliza para condição de entrada no corpo clínico a realização de sobreaviso, isto é de praxe. Pessoalmente, entendemos como forma de cooperação dos mais novos no corpo clínico, com os mais antigos, uma forma de divisão de tra-balho. O problema em nosso entender não é este, e sim, esta norma ser uma forma de responsabilizar somente os chefes de serviços pela escala, eximin-do assim, os demais de suas respon-sabilidades. Infelizmente, sou obriga-do a relatar que colegas se utilizaram erroneamente desta nova norma, ao solicitar entrada no corpo clínico pro-metendo cooperar com o trabalho e logo após serem aceitos, negaram-se a realizar sobreaviso, o que no meu entender é um desrespeito à Luta e àqueles que o acolheram. Não somos contra o sobreaviso, somos contra a sua realização de forma gratuita.

“Muitas vezes, durante negociações fomos amea-

çados por administra-dores, de processo no

CRM, e agora, essa regu-lamentação nos poupa de

atritos neste sentido.”

Dr. Geraldo Alves da Silva, secretário regional do SIMESC em Blumenau

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ARTIGO

SIMESC obtém remuneração para Diretor TécnicoUm médico do oeste catarinense procurou

a Assessoria Jurídica do SIMESC para obter

a remuneração dos serviços prestados en-

quanto Diretor Técnico de hospital filantrópi-

co. De posse de extenso rol de documen-

tos, que comprovava a atividade durante

17 anos, inclusive com alvarás sanitários

e documentos obtidos junto à prefeitura

municipal daquela pequena localidade, foi

efetuada ação trabalhista, visando a tutela

jurisdicional contra o tomador de serviço, já

que entidade privada.

O advogado Luis Claudio Fritzen fundamen-

tou a pretensão no Art. 28 do Decreto nº.

20.931, de 11 de dezembro de 1932, que

preceitua que qualquer organização hospi-

talar ou de assistência médica, pública ou

privada, obrigatoriamente tem que funcio-

nar com um Diretor Técnico, habilitado para

o exercício da medicina, como principal

responsável pelos atos médicos ali realiza-

dos, bem como pela Resolução do Con-

selho Regional de Medicina do Estado de

Santa Catarina (CREMESC) nº. 011/95, de

29 de junho de 1995, ao dispor que: “Art.

1º. - A direção técnica, função exigida pelo

Decreto Federal nº. 20.931/32, é cargo pri-

vativo de médico, de confiança da adminis-

tração da instituição prestadora de assistên-

cia médica, devendo ser remunerado”.

Na primeira audiência, não se obteve con-

ciliação, sendo apresentada defesa, funda-

mentada no caráter filantrópico do nosocô-

mio e de que médico era “voluntário” na

prestação do serviço enquanto Diretor

Técnico, bem como na não inferência das

normas do Conselho Federal de Medicina

(CFM) e Conselhos Regionais de Medici-

nas (CRMs) nas instituições hospitalares.

Entretanto, já na audiência de instrução,

foi formalizado um acordo, beneficiando o

profissional médico, que recebeu de forma

parcelada o valor de R$ 50.000,00 reais,

que foi a proposta do MM. Juiz do Trabalho

que presidia o ato. Embora o profissional

médico tenha ficado satisfeito com o resul-

tado financeiro obtido, lamentou de que não

tivesse sido julgado o processo, com sen-

tença e eventual recurso, eis que abriria um

bom precedente para outros colegas que

estão na mesma situação fáctico-jurídica.

Diretor Clínico e TécnicoO Diretor Clínico é o médico representante e coordenador do corpo clínico no concerto administrativo do hospital e, por esta razão, deve ser eleito de forma direta pelos médicos da instituição. É o elo entre o Corpo Clínico e a Direção Técnica e/ou Direção Geral da instituição. A legislação sobre o assunto diz: Lei 3.999 de 15 de dezembro de 1961: “(...) Art. 15 - Os cargos ou funções de chefias de serviços médicos, somente poderão ser exercidos por médicos, devidamente habilitados na forma da Lei. (...).” A Resolução CFM nº. 1.342/91, de 08 de agosto de 1991, resolve: “Art. 1º. - Determinar que a prestação da assistência médica nas instituições públicas ou privadas é de responsabilidade do diretor técnico e do diretor clínico, os quais, no âmbito de suas respectivas atribuições, responderão perante o Conselho Regional de Medicina pelos descumprimentos dos princípios éticos, ou por deixar de assegurar condições técnicas de atendimento, sem prejuízo da apuração penal ou civil. (...).” O Diretor Técnico é um médico contratado pela Direção Geral da instituição, e por ela remunerado, para assessorá-la em assuntos técnicos. É o principal responsável médico pela instituição, não somente perante o Conselho Regional e Federal de Medicina, como também perante à legislação.

Dr. Luis Cláudio FritzenAssessor Jurídico do SIMESC

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MOMENTO ECONÔMICO

A crise é grave, mas o Brasil tem recursos para enfrentá-la bemPor mais críticas que sejam a situação e as circunstâncias, não aceite o desespero. Nas ocasiões em que tudo leva ao medo, não se deve ter medo de nada; quando se está rodeado de perigos, não se deve temer perigo nenhum; quando se esgotaram os recursos, deve-se contar com todos os recursos; quando se é surpreendido, deve-se surpreender o inimigo. Sun-tzu, A arte da Guerra.

A crise financeira internacional está longe de terminar. O fato dela ser generalizada e ter como epicentro os Estados Unidos, impossibilita um “descolamento” do Brasil em relação aos seus efeitos. Mas, alguns aspectos da política econômica e comercial do Brasil, listados abaixo, for-necem ao país razoável capacidade de enfrentamento dos efeitos da crise que se apresentarão nos próximos meses:a) O país está menos dependente do mercado consumidor dos Estados Uni-dos, centro da crise. Em 2001, 24,7% das exportações brasileiras eram des-tinadas àquele país, fatia que hoje se limita a 15% do total; b) O nível das reservas cambiais existentes no país, superior a US$ 200 bilhões. Um dos principais canais de transmissão da crise financeira interna-cional para a economia do país tem sido a falta de crédito para a exportação. O governo já utilizou uma pequena parte das reservas para garantir a liquidez do mercado de câmbio e como a deman-da por dólares segue forte, as reservas continuarão sendo fundamentais para enfrentamento da crise nos próximos meses;c) O atual dinamismo do mercado inter-no, que tem sido o motor do crescimen-to da economia brasileira nos últimos trimestres, é fundamental. A economia tem crescido com base na expansão do consumo das famílias e a taxa de cresci-mento dos investimentos vem expandin-do o dobro do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB); d) O mercado de trabalho continua apre-sentando um ótimo desempenho, até o momento. A taxa de desemprego nas Regiões Metropolitanas continuou caiu em setembro, para 14,1%. Simultanea-

mente, a renda vem crescendo, ainda que de forma discreta: o rendimento médio real dos ocupados em agosto era de R$ 1.171,00. Nos últimos 12 me-ses, entre setembro de 2007 e agosto de 2008, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 4,8% nas Regiões Metropolitanas. O crescimento tanto do nível de ocupação, quanto do rendi-mento médio real, provocou nos últimos 12 meses até agosto, uma expansão da massa de rendimentos dos ocupados em expressivos 10,0%;e) Um outro fator extremamente positivo também, neste momento, é a situação da dívida pública, que vem caindo nos últimos anos em relação ao PIB. A dívi-da líquida do setor público recuou para 36,6% do PIB em outubro, simplesmente o menor percentual registrado em mais de dez anos. Este resultado decorre do superávit primário, assim como dos efeitos positivos da desvalorização cam-bial sobre as contas públicas. Nos últi-mos 12 meses até outubro o superávit primário alcançou 4,53% do PIB;f) As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que contribuíram para acelerar o crescimento em 2008, vêm sendo executadas, e tem papel fundamental nas áreas de investimentos em infra-estrutura, estímulo ao crédito e ao financiamento, melhora do ambiente de investimento, desoneração e aper-feiçoamento do sistema tributário e me-didas fiscais de longo prazo. As obras previstas no PAC tendem a exercer um importante efeito anti-cíclico sobre a economia;g) O volume global de crédito do sistema financeiro atingiu em outubro 40,2% do PIB, ou R$ 1,187 trilhão. O estoque de empréstimos subiu 34,6% nos 12 me-

ses encerrados em outubro e avançou 26,8% no ano. A parcela de emprésti-mos com recursos livres (71,7% do total) ficou em R$ 850,3 bilhões, com expan-são de 37,33% em 12 meses. A parcela de crédito com recursos direcionados, como financiamentos do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), créditos habitacional e rural, ficou em R$ 336,3 bilhões em ou-tubro, com crescimento anual de 28,2% em 12 meses.Os elementos citados ajudam no enfren-tamento da crise sem descolar o país da crise internacional, como é evidente. A inevitável desaceleração do comércio mundial provocou um impacto imediato sobre o valor das exportações, com a redução das quantidades exportadas e a queda dos preços das commodi-ties agrícolas e industriais, o que já vem ocorrendo nos últimos meses. É impor-tante considerar que a razão principal da significativa redução da vulnerabili-dade externa brasileira nos últimos anos foram os grandes saldos comerciais obtidos pelo Brasil no comércio exterior, que certamente estão fora de cogitação, pelo menos em 2009 e 2010. O mesmo contexto internacional que favoreceu tremendamente a economia brasileira nos últimos anos sofreu uma mudança muito significativa, o que certamente significa prejuízos à economia nativa. Qual a profundidade desses prejuízos? É uma resposta em aberto que depende muito das ações tomadas pelo governo. Mas as condições do país para o enfren-tamento da crise nunca foram tão boas.

José Álvaro de Lima CardosoEconomista e Supervisor-Técnico do

DIEESE em Santa Catarina

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GERAL

Mesmo com os impactos causados pelas enchentes que assolaram o Estado, o encontro obteve participação expressiva das diretorias regionais. Das 21, 11 marcaram presença. Durante o evento, médicos decidiram contribuir financeiramente para os desabrigados

No dia 28/11, o Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) reuniu, no Hotel Praiatur, em Florianópo-lis, seus associados, para participarem da Assembléia Geral Ordinária (AGO). O edi-tal de convocação trouxe como ordem do dia o Relatório de Atividades das diretorias Executiva e Regionais, Prestação de Con-tas das diretorias Executiva e Regionais, do ano de 2008, Previsão Orçamentária para 2009, desligamento de associados, vacância de dois cargos (para presidente e secretário) da diretoria regional do Sindi-cato em Rio do Sul, antes ocupados pe-los Drs. Janine Allassia Debres Melo e Oscar M. Edmundo Montoya Gomez, e, eleição de diretores para os cargos vagos, que após votação e decisão por unanimi-

dade na assembléia, foram eleitos os Drs. Marcos Luiz Franzoni e Alexandre Castro Robles, respectivamente.Durante a apresentação do relatório de atividades sindicais de 2008, o secretário geral, Dr. César Augusto Ferraresi, infor-mou aos presentes que está em processo de f inal ização a cr iação da Central SIMESC de Viagens, que tem por objetivo facilitar a vida do médico, trazendo mais comodidade nos deslocamentos e valores mais acessíveis das passagens.Na ocasião, foram desligados 236 asso-ciados, que deixaram de contribuir por mais de dois semestres, conforme exigên-cia do estatuto do Sindicato.É importante ressaltar que o Relatório de Atividades das diretorias Executiva e Re-

gionais, Prestação de Contas da Diretoria Executiva e das Diretorias Regionais, do ano de 2008, Previsão Orçamentária para 2009 foram aprovados por unanimidade.Das 21 diretorias regionais, 11 estiveram presentes: Brusque, Caçador, Canoinhas, Chapecó, Joaçaba, Laguna, Médio Vale, Rio do Sul, São Bento, Tubarão e Videira.Finalizando a assembléia, o SIMESC infor-mou que está solidário com a situação dos catarinenses atingidos pelas enchentes e os deslizamentos causados pelas chuvas, ficando aprovado contribuir inclusive finan-ceiramente. O presidente, Dr. João Pedro Carreirão Neto, reapresentou os slides do aniversário do Sindicato e convidou a to-dos para o jantar de confraternização de fim de ano.

RDP reúne diretores na Capital

O dia 29/11 teve como pauta a leitura e aprovação da Ata da Re-união anterior, Organização Sindical, Assessoria Previdenciária e a aprovação final do Regulamento da Assistência Jurídica

No dia 29/11, a Reunião de Diretoria Plena (RDP) reuniu, no mesmo local da AGO, as diretorias Executiva e Regionais para dis-cutir assuntos pertinentes à entidade. A ata da reunião de 06/09/2008 foi lida e aprovada, com pequenas retificações. O presidente do SIMESC, Dr. João Pedro Carreirão Neto, apresentou o segundo assunto da ordem do dia: a organização sindical. Dr. João Pedro fez algumas con-siderações importantes sobre o assunto e solicitou o empenho para o conhecimento do tema e formulação de diretrizes para o encontro da Federação Médica Sul Brasi-leira (FMSB), previsto para março de 2009, em Florianópolis, com outras entidades.Outro ponto da pauta foi sobre a proposta da assessora previdenciária do SIMESC, Drª. Lucila Moura dos Santos, quanto as visitas da assessora às regionais. A pro-posta foi aprovada, ficando claro que o custeio dos deslocamentos seriam pagos pelas próprias regionais. As visitas não

causarão um grande abalo nos orçamen-tos destas. A assessoria passará à Execu-tiva um breve resumo das atividades que será enviado às regionais, para ser utiliza-do em prol de novas filiações. “Os agen-damentos serão feitos diretamente com a assessora. A única intervenção do Sindi-cato será apenas no sentido de organizar o agendamento”, informou o presidente.Foi sugerida pelos médicos presentes a confecção de uma cartilha com os direitos previdenciários dos profissionais.O último assunto foi à aprovação do regu-lamento da assistência jurídica da entidade (mais detalhes no texto do Dr. Erial, na pá-gina 18), que ficou em período experimen-tal de três meses, após a aprovação na reunião do dia 06/09, apresentado, na ocasião, pelo assessor jurídico do Sindica-to, Dr. Erial Lopes de Haro. Até então, não existia uma regulamentação quanto aos direitos e deveres dos médicos. Segundo o presidente do Sindicato, a “proposta foi

colocada em prática por um período ex-perimental. O regulamento era necessário, principalmente, nos aspectos financeiros. Ele é dinâmico, mesmo depois da aprova-ção poderá ser modificado quantas vezes for necessário.” O advogado Erial ressalva que a asses-soria jurídica teve uma mudança de foco, paulatinamente, “a assessoria deixa de ser um instrumento de militância sindical e passa a desempenhar o papel de de-fensoria médica”. Acrescenta ainda, que a resolução propicia a redução da grande desigualdade gerada entre os filiados que se utilizam dos serviços jurídicos para as ações individuais, em relação aos que não usam, mas pagam por eles. “Os 3.600 filiados pagam por 400 ações individuais, por exemplo.” A proposta foi aprovada pe-los presentes. O almoço finalizou o evento de 2008.

As fotos da AGO e RDP estão disponíveis em: www.simesc.org.br

AGO aprova prestações de contas e elege diretores regionais

Dr . Leopoldo apresentou as prestações de contas

Palestra sobre organização Sindical ministrada pelo Dr. João Pedro

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Despesas com SAMU são rejeitadas

O CES aprova parecer que rejeita a prestação de contas do item SAMU

Na reunião do Conselho Estadual de Saúde

(CES), que ocorreu no dia 29/10, sendo, o

presidente do Sindicato dos Médicos do

Estado de Santa Catarina (SIMESC), Dr.

João Pedro Carreirão Neto, coordena-

dor da Comissão de Acompanhamento

Orçamentária do CES, foi discutida entre

outros assuntos a Prestação de Contas

da Secretaria Estadual de Saúde (SES/

SC), relativa ao 1º e 2º trimestre de 2008.

A comissão analisou os demonstrativos e

relatórios sobre a execução orçamentária

do Fundo Estadual de Saúde, deixando

mantidas as mesmas ressalvas quanto

às despesas relativas à execução de con-

vênios, em razão da solicitação constante

nos pareceres sobre os últimos trimestres

de 2007.

Ficou mantida a restrição, apresentada

em todos os trimestres do ano anterior,

relativa à execução da ação 6280 – Imple-

mentação e Manutenção do Transporte

do Sistema de Atendimento de Urgência

(SAMU). Nesta, foram observadas despe-

sas empenhadas e liquidadas, tendo

como credoras as pessoas físicas (presta-

doras de serviço) em exercício de função

pública em substituição a serviços públi-

cos, contrariando dispositivo constitucio-

nal e ainda desrespeitando a Portaria GM/

MS 1864/2003, recomendando-se a não

aprovação por falta de provimento legal.

A comissão sugere atenção aos itens re-

comendados, às ações correspondentes

às ressalvas e a correção do prazo de 90

dias da restrição apontada e submete ao

plenário este parecer. Sugere que seja

dado conhecimento aos órgãos compe-

tentes: o Conselho Nacional de Saúde

(CNS), ao Ministério Público do Trabalho

(MPT) e ao Tribunal de Contas do Estado

(TCE). Até o momento, o Conselho ainda

não cumpriu esta exigência. O parecer foi

aprovado por maioria absoluta.

Fonte: Ata da 147º Reunião Ordinária do Con-selho Estadual de Saúde.

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Algumas considerações Desde junho de 2007, mesmo com todo o empenho e dedicação dos membros do COSEMESC, as reivindicações feitas à SES não foram atendidas integralmente. No início de 2008, para tentar resolver definitivamente a situação, o Sindicato propôs aos médicos, que se sentissem lesados, que entrassem com ações judiciais.Em setembro de 2008, a Secretária de Estado da Saúde, Carmem Emília Bonfá Zanotto, en-caminhou ao governador do Estado, Luiz Hen-rique da Silveira, uma minuta do Projeto de Lei Complementar que “altera os valores da ta-bela de vencimento prevista no Anexo III da Lei Complementar nº. 323, de 2 de março de 2006”. A proposta materializa o comando es-tampado no artigo 100, da Lei Complementar nº. 326/2006 (PCV/SES), fixando novos valores de vencimento com vistas à descompactação da tabela, tornando mais justa a hierarquia re-muneratória correspondente à complexidade das diversas funções técnicas desempenhadas pelos servidores desta Pasta.Informa ainda, que diante da necessidade de se proceder o pagamento dos serviços prestados pelos profissionais médicos não pertencentes ao Quadro da Secretaria, durante o exercício

de 2007, foi incluído ao projeto o artigo 2º, que possibilitará tal regularização com recursos do Fundo Estadual de Saúde, os quais já se en-contram devidamente reservados para este fim.O Governador, no ofício nº. 133108, informa que de forma gradativa, desenvolveu os trabalhos e estudos com vistas ao fiel cumprimento dos dispositivos previstos na Lei e que foi regula-rizada a situação com tais vantagens:1) Implantação do pagamento de Adicional de Pós-graduação, no percentual de 19% àqueles que comprovaram os requisitos previstos em Lei, com pagamentos dos valores atrasados (2006 a 2008) em setembro deste ano;2) Regularização do pagamento da gratifica-ção de insalubridade que vinha sendo paga de forma proporcional, com créditos das im-portâncias retroativas (2006 a 2008), no mês de outubro de 2008;3) Regularização do pagamento do Auxílio Alimentação, que também vinha sendo pago de forma proporcional, com implantação dos valores retroativos (2006 a 2008) no corrente mês;4) Implantação das progressões por tempo de serviço e por cursos de atualização, com paga-

mento de todas as diferenças (2007 e 2008) em agosto e outubro, respectivamente.Enfatiza que foi totalmente regularizada a situa-ção em relação à GDPM e da gratificação pelo exercício em Emergências e Unidades de Tera-pia Intensiva, que foram pagas de forma incor-reta, por divergências de interpretação em rela-ção aos afastamentos.Já no que diz respeito ao aumento salarial, ressalta que já foi devidamente encaminhado, à Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC), Projeto Lei Complementar (PLC nº. 035.7/2008) que trata da descompac-tação da tabela de vencimentos, o que propor-cionará ganhos significativos em relação a atual situação.Segundo o presidente do SIMESC, Dr. João Pe-dro Carreirão Neto, não houve uma recupera-ção dos pisos básicos das tabelas: “um médico que entra em 2009, inicia com o mesmo salário de um que ingressou em 2006. Por outro lado, a progressão faz com que os profissionais al-cancem um valor maior.” Coloca ainda, que não houve reajuste dos valores das tabelas, relativo às perdas salariais dos anos de 2007 e 2008.

Como está a situação agora? Até o fechamento desta edição:* O Projeto de Lei Complementar (PLC nº. 035.7/2008) ainda tramita na ALESC;* O COSEMESC aguarda a apresentação da minuta do decreto da GDPM.

Assembléia Geral dos médicos estipulou prazo para cumprimento da GDPM

Ficou decidido que caso a reivindicação não fosse atendida pelo Governo do Estado os médicos servidores públicos fariam um dia de paralisação. Porém, devido aos transtornos causados pelas chuvas no Estado, o COSEMESC decidiu cancelar a paralisação em solidariedade à situaçãoNo último dia 15/10, foi realizada a Assembléia

Geral dos Médicos do Estado de Santa Catari-

na, no auditório da Associação Catarinense de

Medicina (ACM), que teve como ordem do dia

as pendências do Plano de Cargos e Venci-

mentos (PCV) e a Gratificação de Desempenho

e Produtividade Médica (GDPM) dos médicos

servidores públicos estaduais; a progressão da

GDPM; o reajuste 2007 e 2008 e a proposta do

Governo do Estado de Santa Catarina.

Durante a assembléia, o Conselho Superior das

Ent idades Méd icas de Santa Cata r ina

(COSEMESC) apresentou aos profissionais uma

análise da proposta do governo na forma de

Projeto de Lei. Segundo o presidente do Sindi-

cato dos Médicos do Estado de Santa Catarina

(SIMESC), Dr. João Pedro Carreirão Neto, a

nova proposta do governo, recebida no mesmo

dia da assembléia, que propunha a revogação

da Lei nº. 3996 (da GDPM), foi considerada in-

consistente juridicamente pelo COSEMESC.

No momento, os médicos decidiram, por

unanimidade, conceder um prazo de 30 dias

para o Governo do Estado executar os acer-

tos pendentes na aplicação da GDPM e o

devido reajuste salarial relativo aos anos de

2007 e 2008. Decidiram que caso as medidas

necessárias não fossem tomadas, a categoria

paralisaria o atendimento na rede pública es-

tadual no dia 26/11, em protesto ao descumpri-

mento dos acertos garantidos em lei (PCV), que

não ocorreu, devido aos transtornos causados

pelas chuvas no Estado. O COSEMESC enviou

um comunicado informando o cancelamento da

paralisação em solidariedade à situação, aguar-

dando a retomada das negociações para os

próximos dias.

As decisões foram tomadas durante a assem-

bléia foram:

• Promover ação judicial coletiva para a con-

cessão do valor máximo da GDPM por mora

do Estado, que não estabeleceu critérios para

a progressão;

• Promover ação judicial coletiva para a recupe-

ração das perdas por aplicação dos reajustes

em 2007 e 2008 (cumulativos);

• Propor ação judicial individual para cobrar

diferenças nos pagamentos (adicionais e grati-

ficação);

• Exigir pagamento da hora-plantão do médico

servidor público estadual que atua em UTI e

Emergência, com acréscimo de 50% em rela-

ção ao valor atual.

Na assembléia, fizeram parte da mesa de au-

toridades o presidente do Conselho Regional

de Medicina de Santa Catarina (CREMESC), Dr.

Rodrigo Jorge da Luz Bertoncini, o presidente

do Sindicato dos Médicos da Região Sul Cata-

rinense (SIMERSUL), Dr. Gervani Bueno, Dr.

João Pedro Carreirão Neto, a primeira secretária

do CREMESC, Dra. Aurea Gomes Nogueira e o

presidente da ACM, Dr. Genoir Simoni que fez

um breve histórico sobre a GDPM, desde sua

aprovação em 2005 até a reunião, que ocorreu

em outubro de 2008, do COSEMESC com a

Secretaria do Estado de Saúde (SES), na qual

foi definido pela SES, o pagamento dos valores

atrasados da GDPM.

Assembléia geral dos médicos

na ACM

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CAOS EM SÃO JOSÉ: Médicos do município denunciam a falta de condições de trabalho e o atraso dos salários

Depois da paralisação realizada no dia 09/12, os médicos de São José resolveram suspender o protesto. No dia 15/12, o MPT convidou as entidades médicas para discutir as reivindicações dos médicos e o cumprimento do TAC

Depois dos diversos problemas enfren-

tados quanto ao atraso dos vales-trans-

portes dos servidores, no mês de outubro,

agora são os funcionários da saúde públi-

ca municipal que resolveram dar um basta

na situação. Inconformados com o não

recebimento, desde 31/10, dos proven-

tos mensais, os servidores denunciaram

a situação, sendo manchete na edição

de 06/11, do jornal Diário Catarinense

(DC). Segundo informações do DC, alguns

médicos teriam sido informados de que

não iriam receber as horas-extras trabalha-

das. Na ocasião, o advogado do Sindicato

dos Médicos do Estado de Santa Catarina

(SIMESC), Dr. Erial Lopes de Haro, infor-

mou ao jornal, que a preocupação dos

funcionários é que o registro de entrada e

saída é eletrônico e o controle das horas

está nas mãos da prefeitura. Na tentativa

de justificar a situação, a assessoria de im-

prensa da prefeitura de São José encami-

nhou nota ao DC informando que o prazo

para pagamentos dos salários dos servi-

dores estava dentro do limite estabelecido

pela Constituição, ressaltando que devido

a uma falha no sistema, o pagamento de

alguns servidores da saúde não foi rea-

lizado, mas que até o dia 07/11 os salários

seriam depositados, obedecendo o tempo

determinado pela Lei.

Devido a situação, os servidores da saúde,

obras e administração da prefeitura pa-

ralisaram as atividades e realizaram um

protesto em frente ao prédio da adminis-

tração, reivindicando o encaminhamento

do Plano de Cargos, Carreira e Salários

(PCCS) à Câmara dos Vereadores e o

repasse correto do vale-transporte, retor-

nando as atividades no dia seguinte, ex-

ceto na área da saúde, onde a greve foi

mantida. A Secretaria de Administração do

Município, através de nota oficial, esclare-

ceu que PCCS estava tendo o andamento

normal, seguindo o prazo preestabelecido

pela prefeitura, e até o fim deste ano, seria

encaminhado à Câmara para aprovação.

Embora a alegação de normalidade do

andamento do PCCS, verifica-se que o

município não cumpriu os prazos assumi-

dos no Termo de Ajustamento de Conduta

(TAC) com o Ministério Público do Trabalho

(MPT), em que o Projeto de Lei deveria ser

elaborado e remetido à Câmara até o dia

31/05/2008.

Os médicos da Secretaria Municipal de

São José enviaram um e-mail ao SIMESC,

no dia 13/11, após a reunião, quando foi

decidido entre outros pontos, o apoio ao

movimento dos demais servidores da Se-

cretaria de Saúde da Prefeitura Municipal

de São José (PMSJ), a elaboração de um

documento relatando as condições inade-

quadas de trabalho a ser encaminhado às

entidades médicas, à Promotoria Pública

e à Imprensa. Também, foi relatada a in-

satisfação quanto ao não pagamento das

horas extras de setembro e outubro, solici-

tado o auxílio do SIMESC.

No dia 19/11, os médicos de São José

realizaram uma assembléia geral ex-

traordinária, sendo decidido pela para-

lisação de um dia, a ocorrer em 09/12,

aproveitando a audiência que ocorreria

neste dia na Câmara dos Vereadores de

São José.

Os médicos protocolaram e entregaram na

Prefeitura de São José o comunicado da

paralisação e encaminharam ao SIMESC.

O Sindicato encaminhou o documento ao

Ministério Público, ao MPT, à Promotoria

de Justiça de São José e ao Conselho

Regional de Medicina do Estado de SC

(CREMESC). Em anexo, foram enviados:

a pauta, a exposição de motivo, a carta

denúncia e a ata da assembléia geral ocor-

rida no dia 19/11.

No dia da paralisação (09/12), os médicos

reuniram-se com o futuro Secretário Mu-

nicipal de Saúde de São José, Áureo do

Santos, deixando-o a par das reivindica-

ções, quando resolveram suspender a ne-

gociação e retomá-la em janeiro de 2009,

já com a nova gestão.

As entidades médicas do Estado foram

convocadas (em 15/12) a comparecer à

audiência com o Procurador do Trabalho,

Dr. Marcelo J. Ferlin D’Ambroso, para dis-

cutir as condições de trabalho dos médi-

cos de São José e dar ciência da existên-

cia do TAC com o município, informando

que o não cumprimento deste acordo re-

sultará numa multa de R$ 1milhão de reais

ao município e seus gestores. Na ocasião,

os representantes do SIMESC, do CRM

e da ACM receberam cópias do inquérito

civil nº. 516-2005, para apurar a instituição

do novo PCCS ao município e obrigações

contrárias à precarização das relações de

trabalho na saúde municipal.

Foi solicitado ao presidente do CRM, Dr.

Rodrigo Jorge da Luz Bertoncini, que

proceda fiscalização ampla nas unidades

de saúde em São José. Ficou a cargo do

SIMESC orientar os médicos a observar e

cumprir o disposto na Lei 7783/89, sob as

penas da legislação. Requisitou-se à Se-

cretaria de Relações do Trabalho (SRT) e à

Vigilância Sanitária, inspeção quanto ao lo-

cal de trabalho, fornecimento de materiais

e condições para o exercício da profissão.

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Movimentos contra as privatizações nos serviços públicos de Santa Catarina

O processo de privatização dos serviços públicos, inclusive nas áreas prioritárias como saúde, educação, segurança pública tem gerado polêmica no Estado

Nos últimos tempos o assunto terceiriza-

ção tem “assombrado” o serviço público.

Os movimentos populares e sindicais

mostram que a população anseia por

mudanças. Neste caso, particularmente,

na área da saúde.

Durante o mês de outubro, os servidores

do Centro de Hematologia e Hemoterapia

de Santa Catarina (HEMOSC) e o Centro

de Pesquisas Oncológicas (CEPON) en-

traram em greve, contra a cedência de

servidores públicos e a entrega da ad-

ministração a uma Organização Social

denominada Fundação Apoio Hemosc

Cepon (FAHECE).

Na ocasião, as entidades ACEHEMO,

Sindicato dos Empregados em Estabe-

lecimentos de Serviços de Saúde Publica

Estadual e Privada do Estado de Santa

Catarina (SINDSAUDE) e Sindicato dos

Trabalhadores no Serviço Público Es-

tadual (SINTESPE) constituíram o Movi-

mento em Defesa do HEMOSC e CEPON

Público e de Qualidade. Em Joinville, o

governo do Estado “entregou” o hospital

Materno-Infantil, recém-construído e to-

talmente equipado, para ser administra-

do pela OS Nossa Senhora das Graças.

Já no Serviço de Nutrição do Hospital

Florianópolis, uma das reivindicações

dos funcionários era a não terceirização

de setores, como o de alimentação, que,

segundo eles, está prevista para ocorrer.

O Sindicato dos Médicos do Estado de

Santa Catarina (SIMESC) encaminhou

manifesto de apoio ao movimento, soli-

citando à Secretaria de Estado da Saúde

(SES) a não terceirização.

Os hospitais universitários (HUs) também

correm riscos. Está em vigor uma porta-

ria presidencial nº. 04/MPOG/2008, que

separa os HUs das universidades, sen-

do que o próximo passo é privatizá-los,

transformando-os em Fundação Estatal

de Direito Privado.

Temos ainda, as contratações irregulares

de médicos autônomos no Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Indignados, os sindicatos dos Médicos

e dos Farmacêuticos propuseram (em

03/09) a impugnação do Edital de Con-

curso de Projetos nº. 002/2008, cujo

objeto era firmar Contrato de Gestão

com entidade de direito privado sem fins

egoísticos, qualificada como Organiza-

ção Social na área da saúde, para ex-

ecução das atividades e serviços desem-

penhados pelo Serviço de SAMU, órgão

integrante da estrutura organizacional da

SES.

A alegação era que não se podia ter-

ceirizar função precípua do Estado por

tratar-se de estratégia da área da saúde

que envolve a regulação de serviços de

urgência, sendo atividade típica de Es-

tado que guarda investidura de agente

público (autoridade sanitária). O SIMESC

acredita que se trata de transferência in-

devida de responsabilidade para a área

privada. O pedido de impugnação foi in-

deferido, mas o edital foi suspenso, não

sendo republicado até o fechamento

desta edição.

O SIMESC e outras Entidades represen-

tantes do Serviço Público e dos Trabalha-

dores assinaram manifesto contrário às

terceirizações no setor saúde no Estado

de Santa Catarina, na forma proposta

pelo Governo através das OS. Depois

de receber adesão de outras entidades,

o manifesto foi assinado por 15 insti-

tuições, sendo encaminhado aos Depu-

tados Estaduais, ao Ministério Público

do Estado, ao Ministério Público do

Trabalho, Tribunal de Contas do Estado

entre outras entidades. O manifesto ob-

teve o apoio da bancada dos Deputados

Estaduais do Partido Progressista (PP)

e de outros de-putados. A Assembléia

Legislativa do Estado de Santa Catarina

(ALESC) enviou ao governador do Es-

tado, Luiz Henrique da Silveira, a Indica-

ção (IND/0392.6/2008), solicitando a não

terceirização do setor de saúde através

das OS.

É importante ressaltar que estas ações

têm sido apoiadas pelo Movimento Unifi-

cado Contra as Privatizações (MUCAP),

formado por várias entidades entre elas:

SIMESC, APUFSC, SINERGIA, SEEB,

SINDPREVS, DCE-UFSC, SINASEFE,

S I N D S A U D E , S I N D A L E S C , M S T,

SINTRAJUSC, SINTRAFESC, Sindi-

cato de Processamento de Dados, Ga-

binete do Deputado Sargento Soares,

SINTRATURB, entre outros.

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REGIONAIS

Diretores visitam o curso de medicina de Tubarão e

apresentam o Sindicato aos futuros médicos

A diretora de apoio ao graduando e o

primeiro secretário do Sindicato dos

Médicos do Estado de Santa Catari-

na, (SIMESC) os Drs. Eliana de Oliveira

Lopes Nunes e Odi José Oleiniscki,

respectivamente, estiveram presentes na

Unidade Hospitalar de Ensino do Curso

de Medicina da Universidade do Sul

de Santa Catarina

(UNISUL), em Tubarão, no dia 17/11, para

apresentar aos acadêmicos da 11ª e 12ª

fase as atividades e ações do Sindicato,

ou seja, as vantagens de filiar-se.

Além do coordenador do curso de Me-

dicina, Dr. João Ghizzo Filho, cerca de 60

alunos estavam presentes.

Segundo o coordenador da UNISUL, a

ida dos diretores até a instituição foi muito

importante. “O Sindicato vir ao encontro

dos estudantes é algo que eles nunca

imaginariam que poderia acontecer.

As informações passadas como con-

tratos, local de trabalho entre outros es-

clareceram muitas dúvidas daqueles que

estão dando os primeiros passos, estão

indo ao mercado de trabalho sem muita

noção do que vem pela frente, mas com

uma certeza, de que o SIMESC estará lá

para ampará-los. Deram a primeira ori-

entação, oportunidade que nunca tive

na época que fui acadêmico. A interativi-

dade, os questionamentos e o número de

alunos no local me deixaram muito satis-

feito. Esperamos que nos próximos anos

os diretores retornem, com mais tempo,

para um outro excelente encontro.”

Segundo a Drª. Eliana, a apresentação

teve uma aceitação muito boa. Os alu-

nos ouviram atentamente a explanação

dos diretores, fizeram várias perguntas

e mostraram-se bastante estimulados

quanto à sindicalização. Informa ainda,

que estas reuniões acontecerão com

mais freqüência a partir de agora.

Assessoria jurídica do SIMESC participou da reunião do Corpo Clínico do Hospital Santa CatarinaNo dia 16/10, o assessor jurídico do SIMESC, Luis Cláudio Fritzen, esteve presente em reunião com os anestesistas do Corpo Clínico do Hospital Santa Catarina e a Direção do Nosocômio, em Blumenau. Discutiram o Contrato de Prestação de Serviços, tendo sido aceita parte das reivindicações da categoria. Oportunamente será firmado o pacto escrito, em reunião a ser agendada.

Drs. Eliana de Oliveira Lopes Nunes e Odi José Oleiniscki

“O Sindicato vir ao encontro dos estudantes é algo que eles nunca imaginaram que poderia acontecer”, diz Dr. João Ghizzo Filho.

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Regional do SIMESC em São Bento do Sul e AMCET cobram do Prefeito eleito reivindicações da categoriaA receptividade dos administradores e a participação de cerca de 40 médi-cos deixaram satisfeitos as entidades que levaram em mãos, para a reunião do dia 08/12, uma carta com reivindicações da categoria médica.Durante o encontro, o prefeito enfatizou que a saúde será prioridade no seu mandato e que as exigências dos médicos serão colocadas em prática no início do ano, quando assume a prefeitura

No dia 08/12, a regional do SIMESC em São Bento do Sul e a Associação Médica Celso Emílio Tagliari (AMCET) levaram para a reunião com

o novo prefeito da região, Magno Bollmann, uma carta com as reivindicações da categoria médica. A presidente da regional, Drª. Iara M.

Marasciulo, encaminhou-a ao presidente do SIMESC, Dr. João Pedro Carreirão Neto, para que tomasse ciência das exigências. São elas:

1. Revisão/Modificação/Implantação do Plano de Cargos e Salários do médico servidor público municipal, com participação

do SIMESC;

2. Atualização do piso salarial do médico servidor público, considerando-se a recomendação da Federação Nacional dos

Médicos (FENAM) para R$ 7.503,18, por 20 horas de jornada de trabalho semanal;

3. Revisão do TAC, assinado/pactuado no ano de 2007 entre administração Municipal e o Ministério Público, com a partici-

pação regional do SIMESC, como representante da categoria médica;

4. Cumprimento da legislação e do Código de Ética Médica, que determina: “os cargos ou função de chefias de serviços

médicos, somente poderão se exercidos por médicos, devidamente habilitados na forma da Lei”;

5. Criação da Comissão de Ética do Corpo Clínico da Secretaria Municipal de Saúde;

6. Regularização das contratações dos médicos que atuam no plantão de urgência/emergência;

7. Abertura de concurso público de forma imediata para as especialidades médicas essenciais.

As duas entidades ressaltaram, no docu-

mento, o acordo feito com o atual prefeito,

Fernando Mallon, quanto à assinatura do

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

em 2007, onde concordou com o pagamen-

to do piso salarial da categoria da época,

sendo necessária, no momento, a atua-

lização do novo piso para o ano de 2008.

Além de reajustar os salários devi-

dos à categoria, irá aumentar o inte-

resse pelo ingresso no serviço público.

Informam ainda, que as atribuições dos dire-

tores técnico e clínico, também estão norma-

tizadas pelo Conselho Federal de Medicina

(CFM), assim como, o Regimento Interno do

Corpo Clínico. Pedem também que seja ob-

servada a capacidade técnica, a idoneidade

e a disponibilidade de tempo, com cumpri-

mento integral da carga horária proposta,

do profissional designado para a função.

A carta foi finalizada sugerindo ao novo

prefeito que o cargo de Secretário Mu-

nicipal de Saúde fosse ocupado por um

profissional com formação na área de

saúde. E que também, fosse constituída

uma comissão multiprofissional para atu-

alização de rotinas e protocolos na área

de saúde, voltado à avaliação de ma-

teriais, equipamentos e medicamentos.

Segundo a Drª. Iara, a reunião teve apenas

pontos positivos. A receptividade dos ad-

ministradores e a participação de cerca de

40 médicos, grande parte da prefeitura,

deixaram-nos muito satisfeitos. O pre-

feito admitiu que a saúde será prioridade

no seu governo. A presidente informou

ainda, que os médicos presentes se posi-

cionaram, questionaram e discutiram a

situação. “A prefeitura foi muito receptiva

e deixou claro a necessidade de ouvi-los”.

Conforme exigência exposta no docu-

mento, durante o encontro, foi informado

que o cargo de Secretário Municipal da

Saúde seria ocupado por um fisioterapeuta.

A regional do SIMESC e AMCET expli-

caram à prefeitura que não possuíam

qualquer intenção em interferir no trabalho

da nova gestão, mas que tinham su-

gestões para os médicos. “É uma forma

de, sem interferir na administração, bus-

car a valorização e melhorias para a ca-

tegoria”, ressaltou a presidente da regional.

Os profissionais deram um prazo até o

início de janeiro de 2009, quando o pre-

feito Magno Bollmann assume as ativi-

dades, para retomar as negociações.

Drs. Iara e João Pedro

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SOBREAVISO NORMATIZADO

Resolução do CFM movimenta a categoria médica. O SIMESC se propõe em inter-mediar as negociações, inclusive para dar cumprimento à resolução do Conselho

O sobreaviso médico ganhou mais um

aliado na luta para garantir o direito à cate-

goria médica: a resolução do Conselho Fe-

deral de Medicina (CFM) n°. 1.834/2008,

de 14 de março de 2008.

A resolução tem como base de fundamen-

tação as disponibilidades de que “médicos

em sobreaviso devem obedecer normas

de controle que garantam a boa prática

médica e o direito do Corpo Clínico sobre

sua participação ou não nessa atividade.

A disponibilidade médica em sobreaviso

deve ser remunerada.”

O sobreaviso é a prática utilizada em

muitos serviços de assistência médica,

públicos ou privados, em todo o país, obje-

tivando otimizar os atendimentos de varia-

das especialidades médicas. É necessária

a re-gulamentação, já que é direito do

profissional receber remuneração pelos

serviços.

O médico em regime de sobreaviso é

obrigado a se deslocar até o hospital para

atender casos de emergência, cirurgias,

procedimentos diagnósticos e internações

clínicas, devendo ser devidamente remu-

nerado, quer pelo Sistema Único de Saúde

(SUS), por convênios em geral ou, mesmo,

por clientes particulares. Na maioria das

vezes, são especialistas que atuam num

segundo momento, após a ação do plan-

tonista que presta o atendimento imediato

ao paciente.

O artigo 1° da resolução define como

disponibilidade médica em sobreaviso “a

atividade do médico que permanece à dis-

posição da instituição de saúde, de forma

não presencial, cumprindo jornada de tra-

balho preestabelecida, para ser requi-

sitado, quando necessário, por qualquer

meio ágil de comunicação, devendo ter

condições de atendimento pre-sencial

quando solicitado em tempo hábil.”

Ressalta ainda, que a obrigatoriedade da

presença de médico “no local nas vinte

e quatro horas, com o objetivo de aten-

dimento continuado dos pacientes, in-

depende da disponibilidade médica em

sobreaviso nas instituições de saúde que

funcionam em sistema de internação ou

observação.”

De acordo com o artigo 2°, a disponibili-

dade médica em sobreaviso deve ser re-

munerada, sem prejuízo do recebimento

dos honorários devidos ao médico pelos

serviços prestados. Deve ser estipulada

previamente “em valor acordado entre

os médicos da escala de sobreaviso e a

direção técnica da instituição de saúde

pública ou privada.”

Em função da resolução, o Conselho

Regional de Medicina de Santa Catarina

(CREMESC) enviou uma circular, no final

de novembro de 2008, a todos os dire-

tores clínicos e técnicos orientando sobre

as mudanças quanto ao sobreaviso, infor-

mando da obrigatoriedade do pagamento,

da expiração do período de adaptação e

de como deveriam proceder junto às insti-

tuições as quais prestam serviço, na ten-

tativa de um entendimento com os admi-

nistradores.

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Caso a tentativa fosse em vão, deve-

riam estabelecer um prazo confortável

para que a situação fosse regularizada.

A circular foi encaminhada ao Sindicato

dos Médicos do Estado de Santa Cata-

rina (SIMESC), que se propôs em inter-

mediar as negociações, inclusive para dar

cumprimento à resolução do Conselho.

Tanto a resolução como a circular parecem

ter soado como uma provocação à catego-

ria, já que vários médicos têm procurado o

CREMESC e a assessoria jurídica do Sindi-

cato, com reclamações e questionamentos.

Pode-se considerar a resolução do CFM

como mais um subsídio às negociações, ou

seja, um forte aliado na luta para garantir o

direito. Segundo o presidente do SIMESC,

Dr. João Pedro Carreirão Neto, “antes o

médico apenas comunicava o problema, na

tentativa, de junto aos órgãos competentes,

resolver a situação. Agora, após a resolução,

o comunicado torna-se denúncia, pois o

hospital não está cumprindo a resolução.”

O assessor jurídico do Sindicato, Dr. Erial

Lopes de Haro, ressalva que o importante

é que houve uma provocação. “No que

diz respeito ao sobreaviso, especialmente

após a edição da Resolução do CFM n°.

1.834/2008, é um pouco precipitado avaliar

a efetividade de tal medida, vez que esta-

mos apenas há três meses de sua vigência

efetiva. No entanto, pude observar ao longo

deste período, que a classe médica de San-

ta Catarina se mobilizou e fomos exaustiva-

mente questionados sobre pontos relativos

à matéria sobreaviso. Emitimos pareceres,

dezenas de consultas por telefone, e-mail

e pessoalmente, na sede do SIMESC, es-

clarecendo as principais dúvidas da ca-

tegoria, sendo elas: remuneração, vínculo

empregatício e confecção de escala.” Res-

saltou ainda, que “o administrador sabe que

tem que pagar, mas como é apenas uma

resolução, não tem força de Lei. Porém, é

mais um subsídio, algo a mais na luta, para

fazer prevalecer os direitos da categoria,

seja pela via administrativa, seja pelo manu-

seio das competentes ações trabalhistas.”

Roteiro de orientação quanto à remuneração do Sobreaviso Médico

1. Oficializar a solicitação de remuneração;2. A solicitação deve estar amparada em atas ou decisões de serviços ou corpo clínico, estabelecendo prazos para resposta;3. Negociações com flexibilidade;4. Se possível, envolver a comunidade e a mídia;5. Considerar avanços mesmos pequenos.

Quando não houver respostas ou qualquer

avanço nas negociações, estabelecer pra-

zo mínimo de 30 dias, para suspensão do

serviço, amparado em atas ou documentos,

comunicando ao SIMESC, ao CREMESC,

o tomador de serviço, o gestor público

responsável (Secretaria da Saúde/Prefeitura

Municipal) e Ministério Público (Promotoria).

Dr. João Pedro enfatiza ainda, que os médi-

cos devem procurar seus direitos, pois a-

gora o sobreaviso está amparado. “Antes o

médico era obrigado a cumprir o sobreaviso,

pois a atividade fazia parte da escala, com

base no regime interno. O hospital não era

obrigado a pagar a atividade. Atualmente,

a resolução favorece a situação. Esta

obrigação está prevista no documento. O

sobreaviso agora é amparado legalmente.”

O Sobreaviso MédicoO pagamento do sobreaviso médico sem-

pre esteve entre as principais lutas do SI-

MESC, que tem revertido em várias con-

quistas. Uma delas diz respeito à cidade

de Blumenau, que depois de inúmeras re-

uniões, ficou decidido, em março de 2008,

o pagamento a quatro especialidades do

Hospital Santa Isabel: cirurgia geral, vas-

cular, urologia I, ortopedia e traumatologia.

O presidente e o secretário da regional do

SIMESC em Blumenau, Drs. Egídio Negri

e Geraldo Alves da Silva, respectivamente,

ficaram muito satisfeitos com a decisão.

“Depois de várias reuniões, sem muito su-

cesso, esta valeu a pena. O resultado não

poderia ser melhor. O movimento médico

está sendo respeitado”, disse o Dr. Geraldo.

É importante ressaltar a origem do sobreavi-

so. Como já foi salientado, compreende-se

por regime de sobreaviso o tempo em que

o trabalhador “permanece em sua própria

casa, aguardando a qualquer momento o

chamado para o serviço”, por meio de es-

cala, nos termos estabelecidos no Art. 244,

§ 2°, da Consolidação das Leis do Trabalho.

Explica-se ainda, que cada escala “será, no

máximo, de vinte e quatro horas”, enquanto

que “as horas de sobreaviso, para todos os

efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um

terço) do salário normal.” O sistema foi ini-

cialmente idealizado para regular os plantões

dos ferroviários. Com o passar dos anos,

este regime, foi utilizado por outros ramos

produtivos, tais como os setores de comu-

nicação (telefonia e provedores de internet)

e de prestação de serviços de socorro e de

manutenção de emergência (automóveis, e-

levadores entre outros), bem como de saúde.

Na área médica, o regime de sobreaviso

caracteriza-se pela disponibilidade de

especialistas, fora da instituição, alcan-

çáveis quando chamados para atender pa-

cientes, estando o médico escalado para

tanto, obrigado a se deslocar até o hos-

pital para os procedimentos necessários.

Com o aumento da utilização do so-

breaviso, potencializaram-se os problemas

advindos de situações como à falta de

escalas pré-definidas e ausência de re-

muneração pelos serviços, situação esta

muito assemelhada ao trabalho escravo.

Em 21/02, após iniciativa de alguns Conse-

lhos Regionais (entre eles o do Estado de São

Paulo e do Paraná), foi regulamentada, pelo

CFM, a Resolução n°. 1.834/2008, tornan-

do-se uma vitória significativa da categoria.

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Situação no Estado

O que mudou com a Resolução CFM n°. 1.834/2008?

Dr. Roberto Amorim Moreira Tesoureiro da regional do SIMESC em Médio ValeEm Pomerode, a situação continua a mesma. Apenas duas especialidades recebem o sobreaviso remunerado: anestesiologista e ortopedista.

Dr. Geraldo Alves da SilvaSecretário da regional do SIMESC em BlumenauVeja na entrevista nas páginas 04 e 05.

Drª. Ana Beatriz Sengik SaezSecretária da regional do SIMESC em ChapecóO sobreaviso remunerado em Chapecó funciona muito bem desde a implan-tação. O grande problema está nas outras cidades que fazem parte da regio-nal. Nada mudou. Tem sido feita várias negociações, mas tudo continua da mesma maneira. Fizeram um pacto temporário, mes-mo assim nada mudou. A resolução é algo a mais nas negociações.Tudo que pode ser acrescentado em prol das negociações é bem vindo.

Dr. Romar Virgílio Pagliarin JúniorPresidente da regional do SIMESC em Extremo OesteEm nossa cidade existe o sobreaviso médico nas especiali-dades básicas: cirurgia, ginecologia/obstetrícia, pediatria e clínica médica, além de traumatologia e anestesia, porém não remunerados.A mudança desta realidade já é negociada e estudada há alguns anos e há a promessa de que, nesta próxima admi-nistração, torne-se sobreaviso remunerado. Até o momento, trabalhamos e fixamos escalas de sobreaviso sem a remu-neração complementar, contando somente com a produção SUS. Esperamos que a resolução nos ajude a modificar essa realidade.

Drª. Iara Machado MarasciuloPresidente da regional do SIMESC em São Bento do Sul Fizeram um novo contrato. Não mudou nada com a resolução. As mudanças já haviam ocorrido antes dela. Em São Bento do Sul, no Hospital e Maternidade Sagrada Família, cinco especialidades (clínica médica, cirúrgica, ortope-dia, pediatria, anestesia. - GO é esquema de plantão no hos-pital, 24 horas/dia), recebem sobreaviso, sendo pago por mês R$ 3.000,00 reais, para cada uma, acrescido da remuneração dos procedimentos. Em Rio Negrinho, na Fundação Hospitalar de Rio Negrinho, quatro especialidades (clínica médica, GO, cirúrgica, pediatria e ortopedia) recebem sobreaviso. Cada uma ganha R$ 3.000,00 reais, acrescido, também, da remu-neração dos procedimentos. E em Campo Alegre, no Hospital São Luiz, apenas duas especialidades (clínica médica, cirúr-gica, GO) recebem pela atividade, sendo pago para cada uma R$ 1.200,00 reais por mês, acrescido da remuneração dos procedimentos.

Dr. Mauro César AzevedoPresidente da regional do SIMESC em ItajaíDesde que haja acordo este deve ser respeitado até que outra ati-tude reivindicatória apareça. E parece ser este o caso. O Estado de Santa Catarina já tem um dispositivo legal que funciona para os próprios do Estado.Acho que nós médicos devemos sempre lutar por uma remunera-ção justa. E como não há obrigatoriedade de o profissional médi-co participar de escala de sobreaviso e nem de disponibilidade – cada instituição tem que saber administrar suas necessidades e suas vocações. Somos a favor do pagamento justo e digno do sobreaviso médico.Dr. Mauro salienta que, o ato médico é um ato de amor e de tra-balho e como tal precisa ser dignamente remunerado.O Departamento Jurídico do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen (HMMKB), através da advogada Zilda Bue-no, em relação à remuneração de sobreaviso indicada pelo CFM, informa que está aguardando resposta da ação que a AHESC, FHOSP e FHOSC (Santas Casas) impetraram contra o CFM, so-licitando a inconstitucionalidade da Resolução. Informa também, que o HMMKB tem Emergência tipo II, com equipe multidiscipli-nar (Cirurgia Geral, Traumato-Ortopedia, Anestesiologia, Gineco-Obstetrícia e Clínica Médica) funcionando e pagando os plantões. Os profissionais plantonistas ainda recebem os procedimentos que realizam. NÃO PAGA SOBREAVISO, mas paga Chamada Remunerada (R$ 42,00 reais) para os profissionais (não plantoni-stas) que forem solicitados pelo médico da emergência e do CTI. Isto foi um acordo realizado em agosto de 2005, junto com o Po-der Judiciário, Ministério Público, Diretor Clínico, Diretor Técnico, Diretora Administrativa do HMMKB, representantes do SIMESC, ACM e CREMESC. Está valendo até hoje.Já no Hospital Universitário Pequeno Anjo, o diretor técnico, Dr. Jose Alfonso Montoya, informa que o Hospital tem Emergência Tipo I e que remunera sobreaviso a 1/3 (um terço) do valor do plantão, para as seguintes especialidades: Anestesiologia, Ci-rurgia Pediátrica, Neurocirurgia e Traumato-Ortopedia. As outras especialidades recebem uma remuneração e R$ 80,00 reais, para cada chamada. Isso funciona desde 2004.

Dr. Flávio FilappiPresidente da regional do SIMESC em XanxerêXanxerê foi a primeira cidade a implantar o sobreaviso. As nego-ciações começaram no ano de 2001. Inicialmente, recebíamos 50% do valor da emergência.Depois de várias reuniões, os médicos, inconformados com a falta de reajustes, resolveram paralisar as atividades, dando um prazo de 30 dias (01/05 a 31/05/2008), para que a alteração dos valores (quanto ao sobreaviso) fosse corrigida.Em junho de 2008, foram oficializados os reajustes. A princípio seis clínicas recebiam o sobreaviso (médica, pediátrica, cirúrgica, obstétrica, anestesia e ortopedia), sendo pago, para cada uma, o valor de R$ 5.000,00 reais. Há dois anos, a especialidade de cardiologia foi incluída, somando sete, agora. Com o reajuste o valor passou para R$ 6.000,00 reais.Em Xaxim, o sobreaviso começou a ser pago em março de 2008, com valor de R$ 5.000,00 reais para cinco especialidades: gine-cologia, pediatria, clínicas cirúrgica e médica e anestesia.

Dr. Ronaldo BachmannPresidente da regional do SIMESC em Médio ValeNo Médio Vale as seis especilidades básicas que recebem so-breaviso são: Clínicas Médica e Cirúrgica, Pediatria, Obstetrí-cia/Ginecologia, Anestesiologista e Ortopedia. Cada espe-cialidade recebe R$ 4.000 reais, com exceção da Ortopedia, (que o contrato é diferente) e na Anestesiologia, que ganha um pouco mais, porém o número de médicos é menor.A cidade é pioneira na região no recebimento pela atividade, aproximadamente seis anos. Inicialmente era gratuito.

Algumas fontes de pesquisa: Resolução CFM n°. 1.834/2008 e artigo do assessor jurídico do SIMESC, Dr. Erial Lopes de Haro.A resolução está disponível na homepage do SIMESC – www.simesc.org.br

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EXPRESSAS

Regulamentação da Assistência Jurídica do SIMESC

A Assistência Jurídica prestada pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) aos médicos filiados veio sendo alterada ao longo dos anos e isso se deve especialmente ao fato de que esta instituição vem, a cada dia, logrando mais respeito e respaldo da categoria médica. Prova dessa assertiva é o fato de que há sete anos o SIMESC disponibilizava o serviço de Assistência Jurídica a 512 médicos, sendo que hoje está apta a atender mais de 3.600 filiados.Deve ser ressaltado que o crescimento do “mercado” de ações judiciais contra profissionais da medicina fez com que houvesse um aumento vertiginoso nos números de atendimentos jurídicos e de procedimentos judiciais. Em contrapartida, neste mesmo período, o crescimento do número de filiados se deu de maneira expressiva, porém uniforme.Vejamos, graficamente, uma análise estatística do período com-preendido entre setembro de 2007 a agosto de 2008, momento em que o número de filiados cresceu 3,3%, o aumento dos aten-dimentos 383% e o número de ações judiciais e procedimentos administrativos 400%.Diante destes números, o Sindicato viu-se obrigado a regulamen-tar as questões que envolvem a Assistência Jurídica, especialmente as que envolvem matérias de ordem financeira, vez que o cresci-mento da utilização dos serviços jurídicos é diretamente proporcio-nal ao aumento do repasse de verbas para tanto, ao mesmo tempo em que o número de filiados é diretamente proporcional à receita do SIMESC.Desta forma, foram aprovadas na Reunião de Diretoria Plena (RDP), do dia 29/11, por unanimidade, as normas que vão nortear os serviços de Assistência Jurídica, que trouxe como principal modifi-cação a implantação de um “plano co-participativo” e a participa-ção financeira das Regionais nas despesas com deslocamento dos advogados, cujo atendimento for proveniente das suas regiões.

Com a vigência desta regulamentação, alguns procedimentos pas-saram a exigir do médico filiado o pagamento de uma taxa a título do plano co-participativo, pagamento feito uma única vez, durante todo o trâmite do processo.São estes os procedimentos: ação indenizatória (taxa de 2 sa-lários mínimos), processo ético profissional (taxa de 2 salários mínimos), sindicância (1 salário mínimo) e processo criminal (taxa de 1 salário mínimo). Deve ser entendido que todas as despe-sas com deslocamento dos advogados serão suportadas pelo SIMESC e que todos os demais atendimentos e procedimentos, sejam administrativos ou judiciais, são oferecidos e suportados in-tegralmente pela entidade aos médicos filiados.

Dr. Erial Lopes de HaroAssessor Jurídico do SIMESC

Novos DiretoresA foto ao lado é do presidente do

Sindicato dos Médicos do Estado de

Santa Catarina (SIMESC), Dr. João Pe-

dro Carreirão Neto, e do Dr. Marcos

Luiz Franzoni, que assumiu durante a

Assembléia Geral Ordinária (AGO), em

28/11, o cargo de presidente da re-

gional do SIMESC em Rio do Sul,

substituindo a Dra. Janine Allassia

Debres Mello. O Dr. Alexandre Cas-

tro Robles, ausente no evento, será o

novo secretário da regional, substituin-

do o Dr. Oscar M. Edmundo Montoya

Gómez. Sejam Bem Vindos!!! Da esquerda para direita – Drs. João Pedro e Marcos

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Nota de falecimentoO SIMESC comunica com pesar o falecimento, ocor-rido em 05/10/2008, do colega sindicalizado Dr. Virgí-lio Regges, obstetra que atuava na região de Caçador.

SIMESC agradece a presença das Diretorias

O SIMESC agradece a presença de todos os diretores que mesmo

com os impactos causados pelas enchentes que assolam o Es-

tado, deslocaram-se de suas residências e participaram da AGO

e da RDP, que ocorreram nos dias 28 e 29/11, respectivamente.

O Sindicato, ciente da impossibilidade da participação das outras

regionais, espera que as regiões atingidas recuperem-se o mais

breve possível.

O SIMESC par-

ticipa do Conselho

Municipal de Saúde

de Florianópolis

no segmento dos

profissionais de

saúde. O referido

Conselho, composto

pelos seguintes

segmentos: usuários,

governo, prestadores

de serviços e profis-

sionais de saúde,

tem a atribuição do

SIMESC participa do novo Conselho Municipal de Saúde

controle social das acões e serviços de saúde no município

de Florianópolis. O Sindicato, participou da audiência pública

para eleição do Conselho no dia 18/11, sendo eleito como

entidade titular para o mandato no período de 2008-2010,

com posse em 09/12, representado pelo Dr. Tadeu Ferreira

de Paiva, indicado pela diretoria executiva do SIMESC.

FENAM decide desfiliar-se da CNPL e da CUT

Na reunião dos dias 19 e 20/12, em São Paulo, o

Conselho Deliberativo da Federação Nacional dos

Médicos (FENAM) decidiu desfiliar-se da Confe-

deração Nacional das Profissões Liberais (CNPL) e

filiar-se à Confederação Nacional dos Trabalhadores

Universitários (CNTU). Também decidiu a desfilia-

ção à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na

ocasião, ficou acordado que a filiação a uma nova

Central dependerá ainda de conhecimento das

posições adotadas diante de várias questões. Es-

ses questionamentos serão encaminhados às cen-

trais e somente após as respostas será feita a op-

ção por uma delas. Essa cautela é para não repetir

o erro com a CUT, que tem posições conflitantes

com a posição da FENAM, em alguns pontos.

Também foi deliberado o apoio ao projeto original

da regulamentação da Emenda Constitucional 29

(EC29) e contrário à criação da Contribuição Social

da Saúde (CSS), atrelada ao projeto substitutivo.

De olho no Leão: Imposto de Renda 2009O médico sindicalizado que estiver em dia com a

tesouraria poderá utilizar os serviços da assessoria

contábil para fazer sua Declaração de Imposto

de Renda. O prazo para entrega dos documentos

à assessora contábil, Katiane Moro Silva, encerra

no dia 22 de abril de 2009. A documentação de-

verá estar completa, caso contrário não será pos-

sível efetuar a declaração. Mais informações pelos

telefones (48) 3223-1060/1030, ou pelo e-mail:

[email protected].

Diretores na RDP

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Nova diretoria da FMSB foi eleita e empossada durante assembléia da entidade

Nos dias 24 e 25/10, representantes das Diretorias Executivas dos Sindicatos componentes da Federação Médica Sul Brasileira

(FMSB) - o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR), Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC),

o Sindicato dos Médicos de Santa Maria, o Sindicato dos Médicos da Região Sul de SC (SIMERSUL), Sindicato dos Médicos de Rio

Grande e Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (SIMERS) -, estiveram reunidos no Centro de Convenções do Hotel Sheraton

Porto Alegre, em Porto Alegre/RS, para a Assembléia Geral Ordinária da FMSB.

Na ocasião, foi eleita, por unanimidade dos diretores presentes, e empossada a chapa única para a gestão 2008-2010, tendo como

presidente o Dr. Sami Abder Rahim Jbara El Jundi (SIMERS). Alguns dos diretores do SIMESC fazem parte da nova composição: Dr.

Vânio Cardoso Lisboa, como segundo vice-presidente, Dr. César Augusto Ferraresi, como suplente de secretário geral, Dr. Leopoldo

Alberto Back, como primeiro tesoureiro, Dr. Jolnei Antonio Hawerroth, como diretor jurídico e o Dr. Gladimir Dalmoro, como conse-

lheiro fiscal. Na assembléia, ficou decidido que a FMSB organizará um seminário sobre o tema, a ocorrer em Florianópolis, preferen-

cialmente, na segunda quinzena de março de 2009.

FEMESC de 2009 será em Timbó

O evento é o principal das entidades médicas do Estado e reúne profissionais para fomentar

o debate sobre os principais assuntos relacionados à categoria

foto: www.timbo.sc.gov.br

A cidade que irá sediar o XII Fórum das Entidades

Médicas do Estado de Santa Catarina (FEMESC)

será Timbó, conhecida como a “Pérola do Vale”,

por sua riqueza, beleza e qualidade de vida.

O evento ocorrerá nos dias 05 e 06 de junho de

2009, no Hotel Timbó Park. A organização será

do Conselho Superior das Entidades Médicas de

Santa Catarina (COSEMESC) e a coordenação

está a cargo do Conselho Regional de Medicina

de Santa Catarina (CREMESC).

Fique atento aos próximos informativos e a

homepage do Sindicato dos Médicos do Estado

de Santa Catarina (SIMESC) – www.simesc.org.br

-, que trarão novidades sobre o assunto.

Aposentadoria especial para atividade insalubre

Mandado de Injunção coletivo impetrado pelo SIMESC no STF pre-tende assegurar o direito dos médicos do serviço público a obter apo-sentadoria especial por atividade insalubre após 25 anos de trabalho

Desde o dia 08/08, data em que

o SIMESC, através da sua asses-

sora previdenciária, Dra. Lucila

Moura Santos Cardoso, deu en-

trada na ação coletiva da apos-

entadoria por atividade insalubre,

vários médicos procuraram o Sindi-

cato para ingressar com a ação.

O Mandado de Injunção (MI 874)

coletivo impetrado pelo SIMESC, no

Supremo Tribunal Federal (STF), tem

por objetivo assegurar o direito dos

médicos do serviço público a obter

aposentadoria especial por atividade

insalubre após 25 anos de trabalho.

Desde então, algumas movimen-

tações no mandado já foram

realizadas. Em 09/10, foi publicado

despacho do Ministro Celso de

Mello, que relembra o posiciona-

mento recente do STF favorável em

mandados individuais e reconhece

a legitimidade da entidade sindical

em interpor o mandado coletivo

apesar da ausência de regulamen-

tos nesse sentido. Assim, o man-

dado prossegue já com manifes-

tação positiva da interpretação do

STF em processos semelhantes.

Considerando o teor do despa-

cho, o SIMESC está otimis-

ta quanto à decisão favorá-

vel, provavelmente para 2009.

No dia 24/11, a Procuradoria Geral

da República (PGR), à semelhança

nos mandados individuais an-

teriores, manifestou-se pela pro-

cedência parcial do pedido. Sig-

nifica que após a defesa, que deve

ser oferecida pela Advocacia Geral

da União (AGU), o Ministro Celso de

Melo deve apresentar relatório que

após será submetido ao Plenário.

É importante ressaltar que esta

ação é coletiva, tendo como autor,

o SIMESC, através de sua asses-

sora previdenciária e como públi-

co-alvo os médicos sindicalizados.

O Despacho Liminar MI 874

está disponível na homepage do

Sindicato – www.simesc.org.br.

Acesse a página e acompanhe o

andamento do processo.

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NOVOS FILIADOS

ANA PAULA MARTINS NAZARIO

ANDRE AUGUSTO MARTINS

ANDRE MENDES ARENT

ANDRESSA BISCARO

BIANCA STEFANELLO

BRASILIA SOLANGE TELLO CAJAMARCA

CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI

CLAUDIO DE OLIVEIRA

CLAUDIO KIYOSHI KRODA

CLEYTON GREGORY SILVA

DANIEL FARACO NETO

DARCI DUARTE LOPES JUNIOR

DELSON MORILO LANGARO

DELSON VALDEMIR PESSIN

ELEONORA MENEZES DE SALLES

ESTELA REGINA EIDT

FERNANDA CARDOSO

FILIPE PIMONT BERNDT

GEAN LISTONI

GILDO GOMES

GIORGIO SANDINS BEZ BATTI

GUILHERME HENRIQUE DE

CARVALHO NUNES

HENRIQUE VENTURA OLMOS

KATHLEN BACK MERIDA

LARISSA MARIE MULLER

LEONARDO FÁBIO CARELLI

LEONARDO LACAVA LOPES

LILIA ROSA LEYVA URQUIZA

LUCIANO MORAES MENDES DE AGUIAR

MARCUS VINICIUS JOSINO

MARIA ELIZABETH PEREIRA DO NASCI-

MENTO

MAURICIO DE AGUIAR ANDRADE

MAURO TIBOLA

MELISSA DEROSSI

MICHAEL RICARDO LANG

OTAVIO CUNHA FREITAS

PAULA DE AZAMBUJA BUBA

PERICLES PRETTO

SERGIO CORREA PINTO JUNIOR

TICIANA FERREIRA

VANDERLE DAMIN

VOLNEI CORREA DA SILVA

SIMESC conquista novos filiados no período de 30/09/08 a 02/01/2009

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ESPECIAL

A lei define uma Organização Social (OS)

não como um novo tipo de personalidade

jurídica, mas sim como a qualificação de

“pessoas jurídicas de direito privado, sem

fins lucrativos”. Tais entidades, para serem

assim consideradas, devem cumprir nove

requisitos listados no artigo segundo da Lei

9.637/98, passando a receber do Poder

Público tal qualificação, se este achar opor-

tuno e conveniente concedê-la.

Com entidades qualificadas como organiza-

ção social o poder público pode firmar o tão

comentado Contrato de Gestão – essa sim,

uma figura nova no direito brasileiro –, que

atribui à determinada OS a execução de

serviços determinados no contrato e para a

qual estabelece metas objetivas e cronogra-

mas. Para que a OS realize esses serviços

pode receber do Poder Público recursos fi-

nanceiros, bens e inclusive servidores públi-

cos cedidos. O artigo quinto da lei define o

contrato de gestão como um instrumento

firmado entre Poder Público e entidade

qualificada como OS, que tem o objetivo de

formar parceria para o fomento e execução

de atividades que na ótica atual do Estado

mínimo podem ser delegadas, quais sejam:

o ensino, a pesquisa científica, o desenvol-

vimento tecnológico, a proteção e preserva-

ção do meio ambiente, a cultura e a saúde.

O objetivo de formar parceria leva a outra

determinação da lei: de que o contrato de

gestão seja “elaborado de comum acordo”

entre entidade privada e poder público.

Certificada as características de uma OS,

temos que desde a década de 90, através

de um novo enfoque administrativo iniciado

com o governo Collor e levada a frente pelo

período de Fernando Henrique Cardoso,

o Brasil vem caminhando a passos largos

para imitar os modelos governamentais

propostos pelos Estados Unidos, também

na área da saúde. Como se não bastasse

importar seus modelos econômicos e algu-

mas políticas fiscais, por vezes polêmicas,

agora também tenta segui-los na área da

Saúde Pública.

O curioso é que o modelo americano é um

dos mais controversos e que revelam a per-

versidade de um sistema público de saúde

que se volta à persecução do lucro ao re-

passar tão vital função ao setor privado.

Prova narrada deste fato é o filme recente-

mente em cartaz do cineasta americano

(quase expulso de seu país), Michael Moore,

o polêmico “Sicko-SOS Saúde”, que retrata

o drama vivido pela população Norte Ameri-

cana em se tratando de sua custosa saúde

nacional.

A realidade retratada pelo corajoso e

polêmico Michael Moore, por ter levado os

heróis do “11 de setembro”, os bombeiros,

para tratamento médico em Cuba, torna o

documentário imperdível. Soa inacreditável

que os bombeiros feridos durante o tra-

balho, depois do atentado às torres gêmeas

nos Estados Unidos, não tiveram sequer

um leito de hospital para se tratar, sequer

condições de comprar um vidro de remédio,

porque não ganham o suficiente para ter

acesso ao caríssimo, inacessível até para as

classes médias, sistema de saúde do país

mais rico do mundo.

Em seu documentário, Moore deixa claro

que o sistema adotado nos Estados Unidos

é muito mais ineficiente do que o adotado

não só em Cuba, mas também no Canadá,

na França, na Inglaterra, na Alemanha que

mantêm, apesar dos lobbies das empre-

sas de saúde e dos ataques sofridos pelos

governos neoliberais, o caráter público da

assistência médica e hospitalar e remédios

a preços acessíveis ou, em alguns casos,

gratuitos.

Nada contra a lógica capitalista de se obje-

tivar lucro (aqui considerado como o supe-

rávit na prestação de um serviço ou produ-

to), pois a iniciativa privada, tão importante

nas economias mundiais e verdadeiro mo-

tor das sociedades, não persistiria se não

houvesse a incessante busca da mais valia;

porém quando o assunto é saúde pública,

talvez um dos bens sociais mais impor-

tantes de qualquer democracia evoluída,

sabe-se que o lucro deve ser relegado a um

segundo plano; ou ao menos deveria.

Em primeiro lugar na lista de prioridades

de uma república democrática há de ser

erigido o bem-estar e a saúde de seus ci-

dadãos, pedra angular de qualquer nação.

Isto porque sem o indivíduo sadio não se

constrói sociedade alguma e, via de con-

seqüência, deixa de ser necessária a figura

do Estado enquanto manifestação da orga-

nização de uma sociedade.

Como se sabe, a Constituição de 1988

assegurou que a saúde no Brasil deve ser

tratada como um direito e não como um

privilégio. Logo, deve ser pública e gratuita,

extensiva a todo cidadão, independente de

renda, cor, gênero ou classe social.

No entanto, o avanço das políticas neoli-

berais, sobretudo na década de 1990, como

dito, vêm minando, de todas as formas, o

Sistema Único de Saúde (SUS) e acenando

com os planos de saúde privados como a

saída possível.

Esta lógica de que apenas o setor privado

possui capacidade gerencial capaz de le-

var a cabo a custosa saúde nacional é uma

lógica falha que só encontra reflexo no dis-

curso governamental, pois quer se desin-

cumbir do grande encargo que é a gestão

As Organizações Sociais e a gestão da Saúde Pública

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da saúde pública. Prova disso é o já citado

modelo norte-americano. De fato os pla-

nos de saúde privados trazem benefícios,

porém a um custo altíssimo, mormente

para a população de um país como o Bra-

sil, em que a renda média de sua popula-

ção não ultrapassa a dois salários mínimos

(Fonte: IBGE).

Saúde pública de fato é um tema que

sempre gerou e gerará polêmica, verda-

deiro calcanhar de Aquiles de qualquer

Governo, mas que nunca deve ser en-

carada como um objeto de mercancia. De

fato a saúde brasileira gera vultosos custos

e dificilmente gerará lucro para quem pre-

tender atendê-la de maneira satisfatória,

haja vista a péssima distribuição de renda,

tanto populacional, quanto orçamentária,

tida como a má distribuição de riquezas

entre os Estados e municípios nacionais.

Tais fatos nos levam a uma conclusão

lógica de que para a saúde brasileira ser

privatizada terá, obrigatoriamente, de ge-

rar lucro para o ente privado que assumirá

o fardo e, para tanto, alguém terá de pa-

gar a conta. Porém, certamente não será

a grande massa que tem de sobreviver

com dois salários mínimos para toda uma

família.

Ou seja, ou o Estado Brasileiro assume de

vez esta enorme conta e passa a encará-

la como um investimento social, de forma

plena e efetiva, nos moldes constituciona-

is, ou leva a cabo o procedimento de priva-

tização já iniciado, do qual a transferência

do problema para Organizações Sociais é

uma tentativa que pode dar errado, pois

provavelmente tenderá a ampliar os gas-

tos estatais, visto que ao invés de ter de

suportar apenas o “custo-saúde”, o Esta-

do terá também de gerar lucro para quem

o opera.

Podem argumentar os defensores do

novo sistema que se pretende implantar,

que as Organizações Sociais não visam o

lucro, o que é plena verdade. Mas não se

está a falar do lucro mercantil, traduzido

na repartição de sobras de capital, mas

sim do superávit da operação de prover a

saúde pública, porque por mais que uma

organização privada não vise lucro e rein-

vista toda sobra de capital na persecução

de seus objetivos, tal não se confunde

com operar no vermelho. Nenhuma orga-

nização pode se dar ao luxo de permane-

cer constantemente em déficit, prerroga-

tiva apenas possível ao Governo de um

país, único que pode suportar constantes

prejuízos, haja vista a recente situação das

Instituições Financeiras mundo afora.

Recentemente, na nossa realidade local,

temos visto algumas manifestações do

atual posicionamento do Governo. Como

exemplos mais próximos, temos o pro-

cedimento licitatório que visou eleger uma

OS para gerir o SAMU de Santa Catarina e

o Procedimento de Concorrência, vencido

pelo Hospital Nossa Senhora das Gra-

ças (OS de Curitiba), para gerir o Hospital

Materno Infantil Dr. Jesser Amarante Faria

(Joinville).

Em ambos os casos a iniciativa se deu, no

nosso ponto de vista, ao arrepio da Lei,

pois a Lei 8.080/90 (Lei Orgânica do SUS),

em seu art. 24, é taxativa ao permitir que

o Estado recorra à iniciativa privada

apenas quando comprovadamente “suas

disponibilidades forem insuficientes para

garantir a cobertura assistencial à popula-

ção de uma determinada área”, o que de

fato não foram o caso destes dois exem-

plos.

Tanto o SAMU, quanto aquele nosocômio

de Joinville, possuíam recursos financeiros

e disponibilidades técnicas para prestar um

adequado serviço de saúde a seu público

alvo, ou, ao menos, recebiam dotação or-

çamentária suficiente para tanto. Nestes

casos recorrer à iniciativa privada não era

a solução prevista em lei.

O expediente de entabular Contratos de

Gestão com entidades privadas deve ser

sempre visto com ressalvas, pois, em

verdade, tendem a contornar os eleva-

dos princípios trazidos pela Constituição

da República (art. 37) para melhor regrar

a Administração Pública, quais sejam: a

legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência administrativa.

De fato, quer parecer que o Governo, ao

ser pressionado por um lado pela Consti-

tuição – expressão máxima de seu povo –,

com a exigência de uma forma de condu-

zir seus deveres com maior higidez e, por

outro lado ciente de sua parca eficiência

administrativa, quase que num reconheci-

mento de incompetência gerencial, encon-

trou o subterfúgio do Contrato de Gestão

com as Organizações Sociais, mecanismo

duvidoso para se esquivar da grande

responsabilidade de gerir a saúde de seus

cidadãos. Resta saber quem suportará os

maiores prejuízos com esta mudança de

enfoque organizacional.

Em suma, sabemos que a população

brasileira conquistou em 1988 uma das

constituições mais avançadas do mundo

no que diz respeito ao entendimento de

que a saúde é direito de todos; portanto,

entendemos que deve continuar a ser

pública e gratuita, nos moldes perfilados

por aquela sábia Assembléia Constituinte.

Num contexto em que as experiências

ditadas pelo neoliberalismo apresentam

evidentes sinais de falência, em vários

países – tais como os Estados Unidos e,

mais perto de nós, o Chile – é no mínimo

temerário admitir um retrocesso.

Dr. Rodrigo Junchen Leal

Assessor Jurídico do SIMESC

As Organizações Sociais e a gestão da Saúde Pública

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FENAM

O assunto foi discutido durante o Seminário Organização Sindical e Saúde Suplementar, em São Paulo, com as Centrais Sindicais

O assunto tem sido pauta em vários even-

tos, principalmente, na área da saúde. Um

deles foi o Seminário da Federação Na-

cional dos Médicos (FENAM) sobre a Or-

ganização Sindical e Saúde Suplementar,

com as Centrais Sindicais, em São Paulo,

entre os dias 06 e 08/11. Os organizadores

reuniram representantes de entidades

para debater o assunto, sendo exposi-

tores o vice-presidente da FENAM, José

Erivalder Guimarães de Oliveira, o diretor

do Departamento Intersindical de Asses-

soria Parlamentar (DIAP), Antônio Queiroz,

e representantes das Centrais Sindicais.

No primeiro dia do seminário foi realizado

um breve histórico sobre a trajetória das

centrais sindicais no Brasil, desde quando

as entidades surgiram, em 1981, com a re-

alização da primeira Conferência Nacional

da Classe Trabalhadora (CONCLAT), pas-

sando pelas fases de arrocho salarial, da

globalização e das conquistas importantes,

como a Constituição de 88, que apresentou

muitos avanços para a classe trabalhadora,

até chegar à criação do Conselho Nacio-

nal de Relações do Trabalho. Comparece-

ram as seguintes Centrais Sindicais: Força

Sindical, Central dos Trabalhadores e Tra-

balhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos

Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical

e Central dos Trabalhadores (NCSCT) e

Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

(CGTB), que debateram com os represen-

tantes dos sindicatos médicos de todas as

regiões do país, que participaram do evento.

As centrais sindicais brasileiras fizeram um

grande percurso para chegar a configuração

atual. Iniciaram sua história a partir dos anos

80, com o movimento sindical brasileiro. A

legalização destas tem colocado na ordem

do dia a discussão sobre qual central sindical

pode melhor representar os trabalhadores.

Esse é um debate que diz respeito não a-

penas aos sindicalistas, mas principalmente

aos maiores interessados, os trabalhadores,

pois o resultado desta escolha pode propor-

cionar uma direção com maior ou menor

envolvimento com as lutas do cotidiano.

FENAM realiza seminário sobre Organização Sindical

Drs. João Pedro e Bonnassis estavam presentes no evento

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PRESTAÇÃO DE CONTAS

Balanço 2008 Previsão 2009

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SIMESC RECOMENDA

Já para os que não dispensam uma boa leitura a segunda secretária do SIMESC, Dra. Zulma Sueli Carpes Natividade, sugeriu o livro “A Conspiração Franciscana”, de John Sack, um romance surpreendente sobre São Francisco de Assis. Tudo começa em 1230, quando a Ordem dos Franciscanos dissimulou os estigmas da pele de São Francisco de Assis e escondeu o lugar exato de sua tumba, que só seria descoberta 600 anos depois. Que segredo terrível e ameaçador a Igreja desejava ocultar? Traduzido para mais de vinte países, a conspiração franciscana é uma obra de ficção baseada em fatos reais que prende o leitor do começo ao fim. Pouco antes de morrer, frei Leo, um grande companheiro de São Francisco, escreve uma carta de despedida para seu amigo Conrad e esconde nos ornamentos do pergaminho uma mensagem que faz referência a acon-tecimentos misteriosos da vida do santo. A conspiração franciscana conduz o leitor por histórias paralelas que pouco a pouco vão se cruzando e revelando conexões surpreendentes.

Para aqueles que gostam de um bom filme, o tesoureiro da regional do SIMESC em Médio Vale, Dr. Ro-berto Amorim Moreira, indica um drama para lá de emocionante, o seriado The Tudors (The Tudors - Season 1). Com estréia no canal People+Arts em outubro, a série conquistou a crítica e o público ameri-cano. Pegando carona no sucesso de dramas históricos como “Roma”, a série retrata a vida do jovem rei da Inglaterra, Henrique VIII Tudor. O ator Jonathan Rhys Meyers, protagonista do filme de Woody Allen “Match Point”, interpreta o rei que assumiu o trono inglês em 1509, depois da morte do seu irmão mais velho. Henrique VIII casou-se com a mulher de seu falecido irmão, Catarina de Aragão. Quando ela não con-seguiu conceber um filho homem, ele fundou a Igreja Anglicana para se casar pela segunda vez, já que o catolicismo não permitia. Apesar do sucesso, alguns historiadores criticam a série por não ser totalmente fiel à história. “The Tudors” recebeu quatro indicações ao Emmy deste ano, incluindo melhor elenco de série dramática, e já foi renovada para sua segunda temporada.

Leitura - “A Conspiração Franciscana”

Filme - The Tudors (The Tudors - Season 1)

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SINDICATO PRESENTEO Boletim Médico divulga aos seus leitores a AGENDA DA DIRETORIA EXECUTIVA, com o

objetivo de permitir total transparência das ações desenvolvidas e realizadas pela entidade.

OUTUBRO

03 – Participação na abertura do Congresso Catarinense de Medicina, no Centro de Convenções de Florianópolis13 – Sessão Solene na ALESC – Dia do Médico 14 – Reunião do COSEMESC na sede do SIMESC15 – Assembléia Geral dos Médicos, na ACM- Participação do Dr. João Pedro no Programa Conversas Cruzadas na TVCOM para tratar das terceirizações dos serviços públicos de saúde- Participação do Dr. João Pedro na Comissão de Orçamento do Conselho Estadual de Saúde, na Sala do Conselho Estadual de Saúde17 – Posse da nova diretoria da ACM e jantar dançante em homenagem ao Dia do Médico, na ACM24 e 25 – Drs. João Pedro, Vânio e Gladimir participaram da AGO da FMSB, em Porto Alegre – Posse da nova diretoria28 – Diretores do SIMESC participaram da reunião da UNIMED - Comemoração ao Dia do Médico, no Hotel Majestic29 – Sessão Plenária do Conselho Estadual de Saúde, com a participação do Dr. João Pedro

NOVEMBRO

06 a 08 – Drs. João Pedro e Bonnassis estiveram presentes na Reunião e Seminário sobre Organização Sindical da Diretoria Executiva da FENAM, em São Paulo11 – Dr. João Pedro esteve presente na reunião da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS, na Escola de Saúde Pública13 – Reunião com o SindFarSC e SindSaude, na sede do SIMESC- Reunião do COSEMESC para analisar a proposta da Secretaria de Estado da Saúde, na sede do CREMESC, com a participação dos Drs.João Pedro, Renato Polli e Bon-nassis17 – Apresentação do SIMESC, pelos Drs. Odi e Eliana, aos acadêmicos da 12ª fase do Curso de Medicina da UNISUL de Tubarão18 – Assembléia para eleição do novo Conselho Municipal de Saúde. O Dr. Tadeu Fer-reira de Paiva representou o SIMESC e foi eleito para o período 2008-2010- Participação do Dr. João Pedro no Programa Conversas Cruzadas na TVCOM, para tratar sobre as consultas especializadas das Policlínicas19 – Assembléia do Corpo Clínico da Secretaria Municipal de São José, com a partici-pação dos Drs. João Pedro e Renato Polli e, o assessor jurídico do SIMESC, Dr. Erial21 – Posse da Sociedade Catarinense de Pediatria, na ACM, com a participação do Dr. João Pedro- Apresentação do SIMESC, pelos Drs. Odi e Eliana, aos acadêmicos da 11ª e 12ª fase do Curso de Medicina da UFSC26 – Fórum UNIMED na ACM, para falar sobre o cooperativismo - Solenidade de abertura da 14ª edição do FARMAPOLIS28 e 29 – AGO e RDP do SIMESC

DEZEMBRO

08 – Reunião da regional do SIMESC de São Bento do Sul e a AMCET com o novo prefeito da região09 – Reunião do COSEMESC, no CREMESC, com a participação dos Drs. João Pedro e Renato Polli- Participação do Dr. João Pedro na reunião da Mesa Estadual de Negociação Perma-nente do SUS- Dia de paralisação do Corpo Clínico da Secretaria Municipal de São José- Posse do novo Conselho Municipal de Saúde, na sala de reunião do Conselho. O Dr. Tadeu Ferreira de Paiva representou o SIMESC10 – Reunião com a comissão de assistentes sociais para discutir a formação de um Sindicato para a categoria, com o Dr. João Pedro e Drª. Valdete19 e 20 – Reunião do Conselho Deliberativo da FENAM, com a participação do Dr. João Pedro, em São Paulo

JANEIRO

De 9 a 16 II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE INVESTIGAÇÃO CARDIO-VASCULAR

FEVEREIRO

De 2 a 6CONGRESSO DE CULTURA E SAÚDE MENTAL

MARÇO

De 04 a 0666º CURSO NESTLÉ DE ATUALIZAÇÃO EM PEDIATRIALocal: Transamérica Expo Center - São Paulo/SPInformações e inscrições: EKIPE de Eventos - [email protected]: (41) 3022-1247

2ª QuinzenaReunião da FMSB, organizada pelo SIMESC.Florianópolis/SCContato: (48) 3223-1060

20 e 21“II FÓRUM DE ÉTICA MÉDICA DO CREMESC”Local: Hotel Mercure Itacorubi – Florianópolis/SCMais informações: www.cremesc.org.brContato: (48) 3223-5122

28 e 29 MÓDULO I - PROGRAMA CATARINENSE DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA - PEMCLocal: Associação Catarinense de Medicina (ACM) – Florianópo-lis/SCMais informações: http://www.acm.org.br/acm/index.php?center=cursosContato: (48) 3231-0300

O SIMESC tem sido frequentemente destaque na imprensa do Estado. Só o presidente, Dr. João Pedro Carreirão Neto,

participou duas vezes do programa Conversas Cruzadas, da TV COM, nos dias 15/10 e 18/11, e produziu um artigo para o

jornal Diário Catarinense (DC) intitulado de “Os Rumos da Residência”, que saiu na edição de 15/10. A assessoria jurídica da

entidade também foi assunto neste jornal. O advogado Erial Lopes de Haro fez considerações pertinentes quanto à denúncia

feita pelos funcionários da saúde pública municipal, ao SIMESC, sobre os atrasos dos salários, veiculada em 06/11.

Sindicato PresenteAgenda de eventos 2009

Saiu na imprensa

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