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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / N.º66 / SETEMBRO 2013 / ISSN 1646–9542 66 Setembro de 2013 Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: www.prociv.pt Leia-nos através do http://issuu.com/anpc Base de Apoio Logístico de Castelo Branco

BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · de entrega, associado à coordenação, mobilização e intervenção nos mais diversos teatros de operações, requerendo todo o rigor

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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO C IV IL / N .º66 / S ETEMBRO 2013 / I S SN 16 46 –9542

66Setembro de 2013

Distribuição gratuitaPara receber o boletim

PROCIV em formato digital inscreva-se em:www.prociv.pt

Leia-nos através do

http://issuu.com/anpc

Base de Apoio Logístico de Castelo Branco

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E D I T O R I A L

P. 2 . P RO C I V

Número 66, setembro de 2013

Aprender a convergir em função de objetivos comuns

No momento de fecho desta edição não podemos deixar de fazer referência a mais três situações que resultaram na morte de três combatentes – Ana Rita Abreu Pereira, Bernardo Albuquerque de Vasconcelos Figueiredo e Cátia Pereira Dias, que lamentamos profundamente e que nos obriga a desencadear e a intensificar todos os esforços para uma análise cuidada e rigorosa das causas que motivaram este triste desenlace, tal como as outras duas mortes que dramaticamente ocorreram tão proximamente.

Não gostaria de deixar de referir que, no âmbito das nossas competências e atribuições, colocaremos a maior exigência na instrução dos relatórios preliminares e dos processos de inquérito para apuramento dos factos que estiveram na origem destas situações relacionadas com bombeiros mortos e bombeiros feridos, bem como nos processos associados a todos os acidentes ocorridos no contexto do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais.

Também não temos dúvidas que deve ser destacada e elogiada a postura empenhada destes homens e mulheres no quadro do Dispositivo, um trabalho de enorme exigência e espírito de entrega, associado à coordenação, mobilização e intervenção nos mais diversos teatros de operações, requerendo todo o rigor e clarividência na condução desta difícil missão.

Na edição de setembro, o boletim PROCIV apresenta um novo formato mais alargado, permi-tindo outra dinâmica e aprofundamento de assuntos de interesse para a comunidade de lei-tores e subscritores que nos acompanham, sendo nossa intenção dar relevo ao que de melhor se vai fazendo pelo país em matéria de proteção civil, valorizando a ligação das nossas estru-turas distritais com as entidades locais e com as próprias populações, trabalho fundamental para a consolidação de um território mais preparado na resposta aos mais diversos riscos e na condução de estratégias concertadas de redução de vulnerabilidades.

A foto de capa coloca em destaque a Base de Apoio Logístico de Castelo Branco, considerada um recurso de proteção civil de excelência no país, e que se apresenta projetada e dimensiona-da para dar apoio a equipas e operações de proteção civil em deslocação e com intervenção ao longo de todo o território continental.

São muitos os agentes que têm de ser conjugados nestes contextos de turbulência, em que o fundamental não é saber em detalhe o que irá acontecer, até porque as emergências não se repetem, mas sim otimizar todos os recursos de forma a estarmos preparados para situações complexas, aprendendo coletivamente a convergir em função de objetivos comuns.

Manuel Mateus Couto

Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Diretor – Manuel Mateus Couto Redação e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e ProtocoloFotos: Arquivo da Autoridade Nacional de Protecção Civil, exceto quando assinalado.Impressão – SIG – Sociedade Industrial Gráfica Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646–9542

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Coletiva n.º 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

P U B L I C AÇ ÃO M E N S A L

Projecto co-financiado por:

Manuel Mateus CoutoPresidente da ANPC

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M E N S A G E M

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Comando Nacional de Operações de Socorro

Mensagem ao Dispositivo

Aos Bombeiros Portugueses

Companheiros,

Exigem-nos muito e vós tendes dado tudo.

Nesta permanente missão de combate aos incêndios florestais no âmbito da proteção e socorro, o vosso exemplo de esfor-ço, de coragem, de solidariedade e de perseverança personalizados em cada um de vós, constitui um garante de segurança de pessoas e bens, confirmando o sólido património coletivo e um dos esteios da dimensão ética da nossa sociedade.Estamos a meio da fase Charlie, mas não estamos a meio do vosso empenhamento, porque ele é total, notável e permanen-te, pelo que jamais permitirei que quem quer que seja belisque o vosso trabalho.Não estamos em época de fazermos balanços, esse terá o seu tempo, contudo e entre nós, já sabemos que perdemos dois dos nossos, o António e o Pedro, respetivamente dos CB de Miranda do Douro e da Covilhã.Não existe nenhum hectare nem qualquer árvore que justifique a sua perda. Morreram ambos abraçados à nobre causa que todos nós um dia entendemos abraçar, por isso haveremos de os encontrar em qualquer outro “teatro de operações”, seja lá ele onde for.Companheiros, adivinham-se dias ainda difíceis, de árduo trabalho, pelo que vos apelo uma vez mais ao estrito cum-primento das regras de segurança, ao uso do equipamento de proteção individual, a uma condução defensiva e segura, porque seria tudo isto, com toda a certeza o que o António e o Pedro me ajudariam a escrever para todos vós.Por todo o empenho na missão, saúdo a vossa coragem, o vosso altruísmo, o vosso espírito de voluntariado e a vossa gene-rosidade, na prossecução de uma das mais nobres tarefas de Serviço Público – A proteção de Pessoas e Bens. Do vosso Comandante Operacional Nacional, mas sobretudo do vosso Amigo.

José Manuel Moura, 19 de agosto de 2013

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Dois novos quartéis de bombeiros em Leiria

O Distrito de Leiria conta agora com dois novos quartéis de bombeiros, no Bombarral e em Castanheira de Pêra.O novo quartel da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários do Bombarral foi inaugurado a 29 de ju-nho pelo Secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’Ávila. Aproximadamente um milhão de eu-ros foram gastos na construção e no equipamento desta unidade, tendo o QREN comparticipado em cerca de 676 mil euros e o município do Bombarral com 150 mil euros além da oferta do terreno. Na cerimónia, foram promovi-dos 22 bombeiros e 38 condecorados com medalhas de de-dicação e assiduidade.A 30 de junho foi inaugurado, pelo Ministro da Adminis-tração Interna, Miguel Macedo, o novo quartel dos Bom-beiros Voluntários de Castanheira de Pêra, em resultado de obras de ampliação e beneficiação. Na ocasião, a Liga dos Bombeiros Portugueses atribuiu o crachá de ouro a José Domingues, comandante deste corpo de bombeiros, ten-do sido ainda condecorados 63 bombeiros e promovidos 14 a bombeiros de 3ª classe. A cerimónia terminou com o desfile apeado e motorizado pelas ruas da vila, tendo participado nesta cerimónia a fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos.

Viseu tem novo Comandante Distrital

O Tenente-Coronel Lúcio Cam-pos foi nomeado em comissão de serviço, pelo período de três anos, Comandante Operacional Distrital do Comando Distri-tal de Operações de Socorro de Viseu, com início a 5 de agosto. Natural do distrito, desem-penhou entre 2010 e 2012 as funções de Comandante do

2º Batalhão de Infantaria da Brigada de Intervenção (2BI/BrigInt). Recentemente exercia as funções de Chefe da Secção de Operações, Informações e Relações Públicas do Regimento de Infantaria Nº 14 (RI14) em Viseu, sendo respon-sável por todas as atividades relacionadas com as Operações e Informações do Regimento, bem como pela organização de cerimónias públicas, protocolo, contactos com o exte-rior, nomeadamente com as entidades e instituições locais, ligação à Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) e Órgãos de Comunicação Social.

Medalha de Mérito de Proteção e Socorro

Foram recentemente concedi-das, pelo Ministro da Admi-nistração Interna, Medalhas de Mérito de Proteção e Socorro no grau ouro e distintivo azul, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada, à Associação Huma-

nitária dos Bombeiros Voluntários de Santiago do Cacém e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gondomar, pelo seu 100.º aniversário; à Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses (Guarda) pelo seu 137.º aniversário; e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto pelo seu 138.º aniversário.A atribuição da Medalha vem reconhecer o exemplar percurso da existência destas AHBV ao serviço da comu-nidade e da proteção e socorro de populações com uma atuação sempre caraterizada pelo heroísmo, pela abnegação e pela solidariedade para com o próximo.

Nobre Casa da Cidadania

A ANPC integra o Conselho Institucional da “Nobre Casa da Cidadania“, uma iniciativa da empresa portuguesa Nobre que visa identificar, reconhecer e distinguir cida-dãos nacionais ou estrangeiros residentes em Portugal que se notabilizem pela realização de feitos, méritos ou ações de excecional nobreza. Do Conselho Institucional, que tem a responsabilidade de avaliar a elegibilidade dos atos propostos pelos cidadãos e, desta forma, decidir sobre a entrega dos Louvores da Nobre Casa da Cidadania fazem ainda parte o Corpo Nacional de Escutas, a Direção-Geral da Educação, o Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Faculdade de Teolo-gia da Universidade Católica Portuguesa, a Fundação para a Ciência e Tecnologia, o GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, o INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, a Liga dos Bombeiros Por-tugueses, a Plataforma Portuguesa das ONGs para o Desen-volvimento e a Polícia de Segurança Pública.www.nobrecasadecidadania.pt

Inauguração do quartel da AHBV do Bombarral. Foto: Paulo Coelho

B R E V E S

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Ação de Treino Operacional para Equipas de Apoio ao PCO

No âmbito do processo de “Lições aprendidas” conduzido na Região do Algarve na sequência das grandes operações de proteção civil registadas em 2012, foi concretizada, pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, uma ação de treino operacional para equipas de apoio técnico-administrativo (EATA) nos Postos de Comando Operacional (PCO).Esta iniciativa, pioneira, e que visa formar Oficiais-Bom-beiros e Especialistas dos Corpos de Bombeiros, bem como técnicos dos Serviços Municipais e Agentes de Proteção Civil, vai garantir o reforço das Equipas de Pos-to de Comando Operacional (EPCO) ao nível de funções e tarefas de apoio à decisão. A capacidade de processamento e gestão da informação operacional foi uma das limitações encontradas no funcionamento dos Postos de Comando, as quais se pretendeu colmatar com esta medida corretiva. A ação culminou no dia 30 de agosto, com a realização de um exercício prático de treino operacional, momento em que se pretendeu aferir as reais vantagens deste apoio em con-texto de trabalho.O processo de criação destas equipas desencadeou-se de acordo com o documento estratégico deste Comando Distrital que “conduz” as medidas corretivas do processo de Lições Aprendidas 2012, no passado mês de Abril, com uma fase de planeamento que percorreu os meses seguin-tes até a data de realização da ação dirigida a 24 formandos que se iniciou no dia 29 de junho. O programa contempla um total de 30 horas de formação, distribuídas por sessões teóricas, teórico-práticas e exercícios de treino operacional na modalidade CPX (Command Post Exercise), momentos que tiveram lugar em Portimão e Albufeira, contempla-dos com a utilização dos meios de comando e controlo da ANPC, nomeadamente o VPCC (Veiculo de Planeamento, Comando e Comunicações) afeto ao CDOS de Faro. Os 24 elementos envolvidos na primeira fase desta ini-ciativa, são oriundos dos Corpos de Bombeiros (de entre Oficiais-Bombeiros e Especialistas no âmbito da Informáti-ca e Telecomunicações), Técnicos dos Serviços Municipais e Agentes de Proteção Civil da Região do Algarve, assim como do próprio Comando Distrital, potenciando espe-cialmente o “Know-How” existente no âmbito dos Siste-mas de Informação Geográfica (SIG). Em setembro, desenvolve-se a principal fase de planea-mento do exercício que visa testar o Plano Prévio de Inter-ção (PPI) da Linha Ferroviária do Algarve, o qual terá lugar na segunda quinzena de outubro.

Testes de Planos de Emergência Internos em Setúbal

No passado dia 15 de julho, o Centro Comercial Almada Fó-rum testou o seu Plano de Emergência com base num ce-nário de incêndio que levou à sua evacuação. Participaram neste evento os lojistas do Centro Comercial, a equipa di-rigente, o Serviço Municipal de Almada, os bombeiros de Cacilhas e uma equipa de observadores do CDOS de Setú-bal composta por 3 elementos.Os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (Barreiro) rea-lizaram a 19 de julho, no âmbito do Plano de Emergência Interno do Banco BNPP-PF, um exercício de incêndio nas instalações do Arquivo Geral do Banco, sito no Parque Em-presarial do Barreiro. O exercício teve como objetivo testar a capacidade de intervenção do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste na resposta a situações reais que possam ocorrer nas instalações do Banco. Envolveu 7 elementos do Corpo de Bombeiros, e 2 viaturas operacionais: Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI) e Ambulância de Socorro (ABSC).

Foto: Exercício no Centro Comercial Almada Fórum

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Castelo Branco com Base de Apoio LogísticoO distrito de Castelo Branco conta desde o início deste verão com uma Base de Apoio Logístico à disposição de todos os operacionais de proteção e socorro nacionais. A funcionar desde 1 de julho, esta instalação pretende reforçar o apoio concedido aos operacionais no terreno e aos que se servem deste ponto do país como local de passagem.

A Base de Apoio Logístico de Castelo Branco projeta-da em 2010 para este distrito já está a funcionar.

Localizada no mesmo espaço do novo Aeródromo da cida-de albicastrense, partilha as instalações com o novo Centro de Meios Aéreos (CMA).

Esta plataforma encontra-se dotada de uma pista de aviação de 1600m, zonas de estacionamento e aparcamen-to com um parque de viaturas coberto e um armazém de apoio. Possui 12 quartos coletivos, 9 quartos duplos e um refeitório para 120 elementos, uma cozinha industrial de-vidamente equipada, uma lavandaria e salas de trabalho e convívio. Contempla ainda gabinetes de planeamento e uma Sala de Operações.

Com capacidade para albergar em simultâneo cerca de 140 pessoas, o principal objetivo desta infraestrutura é as-segurar alojamento e alimentação a todos os operacionais residentes ou não que por aqui passem e, ainda, permitir o armazenamento e limpeza dos seus equipamentos, bem como o abastecimento e parqueamento de viaturas dos meios de reforço. A nova Base de Apoio Logístico ou sim-plesmente BAL, como também é designada, servirá agora todos os bombeiros e agentes de Proteção Civil (APC) que operam no distrito assim como todos aqueles que, não operando nesta área, se deslocam como reforço para atuar em operações de socorro na região ou que por ela transi-tem. "Nos períodos em que ocorrem mais fogos, todos os bombeiros que se deslocam para a região ficarão aqui ins-talados", afirmou Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, aos jornalistas, aquando da inauguração no dia 12 de Agosto.

Alocada num ponto territorial privilegiado, prevê-se que

o funcionamento da BAL venha a contribuir para a redu-ção de riscos e a satisfação de necessidades, muitas vezes sentidas em situações de operações de proteção e socorro na região e no País, bem como no país, nomeadamente, a falta de um local de descanso, alimentação e abasteci-mento para bombeiros e agentes de Proteção Civil, em si-tuação de deslocação.

Como referiu o Ministro da Administração Interna, na inauguração deste espaço, “esta é uma estrutura si-tuada numa encruzilhada de zonas complicadas, em termos de proteção civil, que permite criar excelentes condições aos operacionais que no dia-a-dia salvaguar-dam pessoas e bens” (…) e que irá “desempenhar um pa-pel muito importante do ponto de vista logístico e de planeamento das ações de proteção civil”.

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Estas instalações contam a tempo inteiro com a permanên-cia de uma equipa da Força Especial de Bombeiros (FEB) e dois helicópteros de combate a incêndios, durante a fase Charlie, assim como um Grupo de Reforço de Ataque Am-pliado (GRUATA), também da FEB, de nível nacional, à or-dem do Comandante Operacional Nacional.

A Base de Apoio Logístico e o novo aeródromo repre-sentam um investimento global de cerca de seis milhões de euros, tendo beneficiado da comparticipação do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional) em 85% do seu custo, com o restante financiamento assegurado pela Câ-mara Municipal de Castelo Branco.

Rui EstevesComandante Operacional Distrital de Castelo Branco

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O incêndio no Chiado, em Lisboa, que deflagrou a 25 de agosto de 1988, foi um dos maiores incêndios urbanos da história recente de Portugal. O cenário dantesco em que rapidamente se transformou a zona adjacente aos Arma-zéns Grandella dificilmente se repetiria hoje na sua di-mensão e consequências. É que, desde então, operou-se uma verdadeira revolução na estrutura de proteção e so-corro em Portugal, bem como em sede de Segurança Con-tra Incêndio em Edifícios.

O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa realizou, no passado dia 25 de Agosto, um simulacro desse incêndio na zona onde decorreu, 25 anos antes. O simulacro teve a participação, para além do Regimento de Sapadores Bom-beiros de Lisboa, de 44 Corpos de Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha Portuguesa, INEM, PSP, Polícia Munici-pal, Polícia Judiciária, Departamento de Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, EDP, Metro/CARRIS, EPAL, Lisboagás, IBM e GNR, entidades que potencialmen-te seriam solicitadas a intervir no apoio às operações de socorro.

O simulacro iniciou-se pelas 9h00, na sequência de uma comunicação efetuada por populares para o SALOC (Sala de Operações Conjunta da cidade de Lisboa) a informar da observação de fumo intenso nos Armazéns Grandella, na Rua do Carmo. A partir deste momento é desencadeada uma operação, que envolveu 410 elementos e 95 veículos, num teatro de operações composto por três setores abran-gendo a zona do Chiado e o edifício da Câmara Municipal de Lisboa dos Paços do Concelho, em que foram operacio-nalizadas as estruturas fundamentais para apoio a uma operação de socorro de grandes dimensões, com a monta-gem de um Posto de Comando Operacional Conjunto, lo-calizado no Palácio Valadares – Largo do Carmo, uma Zona de Concentração e Reserva, localizada na Praça D. Pedro IV, e uma Zona de Triagem (Posto Médico Avançado do INEM), localizada no Largo Duque do Cadaval.

No PCOC as diversas entidades tiveram oportunidade de

visionar em tempo real das operações de socorro, através dos sistemas informáticos de Apoio à Decisão e de Ges-tão de Operações que são hoje um paradigma na evolução tecnológica da Proteção e Socorro. Também no terreno foi possível observar a evolução verificada no Treino, For-mação, Equipamento de Proteção Individual, Táticas de Combate, valências especializadas e Viaturas de Socorro de que hoje dispõe o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, de forma a responder eficazmente às ocorrên-cias que possam afetar a cidade.

Incêndio do Chiado – 25 anos depois

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© FernandoRicardo

© Tinta da China

Imagens:

Regimento

de Sapadores

Bombeiros de

Lisboa

O Grande Incêndio do Chiado

Exposição de fotografias do livro "O Grande Incêndio do Chiado", que reúne trabalhos realizados pelos fotojorna-listas de Alfredo Cunha, Fernando Ricardo, José Carlos Pratas e Rui Ochoa, que há 25 anos fizeram a cobertura do incêndio. A exposição pode ser vista de segunda-feira a sexta-feira, entre as 10h00 e as 17h00, até 26 de outubro, na sala de exposições temporárias do Museu do Bombeiro de Lisboa, em Carnide.

"Chiado em Detalhe – Álvaro Siza, pormenorização técnica do plano de recuperação"

25 anos depois, a reabilitação da área sinistrada ainda não se encontra totalmente finalizada e esta morosa e comple-xa intervenção, a cargo do arquiteto Álvaro Siza Vieira, à frente de uma numerosa equipa, é objeto da exposição e do livro "Chiado em Detalhe – Álvaro Siza, pormenorização técnica do plano de recuperação". A exposição está aberta ao público nos dias úteis, das 12h00 às 20h00, no Espaço Chiado 8, situado no Palácio do Loreto, Largo do Chiado, nº 8, em Lisboa.

EXPOSIÇÕES

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1º Curso de Proteção Civil para Professores

A ANPC promove, de 2 a 5 de setembro, a 1ª edição do Curso Geral de Proteção Civil para professores, no qual estão ins-critos 50 docentes, o número máximo previsto. O curso decorrerá no auditório da ANPC, em Carnaxide, desenvolvendo-se ao longo de sete módulos nos quais se-rão abordados temas como a organização da proteção civil, riscos naturais e tecnológicos, medidas de prevenção e proteção, riscos em estabelecimentos de ensino, segurança contra incêndio em edifícios, comunicação de risco, Plata-forma para a Redução de Catástrofes e psicologia de catás-trofe. Os módulos “Conceitos, Objetivos e Princípios da Pro-teção Civil” e “Atividade de Proteção Civil: Âmbito Lo-cal” serão ministrados por Carlos Mendes, Patrícia Gaspar e Telma Ramos, e o módulo “Riscos Coletivos: Naturais e Tecnológicos” por Nuno Mondril e Ana Gon-çalves Silva. “Riscos Em Estabelecimentos de Ensino” terá como formadoras Ana Silva e Maria Anderson e “Segurança Contra Incêndio Em Edifícios Escolares” Alexandra Santos, Manuela Esperança e Nuno Duarte.Rui Ângelo será responsável pelo módulo “Comportamen-to Humano Em Situações Extremas” e Patrícia Pires pelos módulos “Comunicação de Risco” e “Plataforma Nacional Para a Redução do Risco de Catástrofes”. O módulo final de Projeto está a cargo de Paula Nunes.Esta ação é o culminar de um processo de acreditação da ANPC enquanto entidade formadora no âmbito da forma-ção de professores pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação e Ciência, e que passou pela acreditação de um corpo de formadores.A iniciativa enquadra-se num conjunto mais vasto de in-tervenções junto da comunidade educativa, que inclui a colaboração com a Direção Geral de Educação e a Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares, do Ministério da Educação e Ciência, designadamente na consolidação da Educação para o Risco no âmbito curricular dos ensinos básico e secundário, quanto aos conteúdos temáticos da área não disciplinar de Educação para a Cidadania.

Cartão de consulta rápidaTransporte de Matérias Perigosas

A ANPC editou, em 2012, o Cartão de consulta rápida – Transporte de Maté-rias Perigosas, um fo-lheto tríptico digital destinado aos agentes de proteção civil, que inclui o significado do painel laranja, o significado geral e especial dos números de identificação de perigo e identifica al-

gumas das mais correntes matérias perigosas e etiquetas de perigo. O cartão, disponível para download na área de publicações do site da ANPC, foi recentemente impresso em formato de bolso, numa tiragem de 50.000 exemplares, que está a ser objeto de distribuição generalizada por todos os agentes de proteção civil e entidades com dever de cooperação, no-meadamente bombeiros e serviços municipais de proteção civil, GNR e PSP.Este cartão surge na sequência do trabalho de edição do Manual de Intervenção em Emergências com Matérias Pe-rigosas - Químicas, Biológicas ou Radiológicas desenvolvi-do em 2011, pelo Núcleo de Riscos e Alerta da ANPC. Este extenso manual, de mais de 300 páginas, atualizou e adap-tou à realidade portuguesa o “Emergency Response Guide-book”, realizado pelos departamentos de transportes dos EUA, México e do Canadá, sendo um auxiliar de referência na rápida identificação dos perigos específicos ou genéricos da matéria perigosa envolvida e na proteção da população em geral durante a fase inicial de resposta ao incidente.

Facebook da ANPC com 20.000 seguidores

A página da Autoridade atingiu recentemente os 20.000 seguidores. A todos o nosso agradecimento, vamos conti-nuar a fazer mais e melhor.

D I V U L G A Ç Ã O

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Diretiva Operacional – Acidentes com Aeronaves

Encontra-se disponível para download no site da ANPC a Diretiva Operacional Nacional n.º 4 – DIRACAERO – Dis-positivo Integrado de Resposta a Acidentes com Aeronaves (Situação Operacional – Diretivas).Os acidentes com aeronaves, embora não sejam um fenó-meno frequente, configuram situações de elevada comple-xidade, quer pela resposta que exigem, quer pelo impacto que têm, sobretudo nas famílias das vítimas, nas empresas detentoras dos meios, na sociedade em gerale até nos próprios operacionais. A finalidade da presente Diretiva, de âmbito nacional e aplicável a todo o território continental, é definir e con-solidar os procedimentos ao nível da proteção e do socorro no quadro restrito das operações de resposta a desenvolver pelas forças e serviços com responsabilidade na matéria, após a ocorrência de um acidente com uma aeronave fora dos perímetros das unidades militares com infraestruturas aeronáuticas e dos perímetros dos aeroportos do Porto, de Lisboa, de Faro, de Beja e aeródromo de Tires/Cascais.Constitui-se ainda como um instrumento de planeamento, organização, coordenação e comando operacional e ainda como documento de referência para os planos e direti-vas das outras entidades públicas ou privadas da área da proteção e do socorro, de modo a constituir base doutriná-ria, no quadro das ações de resposta a situações de emer-gência envolvendo acidentes com aeronaves.

Sensibilização dos Bombeiros

A Direção Nacional de Bombeiros da procedeu à edição e está a proceder à divulgação junto de todos os Corpos de Bombeiros de Portugal continental de um conjunto de 3 cartazes com o objetivo de sensibilizar os bombeiros para a necessidade do cumprimento rigoroso das medidas de se-gurança e autoproteção. Com o lema comum “A primeira vida a proteger é a tua”, são apontadas três situações dis-tintas identificadas como as principais causas de acidentes envolvendo bombeiros.

D I V U L G A Ç Ã O

Page 12: BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · de entrega, associado à coordenação, mobilização e intervenção nos mais diversos teatros de operações, requerendo todo o rigor

A G E N D A

1 de setembro – Mu rçaI NAuG u r Aç ãO DA r E MODE L Aç ãO E A M PLI Aç ãO D O quA rT E LCer i món ia de i n aug u ração, pe l as 10h30, do qu a r te l “Fi r m i no Fon seca" dos Bombei ros Volu nt á r ios de Mu rça, n a sequência de obras de remode l ação e a mpl iação e n a qu a l est a rá presente o P residente d a A N PC.

15 de setembro – G ondom a rC E r I MóN I A D O 10 0 º A N I V E r SÁ r IO DA A H BV DE G ON D OM A rSessão sole ne e vocat iva do ce nte n á-r io d a A ssociação Hu m a n it á r ia de Bombei ros Volu nt á r ios de G ondom a r, que se rea l i z a, pe l as 11 h 15, n as s u as i n st a l ações e n a qu a l est a rá prese nte o P residente d a A N PC.

30 sete mbro -2 out ubroVi l n iu s, Lit u â n ia3 1 .ª r Eu N I ãO DE DI r E T Or E S -G E r A I S DE PrO T E ç ãO C I V I L DA u N I ãO Eu rOPEI ARe u n ião se mest ra l dos Di retores-Gera i s de P roteção Civ i l d a Un ião Eu-ropeia, a rea l i z a r n a capit a l l it u a n a, que preside neste se mest re ao Con se-l ho d a Un ião Eu ropeia. O P reside nte d a A N PC pa r t icipa nest a re u n ião e m re prese nt ação de Por t uga l.

2 a 5 de setembro – Ca r n a x ideC u r S O G E r A L DE PrO T E ç ãO C I V I L PA r A PrOF E S S Or E SAção de for m ação de professores or-ga n i z ad a pe l a A N PC e que decor re n a s u a sede em Ca r n a x ide. Est a pr i mei ra ed ição do Cu rso tem como dest i n at á-r ios 50 professores dos En si nos Básico e Sec u nd á r io e a du ração de 25 horas. A s i n sc r ições est ão complet as.

6 de setembro – Ca r n a x ideV I SI TA à A N P C DE DE L E G Aç ãO DE T I MOr-L E S T EDeslocação ao CNOS – Com a ndo Nacion a l de O perações de Socor ro, pe l as 15h00, de u m a de legação do Gr upo Pa rl a ment a r d a Re públ ica De moc rát ica de T i mor-Leste (Com i ssão B de Negó-cios Est ra ngei ros, Defesa e Seg u ra nça Nacion a l), no â mbito de u m a v i sit a m a i s a l a rgad a a Por t uga l.

2 de setembro – Ca r n a x ideA S SI NAT u r A DE P rO T O C OL O E N T r E A N P C , IC N F E E PA LA ssi n at u ra de protocolo que tem por objeto a col aboração d a EPA L n a d i spon ibi l i z ação g rat u it a ao acesso e ut i l i z ação de ág u a, em sit u ação em i-nente de i ncênd io f lorest a l, at ravés do reforço d a i n f raest r ut u ra de ter r i-tór io n as redes reg ion a i s de defesa d a f lorest a cont ra i ncênd ios (R DFCI).

11 de setembro – Lei r ia6 ª E DIç ãO D O DI A NAC IONA L D O B OM BEI rO PrOF I S SIONA LSessão sole ne a rea l i z a r-se no Ja rd i m de Sa nto Agost i n ho, pe l as 16h00, orga n i z ad a pe l a A ssociação Nacion a l de Bombei ros P rof i ssion a i s e presi-d id a pe lo M i n i st ro d a Ad m i n i st ração I nter n a.

21 de sete mbro – A l m ad aC E r I MóN I A D O 10 0 º A N I V E r SÁ r IO DA A H B V DE A L M A DASessão sole ne e vocat iva do ce nte n á r io d a A ssociação Hu m a n it á r ia de Bombei-ros Volu nt á r ios de A l m ad a, que se rea-l i z a, pe l as 16h00, n as s u as i n st a l ações e n a qu a l est a rá prese nte o P reside nte d a A N PC.

20 de sete mbro – Ca r n a x ideV I SI TA à A N P C DE DE L E G Aç ãO DA POLíC I A M I LI TA r DE M I NA S G E r A I S, Br A SI LDeslocação à A N PC, pe l as 10h00, pa ra u m a aprese nt ação i n st it ucion a l dest a Autor id ade, com v i sit a às i n st a l ações e Com a ndo Nacion a l de O perações de Socor ro. A de legação brasi lei ra v i sit a rá t a mbé m o Ser v iço Mu n icipa l de P rote-ção Civ i l de Li sboa e o Reg i me nto de Sapadores Bombei ros de Li sboa.

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