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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / N.º68 / NOVEMBRO 2013 / ISSN 1646–9542 68 Novembro de 2013 Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: www.prociv.pt Leia-nos através do http://issuu.com/anpc Promoção da segurança rodoviária nos bombeiros portugueses

BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · formação conjunta de voluntários de proteção civil caste-lhanos e de elementos dos corpos de bombeiros do distri-to da Guarda

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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO C IV IL / N .º68 / NOVEMBRO 2013 / I S SN 16 46 –9542

68Novembro de 2013

Distribuição gratuitaPara receber o boletim

PROCIV em formato digital inscreva-se em:www.prociv.pt

Leia-nos através do

http://issuu.com/anpc

Promoção da segurança rodoviária nos bombeiros portugueses

E D I T O R I A L

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Número 68, novembro de 2013

Novos desafios da proteção civil – perspetiva global e de cooperação

O momento de fecho desta edição coincide com a chegada da delegação portuguesa que integrou o exercício TWIST em Itália, constituída por elementos do Comando Nacional de Operações de Socorro da ANPC, da Força Especial de Bombeiros e de Corpos de Bombeiros Voluntários. Esta Força Conjunta Nacional trabalhou com representantes da Comissão Europeia e de equipas operacionais dos serviços de proteção civil de França, Malta, Espanha, Croácia e Grécia, em colaboração com todo o sistema de proteção civil de Itália, num exercício que teve como contexto um cenário de tsunami na região sul de Itália.

É mais um exemplo da forma como hoje a Europa e os países europeus se organizam, enquan-to comunidade, na resposta aos novos desafios da proteção civil, cada vez mais enquadrados numa perspetiva global e de cooperação. Encontrar fatores comuns, em termos de sistemas de organização da resposta, na consistência da formação que é ministrada, no encontro de soluções concertadas para os problemas maiores, é um desafio enorme para os nossos tempos.

Felicito todos os elementos que integraram essa força, e que tão dignamente prestigiaram a proteção civil do seu país, reconhecidos sempre pelos seus pares, não só pela competência técnica e operacional, mas em particular pela forma como tão facilmente se integram nas diferentes missões que lhes são destinadas e no valor humano que colocam e acrescentam ao seu desempenho.

A proteção civil na Europa e todo o esforço em torno da redução de catástrofes é também um exemplo vivo de relação ativa entre estados e cidadãos, promovendo-se de forma contínua e permanente o compromisso das populações e a responsabilidade de todos, dimensões fundamentais e basilares de uma arquitetura de proteção e segurança.

Foi também à luz destes princípios que promovemos o Exercício Público de Cidadania "A Terra Treme", tentando, numa campanha alargada e de âmbito nacional, promover comportamentos simples de prevenção e autoproteção em torno do risco sísmico e que culmi-nou no passado dia 11 de outubro com uma série de iniciativas, envolvendo escolas e empresas, serviços públicos e privados, agentes de proteção civil e entidades cooperantes. Queremos que todo o investimento feito este ano seja otimizado em 2014, e que se eleve a fasquia em termos de adesão e envolvimento de pessoas e entidades.

Não podemos deixar de lamentar mais uma morte de um bombeiro, Luís Manuel da Cruz Monteiro, cujas causas ainda se encontram a ser estudadas, destacando o fator de risco as-sociado a esta área de atividade, sempre em prol do socorro e proteção dos nossos concida-dãos. Aos seus familiares, amigos e camaradas do Corpo de Bombeiros de Belas manifestamos a nossa solidariedade pelo momento de profunda tristeza e consternação.

Manuel Mateus Couto

Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Diretor – Manuel Mateus Couto Redação e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e ProtocoloFotos: Arquivo da Autoridade Nacional de Protecção Civil, exceto quando assinalado.Impressão – SIG – Sociedade Industrial Gráfica Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646–9542

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Coletiva n.º 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

P U B L I C AÇ ÃO M E N S A L

Projecto co-financiado por:

Manuel Mateus CoutoPresidente da ANPC

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Corpo de Bombeiros de Óbidos promove curso inicial de Mergulho Forense

Um grupo de nove elementos dos Bombeiros Voluntários de Óbidos iniciou, recentemente, um projeto de formação inicial de mergulho forense, com uma carga horária de 200 horas. Esta formação tem como objetivo, formar e treinar técnicos mergulhadores para intervir em ocorrências no meio subaquático provenientes de acidentes, crime ou catástrofe e adquirir conhecimentos teórico-práticos inerentes às atividades do mergulho e da psicologia. Teoria do mergulho, navegação subaquática, técnicas de flutuabilidade, vitimologia, testemunho, técnicas e modelos de entrevista, violência, stress e resgate são alguns dos conteúdos ministrados, sendo, no entanto, o foco principal desta formação a preocupação com o indivíduo e com o grupo, assim como a prevenção e segurança dos elementos nas ocorrências reais.

Elvas: Ações formativas do projeto SATFOR na Escola Superior Agrária - CDOS Portalegre

A Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) do Instituto Politécnico de Portalegre, acolheu de 10 a 12 de setembro três sessões formativas no âmbito do Projeto SATFOR (Desenvolvimento de Soluções Tecnológicas avançadas para a melhoria da prevenção, eficácia e a segurança na ex-tinção de incêndios florestais).Participaram nesta ação de formação 45 formandos de diversos agentes de proteção civil do distrito de Portalegre, nomeadamente Corpos de Bombeiros, elemen-tos do Comando Distrital de Operações de Socorro e da Força Especial de Bombeiros bem como Chefes de Equipa de Sapadores Florestais das autarquias.O projeto SATFOR, que conta com a ESAE como parceiro, tem como principal objetivo concretizar ações inovadoras, de elevado valor acrescentado ao nível tecnológico, diag-nosticadas como necessárias para prevenir e incrementar a eficácia e segurança nas operações de extinção de Grandes Incêndios Florestais. O projeto integra o desenvolvimento de uma plataforma de simulação virtual de incêndios florestais, testada nesta ação de formação, cuja conceção e utilização se direciona para os elementos envolvidos na extinção de incêndios. Além de permitir simular grandes incêndios virtuais sobre modelos digitais de terreno previamente introdu-zidos, funciona também como uma ferramenta de gestão para os meios de extinção de incêndios florestais, supor-tada por software informático desenvolvido no âmbito do projeto SATFOR.As ferramentas tecnológicas resultantes do projeto irão proporcionar a otimização da troca de informações úteis entre os diferentes agentes envolvidos no trabalho de extinção e o inter-relacionamento das ações reais de extin-ção de incêndios, dos modelos de propagação e da simula-ção virtual, graças ao apoio das Tecnologias de Informação e Comunicação e da Realidade Virtual.O principal objetivo destas sessões formativas foi dar a conhecer o conjunto de aplicações desenvolvidas no âmbito do projeto SATFOR, dirigidas não só à capacidade e treino dos combatentes mas também à própria gestão e monitorização das ações de combate a incêndios florestais, o que contribuirá para a obtenção de resultados úteis para o Planeamento, para a Formação dos Grupos de Intervenção e para a Gestão da Extinção.

B R E V E S / C D O S

Voluntariado luso-espanhol em debate nas jornadas transfronteiriças

Analisar o presente e perspetivar o futuro do voluntaria-do de proteção civil no apoio ao sistema de proteção dos cidadãos da Comunidade Autónoma de Castila y León foi o mote das "Jornadas transfronterizas para el voluntaria-do de proteción civil hispano-portugués" que decorreu em Valladolid, Espanha, nos dias 17 e 24 de outubro, e que contaram com a presença de uma representação do distrito da Guarda.Estas jornadas tiveram como principal objetivo apresen-tar e debater alguns modelos organizativos do sistema de voluntariado de proteção civil presente nas diversas comunidades autónomas do país vizinho e, também, do caso português, momento em que o Comandante Operacional Distrital da Guarda apresentou o modelo em que assenta o voluntariado nos corpos de bombeiros portu-gueses, em geral, e no distrito da Guarda, em particular.O convite da Agencia de Proteción Civil de la Consejeria de Fomento y Medio Ambiente da Junta de Castilla y León insere-se no quadro de uma parceria de cooperação trans-fronteiriça iniciada em 2004 no âmbito do Programa INTERREG IIIA, primeiro, e agora do Programa Opera-cional de Cooperação Transfronteiriça, Espanha-Portugal, que para além da aquisição de material diverso de proteção e socorro tem proporcionado um amplo programa de formação conjunta de voluntários de proteção civil caste-lhanos e de elementos dos corpos de bombeiros do distri-to da Guarda. Para além do CDOS da Guarda, marcaram presença nestas jornadas sobre voluntariado elementos de comando dos corpos de bombeiros do distrito, de Serviços Municipais de Proteção Civil e autarquias locais.

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CACIA 13: CDOS de Aveiro simula acidente ferroviário com matérias perigosas

A ANPC, através do Comando Distrital de Operações e Socorro de Aveiro reali-zou no dia 26 de outubro um simulacro de acidente ferroviário na linha do Norte. O exercício simulou uma colisão entre um comboio de mercadorias proveniente do Porto de Aveiro e um comboio Alfa Pendular. Este exercício teve como finalidade testar a resposta operacional do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), aplicado aos Agentes de Proteção Civil e Entidades que cooperam nesta maté-ria, no distrito de Aveiro, e de testar os seus planos de intervenção. Foi previsto um cenário fictício de acidente ferroviário, com um grau de exigência elevado na mobilização e con-dução de forças que atuaram na resposta à emergência e na operacionalização de procedimentos diferenciados de ação e de segurança inerentes à especificidade do transporte ferroviário. O cenário do simulacro determinou a existência de 80 vítimas resultantes do acidente, com diversos graus de gravidade, e libertação de matérias perigosas.O simulacro contou com o envolvimento da REFER – Rede Ferroviária Nacional, da CP – Comboios de Portugal, da PSP, INEM, GNR, Cruz Vermelha, Hospital de Aveiro, concessionários da auto-estrada e corporações de bombei-ros do distrito.O exercício foi antecedido de uma ação de formação sobre “Organização, Gestão e Resposta à Emergência na Ferrovia” que contou com a participação de cerca de 400 operacionais.

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Semana Nacional da Proteção Civil e SegurançaCNE em colaboração com o CDOS de Viseu

O Corpo Nacional de Escutas (CNE) em colaboração com o CDOS de Viseu promoveu a Semana Nacional da Proteção Civil e Segurança, que decorreu nos dias 19 e 20 de outubro, com uma demonstração/exposição no pavilhão Multiusos de Viseu.Esta iniciativa teve como finalidade a sensibilização e formação sobre as diversas valências e temas relaciona-das com a Proteção Civil e Segurança, bem como os dife-rentes Agentes se interligam e interagem no terreno para a prestação de apoio e socorro à população.A demonstração/exposição contou com a participação de vários elementos e equipamentos dos diversos agentes de Proteção Civil e Segurança do distrito de Viseu. A ANPC, através do CDOS de Viseu, contribuiu com o veículo de Comando, os Bombeiros com vários veículos e uma Equipa de mergulhadores, a PSP de Viseu com equipas da Escola Segura, uma Equipa de minas e armadilhas e com equipas cinotécnicas, a GNR de Viseu com uma Equipa do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e outra do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS), o Ins-tituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com uma Equipa de Sapadores Florestais, o Exercito/R14 com um veículo de combate a incêndios, a Cruz Vermelha (CVP) Portuguesa com uma Equipa de Socorro e Transpor-te e uma Equipa de Apoio Psicossocial. Esta atividade foi dirigida aos cerca de 500 escuteiros que marcaram presen-ça em Viseu bem como às escolas de Viseu e população em geral.

Cônsul britânica visita CDOS do Porto

A Cônsul Britânica em Lisboa, Simona Demuro, acompa-nhada pela Cônsul Honorária do Reino Unido no Porto, Philippa Oliveira, visitou o Comando Distrital de Opera-ções de Socorro do Porto, no dia 15 de outubro. A apresen-tação de cumprimentos coube ao Comandante Operacional Distrital, Carlos Alves, que aproveitou o encontro para dar a conhecer algum do trabalho que tem vindo a ser desen-volvido no distrito. No final da visita, Simona Demuro disponibilizou-se para o apoio, colaboração e participação nas iniciativas relacionadas com a Proteção Civil, nomea-damente naquelas em que houver previsão de envolvimen-to de cidadãos britânicos.

Évora - “A Terra Treme” envolve 3000 participantes

O distrito de Évora teve uma adesão significativa ao exer-cício “A Terra Treme”, com cerca de 3000 participantes. De entre as entidades que participaram, administração pública, escolas, jardins de infância, unidades hospitala-res e municípios, entre outros, destaca-se o Agrupamento de Escolas Manuel Ferreira Patrício em Évora. Neste Agru-pamento, com cerca de 1300 alunos do jardim de infância ao 3º ciclo, a execução dos três gestos foi realizada tendo presente que o cumprimento desta recomendação pode salvar a vida de cada um em caso de sismo. Aproveitando o exercício “A Terra Treme”, foi ainda realizado o exercí-cio de evacuação que periodicamente se realiza em todas as escolas do Agrupamento.

Visita ao CDOS de Aveiro

O Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro rece-beu no dia 2 de outubro a visita de Marek Smetana, Professor Associado do Departamento de Proteção Civil da Faculda-de de Engenharia de Segurança da Universidade de Ostrava, República Checa. A visita decorreu no âmbito de um intercâm-bio com o Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro, tendo sido acompanhada pela Professora Fernanda Rodrigues. No decorrer da visita, o Professor Marek Smetana ficou a conhecer a organização do sistema de proteção civil em Portugal e o Sistema de Gestão de Operações, tendo tido a oportunidade de conhecer as ferramentas e sistemas de suporte ao mesmo e de partilhar conhecimentos sobre o sistema de proteção civil da República Checa.

A Segurança Operacional dos Bombeiros, pelas razões inerentes ao trágico verão deste ano, é um

tema essencial para avaliar, produzir conhecimento e dis-seminar boas práticas, quer no presente quer no futuro de forma contínua. Esta é uma área de investimento funda-mental para que num ato de melhoria contínua se possa prestar socorro de qualidade, garantindo assim a seguran-ça de todos os intervenientes diretos ou indiretos nas ações de socorro.

Segurança RodoviáriaOs bombeiros apresentam desafios específicos, no que

diz respeito à segurança rodoviária, que são distintos da população em geral, uma vez que no decorrer das suas funções circulam com: – Condições atmosféricas exigentes, desde chuvas inten-sas, neve, incêndios florestais, etc; – Estado da via de circulação muito diversificado, desde auto-estradas a estradas rurais, bem como percursos fora de estrada (todo o terreno), que constitui uma exigência adicional quer para o motorista, quer para o veículo; – Veículos com muitos anos de serviço, em que apesar de ter de ser garantida a sua manutenção, a impossibilidade de aquisição de novos veículos para assegurar a resposta às solicitações de socorro não permite que sejam abatidos prolongando excessivamente o seu tempo de serviço; – Velocidade associada à marcha de urgência, que permite ultrapassar os limites de velocidade definidos, sempre com o respeito da segurança rodoviária dos próprios e de outros intervenientes rodoviários.

Existem igualmente factores humanos que influenciam a segurança do bombeiro quando está a conduzir um veículo de emergência, mas cuja correção está sob o controle do próprio bombeiro, através da sua sensibilização e formação:

– Excesso de confiança; – Excesso de velocidade; – Fatores de distração; – Fadiga; – Treino insuficiente; – Pouca experiência; – Incapacidade de reconhecer sinais de perigo; – Desrespeito das regras gerais de trânsito.

Dois dos fatores que mais interferem com o tempo de reação do bombeiro são a velocidade excessiva e a fadiga. A velocidade excessiva compromete qualquer tempo de reação do bombeiro, aumentando assim a probabilidade de ocorrência de um acidente. A fadiga, muitas vezes de-corrente de exigências operacionais associadas aos teatros de operações, como no caso dos incêndios florestais, reduz a capacidade do bombeiro pensar, agir e reagir de forma clara e atempada. Durante as operações de socorro, acrescenta-se ainda outro fator igualmente importante que obriga o bombeiro a descentrar a sua atenção da con-dução do veículo de emergência, os factores de distração, nomeadamente o uso indevido de telemóveis e de siste-mas de comunicação por parte do motorista, assim como a influência dos alarmes sonoros e luminosos.

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Promoção da segurança nos bombeiros

A primeira vida a proteger é a tua...usa o teu EPI.

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Promoção de uma Cultura de SegurançaÉ consensual que a mudança de cultura de segurança rodoviária na população em geral é particularmente difícil de implementar, sendo uma meta igualmente ambiciosa no que diz respeito à população específica dos bombeiros portugueses. As campanhas de sensibilização são assim um instrumento essencial para alcançar este desígnio.

A segurança rodoviária como parte integrante da segu-rança operacional dos Bombeiros foi recentemente alvo de uma campanha de sensibilização por parte da Autori-dade Nacional de Protecção Civil. Com o lema “A primeira vida a proteger é a tua”, pretende-se que o bombeiro seja sensibilizado para adotar os comportamentos que contri-buem para a sua segurança. A presente campanha con-sistiu na elaboração e distribuição por todos os Corpos de Bombeiros de Portugal continental de três cartazes. O primeiro cartaz incidiu na sensibilização para a não utilização de telemóveis por parte do motorista. Este comportamento aumenta quatro vezes a probabilidade de acidente, uma vez que aumenta em cerca de 50% o seu tempo de reação. Existe igualmente uma redução do cam-po visual durante este comportamento, com modificações significativas da direção do olhar em que é privilegiado o olhar a direito para a via, prejudicando a visão periférica e a informação visual recolhida através dos retrovisores.

O segundo cartaz aborda o uso do cinto de segurança. Identificada pela Comissão Europeia como a segunda maior causa de morte na estrada, depois do excesso de velocidade, a não utilização do cinto de segurança compro-mete a total segurança do bombeiro quando em desloca-ção num veículo de emergência. É considerada como uma

das melhores invenções até hoje no respeita à segurança rodoviária, desde 1959 (Nils Bohlin – Sueco). Estimando-se que tenha salvo mais de 5 milhões de pessoas na Europa.

A utilização do cinto de segurança por parte de todos os ocupantes previne a projecção do bombeiro tanto em caso de choque como em casos de desacelerações bruscas e travagens. Embora a necessidade de chegar com rapidez ao teatro de operações não interfira com a colocação do cinto de segurança, ainda existe um longo trabalho de sensibiliza-ção para que o simples gesto de o colocar não seja entendido como perca de tempo, mas sim como ganho de segurança.

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Síndrome da SireneA conjugação dos factores humanos com a “adrenalina da emergência” denomina-se Síndrome da Sirene e, atin-ge o seu expoente máximo quando o bombeiro está em condução de emergência. Em alguns casos, esta conju-gação aumenta a exposição do bombeiro ao perigo, incu-tindo uma mentalidade “invencível”, que por sua vez se irá refletir no tipo de condução. O bombeiro assume uma crença irracional de que está ciente de todos os perigos e que os consegue controlar na perfeição. O Síndrome da Sirene deve ser dominado através de formação especiali-zada sobre segurança rodoviária.

Curso de Condução Defensiva Em missão de socorro é importante chegar rápido mas, acima de tudo, é importante chegar em segurança.A Escola Nacional de Bombeiros irá lançar no mês de novembro o “Curso de Condução Defensiva” que assenta especialmente na vertente do comportamento e na capa-cidade técnica do motorista quando transita em marcha de urgência.Com uma duração de 25 horas, sendo 14 horas dedicadas exclusivamente a exercícios práticos com veículos, esta formação aborda temas como: segurança e sinistralida-de rodoviária; Código da Estrada e legislação sobre mar-cha de urgência; técnicas de progressão em marcha de

urgência; visualização e perceção de índices pertinentes à progressão em segurança; análise do risco e distâncias de segurança; controlo dinâmico e operacional e compor-tamento do veículo; fisiologia do transporte.Conduzir defensivamente é, por definição, conduzir de forma a prevenir, evitar e não provocar acidentes, sejam quais forem as condições de circulação inerentes à via, ao veículo e condições meteorológicas, e quaisquer que sejam os comportamentos dos outros utentes, condutores e peões.

Importância do Equipamento de Proteção Individual (EPI). A importância subjacente à correta utilização do EPI em todas as missões de socorro pelos bombeiros justificou a concepção do terceiro cartaz de sensibilização. Qualquer acção de socorro é considerada uma actividade em que se exige níveis de segurança elevados, tornando-se necessário proteger o bombeiro dos riscos a que está exposto. O primeiro passo para que um EPI seja correc-tamente utilizado e que proteja eficazmente é a formação e informação do bombeiro para o seu uso em qualquer acção desempenhada. Para que a segurança esteja sem-pre garantida o bombeiro deverá usar o EPI adequado a cada operação de socorro. Uma manutenção cuidada e atempada garante igualmente uma maior protecção e longevidade de todos os equipamentos de protecção.O uso do EPI adequado às operações de socorro em conjun-to com procedimentos operacionais corretos de seguran-ça, previne a ocorrência de acidentes melhorando assim a segurança do bombeiro.

ConclusãoAfirmar que a sua segurança é uma prioridade, não pode ser apenas um lema, mas sim uma cultura operacional com reflexo nos seus comportamentos diários. Em todas as operações de socorro… “A primeira vida a salvar é a tua...”

Núcleo de Segurança e Saúde, daUnidade de Apoio ao Voluntariado, da Direção Nacional de Bombeiros – ANPCCom o contributo da Escola Nacional de Bombeiros

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©José Fernandes

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Exercício público de preparação para o risco sísmico – A Terra Treme

As catástrofes sísmicas parecem sempre um fenómeno distante, mas essa possibilidade é bem real e pode atingir qualquer comunidade, a qualquer momento. É por isso importante alertar e sensibilizar a sociedade civil para as medidas de autoproteção a adotar antes, durante e após um sismo, e que podem salvar vidas. Neste sentido, a Autoridade Nacional de Proteção Civil promoveu, no dia 11 de outubro, o exercício público de preparação para o risco sísmico “A Terra Treme”, visando informar e mobilizar a sociedade civil para a adoção de comportamentos adequados de prevenção e autoprote-ção em caso de ocorrência de sismo. O desafio lançado aos portugueses foi o de, nesse dia, pelas 11h10m e durante um minuto, executarem 3 gestos de autoproteção: baixar-se, proteger-se e aguardar. Com um número “oficial” de participantes próximo dos 100.000, inscritos através do preenchimento do formulá-rio online em www.aterratreme.pt, incluindo cidadãos, escolas, entidades públicas e privadas de todos os distritos do continente e Regiões Autóno-mas da Madeira e dos Açores, o alcance des-ta iniciativa esteve também relacionado com o envolvimento interessado e ativo das entidades parceiras e dos meios de comunicação social.Com a EPI – Escola Profissional de Imagem criou-se o logótipo, o cartaz, um filme promocional e o site da iniciativa, com a REDE – Associação Nacional de Volun-tários de Proteção Civil, consolidaram-se conteúdos, com a Liga dos Bombeiros Portugueses e a Cruz Vermelha Portuguesa dinamizaram-se numerosas ações no terre-no, com o Instituto Superior Técnico, aperfeiçoaram-se conteúdos e mensagens de forma a difundir boa informação junto dos media. Com o CERU – Centro de Estudos de Riscos Urbanos efetua-se nesta fase a avaliação final do exercício. Uma referência especial à Sonae Sierra,

que desde o início se associou ao projeto, e em conjun-to com diversos agentes de proteção civil e autoridades locais e distritais, aderiu nos seus espaços comerciais a este exercício. Por último, a empresa de comunicação GCI, pelo apoio dado em torno de todo este esforço de passar a mensagem junto do grande público.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil, no âmbito da sua missão e domínios de atuação, tem procurado fomentar a cooperação entre instituições de investigação técnica e científica com o sistema de proteção civil, consoli-dando trabalho na área do planeamento de emergência e de resposta operacional. Também essa ligação de entida-des e saberes é conseguida em ações diversas de promoção do conhecimento ao nível do risco sísmico. Neste sentido, A Terra Treme, é essencialmente um projeto de envolvi-mento ativo de cidadãos e comunidades na sua proteção e segurança coletiva.

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A Terra Treme na sede da ANPC

A Autoridade Nacional de Proteção, procurou junto dos seus funcionários promover esta ação, comunicando interna-mente os propósitos deste projeto, sensibilizando para a prá-tica dos 3 gestos de autoproteção em caso de sismo. De forma voluntária houve uma adesão da generalidade dos funcioná-rios à iniciativa, envolvendo dirigentes e a generalidade dos trabalhadores, estendendo-se desde o edifício sede, aos 18 Comandos Distritais de Operações de Socorro.

Imagens - ANPC Centro Comercial-Colombo, Exercicio "A Terra Treme" Alunos da Escola Profissional de imagem

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Portugal participa em Exercício Internacional de Proteção Civil – TWIST

Decorreu de 24 a 28 de outubro, em Salerno, Itália, o exercí-cio internacional "TWIST". O exercício, realizado no âmbi-to do projeto europeu - Tidal Wave in Southern Tyrrhenian sea, contou com a participação de uma força nacional de proteção civil composta por quatro elementos do Coman-do Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), oito elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) e por oito elementos dos Cor-pos de Bombeiros Voluntários, num total de 20 elementos, a par de representantes da Comissão Europeia e de equipas operacionais dos serviços de Proteção Civil de França, Mal-ta, Espanha, Croácia e Grécia e de todo o Sistema de Prote-ção Civil de Itália.

O “TWIST” foi financiado pela Comissão Europeia e orga-nizado pelo Departamento de Proteção Civil de Itália, em coordenação com a Região da Campânia, e em colaboração com a Prefeitura da cidade de Salerno e o envolvimento de outros municípios do litoral desta localidade. O exercício teve como cenário enquadrante uma ocorrên-cia de tsunami que afetou a região sul de Itália, devido a um deslizamento numa das vertentes do vulcão submer-so PALINURO, e visou testar sinergias para a gestão eficaz de emergência no caso de um Tsunami, a capacidade de resposta nacional italiana a esta catástrofe, assim como a integração na mesma da assistência europeia em maté-ria de proteção civil, através da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil via o recém-criado Emergency Response Center (ERC) (antigo Monitoring Information Center – MIC).

A força nacional de proteção civil que participou nes-te exercício seguiu para Itália no dia 24 de outubro onde assegurou, no local, uma intervenção operacional nas áreas da avaliação e reconhecimento, salvamento em gran-de ângulo e busca e salvamento em ambiente aquático e su-baquático, promovendo o treino e a formação num ambien-te internacional desafiante, promovendo e melhorando os níveis de interação e interoperabilidade entre as diferentes equipas europeias participantes.O exercício terminou no dia 27 de outubro com a realização de um “workshop” dedicado aos resultados do exercício. A equipa portuguesa regressou ao território nacional no dia 28 de outubro. Esta é a sexta vez que equipas nacionais de proteção civil participam em exercícios operacionais de larga escala realizados âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

5 de novembro, Br u xe l as, Bé lg icaR EU N I ÃO D O G RU PO DE T R A BA LHO PRO C I VTe m luga r nest a d at a, no â mbito d a presidência i rl a ndesa do Con se l ho d a Un ião Eu ropeia, a re u n ião per iód ica do g r upo de t raba l ho PROCI V.A re u n ião i ncid i rá sobre a propost a d a c r iação do Novo Meca n i smo d a Un ião, c ujo acordo obt ido per m it i rá a s u a adoção até ao f i n a l do a no com ent ra-d a e m v igor a pa r t i r de 1 de ja nei ro de 201 4 . O ut ro dos tem as em dest aque será o P rojeto de Conclu sões do Con se l ho sobre Evac u ação em M assa em Caso de Desast re.

5 a 7 de novembro , A l m a raz, Espa n h aE X E RC ÍC IO DE PRO T E Ç ÃO C I V I L , A L M A R A Z , E SPA N H A Decor re n a cent ra l nuclea r de A l m a raz, o e xercício e u rope u de proteção civ i l CU R IE X 2013, com o objet ivo de test a r o pl a no de emergência n acion a l espa n hol pa ra acidentes com cent ra i s nuclea res. O e xercício cont a com a pa r t icipação de u m a equ ipa de per itos do Meca n i smo Eu rope u de P roteção Civ i l pa ra a coor-de n ação do apoio e i nter venção d a ajud a i nter n acion a l ju nto d as autor id ades espa n hol as. Con sidera ndo as potencia i s i mpl ica-ções d a ocor rência de u m acidente dest a n at u rez a re l at iva mente próx i mo d a f rontei ra por t ug uesa, Por t uga l pa r t i-cipa no CU R IE X 2013 com u m a equ ipa de per itos, que i nteg ra m a Com i ssão Nacion a l de Emergências Rad iológ icas (CN ER), coorden ad a pe l a Autor id ade Nacion a l de P roteção Civ i l . A equ ipa é compost a por 1 2 e lementos per tencentes a nove ent id ades e a ci nco m i n i stér ios.

7 e 8 novembro, Br u xe l as, Bé lg icaR EU N I ÃO D O C OM I T É DE PRO T E Ç ÃO C I V I L Os pr i ncipa i s te m as e m dest aque nest a re u n ião i ncid i rão no prog ra m a de ação de 201 4 e nu m a pr i mei ra propost a de re-g ras de i mple me nt ação do novo Com ité, que s ucederá ao e x i ste nte, a pa r t i r de 1 de ja nei ro de 201 4, aqu a ndo d a e nt rad a em v igor do novo Meca n i smo d a Un ião. Os com ités de com itolog ia apoia m a Com i ssão no e xercício d as s u as compe-tências de e xec ução em it i ndo pa receres sobre os projetos de med id as de e xec u-ção a ntes d a adoção d as mesm as. São compostos por re present a ntes de todos os Est ados-Me mbros e presid idos por u m f u ncion á r io d a Com i ssão Eu ropeia e con st it ue m u m espaço pa ra o debate sobre as med id as de e xec ução e f u ncio-n a m como ca n a l de comu n icação e nt re a Com i ssão e as autor id ades n acion a i s. O Com ité de P roteção Civ i l é re prese n-t ado a n íve l n acion a l pe l a Autor id ade Nacion a l de P roteção Civ i l, re u n i ndo em Br u xe l as nu m a base qu ad r i mest ra l .

13 a 15 de nove mbro, Br u xe l as,Bé lg ica R EU N I ÃO D O C OM I T É DE PL A N E A-M E N T O C I V I L DE E M E RG Ê NC I A DA NAT OSeg u nd a re u n ião ord i n á r ia de 2013 do Com ité de Pl a nea me nto Civ i l de Emergência d a NATO, n a qu a l a A N PC é a re present a nte n acion a l no â mbi-to d as s u as competê ncias ge nér icas em m atér ia de pl a nea me nto civ i l de emergência. A re u n ião decor re em doi s for m atos d i st i ntos (rest r ito aos A l iados e aber to aos pa rcei ros) e i nclu i t a mbé m u m sem i n á r io sobre pre pa ração pa ra os efeitos d as te mpest ades sol a res.O Com ité de Pl a nea me nto Civ i l de Emergência é o órgão de acon se l h a me n-to d a NATO pa ra a proteção d as popu-l ações civ i s e pa ra o u so de rec u rsos n ão-m i l it a res e m apoio aos objet ivos d a A l ia nça At l â nt ica. Neste se nt ido, d i spon ibi l i z a aos A l iados capacid ades e con heci mentos nos dom í n ios d a gest ão de c r i ses, pre pa ração pa ra at aques ter ror i st as, assi stê ncia hu m a n it á r ia e proteção de i n f raest r ut u ras c r ít icas.

18 a 19 nove mbro, M adei raE X E RC ÍC IO LU SI TA NO 2 013Rea l i z a-se no Est ado M a ior d as Forças A r m ad as, n a M adei ra, o Exercício Lu-sit a no 2013 le vado a cabo pe l as Forças A r m ad as por t ug uesas. O Exercício te m os for m atos CPX ( postos de com a ndo) e LI V E X (e xercício rea l com forças no ter-re no) e i nclu i-se no â mbito d as m i ssões de respost a a c r i ses e apoio a ações de proteção civ i l . I mpl ica o e nvolv i me nto do Com a ndo O peracion a l Conju nto, do Com a ndo O peracion a l d a M adei ra, d a Força de Reação I med iat a, assi m como de forças e capacid ades dos t rês Ra mos d as Forças A r m ad as. Pe l a s u a n at u rez a, e nvolverá, t a mbé m, out ros De pa r t a me ntos do Est ado, pa ra a lé m do M i n i stér io d a Defesa Nacion a l, com dest aque pa ra o Ser v iço Reg ion a l de P roteção Civ i l d a M adei ra. A A N PC, at ravés d a Di reção Nacion a l de Pl a nea-me nto de Emergê ncia, i nteg ra a cé lu l a de coorde n ação do e xercício.

A G E N D A