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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / N.º33 / DEZEMBRO 2010 / ISSN 1646–9542 NOTÍCIAS — PÁG.2/3 > Melhor articulação entre domínio consular e Proteção Civil NOTÍCIAS DOS DISTRITOS —PÁG. 4 > Exercício EU–SISMICAEX’10 DIVULGAÇÃO—PÁG. 5 > Plano Operacional Nacional para a Serra da Estrela TEMA — PÁGS. 6 /7 > Riscos costeiros PROJETOS — PÁG. 8 > Stresse, liderança e erro na atividade dos Bombeiros INTERNACIONAL — PÁG. 9 > Portugal reforça cooperação bilateral RECURSOS — PÁG. 10 > Recomendações da AR ao Governo em matéria de incêndios florestais QUEM É QUEM — PÁG.11 > Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas AGENDA — PÁG.12 33 ÍNDICE Natal, segurança e bom senso Faz agora um ano que um sismo de magnitude 6.0 abalou Portugal na madrugada do dia 17 de dezembro de 2009. O maior registado em Portugal desde 1969.Foram momentos de alguma tensão, feliz- mente sem consequências graves, humanas ou materiais. Portugal, sendo um país de sismicidade moderada, não tem deixa- do de investir fortemente na investigação destes fenómenos, no estu- do das melhores formas de minimização dos seus efeitos e no planea- mento da emergência. Exemplo disso foi o recente exercício realizado no Algarve, no âmbito do Plano Especial de Emergência para o Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (PEER ST–Alg), em fase de valida- ção, que teve como objetivo testar a resposta operacional perante uma situação de catástrofe provocada por um sismo seguido de tsunami. Não descuramos, porém, outros riscos inerentes a esta época do ano. Por essa razão, é este mês ativado o Plano Operacional Nacional da Serra da Estrela (PONSE), que estará em vigor até à Páscoa de 2011. Recomendo a todos quantos pretendam visitar esta zona do país que se preparem adequadamente, pois importa conhecer e dar a conhecer, antes de seguir viagem, algumas medidas de segurança e autoproteção elementares. Porque estamos em mês natalício e as festividades implicam um acréscimo de deslocações, com um tráfego automóvel superior ao que é habitual, deixo o meu apelo para que este Natal seja celebrado em segurança e que sejamos nós, enquanto cidadãos, os primeiros agentes de proteção civil, cumprindo o código da estrada, seguindo as indicações das autoridades e exercendo uma condução prudente. A todos um feliz Natal e um bom 2011! Arnaldo Cruz ................................................................. EDITORIAL Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: dezembro de 2010 www.prociv.pt ....................... ................................................................ ....................................... Os artigos que constam neste Boletim foram redigidos ao abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nomes próprios e designa- ções de organismos mantêm a grafia anterior.

BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · ... liderança e erro na atividade ... O exercício, que envolveu o Grupo de Salvamento ... de acidente aquático resultante do naufrágio

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B O L E T I M M E N S A L DA AU T O R I DA D E N AC I O N A L D E P R O T E CÇ ÃO C I V I L / N .º 3 3 / D E Z E M B R O 2 010 / I S S N 16 4 6 – 95 42

N O T Í C I A S — PÁG . 2 /3

> Melhor articulação entre domínio consular e Proteção CivilN O T Í C I A S D O S D I S T R I T O S — PÁG . 4 > Exercício EU –SISMIC AE X ’10D I V U LG AÇ ÃO — PÁG . 5

> Plano Operacional Nacional para a Serra da Estrela

T E M A — PÁG S . 6 /7

> Riscos costeirosP R O J E T O S — PÁG . 8

> Stresse, liderança e erro na atividade dos BombeirosI N T E R N AC I O N A L — PÁG . 9

> Portugal reforça cooperação bilateral

R E C U R S O S — PÁG . 10

> Recomendações da AR ao Governo em matéria de incêndios florestaisQ U E M É Q U E M — PÁG .11

> Comité Executivo da Comissão para as Alterações ClimáticasAG E N DA — PÁG .12

33

ÍND

ICE

Natal, segurança e bom senso

Faz agora um ano que um sismo de magnitude 6.0 abalou Portugal na madrugada do dia 17 de dezembro de 2009. O maior registado em Portugal desde 1969.Foram momentos de alguma tensão, feliz-mente sem consequências graves, humanas ou materiais.

Portugal, sendo um país de sismicidade moderada, não tem deixa-do de investir fortemente na investigação destes fenómenos, no estu-do das melhores formas de minimização dos seus efeitos e no planea-mento da emergência. Exemplo disso foi o recente exercício realizado no Algarve, no âmbito do Plano Especial de Emergência para o Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (PEER ST–Alg), em fase de valida-ção, que teve como objetivo testar a resposta operacional perante uma situação de catástrofe provocada por um sismo seguido de tsunami.

Não descuramos, porém, outros riscos inerentes a esta época do ano. Por essa razão, é este mês ativado o Plano Operacional Nacional da Serra da Estrela (P ONSE), que estará em vigor até à Páscoa de 2011 .

Recomendo a todos quantos pretendam visitar esta zona do país que se preparem adequadamente, pois importa conhecer e dar a conhecer, antes de seguir viagem, algumas medidas de segurança e autoproteção elementares.

Porque estamos em mês natalício e as festividades implicam um acréscimo de deslocações, com um tráfego automóvel superior ao que é habitual, deixo o meu apelo para que este Natal seja celebrado em segurança e que sejamos nós, enquanto cidadãos, os primeiros agentes de proteção civil, cumprindo o código da estrada, seguindo as indicações das autoridades e exercendo uma condução prudente.

A todos um feliz Natal e um bom 2011!Arnaldo Cruz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .E D I T O R I A L

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dezembro de 2010

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Os artigos que constam neste Boletim foram

redigidos ao abrigo do Acordo Ortográfico da

Língua Portuguesa. Nomes próprios e designa-

ções de organismos mantêm a grafia anterior.

N O T Í C I A S

P. 2 . P R O C I V

Reunião realizada

no Comando Nacional

de Operações de Socorro

Grupo de Salvamento

Aquático da F EB

1.

2.

Número 33, dezembro de 2010

2.

1.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Calendário de formação para os Serviços Municipais de Proteção Civil

No quadro do Sistema de Formação dos Trabalhadores dos Serviços Municipais de Proteção Civil, encontra- -se disponível no site da A N PC o calendário com a oferta formativa para 2011. Os cursos serão ministrados pelas entidades formadoras reconhecidas para o efeito: Centro de Estudos e Formação Autár-quica, Escola Nacional de Bombeiros e Escola de Formação do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Para 2011, estão agendados 29 cursos nas diferentes áreas da proteção civil, designadamente Direito e Proteção Civil, Tecnologias de Proteção Civil, Riscos Naturais e Tecnológicos, Ordenamento do Território e Planeamento de Emergência.

O Sistema de Formação dos Trabalhadores dos Serviços Municipais de Proteção Civil está previsto na Lei 65/2007, de 12 de novembro e regulamentado pelo Despacho 15597/2009, de 9 de julho, do Presidente da A N PC.

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Melhor articulação entre os domínios consular e da proteção civil

Realizou-se no dia 2 de novembro na sede da A N PC, uma reunião de trabalho entre técnicos da A N PC e do Gabinete de Emergência Consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros (M N E), para identificação dos procedimentos operacionais necessários com vista a uma melhor articulação entre os domínios consular e da proteção civil. Esta necessidade surgiu na sequência de diversos acidentes que, nos últimos anos, têm vitimado cidadãos portugueses no estrangeiro. Recorda-se que o Gabinete de Emergência Consular é uma estrutura integrada na Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do M N E que tem como atribuições, entre outras, gerir um Sistema de Gestão de Emergência que oferece um serviço de registo aos cidadãos nacionais que pretendam deslocar-se em turismo para outros países, designadamente fora da União Europeia.

VI Conferência Internacional «Forest Fire Research»

Realizou-se, entre os dias 15 e 18 de novembro, em Coimbra, por iniciativa da Associação para o Desenvolvimento da Dinâmica Industrial (A DA I), a 6.ª Conferência Internacional Forest Fire Research. Esta Conferência Internacional tem-se realizado desde 1990, sendo já considerada um evento de referência internacional na investigação em Incêndios Florestais.

A gestão de combustíveis, o aproveitamento da biomassa florestal, o uso do fogo controlado, o risco de incêndio, os fatores meteorológicos, os sistemas de deteção e de apoio à decisão e o interface urbano industrial foram alguns dos temas abordados neste encontro.

F EB testa salvamento aquático no Alqueva

Decorreu, no dia 25 de novembro, na barragem do Alqueva, o exercício «A LQU EVA R ESCU E2010», que visou, entre outros, testar a capacidade de resposta da Força Especial de Bombeiros (FEB) da A N PC.

O exercício, que envolveu o Grupo de Salvamento Aquático, Recuperadores Salvadores e Equipas de Salvamento em Grande Ângulo, bem como os Grupos Territoriais de Évora e Beja daquela Força, pôs à prova os mecanismos de articulação com os Agentes de Proteção Civil (A PC), assim como com os sistemas de apoio à decisão no quadro de uma intervenção integrada, numa ocorrência de acidente aquático resultante do naufrágio de uma embarcação de transporte de passageiros, com várias vítimas.

O cenário traçado para este exercício foi o de uma explosão no motor seguida de naufrágio de uma embarcação com 10 pessoas a bordo. A situação provocou ferimentos graves a três tripulantes que se encontravam junto ao motor da embarcação e o desaparecimento de dois tripulantes, ficando os restantes cinco à deriva no plano de água.

N O T Í C I A S

P R O C I V . P.3Número 33, dezembro de 2010

3.

3.

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Cimeira da NATO

em Lisboa

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Cimeira da NATO: ANP C coordena domínio safety

A A N PC coordenou o Dispositivo Integrado de Operações de Proteção e Socorro, composto por 922 operacionais, apoiados por 311 viaturas, de mais de uma dezena de entidades, através do seu Centro Tático de Comando e constituído como Posto de Comando Operacional Conjunto mobilizado para a Cimeira da NATO, que decorreu de 19 a 20 de novembro, em Lisboa. A estratégia operacional estabelecida visou garantir a máxima eficácia, rapidez e coordenação nas ações de resposta a qualquer ocorrência de proteção civil e socorro que surgisse no decorrer deste importante encontro. Estiveram assim envolvidas entidades com responsabilidade na área da proteção civil e do socorro, entre as quais o Regimento de Sapadores Bombeiros e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, as Forças Armadas, o Instituto Nacional de Emergência Médica, a Guarda Nacional Republicana através do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GI PS), a Força Especial de Bombeiros «Canarinhos» da A N PC, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, a EDP, a Portugal Telecom e a Direção-Geral da Autoridade Marítima. Em situação de reserva tática estiveram diversos Corpos de Bombeiros dos distritos de Lisboa e Setúbal, assim como em estado de prontidão todos os Comandos Distritais da A N PC e os Corpos de Bombeiros do país.

Este dispositivo contou com valências nas áreas do reconhecimento e avaliação, coordenação aérea, busca e salvamento em ambiente terrestre e aquático, salvamento em estruturas, emergência pré- -hospitalar e evacuação sanitária, busca e resgate aéreo, monitorização, deteção, avaliação e descontaminação Nuclear, Radiológica, Biológica e Química.

No final do evento, o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, saudou publicamente os membros de todos os Serviços e Forças de Segurança, das Forças Armadas e da Proteção Civil envolvidos na segurança da Cimeira, tendo referido que a sua ação dedicada, profissional e competente permitiu que a Cimeira decorresse num clima de tranquilidade democrática e sem quaisquer incidentes dignos de registo.

Associação Número Europeu de Emergência distingue 112.pt

O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, acompanhado pela Secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, recebeu, em Bruxelas, no passado dia 8 de novembro, o prémio do Sistema Nacional 112 de Excelência, atribuído pela Associação do Número Europeu de Emergência (EENA) a Portugal pelo desenvolvimento do sistema 112.pt.

A condecoração do sistema 112.pt assenta no reconhecimento do sistema nacional como um exemplo do serviço de emergência prestado na União Europeia e mereceu o elogio do Presidente e fundador da Associação, Olivier Paul Morandini. A 4.ª Cerimónia de Entrega de Prémios 112, organizada pela EENA, sob o patrocínio da Presidência Belga do Conselho Europeu, prestou reconhecimento às pessoas e organizações que se distinguiram no desenvolvimento, inovação e divulgação do Número Europeu de Emergência 112, contando com a presença de personalidades políticas e de representantes das instituições da União Europeia. O prémio de Sistema Nacional 112 de Excelência reconhece as organizações e instituições que, a nível nacional, desenvolveram sistemas 112 eficientes, considerando os resultados técnicos e operacionais obtidos e o respetivo impacto na segurança e no socorro dos seus cidadãos. Neste contexto, o sistema 112.pt foi premiado por introduzir uma alteração profunda e estratégica ao atendimento e resposta dos serviços de emergência em Portugal.

Voluntários testam resposta a sismo

A R EDE – Associação Nacional de Voluntários de Proteção Civil, promoveu, no dia 13 de novembro, em Oeiras, um workshop sobre Voluntariado de Proteção Civil, que incluiu a simulação de um cenário de sismo com epicentro em Oeiras. A iniciativa pretendeu testar a capacidade de resposta opera-cional e a articulação entre organismos da sociedade civil e entidades públicas e privadas, avaliando sobretudo o papel das associações com atividade de voluntariado na resposta a uma situação de emergência. A iniciativa contou com observadores convidados, entre os quais a A N PC. A realização deste workshop enquadra-se na preparação do ano Europeu das Atividades de Voluntariado 2011.

N O T Í C I A S

P. 4 . P R O C I VNúmero 33, dezembro de 2010

2.

Recuperadores-

-salvadores da F EB em

ação durante o Exercício

3.

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3.

1. 2.

Helicóptero K A MOV

mobilizado para

o Exercício, junto

às Portas de Ródão

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Exercício transfronteiriço «EU –SI SM IC A E X’10»

Decorreu, nos dias 2 e 3 de novembro, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, o exercício EU–SISM ICA E X’10, que testou as capacidades de resposta das autoridades de proteção civil e emergências das zonas fronteiriças de Portugal e Espanha.

Organizado conjuntamente pela Junta da Extremadura e pelo Governo Civil de Castelo Branco, este simulacro teve como cenário um sismo com epicentro localizado na zona de Navalmoral de la Mata, província espanhola, que originou uma rutura da barragem de Valdecañas, uma situação que colocou as autoridades do distrito de Castelo Branco em alerta devido às várias inundações em território português, nomeadamente na baixa de Vila Velha de Ródão, zona que foi evacuada.

O objetivo nacional do Exercício foi o de treinar a estrutura operacional e o Comando Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco (CDOS/A N PC) e ainda as demais entidades com responsabilidade em matéria de proteção civil, à luz dos princípios do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), do Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Castelo Branco (PDEPCCB), concretamente no quadro de uma intervenção em caso de ocorrência de um evento que obrigue à intervenção de equipas locais, distritais e regionais nas operações de socorro.

1.

Exercitar o acolhimento e a integração de equipas de intervenção distrital numa operação transfronteiriça e testar a estrutura de comando e controlo (operacional), bem como a arquitetura dos sistemas de comando, comunicações e apoio à decisão foram alguns dos objetivos específicos do exercício.

A iniciativa mobilizou 400 homens, 115 viaturas e um Helicóptero Pesado (K A MOV) e foi acompanhada pelo Secretário de Estado da Proteção Civil, Vasco Franco, a partir do Posto de Comando Distrital, sediado na Escola Superior Agrária, em Castelo Branco.

Entidades participantes

» Comando Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco (CDOS/A N PC)» Forca Especial de Bombeiros (FEB /A N PC)» Corpos de Bombeiros do Distrito de Castelo Branco» Administração Regional Hidrográfica do Tejo (A R H Tejo)» Agência Portuguesa do Ambiente (A PA)» Autoridade Florestal Nacional (A F N)» Centro Distrital de Segurança Social (CDSS)» Guarda Nacional Republicana (GN R)» Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICN B)» Instituto de Meteorologia (I M)» Instituto Nacional de Emergência Médica (I N E M)» Instituto Nacional de Medicina Legal (I NM L)» Polícia de Segurança Pública (PSP)» Polícia Judiciária (PJ)» Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)» Município de Idanha-a-Nova» Município de Castelo Branco» Município de Vila Velha de Ródão» Unidade de Saúde Local de Castelo Branco

D I V U L G A Ç Ã O

P R O C I V . P.5Número 33, dezembro de 2010

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Plano para a Serra da Estrela ativado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

A Serra da Estrela, pelas suas características próprias, assume-se como um dos pontos turísticos de Portugal continental de maior relevo, atraindo todos os anos, principalmente durante o inverno, milhares de turistas. A sua orografia e clima propiciam o desenvolvimento de diversas atividades como a prática de esqui, montanhismo, passeios pedestres e outros ligados ao usufruto da natureza.

Este afluxo de visitantes origina, com frequência, situações proble-máticas no âmbito da proteção e socorro que exigem o empenhamento de diversos Agentes de Proteção Civil (A PC) que intervêm naquela região, assim como um elevado grau de coordenação e cooperação.

Importa assim definir mecanismos de resposta céleres e coordenados no âmbito da proteção e do socorro que permitam fazer face a eventuais situações de perigo.

Neste sentido, a A N PC activará o Plano Operacional Nacional para a Serra da Estrela (PONSE) a partir do dia 4 de dezembro até à Páscoa de 2011.

O PONSE assume-se como um instrumento proactivo de gestão operacional conjunta e plurianual, que permite planear, organizar e coordenar um Dispositivo Conjunto de Proteção e Socorro na Serra da Estrela (DICSE), constituído por meios humanos e equipamentos de resposta operacional, capazes de responder com eficácia às necessidades dos cidadãos.

O Plano tem aplicação direta nos distritos da Guarda e de Castelo Branco e um âmbito de emprego territorial homogéneo e concreto na área do Maciço Central da Serra da Estrela, área esta que compreende os locais dos municípios da Covilhã, Manteigas, Seia e Gouveia, situados a uma altitude superior a 1.400m com exceção da área urbana das Penhas da Saúde.

Quanto ao Dispositivo, este é constituído pelos Corpos de Bombeiros, pelo Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GI PS) da Guarda Nacional Republicana (GN R), pela FEB da A N PC e por outras forças e meios, qualificados para a execução de missões de proteção e socorro, disponibilizados pelos A PC ou por entidades com especial dever de colaboração em conformidade com o nível de empenhamento e o grau de prontidão previamente estabelecidos.

O Plano tem aplicação

direta nos distritos da

Guarda e de Castelo Branco

e um âmbito de emprego

territorial homogéneo e

concreto na área do Maciço

Central da Serra da Estrela.

Elemento da F EB

durante um exercício

na Serra da Estrela

T E M A

Número 33, dezembro de 2010

P. 6 . P R O C I V

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Riscos costeiros

O exemplo da tempestade Katrina, em Nova Orleães, foi apenas um episódio da história evolutiva que, aceleradamente, vem associando as alterações climáticas às dinâmicas oceanográficas, nomeadamente no que respeita às mudanças rápidas do nível do mar, da agitação marítima e das correntes de deriva sedimentar.

É verdade que as mudanças em curso e as adaptações isostáticas (relacionadas com as massas sólidas continentais) e eustáticas (relacionadas com as massas de água oceânica) não originam os mesmos efeitos em todas as zonas de interface (frequentemente, estuarinas), havendo troços costeiros em elevado risco de submersão, inundação e destruição de estruturas naturais e antrópicas, enquanto noutros se verifica a elevação da faixa costeira emersa, devido a reequilíbrios glacio-isostáticos (caso dos países da península escandinava).

O risco é, pois, relativo, mas tem o extremo crítico do intervalo a atingir as grandes cidades, as principais infraestruturas económicas e as maiores densidades populacionais.

Portugal, por seu lado, encontra-se numa zona de transição climática entre as influências mediterrânicas (domínio de altas pressões atmosféricas) e as dinâmicas frontais do Atlântico (baixas pressões subpolares) que têm mostrado uma certa cadência cíclica associada à NAO (North Atlantic Oscillation) e um recente pendor depressionário que os modelos do Hadley Centre preveem acentuar-se no presente século. Isso conduz, inevitavelmente, à conjugação de fatores que induzem a ocorrência de eventos extremos em vários troços costeiros, onde encontramos condições territoriais propícias a desastres e catástrofes.

Também é um facto que a ação antrópica tem reforçado as susce-tibilidades e as vulnerabilidades específicas perante os cenários mais graves e complexos, dos quais os eventos de 2001 no continente e de 2010 na Madeira são manifestações que expressam máximos históricos absolutos de precipitação e drenagem sobre áreas incapazes de acomodar a severidade desses eventos.

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Nas últimas décadas, o alarme em relação à estabilidade e à segurança física e ambiental das zonas litorais e costeiras generalizou-se por todo o globo, uma vez que as áreas mais povoadas estão mais expostas à ocorrência de eventos graves e catástrofes.

Portugal encontra-se numa

zona de transição climática

entre as influências medi-

terrânicas e as dinâmicas

frontais do Atlântico.

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T E M A

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Número 33, dezembro de 2010

1.

José Luís G. S. Ribeiro,

Professor da Escola Superior de Segurança, Tecnologias e Aviação

do I SEC – Instituto Superior de Educação e Ciências

Fatores determinantes

para a sobreelevação

meteorológica do nível

do mar

1.

Na realidade, a situação pode a todo o momento assumir proporções bem mais graves, mesmo que a severidade não aumente, se nos “momentos” críticos da tempestade, a sobreelevação meteorológica do nível do mar (storm surge) estiver articulada com alguns fatores determinantes (Figura 1), nomeadamente a coincidência temporal da máxima elevação das águas com o período de preia-mar de marés vivas, a ocorrência das maiores ondas, o pico dos caudais fluviais e a saturação dos terrenos marginais, para além de outros processos de incremento da capacidade de galgamento costeiro e da inundação marítima, incluindo a persistência do evento.

Os efeitos dominó

incluem a afetação de

infraestruturas básicas

e de unidades industriais

de produtos tóxicos.

Além disso, os efeitos dominó associados a este quadro de relações incluem a afetação de infraestruturas básicas e de unidades industriais de produtos tóxicos (classificadas ou não como estabelecimentos Seveso) que podem contaminar de forma irreversível os solos, as águas superficiais e subterrâneas e os sedimentos e vasas submersas, levando ao colapso de habitats e ecossistemas de interface flúvio-marinho e à inviabilidade da sustentação económica e ambiental. Ou seja, uma catástrofe em todas as escalas de análise.

Daí que seja oportuno remeter o estudo desta problemática para a abordagem realizada no Caderno Técnico PROCI V#15, sobretudo para que possamos compreender e aprofundar a importância de um quadro estratégico internacional, no qual se inclui a Estratégia Nacional para a Gestão Integrada das Zonas Costeiras (ENGIZC).

No que respeita à avaliação de riscos para a segurança e a proteção civil, claramente temos de começar por estabelecer um compromisso sério e estável entre as políticas de ordenamento do território e as de planeamento de emergência, na perspetiva de implementar medidas corretivas, de prevenção e de mitigação, suportadas pela experiência e pelo conhecimento global.

Esse contexto, como é óbvio, inclui a capacidade de resposta a sismos e tsunamis. Porque também estas ameaças pertencem à nossa realidade presente.

P R O J E T O S

P. 8 . P R O C I VNúmero 33, dezembro de 2010

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Pedro de Matos Gonçalves, Professor Adjunto do Instituto Politécnico de Leiria

O problema dos acidentes por erro humano na atividade dos Bombeiros portugueses e a sua dependência do treino, liderança e stresse foi investigado numa série de estudos, realizados entre 2005 e 2009, que culminou com a defesa da tese de doutoramento do autor, em Psicologia Social, na Universidade de Cádiz.

O primeiro estudo consistiu na análise das 155 participações de acidentes feitas pelos comandantes das corporações de Bombeiros do distrito de Setúbal, entre 2000 e 2005, tendo-se concluído que as principais causas atribuídas foram a quedas (30%), efeitos térmicos (21%) e acidentes com veículos (20%). Para procurar explicar o enquadramento dos erros humanos envolvidos e sabendo-se da teoria que o treino, o stresse e a liderança são os fatores mais prováveis, realizaram-se seis estudos correlacionais envolvendo oito comandantes e 300 Bombeiros, em corporações dos distritos de Setúbal, Leiria, Santarém e Lisboa, em que se consideraram variáveis como o conhecimento dos riscos de acidentes, a atitude dos comandantes relativa à prevenção, ao treino, auto eficácia e atribuição causal, ao mesmo tempo que se avaliava o stresse dos Bombeiros e os estilos de liderança a que estavam submetidos.

Daqui, partiu-se para um estudo experimental que se realizou pela ocasião da avaliação do treino dos recrutas das corporações do distrito de Setúbal, no quartel dos bombeiros de Águas de Moura, em que as provas consistiam na escalada individual de escada de gancho, montagem em grupo de moto-bomba e escalada em grupo de escada de molas. Antes das provas, a metade dos recrutas, selecionados aleatoriamente, era induzido stresse por imersão do antebraço e mão numa tina com água e gelo, sob controlo médico. Durante as provas, os 61 recrutas da amostra eram liderados por um comandante, que utilizava dois estilos de liderança – diretivo e democrático – previamente combinados com o investigador. Geraram-se assim quatro condições experimentais: um e outro estilo de liderança, com e sem stresse. Depois das provas fizeram-se questionários para determinar como é que os recrutas tinham percebido o líder.

Os resultados mostram, com muita clareza, que é a combinação de stresse induzido com liderança diretiva a única que diminui significativamente os erros. Mostrou-se também que os sujeitos manifestaram os efeitos do stresse induzido e perceberam diferentemente o líder (que era a mesma pessoa) quando exerceu um ou outro estilo de liderança.

Estes resultados foram de encontro à previsão alicerçada no modelo de O.G. Pereira e J.C. Jesuíno, (1987), que tinha sido aplicado com êxito em estudos correlacionais com fuzileiros. Neles se mostrou, também, que os líderes têm de retirar o apoio aos subordinados para aumentar o stresse, com o objetivo de melhorar a sua performance e dá-lo para diminuir o stresse quando isso é requerido pela tarefa. Também se mostrou que o treino bem conduzido, realista e intenso é o meio mais eficiente de diminuir os erros humanos.

Stresse e liderança na contenção do erro na atividade dos Bombeiros: o papel do treino

O primeiro estudo

consistiu na análise das

155 participações feitas

pelos comandantes das

corporações de Bombeiros

do distrito de Setúbal.

I N T E R N A C I O N A L

P R O C I V . P.9Número 33, dezembro de 2010

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Reunião da Comissão

Mista Luso–Espanhola1.

1.

2.

Portugal reforça cooperação bilateral

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Este projeto é financiado

pelo IPAD e coordenado

pela DGAI/MAI .

AngolaNo âmbito do Protocolo de Cooperação Técnico–Policial, firmado entre a República de Portugal e a República de Angola, decorreram, entre 4 e 23 de novembro, em Luanda, Angola, duas ações de formação no domínio da proteção civil. Uma das ações incidiu sobre a Gestão de Centros Operacionais. A outra, de caráter mais técnico, foi ao nível do Planeamento de Emergência, e o objetivo foi lançar as bases de trabalho na área do planeamento de emergência, permitindo dotar os formandos de conhecimentos técnicos, de forma a garantir plena autonomia na elaboração de planos de emergência. Estas ações de formação foram ministradas por dois elementos da A N PC.

O projeto é financiado pelo Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (I PA D) e coordenado pela Direção Geral da Administração Interna, do Ministério da Administração Interna (M A I). Tem como objetivo a realização de missões de assistência técnica e ações de formação nos países de língua oficial portuguesa pelas várias forças de segurança do M A I, designadamente a GN R, a PSP, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

EspanhaA cidade do Porto acolheu, nos dias 14 e 15 de novembro, a IX reunião da Comissão Mista Luso- -Espanhola em matéria de proteção civil.

A análise das intervenções de assistência mútua de incêndios florestais em 2010, o desenvolvimento de uma plataforma informática para o Plano de Ajuda Mútua, o planeamento de ações futuras com vista ao aprofundamento da cooperação bilateral, nomeadamente no que diz respeito aos planos de emergência de barragens e à colaboração transfronteiriça em caso de acidentes com o transporte de matérias perigosas, foram os principais pontos da agenda deste encontro, durante o qual foi também feito o debriefing do exercício sísmico “EU– –SISM ICA E X’10”, realizado em Castelo Branco em conjunto com a Junta da Extremadura.

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R E C U R S O S

Legislação

Glossário

www

Publicações

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P.1 0 . P R O C I VNúmero 33, dezembro de 2010

TROMBAFenómeno que consiste num turbilhão de vento, muitas vezes violento, cuja presença se manifesta por uma coluna nebulosa ou cone nebuloso invertido em forma

Autor id ade Nacion a l de P rotecção Civ i l . D ire t iva O pe ra c i o n a l Na c i o n a l n .º 3 - N R B Q . D i s pos it ivo Integ ra d o d e O pe ra çõe s . Nu clear, Ra di ológ i co, Bi ológ i co e Q uími coEsta Diretiva Operacional Nacional (DON) constitui-se como um instru-mento de planeamento, organização, coordenação e comando operacional no quadro das ações de resposta a situações de emergência, envolvendo agentes N R BQ e ainda como documento de referência para os planos e diretivas das outras entidades públicas ou privadas da área da proteção e do socorro. Tem como missão garantir uma adequada, expedita e eficaz mobilização de meios e recursos, humanos e técnicos, passíveis de, coordenadamente e sob um comando único, responder às situações de proteção e socorro que envolvam agentes N R BQ.

Ciência Viva — http://www.cienciaviva.pt/home/O Ciência Viva foi criado como uma unidade do Ministério da Ciência e da Tecnologia, competindo-lhe o apoio a ações dirigidas para a promoção da educação científica e tecnológica na sociedade portuguesa, com especial ênfase nas camadas mais jovens e na população escolar dos ensinos básico e secundário. A Ciência Viva realiza e apoia projetos para promover a cultura científica e tecnológica e atividades experimentais na aprendizagem das ciências, envolvendo a comunidade científica e educativa, numa perspetiva de partilha de recursos e de conhecimentos, com especial enfoque nos seguintes domínios: Arte e Ciência; A Ciência e o Espaço; A Ciência e os Oceanos; e a Robótica.O site oferece um leque vastíssimo de informação sobre iniciativas diversas, desde colóquios, exposições, cafés de ciência ou atividades em laboratórios, contribuindo para uma apropriação da ciência pelos cidadãos.A partir do site existe uma ligação direta à rede dos Centros Ciência Viva, espaços interativos de divulgação científica e tecnológica, distribuídos pelo território nacional, funcionando como plataformas de desenvolvimento regional – científico, cultural e económico – através da dinamização dos atores regionais mais ativos nestas áreas.

Consulta em: www.prociv.pt/Legislacao/Pages/LegislacaoEstruturante.aspx

Resolução da Assembleia da República n.º 126/2010, de 15 de novembroRecomenda medidas urgentes a adotar pelo Governo em matéria de proteção e valorização da floresta.

Resolução da Assembleia da República n.º 127/2010, de 15 de novembroRecomenda ao Governo a adoção de medidas para prevenir os incêndios florestais.

de funil que emerge da base de um cumulonimbo, e por um tufo constituído por gotículas de água levantadas da superfície do mar (tromba marítima ou tromba

de água), ou por poeira, areia ou detritos vários levantados do solo (tromba terrestre ou tornado).

Resolução da Assembleia da República n.º 118/2010, de 12 de novembroÁreas protegidas e incêndios florestais de 2010.

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Q U E M É Q U E M

P R O C I V . P.11Número 33, dezembro de 2010

O Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas (CECAC) funciona como grupo coordenador da Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENA AC).

Esta estratégia surgiu em resultado de um processo de análise e consulta interministerial envolvendo 30 organismos públicos, conduzido sob a égide da Comissão para as Alterações Climáticas.

A ENA AC, definida pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2010 visa, assim, aumentar a consciencialização sobre as alterações climáticas, manter atualizado e disponível o conhecimento científico sobre este fenómeno e os seus impactes e, ainda, reforçar as medidas que Portugal terá de adotar, à semelhança da comunidade internacional, com vista ao controlo dos seus efeitos, ambição na qual se destacam dois desafios: atacar a origem do problema, isto é, as emissões de gases com efeito de estufa; e preparar as sociedades em todo o mundo para lidar com os impactes biofísicos e sócio -económicos das alterações do clima.

A Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas encontra-se estruturada sob quatro objetivos principais: informação e conhecimento; redução da vulnerabilidade e aumento da capacidade de resposta; participação cívica e cooperação internacional.

A aplicação desta estratégia conduzida e coordenada pelo CECAC é suportada em grupos de trabalho sectoriais que incluem, entre outros, o ordenamento do território, os recursos hídricos, a saúde, o turismo e a segurança de pessoas e bens.

A A N PC é a entidade responsável por este último, competindo- -lhe, entre outros, o desenvolvimento de ações faseadas no âmbito do planeamento da emergência e do envolvimento das comunidades com vista a uma melhor preparação e autoproteção.

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Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas

A ENAAC visa aumentar

a consciencialização sobre

as alterações climáticas.

Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Diretor – Arnaldo Cruz Redação e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo Fotos – A N PC; Jornal Região de Setúbal; Rádio RenascençaDesign – Barbara Alves Impressão – Europress Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646– 9542 Impresso em papel 100% reciclado R E NOVA PR I N T E .

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Coletiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

A G E N D A

P.12 . P R O C I V

B O L E T I M M E N S A L D A A U T O R I D A D E N A C I O N A L D E P R O T E C Ç Ã O C I V I L

Número 33, dezembro de 2010

4 – 5 DEZEMBRO

LISBOA

I CONGRESSO INTERNACIONAL

DO VOLUNTARIADO

A Confederação Portuguesa do

Voluntariado promove o I Congresso

Português do Voluntariado,

no Centro Ismaili, em Lisboa, de 3 a 5

de dezembro, procurando envolver

as entidades (privadas e públicas) e os

cidadãos que se identifiquem com a

causa gratuita do ‘serviço ao próximo’.

Os objetivos são: Lançar o Ano Europeu

do Voluntariado 2011; Conhecer

melhor o Voluntariado e as suas áreas

de intervenção em Portugal; Contribuir

para a capacitação dos voluntários

e suas organizações; Adotar orientações

e recomendações para o futuro.

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9 DEZEMBRO

SEIXAL

ENCONTRO «SEGURANÇA NAS

ESCOLAS»

O II Encontro Distrital Prevenção

e Segurança em Ambiente Escolar

realiza-se no dia 9 de dezembro,

no Auditório do Fórum Cultural do

Seixal, a partir das 9h30, e é dirigido

aos professores e estudantes, aos

pais e encarregados de educação, aos

técnicos dos pelouros de educação das

Câmaras Municipais e aos agentes de

Proteção Civil. O evento é organizado

pelo Comando Distrital de Operações

de Socorro de Setúbal e conta com o

apoio da Câmara Municipal do Seixal e

do Governo Civil do Distrito de Setúbal.

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31 JANEIRO – 1 FEVEREIRO

BERLIM, ALEMANHA

«PROTECTION OF NATIONAL

CRITICAL INFRASTRUCTURES IN

EUROPE»

O seminário europeu sobre

infraestruturas, que se realiza em Berlim,

Alemanha, nos dias 31 de janeiro e 1 de

fevereiro de 2011, tem como objetivo

a troca de ideias entre instituições

governamentais e não governamentais

sobre identificação e proteção de

infraestruturas críticas. Os participantes

terão oportunidade de trabalhar com

diversos especialistas na gestão de

crise a nível europeu e encontrar novos

modelos de cooperação internacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .