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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / Nº23 / FEVEREIRO 2010 / ISSN 1646–9542 NOTÍCIAS — PÁG.2/3 > Portugal apoia vítimas do terramoto no Haiti > Apresentação do Estudo do Risco Sísmico no Algarve > Exercício MUSAREX’10 > Vasco Franco na Escola Nacional de Bombeiros NOTÍCIAS DOS DISTRITOS —PÁG. 4 > Simulacro de segurança nos estalei- ros de Viana > Serra da Estrela: activado Plano de Operações Nacional > Perito português participa no «Pool of Experts Training Workshop» TEMA— PÁG. 5 > Clube da Protecção Civil DESTAQUE — PÁGS. 6 /7 > Sismo da Indonésia (há 5 anos) INTERNACIONAL — PÁGS. 8/9 > Sistemas partilhados de apoio à ges- tão de emergência LEGISLAÇÃO — PÁG. 10 > Alteração à Portaria n.º 1450/2008, de 16 de Dezembro, relativamente à colocação dos militares da GNR nos Centros de Meios Aéreos e nas Bases Permanentes de Helicópteros ocu- padas pelos Pelotões de Intervenção, Protecção e Socorro QUEM É QUEM — PÁG.11 > Assistência Médica Internacional AGENDA — PÁG.12 23 ÍNDICE A consciência do Risco Ainda é recente a catástrofe que há uma semana assolou o Haiti. Todos teremos de retirar lições, não apenas em termos de socorro mas também no âmbito da prevenção e do planeamento. Todos temos noção da localização do nosso território em termos geo- tectónicos. No passado, também sofremos com devastações causadas por movimentos da crosta terrestre e um deles inclui-se mesmo nos mais devas- tadores da história da Humanidade. O de 1755, com tsunami, cujo epicentro está associado ao movimento de uma falha situada a cerca de 200 quilóme- tros do Cabo de S. Vicente. Mais recentemente, em Dezembro passado, e presumivelmente com o epicentro localizado na mesma zona geológica, fomos alertados por um abalo de magnitude 6 na escala de Richter, que uma vez mais nos relembrou a potencial perigosidade deste fenómeno. A edição do PROCIV deste mês é dedicada a esta vulnerabilidade. Nas páginas centrais damos destaque ao Sistema de Alerta Precoce e na rubri- ca «Quem é Quem» falamos da AMI, que integra a nossa missão no Haiti. O tema é o Clube de Protecção Civil, que está em grande desenvolvimento de norte a sul do País. Uma sociedade que se pretende evoluída, está consciente dos riscos com os quais coabita e deve preparar-se para (em caso de ocorrência), minimizar os seus efeitos. Arnaldo Cruz ................................................................. EDITORIAL Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: Fevereiro de 2010 www.prociv.pt ....................... ................................................................ ..............................................

BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO … · 2016-05-23 · na Serra da Estrela: corpos de bombeiros da área de intervenção, GNR (grupo de montanha) e Força Especial

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B O L E T I M M E N S A L DA AU T O R I DA D E N AC I O N A L D E P R O T E CÇ ÃO C I V I L / N º 2 3 / F E V E R E I R O 2 010 / I S S N 16 4 6 – 95 42

N O T Í C I A S — PÁG . 2 /3

> Portugal apoia vítimas do terramoto no Haiti > Apresentação do Estudo do Risco Sísmico no Algarve> Exercício MUSAR E X ’10> Vasco Franco na Escola Nacional de BombeirosN O T Í C I A S D O S D I S T R I T O S — PÁG . 4 > Simulacro de segurança nos estalei-ros de Viana

> Serra da Estrela: activado Plano de Operações Nacional> Perito português participa no «Pool of Experts Training Workshop»T E M A — PÁG . 5

> Clube da Protecção CivilD E S TAQ U E — PÁG S . 6 /7

> Sismo da Indonésia (há 5 anos)I N T E R N AC I O N A L — PÁG S . 8/ 9

> Sistemas partilhados de apoio à ges-tão de emergência

L E G I S L AÇ ÃO — PÁG . 10

> Alteração à Portaria n.º 1450 /2008, de 16 de Dezembro, relativamente à colocação dos militares da GNR nos Centros de Meios Aéreos e nas Bases Permanentes de Helicópteros ocu-padas pelos Pelotões de Intervenção, Protecção e SocorroQ U E M É Q U E M — PÁG .11

> Assistência Médica InternacionalAG E N DA — PÁG .12

23

ÍND

ICE

A consciência do Risco

Ainda é recente a catástrofe que há uma semana assolou o Haiti. Todos teremos de retirar lições, não apenas em termos de socorro mas também no âmbito da prevenção e do planeamento.

Todos temos noção da localização do nosso território em termos geo-tectónicos. No passado, também sofremos com devastações causadas por movimentos da crosta terrestre e um deles inclui-se mesmo nos mais devas-tadores da história da Humanidade. O de 1755, com tsunami, cujo epicentro está associado ao movimento de uma falha situada a cerca de 200 quilóme-tros do Cabo de S. Vicente.

Mais recentemente, em Dezembro passado, e presumivelmente com o epicentro localizado na mesma zona geológica, fomos alertados por um abalo de magnitude 6 na escala de Richter, que uma vez mais nos relembrou a potencial perigosidade deste fenómeno.

A edição do PROCI V deste mês é dedicada a esta vulnerabilidade. Nas páginas centrais damos destaque ao Sistema de Alerta Precoce e na rubri-ca «Quem é Quem» falamos da A M I, que integra a nossa missão no Haiti. O tema é o Clube de Protecção Civil, que está em grande desenvolvimento de norte a sul do País.

Uma sociedade que se pretende evoluída, está consciente dos riscos com os quais coabita e deve preparar-se para (em caso de ocorrência), minimizar os seus efeitos.

Arnaldo Cruz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .E D I T O R I A L

Distribuição gratuitaPara receber o boletim

P RO C I V em formato digital inscreva-se em:

Fevereiro de 2010

www.prociv.pt

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N O T Í C I A S

P. 2 . P R O C I V

Sinistralidade Rodoviária

Realizou-se, no dia 6 de Janeiro, no Ministério da Administração Interna, a apresentação pública dos dados provisórios de sinistralidade rodoviária relativos ao ano 2009.

Os dados da sinistralidade e os meios envolvidos nas acções de prevenção, fiscalização e socorro foram apresentados pela A NSR, pela A N PC, pelo I N E M e pela GN R e PSP.

A sessão, presidida pelo Ministro da Adminis-tração Interna, Rui Pereira, contou com a participação do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, da Secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, e do Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco. Assistiram ainda a esta sessão pública vários Governadores Civis, o Comandante–Geral da GN R e o Director–Nacional da PSP, os Presidentes do I MT T, do LN EC, do I N E M e da A N PC, entre muitos dirigentes e técnicos da área da prevenção da sinistralidade rodoviária.

Visita do SE A A I

à A N P C

Cerimónia de apresen-

tação dos dados da

sinistralidade de 20091.

1.

2.

Número 23, Fevereiro de 2010

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

M A I na Assembleia da República

Os Ministros da Administração Interna e da Agricultura estiveram, no dia 6 de Janeiro, na Assembleia da República, onde participaram no Debate de Urgência sobre ‘A gravidade da situação social e económica da Região Oeste’, na sequência do temporal que assolou aquela região do país na madrugada do passado dia 23 de Dezembro.

Os membros do Governo evidenciaram a prontidão e as respostas dadas aos agricultores e população em geral, tendo o Ministro da Administração Interna salientado, ainda, a resposta eficaz e atempada dos serviços de Protecção Civil.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Exercício MUSAREX’10

O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa realizou no dia 28 de Janeiro o Exercício MUSA R E X’10 de busca e resgate em estruturas colapsadas.

O Exercício, que decorreu nas antigas instalações da Petroquímica, na zona Oriental de Lisboa, teve como finalidades a avaliação da operacionalidade do módulo médio de busca e salvamento em estruturas colapsadas (módulo MUSA R), a melhoria dos procedimentos nas intervenções e ainda o aumento da interoperabilidade dos seus componentes.

José Conde Rodrigues visita A N P C

O Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Conde Rodrigues, deslocou-se no dia 19 de Janeiro à Autoridade Nacional de Protecção Civil (A N PC) para assistir ao briefing técnico operacional do Comando Nacional de Operações de Socorro.

Ao briefing seguiu-se uma reunião de trabalho com a direcção e comando operacional da A N PC onde foram apresentados os grandes projectos agendados para 2010, assim como outros assuntos da área da protecção e socorro.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vasco Franco na Escola Nacional de Bombeiros

No dia 12 de Janeiro, o Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, visitou a Escola Nacional de Bombeiros. No decorrer da visita teve lugar uma reunião com a Direcção da Escola, com o Presidente da A N PC e com o Director Nacional de Recursos de Protecção Civil, na qual foram analisados os programas de formação e, em particular, o processo de descentralização da escola, através da criação de unidades locais de formação, que começaram a ser instaladas em 2009. O Secretário de Estado teve oportunidade de realçar a evolução positiva que a EN B registou nos últimos anos, e o papel que tem vindo a desempenhar no sistema de protecção civil.

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N O T Í C I A S

P R O C I V . P.3Número 23, Fevereiro de 2010

Portugal apoia vítimas do terramoto

no Haiti

Portugal enviou para o Haiti, no dia 16 de Janeiro, num avião C–130 da Força Aérea Portuguesa (FA P), uma Força Operacional Conjunta de Protecção Civil (FOCON) para instalar e operacionalizar um campo de desalojados. Integraram esta FOCON uma equipa de Comando e Coordenação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (Comandante, Adjuntos de Operações Logística e Comunicações e Oficial de Ligação), um grupo do I N E M, com um Posto Médico Avançado composto por 8 elementos (médicos, enfermeiros e socorristas), um médico do Instituto Nacional de Medicina Legal e um grupo de 10 bombeiros da Força Especial de Bombeiros «Canarinhos» da A N PC.

A FOCON, coordenada pelo Comandante Operacional Distrital de Lisboa, Elísio Oliveira, transportou diverso material de apoio à missão (tendas, wc portáteis, chuveiros, lençóis, cobertores, kits de cozinha e kits de higiene pessoal).

Para reforço da FOCON, seguiram posteriormente para o Haiti mais 5 elementos da A N PC (um oficial

3.

4.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Acampamento português

no Haiti3.

Director Nacional de

Planeamento de

Emergência na

apresentação do ER S TA4.

bombeiro médico e 4 bombeiros «Canarinhos»), que acompanharam uma carga adicional que incluiu 6 toneladas de água engarrafada e 180.000 pastilhas para purificação de água).

Os recursos enviados por Portugal visaram colmatar algumas das carências identificadas no terreno, a saber: apoio médico e medicamentoso, água potável e abrigos.

O campo de desalojados ficou instalado na localidade haitiana de Delmas, perto do aeroporto de Port-au-Prince.

ANPC apresenta principais resultados e conclusões do estudo do risco sísmico e tsunamis do Algarve

O desenvolvimento de políticas de prevenção em caso de catástrofes naturais é um dos objectivos do Estudo do Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve (ERSTA), apresentado no dia 22 de Janeiro, na Universidade do Algarve, em Faro, numa sessão presidida pelo Ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

O estudo, coordenado pela Autoridade Nacional

de Protecção Civil (A N PC), tem como objectivo o conhecimento aprofundado do risco sísmico e de tsunamis na região algarvia e servirá de ponto de partida para a elaboração de um plano especial de emergência detalhado para estes riscos. O objectivo é desenvolver políticas de prevenção e protecção adequadas para o Algarve, quantificando as vulnerabilidades para se poderem estimar eventuais danos directos, face a diferentes cenários de catástrofe sísmica. Para o efeito, foi desenvolvido, pela equipa da A N PC, um simulador de cenários sísmicos. O ERSTA teve a colaboração de nove entidades técnico-científicas nos trabalhos de caracterização de cada uma das componentes protocoladas, assegurando homogeneidade científica na abordagem desta temática. As nove entidades são o Centro de Estudos Geográficos (CEG /U L), a Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Algarve (EST/UA LG), a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLU P), o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LN EC), o Instituto de Ciências da Terra e do Espaço (ICTE), o Instituto de Meteorologia (I M), o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (I N ETI), o Instituto Superior Técnico (ICIST/IST) e a Universidade do Algarve (UA LG).

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N O T Í C I A S

P. 4 . P R O C I V

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .N O T Í C I A S D O S D I S T R I T O S

Número 23, Fevereiro de 2010

Perito português participa no “Pool of Experts Training Workshop”

O CODIS de Leiria, José Manuel Moura, participou no “Pool of Experts Training Workshop”, que se realizou em Bruxelas, de 14 a 15 de Dezembro de 2009. Um dos temas centrais deste workshop foi a análise das últimas missões do Mecanismo, a cooperação e interoperabilidade com o sistema das Nações Unidas e o desenvolvimento do trabalho referente aos módulos de protecção civil. O encontro serviu também para exercitar o trabalho com a ferramenta informática CECIS, assim como para treinar a trabalhar com o Portal M IC. No total, participaram neste workshop peritos de 10 Estados-Membros da União Europeia.

1.

Elementos da F EB que

integram dispositivo

na Serra da Estrela1.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Serra da Estrela: Activado Plano de Operações Nacional

O Plano de Operações Nacional para a serra da Estrela (PONSA), que compreende os distritos da Guarda e Castelo Branco, está activado. Este plano é um instrumento de gestão operacional conjunta e plurianual que prevê o planeamento, organização e coordenação de um dispositivo conjunto de protecção e socorro de todos os agentes com responsabilidade na Serra da Estrela: corpos de bombeiros da área de intervenção, GN R (grupo de montanha) e Força Especial de Bombeiros – Canarinhos, capaz de responder com eficácia às necessidades dos cidadãos nos locais do Maciço Central da Serra, acima dos 1.400 metros. O plano é activado anualmente durante o período que decorre de 19 de Dezembro ao domingo seguinte ao da Páscoa.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Simulacro de segurança nos estaleiros de Viana

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, em colaboração com o Governo Civil, realizou um exercício de segurança nos estaleiros navais locais para testar o Plano de Emergência, tendo em vista a treinar os procedimentos e estabelecer rotinas, que permitam, em caso de acidente real, prestar um socorro eficaz. O simulacro de incêndio pretendeu igualmente por à prova a utilização correcta dos meios neste exercício, de Incêndio Industrial e resgate de vítimas, ao nível dos bombeiros, Cruz Vermelha, I N E M, PSP, Marinha, Serviço Municipal de Protecção Civil de Viana do Castelo e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O exercício simulou um incêndio em porão de navio em reparação nos Estaleiros Navais, que ocorreu quando se procedia a trabalhos de soldadura, provocando uma explosão com propagação do incêndio à sala das máquinas, o que obrigou à evacuação dos trabalhadores. A realização deste simulacro, assim como os seus resultados, foram importantes, para as entidades envolvidas, quer pela interacção entre as partes, quer pela especificidade do simulacro, tendo o Governador Civil do distrito realçado a sua importância no âmbito do socorro.

C D OS Porto aposta na segurança escolar

O CDOS Porto, em articulação com os Serviços Municipais de Protecção Civil e Corpos de Bombeiros, tem vindo a apostar na segurança escolar através dos Clubes de Protecção Civil. Estes agentes têm vindo a desenvolver diversas acções de sensibilização no âmbito das normas e procedimentos de actuação e evacuação, noções básicas de socorrismo e manuseamento de extintores em diversas escolas do distrito.

Para além de serem promovidos comportamentos preventivos e de auto-protecção, estas acções permitem igualmente dotar a comunidade escolar de competências para a “efectiva implementação” dos seus planos de prevenção e emergência.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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T E M A

P R O C I V . P.5Número 23, Fevereiro de 2010

Clube da Protecção Civil em mais de 300 escolas

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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O Clube da Protecção Civil (CPC) foi criado em 2006 e pretende ser um projecto pedagógico informal dirigido aos alunos do 2.º e 3.º ciclos de escolaridade, dinamizado pelos Comandos Distritais de Operações de Socorro, envolvendo também as Direcções Regionais de Educação, os Serviços Municipais de Protecção Civil e os Governos Civis.

O Clube apresenta-se como um dossier com informação sobre o sistema de protecção civil, principais riscos colectivos, sugestões de trabalho e diversas actividades que as escolas poderão desenvolver nos respectivos estabelecimentos.

A cada escola é atribuído um Kit composto por uma caixa de primeiros socorros, lanterna, megafone, rádios E/R, GPS, máquina fotográfica digital, capacetes, coletes reflectores e folhetos informativos. O objectivo é dotar as escolas de material diverso que será utilizado em actividades curriculares ou extra–curriculares inseridas nas actividades dos Clubes da Protecção Civil e motivar os jovens a desenvolvê-las, sedimentando uma cultura de segurança, utilizando alguns equipamentos similares aos usados pelos Agentes de Protecção Civil.

Dos 18 distritos do continente, grande parte já aderiu, estando o Clube a ser desenvolvido, neste momento, em diversas escolas de norte a sul do País.

O distrito de Beja é um dos que mais desenvolve o Clube da Protecção Civil. No concelho de Barrancos, por exemplo, os alunos fizeram trabalhos no âmbito da sensibilização dos encarregados de educação para a segurança da escola.

Um outro exemplo é o distrito de Coimbra, onde foram criados 13 Clubes da Protecção Civil para os quais foram estabelecidos protocolos entre o Governo Civil de Coimbra, CDOS de Coimbra, DR EC, Escolas e Câmaras Municipais da área de influência das mesmas. Assim, foram criados CPC nas EB2,3 de Mira, Tábua, Miranda do Corvo, Penela, Condeixa, Góis, Pampilhosa da Serra, Lousã, Soure, bem como nas Escolas Secundárias de Condeixa, Cristina Torres – Figueira da Foz, Lousã e na EB1 da Lousã. Esta iniciativa, que o Governo Civil de Coimbra manifesta intenção de alargar, insere-se no âmbito do trabalho já desenvolvido junto das escolas pelo CDOS de Coimbra desde 2003 e que tem resultado na paulatina sensibilização das crianças e dos jovens para as questões da segurança, culminando com a organização da gestão da emergência, veiculada pela existência, na quase totalidade das escolas do Distrito, de Planos de Prevenção e de Emergência e na realização de exercícios de evacuação e simulacros.

O distrito de Vila Real tem neste momento 22 Clubes implantados nas escolas dos concelhos de Montalegre, Boticas, Vila Real, Valpaços, Mondim de Basto, Chaves, Sª Marta de Penaguião, Vila Pouca de Aguiar, Peso da Régua e Mesão Frio.

No distrito de Setúbal, o Clube da Protecção Civil da Escola de Alcochete tem tido a participação do responsável do SM PC, João Marques, e no ano lectivo passado, entre outras actividades, esteve presente em acções de carácter público organizadas por este Serviço.

Clube da Protecção Civil

As escolas que quiserem

aderir ao Clube poderão

consultar o site da ANPC

e descarregar todo o

material necessário.

Distrito do Porto

O distrito do Porto conta já com 202 Clubes da Protec-ção Civil, implantados em 12 concelhos.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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D E S T A Q U E

Número 23, Fevereiro de 2010

P. 6 . P R O C I V

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Indonésia, há 5 anos…

O Sismo do Oceano Índico de 2004 ocorreu a 26 de Dezembro daquele ano, por volta das oito da manhã na hora local da região do seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N latitude e 95,779°O longitude. O abalo teve magnitude sísmica estimada em 9,0 tendo sido o sismo mais violento registado desde 1960 e um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras. O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia. O número de vítimas ascendeu aos 220.000.

Na altura, o Ministério da Saúde, através da Direcção-Geral da Saúde, em colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, promove duas Missões Internacionais de saúde pública de emergência à Ilha de Sumatra.

Nessa primeira missão, que partiu no início de Janeiro de 2005, seguiram um médio infecciologista, uma médica internista, um médico de saúde pública,

um médico cirurgião, uma enfermeira de saúde comunitária, uma enfermeira intensivista, um chefe de logística, um logístico e um intérprete.

Para além desta equipa, foi enviada ainda uma carga de 42 toneladas constituída por medicamentos (Soros; Antibióticos; Antidiarreicos; Anti-Infla-matórios; Solutos desinfectantes), um Hospital de campanha com 6 módulos (admissão, triagem, observação, cirurgia, cuidados intensivos e internamento) e respectivo equipamento e material e equipamento logístico da equipa.

A segunda equipa governamental portuguesa de saúde pública de emergência partiu para Banda Aceh, na Indonésia, no final de Janeiro para prosseguir o auxílio às vítimas, substituindo a primeira equipa.

Esta segunda missão foi composta por 15 elementos - cinco médicos, quatro enfermeiros, dois psicólogos e quatro logísticos - e estava mais preparada para tratar doenças crónicas e do foro psicológico.

O trabalho organizou-se em duas vertentes: atendimento hospitalar da população e deslocações aos campos de refugiados para avaliação da situação epidemiológica.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1.

Hospital da Missão

Internacional

Portuguesa1.

2.

Destruição na Ilha

de Sumatra2. 3.

3.

Sismo e Tsunami no Sudoeste Asiático

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D E S T A Q U E

Sistema de Alerta Pre-

coce para Tsunamis

no Atlântico Nordeste

e Mediterrâneo

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4.

P R O C I V . P.7Número 23, Fevereiro de 2010

Após os trágicos acontecimentos associados ao sismo de Sumatra em 2004, foi amplamente discutida a importância de serem estabelecidos sistemas de alerta precoce para o risco de tsunami. A U N ESCO reconheceu a necessidade de implementar um sistema de alerta precoce para tsunamis no Atlântico e Mediterrâneo.

Deste modo, em 2005 foi criado o Grupo de Coordenação Intergovernamental (ICG) para o estabelecimento de um Sistema de Alerta Precoce de Tsunamis para o Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e mares conexos (N EA MT WS), cujo processo de implementação se encontra actualmente em curso.

Em 2007, durante a Presidência Portuguesa da União Europeia, este tema foi mesmo uma das prioridades na área da protecção civil.

De acordo com o plano de acção do N EA MT WS, o sistema será instalado em duas fases. Na fase inicial será assegurada a monitorização e alerta de tsunamis causados por sismos de grande dimensão, garantindo avisos em tempo útil para pontos costeiros situados a mais de 30 minutos da chegada das primeiras ondas do tsunami. Na fase final, o sistema terá capacidade para garantir avisos em menos de 10 minutos após a geração do tsunami. Não tendo o ICG verbas próprias, este sistema de alerta terá necessariamente de assentar nas infra-estruturas de cada país, com as respectivas redes sismográficas e as estações maregráficas.

Adicionalmente terá de ser implementada a componente de previsão numérica de tsunamis e dos seus impactos, através do estabelecimento de Centros Regionais e Nacionais de Alerta, que terão como função processar e analisar os dados sismológicos para avaliação preliminar do sismo, calcular o tempo de chegada do tsunami a diferentes pontos da costa e transmitir a informação para o sistema de Protecção Civil.

Ao nível nacional foi estabelecido o Grupo de Trabalho sobre Investigação e Monitorização de Tsunamis (GT /I M AT), presidido pelo Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intersectorial (CP–COI ), que tem como missão definir a estruturação e operacionalização do futuro Sistema Nacional de Alerta de Tsunamis, para integração no sistema do N EA MT WS. Este sistema de alerta irá incluir 3 componentes principais, nomeadamente detecção sísmica, detecção/análise de ocorrência de tsunamis e a emissão de alerta e aviso.

O Instituto de Meteorologia, sendo a entidade que gere a rede sísmica nacional, deverá assumir as atribuições de Centro Nacional de Alerta de Tsunamis, competindo-lhe a emissão de mensagens para a Autoridade Nacional de Protecção Civil, que deverão conter informação sobre o tempo estimado para chegada do tsunami e sua amplitude máxima, para que se proceda ao aviso célere à população.

4.

Sistema de Alerta Precoce para Tsunamis no Atlântico Nordeste e Mediterrâneo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

NEAMTWS

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I N T E R N A C I O N A L

P. 8 . P R O C I VNúmero 23, Fevereiro de 2010

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1.

União Europeia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Projecto SER M

No âmbito do projecto Support for Evacuation, Reception and Movement (SER M), os países europeus poderão passar a ter normas operacionais comuns para evacuação e repatriamento dos seus cidadãos, a residir ou em viagem em países terceiros.

O projecto visa ainda agilizar os procedi-mentos para o acolhimento das equipas de ajuda humanitária em caso de catástrofe.

Este é o resultado de uma iniciativa conjunta da Alemanha e da Suécia que surge na sequência do tsunami no sudoeste asiático, em 2004, em resultado do qual os muitos cidadãos europeus, que necessitaram de ser repatriados, se depararam com uma grande descoordenação entre os serviços consulares, equipas de protecção civil e apoio humanitário. A A N PC integra o comité de gestão deste projecto que beneficia do apoio financeiro da Comissão Europeia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Primeira reunião do

Comité de Gestão do

Projecto SER M1.

Projecto PA X

O Projecto PA X, co–financiado pela União Europeia, é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (A PAV) que envolve a Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, a Autoridade Nacional de Protecção Civil, bem como a European Network for Victims of Terrorism /Associação 11M – Espanha, a Victim Support de Malta e a Victim Support da Escócia.

O pressuposto que está na base deste projecto é o de que podem haver vítimas portuguesas em atentados terroristas noutros países, isto não descurando a possibilidade de Portugal poder também ser alvo desta potencial ameaça, apesar de até à data não haver historial de ataques terroristas no nosso país. A acção deste grupo é, sobretudo, ao nível da prevenção e pretende-se que as potenciais vítimas, se sobreviverem, e os seus familiares, tenham um apoio mais especializado.

O projecto pressupõe ainda visitas técnicas aos países e entidades directamente envolvidas em gestão de emergência relacionada com o terrorismo. A passagem por Portugal será realizada no próximo dia 3 de Fevereiro e prevê uma visita técnica aos parceiros portugueses envolvidos no projecto.

A iniciativa tem a duração de dois anos, 2008–2010, e vai encerrar com um seminário internacional sobre terrorismo em Lisboa.

Presidência espanhola da União Europeia

A Espanha assumiu, a 1 de Janeiro, a Presidência rotativa da União Europeia, no primeiro semestre de 2010. Durante este período, caberá à Espanha a presidência do Grupo de Trabalho de Protecção Civil do Conselho da U E (PROCI V).

Ao longo destes seis meses, as prioridades gerais da presidência espanhola no domínio da protecção civil assentam, entre outras, na proximidade entre a U E e os cidadãos em todos os sectores sociais implicados, através de iniciativas de comunicação e participação das pessoas para a consolidação de uma União mais segura.

A par do acompanhamento das situações de emergência que originam a intervenção da U E no quadro do Mecanismo Comunitário de Protecção Civil, as prioridades da presidência espanhola em matéria de Protecção Civil são a aposta na prevenção na área dos incêndios florestais e o apoio psico–social a vítimas de grandes catástrofes. Outros assuntos importantes estarão em cima da mesa no próximo semestre, tais como o seminário “Intervenção psico–social em emergências e catástrofes”, o workshop “ Peritos na área do apoio psico–social”, o seminário sobre “Planos de emergência externos no âmbito da Directiva SEVESO”, a 23.ª reunião das Autoridades Competentes – Directiva SEVESO II, a reunião de Directores–Gerais de Protecção Civil e finalmente o Exercício N R BQ - simulacro PR ES–EU 2010.

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I N T E R N A C I O N A L

P R O C I V . P.9Número 23, Fevereiro de 2010

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César Fonseca,

Comandante

Operacional Distrital de

Viseu

União Europeia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Sistemas partilhados de apoio à decisão

A quantidade e qualidade de informação é um factor crítico ao qual a Europa tem dado extrema importância. Reconhecendo esse facto, diversas redes de informação e comunicação têm vindo a ser criadas e utilizadas pelos serviços competentes da Comissão Europeia, pelos Estados-Membros e pelos peritos envolvidos em missões de assistência internacional.

Estas redes podem assumir um carácter táctico e estratégico e variam quanto à sua complexidade e propósitos. Embora nem todas sejam específicas do domínio da Protecção Civil, são no entanto ferramentas de grande utilidade para esta comunidade profissional.

Estamos a falar do CECIS, do M IC Portal, do BICH AT, do ECU R IE (European Community Urgent Radiological Information Exchange), do EFFIS, do MeteoAlarm e do Global Monitoring for Environment and Security (GM ES).

O CECIS é um sistema que possibilita uma melhor gestão e partilha da informação. Funciona como uma plataforma de notificações e comunicações entre os serviços responsáveis pela Protecção Civil em cada país participante no Mecanismo e os serviços competentes da Comissão. Todos os pedidos de assistência internacional solicitados ao M IC são difundidos aos Estados que participam no Mecanismo através do CECIS.

O MIC Portal destina-se aos gestores de emergência, de acesso restrito, que visa a troca de informação na área da gestão de emergência.

Na área das ameaças e ataques químicos e biológicos existe o BICH AT, um sistema de troca de informação que tem como objectivo dotar os Estados–Membros de um mecanismo de rápida partilha de informação, consulta e coordenação dos aspectos de saúde relacionados com possíveis ou efectivas ameaças e ataques químicos e biológicos.

O sistema ECU R IE é um programa da Direcção–Geral da Energia e dos Transportes da Comissão Europeia, que tem por objectivo assegurar a troca rápida de informação em caso de iminência ou ocorrência de um acidente nuclear/emergência radiológica com reflexos sobre qualquer um dos países aderentes (países da União Europeia e a Suíça).

Estabelecido pelo Centro de Investigação Conjunto (J RC) e pela Comissão Europeia, o EFFIS é um sistema que tem como finalidade apoiar os serviços dos Estados–Membros responsáveis da protecção da floresta contra incêndios. Visa também

dotar as outras instituições europeias com informação relevante sobre incêndios florestais na Europa.

O MeteoAlarm é um sistema desenvolvido e gerido pelo EUM ET N ET, uma rede europeia de agências meteorológicas. O seu propósito é o de dotar os serviços competentes de Protecção Civil (e não só) de informação fidedigna sobre previsão de ocorrência de condições meteorológicas adversas.

Por fim, o GM ES é um sistema com capacidade autónoma de monitorizar o ambiente e de facilitar o acesso a utilizadores. De grande valor estratégico e político para a Europa, permite a monitorização global dos oceanos, da vegetação e da atmosfera, o estudo da evolução do padrão de usos de solos.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cooperação com Moçambique

No quadro do projecto de cooperação técnico––policial entre a Direcção Geral da Administração Interna e o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, foi enviado equipamento de desencarceramento ao Serviço Nacional de Bombeiros de Moçambique.

Com vista a dotar os bombeiros de compe-tências técnicas para a utilização dos equipamentos enviados, 3 elementos da A N PC (1 Comandante e 2 elementos da FEB) deslocaram-se a Maputo no final do mês de Janeiro, para ministrar uma acção de formação por um período de 15 dias, dando assim continuidade à formação base de bombeiros que teve a duração de 3 meses e que ocorreu no final de 2009.

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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L E G I S L A Ç Ã O

Legislação

Glossário

www

Publicações

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P.1 0 . P R O C I VNúmero 23, Fevereiro de 2010

V EN TOO vento pode ser considerado como o ar em movimento. Resulta do deslocamento de massas de ar,

Autor id ade Nacion a l de P rotecção Civ i l . CA DER NO T ÉCN ICO PROCI V #9: Gui a para a Cara c te r i z a çã o d o Ri sco n o Âm b ito d a Ela b o ra çã o d e Pla n os d e Em e rgê n c i a d e P rotecçã o Civ ilEste Guia tem como objectivo fornecer uma visão genérica do processo de análise e caracterização do risco, destinando-se a dar apoio e a fornecer orientações no âmbito do Planeamento de Emergência. Este Caderno Técnico interessa especificamente às entidades responsáveis pela elaboração de planos de emergência de protecção civil e genericamente a todos os agentes de protecção civil e outras entidades que participam no processo de planeamento de emergência ou que têm responsabilidades na revisão e elaboração de Planos Municipais de Ordenamento do Território.

Centro Europeu do Voluntariado — http://www.cev.beO Centro Europeu do Voluntariado tem como objectivo ser a voz dos voluntários e das organizações de voluntariado na Europa. Através da sua página pretende dar a conhecer projectos importantes na área do voluntariado, destacando de entre estes a declaração de 2010 como o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social e o Ano Europeu do Voluntariado em 2011. É ainda possível, através desta página, pesquisar publicações editadas por este Centro, bem como aceder a relatórios e legislação sobre o estatuto legal do voluntariado nos diferentes países europeus.

Assistência Médica Internacional — http://www.ami.org.ptAtravés da página da Assistência Médica Internacional acede-se de imediato aos destaques mais importantes desta Organização Não Governamental (ONG). Por força do terramoto que atingiu o Haiti, está disponível neste espaço de destaques um diário das acções levadas a cabo pela equipa que partiu para aquele país, juntamente com elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica e da Protecção Civil.

Consulta em: www.prociv.pt/Legislacao/Pages/LegislacaoEstruturante.aspx

Despacho n.º 26395/2009, de 4 de DezembroAtribuição da medalha de mérito de Protecção e Socorro à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra

Despacho n.º 811/2010, de 13 de JaneiroAtribuição da medalha de mérito de Protecção e Socorro à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga.

derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado

por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo.

Portaria n.º 20/2010, de 11 de JaneiroPrimeira alteração à Portaria n.º 1450 /2008, de 16 de Dezembro, relativamente à colocação dos militares nos Centros de Meios Aéreos e nas Bases Permanentes de Helicópteros ocupadas pelos Pelotões de Intervenção, Protecção e Socorro.

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Q U E M É Q U E M

P R O C I V . P.11Número 23, Fevereiro de 2010

A A M I é uma Organização Não Governamental (ONG) portuguesa, privada, independente e sem fins lucrativos. Fundada em 1984 pelo médico cirurgião urologista Fernando Nobre, a A M I assumiu--se como uma organização humanitária inovadora em Portugal, destinada a intervir rapidamente em situações de crise e emergência e a combater o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza, a exclusão social e as sequelas de guerra em qualquer parte do Mundo.

Com o Homem no centro de todas as suas preocupações, a A M I criou doze equipamentos sociais em Portugal e já actuou em dezenas de países de todo o Mundo, para onde enviou toneladas de ajuda (medicamentos e equipamento médico, alimentos, roupas, viaturas, geradores, etc.) e centenas de voluntários.

A Primeira Missão de Desenvolvimento da A M I decorre em 1987 na Guiné-Bissau. Um ano depois esta ONG está a enviar o primeiro mailing de angariação de fundos em Portugal e a ser reconhecida como Instituição de Utilidade Pública. Desenvolve, entretanto, novas Missões em Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Em 1989 parte para a sua primeira Missão de Emergência em São Tomé e Príncipe. Um ano depois

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistência Médica Internacional

http://www.ami.org.pt

estreia-se num cenário de guerra na Jordânia. Desde então a sua presença pelo mundo tem sido uma constante.

Em 2009 desenvolve missões de emergência no Bangladesh, Filipinas, Indonésia, Cabo Verde (combate ao surto de dengue) e Zimbabué.

A sua missão mais recente é a que está a decorrer no Haiti, para onde enviou (integrados na Missão da Protecção Civil) 5 elementos, para além de medicamentos, equipamento médico e logístico.

Em Portugal a A M I tem cinco delegações: Açores –- Ilha Terceira e São Miguel - Coimbra, Madeira e Porto. No estrangeiro a A M I tem uma delegação na Austrália.

O objectivo das delegações, dependentes da sede da A M I, é “chegar” mais rapidamente aos pontos estrategicamente importantes para o desenvolvimento do trabalho da Fundação, ao nível local.

A A M I possui ainda Núcleos em 25 cidades. Um Núcleo da A M I é uma forma organizativa que, actuando localmente e de um modo estruturado, permite e promove a prossecução dos objectivos da A M I.

Na sequência do recente sismo no Haiti, 3 elementos da A M I e equipamento humanitário viajaram para aquele território, juntamente com a Força Conjunta de Protecção Civil.

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Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Director – Arnaldo Cruz Redacção e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo Design – Barbara Alves Impressão – Europress Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646– 9542 Impresso em papel 100% reciclado R E NOVA PR I N T E .

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Colectiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

A G E N D A

P.12 . P R O C I V

25 – 26 FEVEREIRO

REUNIÃO PROJECTO «FIRE

PARADOX»

Terá lugar em Friburgo, na Alemanha a

reunião do Projecto «Fire Paradox» sobre

uso do fogo na gestão dos combustíveis.

A ANP C irá marcar presença nesta

reunião, na qual serão apresentados

os resultados do projecto, através do

Comando Nacional de Operações de

Socorro.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

B O L E T I M M E N S A L D A A U T O R I D A D E N A C I O N A L D E P R O T E C Ç Ã O C I V I L

Número 23, Fevereiro de 2010

2 – 4 DE FEVEREIRO

REUNIÃO DO PROJECTO SERM

A ANP C participa na 2.ª reunião

do comité de gestão do projecto,

a decorrer em Ljubliana, Eslovénia, para

definição das linhas orientadoras do

projecto.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

FEVEREIRO

APRESENTAÇÃO DAS DON 1 E 2

Apresentação das Directivas

Operacionais Nacionais 1 e 2, sobre

o Dispositivo Integrado de Operações

de Protecção e Socorro e o Dispositivo

Especial de Combate a Incêndios

Florestais, respectivamente.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

10 DE FEVEREIRO

REUNIÃO DA COMISSÃO

NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

A sede da ANP C acolhe esta reunião, na

qual serão ainda assinados protocolos

com as Ordens dos Arquitectos e

dos Engenheiros e com a Associação

Nacional dos Engenheiros Técnicos.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 DE FEVEREIRO

REUNIÃO DO PROJECTO PAX

Os elementos que pertencem ao

Projecto PA X reunir-se-ão na sede da

ANPC, em Carnaxide, no âmbito da

visita técnica programada para Portugal.

Também a GNR, a PSP e a APAV irão

receber visitas técnicas nesta mesma

data.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1 DE MARÇO

DIA DA PROTECÇÃO CIVIL

O tema deste ano para o Dia da

Protecção Civil é «Medicina de

Catástrofe» e a Autoridade Nacional

de Protecção Civil irá, à semelhança

de anos anteriores, comemorar esta

efeméride, aproveitando a ocasião

para tornar pública a homenagem ao

Dispositivo Especial de Combate aos

Incêndios Florestais de 2009.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8–9 DE FEVEREIRO

SEMINÁRIO «APOIO PSICO –

–SOCIAL A VÍTIMAS DE

CATÁSTROFES»

Esta iniciativa terá lugar em Madrid,

organizada pela Presidência Espanhola

do Conselho da União Europeia,

conjuntamente com a Comissão

Europeia. A ANP C estará representada

neste encontro por dois elementos.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

10 DE FEVEREIRO

REUNIÃO DO GRUPO DE

TRABALHO PROCIV

Esta reunião, que decorrerá em

Bruxelas, é organizada no âmbito

da Presidência Espanhola do

Conselho da União Europeia.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .