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à frente do nosso tempo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 1/14 Instituto de Meteorologia, I. P. Rua C – Aeroporto de Lisboa Tel.: (351) 21 844 7000 e-mail: [email protected] 1749-077 Lisboa – Portugal Fax: (351) 21 840 2370 URL: http://www.meteo.pt Nº1, Janeiro 2011 CONTEÚDOS IM,I.P. 01 Resumo 02 Descrição Meteorológica 02 Descrição Agrometeorológica 08 Informação agrometeorológica especifica 10 Previsão Mensal 11 Anexos Figura 1 - fonte: http://georural2010.blogspot.com/ RESUMO Boletim Meteorológico para a Agricultura Janeiro 2011 Produzido por Instituto de Meteorologia, I.P. Também disponível em www.meteo.pt Durante o mês de Janeiro de 2011, a 1ª década foi a mais chuvosa e a mais quente, enquanto que a 2ª e 3ª décadas foram menos chuvosas e a 3ª década foi a mais fria, com ocorrência de valores de temperatura mínima muito baixos, tendo mesmo ocorrido uma onda de frio em Castelo Branco. Os solos continuam praticamente saturados em grande parte do Continente, já que os teores de água armazenada no solo no final do mês, expressos em percentagem da capacidade de água utilizável pelas plantas, eram superiores a 95% em quase todo o território. O número de horas de frio, acumuladas entre Outubro e Janeiro (temperaturas inferiores a 7.2ºC) para a cultura da Pêra Rocha na região Oeste de Portugal Continental, já atingiu as 550h em alguns concelhos: Porto de Mós, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Caldas da Rainha, Rio Maior, Santarém, Cadaval e Sobral de Monte Agraço. Quanto à temperatura acumulada para a vinha, entre 01 e 31 de Janeiro de 2011 em Portugal Continental, verifica-se que os menores valores, inferiores a 6ºC, ocorrem em parte do Minho, Trás-os-Montes e Beiras e os maiores valores, próximos ou superiores a 300ºC, ocorrem sobre- tudo no Litoral das regiões de Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve. Boletim Meteorológico para a Agricultura ISSN 2182-0597 Publicação Mensal DIRECTOR: Dr. Adérito Vicente Serrão

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Nº1, Janeiro 2011

CONTEÚDOS

IM,I.P.

01 Resumo 02 Descrição Meteorológica 02 Descrição Agrometeorológica 08 Informação

agrometeorológica especifica 10 Previsão Mensal 11 Anexos

Figura 1 - fonte: http://georural2010.blogspot.com/

RESUMO

Boletim Meteorológico para a Agricultura Janeiro 2011 Produzido por Instituto de Meteorologia, I.P. Também disponível em www.meteo.pt

Durante o mês de Janeiro de 2011, a 1ª década foi a mais chuvosa e a mais quente, enquanto que a 2ª e 3ª décadas foram menos chuvosas e a 3ª década foi a mais fria, com ocorrência de valores de temperatura mínima muito baixos, tendo mesmo ocorrido uma onda de frio em Castelo Branco. Os solos continuam praticamente saturados em grande parte do Continente, já que os teores de água armazenada no solo no final do mês, expressos em percentagem da capacidade de água utilizável pelas plantas, eram superiores a 95% em quase todo o território. O número de horas de frio, acumuladas entre Outubro e Janeiro (temperaturas inferiores a 7.2ºC) para a cultura da Pêra Rocha na região Oeste de Portugal Continental, já atingiu as 550h em alguns concelhos: Porto de Mós, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Caldas da Rainha, Rio Maior, Santarém, Cadaval e Sobral de Monte Agraço. Quanto à temperatura acumulada para a vinha, entre 01 e 31 de Janeiro de 2011 em Portugal Continental, verifica-se que os menores valores, inferiores a 6ºC, ocorrem em parte do Minho, Trás-os-Montes e Beiras e os maiores valores, próximos ou superiores a 300ºC, ocorrem sobre-tudo no Litoral das regiões de Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve.

Boletim Meteorológico para a Agricultura

ISSN 2182-0597Publicação Mensal

DIRECTOR: Dr. Adérito Vicente Serrão

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1. Descrição Meteorológica 1ª Década, 01-10 de Janeiro de 2011 A situação meteorológica no Continente foi determinada por anticiclones ou cristas anticiclónicas até parte do dia 3 e, posteriormente por uma corrente perturbada de este com a sucessiva aproximação e passagem de ondulações frontais, por vezes de actividade moderada ou forte. De 1 a 3, ocorreram neblinas ou nevoeiros durante a noite e manhã, que nos dias 2 e 3 persistiram em alguns locais durante o dia. Ocorreu precipitação em todo o período, excepto no dia 2, mais intensa e frequente nas regiões Norte e Centro, e que foi acompanhada de trovoada nos dias 6, 7 e 8. O vento foi fraco, tornando-se do quadrante sul a partir do dia 4, soprando por vezes forte, em especial no dia 8. 2ª Década, 11-20 de Janeiro de 2011 A situação meteorológica no Continente foi determinada por anticiclones ou cristas anticiclónicas, interrompida pela passagem de superfícies frontais pelo norte da Península Ibérica nos dias 12, 16, 17 e 18, que originaram a ocorrência de precipitação nestes dias, em especial no litoral, sendo forte no Minho e Douro Litoral no dia 17. Foi um período caracterizado pela persistência durante o dia de neblinas ou nevoeiros, em particular entre os dias 12 e 17, e por vezes associados às bacias hidrográficas dos principais rios. No dia 20, registou-se uma pequena descida da temperatura mínima com condições para a formação de geada. 3ª Década, 21-31 de Janeiro de 2011 A situação meteorológica no Continente foi determinada por anticiclones ou cristas anticiclónicas de 21 a 26 e novamente nos dias 30 e 31. No período entre 23 e 30, uma depressão que se centrou inicialmente na Madeira e que se deslocou para nordeste condicionou também o estado do tempo, com ocorrência de aguaceiros na região sul, estendendo-se ao restante território a partir de 27. Entre 27 e 29, os aguaceiros foram sob a forma de neve em alguns locais das regiões Norte e Centro, e acompanhados de trovoada no dia 28. Nesta década predominou o céu pouco nublado nas regiões Norte e Centro, excepto entre os dias 27 e 30, e em geral muito nublado na região sul, excepto nos dias 21 e 31. O vento soprou essencialmente do quadrante leste, sendo por vezes forte nas terras altas entre os dias 21 e 23. A temperatura do ar, em especial a mínima, registou uma descida nos dias 22 e 30 e houve condições para a formação de geada, em particular de 21 a 26 e no dia 31.

2. Descrição Agrometeorológica

1.1 Temperatura

Os valores da temperatura média no Continente foram mais altos na 1ª década do mês e mais baixos na 3ª década, tendo variado, na 1ª década entre 6.2 ºC em Montalegre e 14.3 ºC em Faro, na 2ª década entre 6.0 ºC em Montalegre e 13.4 ºC em Faro, e na 3ª década entre 0.5 ºC na Guarda e 10.8 ºC em Faro. Em relação ao valor médio 1971-2000 os valores foram superiores ao normal na 1ª e 2ª década e inferiores na 3ª década. Os desvios em relação aos valores normais (1971-

Descrição dos elementos climáticos e agrometeorológicos

década

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2000) variaram na 1ª década entre +0.5 ºC em Anadia e +4.5 ºC em Mirandela, na 2ª década entre +0.7 ºC em Lisboa/I.G. e +3.9 ºC em Mirandela e na 3ª década entre -1.3 ºC em Alcácer do Sal e -3.8 ºC na Guarda (Figura 2).

Figura 2 Distribuição espacial da temperatura média do ar na 1ª, 2ª e 3ª década de Janeiro de 2011 (em cima) e

respectivos desvios em relação à média 1971-2000 (em baixo)

1ªd. 2ªd. 3ªd.

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1.2 Temperaturas acumuladas1

No Quadro I apresentam-se os valores da temperatura acumulada no final de Janeiro 2011, para algumas estações meteorológicas do Continente, considerando a temperatura base de 0ºC desde Setembro e de 6ºC desde Janeiro. O mesmo quadro contém também informação sobre o número de dias de atraso ou avanço potencial mensal das culturas para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10ºC.

Quadro I Temperaturas acumuladas (graus-dia) no mês, desde Setembro-2010 e desde Janeiro-2011, para diferentes temperaturas base, e respectivo número de dias

de atraso ou avanço potencial mensal das culturas

Estações

Temperaturas acumuladas no mês de Janeiro T acumuladas desde

T0ºC Nº dias avanço atraso

T4ºC Nº dias avanço atraso

T6ºC Nº dias avanço atraso

T10ºC Nº dias avanço atraso

Setembro Tb=0ºC

Janeiro Tb=6ºC

Bragança 158 5.0 58 55.0 26 1 - 1421 26

Vila Real 207 4.8 92 15.3 50 4 - 1610 50

Porto/P.R. 332 3.6 208 6.1 146 9.5 50 - 2070 146

Viseu/C.C. 214 0.0 98 0.0 55 0.0 2 - 1651 55

Coimbra/C. 308 1.1 184 1.9 123 2.9 36 - 2051 123

Castelo Branco 238 -0.9 115 -1.8 65 -3.8 10 - 1946 65

Portalegre 261 -0.1 137 -0.3 85 -0.5 12 - 1962 85

Lisboa/I.G. 363 1.2 239 1.8 177 2.5 64 10.0 2334 177

Évora/C.C. 285 -0.3 151 -0.6 87 -0.9 20 - 2069 87

Beja 310 1.3 186 2.2 125 3.4 29 - 2176 125

Faro 391 2.4 267 3.7 205 4.9 85 16.6 2534 205

1.3 Precipitação Os valores mais elevados da quantidade de precipitação registaram-se na 1ª década do mês de Janeiro e estiveram acima da normal 1971-2000; na 2ª década os valores foram inferiores ao normal em quase todo o território e na 3ª década também foram inferiores, excepto nalguns locais, do litoral Centro e no litoral do baixo Alentejo e Algarve (Figura 3). Assim, a quantidade de precipitação variou na 1ª década entre 14.2 mm em Faro e 242.8 mm em Cabril, na 2ª década entre 0.1 mm em Coruche e 77.1 mm em Viana do Castelo e na 3ª década entre 0.0 mm em Viana do Castelo e Braga e 124.8 mm em Sagres.

1 Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a

temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula.

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Figura 3 Precipitação total na 1ª, 2ª e 3ª década de Janeiro (em cima) e respectiva percentagem em relação à média 1971-2000 (em baixo).

Em relação à precipitação acumulada desde o início do ano agrícola (01 de Setembro de 2010) até 31 de Janeiro de 2011, os valores foram superiores aos normais (1971-2000) excepto nalguns locais do interior, e variaram entre 224 mm em Reguengos e 1156 mm em Cabril. A percentagem da quantidade de precipitação, acumulada desde o início do ano agrícola, em relação à normal variou entre 77% em Reguengos e 197% em Sagres (Figura 4).

1ªd. 2ªd. 3ªd.

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Figura 4 - Precipitação acumulada desde 1 de Setembro 2010 (esq.) e percentagem em relação à média 71-2000 (dir.)

1.4 Evapotranspiração de referência2 Na figura 5 apresenta-se a distribuição decendial dos valores da evapotranspiração de referência (Penman-Monteith) em Janeiro de 2011, estimada por análises do modelo numérico Aladin, e segundo o método da FAO. Verifica-se que na 1ª e 2ª décadas os valores foram baixos, entre 2 e 6 mm, e na 3ª década registaram-se valores mais altos, em particular nas regiões do litoral Centro, onde se estimam da ordem de 15 a 30 mm.

1.5 Água no solo Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, em 31 de Janeiro eram superiores a 90% em todo o território, excepto no interior do Baixo Alentejo e na zona de Coruche onde foi inferior. Os valores estão próximos do valor normal para a época (Figura 6).

2 Este produto está em fase de testes

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Figura 5 – Evapotranspiração de referência na 1ª, 2ª e 3ª década de Janeiro 2011

Figura 6 - Percentagem de água no solo na 1ª, 2ª e 3ª década de Janeiro 2011

1ªd. 2ªd. 3ªd.

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3. Informação agrometeorológica específica

2.1 Número de horas de frio para a cultura da Pêra Rocha na Região Oeste3

Na Figura 7 apresenta-se o número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumuladas entre 01 de Outubro de 2010 e 31 de Janeiro de 2011, para a cultura da Pêra Rocha na região Oeste de Portugal Continental, estimados a partir de análises do modelo numérico Aladin. Verifica-se que em alguns concelhos já se atingiram as 550 horas de frio: Porto de Mós e Batalha, em todo o concelho, e em grande parte dos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Caldas da Rainha, Rio Maior, Santarém, Cadaval e Sobral de Monte Agraço. No Quadro II apresentam-se os maiores valores médios do número de horas de frio, estimado para os concelhos em análise, assim como os respectivos valores máximo e mínimo e na sede de concelho. Figura 7 Número de horas de frio acumulado entre 01 Outubro de 2010 e 31 Janeiro de 2011 para a cultura da pêra rocha na região Oeste de Portugal Continental (análises do modelo Aladin).

Quadro II Número de horas de frio entre 01 Outubro de 2010 e 31 Janeiro de 2011

(análises do modelo numérico Aladin)

Estações Média do Concelho

Máximo no Concelho

Mínimo no Concelho

Sede de Concelho

Porto de Mós 790 892 600 729

Batalha 748 893 601 621

Leiria 599 838 431 590

Rio maior 597 781 532 616

Alcobaça 584 796 387 559

Santarém 573 827 453 487

Cadaval 543 590 447 502

Sobral M. Agraço 526 570 444 535

3 Região-piloto para implementação de novos produtos agrometeorológicos específicos.

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2.2 Temperaturas acumuladas para a cultura da Vinha Considera-se para a vinha uma temperatura base para o abrolhamento de 3.5ºC, a qual corresponde à temperatura base das castas de referência para Portugal Continental, Fernão Pires e Castelão, da colecção ampelográfica nacional, localizada na Estação Vitivinícola Nacional em Dois Portos. Por questões logísticas, a 31 de Março considera-se o abrolhamento concluído. A partir de 1 de Abril a temperatura base (Tb) a utilizar será a comum de 10ºC. Na Figura 8 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 e 31 de Janeiro de 2011 para Portugal Continental e no Quadro III apresentam-se os valores da temperatura acumulada desde 1 de Janeiro, estimados a partir de análises do modelo numérico Aladin. Verifica-se que os menores valores, inferiores a 6 ºC, ocorrem em parte das regiões do Minho, Trás-os-Montes e Beiras e os maiores valores, próximos ou superiores a 300 ºC, ocorrem sobretudo no Litoral das regiões de Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve.

Figura 8 Temperaturas acumuladas entre 01 e 31 de Janeiro de 2011 para uma temperatura base de 3.5ºC,

estimadas a partir de análises do modelo numérico Aladin

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Quadro III Temperaturas acumuladas entre 01 e 31 de Janeiro de 2011 para a temperatura base de 3.5ºC, na vinha (estimadas pelas análises do modelo numérico Aladin)

Regiões Vitivinícolas

T acumuladas (ºC) desde 01 de Janeiro 2011 Tb = 3.5ºC

Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito

Península Setúbal 225 188 316 Setúbal - 233

Algarve 223 154 357 Faro – 271

Lisboa 206 138 325 Lisboa - 260 Leiria – 194

Tejo 192 135 274 Santarém - 215

Alentejo 186 100 298 Portalegre - 136 Évora - 167 Beja - 193

Minho 140 0 237 Viana do Castelo - 206

Braga - 174

Beiras 125 0 251

Viseu - 124 Aveiro - 217 Guarda - 40 Coimbra - 197

Castelo Branco - 145

Douro e Porto 94 33 136 Porto – 199* Vila Real – 97 Pinhão – 123

Trás-os-Montes 53 0 130 Bragança - 56 * Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto

Previsão Mensal para o Território do Continente (Data de referência para a previsão: 17/02/2011)

Período de 21/02/2011 a 20/03/2011

Na precipitação total semanal prevêem-se valores abaixo do normal na semana de 21/02 a 27/02, para as regiões Centro e Sul, e nas semanas de 28/02 a 06/03 e de 14/03 a 20/03, para todo o território. Na semana de 07/03 a 13/03 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo. Na temperatura média semanal prevêem-se valores acima do normal, para todo o território, na semana de 21/02 a 27/02. Nas semanas de 28/02 a 06/03, de 07/03 a 13/03 e de 14/03 a 20/03 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo.

Previsão Mensal

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A1 - Carta da radiação solar global mensal (Janeiro 2011)

A2 - Valores de alguns elementos meteorológicos em Janeiro de 2011 Na tabela A1 apresentam-se os valores decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura

máxima (Tmax) e humidade relativa (HR) a 1.5 m, da precipitação (Prec) e do vento (V) a 10 m.

A3 - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em Janeiro de 2011

Na tabela A2 apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva) e do solo a 5

cm (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0) e da água no solo.

ANEXOS

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A1 - Carta da radiação solar global mensal em Janeiro de 2011

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A2 - Valores de alguns elementos meteorológicos em Janeiro de 2011 por década (1ª, 2ª e 3ª)

Quadro A1

Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 8.3 8.8 1.1 13.5 14.4 13.2 156.4 77.1 0 95.1 93.6 76.7 9.8 6.6 7.4 Bragança 3.7 3.2 -2.9 10.5 9.4 7.8 89.1 16.5 2.8 98.2 97.0 84.9 8.0 3.7 6.4 Vila Real 5.7 5.9 -0.6 11.6 10.6 8.3 100.8 33.2 2.6 98.1 97.4 79.8 6.4 3.5 7.3 Braga 8.9 8.6 1.2 14.6 15.2 14.4 178.0 23.0 0 85.4 - 71.1 8.7 3.7 7.5 Porto/P.R 10.0 9.8 3.3 14.2 15.3 13.8 105.1 24.8 0.5 72.0 84.1 62.4 8.7 - 13.6 Viseu 7.0 5.9 0.0 10.3 11.7 7.9 141.6 31.7 3.4 - 92.3 74.5 12.2 9.2 19.6 Aveiro 10.4 9.5 4.3 15.3 16.3 13.0 70.0 42.6 54.4 86.5 85.0 - 10.4 5.9 9.8 Guarda 5.1 2.9 -3.1 8.1 6.8 3.7 17.4 - 3.6 - - 82.0 13.8 8.6 14.6 Coimbra 9.5 8.0 2.5 14.3 14.9 11.2 63.0 18.2 9.3 91.9 91.5 72.4 11.3 7.8 8.7 C. Branco 7.1 4.9 0.3 12.9 11.6 9.7 70.4 9.3 7.4 95.8 97.1 73.4 9.8 5.9 12.6 Alcobaça 9.0 5.3 3.2 16.7 16.5 13.6 54.5 16.4 34.8 91.3 97.0 63.4 5.1 2.3 6.3 Portalegre 7.6 7.5 2.2 11.4 13.6 9.0 106.1 14.4 8.7 95.0 85.8 66.2 9.8 6.1 13.2 Santarém/F.B 9.5 7.3 3.7 14.9 14.1 12.1 66.5 3.6 15.5 95.3 95.5 66.9 9.6 5.0 9.1 Lisboa/I.G. 11.2 9.2 6.2 16.3 14.6 13.1 71.2 8.7 24.0 93.8 95.5 72.2 13.0 7.6 17.0 Setúbal 9.3 5.8 3.9 15.9 14.6 13.3 61.5 4.5 28.6 88.8 84.4 82.8 5.5 2.9 6.0 Évora 8.1 5.0 2.2 14.9 14.2 11.3 42.9 5.0 9.7 96.8 98.0 79.0 12.2 6.8 17.4 Beja 9.0 6.2 3.5 15.1 15.1 11.5 21.7 2.5 16.4 92.3 95.9 80.8 13.1 7.2 13.7 Faro 11.2 9.3 7.7 16.9 17.2 13.8 14.2 2.2 24.7 87.3 81.6 73.4 11.6 7.9 22.5

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A3 - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em Janeiro de 2011 por década (1ª, 2ª e 3ª)

Quadro A2

Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 7.6 7.7 -1.7 10.1 9.7 2.8 4.26 5.11 8.31 100.0 100.0 98.0 Bragança 3.1 2.8 -3.9 5.8 5.9 0.5 4.50 4.17 7.17 100.0 99.6 98.3 Vila Real 5.0 4.5 -3.3 7.7 7.6 1.7 5.21 4.63 8.01 100.0 99.6 97.9 Braga 6.7 6.7 -3.8 9.8 - 4.6 4.70 5.09 14.64 100.0 99.0 92.1 Porto/P.R 9.7 8.2 -1.7 - - - 5.27 5.57 18.77 100.0 98.0 89.3 Viseu 5.9 3.8 -1.6 - 7.5 2.6 4.67 4.67 12.11 100.0 99.0 92.9 Aveiro 9.1 7.8 2.5 11.9 11.1 4.6 5.75 5.23 16.81 99.7 99.6 96.7 Guarda 4.0 1.9 -3.8 - - 0.7 3.89 4.62 6.72 100.0 97.6 95.5 Coimbra 8.6 6.1 0.0 11.3 10.2 5.9 6.43 5.74 15.17 99.5 98.8 98.9 C. Branco 6.4 4.2 -0.8 7.7 6.1 1.3 4.66 4.99 13.00 99.8 99.2 96.3 Alcobaça 7.3 3.9 -0.1 10.7 8.6 5.0 5.98 4.86 16.62 100.0 99.3 99.6 Portalegre 7.3 6.0 1.7 8.4 6.6 2.4 3.61 5.18 14.97 99.7 96.3 93.6 Santarém/F.B 8.0 6.7 1.8 11.8 11.3 7.7 5.05 4.49 19.63 99.8 97.6 99.2 Lisboa/I.G. 10.5 8.1 4.2 13.1 11.5 7.6 6.52 5.46 18.87 99.6 97.3 98.6 Setúbal 8.4 5.1 2.4 11.7 9.0 5.2 7.49 4.62 15.54 - 97.7 99.0 Évora 6.1 3.3 -0.1 11.0 9.3 6.1 4.81 4.24 14.51 99.8 97.9 95.3 Beja 7.5 4.8 2.9 11.3 10.0 8.7 5.27 4.55 10.60 99.7 97.7 99.2 Faro 11.5 9.8 8.4 14.2 13.2 11.6 8.87 7.94 14.54 99.4 93.8 97.6