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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA N.º 8 DEZEMBRO/2006 Director: Manuel Ribeiro Mendes — [email protected] SÚPLICA DE NATAL Um solene e santo hino, neste dia triunfal: “Dá ao Mundo, Deus-Menino, um feliz e bom Natal!” Partamos, sem demora, a ver o Salvador, nascido mesmo agora e vindo por amor! Depressa, pastorinhos, correi para Belém, com prendas e carinhos, p’ra dar ao filho e Mãe! Não tardam os reis Magos que vêm ofertar presentes e afagos, num gesto singular! Em coros, à porfia, os anjos, lá no Céu, exultam de alegria p’lo Rei que já nasceu! Que o Mundo, grato, cante um hino jovial: “A todos, terno Infante concede bom Natal!” Outono de 2005 José Fernandes da Silva “A vida só tem sen- tido se for vivida para o outro, atento ao outro e desejoso de construir uma sociedade mais jus- ta e melhor”. A ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA DESEJA A TODOS OS ASSO- CIADOS, SEUS FAMILIARES E AMIGOS, SANTO NATAL E FELIZ 2007! ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA CONVOCATÓRIA Nos termos estatutários, convocam-se todos os associados para a Assembleia Geral a realizar no próximo dia 27 de Dezembro, pelas 20,00 horas, na sede da Associação, com a seguinte Ordem de Trabalho: 1. Informações 2. Relatório das actividades realizadas em 2006. 3. Aprovação do Relatório de Contas de 2005. 4. Aprovação do Plano de Actividades para 2007 Sobreposta, 11 de Dezembro de 2007 O Presidente da Assembleia Geral (P. José Ribeiro Mendes) NOTA: Se à hora indicada não estiver presente o número de associados exigido para a reunião da Assembleia Geral (metade dos associados mais um), a Assembleia iniciar-se- á, em segunda convocatória e nos termos da legislação aplicável, meia hora depois, com qualquer número de asso- ciados. ROTUNDA EM ROTUNDA EM ROTUNDA EM ROTUNDA EM SOBREPOSTA SOBREPOSTA SOBREPOSTA SOBREPOSTA Estão concluídas as obras da rotunda, no lugar das Placas, em Sobreposta. Com este melhoramento todos esperamos que os acidentes acabem de vez naquele local. Não será certamente por falta de sinalização que os aciden- tes continuarão já que esta é abundante e correcta. Cabe a cada um saber respeitar as suas indicações. Estamos confiantes que aquele espaço, em tempo oportu- no, será convenientemente ajardinado, tornando a nossa freguesia ainda mais bela. 2.º ANIVERSÁRIO da Associação Social e Cultural de Sobre- posta 1 - A Associação Social e Cul- tural de Sobreposta completará o segundo ano de vida no pró- ximo dia 27 do corrente mês. Dia de Aniversário é sempre tempo propício para recordar o passado, reflectir sobre o pre- sente e projectar o futuro, pro- curando construí-lo em bases sólidas. Na minha perspectiva, olhando para trás, direi que valeu a pena; que se fizeram coisas muito interessantes; que cres- cemos lentamente, mas cresce- mos. Julgo que as largas deze- nas de associados não se terão arrependido de se filiarem nesta associação que não pro- cura mais que unir as pessoas, informá-las sobre o que se passa neste pequenino mas arejado canteiro minhoto e contribuir para o desenvolvi- mento social e cultural das populações. Quanto ao presente, também me parece haver motivos para estarmos satisfeitos. Estamos quase nos 200 associados, uma marca muito interessante e talvez impensável para alguns. Desenvolvemos actividades diversas de que temos dado conhecimento no nossa bole- tim. Temos uma Direcção interessada e empenhada que não regateia trabalho para bem da Associação. Quanto ao futuro, é hábito dizer-se que “a Deus pertence” e é verdade. Todavia ele dependerá do trabalho e do interesse de cada um de nós. Continua na página 7

BOLETIM N. 8 - DEZEMBRO-2006 · tes continuarão já que esta é abundante e correcta. Cabe a cada um saber respeitar as suas indicações. ... é olhar o outro e acolhe-lo como irmão;

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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA

N.º 8 — DEZEMBRO/2006

Director: Manuel Ribeiro Mendes — [email protected]

SÚPLICA DE NATAL

Um solene e santo hino, neste dia triunfal:

“Dá ao Mundo, Deus-Menino, um feliz e bom Natal!”

Partamos, sem demora, a ver o Salvador,

nascido mesmo agora e vindo por amor!

Depressa, pastorinhos, correi para Belém,

com prendas e carinhos, p’ra dar ao filho e Mãe!

Não tardam os reis Magos

que vêm ofertar presentes e afagos, num gesto singular!

Em coros, à porfia, os anjos, lá no Céu, exultam de alegria

p’lo Rei que já nasceu!

Que o Mundo, grato, cante um hino jovial:

“A todos, terno Infante concede bom Natal!”

Outono de 2005

José Fernandes da Silva

“A vida só tem sen-tido se for vivida para o outro, atento ao outro e desejoso de construir uma sociedade mais jus-ta e melhor”.

A ASSOCIAÇÃO SOCIAL E

CULTURAL DE SOBREPOSTA DESEJA A TODOS OS ASSO-

CIADOS, SEUS FAMILIARES E AMIGOS,

SANTO NATAL E FELIZ 2007!

ASSEMBLEIA GERAL DA

ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA

CONVOCATÓRIA

Nos termos estatutários, convocam-se todos os associados para a Assembleia Geral a realizar no próximo dia 27 de Dezembro, pelas 20,00 horas, na sede da Associação, com a seguinte Ordem de Trabalho:

1. Informações 2. Relatório das actividades realizadas em 2006. 3. Aprovação do Relatório de Contas de 2005. 4. Aprovação do Plano de Actividades para 2007

Sobreposta, 11 de Dezembro de 2007 O Presidente da Assembleia Geral

(P. José Ribeiro Mendes) NOTA: Se à hora indicada não estiver presente o número de associados exigido para a reunião da Assembleia Geral (metade dos associados mais um), a Assembleia iniciar-se-á, em segunda convocatória e nos termos da legislação aplicável, meia hora depois, com qualquer número de asso-ciados.

ROTUNDA EM ROTUNDA EM ROTUNDA EM ROTUNDA EM

SOBREPOSTASOBREPOSTASOBREPOSTASOBREPOSTA

Estão concluídas as obras da rotunda, no lugar das Placas, em Sobreposta. Com este melhoramento todos esperamos que os acidentes acabem de vez naquele local. Não será certamente por falta de sinalização que os aciden-tes continuarão já que esta é abundante e correcta. Cabe a cada um saber respeitar as suas indicações. Estamos confiantes que aquele espaço, em tempo oportu-no, será convenientemente ajardinado, tornando a nossa freguesia ainda mais bela.

2.º ANIVERSÁRIO da Associação Social e Cultural de Sobre-

posta 1 - A Associação Social e Cul-tural de Sobreposta completará o segundo ano de vida no pró-ximo dia 27 do corrente mês. Dia de Aniversário é sempre tempo propício para recordar o passado, reflectir sobre o pre-sente e projectar o futuro, pro-curando construí-lo em bases sólidas. Na minha perspectiva, olhando para trás, direi que valeu a pena; que se fizeram coisas muito interessantes; que cres-cemos lentamente, mas cresce-mos. Julgo que as largas deze-nas de associados não se terão arrependido de se filiarem nesta associação que não pro-cura mais que unir as pessoas, informá-las sobre o que se passa neste pequenino mas arejado canteiro minhoto e contribuir para o desenvolvi-mento social e cultural das populações. Quanto ao presente, também me parece haver motivos para estarmos satisfeitos. Estamos quase nos 200 associados, uma marca muito interessante e talvez impensável para alguns. Desenvolvemos actividades diversas de que temos dado conhecimento no nossa bole-tim. Temos uma Direcção interessada e empenhada que não regateia trabalho para bem da Associação. Quanto ao futuro, é hábito dizer-se que “a Deus pertence” e é verdade. Todavia ele dependerá do trabalho e do interesse de cada um de nós.

Continua na página 7

e foi obediente até à morte, e morte de cruz”! Assim obtém a remissão dos pecados a quantos nele acredi-tam e vivem da sua palavra e do seu exemplo. Amar é olhar o outro e acolhe-lo como irmão; abrir-se às suas alegrias e tristezas, às suas necessidades. Foi isto que faltou ao rico do Evangelho. Ao contrário, Deus olha o homem, vê o seu pecado e num gesto de amor solidário vem até ele, em Jesus Cristo e dá-lhe a mão oferecendo-se por ele para lhe comunicar o bem mais precioso, que é a Sua própria vida, fazen-do-o filho de Deus e herdeiro da vida eterna, congre-gando-o na unidade do povo de Deus, a Igreja. Assim nos ensina como combater o pecado de Adão, o orgulho, e de caminhar pela via da humildade do ser-vo de Iavé. Importante, todavia, é que nos levante-mos quando caímos e não fujamos de Deus como Adão e Eva no paraíso. Aqui jogam a meu ver dois factores indispensáveis:

1. O Espírito do Senhor que Deus, através de Cris-to ressuscitado, derramou e constantemente derrama sobre a Igreja. Ele ilumina e fortalece aquele que na fé e no amor o acolhe e a Ele se abre seguindo as suas moções. O Espírito Santo é força de Deus que, muitas vezes, esbarra na barreira da liberdade huma-na. A liberdade, esse dom inaudito de Deus ao homem! Tão grande que o homem devia prostrar-se diante d’Ele em adoração, reconhecido pela grandeza do dom. Mas prostrado também, porque diante de Deus e dos seus dons, se descobre pequeno, limitado, pecador, se bem que irresistivelmente fascinado e atraído pelo seu Criador. Por outro lado, quantas vezes, cego pela vaidade e pelo poder, abusa do dom da liberdade e desafia aquele que é o Criador e Senhor do universo? Então, por respeito ao homem, Deus como que desaparece de cena e o deixa agir. Pois bem, a Igreja é composta por este homem e terei de dizer que os pecados da Igreja são precisamente os pecados do homem, mesmo que baptizado.

2. A Palavra de um Deus, aprendi na catequese, que não pode enganar-se nem enganar-nos, é a pala-vra da verdade. Foi, é, e há-de ser com essa palavra que nos devemos confrontar. Ela está aí como um espelho diante do qual temos constantemente de rever a nossa vida. Palavra que nos julga e condena, palavra que fere e nos mostra pecadores, mas palavra que nos mostra os caminhos a percorrer que são caminhos de salvação. Palavra que é afinal o próprio Jesus Cristo, o Verbo de Deus feito Homem. Que o nosso coração esteja disponível para acolher o dom de Deus que é Ele próprio.

Bom Natal.

P. Zé do Muro

Somos uma Igreja manchada à procura da Santidade

II Parte

No número anterior do nosso boletim, sob o título -”Somos uma Igreja manchada à procura da Santidade” - dizia que a Igreja fez uma caminhada de séculos para redescobrir o caminho que dia a dia vai aprofundando, com convicção e empenho para voltar à unidade do Povo de Deus. É evidente que a unidade absoluta será impossível na terra. Todavia, a todos, clero e leigos, enquanto Povo de Deus, é pedida humildade e com-preensão, se quisermos, a conversão, mas também o empenho para construir uma Igreja unida na caridade, embora na diversidade, que seja imagem do próprio Deus Uno e Trino. Este é o desejo que se depreende, a meu ver, das palavras de Jesus no discurso da Última Ceia: “Não te rogo só por eles, mas também por aque-les que vão crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam uma coisa só, assim como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles sejam um em nós, afim de que o mundo creia que tu me envias-te” (Jo. 17. 20, 21).

Certamente que Jesus não só pedia ao Pai pelos apósto-los, mas também pelos discípulos, mostrando assim a responsabilidade comum na edificação da Igreja. Mais, pede por todos aqueles que hão-de acreditar, indepen-dentemente de serem clérigos ou leigos, na sua pala-vra. Isto pressupõe que todos, segundo a vocação de cada um, deverão estar igualmente empenhados no anúncio do Evangelho. A razão deste anúncio é a de que todos sejam uma coisa só como Jesus o é com o Pai a fim de que todos acreditem em Jesus como envia-do do Pai.

Como foi então possível, tão grande divisão na Igreja de Deus? Responderei muito simplesmente com uma palavra: o pecado. O pecado é sempre um acto de egoísmo ou seja, de orgulho e vaidade; fechado em si mesmo, o homem coloca-se como “centro”, julga-se senhor, no desejo insensato de que todos lhe devem prestar vassalagem sob pena de serem considerados rivais e inimigos. Perde a noção de que todos os homens são criaturas iguais em direitos e dignidade e de que no centro está Deus Criador, o único, diante do qual nos prostramos em adoração. D. António Ferreira Gomes dizia isto de outro modo: “de joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens”. O rico do Evangelho não se dava conta de Lázaro. Em contra partida, “Jesus Cristo sendo de condição divina, não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se

Memórias do Natal Há quarenta anos atrás, ou talvez menos, nos nove dias anteriores ao dia de Natal fazia-se a “novena do menino”. Então, um grupo de rapa-zes corria, manhã cedo, ainda de noite, toda a freguesia, tocando as caixas e o bombo para acordar as pessoas e convidá-las para a missa da novena. Esta tradição visava a preparação espiritual para o Natal. Depois, no dia 24, realizava-se, como hoje, a Ceia de Natal ou Con-soada. Nas casas onde havia “criados”, estes eram dispensados para irem para suas casas e levavam consigo um cesto, preparado pelos patrões, com batatas, bacalhau, cou-ves e outros alimentos que a terra produzisse. Claro que só as casas dos lavradores tinham “criados”. A ceia consistia em bacalhau cozido com batatas e couves, regado, neste dia, com azeite à descrição. A doça-ria é essencialmente constituída por duas especialidades: os formigos (pão de trigo desfeito e cozido em água com mel e açúcar) e a aletria (cozida apenas em água com açú-car). Formigos e aletria eram colo-cados em pratos e polvilhados com canela. Para os mais novos, sobretudo, a noite era longa e terminava com a chamada “missa do galo” que, há muitos anos, deixou de se celebrar na nossa terra. No dia 25, no fim da missa festiva, o celebrante convidava os fiéis a beijar o menino ao som de cânticos apropriados e, em geral, alegres. Além desses cânticos alusivos à quadra natalícia e que se cantavam na igreja, havia outros de carácter mais popular como este que nos foi recordado pela D. Teresa Fernan-des: Correndo vai José Correndo vai Maria Tanto de noite como de dia Quando chegaram a Belém Toda a gente dormia. S. José foi pôr o lume O que por Jesus não faria? Quando S. José chegou A Virgem estava parida. Tão “pobrinha” que se viu Que nem paninhos tinha Deitou as mãos à cabeça Rasgou o véu em três pedaços Todo o menino cobria. Subiu um anjo para o céu Cantando a Ave-Maria.

Teresa Fernandes (Recolha de Isabel Pires)

O Rogério aparentava umas vinte e cinco primaveras quando, nos anos trinta, apareceu na aldeia, vindo não se sabe de onde e fugido não se imagina de quê. Pelo sotaque, diziam uns, que era transmontano, asseverando outros, tra-tar-se de um alentejano ou algarvio. A verdade é que foi bem aceite na comu-nidade, tendo-se integrado perfeitamente nela. Ao fundo da aldeia, num lugar quase desabitado, fixou residência num pequeno e velho coberto, onde, outrora, um lavrador pensa-va e guardava uma junta de bois, sempre que ia estender milho, centeio ou feijão, para secarem na extensa laje de pedra, ao lado do rio, gasta pelo tempo e pelas águas na época das enchen-tes. Trabalhava a jornal, pelas casas abasta-das da terra e das redondezas e, a fazer de cama, para repousar o corpo extenuado, ao fim de cada dia de árduo labutar, tinha um minúsculo rectân-gulo, ladeado por quatro tábuas toscas, recheado com feno e colmo de centeio, com um pedaço de flanela a servir de lençol e três coçadas mantas, já rotas e sem idade... Era muito respeitador, sendo pago na mesma moeda. Ora, nesta forma de viver, decorreram três dúzias de anos. Sexagenário, o derradeiro lustre tinha sido cumulado de doenças, fome, privações e muita solidão. Sentia-se muito enfraquecido, pois havia dias em que não ingeria quaisquer alimentos e nesse 24 de Dezembro, chegada a noite, futura-va que o estômago ficaria vazio, já que a possi-bilidade de uma ceia natalícia não passava de um sonho vão... A uns duzentos metros, num casebre tér-reo, orçando mais de oitenta anos de idade, vivia a seLaurinda, uma pobre e simpática viúva. Casara cedo e foi mãe de uma menina, que a Morte, sempre inclemente, levou, quando estava quase a festejar o primeiro aniversário. O marido nem conhecera a filha, pois, tendo emi-grado clandestinamente para França, não sobre-viveu às asperezas e privações da jornada. Diversas vezes, do pouco que tinha, par-tilhava com o vizinho enfermo. E, naquela noite de consoada, uma vez mais, apenas a generosa velhinha não esqueceu a situação de Rogério. Ela havia recebido, de famílias caridosas, uma abada de batatas, uns olhos de couve, uma caneca de vinho e, do sempre atento merceeiro, uns rabinhos de bacalhau. Confeccionou as preciosas dádivas, pre-parou uma farta travessa, encheu uma garrafinha de vinho, pegou na candeia e partiu para o humilde cubículo. Chegada, de mansinho, colou o ouvido às frin-chas da porta, que só estava encostada,

chamou, com doçura e baixinho, entran-do e a dizer: "Então, seu preguiçoso, nem te lembras que hoje é dia de consoada? Vamos a largar essa palha, enquanto acendo o lume!" Num cantinho do coberto, sobre um pedregulho, que servia de lareira, colocou um pouco de caruma e meia dúzia de canhotas. Com o pavio da can-deia pegou fogo à caruma, brilhando uma ténue chama, que se propagou às canho-tas. Daí a instantes, uma suave labareda iluminava o reduzido espaço e principia-va a aquecê-lo. Rogério afastou as mantas e, a custo, levantou-se. Instalou-se num rolo de sobreiro, que fazia de banco, colocou a travessa sobre os joelhos, retirou um farrapo limpinho que cobria os alimentos e contemplou o inesperado manjar, como que caído das mãos de Deus! Batatas e couves! Um molho feito da água do cozido e com uns olhinhos de azeite! E cheirava e sabia a bacalhau! Ainda incrédulo e enternecido, com um apetite repentino, iniciou a sua ceia de Natal. Comeu tudo. Bebeu tudo. E estava satisfeito e agradecido. "Que bem me soube, seLaurinda! Que o Senhor lhe pague, a cubra de bên-çãos e sempre a regale, como, sem eu contar, me regalou nesta noite de consoa-da!" A benfeitora regressou ao seu lar, levan-do, no canto de um olho, uma lágrima fraternal, vertida por amor e alegria. Ele permaneceu, meditativo, longo tempo, sorvendo o reconfortante calor dos tições a sumirem-se... Já noite dentro, com lentidão, pôs-se em pé e caminhou para a enxerga. Deitou-se, de costas, levantando o olhar para os caibros húmidos, carcomidos e defumados. Duas grossas gotas lacrimais deslizaram-lhe pelas magras faces. E, de súbito, através das telhas opacas, vislum-brou o céu aberto, exibindo um formidá-vel e lindíssimo presépio, cercado por legiões de corpos celestes, a entoar ini-gualáveis cântccos de júbilo, saudando e bendizendo o pequenino Rei, que se fazia Homem para redimir o Mundo... Ao longe, no campanário da igre-ja, devagar, começaram a soar as doze badaladas da meia-noite. Extasiado, ins-tintivamente, ergueu as mãos em prece e adormeceu no derradeiro sono…

Outono de 2006 José Fernandes da Silva

CONSOADA FELIZCONSOADA FELIZCONSOADA FELIZCONSOADA FELIZ

NOTÍCIAS DA ASSOCIAÇÃO…

NOVOS SÓCIOS

179—Lurdes Novais Batista Silva Sobreposta 180—Cidália Maria Araújo Alves Sobreposta 181— Albertina Maria Novais Costa Sobreposta 182—Marta Sofia Costa Teixeira Sobreposta 183—Maria Cecília Teixeira Rodrigues Sobreposta 184—Joaquim Vieira de Macedo Sobreposta 185—Manuel Gomes Colomiers 186—José Manuel Azevedo Antunes Stª Leocádia 187—Mónica Rafaela Silva Rodrigues Sobreposta 188—Manuel da Silva Ferreira Sobreposta 189—Maria Helena Fernandes Lopes Sobreposta 190—Ana Maria Antunes Pinheiro Sobreposta 191—Maria Conceição Vieira Antunes Sobreposta 192—Maria Assunção Silva Marques Oliveira Sobreposta 193—João Carlos Vieira Rodrigues Sobreposta 194—Maria de Lurdes Stª. Leocádia Nota: No boletim n.º 7 informámos que o associado n.º 170 é Paulo Jorge Marques Oliveira. Na verdade não é Paulo mas sim Pedro Jorge Marques Oliveira. Ao associado apresentamos as nossas desculpas.

SORTEIO

A Direcção da Associação continua a sortear entre os associa-dos, um almoço ou jantar para duas pessoas que será oferecido

pelo Restaurante CARREIRA DE TIRO, situado em Sandim - Sobreposta. A feliz contemplada foi, desta vez, a asso-ciada n.º 154 –

NATÁLIA CATARINA RODRIGUES DUARTE que deve-rá contactar a Direcção da Associação para proceder ao levan-tamento da credencial que lhe confere direito ao almoço ou jantar para duas pessoas. Parabéns e bom apetite.

As Tradições da Nossa Terra Costuma dizer-se que uma nação que não preza a sua

História não merece existir como Nação. Podemos dizer o mesmo de qualquer comunidade por mais pequena que ela seja: um povo que não preserva as suas tradições e não sabe ouvir os mais velhos, não se respeita a si própria e não guarda a sua identidade. É por isso, que a nossa Associação está vivamente empenhada em fazer uma recolha exaustiva de todas as tradições da nossa terra. Como? Ouvindo quem sabe. E quem mais sabe sobre as mais genuínas tradições da terra? Claro que são aqueles que nela habi-tam há mais tempo. Sim. As pessoas mais velhas são autênticas bibliotecas onde podemos ir aprender tantas coisas que nenhum livro registou. Hoje em dia a sociedade mostra pouco apreço pelos mais idosos, mas a verdade é que eles são uma fonte inesgotável de saber construído na universidade da vida.

Com os mais velhos da nossa terra, nós vamos aprender muitas histórias, lendas, contos, lenga-lengas, rezas, etc. que, de outro modo, iriam perder-se para sempre. Esta recolha está a ser feita com a ajuda da técnica que o Centro de Emprego de Braga disponibilizou à nossa Associação - a Sra. Dra. Isabel Pires. Para esta senhora o nosso muito obrigado por este trabalho, bem como pelo acompanhamento que diariamente faz aos jovens que fre-quentam a nossa sede para navegar na Internet ou para fazer os seus trabalhos escolares.

A Associação Social e Cultural de Sobreposta vem agra-decer publicamente a todos os que connosco têm colaborado para a construção deste trabalho, partilhando as suas experiências, ensinando-nos as formas de viver e recordando modos de vida há tanto tempo esquecidos. Homenageamos aqui as pessoas que a Dra Isabel Pires já escutou e aquelas que a seu tempo irão dar seu contributo na concretização deste trabalho. Assim,

1. Queremos dar uma palavra muito especial de agradeci-

mento à D. Teresa Fernandes (da Bouça), que apesar dos seus 86 anos possui uma memória clara e límpida. Graças a ela apren-demos os cantares das tecedeiras a caminho de Pevidém, os canta-res das desfolhadas, do S. João e dos Romeirinhos. Ouvimos os contos que as avós lhe ensinaram nos serões à lareira, as orações que se proferiam à noite antes de deitar e factos diversos que aconteceram na nossa freguesia.

2. Agradecemos também à D. Ludovina que embora doente não hesitou em nos relembrar as Carreadas, os Casamen-tos, a Lista de S. Martinho, o modo de tratar o linho, as desfolha-das. Ensinou-nos ainda cantigas e orações e o dia-a-dia de lavra-deira.

3. À D. Gracinda Oliveira (moleira) queremos agrade-cer a disponibilidade e simpatia com que nos recebeu nos antigos moinhos de Portuguediz, mostrando-nos como estes funcionavam, como era a vida de moleira e de tecedeira, sem esquecer as canti-gas que se cantavam a quem nos queria mal!

4. Ao Sr. José Marques (Sabiel) agradecemos a amabi-lidade e disponibilidade para nos mostrar e exemplificar como era a Capelinha de S. Tomé de Lageosa e como foi todo o processo de restauração e ainda o ofício de cesteiro.

5. Gostaríamos ainda de expressar o nosso agradecimen-to ao Sr. Alberto Novais pelo facto de se ter deslocado à Sede da Associação para connosco partilhar o dia-a-dia do ofício de Serra-dor, um ofício duro e perigoso que tantos homens exerceram na freguesia de Sobreposta.

6. O nosso agradecimento vai também para o Sr. Manuel Rodrigues (Lage) que lembrou o caso de um soldado destacado para participar na 1ª Guerra Mundial e que sobreviveu graças

ao crucifixo que trazia no bolso. Ainda hoje se celebra a festa do Bom Jesus Milagres como forma de agradecimento pelo facto de ter sobrevivido no confronto com os alemães.

7. Por fim, queremos expressar o nosso agradecimento muito especial ao Sr. Domingos Ribeiro da Silva e Sr. Alber-to Gomes da Silva (Monte), que desde o início mostraram todo o interesse e preocupação para recuperar o património oral em Sobreposta, os cantares, orações, modos de vida, factos e usos da terra. Também nos ensinaram como eram as pisadas, desfolhadas, o modo de tratar o linho e os Romeirinhos. O nosso trabalho vai continuar e pedimos a todas as pessoas que guardem memória de algo interessante (costume, cantiga, comida, reza, lenda ou conto, etc.) que venha ter con-nosco. O seu testemunho é imprescindível para a memória de todos nós. Não esqueça: Só merecemos ser povo se respeitamos a nossa história.

A todos o nosso muito obrigado! Isabel Pires e Direcção

ESCOLA DE SOBREPOSTA No ano lectivo 2005/2006 a Escola de Sobreposta é frequenta-da por um total de 79 alunos, assim distribuídos: 1º ano --- 22 alunos 2º ano --- 20 alunos 3º ano --- 19 alunos 4º ano ---- 20 alunos Leccionam estes alunos 4 professores. UMA DISTRACÇÃO … 1 – Depois das obras na escola primária, ficámos com a espe-rança de que também os caixotes do lixo e ecopontos coloca-

dos junto da mesma, fossem alvo da atenção dos responsáveis. Não será pedir muito que alguém com responsabilidade na matéria os coloque em local mais apropriado, deixando os pas-seios livres. Bastará movimentá-los escassos centímetros para o lado. Se assim for, adultos e crianças, que por ali transitam em ele-vado número, não terão necessidade de circularem pelo espaço próprio para viaturas e, por isso, mais perigoso. Devemos ser coerentes no acto educativo. Que adiantará dizer a uma criança que caminhe pelos passeios se os encontra obstruídos?

ESCOLA DE PEDRALVA MAGUSTO NA ESCOLA

No dia 10 de Novembro, a escola de Pedralva fez dois magustos, porque os de Gualtar não deixaram fazer só um magusto e depois não haver escola. Se fosse como as outras vezes, só no outro dia é que haveria escola. Desta vez os da pré-escola fizeram um teatro e canta-ram uma canção. No teatro

seis meninos fizeram de mar, um de caçador, três meninas de castanheiro, outros três de casta-nhas, seis de pescador, duas meninas de vento, uma de chuva e outra de sol. Depois fomos comer castanhas, de seguida brincar à fitinha azul. Quando a Ni e a Fátima chegaram fomos para a carrinha, excepto 12 que ficaram para a próxima vez. De tarde nós fizemos a lenda de S. Martinho, através de desenhos, realizamos também um pote com castanhas. A seguir fomos para o intervalo e comemos mais castanhas.

Maria José Matos Ferreira 4º ano

No dia 10 de Novembro, nós celebrámos o magusto. Nós, os alu-nos do 4º ano e os do 2º ano tivemos de manhã e de tarde. Mas foi muito divertido, porque de manhã assistimos a duas músicas e gestos da escolinha e também cantamos uma música para eles. Depois fomos comer castanhas. As castanhas não estavam muito boas, a maior parte delas eram podres. Estávamos muito contentes, porque era só brincadeira, mas é pena porque para o ano vou para Gualtar e não vai ser tão divertido, mas não faz mal, haverá greve dos autocarros e venho se calhar ao magusto. À tarde comemos outra vez castanhas e fomos brincar para apro-veitar um dia só de brincadeira. Eu gostei muito do magusto na escola.

Joana Catarina Costa Alves - 4º ano

NOTA: No corrente ano, frequentam a Escola de Pedralva 46 alunos assim distribuídos: No 1.º ano - 13 alunos No 2.º ano - 13 alunos No 3.º ano - 12 alunos No 4.º ano - 8 alunos Estes alunos encontram-se à responsabilidade de 3 professores.

Escolas EB1 de Espinho

Ano Lectivo 2006/07

Os 42 alunos do 1º ciclo do ensino básico da freguesia de Espi-nho estão repartidos por duas escolas: a escola da Costa e a escola do Salgueiral. A EB1 da Costa é frequentada por doze alunos, sendo 3 do 1.º ano, dois do segundo e sete do terceiro. Estes alunos integram a mesma turma da responsabilidade da professora Natércia. A EB1 do Salgueiral é frequentada por 30 alunos, distribuídos por duas turmas. Uma, da responsabilidade da professora Hermínia Ferreira, integra 11 alunos do 2.ª ano e 5 do 3.º ano. A segunda turma, da responsabilidade do professor Francisco Maia, é composta por 6 alunos do 1.º ano e 8 do 4.º ano.

FALECEU:

Em 14 de Julho último, faleceu em S. Cristóvão, concelho de Melgaço, Domingos Costa Oliveira. Havia nascido em Lageosa, em 13 de Julho de 1920, onde viveu a maior parte da sua vida e onde era conhecido por “Domingos do Inácio” Para ele pedimos o Eterno Descanso e a seus familiares apre-sentamos sentidas condolências.

Notícias da Junta de Freguesia Estão a decorrer, com grande entusiasmo das pessoas inscritas, sessões semanais para aprendizagem de viola, cavaquinho e concertina. Estão inscritos 22 alunos de diferentes níveis etários. A adesão da população a esta iniciativa demonstra bem que a nossa freguesia está no caminho do desenvolvimento cultural. As aulas têm lugar na Sede da Junta de Freguesia. De acordo com informação do Presidente da Junta, até meados de 2007, as redes de saneamento e de distribuição de água serão estendidas a toda a freguesia. Será desta vez que as fossas domésticas deixarão de contaminar os lençóis de água subterrânea e os criadores de gado abandonarão o costume de despejar e lavar as cisternas nas linhas de água ou ribeiros? A Junta de Freguesia, do seu orçamento de 2006, atribuiu uma verba de €250,00 à Associação Social e Cultural de Sobreposta a título de colaboração nos custos de ligação à Internet que, diariamente, é utilizada por muitos jovens estudantes

No passado dia 28 de Outubro sob os auspícios da Junta de Freguesia e com a colaboração da Câmara Municipal de Braga que cedeu um autocarro com motorista, realizou-se um passeio por terras do Alto Minho. Participaram nesta iniciativa cerca de quatro dezenas de cidadãos, a convite do executivo da Junta, e que se destacam nas actividades associativas ou na cooperação em trabalhos de interesse para a freguesia. O Presidente da Junta de Freguesia apresenta a todos os cidadãos e cidadãs de Sobreposta, os seus votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

50 ANOS DE CASADOS No boletim nº 6 , referenciamos as bodas de ouro matrimoniais do Senhor Manuel Gonçalves e Senhora D. Maria Conceição Freitas. Se lermos novamente no boletim nº 1, o artigo “Mães Cora-gem”, verificamos que a senhora Lucinda de Jesus Novais Antu-nes e marido senhor Abel da Costa, completarão 50 anos de casados no próximo dia 29 de Dezembro. Também a senhora Rosa Marques e senhor João Silva comple-taram este ano 50 anos de casados. Aos dois casais os nossos parabéns, com votos de muitas felici-dades para eles e seus familiares.

ESTRADA NACIONAL 309

Dissemos em Junho (Boletim n.º 6) que a Estrada Nacional 309, de Portuguediz até Briteiros se encontrava em mau estado e que o matagal ia tomando conta dela. Felizmente hoje podemos e devemos informar que essa parte da estrada foi

melhorada com novo piso, protecção lateral e nova sinalização. Registamos o facto com agrado. Por outro lado em J unho d e 2 005 (Boletim n.º 2) sugería-mos que a estrada fosse já alargada entre Espi-nho e a nova rotunda de Sobreposta. Verificámos já que muitos dos carvalhos que a ladeavam na zona da Lagoa, foram cortados. Talvez isso facilite o trânsito, particu-larmente o de autocarros. No entanto os passeios iniciados são “sintoma” de que ainda não vai ser desta que o piso será alarga-do, o que é pena. Naturalmente que os passeios são de extrema importância para a segurança das pessoas e devem ser feitos. Porém, talvez seja importante prever já a necessidade do alargamento da via de circulação automóvel.

Curso de Informática

Estão abertas inscrições para o Curso de Informática. O curso

terá a duração de 50 horas e realizar-se-á em 25 sessões de 2

horas cada e terá lugar na Sede da Associação. O conteúdo do

curso versará o desenvolvimento de competências ao nível do

Word, Excel e Internet. O curso será monitorizado por Paulo

Lamego, pessoa bem conhecida de muitos dos que, no ano lecti-

vo anterior, frequentaram o Centro de Apoio Escolar da Associa-

ção de que era o monitor.

Podem inscrever-se todas as pessoas interessadas, independente-

mente da idade. Terão prioridade, em caso de haver inscrições

em excesso, os associados ou seus cônjuges e filhos. Os custos,

meramente simbólicos, são os seguintes: Associados – € 50,00;

Não Associados – € 60,00.

Na Senhora da Peneda

SE PRETENDE RECEBER O BOLETIM INFORMATIVO

DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOS-

TA, INSCREVA-SE SÓCIO.

VIAGEM DO SANTO PADRE À TURQUIA

De 28 de Novembro a 1 de Dezembro Sua Santidade Bento XVI deslocou-se à Turquia, para se encontrar com outros chefes religiosos, imbuído do desejo de estreitar laços de amizade e de comunhão com as Igrejas aí exis-tentes. A Turquia é considerada a Ter-ra Santa da Igreja, onde a comunidade cristã tomou consciência da sua identi-dade e a consolidou, abrindo-se ao mundo e tornando-se verdadeiramente “católica”, ou seja universal. Foi assim um abraço fraterno de Pedro, represen-tado por Bento XVI e André seu irmão, representado pelo Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I. O Santo Padre aproveitou igualmente a oportu-nidade para se encontrar com chefes de outras Igrejas não esquecendo auto-ridades e chefes da comunidade Muçulmana. Uma viagem que se afi-gurava eriçada de muitas dificuldades e perigos, mas que felizmente, resultou em pleno.

Antes da partida, o Santo Padre pediu a oração dos fiéis, para que o Senhor aplanasse as dificuldades, que aos olhos dos homens se apresentavam quase intransponíveis, mas confiado no poder de Deus e certo de que traba-lhava para cumprir a vontade de Jesus, “Pai que todos sejam um”, partiu. Hoje parece que o mundo respira aliviado e que o sol da esperança ilumina e aque-ce os corações de toda a humanidade. Compreende-se, por isso, que o Santo Padre na sua audiência geral de quarta-feira, dia 6 de Dezembro, tenha pedido aos cristãos para se unirem a ele num hino de acção de graças a Deus pelo bom resultado da sua peregrinação.

P.Zé do Muro

FUTEBOL CLUBE DE SOBREPOSTA

O Futebol Clube de Sobreposta con-tinua a desenrolar a sua actividade des-portiva, com uma equipa jovem, determinada e com vontade de triun-far. Apesar dos resultados não serem o esperado, ninguém desanima perante as adversidades. É provável que num futuro próximo, com mais experiên-cia, a equipa demonstre todo o seu poten-cial. Entretanto, a Direcção e todos os elemen-tos que compõe a equipa agradecem aos patrocinadores, bem como ao público em geral, que em todos os jogos comparece para apoiar o Futebol Clube de Sobrepos-ta. Cabe a todos apoiar e aos menos habituais frequentadores do Campo da Muralha é lançado o desafio de também darem o seu contributo no apoio à equipa. Os elementos que integram este ano o Futebol Clube de Sobreposta, desejam a toda a população um Bom Natal e um ano de 2007 cheio de vitórias.

2.º ANIVERSÁRIO da Associação Social e Cul-

tural de Sobreposta

Continuação da página 1

Parece-me que não há que temer. Temos já uma base de associados interessados e cumpridores que nos garantem o futuro. A prova é que quase todos cumprem seu dever de pagar as quotas, sem que seja neces-sário bater-lhes à porta, antes reve-lando uma atitude responsável. Temos instalações, ainda que provi-sórias e que poderão ser melhoradas segundo as necessidades. Temos uma organização mínima que permi-te o funcionamento correcto da Associação. Em conclusão, temos motivos para algum contentamento e para, neste 2 . º . º aniversár io can tarmos “parabéns a você”. 2 - Vamos celebrar este aniversário com um trabalho importante: a reali-zação da Assembleia Geral cuja con-vocatória pode ser lida na primeira página deste boletim. Uma Assembleia Geral é sempre um momento importante na vida da associação porque é o momento para tomarmos conhecimento do que foi feito, do que se pretende fazer, das contas e de outros aspectos interes-santes da vida da associação. É, por isso, importante a participação dos associados. Sabemos que muitos não poderão estar presentes porque vivem longe. No entanto, bom seria que aqueles que vivem na nossa terra estivessem presentes. O apelo aqui fica. 3 - Estamos a viver a quadra natalí-cia. É sempre um momento especial a que muito poucos conseguirão passar indiferentes. É tempo da Família, é tempo de alegria, mas também é tempo de saudade, parti-cularmente para aqueles que vivem longe dos seus mais queridos. Por isso, a todos os Associados, seus familiares e amigos, a todos os leito-res, particularmente aos que vivem distantes das suas famílias e da sua terra, desejo um SANTO NATAL e FELIZ ANO NOVO.

Manuel Mendes

SANEAMENTO Continuação da página 8

voltemos a ver a água correr límpida e cristalina nos nossos regos e ribeiros, tal como acontecia noutros tempos, em vez das águas castanhas e cheias de espuma que hoje frequentemente observamos. Desconhecemos as causas destas situações mas é necessário que quem “manda” lhes ponha fim. O ambiente é um bem que devemos todos preservar. Voltando aos trabalhos do saneamento que estão a decorrer, causa-nos alguma incom-preensão que não se veja colocar já os ramais para a distribuição de água. As ruas seriam esburacadas apenas uma vez o que se traduziria em ganhos económicos e facilitaria a vida das pessoas. Ou será que o abastecimento de água não é para ser feito?

VIDA SAUDÁVEL

Quando os amigos se juntam fazem coisas interessantes. Sós, pouco ou nada conseguimos. Esta é, certamente, uma boa forma de se divertirem e cuidar do físico, entre duas pedaladas e dois dedos de conversa. Ou será antes uma boa forma de apoiar o Futebol Clube de Sobreposta?

SANEAMENTO

Há dias pudemos observar umas obras que estão a decorrer na Rua do Monte. É bom saber que tais obras estão relacionadas com a colocação de saneamento na nossa freguesia. Parece que

depois desta rua será a vez da Rua do Pedregal. Ao que julga-mos saber, também em Sobreposta já se iniciou este importan-tíssimo trabalho que trará para a nossa freguesia melhor quali-dade de vida. Com a entrada em funcionamento deste novo serviço talvez

Continua na página 7

Executa todo o tipo de Mobiliário e Car-

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Rua Alto do Pedregal 4715 – 546 Lageosa – Sobreposta

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MAGUSTO DA JUNTA DE FREGUESIA

A Junta de Freguesia, realizou no dia 5 de Novembro o segun-do magusto/convívio para todos os habitantes de Sobreposta. Com castanhas e vinho à fartura para todos os participantes, bem como dois porcos assados na brasa, servidos em sandes, o convívio prolongou-se por toda a tarde, inicio de noite. A animação esteve a cargo do grupo musical “Amigos de Sobreposta”, que com a sua boa disposição propor-cionou momentos de ale-gria e animação a todos os que se deslocaram ao recinto da Capela de S. Tomé. Durante o momento musi-cal foi realizado um sorteio para a ajuda ao Futebol Clube de Sobreposta. Estiveram presentes largas centenas de convivas de Sobreposta e das freguesias vizinhas.

“Os Amigos de Sobreposta”

O conjunto é composto por sete elementos e foi fundado há cerca de 15 anos. Parte dos ele-mentos que o constituem, já participavam num grupo fol-clórico. Essa foi a motivação para a constituição do grupo. Os elementos

que constituem o Grupo são os seguintes: • José Rodrigues (empresário da construção civil): toca con-certina e é o mandatário do grupo. • Jorge Rodrigues: tambor. • João Fernandes: pandeireta. • João Rato: ferrinhos. • António Rato: vocalista. • Duarte: viola baixo. • Delfina: viola. Durante o ano de 2006, a partir do mês de Junho e até ao mês de Setembro, “Os Amigos de Sobreposta” actuaram, quase todos os fins de semana, em festas de casamento, baptizados, convívios e outras festividades populares. As suas actuações têm lugar, quer no país – sobretudo na região do Douro e Trás-os-Montes – e no estrangeiro, tendo estado em Toulouse no mês de Junho. Em Setembro passado participaram numa vindi-ma no Douro. Com a sua arte, “Os Amigos de Sobreposta” levam o nome da nossa terra tão longe quanto podem e, por isso, merecem o apoio de todos nós e, sobretudo, das autoridades que nos repre-sentam.