SSSIIINNNAAASSSEEEFFFEEE Boletim SINASEFE Ano XV - Nº 499 – 04 de maio de 2012

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Editorial

SINASEFE CONVOCA 108ª PLENA NACIONAL

Em momento decisivo da CAMPANHA SALARIAL 2012 DOS SPF, onde o FÓRUM NACIONAL DAS ENTIDADES está enviando um ultimato ao governo para que o mesmo responda nossas reivindicações até o dia 30/05/2012, nosso Sindicato Nacional convoca a 108ª Plena.

Contamos com a participação maciça das nossas seções nesta Plena. Vale destacar, que é de suma importância que nas assembleias de base seja discutido o Calendário Nacional de preparação da GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO.

O FÓRUM protocolou a pauta de reivindicação no dia 15 de fevereiro, se é verdade que o governo recebeu o FORÚM para negociar, também é verdade que em nenhuma mesa o governo apresentou qualquer proposta de atendimento às nossas reivindicações.

No último encontro com o governo (24/05/12), este trouxe o calendário de negociações que tem com as entidades, incluindo o SINASEFE, para discutir as reivindicações especificas das categorias como forma de explicar que nada mais tinha para conversar com o FORÚM. A reação das entidades foi imediata, pois não aceitava o fim das negociações sem nenhuma contraproposta do governo.

Saímos da reunião frustrados e com o compromisso de construir uma resposta unitária dos SPF em todo Brasil. Com a ajuda do DIEESE, estamos preparando uma apresentação detalhada da nossa proposta ao governo buscando desmentir os cálculos feitos por eles do impacto real ao orçamento da União do reajuste linear de 22,08% aos SPF.

Com a obrigação de entregar a proposta de LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) ao Congresso Nacional para votar até o dia 31 de agosto, na última mesa de negociações os representantes do governo deixou claro que não tem compromisso com as negociações e anunciou que só apresentaria qualquer proposta no final de julho, prazo acertado com o Congresso Nacional para que os parlamentares tomem conhecimento da proposta do governo sobre os seus gastos em 2013. Deixando claro que neste momento o governo não tem compromisso de apresentar qualquer proposta de reajuste para os SPF’s.

O propósito do governo é mais uma vez congelar nossos salários, afinal o PL 549 é uma tentativa de regulamentar legalmente o congelamento dos nossos salários por 10 anos, nas contas deles com 0% pra 2013, falta apenas mais sete anos.

No ano passado tivemos uma experiência importante. Apesar da resposta bastante forte das nossas bases não fomos capazes de quebrar a intransigência do governo, apesar de fazermos a maior greve da nossa categoria sequer fomos recebidos pelo governo.

Uma grande lição tiramos desta luta, precisamos nos fortalecer ainda mais internamente e buscar uma unidade com outros setores do serviço público federal, por isso estamos participando ativamente do FORÚM NACIONAL DOS SPF, desde seu início e incentivamos e cobramos que nossa seções sindicais de todo o Brasil participe construa e fortaleça Fóruns de SPF’s em todos os estados.

Nossa PLENA será decisiva sobre os rumos tomaremos na Campanha Salarial 2012. Portanto, devemos discutir com toda responsabilidade que o tema exige nas nossas bases, junto aos delegados eleitos para nossa 108º plenas, tendo0 em vista que estes deverão trazer o mais apurado sentimento dos trabalhadores representados por sua seção.

Nossa mobilização pode ser acelerada com a nossa Campanha Nacional em defesa dos nossos direitos. Em GREVE, o processo de negociação com a reitoria pode ser muito melhor para os trabalhadores (as).

Temos uma enorme tarefa neste momento: CONVOCAR ASSEMBLÉIAS DE BASE, discutir amplamente o calendário unificado do FÓRUM NACIONAL DO SPF, eleger delegados para nossa 108º PLENA e definir nossos rumos de forma unitária e coesa.

Esperamos todos nesta nossa PLENA, pois como diz nosso cartaz: Quem espera, nunca alcança!

SINASEFE

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COM DUAS HORAS DE ATRASO, GOVERNO RECEBE FÓRUM DAS ENTIDADES DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

Com mais de duas horas de atraso, por parte dos representantes do Ministério do Planejamento foi realizada no dia 23 de abril, uma reunião do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF) e integrantes da Secretaria de Relações de Trabalho do MP. No início, o secretário Sérgio Mendonça, demonstrando total falta de respeito com as lideranças sindicais, comentou que não havia sentido ficar agendando reuniões, uma vez que todos os itens da pauta já tinham sido apresentados e discutidos e nenhum avanço foi registrado. “Essencialmente, as respostas que tinham que ser dadas, já foram dadas”.

Ele salientou que seria a 6ª reunião, e reafirmou que a longa agenda de conversas específicas está em curso, e que a bancada do governo pretende tratar as negociações de maneira específica, setorial. “Estamos sem capacidade de respostas as demandas do fórum das entidades, como: paridade, reajuste linear, PLS e outros. Reconheceu que o ritmo das reuniões não estão na velocidade adequada. O SINASEFE entende que a pauta geral apresentada não interfere nas negociações específicas. Indagou-se se a disposição do governo em negociar política salarial, com as entidades, reposição da inflação, data-base, diante de tamanho protelamento. A expectativa das entidades é concentrar-se em cima da pauta geral. Ficou evidente que há uma intenção do governo em esvaziar as negociações com os fóruns das entidades, desmanchando aquela mesa, aquela unidade. O governo tem que assumir suas responsabilidades sob as perdas que estão sendo impostas aos trabalhadores como, por exemplo, no PL2203, assim como a posição do governo sobre a insalubridade periculosidade e o Funpresp.

Dirigentes do SINASEFE consideram que é inaceitável a posição do governo em não realizar a reposição salarial e inflacionária. A mesa só tem sentido se for discutida a pauta geral. É dessa forma que o governo da “frente popular“ vai lidar com as entidades? Se for dessa forma, após duas horas de atraso sem nada de novo a ser apresentado (nenhuma resposta as demandas) pelo governo, fica claro o desrespeito e o compromisso do governo para com aquele fórum.

Por sua vez, a diretora adjunta da SRT, Marcela Tapajós insistiu em mostrar o calendário de reuniões com cada entidade, afirma ainda que a intenção não é esvaziar a mesa. Sérgio afirma que o governo não avançou nas discussões sobre índice, data-base e política salarial. “Não adianta reestruturar carreiras sem política salarial, a LDO aprovada recentemente apresenta a possibilidade de despesa com pessoal, benefícios e reestruturação de carreiras.”

Sem nenhum constrangimento, Sérgio Mendonça reafirma que “o tempo irá nos afastar”. E continuou argumentando que não há nenhuma previsão orçamentária do governo ainda para 2013 no tocante ao funcionalismo público, e que o governo dificilmente vai expandir o gasto com o pessoal tendo o PIB com parâmetro, de modo antagônico as entidades reafirmam que o índice deve ser o PIB.

As lideranças sindicais deixaram claro ainda que “não deixaremos este fórum ser desmontado pelo

governo. Todos os acordos firmados com o governo no ano anterior foram frustrantes para os servidores, é um claro desmonte do Estado? Retirar direitos de quem avançou para conseguir outros, será uma decisão que não será aceita pelas entidades”.

Em seguida, a Marcela faz uma apresentação das reivindicações salariais, demonstrando que as mesmas teriam um aporte de 66,7 bilhões de reais, para 1.115.085 servidores, como se fossem algo novo, todavia, todos já tinham conhecimento daquilo ali, sendo essa apresentação apenas algo protelatório e vazio por parte do governo. Onde ficou clara a intenção do governo em não alavancar as discussões.

Ao final da reunião, as entidades encaminharam reapresentar a proposta de reposição salarial e inflacionária ao governo, rediscutir com o mesmo e cobrar respostas concretas a essa pauta geral, deixando marcado o dia 02 de maio como reunião interna do fórum para discutir esse contexto.

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SINASEFE COBRA POSTURA DO GOVERNO SOBRE REESTRUTURAÇÃO DE CARREIRA DO MS E EBTT

Dirigentes do SINASEFE participaram de mais uma reunião no dia 25 de abril, com representantes dos Ministérios do Planejamento e da Educação, oportunidade em que priorizaram a continuidade das negociações que discutem ao GT da Reestruturação de Carreira do Magistério Superior e do EBTT. Participaram também do debate representantes do MPOG, MEC, PROIFES e ANDES-SN.

O SINASEFE logo de início manifestou a necessidade da instalação da mesa de negociação para carreira dos técnicos administrativos, tendo conseguido o agendamento de um GT para o dia 17/05.

Em seguida, no debate sobre a estrutura da carreira docente o SINASEFE posicionou-se a favor de uma carreira de 13 níveis, com entrada no primeiro nível e possibilidade de chegada ao topo da carreira para todos os docentes, independente da titulação. A progressão seria a cada 18 meses, perfazendo um total de 18 anos para atingir-se o topo. A remuneração seria baseada no regime de trabalho (20 h/40 h/ DE) e na titulação, mas com uma única linha no contracheque (a RT seria incorporada ao salário).

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O ANDES-SN defendeu proposta semelhante, mas com uma progressão a cada 24 meses, o que implica numa carreira de 24 anos. Contudo o PROIFES defendeu a manutenção das classes e apresentou uma mudança em relação a sua proposta inicial: 4 classes sem níveis, com 6 anos para a promoção de uma classe para outra. Desse modo a carreira duraria 18 anos com entrada na primeira classe e sem exigências de titulação para a chegada ao topo.

Neste momento, chegou-se a um consenso entre as entidades sindicais que a carreira não deve apresentar restrições de titulação e que sua duração não deve ultrapassar o limite de 20 anos devido ao impacto previdenciário que teria uma maior duração. Também foi destacada a necessidade de fortalecer o piso salarial da carreira. ANDES e PROIFES demandaram uma solução para os professores que, aposentados antes de 2006, foram prejudicados pela criação da classe de Associado.

O SINASEFE fez um questionamento sobre o banco de professores equivalentes e como ele está dificultando a concessão de regime de dedicação exclusiva por parte das instituições. O governo então argumentou que o banco de professor equivalente é um instrumento que dá flexibilidade ao gestor e que as vagas saem do MEC, em princípio, com DE. O uso das vagas seria uma questão de autonomia das instituições. O MEC inclusive declarou que recomenda o uso de efetivos e não de substitutos!

O governo reafirmou sua opção por duas carreiras e pela manutenção das classes, com entrada no primeiro nível, mas com promoção entre as classes de acordo com a titulação. Porém acenou com uma reavaliação de sua proposta inicial: abriria mão da criação da classe sênior e da progressão acelerada entre níveis de uma classe (que exigia maior carga horária na graduação) e também aceitaria rediscutir o intervalo entre as avaliações.

Deve-se notar que o governo diferencia progressão (entre níveis) e promoção (entre classes). Propõe a remuneração por regime de trabalho e titulação, mas mantendo a RT. Também mantém a exigência de título de doutorado para a classe de Associado. Nesse pondo questionou-se a ausência de um representante da SETEC e o governo afirmou não ter ainda uma proposta oficial para o EBTT.

Tal afirmação levou a um questionamento por parte do SINASEFE cobrando um esclarecimento por parte do governo já que este havia se comprometido em, no mínimo, equiparar as carreiras do MS e do EBTT em termos de estrutura, duração e remuneração e que a afirmação de que ainda não havia uma proposta oficial para o EBTT contrariava o que havia sido acordado nas reuniões anteriores. Solicitou-se um esclarecimento sobre qual era exatamente o entendimento do governo sobre a "equivalência" entre as carreiras.

O governo respondeu reafirmando o compromisso de igualar as duas carreiras e que a referência a uma "proposta oficial" dizia respeito apenas à redação de uma proposta para o EBTT semelhante à que foi feita para o MS e prometeu essa proposta "para breve".

O SINASEFE argumentou que desde o ano passado pede ao governo a proposta de carreira para a EBTT e até hoje não a conhece. O responsável, Aléssio não se encontra na reunião. Lembra que o PCCTAE é a carreira única dos TAE, tem regras gerais que não tem apresentado maiores problemas e tem um processo de avaliação consolidado. A entidade espera o mesmo para os/as docentes.

O SINASEFE cobrou também a regulamentação do o artigo 120 da Lei 11784 de forma a resolver a questão da progressão dos professores novatos na carreira do EBTT, aproveitando a oportunidade criada pela reestruturação, de forma a não criar um novo problema para futuros professores que ingressem no magistério federal. As entidades também cobraram o governo pela ritmo lento do andamento das negociações, lembrando da insatisfação das bases caso não seja encontrada uma solução dentro dos prazos legais do ano de 2012.

Uma nova reunião sobre a carreira docente foi agendada para o dia 15 de maio, às 17h.

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SINASEFE QUESTIONA SUSPENSÃO DE CONCURSOS PÚBLICOS

O SINASEFE participou no dia 25 de abril da audiência Pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) oportunidade em que a Ministra Miriam Belchior prestou esclarecimentos a respeito da Portaria nº 39/11, que suspende, por tempo indeterminado, os efeitos das portarias de autorização para realização de concursos públicos e de autorização para provimento de cargos públicos.

Na reunião a Ministra garantiu que não irá aguardar a sanção do Funpresp para contratar novos

servidores, diante da urgência das nomeações e do projeto do governo em reduzir as terceirizações no serviço público. No entanto, a deputada Andréia Zito (RJ) contestou as informações alegando um grande número de terceirizados no Rio de Janeiro.

Ao final da reunião, o deputado Mauro Nazif (RO), a pedido do SINASEFE, questionou a Ministra sobre a não inclusão dos docentes dos ex-territórios e instituições militares de ensino no PL2203, e a mesma alegou esquecimento dessa categoria no Projeto de Lei, entretanto, na tarde anterior foi apresentada a emenda 96 que visa incluir essa categoria no PL. A ministra reconheceu que o erro da não inclusão foi do MPOG, mas fará esforços para resolver essa situação.

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AGENDA

DATA ATIVIDADE LOCAL

04 de maio Entrega detalhada da Proposta

dos SPFs ao Governo Brasília-DF

15 de maio Mesa de Negociação com o Governo sobre

Reestruturação de Carreira Brasília-DF

16 de maio Mesa de Negociação com o Governo sobre Pauta

geral com o Fórum Nacional dos SPF Brasília-DF

17 de maio Mesa de negociação com o Governo sobre

Reestruturação da Carreira TAs Brasília-DF

17 e 18 de maio GT Carreira do SINASEFE Brasília-DF

19 e 20 de maio 108ª Plenária Nacional Brasília-DF

Responsáveis por este boletim: Gutenberg Almeida, Shilton Roque, Maria Aparecida, David Lobão (Plantão da DN) T

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