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A exploração e as lutas dos operários dos estádios Os estádios estão sendo construí- dos com operários super-explorados. Enquanto as construtoras aumen- tam a cada dia os valores que elas cobram para construir os estádios, pagam uma miséria aos trabalhado- res. As empresas impõem um ritmo infernal para garantir os prazos sem contratar mais trabalhadores. Isso está gerando uma série de greves dos trabalhadores, absolutamente legítimas. Boletim nacional Edição 43 - Março.2012 www.pstu.org.br Os brasileiros sempre foram apaixonados pelo futebol. A Copa em 2014 já desperta enorme expectativa. Mas o mundial vai beneficiar o povo pobre? Ou vai excluir o povo e encher de lucros os ricaços e políticos corruptos? Infelizmente, está se preparando uma Copa na qual o povo não irá aos estádios. E, pior, está sendo usada como desculpa para que os pobres fiquem ainda mais pobres e os ricos mais ricos. A expulsão dos pobres As cidades brasileiras necessitam de uma reforma ur- bana para aumentar o número de moradias populares e melhorar a situação dos bairros pobres. Para construir as oito milhões de casas populares necessárias para cobrir o déficit habitacional brasileiro seriam necessários R$ 96 bilhões, menos de 10% do que o governo vai entregar para os banqueiros em 2012 (R$ 1,014 trilhão). Os governos estão fazendo o contrário: expulsando os moradores pobres de suas moradias em regiões centrais, para satisfazer a especulação imobiliária. A polícia reprime os moradores em operações violentíssimas, como no Pi- nheirinho (veja abaixo). Isso ocorre em todo o país, e mais ainda nas cidades onde estão construindo estádios. O povo pobre - e negro em sua maioria - está sendo violentamente atacado para aumentar o lucro das empresas. A festa do futebol ou a farra da corrupção? Os ingressos vão ser muito caros e não vai ha- ver meia-entrada para es- tudantes, desrespeitando as leis brasileiras. Isso sig- nifica que só poderemos ver a Copa pela TV, como todas as outras. O governo impediu o controle público das contas das obras, o que vai gerar impunidade total para os corruptos e suas obras su- perfaturadas. Para comple- tar, Ricardo Teixeira segue presidente da CBF, apesar da corrupção escancarada, sem que nada seja feito. Aeroportos, a privatização petista Infelizmente, Dilma começou a privatização dos aeroportos mais impor- tantes do país. Na campanha eleitoral, o PT atacou o PSDB por suas privatiza- ções, mas agora fez a mesma coisa. Primeiro deixou de investir o necessário na ampliação e modernização dos aeroportos para que os problemas ficassem cada vez maiores, com atrasos e incômodos para os passageiros. Exatamente como fizeram os governos do PSDB com as estatais telefônicas e elétricas, para fazer divulgar a farsa da “estatais ineficientes”. Depois, Dilma entregou os aeroportos, na maior privatização da história dos governos do PT. J á se passou mais de um mês da desocupação violenta do Pinheirinho pela polícia enviada pelo governo Alckmin do PSDB. As denúncias dos feridos por balas e do estu- pro de mulheres por policiais jogaram por terra a farsa da “desocupação pacífica”. Até agora, não existe nenhum sinal de construção das 5.500 casas prometidas pela prefeitura. O PSDB está, mais uma vez, manchado pelo sangue dos mora- dores do Pinheirinho. A onda de repúdio ao PSDB e simpatia pela luta dos moradores corre o país e o mundo. Isso mantém vivo o mo- vimento do Pinheirinho, apesar das inúmeras dificuldades para garantir a sobrevivência das duas mil famílias em São José dos Campos. Até agora, o governo Dilma não fez nada. Poderia desa- propriar o terreno por necessidade social. Mas até agora, o governo se resume a fazer declarações. Exigimos do gover- no Dilma a desapropriação do terreno do Pinheirinho, para nele reconstruir as casas dos moradores. Sem isso, o gover- no federal acabará como cúmplice da ação do PSDB. Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos e liderança do Pinheirinho PINHEIRINHO: A barbárie do PSDB segue sem punição - Dilma, desaproprie o terreno! Ingressos a preços populares! Meia- entrada para os estudantes! Revogação imediata da privatização dos aeroportos! Reforma urbana com construção de oito milhões de moradias populares! Fim da repressão aos moradores de bair- ros pobres e ocupantes de terras urbanas! Fim da criminalização do movimento popular! Legalização das ocupações e urbanização dos bairros! Aumentos salariais imediatos e redução da jornada de trabalho a 36 horas dos operá- rios das obras dos estádios! Transparência nos gastos na construção dos estádios. Prisão e expropriação dos bens dos corruptos! Fora Ricardo Teixeira! Copa no Brasil... MAS PARA QUEM?

Boletim Nacional 43

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Copa do mundo no Brasil, Pinheirinho, 8 de março, Grécia. Venha para o PSTU!

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A exploração e as lutas dos operários dos estádios

Os estádios estão sendo construí-dos com operários super-explorados. Enquanto as construtoras aumen-tam a cada dia os valores que elas cobram para construir os estádios, pagam uma miséria aos trabalhado-res. As empresas impõem um ritmo infernal para garantir os prazos sem

contratar mais trabalhadores. Isso está gerando uma série de greves dos trabalhadores, absolutamente legítimas.

Boletim nacional Edição 43 - Março.2012 www.pstu.org.br

Os brasileiros sempre foram apaixonados pelo futebol. A Copa em 2014 já desperta enorme expectativa. Mas o mundial vai beneficiar o povo pobre? Ou vai excluir o povo e encher de lucros os ricaços e políticos corruptos? Infelizmente, está se preparando uma Copa na qual o povo não irá aos estádios. E, pior, está sendo usada como desculpa para que os pobres fiquem ainda mais pobres e os ricos mais ricos.

A expulsão dos pobresAs cidades brasileiras necessitam de uma reforma ur-

bana para aumentar o número de moradias populares e melhorar a situação dos bairros pobres. Para construir as oito milhões de casas populares necessárias para cobrir o déficit habitacional brasileiro seriam necessários R$ 96 bilhões, menos de 10% do que o governo vai entregar para os banqueiros em 2012 (R$ 1,014 trilhão).

Os governos estão fazendo o contrário: expulsando os moradores pobres de suas moradias em regiões centrais, para satisfazer a especulação imobiliária. A polícia reprime os moradores em operações violentíssimas, como no Pi-nheirinho (veja abaixo). Isso ocorre em todo o país, e mais ainda nas cidades onde estão construindo estádios. O povo pobre - e negro em sua maioria - está sendo violentamente atacado para aumentar o lucro das empresas.

A festa do futebol ou a farra da corrupção?

Os ingressos vão ser muito caros e não vai ha-ver meia-entrada para es-tudantes, desrespeitando as leis brasileiras. Isso sig-nifica que só poderemos ver a Copa pela TV, como todas as outras.

O governo impediu o controle público das contas das obras, o que vai gerar impunidade total para os corruptos e suas obras su-perfaturadas. Para comple-tar, Ricardo Teixeira segue

presidente da CBF, apesar da corrupção escancarada, sem que nada seja feito.

Aeroportos, a privatização petistaInfelizmente, Dilma começou a privatização dos aeroportos mais impor-

tantes do país. Na campanha eleitoral, o PT atacou o PSDB por suas privatiza-ções, mas agora fez a mesma coisa. Primeiro deixou de investir o necessário na ampliação e modernização dos aeroportos para que os problemas ficassem cada vez maiores, com atrasos e incômodos para os passageiros. Exatamente como fizeram os governos do PSDB com as estatais telefônicas e elétricas, para fazer divulgar a farsa da “estatais ineficientes”. Depois, Dilma entregou os aeroportos, na maior privatização da história dos governos do PT.

Já se passou mais de um mês da desocupação violenta do Pinheirinho pela polícia enviada pelo governo Alckmin do PSDB. As denúncias dos feridos por balas e do estu-

pro de mulheres por policiais jogaram por terra a farsa da “desocupação pacífica”. Até agora, não existe nenhum sinal de construção das 5.500 casas prometidas pela prefeitura. O PSDB está, mais uma vez, manchado pelo sangue dos mora-dores do Pinheirinho.

A onda de repúdio ao PSDB e simpatia pela luta dos moradores corre o país e o mundo. Isso mantém vivo o mo-vimento do Pinheirinho, apesar das inúmeras dificuldades para garantir a sobrevivência das duas mil famílias em São José dos Campos.

Até agora, o governo Dilma não fez nada. Poderia desa-propriar o terreno por necessidade social. Mas até agora, o governo se resume a fazer declarações. Exigimos do gover-no Dilma a desapropriação do terreno do Pinheirinho, para nele reconstruir as casas dos moradores. Sem isso, o gover-no federal acabará como cúmplice da ação do PSDB.

Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos e liderança do Pinheirinho

pinhEirinhO: a barbárie do pSdB segue sem punição- dilma, desaproprie o terreno!

Ingressos a preços populares! Meia-entrada para os estudantes!

Revogação imediata da privatização dos aeroportos!

Reforma urbana com construção de oito milhões de moradias populares!

Fim da repressão aos moradores de bair-ros pobres e ocupantes de terras urbanas! Fim da criminalização do movimento popular!

Legalização das ocupações e urbanização dos bairros!

Aumentos salariais imediatos e redução da jornada de trabalho a 36 horas dos operá-rios das obras dos estádios!

Transparência nos gastos na construção dos estádios. Prisão e expropriação dos bens dos corruptos!

Fora Ricardo Teixeira!

Copa no Brasil...mas para quem?

TOME PARTIDO, FILIE-SE! www.pstu.org.brAv. Nove de Julho, 925, Bela Vista - São Paulo - SP (11) 5581.5776 [email protected] twitter.com/pstu facebook.com/pstu16

Muitas mulheres trabalhadoras tiveram grandes expectativas na eleição de Dilma.

Não só por ser do PT, mas por ser mulher. Passado um ano de sua posse, o que mudou? A violência contra a mulher segue exatamente igual, com casos absurdos

a cada dia, a maioria impune.Dilma também não está cumprindo seu com-

promisso de construção de creches. Das 6.427 prometidas, 39 foram entregues. Pior ainda, Dil-ma cortou R$ 50 bilhões do Orçamento de 2011 e R$ 55 bilhões do de 2012, com cortes sociais que vão afetar mais ainda a construção das

creches.A Medida Provisória 557 imposta pelo gover-

no não propõe nenhum investimento para melho-rar a qualidade dos serviços de saúde na atenção

à gestante e não ajuda a diminuir a mortalidade materna. O cadastro das grávidas é um controle policial que está na contra-mão das políticas para as mulheres no SUS.

Nesse oito de março saudamos a todas mulheres trabalha-doras e exigimos de Dilma a revogação da MP 557, construção

das 70 mil creches e verbas para aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha.

8 de marçoas mulheres não têm o que comemorar.

é hora de lutar!

Chegou o Opinião Socialista EspecialmulhErES SãO fOrtES!

Os bancos levaram a Grécia à falência. Agora querem que os trabalhadores paguem pela crise de uma forma brutal. O salário médio já diminuiu entre 30% e 40% e 21% das pessoas estão desempregadas. Os pacotes dos governos são cada vez mais duros: o último cortou o sa-lário mínimo em 20% e pretende demitir mais 150 mil funcionários. Tudo para pagar a dívida aos banqueiros, responsáveis pela crise.

Os trabalhadores gregos estão em luta, assim como seus irmãos espanhóis e portugueses. A luta deles é a nos-sa luta. Essa crise mundial pode chegar ao Brasil e tere-mos de enfrentar problemas semelhantes se isso ocorrer.

Todo apoio à luta dos trabalhadores europeus!

GréCia: aOndE nOS lEva O CapitaliSmO

A edição de março do jornal Opinião Socialista é dedicada inteiramente à luta das mulheres. Compre agora o seu com quem lhe entre-gou este boletim.