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Boletim Paroquial Nº 231 - 08 Setembro 2013 Fradelos/Vilarinho das Cambas Responsabilidade: Pe. António Machado [email protected] Tlm. 917293284; Telef. 252458339 24º Domingo Comum - 15 Setembro Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho. 1ª Leit. Ex 32, 7-11. 13-14 «Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz.» Salmo Responsorial: 50 Vou partir e vou ter com meu pai. 2ª Leit. 1 Tim 1, 12-17 Ao Rei dos séculos, Deus imortal, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Ámen. Evang. Lc 15, 1-32 Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. UM POVO QUE PRODUZA FRUTOS A liturgia deste Domingo centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor… A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo. Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança – Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador. Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama- -se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer. O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do “filho pródigo”, em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.

Boletim nº 231

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08 de Setembro de 2013

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Boletim ParoquialNº 231 - 08 Setembro 2013

Fradelos/Vilarinho das Cambas

Responsabilidade: Pe. António Machado

[email protected]

Tlm. 917293284; Telef. 252458339

24º Domingo Comum - 15 Setembro

Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço

ser chamado teu fi lho.

1ª Leit. Ex 32, 7-11. 13-14«Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz.»

Salmo Responsorial: 50Vou partir e vou ter com meu pai.

2ª Leit. 1 Tim 1, 12-17Ao Rei dos séculos, Deus imortal, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Ámen.

Evang. Lc 15, 1-32Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’.

UM POVO QUE PRODUZA FRUTOSA liturgia deste Domingo centra a nossa refl exão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infi nita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor… A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infi delidade do Povo. Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfi co da aliança – Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador. Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama--se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer. O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do “fi lho pródigo”, em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do fi lho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.

calendÁrio das celebraÇÕesTER. 10, Não há Eucaristia

QUA. 11, 18h30 Rosário, 19h EucaristiaAntónio Veloso, esposa e famíliaDeolinda Torres Costa AraújoJoaquim da Costa e Silva e famíliaJoaquim Domingues Azevedo CostaJoaquim Ferreira dos Santos e famíliaJoaquim Marques Campos e famíliaManuel da Silva Ferreira, esposa e genroPelas Almas do PurgatórioSerafi m Oliveira e Silva e Emília de OliveiraValentim Ferreira da Costa, pai e famíliaAbel dos Santos e Silva e paisAna Moreira de Paiva e maridoAntónio Azevedo e SilvaBerta Campos Pereira e avósFrancisco de Assis XavierJaselino Ferreira da Cruz Loureiro e noraJosé Gomes de Sá, fi lhas e famíliaManuel CurtinhasMarcelino Campos e fi lhoMaria Joaquina LeitãoMaria Otília dos Santos Carneiro Silva e

famíliaMaria Rosa da Silva e famíliaMaria Rosa Moreira DionísioMário Torres Andrade e família

QUI. 12, Não há Eucaristia

SEX. 13, S. João Crisóstomo, 18h30 Ro-sário, 19h EucaristiaAna Santos e Sá, marido e fi lhoCarminda Dias Azevedo, marido e fi lhoElvira Alves da CostaFalecidos do lugar das CruzesLino dos Santos Azevedo e famíliaManuel da Costa Ferreira e fi lhosMaria Amélia Azevedo Santos e famíliaMaria Amélia Gomes Marinho Pinto e

famíliaMaria da Silva Moreira e maridoMaria Ferreira da Cruz Lima e maridoSalbina Gomes de Almeida e famíliaAna Gonçalves DiasCelestino Veloso, fi lho e Joaquim CoutoDeolinda Torres Costa Araújo e família

Felisbina Ferreira da Silva e maridoFernanda Costa e SilvaFlorinda Silva Pereira, marido e fi lhoLaurindo Oliveira DiasMaria Azevedo Costa e famíliaMaria Elisa Silva Correia e maridoMaria Pereira AzevedoPais e sogra de Olindina CarvalhoRicardo Gonçalves e tio LinoSónia Raquel, avós e tias

Adoração Eucarística e Vésperas

SÁB. 14, Exaltação da Santa Cruz, 18h15 Rosário, 19h EucaristiaLaura da Quinta, 30º diaAdelino da Costa Santos, irmãos e cunha-

dosAdelino Ruas Costa e esposaAntónio dos Santos FurtadoBernardino da Costa GonçalvesGentil Costa Azevedo, esposa e genroJoaquim Azevedo SilvaJoaquim Oliveira Silva Fonseca e avósJoaquina Ferreira dos Santos, fi lha e genroMãe e sogra de Lurdes ReisManuel Gomes Pereira e cunhadosMaria da Costa Santos e fi lhoMaria de Fátima Silva e Sá e famíliaMaria Emília Martins Araújo e paisRosa Ferreira da Silva e fi lhos

DOM. 15, 8h EucaristiaAlzira Alice Padrão LoureiroAntónio Araújo e famíliaArminda Azevedo SilvaAvelino Moreira BarbosaCamilo Miranda GonçalvesGuilhermina S. Silva e Isidoro SantosJoaquim Ferreira dos Santos e esposaJoaquim Raposo e paisJosé da Costa Carneiro e esposaJosé Maia Pinto e José Silva TorresMaria das Dores Araújo Campos e Maria

UrâniaMaria Inês Oliveira DiasPais e família de Carlinda Antunes

9h Rosário

11h Eucaristia

Atendimento / cartório - Sábado: 10h-11h30. O atendimento será com o Diogo.

Ausência do pároco - Na próxima semana, de Segunda a Sexta-feira, o pároco estará ausente. Para algum serviço pastoral urgente, podemos contar com a ajuda do senhor padre Manuel Joaquim, pároco de Ribeirão (tel: 917 566 867) e também do senhor padre Eusébio de Lousado (tel: 917 629 606).

Dia Arquidiocesano do Catequistas - No próximo dia 14 de Setembro, realiza-se no Sameiro,o Dia Arquidiocesano do Catequista, com o tema "Celebração da Fé".

O encontro tem início pelas 9h com o acolhimento aos catequistas e do programa

constam, da parte da manhã (até às 13h), momentos de oração, conferências e

diversos ateliês subordinados ao tema. No período da tarde (a partir das 14h15)

haverá oportunidade para participar novamente nas ofi cinas de oração e nos ate-

liês, ou assistir a um concerto-oração. O dia termina com Eucaristia presidida pelo

Senhor Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga às 16h.

Celebração do Crisma - No próximo Sábado, dia 14, haverá uma reunião com

todos os jovens do 10º ano de Catequese e que em 28 de Setembro celebrarão o

Sacramento da Confi rmação. Neste encontro estarão presentes os seus catequistas

e o pároco. Esta reunião realiza-se logo a seguir à Eucaristia das 19h e é neces-

sária (indispensável) a presença de todos estes jovens! Ninguém está dispensado!

Ultreia (Encontro) Nacional dos Cursilhos de Cristandade - No dia 22, em S.

Bento da Porta Aberta, para toda a gente que queira participar. O programa deta-

lhado está afi xado junto às portas da Igreja. Os interessados devem inscrever-se

até ao dia 15 com o sr. José Maria, tel: 918 309 746.

Inscrições para o Primeiro Ano de Catequese - Nos dias 22 e 29 de Setembro,

das 9h às 11h, podem ser inscritas todas as crianças da nossa comunidade que

este ano pastoral iniciam a Catequese, que começarão a frequentar o Primeiro

Ano. Estas inscrições serão feitas na Residência Paroquial e nos horários e dias

acima indicados. Recomenda-se aos pais não esquecerem este assunto!

Escola de Valdossos - Reunião de pais das crianças que irão frequentar o Jardim

de Infância será na Segunda-feira, dia9, às 18h. Para os pais das crianças do 1º

ciclo, a reunião é na Quarta-feira, às 18h.

Na Sexta-feira, dia 13, haverá a recepção aos alunos do 1º ano e do pré-escolar.

Na Segunda-feira, dia 16, iniciarão as actividades lectivas para todos os anos.

agenda

sugestÃo da semanaFilme de Mês: "O Mordomo"

Em 2010, o realizador norte-americano Lee Daniels comoveu milhares com a

adaptação cinematográfi ca do romance biográfi co de Sapphire, ‘Precious’, con-

tando a comovente e inspiradora história de uma adolescente negra a quem a

extrema dureza da vida não roubou a capacidade de amar, esperar e realizar um

futuro sorridente para si e a sua fi lha. Este ano, é o realizador encarregue de levar

ao grande ecrã nova adaptação de uma biografi a, desta feita de um mordomo

da Casa Branca, partindo não de um romance mas de um artigo assinado em

2008 por Wil Haygood no Washington Post que popularizou a história de vida de

Eugene Allen, posteriormente seguida e aprofundada pela imprensa.

A luz da féO escritor António Alçada Baptista conta uma história exemplar, na primeira pessoa:

«Uma vez eu fui operado e estava só no hospital com meu pai. Tinha uma dor

pegada das unhas dos pés às pontas dos cabelos e meu pai estava ao pé de mim.

Eu tinha já 19 anos, mas apeteceu-me a sua mão humana e paterna e disse-lhe:

- Deixe-me ver a sua mão.

- Para quê?

- Preciso da sua mão.

Ele sorriu-se e deu-ma, mas imediatamente começaram a funcionar dentro de

si as pesadas estruturas marialvas e académicas que recusam a um fi lho de 19

anos a mão terna dum pai. E, disfarçadamente, começou a retirar a sua mão até

que a minha continuou pedinte, mas só e unilateral.».

«Preciso da tua mão». O conhecimento de Deus só pode ser um conhecimento

vivido, profundamente experimental. Essa é uma afi rmação espantosa que atra-

vessa toda a Revelação Bíblica, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Deus

está. O Deus transcendente “vê”, “escuta”, “compadece-se”, “mostra-se”, “permite

o encontro”. Pense-se no passo fundamental do Livro do Êxodo: «Eu vi, Eu vi a

miséria do Meu povo que está no Egipto, ouvi o seu clamor por causa dos seus

opressores, pois Eu conheço as suas angústias. Por isso desci a fi m de libertá-lo»

(Ex 3,7). A Escritura foge assim a defi nições e constrói uma gramática eminente-

mente narrativa. Não conceptualiza: narra, relata, exemplifi ca. E as imagens que

nos oferece de Deus atestam que Ele está presente.

Com mais razão ainda, o Evangelho de Jesus desautoriza-nos a persistir em fór-

mulas obscuras. A viragem que Jesus introduz é considerar Deus a partir de dentro.

Jesus apresenta-Se como o Filho de Deus. E a relação que mantém com Deus é

uma relação fi lial. Isto é, Jesus vem dizer que Deus O impregna profundamente

a ponto de Ele ser Filho e se descobrir como tal. Não é apenas um conhecimento

especial que Jesus fornece de Deus. É outra coisa: Deus é a fonte que plasma e

ilumina a criatividade messiânica das Suas palavras e dos Seus gestos (Jo 14,8-

11)... De certa maneira, o programa de Jesus outra coisa não é que esta fi liação.

Mergulhados na sua páscoa, somos chamados a viver do seu Espírito, confi gurados

à sua realidade, atravessados e guiados pela sua luz.

É fundamental percebermos que a relevância do discurso cristão parte, antes

de tudo, da sua essência. Claro que o papa Francisco ir ao desembarcadouro de

Lampedusa, reclamar corajosamente por políticas mais humanas, deve colher a

atenção de todos. Mas de igual maneira deveria ser escutado quando nos propõe,

com límpido desassombro, uma refl exão sobre a fé. José Tolentino Mendonça