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VERBUM DEI – A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E MISSÃO DA IGREJA MENSAGEM À COMUNIDADE O Papa Bento XVI invoca o evange- lho de João para dizer da força da Palavra na missão evangelizadora: “No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [...] e o Verbo se fez carne” (Jo 1,1.14) A novidade da revelação bíblica con- siste no fato de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter conosco. A Cons- tituição Dogmática Dei Verbum tinha exposto essa realidade, reconhecendo que “Deus invisível na riqueza do seu amor fala aos homens como a amigos e convi- ve com eles, para convidá-los e admitir à comunhão com Ele”. Mas ainda não teríamos compreendido suficientemente a mensagem do Prólogo de São João, se nos detivéssemos na constatação de que Deus Se comunica amorosamente a nós. sim “a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho”. Deus se nos dá a conhecer como mistério de amor infinito, no qual, desde toda a eternidade, o Pai exprime a sua Palavra no Espírito Santo. Por isso o Verbo, que desde o princípio está junto de Deus e é Deus, revela-nos o próprio Deus no diálogo de amor entre as Pesso- as divinas e convida-nos a participar nele. Portanto, feitos à imagem e semelhança de Deus amor, só nos podemos compreender a nós mesmos no acolhimento do Verbo e na docilidade à obra do Espírito Santo. É à luz da revelação feita pelo Verbo divino que se esclarece definitivamente o enigma da condição humana. Fonte: Exortação Apostólica Pós-Sinodal. Documentos Pontifícios-6. 1ª Edição. Brasília: Edições CNBB, p. 15-16. Na realidade, o Verbo de Deus, por meio do Qual “tudo começou a existir (Jo 1,3) e que se “fez carne” (Jo 1,14), é o mesmo que já existia “no princípio” (Jo 1,1). Se aqui podemos descobrir uma alusão ao início do livro do Gênesis (cf. Gn 1,1), na realidade vemo-nos colocados diante de um princípio de caráter absoluto e que nos narra a vida íntima de Deus. O Pró- logo joanino apresenta-nos o fato de que o Logos existe realmente desde sempre, e desde sempre Ele mesmo é Deus. Por con- seguinte, nunca houve em Deus um tem- po em que não existisse o Logos. O Verbo preexiste à criação. Portanto, no coração da vida divi- na, há a comunhão, há o dom absoluto. “Deus é amor” (1Jo 4,16) – dirá noutro lugar o mesmo Apóstolo, indicando as-

Boletim Novo Mundo - Setembro 2012

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Paróquia N. Sra. da Esperança

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VERBUM DEI – A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E MISSÃO DA IGREJA

MENSAGEM À COMUNIDADE

O Papa Bento XVI invoca o evange-lho de João para dizer da força da Palavra na missão evangelizadora:

“No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [...] e o Verbo se fez carne” (Jo 1,1.14)

A novidade da revelação bíblica con-siste no fato de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter conosco. A Cons-tituição Dogmática Dei Verbum tinha exposto essa realidade, reconhecendo que “Deus invisível na riqueza do seu amor fala aos homens como a amigos e convi-ve com eles, para convidá-los e admitir à comunhão com Ele”. Mas ainda não teríamos compreendido suficientemente a mensagem do Prólogo de São João, se nos detivéssemos na constatação de que Deus Se comunica amorosamente a nós.

sim “a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho”. Deus se nos dá a conhecer como mistério de amor infinito, no qual, desde toda a eternidade, o Pai exprime a sua Palavra no Espírito Santo. Por isso o Verbo, que desde o princípio está junto de Deus e é Deus, revela-nos o próprio Deus no diálogo de amor entre as Pesso-as divinas e convida-nos a participar nele. Portanto, feitos à imagem e semelhança de Deus amor, só nos podemos compreender a nós mesmos no acolhimento do Verbo e na docilidade à obra do Espírito Santo. É à luz da revelação feita pelo Verbo divino que se esclarece definitivamente o enigma da condição humana.Fonte: Exortação Apostólica Pós-Sinodal. Documentos Pontifícios-6. 1ª Edição. Brasília: Edições CNBB, p. 15-16.

Na realidade, o Verbo de Deus, por meio do Qual “tudo começou a existir (Jo 1,3) e que se “fez carne” (Jo 1,14), é o mesmo que já existia “no princípio” (Jo 1,1). Se aqui podemos descobrir uma alusão ao início do livro do Gênesis (cf. Gn 1,1), na realidade vemo-nos colocados diante de um princípio de caráter absoluto e que nos narra a vida íntima de Deus. O Pró-logo joanino apresenta-nos o fato de que o Logos existe realmente desde sempre, e desde sempre Ele mesmo é Deus. Por con-seguinte, nunca houve em Deus um tem-po em que não existisse o Logos. O Verbo preexiste à criação.

Portanto, no coração da vida divi-na, há a comunhão, há o dom absoluto. “Deus é amor” (1Jo 4,16) – dirá noutro lugar o mesmo Apóstolo, indicando as-

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 2

A PASTORAL PAROQUIAL

E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU?CATEQUESE DA CONFIRMAÇÃO

“Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles.” (Jo 17, 26).

Jesus Cristo é o rosto do próprio Deus. “Aquele que me viu, viu também o Pai.” (Jo 14,9b)

Tendo a Palavra viva decido do céu e se encarnado no meio de nós, o nosso Deus tornou-se tangível e muito próximo de nós. Caso não tivesse Jesus Cristo, his-tórico e real, habitado entre nós e não se

tivesse entregado totalmente pela nossa redenção, nosso Deus

seria sempre um deus dis-tante, e nunca teríamos

realmente a certeza de que Ele nos amou ao máximo e até o fim.

Assim, para sa-ber realmente quem é o nosso Deus é essencial conhecer verdadeiramente e ouvir, no seu mais profundo sentido, o Divino Mestre Je-

sus Cristo. Pois tudo quanto poderia ser dito

de Deus Pai, Jesus o re-velou a nós, por meio de

palavras e com a sua própria vida: “Mas chamei-vos amigos,

pois vos dei a conhecer tudo quan-to ouvi de meu Pai.” (Jo 15,15b).

Feliz, então, é todo aquele que, como Pedro, reconhece em Jesus o Messias, o Ungido de Deus, quando Este lhe pergun-ta (como continua hoje a nos perguntar): “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,15)

Demos partida, no início deste mês de agosto, a um novo ciclo anual da cateque-se da Confirmação.

Na missa do dia 14 às 16h, os novos postulantes foram apresentados à comu-nidade, que os recebeu com muita alegria e orou por eles, pedindo que Deus os con-duza e ilumine nessa sua importante ca-minhada.

Nesta primeira fase de preparação, o foco central das reflexões da catequese é a pessoa de Jesus Cristo, sua vinda, seus ensinamentos, seu sacrifício redentor e sua proposta de vida para nós, seus segui-dores.

M uitas vezes, pessoas que se dizem cristãos e católicos, quando inda-gados sobre quem é o seu Deus,

mostram-se extremamente desconfortá-veis diante desse questionamento, pois a ideia que eles próprios têm de Deus é ain-da muito vaga e nebulosa.

Alguns afirmam que é uma entidade poderosa, um ser que está em toda par-te, ou ainda, que esse deus é tudo e tudo é deus. Outros dizem que é uma ener-gia cósmica que rege o universo. Outros ainda respondem que as entidades adoradas em todas as religiões acabam sendo, no final, ma-nifestações distintas de um mesmo deus, que se apresenta de formas variadas apenas para se adequar às dife-rentes épocas e cul-turas.

Para os que pen-sam desta forma, este é apenas um deus genérico, sem identidade, sem ros-to definido. No entan-to, para nós, católicos, pensar dessa forma é to-talmente inaceitável.

Mas, então, quem seria, realmente, esse Deus que nós adoramos?

Desde o princípio, o nosso Deus, que se apresentou a nós com o nome Eu sou (cf. Ex 3,14), foi paulatinamente se reve-lando ao seu povo ao longo da história. Aproximou-se dele, planejou-lhe a histó-ria de salvação e desde então o vem con-duzindo, e irá acompanhá-lo sempre, até o fim dos tempos.

Identificou-se como Deus único: “Eu sou o primeiro e o último, não há outro Deus afora eu.” (Is 44,6); “Não há Deus fora de mim” (Is 45,21b).

Foi também este Deus quem fez alian-ças com seu povo através dos patriarcas Noé, Abraão e Moisés. Ele próprio, por fim, nos enviou o seu único Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi pela obediência total e incondicional de Jesus que esse mesmo Deus fez com seu povo a sua últi-ma e definitiva aliança.

É Jesus quem revela o nome de Deus: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste--os e guardaram a tua palavra.” (Jo 17,6),

FORMAÇÃO TEOLÓGICADia 20 de Setembro

ocorrerá o encontro de Formação Teológica com o Padre Ney de Souza. O local: Salão Superior da Paróquia. O horário: às 20h30.

CURSO BÍBLICO 2012Em virtude do feriado de 07 de Setem-

bro, o estudo bíblico ficou para o dia 13 de Setembro. O Prof. Dr. Carlos Mario prosse-gue com o estudo sobre a Cristologia nas Cartas Paulinas. O local: Salão Superior da Paróquia. O horário: às 20h30.

PASTORAL DO DÍZIMO

“Recebei Senhor, minha oferta! Esta im-portância representa Senhor, meu reconhe-cimento, meu Amor!” Com alegria acolhe- mos os novos Dizimistas da Paróquia Nossa Senhora da Esperança: Rodrigo Franco, Flávia de Toledo Ponzoni, Maria Rita Petto-ruti Auada, Anna Luiza Salgado e Maria da Graça Augusto da Silva. Que Nossa Senhora da Esperança interceda por todos os dizimis-tas e suas famílias!

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DO

BROOKLIN

Na tarde do dia 12 de Setembro, a par-tir das 14h30, ocorrerá uma atividade Be-neficente da AAEB (Associação dos Amigos Excepcionais do Brooklin). Será no Salão Pa-roquial e o convite-doação será no valor de R$25,00 (vinte e cinco reais).

ENCONTRO FRATERNAL DAS PASTORAIS

Mais de 90 agentes de pastoral estiveram no Encontro Fraternal do dia 17 de Agosto, sendo acolhidos com orações pelos padres Boim e Ney, além de uma dinâmica de apre-sentação dos serviços de missão evangeliza-dora na vida paroquial. Após, houve confra-ternização no salão paroquial, seguindo-se o firme propósito de aproximar mais as dife-rentes pastorais e grupos, para que se faça jus à proposta que apresenta este Boletim: SOMOS UMA SÓ FAMÍLIA!

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PG 3

MISSAS Terça à Sexta, às 18h.Sábado, às 16h.Domigo, às 8h30,11h e 19h.

SERVIÇOS PASTORAISGrupo Gente Ativa Segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no Salão Paroquial.

Grupo de Oração Terça-feira, das 14h às 15h30, na Igreja.

Pastoral da CaridadeTerça-feira, das 14h às 16h30.

CatequeseTerça-feira, das 18h30 às 19h45. Quarta-feira, das 18h30 às 19h45.Quinta-feira, das 8h30 às 9h45 e das 14h às 15h15. Nas Salas Inferiores.

Pastoral da AmizadeQuarta-feira, às 20h, no Salão Paroquial.

Narcóticos AnônimosSegunda a sexta-feira, das 20h às 22h, nas Salas Inferiores.

HONRAMOS AS PROMESSAS DO MATRIMÔNIO?

M uito mais que o simples contrato a que ultimamente tem sido redu-zido, para nós católicos, matrimô-

nio é sacramento, no qual, sob juramento, assumimos compromissos, tomando como testemunhas a Igreja e o próprio Deus.

Embora esvaziados e até banalizados em nossos dias, juramentos (comprometi-mentos) continuam significativos, mesmo a despeito dos tantos relativismos que nos são impostos. Eles permanecem íntegros, plenos de confiança no cumprimento da promessa, que pode sim vir acompanhada de certos desconfortos (cf. Mt 5,33).

É bom recordar que o sacramento do matrimônio não é ministrado pelo sacerdo-te, e sim pelos próprios noivos, e isso atribui a estes a responsabilidade exclusiva pela legitimidade do ato, e por todos os com-promissos que dele decorrem. Neste rito sacramental, o casal confirma sua corre- ta intenção e total liberdade: a) que procu-rou a Igreja de livre e espontânea vontade para contrair matrimônio; b) que resolveu dedicar amor e respeito mútuo enquanto viver; c) que se dispôs a acolher os filhos que vierem, e educá-los segundo a lei de Deus e da Igreja. Feito isso, pelo simbolis-mo da união das mãos direitas, o casal, em público, manifesta seu consentimento.

Noutra parte da cerimônia o casal troca juras de fidelidade, amor e respei-to (cf. Mt 5,27-28). Convém lembrar que

CALENDÁRIO PASTORAL PAROQUIAL1 Catequese da Confirmação: no Salão Superior, das 8h30 às 12h30.4 Reunião Catequese da Confirmação: no Salão Superior, às 20h30.7 Feriado - Independência do Brasil: sem expediente.11 Missa na Clínica Anapurus, às 9h30.11 Conselho Pastoral Paroquial: no Salão Superior, às 20h30.13 Curso Bíblico: no Salão Superior, às 20h30.15 Catequese da Confirmação: no Salão Superior, das 8h30 às 12h30.18 Conselho Administrativo Paroquial: no Salão Superior, às 18h.18 Pastoral da Comunicação: no Salão Superior, às 20h30.20 Formação Teológica (padre Ney): no Salão Superior, às 20h30.22 Preparação para Batismo: no Salão Paroquial, das 8h30 às 12h.23 Celebração do Batismo: na Igreja, às 9h30.25 Reunião Padres Setor Vila Mariana, às 9h.25 Conselho Pastoral Setor, às 20h30.26 Reunião Catequese 1ª. Eucaristia: no Salão Superior, às 20h.28 Pastoral do Dízimo, às 20h30.29 Catequese da Confirmação: no Salão Superior, das 8h30 às 12h30.30 Encontro Pastoral da Amizade: na Igreja/Salão, das 11h às 17h.

esse juramento é feito por toda a vida. Constitui promessa válida não apenas em épocas favoráveis: “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por to-dos os dias da vida”, logo é um com-promisso solene, de valor permanente e incondicional.

Nos ritos complementares: o sacer-dote, representando a Igreja, abençoa a união, e enfatiza a indissolubilidade do casamento, ao repetir as palavras do próprio Jesus: “O que Deus uniu o ho-mem não separe” (Mt 19,6 e Mc 10,9); a seguir, abençoa as alianças, símbolo de amor e fidelidade mútua, e o casal, tendo a Santíssima Trindade como tes-temunha, faz a troca das alianças, fir-mando sua aceitação mútua de amor e fidelidade.

Embora sejam difíceis de esquecer, observa-se que, ao surgirem as primei-ras naturais e inevitáveis dificuldades da vida a dois, tantos casais tendem a desconsiderar e abandonar as promes-sas do matrimônio, e tão poucos se es-forçam em honrá-las – talvez seja mais fácil priorizar comodidades pessoais do que fazer jus ao juramento solene, feito em nome de Deus.

O compromisso matrimonial exige o cumprimento de toda palavra dada,

como proposto pelo oitavo mandamento. Da mesma forma que Deus é fiel às suas promes-sas, a fidelidade matrimonial deve espelhar a fidelidade que Cristo dedica à sua Igreja. A união matrimonial envolve compromisso, con-fere direitos e propõe deveres mútuos, incluso aí o de fidelidade (cf. Mt 5,28). A unidade des-sa aliança está intimamente vinculada ao laço vitalício que o sacramento do matrimônio im-plica, excluindo práticas como a poligamia, o adultério, as uniões poliafetivas e todo tipo de relação extraconjugal.

A nós, cristãos católicos, cabe observar com fidelidade os valores evangélicos, em particular no que tange ao sacramento do matrimônio e às suas responsabilidades. Para isso, por meio do enfrentamento do egoísmo-individualismo, que é a origem da quase totalidade dos desen-contros das pessoas e da humanidade, dentro do próprio lar, o casal e a família podem co-laborar muito para o aprimoramento das rela-ções no mundo de hoje.

PENSANDO NA VIDA DE FÉNa reflexão do mês passado, menciona-

mos como a omissão de nossas famílias quanto à educação religiosa dos filhos tem levado as igrejas católicas a um vazio cada vez maior de crianças e jovens. Prosseguindo com foco na responsabilidade familiar, co-mentamos agora nossa postura frente à pro-gressiva relativização que a sociedade, infe-lizmente com a adesão e até com os aplausos de tantos católicos, vem impondo às sérias promessas do matrimônio sacramental.

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALAno XVI – Edição 170 – Setembro/2012 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 4

ALEGRIA PERFEITA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

ATENDIMENTO DA SECRETARIA:Segunda, das 13h30 às 17h30.

Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado,

das13h30 às 17h30.Acesse o site

www.paroquiansesperanca.org.br

Amados Paroquianos,A celebração do dia da Assunção

de Nossa Senhora, no último dia 15 de Agosto, me motivou a transcrever o que a exortação Apostólica de Bento XVI fala sobre Maria Santíssima. Em sua “Mater Verbi et Mater laetitiae” – Mãe do Verbo e Mãe da Alegria, Bento XVI diz que essa relação íntima entre a Palavra de Deus e a alegria aparece em evidência precisamente na Mãe de Deus. Recordemos as palavras de Santa Isabel: “Feliz aquela que acredi-tou, pois o que foi dito da parte do Senhor, será cumprido” (Lc 1,45). Maria é feliz porque tem fé, porque acreditou, e, nessa fé, acolheu no seu ventre o Verbo de Deus para dá-lo ao mundo. A alegria recebida da Palavra

PALAVRA DO PÁROCO

41 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA

A beleza e o fascínio do renovado en-contro com o Senhor Jesus levaram o Papa Bento XVI a dirigir-se a todos

os fiéis com as palavras de São João na sua primeira carta: “Nós vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que nos foi mani-festada – o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Quanto à nossa co-munhão, ela é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1Jo 2-3). O Apóstolo fala-nos de ouvir, ver, tocar e contemplar (cf. 1Jo 1,1) o Verbo da Vida, já que a Vida mesma se manifestou em Cristo. E nós, chamados à co-munhão com Deus e entre nós, devemos ser anunciadores deste dom. Nessa perspectiva querigmática, a assembleia sinodal foi um testemunho para a Igreja e para o mundo de como é belo o encontro com a Palavra de Deus na comunhão eclesial. Portanto, exorto todos os fiéis a redescobrirem o encontro

pessoal e comunitário com Cristo, Verbo da Vida que Se tornou visível, a fazerem-se seus anunciadores para que o dom da vida divina, a comunhão, se dilate cada vez mais pelo mundo inteiro. Com efeito, partici-par na vida de Deus, Trindade de Amor, é a alegria completa (cf. 1Jo 1,4). E é dom e dever imprescindível da Igreja comunicar a alegria que deriva do encontro com a Pessoa de Cristo, Palavra de Deus presente no meio de nós. Num mundo que frequentemente sente Deus como supérfluo ou alheio, confessamos como Pedro que só Ele tem “palavras de vida eterna” (Jo 6,68). Não existe prioridade maior do que esta: reabrir ao homem atual o acesso a Deus, a Deus que fala e nos comunica o seu amor para que tenhamos vida em abundân-cia (cf. Jo 10,10).

Fonte: Adaptado da Exortação Apostólica Pós-Sinodal. Docu-mentos Pontifícios-6. 1ª Edição. Brasília: Edições CNBB, p. 8.

pode agora estender-se a todos aqueles que na fé se deixam transformar pela Palavra de Deus. O Evangelho de Lu-cas apresenta-nos este mistério de es-cuta e de alegria, em dois textos. Jesus afirma: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21). E, em resposta à exclamação duma mulher que, do meio da multidão, pre-tende exaltar o ventre que o trouxe e o seio que o amamentou, Jesus revela o segredo da verdadeira alegria: “Diz antes: Felizes os que escutam a pala-vra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28). Jesus manifesta a verdadeira grandeza de Maria, abrindo assim também a cada um de nós a possibi-lidade daquela bem-aventurança que

nasce da Palavra acolhida e posta em prática. Por isso, recordo a todos os cristãos que o nosso relacionamento pessoal e comunitário com Deus de-pende do incremento da nossa familia- ridade com a Palavra divina. Por fim, dirijo-me a todos os homens, mesmo a quantos se afastaram da Igreja, que abandonaram a fé ou que nunca ouvi-ram o anúncio de salvação. O Senhor diz a cada um: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20).

Fonte: Adaptado da Exortação Apostólica Pós-Sinodal. Documentos Pontifícios-6. 1ª Edição. Brasília: Edições

CNBB, p. 8.

Fraterno abraço,Cônego Dagoberto Boim

Para tanto, é preciso que um dê ao ou-tro uma liberdade equilibrada, para que não se escravizem nem se dispersem em atividades individuais, aniquilando sua vida comum; lembrando que a fidelidade mútua não restringe a individualidade, mas promove uma confiança recíproca perene, essencial em um projeto de vida comum. O matrimônio cristão só tem sentido se tiver Deus como participante permanente, cons-tituindo a figura central do lar – na oração em família, no diálogo, nas boas obras, na frequência aos sacramentos, etc. – não dan-do margem a que egoísmos possam ser os elementos condutores da vida conjugal.

Como anunciadora do evangelho, a Igreja Católica propõe aos cristãos uma rica reflexão sobre a vida matrimonial, a fim de que seja uma verdadeira comunhão de vida e amor. Para leitura: Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, do papa João Paulo II, conhecida em versão brasileira como “A missão da família cristã no mundo de hoje” (Ed. Paulinas), de conteúdo importantíssi-mo para a formação de todas as famílias.