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Publicaçªo do Instituto de Estudos Socioeconômicos - Inesc Ano I n” 2 novembro de 2002 Novo governo, velhos cortes O projeto de Lei Orçamentária Anual para 2003, em discussão no Congresso, não dá margem à dúvida: o novo governo enfrentará dificuldade para executar as políticas públicas reclamadas pela sociedade brasileira. O PLOA, que tem a função de projetar a receita e fixar a despesa da União, prevê para o ano que vem a redução dos gastos públicos sociais - como por exemplo, nas áreas de saúde, educação, saneamento e habitação. O corte no orçamento ocorre para que o governo possa honrar os compromissos assumidos junto ao FMI, especialmente a geração de superávit primário. O momento exige mobilização. O Inesc, em parceria com mais 27 entidades da sociedade civil, criou recentemente o Fórum Brasil de Orçamento: um espaço para a discussão sobre o controle social do orçamento federal. Já está na pauta de debate o plano plurianual para o período de 2004 a 2007. Sua elaboração será no próximo ano, mas já é hora de apresentar as emendas ao Congresso. Uma oportunidade para que cada setor se esforce no sentido de incluir suas demandas no futuro plano de governo! Iara Pietricovsky Colegiado de gestªo O E D I T O R I A L O projeto de Lei OrçamentÆria e o acordo com o FMI D ois documentos importantes foram encaminha- dos por autoridades públicas brasileiras no último dia 29 de agosto. De um lado, o presidente Fernando Henrique Cardoso enviava ao Congresso Nacional a mensagem presidencial nº 764, solicitando a apreciação do pro- jeto de Lei Orçamentária Anual para 2003. De outro, foi enca- minhada carta assinada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e pelo presidente do Banco Central do Brasil, Armínio Fraga, ao Fundo Monetário Internacional, tendo como anexos o Me- morando de Política Econômica e o Memorando Técnico de Entendimentos, que justificavam e estabeleciam parâmetros para um acordo stand-by no valor de US$ 30 bilhões. A Lei Orçamentária Anual é o instrumento onde se esti- ma a receita e fixa a despesa da União para o exercício finan- ceiro do ano seguinte. É elaborada tendo como referência o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias -LDO. Desde o acordo com o Fundo, em 1998, o governo federal vem desenvolvendo uma política de propor medidas pre- vistas no acordo como determinações nos projetos de LDO que encaminha ao Congresso Nacional. A principal delas é a geração de superávits primários (receitas menos despesas, sem considerar os juros, encargos e as amortizações das dívi- das públicas). Aprovada e sancionada a lei, ocorrem dois fatos: a) os termos do acordo terminam sendo institucionalizados, e b) o Poder Legislativo passa a ser res- ponsável pelas determinações, numa espécie de cumplicida- 2

Boletim orcamento 2

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Publicação do Instituto de Estudos Socioeconômicos - Inesc � Ano I � nº 2 � novembro de 2002

Novo governo,velhos cortes

O projeto de Lei Orçamentária Anual para2003, em discussão no Congresso, não dámargem à dúvida: o novo governo enfrentarádificuldade para executar as políticas públicasreclamadas pela sociedade brasileira.O PLOA, que tem a função de projetar areceita e fixar a despesa da União, prevê parao ano que vem a redução dos gastos públicossociais - como por exemplo, nas áreas desaúde, educação, saneamento e habitação. Ocorte no orçamento ocorre para que o governopossa honrar os compromissos assumidos juntoao FMI, especialmente a geração de superávitprimário.O momento exige mobilização. O Inesc, emparceria com mais 27 entidades da sociedadecivil, criou recentemente o Fórum Brasil deOrçamento: um espaço para a discussão sobreo controle social do orçamento federal. Jáestá na pauta de debate o plano plurianualpara o período de 2004 a 2007. Suaelaboração será no próximo ano, mas já éhora de apresentar as emendas ao Congresso.Uma oportunidade para que cada setor seesforce no sentido de incluir suas demandasno futuro plano de governo!

Iara PietricovskyColegiado de gestão

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E D I T O R I A LO projeto de LeiOrçamentária e o acordocom o FMI

Dois documentos importantes foram encaminha-dos por autoridades públicas brasileiras no últimodia 29 de agosto. De um lado, o presidente

Fernando Henrique Cardoso enviava ao Congresso Nacional amensagem presidencial nº 764, solicitando a apreciação do pro-jeto de Lei Orçamentária Anual para 2003. De outro, foi enca-minhada carta assinada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan,e pelo presidente do Banco Central do Brasil, Armínio Fraga,ao Fundo Monetário Internacional, tendo como anexos o Me-morando de Política Econômica e o Memorando Técnico deEntendimentos, que justificavam e estabeleciam parâmetros paraum acordo stand-by no valor de US$ 30 bilhões.

A Lei Orçamentária Anual é o instrumento onde se esti-ma a receita e fixa a despesa da União para o exercício finan-ceiro do ano seguinte. É elaborada tendo como referência oPlano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias -LDO.Desde o acordo com o Fundo, em 1998, o governo federalvem desenvolvendo uma política de propor medidas pre-vistas no acordo como determinações nos projetos de LDOque encaminha ao Congresso Nacional. A principal delas éa geração de superávits primários (receitas menos despesas,sem considerar os juros, encargos e as amortizações das dívi-das públicas). Aprovada e sancionada a lei, ocorrem doisfatos: a) os termos do acordo terminam sendoinstitucionalizados, e b) o Poder Legislativo passa a ser res-ponsável pelas determinações, numa espécie de cumplicida-

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do PIB, cabendo 2,25% ao governo central (não inclui asempresas estatais). As metas para esses exercícios são ape-nas indicativas e correspondem a superávits de, respecti-vamente, R$ 43 bilhões e R$ 46,3 bilhões”. Resumida-mente, se impõem ao novo governo medidas que difi-cultam sobremaneira a execução de outras políticas go-vernamentais, principalmente aquelas relacionadas comas áreas sociais.

Mas a carta enviada ao FMI pelo ministro da Fazen-da e pelo presidente do Banco Central destoa, mesmodas imposições já listadas e que constam da LDO, umavez que determina revisões trimestrais das metas desuperávits primários, como alerta um documento daRede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais:“Assim, de uma só tacada o Acordo torna irrelevante alegislação orçamentária do País - a Lei das Diretrizes Or-çamentárias (LDOs) e as Leis Orçamentárias (LOs) queanualmente fixam as metas de superávit -, já que a cadatrês meses o FMI poderá exigir novos superávits primáriose assim, a não-execução orçamentária e cortes em progra-mas sociais e de investimentos”.1 Assim, ou cumprem-seas metas ou o Congresso Nacional terá de aprovar acada três meses alterações na LDO

de que permite ao Poder Executivo afirmar, quandoquestionado, que estas medidas foram aprovadas peloCongresso Nacional.

A Lei nº 10.524 (LDO), de 25 de julho de 2002,que “dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da leiorçamentária de 2003 e dá outras providências”, trouxeno seu “Anexo de Metas Fiscais” um levantamento des-sas determinações e de seus resultados nos últimos doisanos, conforme pode ser observado na tabela 1.

No mesmo anexo de Metas Fiscais, encontram-se asdeterminações para o ano de 2003 e as previsões para2004 e 2005: “As metas fiscais para o governo federal aseguir definidas são consistentes com a obtenção da metade superávit primário definida para o setor público conso-lidado de 3,75% do PIB em 2003 e, no mínimo, 3,5%nos próximos anos”; sendo que: “propõe-se a alcançar em2003 um superávit primário do governo federal de R$39,8 bilhões, equivalentes a 2,80% do PIB, consideran-do-se o valor estimado para o PIB de R$ 1.422,1 bilhões”.A diferença de 0,95% do PIB deve ser executada pelosgovernos estaduais e municipais. Na mesma linha, otexto afirma: “Para os anos de 2004 e 2005, prevê-se amanutenção do esforço fiscal do governo federal em 2,80%

Orçamento: uma publicação do INESC � Instituto de Estudos Socioeconômicos, Tiragem: 3 mil exemplares - End: SCS � quadra08, bl B-50 - salas 431/441 Ed. Venâncio 2000 � cep: 70.333-970 � Brasília/DF � Brasil � Fone: (61) 226 8093 � Fax: (61) 2268042 � E-mail: [email protected] � Site: www.inesc.org.br � Conselho Diretor: Jackson Machado � presidente; RonaldoGarcia � vice-presidente; Elisabeth Barros � 1ª secretária; Paulo Pires � 2º secretário; Gilda Cabral � 1ª tesoureira; AugustinoVeit � 2º tesoureiro � Colegiado de gestão: José Moroni, Iara Pietricovsky � Assessoria: Adriana de Almeida, Austregésilo deMelo, Edélcio Vigna, Hélcio de Souza, Jair Barbosa Júnior, Jussara de Goiás, Luciana Costa - Jornalista responsável: LucianaCosta � Ilustração: Cerino � Projeto gráfico e diagramação: DataCerta Comunicação � Impressão: Vangraf

abela 1

2000 2001 Reprogramado 2002

Discriminação Valor % PIB Valor % PIB Valor % PIB

I. Meta de resultado primário fixada 36.286,8 2,8 31.653,1 2,5 36.673,0 2,8

II. Resultado primário obtido 36.411,7 2,8 31.853,4 2,5 36.673,0 2,8

Fiscal e Seguridade Social 24.307,4 1,9 23.692,4 1,8 29.213,0 2,2

Estatais 12.104,3 0,9 8.160,9 0,6 7.460,0 0,6

III. Diferença entre a meta e o resultado 124,9 0,0 200,3 0,0 - -

IV. Resultado nominal obtido -29.763,5 -2,3 -27.242,2 -2,1 - -

IX. Dívida líquida Governo Central 419.935,4 31,0 443.792,1 33,1 - -Fonte: Anexo de Metas Fiscais da Lei nº 10.524/2002Elaboração: Inesc

Lei de Diretrizes Orçamentárias - 2003Anexo de Metas Fiscais - Metas e Projeções Fiscais(Art. 4º, § 1º, da Lei Complementar nº 101, de 2000)

Preços Médios 2002 IGP-DI

T

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novembro de 2002 3

Orçamento

A previsão de recursos para o pagamento dos juros, en-cargos e amortizações das dívidas é de R$ 141,9 bilhões,sendo R$ 113,3 bilhões relativos à dívida interna e R$30,6 bilhões à dívida externa. Saliente-se que trata-se deuma estimativa quase 10% superior ao volume de recur-sos previstos para 2002, em termos reais. A previsão é deque 33,8% dos recursos orçamentários relativos à dispo-nibilidade líquida do Poder Executivo2 estarão orientadospara este tipo de dispêndio. Até o dia 26 de julho de 2002,este gasto situava-se em 35,5%. Tal fato pode ser observa-

do na tabela 2, que trata dos recursos para a dívida interna.Os pagamentos previstos com a “Fonte” 144 são os “Tí-tulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional”.

Para os pagamentos da dívida externa, a situação des-sas mesmas despesas pode ser avaliada na tabela 3.

Como o governo federal não tem capacidade de ar-recadação para honrar compromissos desta magnitude,ele se vê obrigado a emitir títulos da dívida pública paracompensar a diferença. O resultado desta operação é aampliação da dívida.

abela 2

COD FONTE REC Fontes Juros e Encargos Amortizações Total

100 Rec. ordinários 12.360.953.328,00 12.360.953.328,00

111 Contribuição s/ combustíveis 47.743.361,00 59.766.389,00 107.509.750,00

129 Rec. de conces. e permis. 851.096.683,00 851.096.683,00

144 Títulos.Responsabilidade.Tes.Nac - Out. aplic. 56.723.110.744,00 56.723.110.744,00

152 Result. Bacen 6.448.000.000,00 6.448.000.000,00

159 Op.créd.- Ret.Ref.Div.Méd L.P. 177.214.467,00 4.766.518.696,00 4.943.733.163,00

163 Ref. Patrim. - Privatização 1.412.422.999,00 1.412.422.999,00

173 Op.Créd.-Ret.O.C.-Est. e Munic 1.278.196.273,00 10.125.506.965,00 11.403.703.238,00

186 Outras receitas originárias 81.019.356,00 81.019.356,00

187 Alienação de títulos e valores mobiliários 587.583.833,00 587.583.833,00

188 Remuneração Disponibilidades do Tesouro Nacional 10.908.663.766,00 10.908.663.766,00

197 Dividendos - União 3.889.655.000,00 3.889.655.000,00

250 Rec. próprios não-financeiros 989.279,00 1.283.986.321,00 1.284.975.600,00

900 Recursos ordinários 4.999.996,00 4.999.996,00

997 Dividendos- União 267.105.000,00 267.105.000,00

Total 69.135.917.890,00 42.138.614.566,00 111.274.532.456,00Fonte: SIAFI/STN/COFF- Câmara dos DeputadosElaboração: Inesc

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Juros, encargos e amortizações da Dívida Interna

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abela 3

COD FONTE REC Fontes Juros e Encargos Amortizações Total

100 Rec. ordinários 2.405.339.090,00 2.405.339.090,00

111 Contribuição s/ combustíveis 446.454.261,00 609.963.132,00 1.056.417.393,00

144 Tít.Responsabilidade Tes.Nac - Out. aplic. 22.033.975.428,00 22.033.975.428,00

148 Oper.créd.ext. - em moeda 2.937.000.000,00 2.937.000.000,00

158 Mult.inc.s/ rec.adm pela SRF 13.316.301,00 14.175.723,00 27.492.024,00

159 Op.créd.- Ret.Ref.Div.Méd L.P. 23.937.692,00 229.888.792,00 253.826.484,00

171 Op. créd. Bea/bib 843.394.607,00 567.917.859,00 1.411.312.466,00

174 Taxas pelo Poder de Polícia 849.529,00 849.529,00

189 Op.cred.-Ret.Ref.Div.C. Paris 74.800.068,00 259.875.964,00 334.676.032,00

250 Rec. próprios não-financeiros 182.657,00 1.299.499,00 1.482.156,00

900 Recursos ordinários 65.000.000,00 65.000.000,00

985 Desv.Rec.Comp.Fin.Petr.Gás Nat 12.197.400,00 21.123.600,00 33.321.000,00

Total 23.449.107.943,00 7.111.583.659,00 30.560.691.602,00Fonte: SIAFI/STN/COFF- Câmara dos DeputadosElaboração: Inesc

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Juros, encargos e amortizações da Dívida Externa

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1 Vianna, Aurélio Jr - FMI e Democracia: o recente Acordo do Governo brasileiro com o Fundo Monetário Internacional, Rede Brasil, 2002.2 Melo, Austregésilo - Boletim do Orçamento nº 1, Inesc, agosto de 2002.

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4 novembro de 2002

Gastos sociaispara 2003

O governo federal encaminhou ao Congresso Na-cional o projeto de Lei Orçamentária Anual para2003, em cumprimento ao dispositivo consti-

tucional que estabelece o dia 31 de agosto como prazofinal para enviar a proposta. Neste mesmo dia, 28 entida-des da sociedade civil realizaram um seminário em Brasíliapara debater a importância do controle social do orçamen-to público federal.

Com base nas informações disponíveis - ou seja, a men-sagem presidencial e um conjunto de dados do governointitulado “quadro consolidado” -, o INESC apresentou umaavaliação preliminar da proposta encaminhada pelo gover-no federal, para que o grupo presente ao seminário seposicionasse sobre o assunto. Foram debatidos vários pro-blemas, dos quais destacamos a redução dos gastos com “de-senvolvimento social” (terminologia constante da mensa-gem), a questão dos investimentos e do salário mínimo real.

Foi feita uma comparação entre a proposta atual e a enviadano ano passado, esta atualizada pela inflação, de acordo como IGP-M da Fundação Getúlio Vargas.

Respaldado em informações divulgadas pela Câmara dosDeputados (www.camara.gov.br/orçamentodaunião), oInesc fez uma avaliação da proposta apresentada, conside-rando as “funções” e “programas”, com o objetivo de obteruma visão mais precisa do impacto do orçamento na vidados brasileiros.

A variação real do orçamento, de 2002 para 2003, éde R$ 27,4 bilhões; mas ocorre que R$25,5 bilhões es-tão concentrados nos chamados “Encargos Especiais”,onde se concentram os “Encargos Financeiros da União”,como o pagamento de juros e amortizações das dívidaspúblicas. O que assistimos, na verdade, é uma reduçãodos gastos em áreas sociais.

SaúdeEm termos reais, houve uma redução de R$ 1,7 bilhões

nos gastos nesta área. Foram atingidos, principalmente, osprogramas de “Atendimento ambulatorial, emergencial e hos-

novembro de 2002

20

40

80

100

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Trabalho

Agricultura

Defesa Nacio

nal

Reserva de Contingência

Educação

Saúde

Pessoal I

nativo

Outras Áreas

Pessoal at

ivo0

Proposta orçamentária 2003

Transf. p

/ Est. e Munic.

Previdência So

cial

Juros, Encargo

s e

Amortizaçãoes

em R$ bilhões

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novembro de 2002 5

Orçamento

pitalar do Sistema Único de Saúde -SUS”, que perdeu R$1,08 bilhão; o programa de “Saneamento Básico”, que teveuma redução de R$ 887,6 milhões; o de “Alimentação Sau-dável”, que ficará sem R$ 155,1 milhões, e o de “Qualidadee Eficiência do SUS”, com um corte de R$ 152,7 milhões.As diferenças se devem a acréscimos em outros programas, eos dados podem ser observados na tabela “Função Saúde”,em anexo. Um fato que pode justificar, em parte, as redu-ções nos gastos com saneamento e alimentação é que, nesteano, o Ministério da Saúde não contará com recursos oriun-dos das aplicações financeiras do Fundo de Combate à Po-breza. Isso porque, em 2001, o governo não conseguiu apli-car o conjunto de recursos do Fundo e o dinheiro foi entãoaplicado e despendido em 2002.

EducaçãoA diminuição global na “Função Educação”, em ter-

mos reais, foi de R$ 959,4 milhões. Os programas quemais perderam foram “Desenvolvimento do EnsinoMédio”, com uma redução de R$ 462,1 milhões; “TodaCriança na Escola”, com menos R$ 369,6 milhões; “Par-ticipação em programas municipais de garantia de ren-da mínima associados a ações socioeducativas - Bolsa-Escola”, com uma diminuição de R$ 186,6 milhões;“Alimentação Escolar”, queda de R$ 111,5 milhões; e“Apoio ao desenvolvimento do ensino fundamental”,que perdeu R$ 48,5 milhões. Houve uma compensa-ção com o aumento de recursos para o programa de“Distribuição de livros didáticos para alunos e profes-sores do ensino fundamental”, que recebeu um incre-mento de R$ 191,3 milhões.

Saneamento, Habitação e UrbanismoEstas funções estão principalmente vinculadas à Se-

cretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidência daRepública e sofreram reduções que totalizam R$ 144,5milhões, de 2002 para 2003. Foram cortes de R$ 62,5milhões em Saneamento; R$40,3 milhões em Urba-nismo e R$ 45,5 em Habitação. Cabe ressaltar que oprincipal financiador destas áreas no governo federal é aCaixa Econômica Federal através dos recursos do Fun-do de Garantia por Tempo de Serviço –FGTS- e quetais recursos não constam do orçamento federal.

Podemos concluir que o orçamento enviado pelo po-der Executivo para 2003 dificilmente conseguirá respon-der às demandas sociais do país. O Congresso Nacional eo novo presidente da República estão, portanto, convoca-dos a corrigir as distorções existentes no projeto de lei.

O Plano Plurianualde 2004 a 2007

Em 2003, estará colocada uma grande discussão so-bre políticas públicas no Brasil. No primeiro se-mestre, será elaborado, sob a coordenação do Mi-

nistério do Planejamento, o Plano Plurianual - PPA -para o período de 2004 a 2007; período que compreen-de o segundo ano de mandato do presidente eleito em2002 e o primeiro ano de mandato do presidente quegovernará a partir de 2007. No segundo semestre de 2002,o debate será no Congresso Nacional, quando serão apre-sentadas emendas visando aprimorar a proposta.

Para a sociedade civil organizada, o desafio é influen-ciar na elaboração do plano de governo. E a pergunta é:como fazer o governo federal ouvir as propostas e osanseios dos mais diversos setores?

Será preciso, primeiramente, fazer uma breve avaliaçãosobre o último PPA. Devemos lembrar que, quando daapresentação da proposta, em 1999, o governo federal de-clarava tratar-se de um novo modelo, estruturado a partir deeixos de desenvolvimento, tendo o programa como instru-mento de ligação entre o plano e o orçamento. A propostacontava com 365 programas; os finalísticos foram elabora-dos a partir de problemas concretos colocados para a socie-dade brasileira. Cabe, assim, fazer uma avaliação sobre a efi-ciência, eficácia, efetividade e sustentabilidade do plano.

O próximo passo é relacionar as políticas públicas consi-deradas necessárias para o enfrentamento dos problemas exis-tentes; as soluções propostas e os custos estimados. Feitoisso, é hora de dialogar com a área do governo que trata dotema; como por exemplo, o Departamento da Criança e doAdolescente do Ministério do Justiça, no caso do Fórum daCriança e do Adolescente; ou o Ministério da Reforma Agrá-ria, para discutir a questão do campo. E é preciso desenvol-ver uma ampla articulação para apresentar as propostas àPresidência da República e ao Ministério da Planejamento.

Se desenvolvermos este esforço conjunto e conseguir-mos avançar neste sentido, estaremos invertendo a lógicado planejamento feito dentro da máquina pública e cons-truindo um processo de democratização e participaçãono processo orçamentário brasileiro.

Austregésilo de MeloAssessor de Política Fiscal e Orçamentária

[email protected]

novembro de 2002

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6 novembro de 2002

abela 4

2002 valores nominais 2002 valores reais proposta para 2003 Diferença 2003

Orçamento da União 637.974.327.960 702.856.317.114 1.009.532.195.931 306.675.878.817

Títulos da dívida pública(contabilidade pública) fonte 143 220.467.694.073 242.889.258.560 522.154.825.637 279.265.567.077

Despesa prevista e realizada 417.506.633.887 459.967.058.553 487.377.370.294 27.410.311.741

Legislaitva 2.453.241.904 2.702.736.606 2.809.914.938 107.178.332

Judiciária 7.278.681.210 8.018.923.089 8.442.269.588 423.346.499

Ministério Público da União 947.986.255 1.044.396.457 1.438.204.000 393.807.543

Transferências constitucionais e legais 53.872.401.130 59.351.224.325 55.098.212.894 -4.253.011.431

Disponibilidade líquida do poder Executivo 352.954.323.388 388.849.778.077 419.588.768.874 30.738.990.797

Juros, encargos e amortizações da dívida interna 84.321.367.345 92.896.850.404 111.274.532.456 18.377.682.052

Juros, encargos e amortizações da dívida externa 26.891.025.557 29.625.842.856 30.560.691.602 934.848.746

Juros, encargos e amortizações das dívidas interna e externa 111.212.392.902 122.522.693.260 141.835.224.058 19.312.530.798

Disp. líquida do poder Exec.após o pagto. dos serv. da dívida 241.741.930.486 266.327.084.816 277.753.544.816 11.426.460.000Fonte: SIAFI/STN/COFF-CDElaboração: Inesc

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Disponibilidade Líquida

Em R$

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FUNCÕES PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Legislativa 2.453.241.904 2.702.736.606 2.809.914.938 107.178.332

Judiciária 7.278.681.210 8.018.923.089 8.442.269.588 423.346.499

Essencial à Justiça 962.267.764 1.060.130.396 1.363.613.826 303.483.430

Administração 10.082.584.153 11.107.982.961 8.544.966.207 -2.563.016.754

Defesa Nacional 11.840.299.088 13.044.457.505 12.530.701.625 -513.755.880

Segurança Pública 1.728.780.745 1.904.597.747 2.403.781.460 499.183.713

Relações Exteriores 861.803.419 949.448.827 941.380.896 -8.067.931

Assistência Social 6.066.454.083 6.683.412.463 6.841.318.873 157.906.410

Previdência Social 114.123.135.900 125.729.458.821 131.806.160.039 6.076.701.218

Saúde 24.914.916.796 27.448.763.834 25.652.059.695 -1.796.704.139

Trabalho 7.634.369.251 8.410.784.604 8.226.407.251 -184.377.353

Educação 13.689.178.280 15.081.367.711 14.122.015.540 -959.352.171

Cultura 249.780.274 275.182.928 257.595.853 -17.587.075

Direitos da Cidadania 413.296.869 455.329.161 484.469.999 29.140.838

Urbanismo 63.450.348 69.903.248 29.531.211 -40.372.037

Habitação 58.024.229 63.925.293 22.375.000 -41.550.293

Saneamento 87.271.031 96.146.495 33.589.000 -62.557.495

Gestão Ambiental 1.308.627.623 1.441.715.052 1.133.907.189 -307.807.863

Ciência e Tecnologia 1.943.393.124 2.141.036.205 2.050.264.927 -90.771.278

Agricultura 8.486.237.618 9.349.287.984 8.331.187.549 -1.018.100.435

Organização Agrária 1.537.014.162 1.693.328.502 1.489.374.579 -203.953.923

Indústria 440.573.096 485.379.380 494.983.405 9.604.025

Comércio e Serviços 2.514.165.811 2.769.856.474 2.802.300.488 32.444.014

Comunicações 1.810.451.090 1.994.573.966 901.807.385 -1.092.766.581

Energia 1.277.576.197 1.407.505.696 1.940.074.405 532.568.709

Transporte 4.129.060.831 4.548.986.318 3.589.860.207 -959.126.111

Desporto e Lazer 141.734.122 156.148.482 144.597.000 -11.551.482

Encargos Especiais 182.906.567.504 201.508.165.419 227.013.880.638 25.505.715.219

Reserva de Contingência 8.503.697.365 9.368.523.387 12.972.981.521 3.604.458.134

Total 417.506.633.887 459.967.058.553 487.377.370.294 27.410.311.741* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Orçamento por Funções

Em R$

T

Page 7: Boletim orcamento 2

novembro de 2002 7

Orçamento

abela 6

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Território e cultura indígenas 513.000 565.172 817.000 251.828

Música e Artes cênicas 16.997.050 18.725.650 16.997.050 -1.728.600

Brasil Patrimônio Cultural 32.649.415 35.969.861 30.638.899 -5.330.962

Livro Aberto 16.130.707 17.771.200 13.064.627 -4.706.573

Cinema, Som e Vídeo 15.708.114 17.305.629 14.266.232 -3.039.397

Produção e difusão cultural 26.524.923 29.222.508 24.603.750 -4.618.758

Museu Memória e Futuro 14.241.264 15.689.601 13.154.584 -2.535.017

Cultura afro-brasileira 3.716.961 4.094.976 6.257.532 2.162.556

Gestão da política de cultura 3.213.834 3.540.681 3.718.038 177.357

Gestão da participação em organismos internacionais 1.184.498 1.304.961 819.188 -485.773

Apoio administrativo 91.403.074 100.698.767 99.644.044 -1.054.723

Gestão da política de comunicação de governo 1.000.000 1.101.700 1.435.397 333.697

Valorização do servidor público 10.476.434 11.541.887 11.101.112 -440.775

MONUMENTA: Preservação do patrimônio histórico 16.021.000 17.650.336 21.078.400 3.428.064

Total 249.780.274 275.182.928 257.595.853 -17.587.075* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Cultura

Em R$

T

abela 7

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Assistência farmacêutica 6.215.000 6.847.066 7.279.253 432.188

Toda Criança na Escola 4.477.887.720 4.933.288.901 4.563.734.630 -369.554.271

Desenvolvimento do ensino de graduação 5.886.741.607 6.485.423.228 6.463.174.385 -22.248.843

Escola de Qualidade para Todos 87.253.000 96.126.630 81.882.620 -14.244.010

Desenvolvimento do ensino de pós-graduação 536.146.041 590.672.093 624.914.972 34.242.879

Desenvolvimento da educação profissional 612.856.933 675.184.483 677.186.900 2.002.417

Desenvolvimento do ensino médio 547.104.545 602.745.077 140.637.897 -462.107.180

Hospitais de ensino 0 314.376.443 314.376.443

Educação de jovens e adultos 470.797.000 518.677.055 447.060.890 -71.616.165

Estatísticas e avaliações educacionais 126.744.386 139.634.290 161.853.996 22.219.706

Desenvolvimento da educação especial 38.734.966 42.674.312 45.963.361 3.289.049

Gestão da política de educação 17.979.000 19.807.464 19.551.049 -256.415

Atenção à criança 17.910.000 19.731.447 17.373.000 -2.358.447

Etnodesenvolvimento das sociedades indígenas 400.000 440.680 400.000 -40.680

Brasil Patrimônio Cultural 926.760 1.021.011 493.018 -527.993

Produção e difusão cultural 1.237.656 1.363.526 262.873 -1.100.653

Cultura afro-brasileira 100.000 110.170 200.000 89.830

Expansão e consolidação do conhecimento científico e tecnológico 24.602.261 27.104.311 12.773.529 -14.330.782

Sociedade da infomação - Internet II 21.000.000 23.135.700 21.000.000 -2.135.700

Educação e segurança no trânsito 8.661.000 9.541.824 8.200.000 -1.341.824

Paz nas escolas 1.400.000 1.542.380 1.400.000 -142.380

Gestão da participação em organismos internacionais 7.247.483 7.984.552 7.415.314 -569.238

Apoio administrativo 489.474.613 539.254.181 231.251.550 -308.002.631

Gestão da política de comunicação de governo 10.000.000 11.017.000 10.000.000 -1.017.000

Valorização do servidor público 297.758.309 328.040.329 263.629.860 -64.410.469

Total 13.689.178.280 15.081.367.711 14.122.015.540 -959.352.171* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Educação

Em R$

T

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8 novembro de 2002

abela 9

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real PL 2003 Diferença

Educação de jovens e adultos 7.691.000 8.473.175 10.000.000 1.526.825

Novo Mundo Rural: assentamento de trabalhadores rurais 799.133.000 880.404.826 800.720.000 -79.684.826

Novo Mundo Rural: consolidação de assentamentos 250.850.000 276.361.445 191.400.000 -84.961.445

Emancipação de assentamentos rurais 154.069.000 169.737.817 163.600.000 -6.137.817

Gerenciamento da estrutura fundiária 22.750.000 25.063.675 24.750.000 -313.675

Gestão da política fundiária 9.088.000 10.012.250 9.088.000 -924.250

Desenv. Agroambiental do Estado de Mato Grosso - PRODEAGRO 350.000 385.595 -385.595

Desenvolvimento da Amazônia Legal 4.680.000 5.155.956 4.400.000 -755.956

Apoio administrativo 255.835.162 281.853.598 258.888.065 -22.965.533

Gestão da política de comunicação de governo 10.128.000 11.158.018 4.600.000 -6.558.018

Valorização do servidor público 22.440.000 24.722.148 21.928.514 -2.793.634

Total 1.537.014.162 1.693.328.502 1.489.374.579 -203.953.923* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Organização Agrária

Em R$

T

abela 8

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Design Brasil 49.000 0 49.000 -471.380.485

Capacitação de recursos humanos para pesquisa 427.910.942 471.429.485 433.909.000 179.643.640

Expansão e consolidação do conhecimento científico e tecnológico 230.793.646 254.265.360 275.437.000 184.707.754

Climatologia, Meteorologia e Hidrologia 82.353.859 90.729.246 36.343.000 -324.918.642

Inovação para competitividade 327.912.900 361.261.642 351.503.259 237.110.346

Nacional de Atividades Espaciais - PNAE 103.833.088 114.392.913 130.621.200 53.702.441

Sociedade da informação - Internet II 69.818.244 76.918.759 52.253.000 20.589.785

Bionetcnologia e recursos genéticos - Genoma 28.740.324 31.663.215 40.470.000 25.401.528

Desenvolvimento tecnológico na área nuclear 13.677.473 15.068.472 12.593.000 -21.449.750

Ciência e tecnologia para a gestão de ecossistemas 30.900.200 34.042.750 36.316.000 32.974.217

Ciência e tecnologia para o agronegócio 3.033.297 3.341.783 31.000.000 26.086.032

Sistemas locais de inovação 4.460.350 4.913.968 3.836.000 3.417.978

PROANTAR 379.434 418.022 379.000 -18.654.788

Gestão da política de ciência e tecnologia 17.276.743 19.033.788 19.846.000 19.696.389

Recursos do mar 135.800 149.611 135.000 -792.907

Mudanças climáticas 842.250 927.907 842.500 692.889

Pesquisa aplicada na área energética 135.800 149.611 17.179.000 9.730.256

Desenvolvimento de serviços tecnológicos 6.761.136 7.448.744 15.000.000 -159.053.398

Promoção do desenvolvimento tecnológico do setor petrolífero 157.986.201 174.053.398 91.040.001 89.776.351

Prevenção e combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais 1.147.000 1.263.650 1.147.000 -415.211

PROBEM da Amazônia 1.418.000 1.562.211 3.825.000 3.825.000

PROBEM da Amazônia 0 0 10.200.000 4.558.490

Gestão da participação em organismos internacionais 5.120.732 5.641.510 5.620.782 -426.264.667

Apoio administrativo 392.017.291 431.885.449 418.673.027 412.514.052

Gestão da política de comunicação de governo 5.590.428 6.158.975 3.134.400 -27.526.909

Valorização do servidor público 27.830.906 30.661.309 28.912.758 25.312.314

Fomento à pesquisa em saúde 3.268.080 3.600.444 30.000.000 -2.111.036.205

Total 1.943.393.124 2.141.036.205 2.050.264.927 -90.771.278* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Ciência e Tecnologia

Em R$

T

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novembro de 2002 9

Orçamento

abela 10

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Reinserção social do adolescente em conflito com a lei 300.000 330.510 800.000 469.490

Esporte Solidário 37.603.000 41.427.225 33.535.000 -7.892.225

Brasil Potência Esportiva 25.008.514 27.551.880 37.916.000 10.364.120

Gestão das políticas de esporte e turismo 2.000.000 2.203.400 3.775.000 1.571.600

Reestruturação do sistema penitenciário 10.227.000 11.267.086 10.227.000 -1.040.086

Gestão da participação em organismos internacionais 7.000 7.712 21.000 13.288

Esporte na Escola 66.588.608 73.360.669 58.323.000 -15.037.669

Total 141.734.122 156.148.482 144.597.000 -11.551.482* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Desporto

Em R$

T

abela 11

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Desenvolvimento do ensino de pós-graduação 200.000 220.340 161.913 -58.427

Educação ambiental 6.585.266 7.254.988 8.756.038 1.501.050

Recursos pesqueiros sustentáveis 7.878.431 8.679.667 14.206.901 5.527.234

Desenvolvimento de serviços tecnológicos 1.160.000 1.277.972 1.660.000 382.028

PROÁGUA - Gestão 32.006.480 35.261.539 32.305.185 -2.956.354

Águas do Brasil 27.556.124 30.358.582 28.542.514 -1.816.068

Pantanal 29.471.118 32.468.331 20.807.470 -11.660.861

Parques do Brasil 74.705.803 82.303.383 51.122.919 -31.180.464

Turismo Verde 10.934.994 12.047.083 5.834.221 -6.212.862

Qualidade ambiental 85.798.457 94.524.160 46.742.110 -47.782.050

Amazônia Sustentável 44.597.862 49.133.465 56.838.503 7.705.038

Prevenção e combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais 30.033.716 33.088.145 39.927.590 6.839.445

Segurança Nuclear 15.032.736 16.561.565 11.827.634 -4.733.931

FLORESTAR 10.038.163 11.059.044 20.898.140 9.839.096

Florestas Sustentáveis 31.441.988 34.639.638 32.144.455 -2.495.183

Nossos Rios: São Franciso 39.198.000 43.184.437 14.496.176 -28.688.261

Biodiversidade e recursos genéticos - Biovida 23.694.637 26.104.382 22.045.252 -4.059.130

PROBEM da Amazônia 6.369.307 7.017.066 2.038.573 -4.978.493

Gestão da política do Meio Ambiente 35.573.579 39.191.412 18.509.318 -20.682.094

Zoneamento ecológico-econômico 8.955.279 9.866.031 4.513.714 -5.352.317

Nossos Rios: Paraíba do Sul 2.800.000 3.084.760 15.158.270 12.073.510

Nossos Rios: Araguaia-Tocantins 2.200.000 2.423.740 389.052 -2.034.688

PROÁGUA infra-estrutura 316.991.423 349.229.451 241.365.161 -107.864.290

Brasil Joga Limpo 17.120.634 18.861.802 3.606.183 -15.255.619

Plano agropecuário e florestal de Rondônia - PLANAFLORO 300.000 330.510 0 -330.510

Desenv. agroambiental do Estado de Mato Grosso - PRODEAGRO 3.950.000 4.351.715 0 -4.351.715

Transposição de águas do Rio São Francisco 6.000.000 6.610.200 3.200.000 -3.410.200

Gestão da participação em organismos internacionais 1.522.687 1.677.544 1.323.292 -354.252

Apoio administrativo 319.937.020 352.474.615 340.657.944 -11.816.671

Gestão da política de comunicação de governo 2.400.000 2.644.080 2.668.713 24.633

Valorização do servidor público 19.054.071 20.991.870 17.691.054 -3.300.816

Despoluição de bacias hidrográficas 95.119.848 104.793.537 74.468.894 -30.324.643

Total 1.308.627.623 1.441.715.052 1.133.907.189 -307.807.863* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Gestão Ambiental

Em R$

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10 novembro de 2002

abela 12

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Saúde da Família 3.234.800.000 3.563.779.160 3.751.700.000 187.920.840

Prevenção e controle de doenças transmitidas por vetores 861.474.000 949.085.906 941.752.000 -7.333.906

Prevenção, controle e assistência aos portadores de DST e da AIDS 596.000.000 656.613.200 636.000.000 -20.613.200

Qualidade e eficiência do SUS 475.335.000 523.676.570 371.000.000 -152.676.570

Assistência farmacêutica 491.190.000 541.144.023 932.828.000 391.683.977

Prevenção e controle das doenças imunopreveníveis 292.000.000 321.696.400 299.920.000 -21.776.400

Qualidade do sangue 184.700.000 203.483.990 258.700.000 55.216.010

Alimentação Saudável 472.600.000 520.663.420 365.600.000 -155.063.420

Profissionalização da enfermagem 70.000.000 77.119.000 90.000.000 12.881.000

Vigilância sanitária de produtos e serviços 139.335.000 153.505.370 149.320.000 -4.185.370

Prevenção e controle do câncer e assistência oncológica 233.292.000 257.017.796 247.530.000 -9.487.796

Pesquisa e desenvolvimento em saúde 129.688.200 142.877.490 165.507.700 22.630.210

Vigilância epidemiológica e ambiental em saúde 112.000.000 123.390.400 112.000.000 -11.390.400

Gestão da política de saúde 66.640.000 73.417.288 78.118.000 4.700.712

Prevenção e controle das doenças crônico-degenerativas 73.870.000 81.382.579 133.037.000 51.654.421

Saúde Mental 39.420.000 43.429.014 36.420.000 -7.009.014

Prevenção e controle da tuberculose e de outras pneumopatias 29.041.100 31.994.580 35.761.400 3.766.820

Controle da hanseníase e de outras dermatoses 14.106.000 15.540.580 11.706.000 -3.834.580

Saúde da mulher 10.590.000 11.667.003 12.330.000 662.997

Saúde do trabalhador 5.100.000 5.618.670 5.120.000 -498.670

Atendimento ambulatorial, emergencial e hospitalar 12.986.283.000 14.306.987.981 13.230.314.009 -1.076.673.972

Vigilância sanitária em portos, aeroportos e fronteiras 8.500.000 9.364.450 9.000.000 -364.450

Saúde suplementar 28.000.000 30.847.600 78.970.000 48.122.400

Saúde do jovem 7.075.000 7.794.528 6.210.000 -1.584.528

Saúde da criança e aleitamento materno 17.291.000 19.049.495 38.260.000 19.210.505

Prevenção e controle das infecções hospitalares 1.751.000 1.929.077 2.000.000 70.923

Atenção à pessoa portadora de deficiência 3.250.000 3.580.525 3.283.000 -297.525

Valorização e saúde do idoso 54.153.000 59.660.360 69.650.000 9.989.640

Saneamento básico 972.864.000 1.071.804.269 184.200.000 -887.604.269

Etnodesenvolvimento das sociedades indígenas 125.921.000 138.727.166 127.000.000 -11.727.166

Biotecnologia e recursos genéticos - GENOMA 1.000.000 1.101.700 1.000.000 -101.700

Aplicações nucleares na área médica 15.745.848 17.347.201 16.745.000 -602.201

Gestão da participação em organismos internacionais 27.585.000 30.390.395 35.175.000 4.784.606

Apoio administrativo 2.761.058.648 3.041.858.313 2.837.477.886 -204.380.427

Gestão da política de comunicação de governo 20.500.000 22.584.850 15.000.000 -7.584.850

Valorização do servidor público 352.758.000 388.633.489 363.424.700 -25.208.789

Total 24.914.916.796 27.448.763.834 25.652.059.695 -1.796.704.139* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Saúde

Em R$

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PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real PL 2003 Diferença

Saneamento é vida 62.626.843 68.995.993 24.675.000 -44.320.993

Municipalização do turismo 7.786.630 8.578.530 0 -8.578.530

Gestão de recursos sólidos urbanos 16.857.558 18.571.972 8.914.000 -9.657.972

Total 87.271.031 96.146.495 33.589.000 -62.557.495* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Saneamento

Em R$

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novembro de 2002 11

Orçamento

abela 14

PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Profissionalização da enfermagem 30.000.000 33.051.000 3.750.000 -29.301.000

Desenvolvimento da educação profissional 50.000.000 55.085.000 6.250.000 -48.835.000

Erradicação do trabalho infantil 3.068.819 3.380.918 2.500.000 -880.918

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Alto Solimões 130.000 143.221 81.000 -62.221

Desenv. integ. e sust. da mesorregião Grande Fronteira do Mercosul 160.000 176.272 140.000 -36.272

Desenv. integ. e sust. da mesorregião de Águas Emendadas 126.000 138.814 77.000 -61.814

Desenv. integ. e sust. da mesorregião da Bacia do Itabapoana 126.000 138.814 66.500 -72.314

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Bico do Papagaio 84.000 92.543 40.000 -52.543

Desenv. integ. e sust. da mesorregião da Chapada das Mangabeiras 84.000 92.543 56.000 -36.543

Desenv. integ. e sust. da mesorregião da Chapada do Araripe 84.000 92.543 76.000 -16.543

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Rio Grande do Sul 126.000 138.814 75.000 -63.814

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 154.672 170.402 300.000 129.598

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Vale da Ribeira e Guaraqueçaba 200.000 220.340 147.500 -72.840

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Vale do Rio Acre 98.000 107.967 40.000 -67.967

Desenv. integ. e sust. da mesorregião do Xingó 98.000 107.967 56.000 -51.967

Desenv. integ. e sust. da mesorregião da Zona da Mata Canavieira Nordestina 116.000 127.797 56.000 -71.797

Desenvolvimento da região integrada do Distrito Federal e Entorno 600.000 661.020 560.000 -101.020

Novo emprego e seguro-desemprego 5.379.325.173 5.926.402.543 5.841.192.067 -85.210.476

Assistência ao Trabalhador 922.653.732 1.016.487.617 1.226.859.571 210.371.954

Qualificação profissional do trabalhador 310.538.688 342.120.473 225.667.849 -116.452.624

Trabalho Legal 245.209.743 270.147.574 218.727.102 -51.420.472

Geração de emprego e renda 24.814.200 27.337.804 17.823.200 -9.514.604

Recursos pesqueiros sustentáveis 49.849.920 54.919.657 60.030.377 5.110.720

Trabalho seguro e saudável 27.664.867 30.478.384 50.490.937 20.012.553

Gestão da política de trabalho e emprego 28.895.000 31.833.622 17.480.962 -14.352.660

Erradicação do trabalho escravizador e degradante 1.600.000 1.762.720 1.500.000 -262.720

Qualidade e fomento ao transporte aquaviário 227.066 250.159 300.000 49.841

Jovem empreendedor 5.500.000 6.059.350 5.000.000 -1.059.350

Plano agropecuário e florestal de Rondônia - PLANAFLORO 500.000 550.850 113.000 -437.850

Gestão da participação em organismos internacionais 77.724 85.629 -85.629

Atendimento e legalização de estrangeiros no país 385.617 424.834 805.776 380.942

Apoio administrativo 501.907.363 552.951.342 504.346.601 -48.604.741

Gestão da política de comunicação de governo 6.300.000 6.940.710 6.300.000 -640.710

Valorização do servidor público 27.435.373 30.225.550 26.941.878 -3.283.672

Organização produtiva de comunidades pobres - PRONAGER 16.229.294 17.879.813 8.556.931 -9.322.882

Total 7.634.369.251 8.410.784.604 8.226.407.251 -184.377.353* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Trabalho

Em R$

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PROGRAMAS PL 2002 nominal PL 2002 Real* PL 2003 Diferença

Nosso Bairro 49.181.587 54.183.354 18.967.000 -35.216.354

Gestão da política de desenvolvimento urbano 7.551.837 8.319.859 4.655.000 -3.664.859

Gestão urbana e metropolitana 4.116.924 4.535.615 1.587.000 -2.948.615

A;poio administrativo 0 0 3.252.211 3.252.211

Transporte rodoviário urbano 2.600.000 2.864.420 1.070.000 -1.794.420

Total 63.450.348 69.903.248 29.531.211 -40.372.037* Os valores reais constantes das tabelas foram reajustados de acordo com o Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (de agosto de 2001 a julho de 2002: 10,17%)Fonte: SIAFI/STN - Base de Dados: Consultoria de Orçamento/ CD e PRODASENElaboração: INESC

Projeto de Lei Orçamentária para 2003Função: Urbanismo

Em R$

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Page 12: Boletim orcamento 2

12 novembro de 2002

Nós, entidades signatárias desta Carta, preocupadas coma priorização da destinação dos recursos para o pagamentoda dívida pública em detrimento do investimento nas polí-ticas sociais, com a malversação dos recursos públicos, comos benefícios distribuídos a setores já privilegiados, com ainsuficiência de gastos sociais e com o frágil desenvolvimen-to econômico do país, decidimos constituir o FÓRUMBRASIL DO ORÇAMENTO.

O Fórum Brasil do Orçamento é uma articulação deentidades da sociedade civil brasileira, sem estatuto jurídico,apartidária e não confessional, voltada à defesa e garantia daaplicação dos recursos públicos nas políticas sociais, atravésda análise, do monitoramento e da criação de mecanismosde democratização do Orçamento Público Federal.

Esta ação visa o resgate do caráter público do Estado e opleno exercício da cidadania, para inverter o quadro de de-gradação social e para trilharmos o caminho do desenvolvi-mento socioeconômico sem agressão ao meio ambiente ede forma soberana, na busca da redistribuição de renda eriqueza.

A defesa de políticas públicas eficazes envolve iniciativasalém da questão orçamentária. Contudo, o orçamento pú-blico constitui peça síntese e decisiva para a definição daspolíticas públicas. Neste sentido, o FÓRUM deve atuar epropor medidas que, no processo orçamentário, democra-tizem e materializem políticas públicas sociais eficazes, so-bretudo ao longo da elaboração e apreciação da Lei do Pla-no Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias -LDO e da Lei do Orçamento Anual - LOA, assim comoda prestação de contas pelo Poder Público. Para tanto, oFÓRUM BRASIL DO ORÇAMENTO perseguirá os se-guintes objetivos:

a. Atuar e propor na formulação e controle do orçamen-to federal, articulando e apoiando iniciativas da socie-dade civil brasileira em benefício de políticas sociais edo desenvolvimento sustentável;

b. Buscar a transparência, clareza e publicidade das infor-mações orçamentárias, de forma a permitir o conhe-cimento mais amplo possível pela população sobre amaneira como o Estado arrecada e gasta os recursospúblicos;

c. Defender e facilitar a ampla participação da populaçãona definição e controle do orçamento público, sobre-tudo das camadas sociais historicamente marginaliza-das do processo decisório de políticas públicas no Brasil,por meio dos diversos conselhos setoriais, da realiza-ção de audiências públicas ou de outros processosparticipativos;

d. Buscar a reformulação e democratização do processoorçamentário e de suas instâncias decisórias.

O FÓRUM entende que o conceito de responsabilida-de fiscal tem sido uma luta dos movimentos sociais brasilei-ros há décadas, pelo controle social das finanças públicas.Entretanto, o discurso oficial tem resumido este conceitosimplesmente às determinações de uma lei, no caso a LeiComplementar nº 101, de 04.05.2000; lei que apresentadisposições enfaticamente destinadas ao pagamento de dívi-das já contraídas- justamente devido a condutas fiscais irres-ponsáveis sobretudo do Governo Federal, deixando de en-frentar questões centrais para a promoção do desenvolvi-mento econômico e social no país. Para nós, a responsabili-dade fiscal deve estar a serviço da Justiça Social através doEquilíbrio Fiscal e da conduta ética e moral das autoridadespúblicas na gestão dos recursos públicos.

Por entendermos que o orçamento é um meio e não umfim em si mesmo, acreditamos que os objetivos do FórumBrasil do Orçamento serão alcançados em articulação comos setores organizados da sociedade civil brasileira, respeitan-do a identidade e a intervenção autônoma de cada organiza-ção partícipe, na luta para a construção e efetivo exercício dademocracia e da cidadania.

Brasília, 31 de agosto de 2002

O Fórum Brasil do OrçamentoVinte e oito entidades da sociedade civil se reuniram num seminário em Brasília, de 29a 31 de agosto, para discutir o orçamento público federal do Brasil, com o objetivo de

criar mecanismos para o controle social do orçamento. Após amplo debate, foi criado oFórum Brasil do Orçamento e elaborada a sua Carta de Princípios.

Carta de Princípios

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