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N o 1.573 - Ano 33 - 16.4.2007 Boletim Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Fale leva Grécia Antiga à sala de aula Página 8 Escola Integrada envolve alunos da UFMG A UFMG é uma das instituições de ensino superior envolvidas no programa Escola Integrada, desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte, e que oferece atividades extra-turno para alunos da rede pública municipal, ampliando para nove horas o tempo de permanência deles na escola. Conduzida pela Pró-Reitoria de Extensão, a participação da UFMG no programa está centrada na oferta de oficinas ministradas por estudantes de graduação. Página 4 Criador do Orkut na UFMG Página 7 Adão dos Santos/PBH Bol 1573.indd 1 1/10/2007 15:46:52

Boletim - UFMG

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No 1.573 - Ano 33 - 16.4.2007

BoletimUniversidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Fale leva Grécia Antiga à sala de aula

Página 8

Escola Integrada envolve alunos da UFMG

A UFMG é uma das instituições de ensino superior envolvidas no programa Escola Integrada, desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte, e que oferece atividades extra-turno para alunos da rede pública municipal, ampliando para nove horas o tempo de permanência deles na escola. Conduzida pela Pró-Reitoria de Extensão,

a participação da UFMG no programa está centrada na oferta de oficinas ministradas por estudantes de graduação.

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Esta página é reservada a manifestações da comunidade universitária, através de artigos ou cartas. Para ser publicado, o texto deverá versar sobre assunto que envolva a Universidade e a comunidade, mas de enfoque não particularizado. Deverá ter de 4.000 a 4.500 caracteres (sem espaços) ou de 57 a 64 linhas de 70 toques e indicar o nome completo do autor, telefone ou

correio eletrônico de contato. A publicação de réplicas ou tréplicas ficará a critério da redação. São de responsabilidade exclusiva de seus autores as opiniões expressas nos textos. Na falta destes, o BOLETIM encomenda textos ou reproduz artigos que possam estimular o debate sobre a universidade e a educação brasileira.

Opinião

Em novembro de �006, a come- moração dos �0 anos de criação do Curso de Estilismo e Modela-

gem do Vestuário da Escola de Belas-Artes passou despercebida para a maior parte da comunidade da UFMG. Foi uma data marcante não só pela comemoração em si, mas principalmente pelo que este mo-mento pode refletir no futuro. Esta come-moração evidenciou, caso ainda restassem dúvidas, que o curso atingiu a maioridade e, o mais importante, a maturidade. A maioridade veio de forma compulsória ao longo dos anos. Já a maturidade foi alcançada durante jornada iniciada com a marca do pioneirismo da proposta e que foi sendo construída a cada turma que se formava, estabelecendo assim uma massa crítica composta por profissionais prepara-dos para o mercado e de formandos que passaram a fazer parte do corpo docente; alguns deles chegando, inclusive, a ter par-ticipação fundamental na coordenação do próprio curso.

Quando uma pessoa atinge a maiorida-de e a maturidade, a sociedade espera que ela assuma uma série de responsabilidades. Com os cursos não é muito diferente. De-pois de �0 anos de maturação, deseja-se que o curso de estilismo cumpra o rito de passagem, talvez um pouco tardia-mente, mas ainda em tempo. O rito de passagem aguardado é a mudança de status, ou seja, deixar de ser um curso de extensão e passar a integrar a grade de cursos de graduação ofertados pela UFMG, através do vestibular anual desta instituição. Ainda que sua contribuição como curso de extensão tenha sido grande – até hoje formaram-se em torno de 400 profissionais –, chegou a hora do estilismo se transformar num curso de graduação. Como diz o professor Vlad Eugen Poenaru, atual coordenador do curso, “estamos com quase �1 anos de estilismo e já temos maio-ridade para usufruir a nossa tradição”

A possibilidade de oficialização de cursos na área de moda traz consigo a necessidade de reflexão sobre qual

modelo e formatação adotar. Nestes �0 anos, o país e o mundo passaram por grandes transformações e mudanças. Portanto, nada mais pertinente que inqui-rir se o modelo de curso que está posto hoje atende aos anseios e necessidades do mercado e daqueles que querem atuar na área de moda.

A moda vai muito além dos estilistas Mauro Lúcio Jeronymo*

Além do aspecto econômico, que impacta

o social através da geração de empregos, as coisas do

mundo da moda são reflexos ideológicos dos vários grupos presentes

na sociedade, das relações e dos atritos nesta

estabelecidos.

Segundo dados do Instituto Brasil de Arte e Moda, o setor já é o segundo maior empregador do País, absorvendo em tor-no de 1,5 milhão de pessoas, perdendo apenas para a construção civil. Esse dado mostra a pujança econômica desse setor e, ao mesmo tempo, aponta para a ne-cessidade de profissionais qualificados. De um modo geral, quando se fala no segmento de moda, cometemos o erro de pensar apenas e tão somente nos grandes e famosos estilistas e nas grandes marcas. Costumamos esquecer da constelação de anônimos, pequenas e médias empresas que, na verdade, são aqueles que dão es-cala à area. Além disso, à medida que se expande, a área vai se fragmentando, com o trabalho e as atividades caminhando na direção de especializações e desapareci-mento de profissões.

Quando falamos em moda, na verda-de estamos nos referindo a confecções,

fiações, malharias, tecelagens, indústrias de aviamentos e acessórios, empresas de varejo, lojas de departamento, magazines, hipermercados, redes de lojas de porte va-riado, franquias, empresas de assessoria e consultoria de moda, empresas de produ-ção artística e publicitária, importadoras e exportadoras do ramo têxtil, imprensa especializada, indústrias químicas, feiras e salões de moda, enfim um amplo universo. A isso somam-se os profissionais de outras áreas cujo trabalho e interesse estão cada vez mais imbricados com o mundo da moda. Em novembro de �006, a Associa-ção Brasileira das Indústrias Têxteis (Abit) divulgou congresso e feira de nanotecno-logia, que contaram com a participação de inúmeras empresas ligadas ao setor de moda. Para muitos de nós, a nanotecnolo-gia, que está sendo chamada de a quinta revolução, nada tem a ver com o setor vestuário. Entretanto, falar em tecidos e roupas “inteligentes” já é uma realidade.

Além do aspecto econômico, que impacta o social através da geração de empregos, as coisas do mundo da moda são reflexos ideológicos dos vários grupos presentes na sociedade, das relações e dos atritos nesta estabelecidos. Portanto, não podemos querer ou tentar ver o universo da moda como algo que paira sobre os problemas e as questões sociais, como se fosse um mundo à parte. Questões de saú-de (anorexia, mutilações corporais), meio ambiente, desigualdade social, racismo, preconceito e muitas outras, que parecem pertencer a outros ambientes, também fa-zem parte do universo da moda.

Por causa dessa caminhada do curso de estilismo – vitoriosa, até o momento – e da própria relevâcia socioeconômica assu-mida pela moda, esperamos, enfim, que a UFMG inclua o curso no seu elenco de graduações, reconhecido como um dos melhores do país. Maturidade, para isso, não lhe falta.

*Aluno do curso de Mestrado em Sociologiada Fafich

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"A gente tem medo de, na hora agá, não conseguir, sabe... A gente se sente inseguro”. Mesmo que tais frases tenham sido ditas por um único indi-víduo, a angústia diante do novo aparece escamoteada no providencial

“a gente”. No termo, que aqui antecede uma série de dúvidas, estão concentrados receios diversos, frutos de inevitável horizonte na vida de garotos e garotas. Afinal, qual a reação de um jovem – e não “da gente” – ao se deparar com a seguinte questão: “O que você sente ao pensar na sua iniciação sexual”?

Bochechas avermelhadas, silêncios prolongados, mãos agitadas e testa franzida são alguns dos indícios de que a pergunta, de aparente simplicidade, mobiliza emoções incalculáveis naqueles que ainda não venceram a “etapa” da virgindade. Compreender com detalhes o significado de tais reações foi a meta da pesquisadora Letícia Soares de Azevedo. Sua investigação, realizada com alunos mineiros, culminou com a disser-tação de mestrado Compreendendo os sentimentos do adolescente em seu processo de iniciação sexual, defendida, em março, dentro do programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Escola de Enfermagem da UFMG.

Na pesquisa de Letícia Soares, a pergunta crucial foi feita a 1� estudantes, entre 1� e �0 anos, da Escola Municipal José Maria dos Mares Guia, em Belo Horizonte, e da Unidade de Saúde Centro, em Contagem. As respostas colhidas entre os jovens revelam a dificuldade de se lidar com o tema. Além de tímidos, os entrevistados (sete mulheres e cinco homens) recebiam a pergunta sobre a iniciação sexual como algo bastante íntimo e, por isso, difícil de expressar publicamente.

“Por isso, antes da entrevista, busquei contato com os jovens”, explica a pesquisadora, que, semanas antes de se lançar ao estudo, coordenou, na Escola Municipal, atividades diversas, de oficinas de pintura a “dinâmicas do corpo” e jogos de pergunta e resposta. “No último dia de encontro com os grupos, fiz o contato com os garotos e garotas”, conta.

Longo silêncioDas entrevistas com os jovens, a pesquisadora chegou a quatro categorias distintas

para explicar os sentimentos da primeira vez. Letícia constatou, inicialmente, que os estudantes apresentam bastante dificuldade de falar sobre emoções. “O receio aparece em forma de longos silêncios, nos discursos curtos e na vergonha que sentem ao comentar o tema”, diz. Neste ponto, apesar de a estudiosa não analisar questões de gênero, pôde constatar que garotos e garotas têm medos similares. “Homens e mulheres esperam que a primeira vez aconteça no momento certo. E com a pessoa ideal”, afirma. Apesar disso, os meninos receiam “falhar” no ato da relação sexual.

A segunda categoria analisada por Letícia diz respeito à influência da família na forma de o jovem pensar sua iniciação sexual. “A principal referência do adolescente são os grupos. A família se apresenta como o mais forte deles”, ressalta Letícia, ao lembrar que a figura materna é também decisiva no processo de construção dos sentimentos. Muitos jovens temem, por exemplo, que a mãe descubra que fizeram sexo pela primeira vez.

Outro ponto de preocupação da juventude, importante na configuração de seus sentimentos, são as conseqüências do ato sexual. “Os jovens preocupam-se, principalmente, com gravidez não-planejada e Doenças Sexualmente Transmissíveis”, ressalta a pesquisadora. Isso faz com que os adolescentes cultivem sentimentos conflituosos, situados entre a vontade de se prevenir e o medo de que, mesmo com tais cuidados, não estejam protegidos.

Letícia Soares também interpreta o sentimento dos jovens diante da iminente primeira vez. “Os adolescentes precisavam imaginar sua iniciação sexual para dizer o que sentiam”, conta. Quando expostos a tal cenário, os adolescentes passaram a pensar no desconhecido e tiveram suas emoções afloradas. Diante da questão, o sentimento norteador passa a ser o medo. A partir dele, surgem a ansiedade, a vergonha e a timidez. “Muitas vezes, o medo vence o desejo”, conclui a pesquisadora.

Dissertação: Compreendendo os sentimentos do adolescente em seu processo de iniciação sexualAutora: Letícia Soares de AzevedoOrientadora: Anézia Moreira Faria MadeiraDefesa: dia 27 de março, dentro do programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Escola de Enfermagem da UFMG

A primeira vez a gente nunca esqueceDissertação da Enfermagem interpreta sentimentos envolvidos na iniciação sexual de adolescentes

Mauricio Guilherme Silva Jr.

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A partir desta segunda-feira, dia 16, alunos da rede municipal de Belo Horizonte vão permanecer mais

tempo na escola. Começou, em �9 esco-las públicas da capital, o programa Escola Integrada, desenvolvido pela Prefeitura em parceria com instituições de ensino superior da capital mineira. O objetivo é oferecer atividades extra-turno aos alunos do ensi-no fundamental, como acompanhamento pedagógico do dever de casa e oficinas de esporte e arte, mantendo-os na escola cerca de nove horas por dia.

Na UFMG, o programa é coordena-do pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex). A Universidade oferece, de acordo com as demandas das escolas, oficinas coordenadas por professores e técnicos e realizadas por alunos bolsistas dos cursos de graduação, que contam também com o apoio de um professor comunitário lo-cal . “Serão quatro tipos de oficinas, clas-sificadas de acordo com sua duração. As pontuais duram de duas a quatro horas e consistem em visitas a eventos e exposições. As oficinas de curta duração são realizadas em um mês; as de média duração, desen-volvidas ao longo do semestre; e as de longa duração acompanharão todo o ano letivo”, explica Marília Barcellos Guimarães, que integra a Coordenadoria de Saúde e Educação da Proex.

No ano passado, foi realizada ex-periência-piloto, com duração de dois meses, que envolveu 57 bolsistas da UFMG, orientados por 15 professores da Universidade, além dos professores

Escola Integrada envolve bolsistas da UFMG na

realização de oficinas extra-turno para alunos do ensino

fundamental de BH

Fernanda Cristo

Avaliar para aperfeiçoarDurante a experiência-piloto realizada no ano passado, a principal preocupação dos

coordenadores era avaliar a funcionalidade do programa. “Foram apenas dois meses de atividades, mas deu para notar o envolvimento e a alegria da comunidade escolar”, analisa a coordenadora do Escola Integrada pela Secretaria Municipal de Educação, Neusa Macedo.

A partir deste ano, o Escola Integrada incorpora o viés da pesquisa entre suas atividades, a fim de detectar problemas e avanços na realização das atividades. “Estamos desenvolvendo, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, processo de acompanhamento, monitoramento e avaliação desse trabalho, para que possamos dimensionar seus impactos e aprimorá-lo ao longo do tempo”, afirma Marília Barcellos, da coodenadoria de Saúde e Educação da Proex.

Na UFMG, 96 professores e técnicos de 18 unidades propuseram 130 oficinas. Segundo Marília Barcellos, com esse número de pes-soas envolvidas e atividades propostas, seria possível beneficiar cerca de 68 mil crianças. “Mas as necessidades devem ser apontadas pelas escolas, por isso o atendimento e a oferta de bolsistas aumentarão de acordo com o surgimento de novas demandas”, revela Marília Barcellos.

comunitários, designados nas escolas para operacionalizar o programa. A iniciativa beneficiou cerca de 1.�00 crianças de sete escolas. Até o fim de �007, a expectativa é de que 50 escolas estejam integradas ao programa. “O aumento do número de crianças e escolas atendidas será gradual. O Escola Integrada promete ter um impacto social muito grande. Mas esse impacto também é proporcional aos desafios que surgem nesta fase de implementação”, analisa Marília Barcellos.

PreparaçãoA formação dos bolsistas começou no último dia �. Cerca de 170 pessoas com-

pareceram ao auditório da Faculdade de Educação (Fae) para ouvir relatos sobre o programa-piloto realizado em �006 e compreender a relação da área de extensão da UFMG com o Escola Integrada. No dia seguinte, 140 alunos da graduação assistiram a uma palestra no Centro Pedagógico para conhecer os avanços e limites da Escola Plural (projeto pedagógico que orienta as ações da rede municipal de ensino) e se preparar para a visita às escolas na semana seguinte. “Tentamos priorizar locais cujo acesso seja mais fácil para os estudantes da Universidade”, afirma Marília Barcellos. Depois das visitas, que aconteceram nos dias 9 e 10, bolsistas e coordenadores se reuniram para acertar a condução das oficinas.

As bolsas, de R$ �50 (valor que inclui despesas com condução), serão pagas pela Prefeitura, que também se responsabiliza pelo espaço físico e materiais necessários para condução das atividades. Os alunos contemplados precisam cumprir carga de �0 horas semanais, sendo 16 na escola (1� em oficinas e quatro em atividades de registro, avaliação e reuniões) e quatro na UFMG, onde recebem orientação, avaliam re-sultados do programa e realizam pesquisa de material e atividades de planejamento.

“Queremos que nossos alunos, a partir deste trabalho, enriqueçam sua formação profissional e pessoal. Trata-se de um projeto de extensão, que tem como diretriz o impacto social e a inclusão. Ao mesmo tempo, é uma atividade de ensino, pois as ofi-cinas envolvem construção e transferência de conhecimento entre os bolsitas da UFMG e os alunos da rede pública”, afirma Marília Barcellos.

Um banho de escola

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Reitor Ronaldo Pena, ministro Fernando Haddad e prefeito Fernando Pimentel lançaram o programa em Belo Horizonte em março último

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Boletim UFMG 16.4.2007 5Boletim UFMG 16.4.2007 5

O pensamento complexo, novo pa-radigma que substitui a análise positivista dos fenômenos e os

encara como inseridos numa complexa rede de causas, vem gerando práticas de inclusão em diversas áreas do conheci-mento. Alguns exemplos de experiências alternativas no campo da educação, elaboradas com base no conhecimento construído em redes, serão discutidos durante o seminário Novos paradigmas e educação: possibilidade teórico-meto-dológica para uma prática inclusiva, que a Faculdade de Educação (FaE) realiza nos dias �5 e �6 de abril.

Organizado pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa do Pensamento Complexo (Neppcom), o evento é aberto à par-

ticipação de pesqui-sadores, estudantes e profissionais do ensino, e de pessoas que atuam com tra-balho comunitário, movimentos sociais e experiências alterna-tivas em educação. Além de convidados de reconhecimento internacional, como o professor Pedro Demo, da UnB, o seminário contará com oficinas e apre-sentação de casos, que discutirão temas como inclusão de portadores de neces-

sidades especiais, bioenergética e Teoria do Caos.

Segundo a coordenadora do Neppcom e do seminário, profes-sora Conceição Clarete Xavier, ao encarar os fenômenos de forma diversa da análise positivista de causa-efeito, o pensamento complexo se articula natural-mente com práticas de inclusão, estimulando discussões sobre temas como gênero, raça e por-tadores de necessidades especiais. Outra característica dessa linha é a abordagem da subjetividade, em contraposição à objetividade do positivismo.

Seminário na FaE discute práticas de inclusão socialEvento é promovido por grupo de pesquisa que segue a linha do pensamento complexo

Sediado na Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, o Núcleo de Estudo e Pesquisa do Pensamento Complexo (Neppcom) reúne pes-quisadores de diversas instituições do país. Seu objetivo é “contri-buir com a formação do educador ao promover apoio à reflexão sobre temas da complexida-de, na perspectiva do resgate do sujeito e da sua subjetividade”, ex-plica a coordenadora, professora Conceição Xavier.

DebatesO seminário começa na manhã da

quarta-feira, �5, com a conferência Questionamento enquanto ponto de partida para a construção do conheci-mento, proferida pelo professor Pedro Demo (UnB), seguida por debate coor-denado pelo professor Walter Ernesto Ude Marques (UFMG). No início da tar-de, haverá apresentação dos trabalhos inscritos e, de 17 às 19h, Pedro Demo participa de debate promovido especial-mente para alunos da pós-graduação, mas aberto a todos os interessados, com o tema Metodologia de pesquisa e complexidade.

À noite, haverá programação cultu-ral, com o show Musicura, com a cantora Rita Silva e banda, além de recital poé-tico, com Virgilene e Rogério Salgado, e contação de histórias. Durante todo o evento, haverá exposição de mandalas, da artista plástica Rúbia Dantês.

No dia �6, as discussões prosseguem com palestra e debate sobre a Teoria do Caos e suas implicações para a educa-ção, com os professores Vera Menezes e Gildo Scalco, ambos da UFMG, e Maria do Rosário Silveira Porto (USP). À tarde acontecem as oficinas, com duas horas de duração, e apresentação de trabalhos de pesquisadores convidados pelo Neppcom. Às 17h, o evento será encerrado com a palestra Complexidade e Transdisciplina-ridade, proferida pelo professor Paulo Margutthi (UFMG).

OficinasAssim como as comunicações, as

oficinas também têm por objetivo mostrar experiências alternativas no campo da educação por meio do co-nhecimento construído em redes e suas possibilidades teórico-metodológicas. Conceição Xavier cita como exemplo a oficina Mandalas – construção do conhe-cimento interdisciplinar, que propõe o trabalho no ensino de matemática, artes, educação religiosa e português, com a utilização de mandalas.

Já a oficina Educação, escola e so-cioambientalismo discute a composição do currículo necessário “à formação do sujeito em todas as suas dimensões (cognitiva, cultural, afetiva, corporal)” e propõe incluir como objetos de es-tudo disciplinas como ecologia, socio-ambientalismo e agroecologia, o que sugere “um caminho alternativo para assentamentos humanos sustentáveis”. Ao lembrar que o papel da educação “vai além da instrução”, os coordenadores da oficina ressaltam que “não faz sentido um currículo baseado em disciplinas isoladas, desvinculadas da realidade dos educandos e da comunidade”. Também serão oferecidas as oficinas Modalidade estudo de caso e Vivência de bioenergé-tica. As inscrições para as oficinas podem ser feitas durante o credenciamento, na manhã do dia �5.

A programação com as oficinas e apresentação de trabalhos pode ser consultada na página www.fae.ufmg.br/neppcom. Mais informações pelo tele-fone (�1) �499-6�60.

Ana Rita Araújo

Rita da Glória

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Copeve ganha instalações na Unidade Administrativa III

A Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) está de casa nova. O órgão agora funciona na Unidade Administrativa III, que também abriga o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), o

Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA), o Departamento de Administração de Pessoal (DAP) e o Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat).

As novas instalações, que ocupam área reformada de �.500 metros quadrados, custaram cerca de R$ �,4 milhões, recursos arrecadados pelo próprio Vestibular. A inauguração ocorreu no dia 9 de abril e foi prestigiada pelo reitor Ronaldo Pena, pela vice-reitora Heloísa Starling, pela reitora Ana Lúcia Gazzola (gestão �00�-�006) – atual diretora do Instituto de Educação Superior para América Latina e Caribe da Unesco –, pelo vice-reitor Marcos Borato Viana (gestão �00�-�006), e pelo coordenador-geral da Copeve, professor Marcus Vinícius de Freitas.

Além de ressaltar a importância do novo espaço físico, o professor Marcus Vinícius analisou as reformas gerenciais – empreendidas na atual gestão e nas dos professores Ana Lúcia Gazzola e Francisco César de Sá Barreto – que tornaram a Copeve mais eficiente e preparada para atingir seus três grandes objetivos: ampliar o acesso de alunos à UFMG, combater a seletividade social e estimular a renovação dos modelos de conhecimento. “A Copeve realiza trabalho de referência nacional”, afirmou o professor, ao lembrar que a Comissão coordena os processos seletivos do Colégio Técnico (Coltec) e da Universidade Federal do Tocantins.

ApreçoReitora da UFMG na gestão �00�/�006, Ana Lúcia Gazzola comentou sua

felicidade ao ver a continuidade de projetos importantes para Universidade. Ela também agradeceu o gesto do reitor Ronaldo Pena e da vice-reitora, Heloísa Starling, que esperaram sua visita ao Brasil para a inauguração das novas instalações da Copeve. “Estou profundamente honrada”, disse, ao relembrar o “enorme apreço” que nutre pela Comissão Permanente do Vestibular.

Na solenidade, o reitor Ronaldo Pena falou de sua alegria em concretizar espaços para atividades acadêmicas, ressaltando a qualidade do trabalho executado pelo Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO). O reitor também ressaltou os desafios que aguardam a UFMG, principalmente os relacionados aos projetos de educação a distância. “A Universidade é um corpo vivo em evolução”, completou.

RESOLUÇÃO no 15/2006, de 16 de novembro de 2006

Cria o Centro de Pesquisas Quantitativas em Ciências Sociais-CEPEQCS como Órgão Complementar vinculado à Faculdade de Filo-sofia e Ciências Humanas da UFMG.

O CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GE-RAIS, no uso de suas atribuições estatutárias, considerando a proposta da Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e o Parecer no 16/2006 da Comissão de Legis-lação, resolve:

Art. 1o - Criar o Centro de Pesquisas Quan-titativas em Ciências Sociais-CEPEQCS como Órgão Complementar vinculado à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG.

Art. 2o - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 3o - A presente Resolução entra em vigor nesta data.

Professor Ronaldo Tadêu PenaPresidente do Conselho Universitário

RESOLUÇÃO no 16/2006,

de 16 de novembro de 2006

Aprova o desmembramento do Departa-mento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia-OFT em Departamento de Fonoaudiologia-FON e Departamento de Of-talmologia e Otorrinolaringologia-OFT.

O CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNI-VERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições estatutárias, conside-rando a decisão do Conselho Universitário na sessão realizada em 16/11/2006, resolve:

Art. 1o - Aprovar o desmembramento do Departamento de Oftalmologia, Otor-rinolaringologia e Fonoaudiologia-OFT em Departamento de Fonoaudiologia-FON e Departamento de Oftalmologia e Otorrino-laringologia-OFT.

Art. 2o - Revogar a Resolução no 34/99, de 23/12/1999, que alterou o nome do Departa-mento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina para Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Fono-audiologia-OFT.

Art. 3o - A presente Resolução entra em vigor nesta data.

Professor Ronaldo Tadêu PenaPresidente do Conselho Universitário

Resoluções

Reitor Ronaldo Pena durante a inauguração das novas instalações da Copeve

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Acontece

Seminário de parques tecnológicosTermina, no dia �� de abril, o prazo para o envio de trabalhos a serem apresenta-

dos no 17o Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, que será realizado de 17 a �1 de setembro, em Belo Horizonte. A organização é da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Os trabalhos podem ser desenvolvidos de acordo com três categorias: artigos completos, comunicação curta e boas práticas, cujos textos selecionados farão parte de uma publicação. O melhor artigo de cada categoria receberá premiação durante o encontro. Os artigos poderão ser enviados para o e-mail: [email protected]. Mais informações na página www.anprotec.org.br.

Alunos da Direito vencem competição nacionalPelo terceiro ano consecutivo, alunos do Grupo de Estudos em Direito Internacio-

nal dos Direitos Humanos (Gedi-DH), da Faculdade de Direito da UFMG, venceram o Prêmio Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, promovido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça.

O concurso tem por objetivo promover o Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos e estimular a participação de universidades brasileiras na Inter-American Moot Court Competition, que se estrutura de forma semelhante às sessões da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O concurso consiste na análise dos argumentos de defesa e de contestação de um caso hipotético que, este ano, abordou a aplicação de métodos de tortura em interrogatórios de detentos.

A equipe da UFMG é composta pelos alunos Ana Beatriz Costa Koury, Bruno Martins Soares, Clarissa Bahia Barroso França e Larissa Campos de Oliveira Soares, sob a orientação da advogada Isabel Penido de Campos Machado.

Vencedores na etapa nacional, os alunos do Grupo preparam-se agora para a Inter-American Moot Court Competition, que acontece entre os dias �0 e �5 de maio, na American University (Washington). Devido aos altos custos que envolvem a parti-cipação na disputa internacional, as equipes buscam apoio financeiro de empresas e instituições em seus países de origem. Interessados em apoiar o grupo de estudantes da UFMG podem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Universidade NovaO projeto da Universidade Nova,

idealizado pelo reitor Naomar Mon-teiro de Almeida Filho (foto), da Uni-versidade Federal da Bahia, foi dis-cutido no dia 10 de abril em debate que trouxe à UFMG o próprio autor da proposta. “A idéia está sendo debatida em praticamente todas as universidades brasileiras”, comentou o professor Bismarck Vaz da Costa, diretor do ICEx, e responsável pelo convite ao reitor da UFBA.

Segundo Naomar Monteiro, a proposta, cujo nome homenageia o educador Anísio Teixeira, busca combater os principais problemas enfrentados pelo atual modelo: precocidade na escolha do curso universitário, vestibular unificado – “não é lógico ter o mesmo exame para todas as profissões” –, altas taxas de evasão, crescente falta de autonomia da instituição univer-sitária na definição dos currículos e incompatibilidade dos cursos oferecidos no Brasil com os mode-los de todos os países de tradição universitária.

A proposta baseia-se na im-plantação de um regime de ciclos, com a criação de bacharelado interdisciplinar, que ofereceria for-mação geral durante dois anos. A partir desse ponto, o aluno poderia tornar-se um tecnólogo ou passar para a formação específica, o que exigiria um processo de seleção que poderia ser o exame único para to-dos os cursos, avaliações seriadas ou avaliação com base no desempenho de trajetórias.

Criador do Orkut na UFMGUm dos grandes sucessos da Internet, o site de relacionamentos Orkut foi tema de

palestra ministrada, no último dia 10, pelo seu criador, Orkut Buyukkokten (foto), a cerca de 150 alunos dos cursos de Ciência da Computação, Matemática Computacional e Sistemas de Informação da UFMG.

Na palestra, realizada no Auditório 1 do Icex, Buyukkokten, que nasceu na Turquia há �� anos e trabalha na gerên-cia de produtos do Google, que administra o Orkut, abordou a criação do site, apresentou estatísticas sobre os usuários, comentou aspectos técnicos de organização e manutenção da informação virtual e respondeu a algumas perguntas de usuários. Buyukkokten contou, ainda, que o site de relacionamentos que leva seu nome surgiu quando era estudante da Universidde de Standford. “Percebi que os gru-pos formados no início da vida

acadêmica se mantinham até o fim e que não havia muita interação entre pessoas de grupos diferentes. Tive a idéia de criar um espaço onde as pessoas pudessem se conectar e conhecer novos amigos”, revelou.

O site de relacionamento conta com adeptos no mundo inteiro, especialmente no Brasil. Seu fundador não tem uma resposta precisa para o sucesso do orkut no país, mas arriscou uma explicação. “Os brasileiros são muito amigáveis, gostam de se relacionar e fazer novos amigos”, refletiu Buyukkokten.

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Universidade Federal de Minas Gerais

Boletim

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Não se surpreenda se pegar seu irmão, filho ou primo conversan-do sobre a história de Antígona

ou Medéia. Ou, ainda, se ao passar por uma praça deparar-se com contadores de histórias mitológicas e encenações de tragédias gregas. Esses são exemplos de intervenções urbanas do Programa Letras e Textos em Ação (PLTA), da Faculdade de Letras, que usa recursos da arte para trazer elementos da cultura greco-latina à contemporaneidade.

Criado em 199�, o PLTA é uma iniciati-va do Centro de Extensão (Cenex) da Fale que busca divulgar a cultura de civiliza-ções antigas nos mais diversos espaços da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Por meio de saraus, mostras iconográficas, contação de histórias, seminários, oficinas e montagens teatrais, o programa facilita o acesso do grande público a áreas do conhecimento tidas como elitistas, como filosofia, literatura, criação literária, arqueo-logia e estudos clássicos.

Coordenado pelo professor Marcos Antônio Alexandre, o PLTA funciona a partir de seis projetos individuais desen-volvidos por 11 alunos dos cursos de graduação em Letras e Teatro. “Como um dos objetivos é a elaboração de pes-quisas e a produção de eventos culturais e acadêmicos, de caráter interdisciplinar, o

programa também envolve professores e alunos de Filosofia, História, Música, Dan-ça, Religião, Artes Plásticas e Geografia”, informa o coordenador.

Aula-espetáculoUm dos sucessos de público do pro-

grama, visto por cerca de mil alunos da rede pública, é o projeto Skené Trágica, uma aula-espetáculo sobre a origem do teatro ocidental. “Nas duas encenações realizadas (A nau de Dionísio, de �005, concebida a partir da história da perso-nagem Antígona, e Hamartía Humana, do ano passado, que parte da trajetória de Medéia), o aluno-ator revela como a cultura greco-latina está presente no mundo contemporâneo, seja no teatro, na filosofia, na música ou no vocabulário”, comenta o professor Marcos Alexandre.

Outro trabalho teatral foi a produção, em �006, do espetáculo Prometeu Liber-to: uma trilogia trágica em um drama satí-rico, baseado na tragédia grega Prometeu Acorrentado, de Ésquilo. Apresentado em espaços alternativos como a Serra da Piedade e a Olaria da Estação Ecológica, o espetáculo deu origem ao projeto de extensão Dramaturgia para Prometeu Liberto, iniciativa que possibilitou a inser-ção, inédita na Fale, da dramaturgia como área de pesquisa.

Já o projeto Contos de Mitologia, res-ponsável pela promoção, no fim de cada

ano letivo, de concurso de contadores en-tre alunos de escolas públicas e o Quem conta um conto aumenta um ponto, voltado para a cultura popular do Vale do Jequitinhonha, utilizam a técnica de contação de histórias para trabalhar mitos gregos e mineiros. Já o Curso de Atualiza-ção em Civilizações Antigas, também do PLTA, oferece preparação para viagens e visitas a sítios arqueológicos. Em �006, os alunos foram a Londres pesquisar o teatro de Shakespeare a partir da perspectiva da tragédia grega.

Como a pesquisa sobre a cultura greco-ocidental é essencial para o de-senvolvimento das atividades do grupo, os projetos do PLTA desdobram-se em produções acadêmicas. Os integrantes do programa participam de seminários e congressos de artes cênicas, literatura, história, entre outras áreas, para discutir artigos e textos elaborados com base em sua experiência. Eles também pretendem publicar livro sobre a história do progra-ma, o processo de construção dos projetos e seus desdobramentos.

A agenda do PLTA prevê para o mês de maio a apresentação do Skené na Mostra de Profissões, no dia �, e dos Contos de Mitologia, no dia 15, na Faculdade de Le-tras. Já o Curso de Atualização em Civili-zações Antigas será retomado no segundo semestre com uma possível visita a sítios arqueológicos da Armênia e da Turquia.

Ágora na sala de aula

Projeto da Faculdade de Letras leva cultura greco-latina para o mundo contemporâneo

Tatiana Santos

8 16.4.2007 Boletim UFMG

Montagem com imagens de cena da peça Hamartía Humana, apresentada em escola, e de uma ágora grega

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