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Tudo começou com uma alergia no corpo e problema no esôfago, que após várias consultas ao mé- dico e a demora em descobrir o diagnóstico HIV, ainda assim não foi uma surpresa pra mim. Apesar do HIV não foi de tudo ruim. Após o tratamento descobri coisas boas também. Nunca sofri preconceito de forma alguma da minha família; mesmo no período de exames de admissão para o trabalho, fiz questão de contar que tinha HIV e não houve o menor problema, pelo contrário todos sa- bem e me apoiam inclusive no meu trabalho. Novas estratégias de prevenção surgem como ferramentas com- plementares no enfrentamento da epidemia de HIV ampliando a ga- ma de opções que os indivíduos terão para se prevenir contra o vírus e oferecendo mais alternati- vas – cientificamente eficazes – em relação à única opção disponí- vel até pouco tempo atrás: o preservati- vo. Entre as novas estratégias para a prevenção da transmissão do HIV destacam-se o uso do Tratamento como prevenção (TASP, em inglês, ou TcP, em português), a Profilaxia Pós- exposição (PEP) e a Profilaxia Pré- exposição (PrEP). Suíça realiza 1º transplante de fígado entre portadores de HIV Eu não tenho preconceito nem medo em falar que tenho HIV NESTA EDIÇÃO: Editorial 2 Parceria voluntária 3 Agora você está pron- 4 Virada da saúde 5 APD—Tito Lopes 6 Depoimentos 7 Academia Prevenção combinada 8-9 Transplante de 10 Malhação seu lugar No mundo 11 Arculação 12 ABIA recomenda 13 Avanços de novos medi- camentos 14 Secretário Alexandre Padilha em NY 15 Prevenção Combinada BOLETIM VIDA NOVA JUNHO– 2016 EDIÇÃO Nº 06

Boletim Vida Nova - Edição nº 6

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Boletim Vida Nova - Edição nº 6

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Tudo começou com uma alergia no corpo e problema no esôfago, que após várias consultas ao mé-dico e a demora em descobrir o diagnóstico HIV, ainda assim não foi uma surpresa pra mim. Apesar do HIV não foi de tudo ruim. Após o tratamento descobri coisas boas também. Nunca sofri preconceito de forma alguma da minha família; mesmo no período de exames de admissão para o trabalho, fiz questão de contar que tinha HIV e não houve o menor problema, pelo contrário todos sa-bem e me apoiam inclusive no meu trabalho.

Novas estratégias de prevenção surgem como ferramentas com-plementares no enfrentamento da epidemia de HIV ampliando a ga-ma de opções que os indivíduos terão para se prevenir contra o vírus e oferecendo mais alternati-vas – cientificamente eficazes – em relação à única opção disponí-

vel até pouco tempo atrás: o preservati-vo. Entre as novas estratégias para a prevenção da transmissão do HIV destacam-se o uso do Tratamento como prevenção (TASP, em inglês, ou TcP, em português), a Profilaxia Pós-exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-exposição (PrEP).

Suíça realiza 1º transplante de fígado entre

portadores de HIV

Eu não tenho preconceito nem medo em

falar que tenho HIV

N E S T A E D I Ç Ã O :

Editorial 2

Parceria voluntária 3

Agora você está pron- 4

Virada da saúde 5

APD—Tito Lopes 6

Depoimentos 7

Academia

Prevenção combinada

8-9

Transplante de 10

Malhação seu lugar

No mundo

11

Articulação 12

ABIA recomenda 13

Avanços de novos medi-

camentos

14

Secretário Alexandre

Padilha em NY

15

Prevenção Combinada

BOLETIM VIDA NOVA

J U N H O – 2 0 1 6 E D I Ç Ã O N º 0 6

P Á G I N A 2

BOLETIM VIDA NOVA Edição Nº 06

Maio 2016

Jornalista

Albert Roggenbuck

Mtb Nº 45852/SP

O Boletim Vida Nova é uma

publicação do Instituto Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania.

EXPEDIENTE EXPEDIENTE

Editorial Prezados (a) Leitores (as),

Este é o sexto editorial do Boletim Informativo Vida No-va, por meio dele, nós nos co-municaremos para que possa-mos nos manter informados sobre as novidades do Insti-tuto Vida Nova e das atuali-dades sobre HIV/Aids e outros informes sobre saúde e bem estar.

Deste modo, consideramos que na busca diária por propostas inovadoras e por uma atenção de qualidade, devemos desenvolver projetos envolvendo atividades psicos-

sociais, resolução de prob-lemas, bem como a formação cidadã e cognitiva, e a preparação para o tra-balho, oferecendo con-tribuições significativas para a construção da identidade social e cultural do público atendido. Dentre várias in-formações destacam-se: Pre-venção Combinada e Cientis-tas tentam modificar em-briões humanos para torná-los resistentes a AIDS. Jorge Eduardo, boa leitura!

Doações: Instituto Vida Nova – Banco Bradesco Agência 2875-4 Conta corrente 6242-1 Sede: Rua Prof. Assis Veloso, 226 – São Mi-guel Pta. CEP. 08021-470 – CNPJ. 03.855.787.0001-61 Utilidade Pública Municipal Nº 51.971/2010 www.ividanova.org.br [email protected] Telefone: (11) 2297-1516

B O L E T I M V I D A N O V A

Conselho Editorial: Américo Nunes Neto Jorge E. Reyes Rodriguez Projeto Gráfico e Diagramação: Américo Nunes Neto Colaboração Teresinha Martins Renilda Cabral Impressão Artes Gráficas Prática Ltda. Tiragem – 1000 exemplares Diretoria do Instituto Vida Nova: Presidente Jorge Eduardo R. Rodriguez Vice Presidente – Albert Roggenbuck 1ª - Tesoureiro: Américo Nunes Neto 2ª - Tesoureira: Vanessa . Senatori 1ª - Secretária: Lisiani Ap. Ramos 2ª – Secretaria: Mariza Borbosa

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V oluntário não é só quem é "especialista" em alguma coisa. Todos podem participar e con-tribuir. O que cada um faz bem pode fazer

bem a alguém. O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. O trabalho voluntário não é uma atividade fria, raci-onal e impessoal. É contato humano, é relação de pessoa a pessoa, oportunidade para se fazer novos amigos, intercâmbio e aprendizado. Voluntariado é compromisso. Cada um contribui na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas horas por semana. Alguns sa-bem exatamente onde ou com quem quer trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente. Cada compro-misso assumido, no entanto, é para ser cumprido. Uma pequena ação bem feita tem muito valor. Nada é mais decepcionante do que prometer e não ser capaz de realizar.

Faça parte da nossa equipe!

Josefa Brito e Cleide Marques - voluntarias do Instituto Vida Nova.

Todos podem ser voluntários

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Lobos Guará Moto Clube co-

memora parceria de sucesso com o

Instituto Vida Nova.

O Senhor Pedro Carlos Sinóbio, presidente do Lobos

Guará Moto Clube e membro da Polícia Militar do

Estado de São Paulo esteve recentemente na ONG Insti-

tuto Vida Nova, foi recebido pelo presidente Jorge Eduardo e falou da

importância da parceria que mantém com a instituição, afinal o Lobos Guará Mo-

to Clube tem uma proposta de trabalho 50% voltada para o social e os outros 50% para o moto turis-

mo. Como fazem um trabalho focado para o social ressaltaram a importância da parceria de sucesso

com a ONG, afinal o Lobos Guará Moto Clube tem um público flutuante de 1000 pessoas aos finais de

semana e já fazem a distribuição gratuita de preservativos fornecido pelo projeto Agora Você está

Dentro do Instituto Vida Nova. “Temos essa preocupação da preservação e de frear a disseminação do

vírus” afirma Pedro Carlos. “Uma das nossas grandes dificuldades para a realização desse trabalho so-

cial ainda é o financeiro, percebemos que as pessoas ainda tem uma ressalva em ajudar entidades

que fazem trabalho social e encontramos uma grande barreira para captar parcerias para o bom an-

damento desse trabalho” complementa. A ONG Instituto Vida Nova agradece a visita e a parceria do

Lobos Guará Moto Clube na pessoa do seu Presidente Pedro Carlos Sinóbio. Contato: Lobos Guará

MC - www.facebook.com/LobosGuaraMc

Autoestima, conhecimento, troca de experiência e oportunidade de trabalho fazem parte desta trans-formação individual e coletiva, com bem estar e liberdade de ex-pressão propiciada pelas ativida-des da ONG. Algumas pessoas conseguem falar à sociedade so-bre sua sorologia HIV+; o que di-fere da maioria que sente se in-segura, com medo do preconceito e discriminação.

Renilda dos S. C. Oliveira - Agente de prevenção da ONG

As atividades do Instituto Vida Nova (IVN) em especial, academia, grupo de convivência, grupo de mu-lheres, café espaço livre e grupo Avesso Travesso Show são motiva-ção para pessoas que vivem com HIV/Aids. Vindos de serviços de saú-de de referência e a convite de ou-tras pessoas inseridas na organiza-ção não governamental (ONG) rela-tam um novo despertar na busca da promoção da saúde física e mental; todavia se sentem acolhidos como membro da “família Vida Nova”.

Agora Você Está Pronto! É um projeto apoiado pelo Progra-ma Municipal de DST/Aids, sob a

realização do Instituto Vida Nova (IVN) que iniciou em meados de 2009. O IVN identificou a necessidade de desenvolver um trabalho de prevenção, tendo como protagonista a CAMISINHA, em especial o acesso e disponibilidade ao insumo, que até então era apenas disponi-bilizados nos serviços de saúde. Com o objetivo de disponibilizar os preservativos e material informativo sobre assistência e prevenção em diversos locais de entretenimentos com horários alternativos, mas não apenas isso, queremos mais para a população, num lugar diferen-te e porque não dizer, inesperado. Atuamos em vários bairros da regi-ão leste e alguns municípios vizinhos de São Paulo com intervenções dialogadas levando informações sobre Saúde, Prevenção das DST, acesso ao diagnóstico precoce do HIV e tratamento. O que se busca é a expectativa permanente por um desempenho sempre melhor, espe-rando que ações como o Projeto Agora Você Está Pronto promovam mudança positiva na vida das pessoas que por ele passaram e passa-rão. A principal preocupação é a abordagem com qualidade, que o

agente não seja conhecido apenas como distribuidor de preservativo, mas sim, como referência de orientação. “Ao chegar ao Projeto, sem nunca antes ter tido experiência semelhante, não tive medo de uma provável rejeição e sim muita expectativa das parcerias do Instituto Vida Nova. Hoje após re-alizar ações nas regiões da cidade de São Paulo e agora nos municípios de Itaquaquecetuba, Poá, Su-zano e Mogi das Cruzes - são 103 estabelecimentos de parcerias desde boteco, biqueiras a grandes casas de eventos e centros de acolhidas- vi que o grande desafio é acessar a população chave frente à epidemia da Aids sendo ela os usuários de droga (crack) e Jovens gays. Mensalmente são disponibili-zados mais de 135 mil preservativos masculinos, já o preservativo feminino tem uma disponibilização reduzida em razão da pouca demanda, tabu e conhecimento do insumo pelas mulheres”. Isabel Cris-tina Balla - Agente de Prevenção

CONFIANÇA DE SER E AGIR

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O QUE EU BUSCO NA PREVENÇÃO!

Balada no Sabbadá também é prevenção

A casa de shows Sabbadá Music Bar na região de Itaquera em parceria com o Projeto Agora Você está Pronto, realizou campa-

nha de prevenção às DST/Aids na noite de 21 de maio. Os clientes jovens e adultos receberam insumos de prevenção (camisinhas, mas-culina, feminina, gel lubrificante e material informativo sobre o acesso ao diagnostico HIV e outras DST’s “O projeto é muito interessante à aceitação do publico foi excelente não imaginava que fosse dessa for-ma, normalmente as pessoas pegam em média de dois a três preser-vativos. A ação do Vida Nova no Sabbadá é bacana, pois ampliou a parceria com o Hotel Paiol” disse Evandro Campos proprietário do Sabbadá. Conheça a casa e comemore seu aniversário - www.sabbada.com.br

O INSTITUTO VIDA NOVA INTEGRAÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO E CIDADANIA (IVN) é uma Organização da Soci-edade Civil de Interesse Público, de natureza filantrópica sem fins lucrativos.

Objetivos - Promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS; Combater a epidemia da AIDS; Promover o exercício da cidadania; In-tegração Social e Educação.

Como surgiu - Motivado por algumas pessoas, em maio de 2000, Américo Nunes Neto, pessoa vivendo com HIV, com experiência em gerenciamento institucional, cria o Institu-to Vida Nova na região leste da cidade de São Paulo com apoio de seus sócios fundadores. Com 16 anos de funda-ção a ONG é referência pela qualidade e reconhecimento das ações e atividades desenvolvidas.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo promoveu, de 3 a 10 de abril,

a segunda edição da Virada da Saúde na capital paulistana. O evento foi uma realização do Instituto Saúde e Sustentabilidade em comem-oração ao Dia Mun-dial da Saúde - 7 de abril.

O objetivo principal da Virada da Saúde foi aproximar os cidadãos do te-ma saúde de forma diferenciada, inova-dora e lúdica. Mais de cem atividades aconteceram nos parques, centros culturais, hospitais, UBs (Unidades Básicas de Saúde) e ruas da cidade de São Paulo. Com uma programação voltada para as áreas cul-tural, médico-assistencial, de bem-estar e edu-cação. A Segunda Virada da Saúde foi aberta no domingo (3), com uma passeata na Avenida Pau-lista, que teve início na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) até a Praça

do ciclista. Na segunda (4) de abril a Virada da Saúde teve seu prosseguimento com pales-tras, consultas gratuitas de dermatologia e ter-apias complementares, rodas de conversa e práticas corporais. No sábado, 8 de abril, das 8h30 às 15horas, no Parque Linear em

Itaquera - extreme leste da cidade - aconteceu uma grande ação que contemplou a população local.

A Segunda Virada da Saúde foi uma parceria com a Coordenação Re-gional de Saúde da Leste, Serviços de Atenção Básica e SAEs da Região.

Os agentes de pre-venção do Instituto Vida

Nova promoveram atividades e serviços de promoção de saúde para pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS e receberam a visita do Dr. Alexandre Padilha – Secretário Munici-pal da Saúde.

VIRADA DA SAÚDE EM SÃO PAULO

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Mariza Barbosa - Diretora

ONG vai promover oficinas sobre sexo

seguro e prevenção as DSTs/aids. O Instituto Vida Nova de Integração Social Educação e Cidadania - ONG paulistana de luta contra a aids - abriu as portas da instituição para o Programa de Acompanhante da Pessoa com Deficiência Intelectual (APD Tito Lopes), da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Trata-se de um projeto governamental que tem por objetivo atender pessoas com deficiência intelectual em situação de fragilidade e vulnerabilidade social. "A proposta é promover protagonismo, autonomia, independência e evitar o abrigamento ou internação desta população", explicou a enfermeira responsável pelo APD Tito Lopes, Alana Paladini. A parceria entre o Vida Nova e o APD existe desde 2014; o grupo, quando necessário, sempre usa o espaço físico da ONG/aids para desenvolver atividades fora do serviço de saúde. "Nosso espaço já foi palco de festas do APD e também de sessões de cinema. Em 2016, vamos trabalhar mais juntos e oferecer para os usuários do APD oficinas sobre sexualidade e prevenção às DSTs/Aids", disse o presidente do Instituto Vida Nova, Jorge Eduardo Reyes Rodriguez. A enfermeira Alana nos contou que alguns medicamentos usados no tratamento de pessoas com deficiência intelectual aumentam a libido deste indivíduo e como a missão do Vida Nova também é prevenção, nada mais importante do que falar sobre uso de camisinha e direitos sexuais e reprodutivos com eles", explicou Jorge. O APD Tito Lopes funciona no Hospital Dia da Rede Hora Certa Itaim Paulista e atende hoje 110

pacientes com

mas a equipe garante que tem capacidade para atender 140. "Nossas atividades são desenvolvidas nos domicílios, na comunidade e em unidades de saúde.

Mais do que orientar, a equipe do programa tem como característica “fazer com”, ou seja, participar com a família e com a comunidade nos processos de inclusão. Acompanhamos, por exemplo, nosso paciente em atendimentos de saúde, atividades de lazer e educação, auxiliamos na medicação, entre outros", contou Alana.

“A parceria com o Vida Nova é muito importante. A ONG é mais

uma alternativa para que nossas ações sejam desenvolvidas no território onde o nosso

paciente reside. Nossa missão também é ocupar esses espaços e interagir com a comunidade”, concluiu Alana. A deficiência intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento, caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes dos 18 anos de idade. No dia a dia, isso significa que a pessoa com deficiência intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem. Para participar do APD Tito Lopes o paciente precisa ser indicado por algum serviço de saúde da região. Acesse:

http://www.aps.santamarcelina.org/aps/default.asp

Instituto Vida Nova abre as portas para o APD Tito Lopes - Programa de Acompanhante da Pessoa com Deficiência Intelectual

Parceria

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Equipe de Profissionais da APD

Eu não tenho preconceito nem medo em falar que tenho HIV

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T udo começou com uma alergia no corpo e pro-

blema no esôfago, que após várias consultas ao médico e a demora em descobrir o diag-

nostico HIV, ainda assim não foi uma surpresa pra mim. Apesar do HIV não foi de tudo ruim, após o tratamento descobri coisas boas também. Nunca sofri preconceito de forma alguma da minha família; mesmo no período de exames de admissão para o trabalho, fiz questão de contar que tinha HIV e não houve o me-nor problema, pelo contrário to-dos sabem e me apoiam inclusi-ve no meu trabalho. Após 8 anos com HIV vivo bem e tenho con-seguido realizar meus objetivos e sonhos. Sempre estou em dia com as consultas e recebo para-béns da minha médica, espero um dia ouvir da médica que es-tou curada, neste dia vou ser a pessoa mais feliz do que sou hoje. Eu não tenho preconceito

nem medo em falar que tenho HIV, sempre que necessário dou entrevis-tas para imprensa e sem medo de so-frer preconceito, pois trabalho e ando sempre de cabeça erguida, ninguém tem nada a ver com isso, o problema é

meu. Considero a Aids como uma do-ença qualquer que precisa de cuidados e tratamento, ser soropositivo hoje, é muito diferente que nos anos passa-dos. O tratamento é muito eficaz, em se cuidando a gente fica bem e bonita, assim como sou. Minha rotina de vida é normal, trabalho, cuido da casa, me alimento bem, tomo as medicações e saio para me divertir à procura do meu príncipe encantado. O Instituto Vida Nova é muito importante na minha vida é uma segunda família que me trata bem. Participo das atividades há oito anos, as que mais gosto são a academia, os grupos e atividades externas, isto me traz bem estar e uma vida saudável. Espero nunca ter lipodistrofia e acho que não vou ter, pois participo da aca-demia e me concentro nas atividades físicas para evitar este mal; minhas amigas sofrem muito com a lipodistro-fia. Portanto é fundamental procurar apoio nas ONG’s. Participe das ativida-des e faça novos amigos. Leidionir M. dos Santos – 48 anos

Nova aprendi a conviver com a patologia no dia a dia com outras pessoas. Hoje tenho uma vida normal, só me lembro de que te-nho HIV quando vou tomar o re-médio. No meu caso é difícil viver com HIV, mesmo tendo pessoas que me ajudam, meu jeito de ser me impede em pedir ajuda. Os momentos mais difíceis foram quando soube da doença, quando o médico me deu alta da interna-ção e após ser demitido do servi-ço sem direito a nada. Sem forças físicas tive que catar insumos pa-ra reciclagem, sobras de feira pa-ra poder me alimentar. Hoje não quero isso para minha vida, gra-ças a Deus tenho minha aposen-

N o ano de 2002 fui inter-nado com crise de con-vulsão e após exames

veio o resultado que eu estava com HIV já desenvolvendo para Aids com quadro de neurotoxo-plasmose. A única pessoa que soube na época foi minha prima, que espalhou para outras pes-soas da minha família. Na épo-ca fiquei muito irritado, mas hoje entendo. Ela é a única pessoa que falou abertamente sobre minhas necessidades e cuida-dos, somos como irmãos, os demais da minha família não tocam no assunto. Antigamente viver com o diagnóstico era um peso depois que entrei no Vida

tadoria e o Vida Nova que me aco-lheu, me deu trabalho e fez com que realizasse muitos sonhos e por isso faz a diferença em minha vida. Meu desejo é ter um compa-nheiro soropositivo e que me acei-te como sou. A vida é linda. Adilson Batista Cardoso - 52 anos.

ra na barriga, costas, pescoço e nuca (giba) e perda de gordura nos braços, pernas, náde-gas e face. Além disso, hoje em dia está se chegando a um consenso de que a lipodistro-fia é a mistura de várias modificações também no funcionamento do organismo (alterações metabólicas), como o aumento do colesterol e

dos triglicérides, elevando o risco de proble-mas cardíacos e resistência à insulina, o que pode causar a diabetes. Algumas pessoas sentem dores no corpo, em especial nos músculos, por causa do aumento do ácido lático. Fonte: www.saberviver.org.br

A lipodistrofia é um efeito colateral que vem causando muitos transtornos a pessoas soropositivas. Trata-se de uma alteração na distribuição de gordura do organismo com concentração de gordu-

O que é Lipodistrofia?

Só me lembro de que tenho HIV quando vou tomar o remédio

Malhação Vida Nova 10 anos, experiência bem sucedida

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A Academia Malhação Vida Nova

completou em 24 de abril de 2016, 10

anos e festeja junto com seus prati-

cantes, educadores e colaboradores,

um período de excelência, inovações

e aprendizado na prática de atividades

físicas para as pessoas com HIV/Aids.

Em 2006 a Malhação Vida Nova pos-

suía 15 praticantes em um salão de 10

mt², hoje em um espaço com 250 mt²

já acolheu mais de 300 pessoas que

se beneficiaram das atividades físicas

e complementares como fisioterapia,

dança, atividades externas, competi-

ções esportivas e oficinas sobre nutri-

ção e adesão aos medicamentos.

Para chegar ao nível de crescimento

atual, a academia contou com apoio

do Departamento de DST/Aids e HIV,

Programa Estadual de DST/Aids e

atualmente com o Programa Municipal

de DST/Aids.

Segundo o coordenador de projetos,

Américo Nunes Neto, também respon-

sável pela implantação da Academia:

“O plano é crescer mais, replicamos o

projeto Malhação Vida Nova em ou-

tros Municípios e Estados, inclusive

tornamos referência para os Progra-

mas de DST/Aids e pretendemos sem-

pre incorporar atividades complemen-

tares. A persistência, qualidade, com-

petência e certeza de que a academia

certamente iria crescer, renderam

resultados e premiação por Melhor

Iniciativa durante o VII Congresso

Brasileiro de Prevenção das DST/

Aids, em Florianópolis no ano de

2007. Para o presidente Jorge Eduar-

do, a comemoração dos 9 anos repre-

senta grande satisfação. O motivo é o

contentamento em saber que a Acade-

mia Malhação Vida Nova sempre teve

como princípio oferecer às pessoas com

HIV/Aids o que há de melhor no seg-

mento. “Temos como diferencial propor-

cionar atendimento e assistência exem-

plares”, ressalta. Comemorar uma déca-

da de sucesso é também motivo de

alegria para o professor de educação

física Anderson R. da Silva

ao constatar o entusiasmo

dos participantes e o cresci-

mento do projeto e dos assis-

tidos pela ONG. Vários proje-

tos são desenvolvidos como

forma de garantir a qualidade

e a capacitação constante

dos profissionais.

Prática da atividade física

Todo indivíduo deseja ter uma vida longa

e com saúde, e isso inclui, preferencial-

mente, a prática regular de atividade físi-

ca, a adoção de uma dieta saudável e,

assim, a manutenção de peso normal. A

combinação de sedentarismo e dieta ina-

dequada desencadeia agravos de saúde.

Os benefícios da prática de atividade física

incluem, melhora da oxigenação dos teci-

dos; melhora do metabolismo do organis-

mo; aumento da força muscular e do con-

dicionamento físico; redução do conteúdo

de gordura; melhora da movimentação

muscular e articular; aumento da sensa-

ção de bem-estar e previne os danos cau-

sados pela lipodistrofia. A atividade física

pode e deve ser praticada em qualquer

idade. Recomenda-se praticar

pelo menos 30 minutos de exercí-

cio físico moderado todos os dias.

No entanto, algumas práticas se

associam a riscos, de forma que

um profissional de saúde deve

ser consultado antes de se iniciar

um programa de atividade física

regular. Sabe-se que metade das

pessoas em atividade física vigo-

rosa desiste do treinamento em

um intervalo de um ano. O segre-

do é praticar exercícios que se-

jam excitantes, desafiantes e que

tragam um grau de satisfação.

B O L E T I M V I D A N O V A

Novas estra-tégias de prevenção surgem co-mo ferra-mentas complemen-tares no enfrenta-mento da epidemia de HIV ampli-ando a ga-ma de op-ções que os indivíduos terão para se prevenir contra o vírus e ofe-recendo mais alternativas – cientificamente efica-zes – em relação à única opção disponível até pou-co tempo atrás: o preservativo.

Entre as novas estratégias para a prevenção da transmissão do HIV destacam-se o uso do Trata-mento como prevenção (TASP, em inglês, ou TcP, em português), a Profilaxia Pós-exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-exposição (PrEP).

Tratamento como prevenção

O uso de medicamentos antirretrovirais faz com que as pessoas vivendo com HIV/AIDS alcancem a chamada “carga viral indetectável”. As evidências científicas também mostram que pessoas vivendo com HIV/AIDS que possuem car-ga viral indetectável, além de ganharem uma me-lhora significativa na qualidade de vida têm uma chance muito menor de transmitir o vírus à outra pessoa. Outro estudo recente bastante respeitado e que complementa estas evidências é o PARTNER. Ele só será concluído em 2017, mas os dados divulga-dos ano passado mostraram que nenhum pa-ciente com carga viral indetectável – gay ou heter-ossexual – transmitiu o HIV ao parceiro sorodis-cordante nos primeiros dois anos do estudo.

PREVENÇÃO COMBINADA

B O L E T I M V I D A N O V A

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Profilaxia Pós-exposição (PEP)

A PEP é a utilização da medicação antirretroviral após qualquer situ-ação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo - por isso a importância de se ini-ciar esta profilaxia o mais rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo o tratamento mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. O tratamento deve ser seguido por 28 dias.

Profilaxia Pré-exposição (PrEP)

A PrEP é a utilização do medicamento antirretroviral por aqueles indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas se encontram em situação de elevado risco de infecção. Com o medicamento já circulante no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo.

Evidências comprovaram que a PrEP se trata de uma estratégia eficaz, com mais de 90% de redução da transmissão e sem nenhuma evidência de compen-sação de risco. Nos estudos, pessoas que usaram PrEP não aumentaram número de parceiros, nem a incidência de outras DSTs e, além disso, tiveram ma-iores taxas de uso consistente de preservativo.

No Brasil, a PrEP ainda não é disponibilizada gratui-tamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que dois estudos estão sendo desenvolvidos para avaliar a aceitabilidade e aplicabilidade do re-curso em relação a população e a rede de saúde pública.

Assim como o preservativo, todas essas novas estra-tégias devem ser vistas e consideradas como novas opções no leque de estratégias que compõem a pre-venção combinada ao HIV.

Fonte: http://unaids.org.br/prevencao-combinada/

Suíça realiza 1º transplante de fígado entre portadores de HIV

Médicos suíços realizaram em outubro de 2015 o primeiro trans-plante de fígado do mundo entre duas pessoas portadoras do vírus HIV, informa um comunicado publicado em Genebra após seis meses de observação do paciente. O anúncio, também pu-blicado em um artigo no American Journal of Transplantation, foi feito após uma operação idêntica realizada por médicos dos Es-tados Unidos em 15 de março de 2016, também apresentada como uma novidade mundial. Os Hospitais Universitários de Ge-nebra (HUG) informam que os seis meses de observação mos-traram que não há rejeição do órgão, nem perda de controle do vírus no receptor. "Este primeiro transplante praticado na Suíça, que acaba de ser seguido por outro transplante análogo nos Es-tados Unidos, abre perspectivas inéditas para as pessoas que vivem com o HIV", destacam os HUG. Isto significa que os porta-dores de HIV podem se declarar possíveis doadores de órgãos, e, ao mesmo tempo, os que estão à espera de um órgão têm

melhores perspectivas de ser operados. A lei suíça sobre os doadores de órgãos autoriza desde 2007 o transplante de órgãos entre doadores e receptores soropositivos, mas foram necessários oito anos para a primeira operação. "Há duas razões: de um lado o desconhecimento por parte de médicos e pacientes soropositivos deste dispositivo da lei e, de outro, o problema da compatibilidade necessária entre doador e receptor", explicou à AFP Nicolas de Saussure, porta-voz dos HUG. Neste caso, o doador era um homem de 75 anos, que faleceu após uma hemorragia cerebral. Era soropositivo des-de 1989 e havia autorizado a doação de seus órgãos. O receptor foi diagnosticado soropositivo em 1987 e foi informado antes da operação dos possíveis riscos adicionais. Ele aceitou os riscos. Em uma entrevista, o receptor, que sofria uma doença grave do fígado, disse que estava na lista de espera há dois anos e meio. O transplante foi realizado por uma equi-pe integrada pela professora Alexandra Valmy, diretora da unidade HIV, o professor Thierry Berney, médico chefe do servi-ço de transplantes, o professor Christian van Mendel, diretor da unidade de infectologia de transplantes, e o professor Emi-

liano Giostra, especialista em doenças do fígado. Fonte: Da France Presse

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Notícias

É com profundo pesar que o Instituto Vida Nova lamen-ta a morte, em 23 de março, em circunstâncias de saúde, do nosso colaborador Dagoberto R. Vega que se encontrava no hospital e sofreu uma parada cardíaca. Ele ingressou no Instituto Vida Nova prestando trabalho voluntário nas ativi-dades e no Grupo Avesso Travesso Show e sempre atuou de forma devotada ao serviço. Dagoberto, cubano, cabelei-reiro e maquiador tinha união estável. Que o nosso irmão possa descansar em paz e que Deus conforte o coração de seu companheiro, parentes e amigos nesse momento de grande tristeza.

Papa Francisco incentiva diálogo contínuo para ampliar acesso a serviços de testagem e trata-mento para o HIV

UNAIDS e parceiros concluíram as rodadas de reuniões no Vaticano com o objetivo de finalizar o roteiro para melhorar o acesso das crianças ao tratamento do HIV.

O encontro realizado nos dias 16 e 17 de maio deu-se seguimento a uma reunião feita no início de abril, que explorou formas de proporcionar maior acesso aos serviços de testagem e tratamento para doenças como HIV, tuberculose e hepatites. O anfitrião das duas reuniões foi o Cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, um or-ganismo da Cúria Romana. Entre os participantes estavam representantes de governos nacionais, organizações religiosas e pessoas vivendo com HIV, o Diretor Executivo Adjunto UNAIDS, Luiz Loures, e a Coordenadora Global de AIDS dos Estados Unidos, Embaixadora Deborah Birx. Fonte: http://unaids.org.br/category/noticias/

CTA SÃO MIGUEL

PAULISTA SOB NOVA

GERÊNCIA

O Centro de Testagem e Aconselhamento - CTA de São Miguel Paulista - está re-

centemente sob nova gerência administrativa. A ex gerente Senhora Maria A. S. Alves, assistente social de formação deixou o cargo em razão da tão merecida aposentadoria. Em seu lugar assumiu a Gestora em Serviço de Saúde, Senhora Evanilsa Borges Alves. Além de estar a frente da admin-istração, Evanilsa Borges está empenhada em conhecer os serviços comunitários da região leste do município de São Paulo e ampliar articulações. Em visita ao Instituto Vida Nova ela disse: “Fiquei maravilhada com a estrutura do Instituto Vida No-va e da recepção fornecida pela direção e sua ati-tude de mostrar realmente o que é e como fun-cionam todos os trabalhos desenvolvidos, onde a mesma é reconhecida até fora do país. É uma In-stituição séria, que presta um excelente serviço para a Zona Leste e todos os trabalhos estão di-recionados a uma causa que é a conscientização da prevenção. Portanto, todos estão de parabéns pelo desempenho desse trabalho”.

O CTA é um serviço da Secretaria Municipal de Saúde sob gestão do Programa Municipal de DST/Aids. Estruturado para realizar atividades de pre-venção, aconselhamento e testes sorológicos para DST, HIV/Aids e hepatites B e C.

A equipe é composta por diversas categorias profissionais da saúde. Endereço: Rua Engenheiro Manoel Osório 151 – São Miguel Paulista – Fone: 2297-6052 – 2031-2701

e-mail [email protected]

Risco de acidente vascular cerebral pode ser maior em doentes com VIH Taxas de AVC têm aumenta-do entre as pessoas com HIV nos últimos anos, en-quanto em declínio na popu-lação dos EUA, mostra nova pesquisa, levantando a pos-sibilidade de que os trata-mentos para o vírus causa-dor da SIDA pode colocar esses pacientes em maior risco de problemas cardiovasculares. Não há nenhuma prova direta que liga os medicamentos para a taxa de acidente vascular cerebral maior, mas pesquisas anterio-res sugerem que medicamentos contra o HIV podem aumentar os níveis de colesterol e triglicerídeos, os quais contribuem para o risco de AVC. "Até que tenhamos uma ideia melhor do que está acontecendo, esta é uma chamada ou lembrete aos médi-cos estar cientes desses fatores de risco para acidente vascular cerebral nestes pacientes com HIV", disse o autor do estudo Dr. Bruce Ovbiagele, professor de neurociência da Universidade da Califórnia, San Diego. Para seu estudo, publicado on-line 19 de janeiro na revista Neurology , Ovbiagele e colegas examinaram um banco de dados de internações por acidente vascular cere-bral a partir de 1997, quando uma nova geração de medicamen-tos contra a Aids foi em seus primeiros dias de uso, até 2006. Eles descobriram que, enquanto as internações gerais para AVC caíram 7 por cento, o número de hospitalizações de acidente vascular cerebral em pessoas infectadas pelo HIV aumentou em 60 por cento em 2006. (Os pesquisadores ajustaram os seus números para dar conta fatores como idade e sexo.) Os pesqui-sadores também olhou para os dois tipos de AVC - isquêmico (quando um vaso sanguíneo é bloqueado) e hemorrágico (quando um vaso sanguíneo estoura). Não houve alteração no percentual de pacientes com AVC hemorrágico que eram HIV-positivos, mas a taxa subiu de 0,08 por cento para 0,18 por cen-to - mais do que o dobro - entre pacientes com HIV que tiveram derrames isquêmicos. Este último número sugere, mas não prova, que mais pacientes com HIV estão sofrendo de bloqueios em seus vasos sanguí-neos. Algumas pesquisas anteriores sugerem que pacientes com HIV têm níveis mais elevados de ataques cardíacos, que tam-bém ocorrem quando os vasos entupir. "Sabemos que muitos dos medicamentos que são utilizados para o tratamento da AIDS têm complicações metabólicas, que incluem a adição de gordura da barriga e um aumento dos triglicéridos séricos", disse Ovbi-agele. Ambos aumentam o risco de problemas cardíacos.É pos-sível que pacientes com HIV estão vivendo mais tempo e sim-plesmente chegar à idade em que acidentes vasculares cere-brais são mais comuns entre todas as pessoas, disse Ovbiagele, que estava na Universidade da Califórnia em Los Angeles, quan-do a pesquisa foi conduzida. Mas o estudo também descobriu que pacientes com HIV tiveram acidente vascular cerebral anteri-ormente, em média, do que outras pessoas. Em geral, o risco de que um paciente HIV irá ter um acidente vascular cerebral conti-nua a ser baixa. No entanto, os pacientes que estão em medica-mentos contra a Aids deve estar ciente de que o AVC é "altamente evitável", disse Ovbiagele, e eles devem trabalhar com seus médicos para manter os seus níveis de peso e coles-terol sob controle. Dr. Alejandro A. Rabinstein, professor de neu-rologia da Clínica Mayo, em Rochester, Minn., Disse que, mes-mo enquanto a ligação entre medicamentos para Aids e acidente vascular cerebral não é comprovada, os pacientes de HIV deve ir em baixo teor de gordura, dietas pobres em sódio e controlar a pressão arterial e outros factores de risco. No entanto, ele disse, acidentes vasculares cerebrais permane-cerá rara entre os pacientes sobre medicamentos para o HIV. "O risco pode ser aumentado, mas é em geral um pequeno risco", disse ele. Fonte: www.aids.org

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Técnicos do Programa Municipal de DST/Aids

apontam estratégias de articulação da região leste P Á G I N A 1 2

Em visita técnica na quarta-feira (2 de mar-ço) ao Instituto Vida Nova; os técnicos do Programa Municipal de DST/Aids, Cris-tina Santos, Celso Ricardo Monteiro, Marcos Blumen-feld das áreas de prevenção e articulação com a socieda-de civil e diretores da insti-tuição potencializaram as

discussões so-bre o desenvolvi-mento do proje-to, bem como apresentaram maiores suges-tões de articula-ção com os ser-viços de saúde e proteção. “As atividades do Projeto Releste seguem em rit-mo normal, ape-

nas passa por um processo de re-contratação de Assistente Social” disse Américo Nunes – Coordenador Geral de Projetos. Dados de abran-gência, participação dos clientes e de atividades realizadas foram apresen-tados aos técnicos. “Estamos em fa-se de produção de cartazes e do Bo-letim Vida Nova para potencializar ainda mais as ações e atingir o públi-co-alvo” Disse Américo Nunes.

Os técnicos ressaltaram que a forma-ção da Releste - Rede de Proteção, uma das atividades do projeto, é uma ação extremamente importante e es-tratégica porque vai somar esforços para as demandas e contra referên-cias. Incentivar a testagem para o HIV e intensificar as ações preventi-vas junto as populações de rua, jo-vens gays, homens que fazem sexo com homens – HSH - e usuários de álcool e droga é uma das estratégias para o enfrentamento da epidemia na cidade de São Paulo reforçaram os técnicos. O projeto Releste tem por objetivo Promover e fortalecer ações de assistência, prevenção secundária para 170 pessoas vivendo e convi-vendo com HIV/Aids e promover arti-culação com serviços públicos de go-verno e organizações não governa-mentais sendo apoiado pelo Progra-ma Municipal de DST/Aids por vinte quatro meses e com o investimento total de R$ 193.746,50

como um dos objetivos apresentar aos partici-pantes as ações que es-tão sendo desenvolvidas pelo Projeto RELESTE , incluindo as articulações com os SAE’s Serviço de Assistência Especializada e CTA’S Centro de Testa-gem e Aconselhamento. “Esta articulação, trará ainda mais ferramentas para a melhoria do desen-volvimento do pro-jeto e do atendi-mento às pessoas que vivem com HIV/Aids” Disse Jorge Eduardo – Presidente da ONG. O Projeto Releste

tem como objetivo

Promover e fortale-

cer relações e ações de assistência, pre-

venção entre as Pessoas Vivendo e convi-

vendo com HIV/AIDS nos serviços públicos

de saúde e comunidade, visando minimizar

estigmas; preconceitos; exclusão social,

violação de direitos e promover o exercício

da cidadania. O projeto tem apoio do Pro-

grama Municipal de DST/Aids com vigên-

cia de 2 anos.

Cristina da Costa Pardal, Assessora Técnica da Coordenadoria Regional de Saúde Leste, reuniu na terça-feira, dia 26 de abril, profissionais da sa-úde das Supervisões Técnicas de Saúde, da Rede Municipal de Espe-cialidade, além dos convi-dados do Instituto Vida Nova: Américo Nunes Neto e Valdemir C. da Silva que atuam no cui-dado e atenção as pes-soas com HIV/Aids. A reunião foi realizada no Hospital Dia de São Mi-guel Paulista. O evento é parte das ações e estratégias entre os serviços de saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Programa Muni-cipal de DST/Aids e tem

Técnicos da Saúde Conhecem o Projeto Releste

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SOLIDARIEDADE SOLIDARIEDADE

Camarote Solidário arrecada 1,5 toneladas de

alimentos na Parada Gay

B eneficiado com a arrecadação de alimentos o Instituto Vida Nova poderá garantir alimentação para dezenas de pessoas vivendo com HIV/Aids.

Nossos agradecimentos a Agencia de Notícias da Aids e colaborados do Camarote Solidário. Idealizado por Roseli Tardelli, diretora executiva da Agência de Notícias da Aids, o evento recebeu 320 convidados, entre ativistas, artistas, jornalistas, gestores e políticos. Cada deixou na entrada seis quilos de mantimentos, que serão doados para ONGs/Aids.

P Á G I N A 1 4 Avanços com novos medicamentos e males persistentes do HIV são abordados no 9º

Hepatoaids

Os benefícios das novas es-tratégias para o tratamen-

to antirretroviral, os novos medica-mentos, resistência viral, doença gordurosa não alcóolica do fígado (DHGNA), envelhecimento das pessoas com HIV. Não faltou as-sunto na tarde do primeiro dia do 9º Hepatoaids, seminário que acontece desta quinta-feira (2) até sábado (4) no Hotel Maksoud Pla-za, em São Paulo. O evento reuniu na tarde dessa quinta-feira (3) re-nomados especialistas para discu-tir as diferentes faces da doença, desde as comorbidades até o que há de mais novo em termos de tratamento. O professor e pesquisador da Uni-fesp (Universidade Federal de São Paulo) Ricardo Diaz falou sobre estratégias no tratamento antirre-troviral. "Um tratamento efetivo deve conter medicamentos com potência e barreira genética sufici-ente." Para ele, "estratégias de tratamento antirretroviral menos convencionais podem ser utiliza-das para mitigar efeitos adversos, tolerabilidade e perda de adesão. " Ricardo Diaz explicou que a tera-pia antirretroviral de alta potência para aids tem apresentado bons resultados, garantindo sobrevida aos portadores desta síndrome. "Os inibidores da transcriptase re-versa não-análogos aos nucleosí-deos (ITRNNs) são amplamente empregados na terapia inicial. No Brasil, são utilizados os ITRNNs de primeira geração, nevirapina e efa-virenz, e também o de segunda geração, etravirina. Estas drogas alteram a conformação da transcri-ptase reversa do HIV-1, alteração que inativa a capacidade de retro-transcrição da molécula. Contudo, a grande capacidade mutagênica do HIV tem oferecido um obstáculo para a terapia. Uma das caracterís-ticas desta classe de antirretrovi-rais é o desenvolvimento da resis-

tência cruzada. Desse modo, quando ocorre uma mutação em códons relacio-nados à diminuição de suscetibilidade aos ITRNNs, normalmente se compro-metem todos os ITRNNs de primeira geração." Novos tratamentos O infectologista e ex-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) Érico Arruda (foto direita) falou sobre a importância da dose fixa combinada na adesão ao tratamento. "A terapia antir-retroviral evoluiu de forma espetacular, ela é mais efetiva e tolerável e vem apresentando novas formulações. O esquema com dose fixa combinada, ou seja, um comprimido por dia, tem facili-tado a adesão.” Érico contou ainda que pesquisas es-tão comprovando que os novos inibido-res da transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo se comparado ao efavirenz, por exemplo, são mais tolerados pelas pessoas vivendo com HIV. "Os efeitos colaterais são meno-res. A nova classe e as novas formula-ções de antirretrovirais são promisso-ras." Envelhecimento O processo de envelhecimento em paci-entes vivendo com HIV também ganhou destaque neste evento. Nos últimos anos, vários estudos em todo o mundo vêm mostrando que o corpo de uma pessoa que vive por muitos anos com o HIV acaba funcionando como o de al-guém que tem, em média, 15 anos a mais. Foi o que contou a infectologista e presidente do evento, Gisele Gosuen. "As comorbidades mais comuns são as doenças cardiovasculares, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Em seguida, vêm os vários tipos de cânce-res, como o de próstata, mama e colo de útero. Também são comuns perda de massa óssea, diabetes e distúrbios neu-rocognitivos, como demência preco-ce”, explicou Gisele. Para a especialista em aids na terceira idade, é possível envelhecer com quali-dade, tanto quem tem HIV, como não. "Esses pacientes precisam de cuidados multidisciplinar, o tratamento contra a aids é mais complexo entre os idosos, mas não podemos desconsiderar essa população, a proporção de pessoas com HIV com mais de 50 anos tem aumen-tando significativamente."

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Doença gordurosa não alcóoli-ca do fígado Uma das falas que mais chamou a atenção da plateia foi a da Clau-dia Oliveira, professora e gastro-enterologia da Faculdade de Me-dicina da Universidade de São Paulo (USP). A especialista falou sobre doença gordurosa não al-coólica do fígado (DHGNA). “Essa gordura pode causar morbi-mortalidade nos pacientes com HIV. É uma doença caracterizada por gordura no tecido hepático, inflamação hepática associada à presença de gordura, cirrose he-

pática e carcinoma hepatocelular. Entre as causas de doença gordu-rosa não alcoólica, destacam-se distúrbios metabólicos (obesidade, diabetes mellitus, dis-lipidemias), medicamentos (antibióticos, antirretrovirais, glico-corticoides, estrógenos, tamoxife-no), hepatite crônica C e nutrição parenteral.” Segundo Claudia, pacientes infectados pelo HIV fre-quentemente apresentam distúr-bios metabólicos. “Reconhecer e prestar atenção na DHGNA deve ser parte da monitorização meta-bólica de pacientes com HIV.” Claudia destacou também que a presença de doença gordurosa não alcoólica tem sido associada a maior risco de doença cardíaca e diminuição de sobrevida na po-pulação geral. Além disso, a este-atose hepática está relacionada a uma progressão mais acelerada de fibrose hepática. O 9ª Hepatoaids termina neste sábado com um debate sobre cir-rose e suas complicações em pa-cientes coinfectados pelos vírus da hepatite C e do HIV. Fonte: Talita Martins ([email protected])

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Brasil precisa eliminar a discriminação às pessoas com HIV', diz embaixador brasileiro junto à ONU, Carlos Duarte, em Nova York O embaixador brasileiro junto à ONU, Carlos Duarte, afirmou que o Brasil tem o desafio de eliminar o estigma e a discriminação às pessoas que vivem com HIV/aids no país, durante sua participação no painel 4 (“Não deixar ninguém para trás: acabar com o estigma e a discriminação por meio de justiça social e sociedades inclusivas), durante a Reunião de Alto Nível, na quinta-feira ( 9), em Nova York. “Para alcançar o objetivo da meta 90-90-90, é justo e necessário aplicar o princípio da equidade, reconhecendo e respeitando as características de grupos minoritários”, afirmou. Carlos Duarte lembrou os estudos de vigilância realizados periodicamente, tanto na população geral como nas populações-chave (gays e outros homens que fazem sexo com homens – HSH -- , profissionais do sexo, pessoas transexuais e pessoas que usam drogas). “Atualmente, o Brasil financia três estudos de vigilância comportamental com os profissionais do sexo, homens gays e outros HSH e pessoas trans, com o objetivo de estimar a prevalência de HIV, sífilis e hepatites B e C, além de verificar os indicadores de comportamentos, atitudes e práticas sexuais dessas populações”. O embaixador alertou para o fato de que cada país precisa mapear as características e hábitos de suas populações-chave a fim de ter respostas mais rápidas nos trabalhos de eliminação do HIV/aids. “É necessário que cada país conheça suas respectivas populações-chave para ser capaz de desenvolver e implementar políticas e ações que melhorem a saúde dos subgrupos mais suscetíveis de serem expostos ao vírus”, disse. Fonte: www.agenciaaids.com.br

Secretário Ale-xandre Padilha faz a defesa do SUS em evento em Nova York

“O SUS é funda-mental, não só na cida-de de São Paulo mas em todo o Brasil. Estou aqui para mostrar o quanto ele fortalece o tratamento antirretrovi-ral e promove o direito à

diversidade.” Assim falou o secretário da Saúde da cidade de São Paulo, Alexandre Padilha, durante sessão do evento “Cidades pelo fim da epide-mia de aids”, em Nova York. Padilha viajou com a coordenadora do Progra-

ma Municipal de DST/Aids de São Paulo, Eliana Gutierrez. Ele foi convidado pelo Unaids (Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids) para falar sobre os projetos de combate à aids desenvolvidos na cidade. Padilha também falou sobre o compromisso da gestão do prefeito Fernando Haddad com a meta 90-90-90, de acabar com a epidemia da aids até 2030. Em sua página no Facebook, Padilha pos-tou: “Delegações de todos os con-tinentes se juntam no ?# ABRASUS em defesa do sistema público de saúde. O mundo todo reconhece a importância do SUS em ações como o enfrentamento da aids, com política universal, tratamento e o protagonismo dos que mais sofrem com a doença.” Fonte; www.agenciaaids.com.br

das, milhões de pessoas no mundo ainda não têm aces-so ou não utilizam a camisinha devido a barreiras psico-lógicas e tabus sociais. A expectativa dos pesquisado-res é de que o novo preservativo incentive as pessoas a usarem proteção durante a relação sexual. Por não ser feita de látex, matéria prima da maioria dos preservati-vos disponíveis atualmente, a nova camisinha pode ser utilizada por pessoas alérgicas ao material ou que não se sentem confortáveis com ele. Além disso, como a maioria das pessoas afirma abrir mão da camisinha por achar que ela reduz o prazer, os antioxidantes estimu-lantes resolveriam este problema. “Isto faria com que as pessoas comprassem um produto que as protege e tor-na a relação sexual mais satisfatória”, disse Mahua Choudhury, pesquisadora da Universidade do Texas, à rede britânica BBC. De acordo com os cientistas, o pre-servativo ainda é um protótipo, mas como a matéria pri-ma (hidrogel e antioxidantes) está pronta, já existe muito interesse no mercado. Eles acreditam que em até um ano o produto deverá estar à venda. Como será fabrica-do em larga escala, estima-se que o custo não deverá passar de centavos de dólares. A invenção é resultado de uma iniciativa da fundação de Gates para criar uma geração de camisinhas mais finas e eficazes. Fonte: http://veja.abril.com.br/saude/

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Cientistas desenvolvem preserva-tivo que aumenta o prazer

A nova camisinha, fi-nanciada pela Funda-ção Bill e Melinda Ga-tes, também será efi-caz para proteger con-tra o HIV Cientistas americanos e indianos criaram um

preservativo que aumenta o prazer sexual e evita o contágio pelo HIV. Desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e financiada pela Fundação Bill e Melinda Ga-tes, a camisinha é composta por hidrogel (um gel com-posto principalmente por água) envolto em uma rede de antioxidantes que, em caso de rompimento, atacam o vírus HIV, impedindo uma possível infecção. De acordo com os pesquisadores, estes antioxidantes possuem propriedades estimulantes que atuam nas terminações nervosas e geram maior prazer sexual ao casal. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apesar dos avanços nas duas últimas déca-

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APOIO

Universidade busca apoio no terceiro setor

J orge Eduardo presidente do Instituto Vida Nova recebe 60 alunas do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo campos leste – USP-Leste coordenado pela Professora Doutora Cláudia Medeiros de Cas-

tro. A visita é uma maneira de conhecer de perto o funcionamento da ONG/Aids, possibilitando uma maior clare-za sobre as questões que não são discutidas no cotidiano das alunas. “A importância do trabalho da ONG fomenta o esclarecimento da diferença do HIV e Aids, pois temos que conhe-cer o viver e conviver com HIV/Aids para poder orientar nossas futuras pacientes”. ”Percebemos que a instituição é séria, e isso nos dão confi-ança para fazer futuros en-caminhamentos, pois sabe-mos que as pessoas tornam-se fragilizadas com a notícia e procura viver em um mun-do só deles, “isolados” e o Vida Nova busca oferecer este suporte e apoio neces-sário, para a inclusão social” “Conhecer um lugar assim possibilita uma empatia com o outro”. relato das alunas. A cada ano recebemos as alunas do curso de obstetrí-cia, percebemos a preocu-pação das docentes em for-mar profissionais conscien-