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Borracha de Polietileno Cloro sulfonado HYPALON Valdemir José Garbim

Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

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Borracha de Polietileno Cloro sulfonado HYPALON

Valdemir José Garbim

Page 2: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

1

ÍNDICE DOS ASSUNTOS

- Histórico,

- Descrição Geral,

- Polietileno Clorosulfonado ― Hypalon‖ – Tipos Propriedades e Uso,

- Informações Gerais,

- Gráfico A , ( conforme ASTM D 2000 ),

- Figura 1 – Forma Simplificada da Estrutura do Polietileno Clorosulfonado,

- Tabela 1 – Hypalon – Grades, Características e Propriedades Gerais,

- Tabela 2 – Hypalon – Ingredientes de Composição e suas Caract. Funcionais,

- Características Gerais e Uso do Hypalon,

- Polietileno Clorosulfonado – Usos Comuns em Artigos Vulcanizados e Não Vulc.,

- Tabela 3 – Resistência Química do Hypalon,

- Seleção do Grade de Poliet. Clorosulfonado Mais Indicado Segundo a Aplicação,

- Figura 2 – Guia Prático para Seleção do Grade de Hypalon,

- Informações Intrínsecas dos Grades de Hypalon para Uso Geral,

- Grades Específicos para Preparação de Solução Base Solventes,

- Informações Complementares Relevantes,

- Tabela 4 – Propriedades de Compostos Tipo Goma Pura de Hypalon,

- Tabela 7 – Resistência a Fluidos dos Grades Hypalon 48 e Hypalon 4085,

- Compostos com Polietileno Clorosulfonado, Considerações Importantes,

- Informações Gerais Conceituais,

- Receptores de Acidez,

- Tabela 8 – Ingredientes Receptores de Acidez,

- Óxido de Magnésio Ativo,

- Óxido de Chumbo – Litargírio Sublimado,

- Combinação de Óxido de Magnésio Ativo com Litargírio Sublimado;

- Resinas Epoxy ou Ingredientes Epoxidados,

- Bases Orgânicas de Chumbo,

- Hidróxido de Cálcio,

- Sistemas de Cura e Agentes de Vulcaniz. para Compostos de Poliet. Clorosulfonado,

- Informações Gerais Preliminares,

- Cura por Enxofre e Doadores de Enxofre,

- Tabela 9 – Sistemas de Cura e Ingredientes de Vulcanização para Hypalon,

- Cura por Peróxidos,

Page 3: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

2

- Tipos de Peróxidos,

- Coagentes para Peróxidos,

- Compostos de Polietileno Clorosulfonado Curados por Peróxidos,

- Considerações Especiais de Compostos Curados por Peróxidos,

- Cura do Polietileno Clorosulfonado com Meleimidas e seus Ativadores,

- Outros Sistemas de Cura para compostos de Polietileno Clorosulfonado,

- Plastificantes,

- Considerações Gerais,

- Plastificantes Derivados de Petróleo,

- Plastificantes Ésteres,

- Parafina Clorada,

- Plastificantes Poliméricos Ésteres,

- Auxiliares de Processamento para Compostos de Polietileno Clorosulfonado,

- Informações Preliminares,

- Ceras,

- Ácido Esteárico e Estearatos,

- Ceras de Polietileno de Baixo Peso Molecular e Polietileno Glicol,

- EPDM ( Semi Cristalino / Média Viscosidade ) e Polibutadieno de Alto Cis 1,4

- Agentes Tackificantes,

- Cargas para Compostos de Hypalon,

- Pigmentos Corantes para Compostos de Hypalon,

- Processamento de Compostos de Polietileno Clorosulfonado,

- Informações Preliminares,

- Processamento de Mistura,

- Processamento em Banbury, método UPSIDE DOWN,

- Processamento e Banbury, método Convencional,

- Mistura em Misturador Aberto,

- Processamento de Extrusão,

- Processamento de Calandragem,

- Processamento de Moldagem – Compressão, Tranferência e Injeção,

- Formulações,

- Tabela 5 – Propriedades de Compostos de Hypalon com Negro de Fumo,

- Tabela 6 – Propriedades de Compostos de Hypalon com Cargas Minerais,

- Tabela 10 – Sugestões para Sistemas de Cura dos Compostos de Hypalon,

- Tabela 11 – Formulações de Referencia,

Page 4: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

3

- Tabela 12 – Algumas Propriedades dos Comp. com as Formulações Tab.11,

- Formulação de Referencia para Tintas Base Polietileno Clorosulfonado,

- Conclusão,

- Bibliografia

Page 5: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

4

HISTÓRICO

O desenvolvimento do Polietileno Clorosulfonado ―HYPALON‖ ( Produto e Marca

Registrada DuPont ), foi o resultado de um programa de pesquisas tecnológicas da E. I.

du Pont de Nemours & Company, Polymer Products Departament que teve origem no final

da Segunda Grande Guerra Mundial sob solicitação do governo dos U.S.A na busca de

um novo polímero elastomérico com características singulares de alta resistência química

e a elevadas temperaturas de uso, das peças.

As pesquisas direcionavam-se em conseguir um produto elastomérico a partir do

Polietileno devido às já conhecidas propriedades da resistência química e dielétricas

deste material e também, pelo seu baixo custo.

Como resultados iniciais dos trabalhos de pesquisas descobriu-se um produto com

características borrachosas obtido pela cloração do Polietileno em solução aquosa,

porém, a vulcanização somente poderia ser por meio de peróxidos orgânicos que naquela

época era pouco conhecido pelas indústrias transformadoras de borracha e os custos

deste sistema de cura inviabilizavam a produção.

A este produto Polietileno Clorado foi dado o nome de CPE, ( Chlorinated Poyiethylene

Elastomer ).

Para adequar os sistemas de cura aos conhecidos e melhor dominado, na época, os

pesquisadores da DuPont sugeriram uma modificação dos processos de cloração em

solução permitindo que ocorresse a cloração e simultaneamente a clorosulfonação do

Polietileno originando daí o Polietileno Clorosulfonado, tendo este características técnicas

e elastoméricas similares ao CPE, mas, agora, permitindo que a cura ( vulcanização )

ocorresse por ingredientes contendo enxofre.

Os dois produtos seja, o Polietileno Clorado e o Polietileno Clorosulfonado começaram a

ser comercializados em 1951 com os nomes Hypalon S – 1 e Hypalon S – 2,

respectivamente. O Hypalon S- 1 foi logo substituído pelo Hypalon S – 2 , com alguns

ajustes de viscosidade e, em seguida foi renomeado para Hypalon 20 que continua sendo

comercializado até os dias de hoje. Este, então foi o precursor de todos os outros grades

de Polietileno Clorosulfonado disponíveis e comercializados atualmente.

Page 6: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

5

DESCRIÇÃO GERAL

O Hypalon, Polietileno Clorosulfonado é produzido em plantas localizadas em Beaumont,

Texas, e Maydown, Irlanda do Norte.

O processo de manufatura envolve um sistema simultâneo de cloração e clorosulfonação

do Polietileno, em solução.

Hypalon, como um Polietileno Clorosulfonado é codificado como CSM, de acordo com as

Normas ASTM D 1418.

As características elastoméricas do Polietileno Clorosulfonado é devida à flexibilidade

natural das cadeias poliméricas do polietileno combinada com a introdução de átomos de

cloro ao longo de sua espinha dorsal, isso proporciona suficiente irregularidade molecular

o que previne a cristalização no estado relaxado de tensões internas.

A cristalização das cadeias estruturais do polietileno podem também ser eliminadas por

um outro método, seja, através da copolimerização do Etileno com o Propileno, este

processo é utilizado para produzir o EPDM.

Os átomos de cloro combinados na cadeia estrutural do Polietileno Clorosulfonado

oferecem, além das características borrachosas ao material, ainda melhoram suas

propriedades de resistência a óleos e a flamabilidade. São os grupos sulfonil – clorados

que proporcionam as possibilidades de crosslink durante a vulcanização por meio de

enxofre ou ingredientes contendo enxofre.

POLIETILENO CLOROSULFONADO “HYPALON” – TIPOS,

PROPRIEDADES E USOS

Informações Gerais:-

Page 7: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

6

Como já informado, Hypalon é a marca registrada de uma família de

elastômeros sintéticos à base de Polietileno Clorosulfonado, ”CSM” produzidos

pela Du Pont Elastomers.

Os elastômeros de Polietileno Clorosulfonado, ―CSM‖ são indicados para produção de

artefatos vulcanizados com excelentes características de resistência à deteriorização

por ozônio, oxigênio, água, calor, óleos e ampla gama de produtos químicos.

Elastômeros de Polietileno Clorosulfonado, ―CSM‖ possibilitam a fabricação de artigos

vulcanizados coloridos com excepcional resistência à descoloração, o que torna este

produto insuperável na estabilidade de cor.

Compostos com Polietileno Clorosulfonado, adequadamente formulados oferecem

também, ótimas propriedades mecânicas apresentando altos módulos e tensão de

ruptura, ótima resistência a abrasão, baixa deformação permanente à compressão,

etc....

Conforme classificação ASTM-D-2000, o Hypalon está definido na categoria ―CE‖ ( ver

Gráfico A ) apresentando resistência no calor superior a 140ºC e resistência ao

inchamento em óleo ASTM n º 3, inferior a 80%.

A Du Pont Elastomers produz e coloca à disposição de seus clientes diversos grades de

Polietileno Clorosulfonado ―Hypalon‖, para atender uma ampla gama de requisitos e

aplicações de artefatos vulcanizados, bem como, aplicações de compostos não-

vulcanizados.

Page 8: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

7

Gráfico A

A FIG. 1, apresenta de forma simplificada, o esquema da cadeia polimérica do

Polietileno Clorosulfonado, e a Tabela 1, fornece uma descrição geral das

características e propriedades de cada grade ( de Hypalon ). Todos os grades

podem ser processados pelos meios convencionais empregados pelas

industrias transformadoras de elastômeros sólidos, ainda, alguns grades,

também podem ser empregados em forma de soluções sob diluição em

solventes, para uso em impregnação ou revestimento de tecidos, tintas

decorativas ou de impermeabilização, películas de revestimentos interno ou

externo de tanques e reservatórios, membranas, etc.

Page 9: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

8

CH2 CH CH2 CH2 CH2 CH CH2 —

| |

Cl SO2Cl

Fig. 1

FORMA SIMPLIFICADA DA ESTRUTURA POLIMÉRICA

DO POLIETILENO CLOROSULFONADO

A escolha e seleção do tipo ( grade ) correto de Hypalon, bem como, dos

demais ingredientes de composição são de suma importância para o perfeito

desempenho do artefato vulcanizado, ou não-vulcanizado. Também, as

condições de processamento do composto e conformação do artefato são

características de significativa importância na seleção do tipo deste polímero.

TABELA N º 1 “ HYPALON” – Grades, Caract. e Propriedades Gerais

Page 10: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

9

Tipos

Descrição

20 30 45 HPG 6525

Teor de Cloro 29 43 24 27

Teor de Enxofre 1,4 1,1 1,0 1,0

Forma Física do Material Chips Chips Chips Chips

Cor Branco Branco Branco Branco

Cheiro Não tem Não tem Não tem Não tem

V. Mooney ML – 1 + 4 @

100 C

28 30 37 90

Estabilidade de Estocagem Excelente Excelente Excelente Excelente

Peso Específico 1,12 1,27 1,07 1,10

CARACTERÍSTICAS DISTINTAS ENTRE OS GRADES

Page 11: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

10

Dissolve-se

rapidamente

em solventes

comuns.

Boa

flexibilidade

em baixas

temperaturas

Dissolve-se

rapidamente

em solventes

comuns.

Produz filmes

duros e

brilhantes.

Alta resistência

à tração no

estado cru. Boa

resistência ao

calor .

Boa resistência

à baixa

temperatura.

Polímero

de Alta

viscosidade

. Boa

resistência

à baixa

temperatur

a. Boa

Resistência

ao Calor.

Ótimo

processam

ento de

extrusão

CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO

Extrusão Regular Regular Boa Excelente

Moldagem Boa Regular Excelente Excelente

Calandragem Regular Regular Excelente Boa

PROPRIEDADES DOS ARTEFATOS VULCANIZADOS

Dureza Shore-A 45 a 95 60 a 95 65 a 98 40 a 95

Tensão de ruptura c/negro

de fumo

Acima de 20

MPa

Acima de 24

MPa

Acima de 27

MPa

> 27 MPa

Page 12: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

11

Tesão de ruptura s/negro

de fumo Acima de 8 MPa

Acima de 17

MPa

Acima de 27

MPa > 27 MPa

Estabilidade de cor Excelente Excelente Excelente Excelente

Resistência a Baixa

Temperat. Boa Pobre Excelente Excelente

Resistência ao

Rasgamento Pobre Pobre Boa Boa

Resistência à Abrasão Muito boa Muito boa Excelente Excelente

Resistência Química Boa Excelente Boa Muito boa

Def.Perman.Compressão Pobre Pobre Boa Muito boa

Resist. à queima Pobre Muito boa Pobre Pobre

Resist. ao calor Muito boa Boa Muito boa Muito boa

Resist. ao Ozônio Excelente Excelente Excelente Excelente

Resist. Óleos de Petróleo Regular Excelente Pobre Pobre

Resist. ao Intemperismo Excelente Excelente Excelente Excelente

TABELA N º 1 - Continuação

Page 13: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

12

Tipos

Descrição

40 S 40 4085 48

Teor de Cloro 35 35 36 43

Teor de Enxofre 1,0 1,0 1,0 1,0

Forma Física do Material Chips Chips Chips Chips

Cor Branco Branco Branco Branco

Cheiro Não tem Não tem Não tem Não tem

V. Mooney ML – 1 + 4 @

100 C 46 56 94 78

Estabilidade de Estocagem Excelente Excelente Excelente Excelente

Peso Específico 1,18 1,18 1,19 1,27

CARACTERÍSTICAS DISTINTAS ENTRE OS GRADES

Page 14: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

13

Polímero de

baixa

viscosidade

melhor

processabilida

de de

compostos

secos.

Polímero de

média

viscosidade.

Polímero

versátil

apropriado para

muitas

aplicações

Polímero de

alta

viscosidade.

Boa resistência

à tração no

estado cru.

Melhor

processabilidad

e para artigos

macios com

muito

plastificantes

Polímero

de Alta

viscosidade

. Excelente

resistência

à óleos e

fluídos.

Ótima

resistência

à tração no

estado cru.

CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO

Extrusão Excelente Excelente Excelente Boa

Moldagem Excelente Excelente Excelente Boa

Calandragem Excelente Excelente Excelente Boa

PROPRIEDADES DOS ARTEFATOS VULCANIZADOS

Dureza Shore-A 40 a 95 40 a 95 40 a 95 60 a 95

Tensão de ruptura c/negro

de fumo > 27 MPa >27 MPa > 27 MPa > 27 Mpa

Tensão de ruptura s/negro

de fumo

> 27 MPa >27 MPa > 27 MPa > 24 Mpa

Page 15: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

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Estabilidade de cor Excelente Excelente Excelente Excelente

Resistência a Baixa

Temperat. Boa Boa Boa Pobre

Resistência ao Rasgamento Boa Boa Boa Boa

Resistência à Abrasão Excelente Excelente Excelente Excelente

Resistência Química Excelente Excelente Excelente Excelente

Def.Perman.Compressão Boa Boa Boa Regular

Resist. à queima Boa Boa Boa Muito boa

Resist. ao calor Muito boa Muito boa Muito boa Boa

Resist. ao Ozônio Excelente Excelente Excelente Excelente

Resist. Óleos de Petróleo Boa Boa Boa Excelente

Resist. ao Intemperismo Excelente Excelente Excelente Excelente

Na “Tabela 2” são mostrados os principais ingredientes de composição e, no

texto são discorridas as principais influências ou interações funcionais no

composto.

TABELA N º 2 HYPALON – Ingred. de Composição. e Caract,

Funcionais

Page 16: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

15

Características funcionais Ingredientes normalmente

recomendados

Receptores de Acidez

Litargírio Sublimado (óxido de chumbo)

Óxido de Magnésio de Alta Atividade

Resina Epóxi ou Óleos Epoxidados

Hidróxido de Cálcio

Corantes

Negro de Fumo

Dióxido de Titâneo

Pigmentos Orgânicos e Inorgânicos

Cargas

Negro de Fumo

Cargas Minerais

Cortiça

Cargas Magnéticas

Inibição de Flamabilidade

Trióxido de Antimônio

Alumina Hidratada

Hidrocarbonetos Halogenados

Page 17: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

16

Plastificantes Minerais e Sintéticos

Óleos de Petróleo

Aromáticos

Naftênicos

Esteres

Parafinas Cloradas

Poliméricos

Poliésteres

Auxiliares de Processo

Ceras Microcristalinas

Estearina

Polietileno de Baixo Peso Melecular AC- 617

– A

Polietileno Glicol AT – PEG 4000

Ceras Vegetais

EPDM e Polibutadieno CIS 1.4

Agentes de Tack

Page 18: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

17

SISTEMA DE

CURA

SISTEMA

SULFUROSO

TMTD ou TETD

Enxofre

Tetrone A

MBTS

NBC (Dibutil – Ditiocarbamato de Níquel)

DOTG

Sulfasan R

SISTEMA NÃO

SULFUROSO

Peróxido mais coagente

HVA-2 mais coagente

Pentaeritritol

Para algumas aplicações agentes de cura

não são usados.

CARACTERÍSTICAS GERAIS E USO DO HYPALON

Como pudemos observar na “Fig.1”, o polímero de Polietileno Clorosulfonado

apresenta cadeias estruturais totalmente saturadas, porém, contendo alguns

grupos cloro-sulfonil ativos que permite a vulcanização por diversos sistemas

Page 19: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

18

de cura, como os sulfurosos, e por resinas reativas, ou peroxidicas, que ocorre

principalmente na parte etilênica, da cadeia.

Estas características estruturais e de cura, do Polietileno Clorosulfonado, fornece aos

artefatos vulcanizados uma excelente resistência aos mais agressivos ambientes e

condições de trabalho, bem como, a vários produtos químicos, como os mostrados na

―Tabela 3‖.

Comumente, os artefatos de Hypalon vulcanizados são especificados e indicados para

aplicações onde geralmente exige condições como:

- Resistência ao calor de até 150 ºC;

- Resistência a uma larga gama de produtos químicos (Tabela 3 ).

- Boa resistência a óleos e solventes.

- Ótimo isolamento elétrico à tensão de até 600 volts.

- Excelente resistência a flamabilidade.

- Excelentes propriedades mecânicas em larga faixa de temperaturas.

POLIETILENO CLOROSULFONADO:- Usos Comuns em Artigos Vulcanizados e Não -

Vulcanizados.

Compostos de Hypalon são comumente indicados para produção de mantas calandradas,

friccionadas ou espalmadas sobre tecidos, empregados em sistemas de

impermeabilização de canais hidrográficos, lajes, muros, paredes, telhados, etc.... Alguns

destes produtos normalmente requerem cores claras para refletir o calor e oferecer boa

resistência ao intemperismo, como U.V., ozônio, oxigênio, luz solar, chuva, etc.

Os lençóis calandrados, suportados ou não, por substratos de reforço, podem ser

facilmente unidos ( emendados ) a quente ( emenda por vulcanização ) ou a frio, usando

sistemas de cura química ( isocianatos ). Estes produtos são normalmente empregados

na confecção de reservatórios flexíveis, barcos infláveis, toldos, etc.

Page 20: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

19

Artefatos vulcanizados de Hypalon também encontram larga gama de aplicação na

indústria, quando são requeridas superiores propriedades mecânicas combinadas com

resistência ao calor e química como, mangueiras para produtos químicos, artigos em

contato com vapor, mangotes isolantes de vibração em bombas para produtos químicos,

acoplamentos elásticos, correias transportadoras para produtos químicos aquecidos,

revestimento de cilindros, artefatos diversos para máquinas de papel e celulose, indústrias

químicas, farmacêuticas, alimentícias, etc.

TABELA N º 3 Resistência Química do Hypalon

PRODUTO QUÍMICO Tem

p.

º C

Indi

-

caçã

o

PRODUTO QUÍMICO Tem

p.

º C

Indicaç

ão

Acetona 24 B Peróxido de Hidrogênio

(28%)

24 A Ácido Acético (30%) 24 B Isoctano 24 B

Hidróxido de Amônia 24 B Querosene 24 C 70 C Óleo de Linhaça 24 B

Óleo ASTM 1 24 A Cloreto de Metileno 24 C 70 B Álcool Metílico 24 A

Óleo ASTM 2 24 A Mek (3%) 24 A 50 C 50 B

Óleo ASTM 3 24 B Mek (26%) 24 B 70 C 50 B

Benzeno 24 C Ácido Nítrico (10%) 24 A Ácido Butric (10%) 50 B Ácido Nítrico (30%) 24 B

Tetracloreto de Carbono 24 C 70 C

Cloreto de Cálcio (30%) 24 A Ácido Nítrico (50%) 24 B 70 A 70 C

Ácido Crômico (10%) 24 A Fenol (8%) 24 A 70 B 50 B

Ácido Cítrico (1%) 24 A Fenol (50%) 24 B Óleo de Algodão 24 B Dicromato de Potássio

(10%)

24 A Ciclohexano 24 C 50 A

Dextrose (25%) 24 B Hidróxido de Potássio

(10%)

50 B 70 B Ácido Propiônico (10%) 50 B

1,2 – dicloroetano

(0,1%)

24 A Cloreto de Sódio (20%) 24 A 50 B 70 A

Page 21: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

20

1,2 – dicloroetano

(0,5%)

24 A Cloreto de Sódio (35%) 24 A 50 B 50 A

1,2 - dicloroetano

(0,8%)

24 B Hidróxido de Sódio (10%) 24 B 50 B 50 B

Dimetilformaldeido 24 B Hidróxido de Sódio (50%) 66 A Dioctil Ftalato D.O.P. 24 C Ácido Sulfúrico (30%) 24 A

Álcool Etílico 24 A Ácido Sulfúrico 24 B 70 B 70 C

Acetato de Etila 24 B Tolueno 24 C Dicloreto de Etila 24 C Trietanolamina 24 B

Etileno Glicol 24 A 70 C 70 B Turpentina 24 C

Furfural (1%) 24 A Água

24 A 50 B 50 A

Furfural (4%) 24 A 70 B 50 B Xileno 24 C

Furfural (8%) 24 B A = Fluído tem pouco ou nenhum efeito

B = Fluído tem efeito moderado

C = Fluído ataca severamente o Hypalon

50 B Gasolina 24 C

Ácido Hidroclorídrico

(10%)

24 A 50 B

Ácido Hidroclorídrico

(38%)

24 B

No mercado automotivo, peças como: mangueiras de direção hidráulica, mangueiras do

sistema de arrefecimento de óleo, cobertura de mangueiras de combustível e de freio,

tubos de vácuo, alguns tipos de coxins especiais, revestimento de cabos de vela, entre

outras, também requisitam o ―CSM‖ como o polímero mais indicado, segundo a

performance exigida.

Polietileno Clorosulfonado também é comumente indicado para produção de coberturas

isolantes ou de proteção em fios e cabos elétricos, quando uma superior resistência

mecânica, química ao calor e ao intemperismo são as exigidas.

Compostos de Hypalon, vulcanizados ou não-vulcanizados atendem ainda a

inúmeras outras aplicações de mercado, como em eletrodomésticos,

aeroespacial, indústria naval, construção civil, tintas, etc.

Seleção do Grade de Polietileno Clorosulfonado mais Indicado

Segundo a Aplicação

Page 22: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

21

Todos os graus de Elastômero de Polieitileno Clorosulfonado, “Hypalon”

conforme já citado na “Tabela 1”, quando devidamente formulados,

compostos e misturados com os demais ingredientes específicos e

vulcanizados, oferecem excelentes propriedades técnicas, de qualquer

maneira, existem diferenças estruturais e químicas entre os vários grades, as

quais afetam a processabilidade e as características finais do artefato, assim

sendo, o tecnologista formulador deve conhecer e selecionar devidamente o

grade que melhor produzirá resultados desejados.

Os principais aspectos diferenciais de cada grade de Polietileno Clorosulfonado

“Hypalon” encontram-se sumarizado na “Figura 2”, servindo como primeiro

parâmetro de escolha, em que, as demais informações, especiais, de cada

grade, encontram-se no texto abaixo.

Page 23: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

22

FIGURA N º 2

GUIA PRÀTICO PARA SELEÇÃO DO GRADE DE HYPALON

Hypalon 48

- Melhor

Resistência a

óleo

- Altos módulos

- Altas durezas

- Boas

propriedades

do composto

cru.

Hypalon 4085

- Admite maiores

quantidades de

cargas e

plastificantes

-Para peças de

durezas menores

Hypalon HPG -

6525

- Admite altos

teores de cargas

e plastificantes

- Produz artefatos

de baixo custo.

- melhor

performance

para trabalhos

em altas e

baixas

temperaturas

Hypalon 40

- Polímero básico

de uso geral.

- boa resistência a

óleo.

- Boa resistência ao

calor.

- Boas

propriedades de

flexão a baixas

temperaturas

Hypalon 45

- Excelentes

propriedades no

composto cru.

Hypalon 45 40 S

(Soft)

- Para compostos

com menor teor

Graus Especiais para

Produção de

Soluções

Hypalon 20

- Para substratos

flexíveis.

- Boa flexibilidade a

baixas

temperaturas

Hypalon 30

- Para substratos

flexíveis.

- Boa flexibilidade a

baixas

temperaturas

Hypalon 48

- Alta Dureza

Page 24: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

23

Informações Intrínsecas dos Grades de HYPALON Para Usos Geral.

Como polímero de uso geral, o Hypalon 40 é o mais indicado, sendo de fácil

processamento e oferecendo artefatos vulcanizados com ótimas propriedades,

Page 25: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

24

de resistência química, resistência ao calor e ao intemperismo, bem como,

propriedades mecânicas, e boa resistência à flexão a baixas temperaturas.

O Hypalon 4085, pode ser considerado como a versão do Hypalon 40

apresentando viscosidade Mooney mais elevada, o que proporciona a

elaboração de compostos altamente estendidos em cargas e plastificantes. É

indicado quando deseja-se obter artefatos com boas características físicas e

químicas com custo relativamente mais reduzido. Também, o Hypalon 4085 é

normalmente indicado para produção de artigos vulcanizados que requerem

menor dureza.

Hypalon 40 S ( Soft ) apresenta características idênticas às do Hypalon 40,

porém, com viscosidade Mooney inferior. Este produto oferece fácil

processabilidade mesmo em compostos, contendo baixos teores de

plastificantes. Hypalon 40S pode ser indicado para compostos ricos em

polímero ou na produção de artefatos vulcanizados de dureza mais elevada.

O Hypalon 45 é um polímero que apresenta superior termoplasticidade,

comparativamente ao Hypalon 40. Hypalon 45 tem baixa viscosidade Mooney,

porém, oferece compostos com excelente “green-strength” à temperatura

ambiente e, artefatos vulcanizados com maior dureza.

O Hypalon 45 contém menor teor de cloro, comparativamente ao Hypalon 40,

isto proporciona melhores propriedades de resistência à flexão em baixas

temperaturas, melhor resistência ao rasgo e ao calor, porém, o menor teor de

Page 26: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

25

cloro deste grade de polímero resulta em inferior resistência a óleos e química,

comparativamente ao Hypalon 40. Hypalon 45 normalmente é indicado para

compostos em que é necessário obter muito boas propriedades de resistência

ao manuseio no estado não-vulcanizado, como por exemplo, em mantas

calandradas pós-conformadas ou emendadas. Este grade de Hypalon apresenta

facilidade de emenda e muito bom “tack”.

Hypalon HPG – 6525 é um polímero de alta viscosidade Mooney, o que permite

a elaboração de compostos contendo maiores teores de cargas e plastificantes.

Este polímero tem características gerais similares às do Hypalon 45 contendo

também menor teor de cloro na estrutura polimérica.

Artefatos vulcanizados produzidos com Hypalon HPG 6525 apresentam

excelentes propriedades de resistência à flexão em baixas temperaturas, bem

como, muito boa performance de trabalho em temperaturas mais elevadas,

dentro da faixa indicada pelas Normas ASTM, para este tipo de elastômeros.

Hypalon HPG – 6525 pode ser indicado quando se deseja produzir compostos

carregados e artigos vulcanizados de menor custo. Uma observação importante

refere-se ao tipo de plastificante usado no composto, pois, poderá diminuir a

resistência à flamabilidade e aos óleos derivados de petróleo.

Hypalon 48, apresenta termoplasticidade intermediária entre o Hypalon 40 e o Hypalon

45. Esta característica estrutural singular fornece ao polímero melhores propriedades de

resistência à óleos, líquidos refrigerantes e muito boa impermeabilidade a gases.

Page 27: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

26

A resistência à flexão em baixas temperaturas é inferior àquelas apresentadas pelo

Hypalon 40 ou Hypalon 45. Artefatos vulcanizados produzidos com Hypalon 48 oferecem

muito boas propriedades de resistência aos óleos e a flamabilidade.

Grades Especiais Para Preparação de Soluções Base Solventes

Os grades; Hypalon 20 e Hypalon 30, são os polímeros de Polietileno

Clorosulfonado mais apropriados para produção de soluções usando solventes.

Estes grades são de rápida solubilização em solventes orgânicos podendo ser

formulados para fabricação de soluções com baixa viscosidade, contendo alto teor de

sólidos.

Normalmente, soluções de Polietileno Clorosulfonado são usadas para impregnação ou

espalmação em tecidos, ou ainda, usadas como tintas decorativas ou películas de

revestimentos diversos.

Filmes ou películas de revestimentos produzidos com Hypalon 20 são mais flexíveis que

aqueles feitos à base de Hypalon 30, ainda, oferece melhor performance de uso em

baixas temperaturas.

O Hypalon 30 deve ser indicado quando se necessita de filmes ou revestimentos e exijam

maior resistência a óleos e produtos químicos, ainda, os artefatos produzidos com

Hypalon 30 são mais lisos e brilhantes e de maior dureza.

Os Hypalon 20 e Hypalon 30 também podem ser usados para preparação de compostos

sólidos empregados na fabricação de artefatos vulcanizados, moldados ou extrusados,

porém, apresenta maior dificuldade de processamento além de resultar em propriedades

mecânicas inferiores.

Informações Complementares Relevantes

Page 28: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

27

Os polímeros de Polietileno Clorosulfonado apresentam ótimas características

de vulcanização produzindo muito boa densidade de reticulação, alto estado de

cura com curva reométrica extremamente estáveis.

As propriedades mecânicas mostradas por compostos tipo goma-pura, com estes

elastômeros são muito superiores se comparadas ás de polímeros convencionais, sendo

que, com a adição de cargas reforçantes, tais propriedades atingem valores

excepcionais.

A “Tabela n º 4” mostra as propriedades mecânicas de compostos goma-pura, para os

vários grades de Hypalon acima citados, e as “Tabelas 5 e 6‖ ( apresentadas nas últimas

páginas desta literatura ), mostram uma comparação das principais propriedades

mecânicas para compostos contendo negro de fumo, bem como, compostos contendo

caulim duro. O estudo é feito variando somente os grades de Hypalon, nas formulações.

Nas “Tabelas 5 e 6” podemos ver claramente o perfeito balanço das características de

cura do Hypalon 40.

Os grades, Hypalon 4085 e Hypalon HPG-6525 fornecem altos módulos, bem como, altas

tensões de ruptura e propriedades de manuseio à quente, melhoradas.

O Hypalon 30 oferece alta dureza dos artefatos vulcanizados produzidos a partir de

compostos de baixa viscosidade Mooney, assim como, também, a resistência a óleos é

superior.

O Hypalon 48 também é uma ótima alternativa de escolha para produção de artefatos

vulcanizados resistente à óleo, como é mostrado pela “Tabela n º 7”.

Hypalon 45 pode ser utilizado para elaborar compostos empregados em artigos não-

vulcanizados, pois, oferece excelente resistência à tração no estado cru ( green

strenght ), combinado com ótima performance de baixa DPC. Este produto também

atende os requisitos do FDA, sob n º 21 CRF 177.2210 para Polietileno Clorosulfonado.

Page 29: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

28

Compostos com Hypalon 48, para artigos não vulcanizados apresentam propriedades

físicas similares àquelas obtidas com o Hypalon 45, porém, com melhor resistência

química e de flamabilidade, em detrimento à resistência a flexão em baixas temperaturas.

Page 30: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

29

TABELA N º 4

Propriedades de Compostos tipo GOMA PURA de Hypalon

Composto Hypalon (graus abaixo).............................100 PHR

Padrão Óxido de Magnésio Ativo......................... 4 PHR

Usado Pentaeritritol (200 mesh).......................... 3 PHR

Tetrone A ................................................ 2 PHR

Page 31: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

30

TIPOS DE HYPALON

20

30

40

4085

45

48

PRO

PRIE

DAD

ES

DO

C

OM

PO

STO

CR

U

VISCOSIDADE MOONEY – ML 1 + 4 @

100 º C 34 37 62 96 45 87

Scorch Mooney MS @ 121 º C

- Viscosidade Mínima (unid.) 11 9 18 30 14 23

- Tempo para aumento de 10

unid de Viscos. (min.) 25 41 35 29 35 45

PRO

PRIE

DAD

ES C

OM

PO

STO

S V

ULCAN

IZAD

OS

VULCANIZADOS 30 MIN. @ 153 ° C

Propriedades Originais

- MÓDULO A 100 % (MPA) 1,8 2,8 1,0 1,4 3,0 1,4

- MÓDULO A 300 % (MPA) - 12,4 4,2 5,2 6,8 6,8

- TENSÃO DE RUPTURA (MPA) 8,2 18,2 28,0 31,0 24,6 31,8

- ALONGAMENTO À RUPTURA (%) 280 400 520 550 480 490

- DUREZA (SHORE A) 54 69 53 54 80 60

- RASGAMENTO (KN/M)

corpo-de-prova tipo C 41,1 28,0 28,0 31,5 37,2 28,9

Page 32: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

31

TABELA N º 7

Resistência a Flúidos dos Grades ; “Hypalon 48” e “Hypalon 4085”

COMPOSTO PADRÃO

USADO

VULCANIZADO 15 MIN.

A 160 º C.

Hypalon (Graus Abaixo).............................................. 100 PHR

Litargírio – Dispersão 90% ativo.................................. 22 PHR

Negro de Fumo N . 990............................................... 50 PHR

Negro de Fumo N . 762 ................................................ 30 PHR

Plastificante Aromático.................................................. 25 PHR

Cera de Polietileno AC – 617 - A. ................................ 3 PHR

NBC............................................................................... 3 PHR

Tetrone A. ..................................................................... 1 PHR

HVA – 2 .......................................................................... 1 PHR

Page 33: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

32

FLUÍDOS DE TESTE CONDIÇÕES DE

TESTES

VOLUME DE INCHAMENTO (%)

TIPO DE HYPALON

4085 48

ÓLEO ASTM N º 1 22 h. a 121 º C - 7 - 7

ÓLEO ASTM N º 2 22 h. a 121 º C + 14 +1

ÓLEO ASTM N º 3 22 h. a 121 º C + 37 + 17

ÓLEO HARMONY N º 41 22 h a 121 º C + 3 - 3

COMBUSTÍVEL ASTM -

A 24 h a 24 º C + 5 + 1

COMBUSTÍVEL ASTM –

C 24 H. @ 24 º C + 64 + 53

SKYDROL 500 B 22 H. @ 121 º C + 88 + 130

ÁGUA 168 h a 100 º C + 1 + 2

ÁGUA + ETILENO

GLICOL

(50 / 50)

168 h a 100 º C + 1 + 1

COMPOSTOS COM POLIETILENO CLOROSULFONADO CONSIDERAÇÕES

IMPORTANTES

Page 34: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

33

Informações Gerais Conceituais

Considerações importantes devem ser observadas na escolha dos ingredientes

de cura dos compostos com Polietileno Clorosulfonado, o que inclui, a

segurança de processamento, razão tempo / temperatura de vulcanização,

velocidade e características de cura, bem como, cor do artefato, propriedades

mecânicas e químicas desejadas, custo, artigos atóxicos, etc.

A alta reatividade dos grupos cloro-sulfonil existentes na estrutura polimérica do CSM

possibilita escolher diversos e diferentes sistemas de cura dos compostos.

Ótimas características de vulcanização são conseguidas pela combinação de óxidos

metálicos com enxofre ou doadores de enxofre mais aceleradores.

Também podem ser formulados compostos de Polietileno Clorosulfonado usando

sistemas de cura peroxídicos ou ainda por maleimidas.

Os óxidos metálicos como Óxido de Magnésio ou o Óxido de Chumbo ( Litargírio

Sublimado ) apresentam ação bifuncional nos compostos atuando como receptor de

acidez e como agente de ―crosslink‖.

O óxido de zinco, assim como, seus derivados deverão ser evitados, nos compostos com

Polietileno Clorosulfonado, pois, estes provocam a formação do cloreto de zinco que

tende a catalisar reações de cura comprometendo a segurança de processamento, ainda

provocam reações periféricas indesejáveis o que desestabiliza as reticulações causando

sensíveis perdas das propriedades dos artefatos vulcanizados como, enrigecimento e

decréscimo da resistência ao calor, químicas e a intempéries.

RECEPTORES DE ACIDEZ

Page 35: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

34

Como já mencionado, os receptores de acidez têm ação bifuncional na cura do

Polietileno Clorosulfonado. Aqui vale lembrar que durante a reação de

vulcanização do composto, ocorre a formação do cloreto de hidrogênio, como

sub-produto, que deverá ser neutralizado através do receptor de acidez,

sendo esta a primeira função deste ingrediente de composição.

Também, os ingredientes receptadores de acidez podem atuar como primeiro

agente de vulcanização gerando a formação de relativamente fracas uniões

iônicas entre as moléculas da cadeia estrutural do composto promovendo

“crosslink”.

Existe uma grande variedade de ingredientes polifuncionais que reagem

neutralizando as formações ácidas nos compostos de Polietileno

Clorosulfonado, porém, os normalmente mais empregados são os óxidos

metálicos como o Óxido de Magnésio Ativo e o Óxido de Chumbo ( Litargírio

Sublimado ). Outros materiais como os Sais Orgânicos de Chumbo, ou ainda,

Resinas Epoxy, algumas vezes são recomendadas.

A escolha do receptor de acidez para os compostos basicamente leva em

consideração as principais características desejadas dos artefatos vulcanizados,

assim, como orientações de escolha podemos nos balizar pela Tabela n º 8.

Page 36: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

35

TABELA N º 8 Igredientes Receptores de Acidez p/ HYPALON

RECEPTOR DE ACIDEZ

PROPRIEDADES PRINCIPAIS DESEJADAS DOS

ARTEFATOS VULCANIZADOS

Litargírio

- Resistência à água

- Resistência Química

- Baixa Deformação Permanente Compressão

- Artefatos cores pretas e escuras

Óxido de Magnésio Ativo

- Compostos de baixo custo

- Melhores propriedades dinâmicas

- Boa segurança de processamento

- Artefatos claros e coloridos

Óxido de Magnésio Ativo mais

Litargírio

- Resistência ao Calor

- Artefatos cores pretas ou escuras

- Resistência à Água

- Resistência química

Page 37: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

36

Resina Epoxy - Baixos módulos

- Melhor tack dos compostos cru

- Artefatos claros e coloridos

Bases Orgânicas de Chumbo

- Resistência à Água

- Artefatos claros e coloridos

Hidróxido de Cálcio

- Baixa Deformação Permanente à Compressão.

Óxido de Magnésio Ativo

Óxido de Magnésio Ativo é normalmente empregado em compostos de

Polietileno Clorosulfonado quando se deseja produzir artefatos com

especificações básicas de uso geral, podendo ser de cores claras ou pretas.

Page 38: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

37

Este ingrediente tem custo reduzido e oferece muito boa segurança de

processamento com regular resistência a água.

Durante a vulcanização, o Óxido de Magnésio Ativo reage com certa

quantidade de cloreto de hidrogênio formando H2O, solúvel em cloreto de

magnésio, o que limita então a resistência a água e química do artefato

vulcanizado.

Normalmente o teor de Óxido de Magnésio Ativo adicionado ao composto é de

4 PHR que fornece ótimas propriedades mecânicas ao artefato vulcanizado,

como: alto alongamento e ótima tensão de ruptura.

O aumento do teor de Óxido de Magnésio ao composto tem pouco efeito sobre

o “scorch” ou no estado de cura dos vulcanizados. Teores elevados deste

ingrediente provoca a redução da tensão de ruptura e do alongamento.

Algumas vezes, teores de Óxido de Magnésio Ativo acima de 20 PHR são

recomendados quando se deseja artigos claros ou coloridos com máxima

estabilidade de cor.

Page 39: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

38

Compostos que serão vulcanizados em túneis contínuos sugerem empregar de

4 a 8 phr de Óxido de Magnésio Ativo.

O Óxido de Magnésio para ser considerado Ativo deverá apresentar número de

iodo acima de 130, seja, grande tamanho de área superficial .

A exposição do Óxido de Magnésio Ativo à umidade ou ao dióxido de carbono

provoca considerável redução da superfície ativa, o que ocasionará significativo

prejuízo da segurança de processamento e instabilidade da reação de

vulcanização do artefato.

Uma boa opção é o emprego de Óxido de Magnésio Ativo pré disperso em

plastificantes ou em polímeros inertes, pois, a incorporação ao composto é

mais rápida e a atuação do ingrediente é perfeitamente eficaz.

Óxido de Chumbo – “LITARGÍRIO SUBLIMADO”

Page 40: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

39

O Litargírio Sublimado proporciona excelente resistência a água, química e a

deformação permanente por compressão, aos artefatos de Polietileno

Clorosulfonado, vulcanizados.

Durante a reação de vulcanização o Óxido de Chumbo combina-se com o gás

clorídrico liberado produzindo então cloreto de chumbo que é insolúvel em

água proporcionando assim artefatos vulcanizados de com excelente

resistência a água e resistência química.

O uso do Litargírio Sublimado ( Óx. de Chumbo ), está restrito somente a

compostos para produção de artefatos de cor escura ou preta, porque na

vulcanização ocorre também a formação do sulfeto de chumbo que tende a

manchar e descolorir artigos de cores claras.

Ótimos resultados de cura são conseguidos com a adição de 25 a 30 phr de

Litargírio Sublimado aos compostos de Polietileno Clorosulfonado, tanto os

carregados com negro de fumo quanto aqueles contendo cargas minerais.

O aumento do teor de Litargírio Sublimado ao composto, além do

recomendado poderá provocar sensível incremento do estado de cura e

redução da segurança de processamento.

Page 41: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

40

Litargírio calcinado ou tipos de baixa atividade são pouco usados em

compostos de CSM.

Para assegurar uma perfeita dispersão do Litargírio Sublimado no composto e

garantir ótimas propriedades aos artefatos vulcanizados recomenda-se

empregar este aditivo preferencialmente pré disperso em polímero ou cargas

minerais inertes.

Compostos de Polietileno Clorosulfonado contendo Litargírio Sublimado

dispensa o uso de estearatos ou ácido esteárico como auxiliar de processo,

pois, estes ingredientes devido sua acidez, reduzem significativamente a

segurança de processamento.

Uma cuidadosa análise deverá ser dispensada ao indicar o Litargírio

Sublimado, bem como, outros sais orgânicos de chumbo ao composto, assim

também como cuidados no manuseio destes produtos, pois, apresentam certa

toxidade e estão enquadrados como metais pesados.

Combinação de Óxido de Magnésio Ativo com Litargírio Sublimado

Page 42: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

41

A combinação de Óxido de Magnésio Ativo com Litargírio Sublimado, como

receptor de acidez, para compostos de Polietileno Clorosulfonado, também é

uma prática comumente usada quando se deseja produzir artefatos

vulcanizados com máxima resistência ao calor.

Compostos vulcanizados contendo a combinação de Óxido de Magnésio Ativo

+ Litargírio Sublimado, também oferecem melhor resistência a água e

resistência química, comparativamente àqueles onde é usado somente o

Litargírio Sublimado, ou somente o Óxido de Magnésio Ativo, como receptor de

acidez.

Resinas EPOXY ou Ingredientes EPOXIDADOS

Resinas Epoxy ou Óleos Epoxidados reagem com os subprodutos ácidos

liberados durante a vulcanização dos compostos de Polietileno Clorosulfonado

formando elementos residuais orgânicos insolúveis em água.

Page 43: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

42

Resinas Epoxy ou Óleos Epoxidados podem ser usados sozinhos ou em

combinação com Óxido de Magnésio Ativo, produzindo ótimas propriedades em

artefatos de cores claras ou pretas.

As Resinas Epoxy promove ao composto de Polietileno Clorosulfonado um

pequeno efeito plastificante e incrementa significativamente o “tack” do

composto cru.

Compostos contendo Resinas Epoxy apresentam artigos vulcanizados de cores

claras ou pretas com excelentes resistências a água e química, também

proporcionam altos alongamentos e baixos módulos. O tempo de vulcanização

é ligeiramente retardado quando se usa este sistema de receptores de acidez.

As Resinas Epoxy tipo Epon 828 (Shell); Der 331 CLC – A (Harwich); Araldite

6010

( Ciba ) entre outras, equivalentes, são as comumente recomendadas.

Bases Orgânicas de Chumbo

Page 44: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

43

Certos sais orgânicos de chumbo como o Tribásico Maleato de Chumbo ou o

Dibásico Ftalato de Chumbo também podem ser empregados como receptores

de acidez em compostos de Polietileno Clorosulfonado.

Compostos contendo estes sais de chumbo, depois de vulcanizados oferecem,

tanto para artefatos claros como pretos, ótima resistência a água, altos

módulos, e tensões de ruptura, porém, se os artefatos de cores claras ficarem

expostos a luz solar, poderão tender a tornar-se acinzentado.

Hidróxido de Cálcio

O emprego de Hidróxido de Cálcio como receptor de acidez somente é indicado

quando o sistema de cura for por meio de Maleimida.

Compostos assim formulados produzem artefatos vulcanizados com

excepcional resistência à deformação permanente à compressão.

Page 45: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

44

SISTEMAS DE CURA E AGENTES DE VULCANIZAÇÃO PARA COMPOSTOS

DE POLIETILENO CLOROSULFONADO

Informações Gerias Preliminares:

As reticulações formadas pelos ingredientes receptores de acidez, devido sua

ação bifuncional, como já mencionado acima, em compostos de Polietileno

Clorosulfonado, são basicamente uniões iônicas pouco estáveis, não sendo

suficientemente fortes para proporcionar aos artefatos vulcanizados as

características técnicas desejadas, assim sendo, outros ingredientes de cura

como ativadores, agentes de reticulação e aceleradores, devem ser

considerados nas formulações.

Os principais sistemas de vulcanização para este tipo de elastômero estão

compreendidos das seguintes condições:

a) Enxofre + Aceleradores + Receptores de Acidez,

b) Doadores de Enxofre + Aceleradores + Receptores de Acidez,

Page 46: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

45

c) Peróxidos + Coagentes + Receptores de Acidez;

d) Maleimidas + Aminas + Receptores de Acidez.

A “Tabela nº- 9” sumariza as principais combinações de ingredientes para os

sistemas de cura dos compostos, bem como, apresenta sugestões de aplicação

das alternativas apresentadas e, no texto que segue são desenvolvidas

explanações sobre tais sistemas de cura, ingredientes e interações funcionais.

Cura por Enxofre e Doadores de Enxofre

A combinação de TMTD ou TETD com Enxofre proporciona muito boa

segurança de processamento e baixo custo dos compostos de Polietileno

Clorosulfonado, usado em artefatos de cores claras ou preta.

Normalmente adiciona-se 2 phr de TMTD ou TETD conjuntamente com 0,5 a 1

phr de Enxofre. Esta combinação de curativos promove ótimas características

de cura aos artefatos finais.

Page 47: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

46

A substituição de TMTD pelo TETD proporciona ligeira melhora da resistência

ao calor, dos artefatos vulcanizados, porém, reduz a segurança de

processamento do composto.

“Tetrone A” é um excelente doador de enxofre, funciona perfeitamente bem

como agente de cura para os compostos de Polietileno Clorosulfonado.

“Tetrone A”, produz compostos vulcanizados com alto estado de cura e tempo

de vulcanização relativamente curto. A curva reométrica mostra um platô

muito estável e o artefato vulcanizado apresenta ótimas propriedades técnicas

.

A combinação de “Tetrone A “ com MBT, MBTS, TMTD ou D.O.T.G. promove

eficientes características de cura do composto, sendo que, se o Óxido de

Magnésio for o receptor de acidez utilizado, podemos produzir artefatos de

cores claras ou coloridas com ótima estabilidade de cor.

A combinação de “Tetrone A” com Litargírio Sublimado também é comumente

usada, porém, restringindo-se a fabricação de artigos vulcanizados de cores

escuras ou preto.

Page 48: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

47

Comumente empregam-se teores entre 0,75 a 2 PHR de “Tetrone A” ao

composto, quantidades maiores, quando usadas, poderá provocar redução da

segurança de processamento e aumento significativo do estado de cura do

artefato vulcanizados. MBT e MBTS funcionam como aceleradores secundários

em compostos contendo “Tetrone A”, TMTD ou Enxofre.

Geralmente empregam-se teores entre 0,5 a 1,5 phr de MBT ou MBTS em

combinações com “Tetrone A” aos compostos, para artefatos de cor preta.

Algumas vezes usamos MBT como acelerador primário em compostos de cores

claras ou coloridos, isso quando o receptor de acidez é o Tribásico Maleato de

Chumbo.

D.O.T.G. é outro tipo de acelerador secundário algumas vezes empregado em

concentração entre 0,25 a 0,5 phr, combinado com Enxofre, para cura de

compostos de Polietileno Clorosulfonado.

A combinação de Litargírio Sublimado + Óxido de Magnésio Ativo + Tetrone A

+ MBTS + HVA-2 + NBC, proporciona artefatos vulcanizados com alta

resistência ao calor e ótimo isolamento elétrico, além de compostos com boa

segurança de processamento.

Page 49: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

48

TABELA N º 9 Sistemas de Cura e Ingredientes de Vulcanização p/

HYPALON

INGREDIENTES CARACTERÍSTICAS / APLICAÇÕES

Sistema

Por

Enxofre

ou

Doadores

de

Enxofre

Enxofre + TMTD

ou

Enxofre + TETD

Sistema de cura de uso geral para compostos de

cores claras ou pretas

Baixo Custo

Tetrone A

Agente de cura para artigos de uso geral de cores

claras ou pretas.

Alto custo, melhor propriedades elétricas que o

sistema TMTD / Enxofre.

MBT, MBTS e DOTG

Aceleradores secundários usados em combinação

com Tetrone A ou TMTD / Enxofre.

O MBT pode ser usado sozinho como acelerador

primário.

MBT e MBTS aumenta a segurança de Scorch.

HVA-2

Acelerador secundário e agente de cura que

proporciona alto estado de cura e artefatos de

melhor resistência ao calor.

Melhora a isolação elétrica dos compostos.

Peróxidos

Peróxidos orgânicos

tipo Bis – Peróxidos de

Benzeno e Hexano ou

Dicumila apresentam

resultados satisfatórios.

Peróxidos proporcionam excelente segurança de

processamento e baixa deformação permanente à

compressão para artefatos claros ou pretos

Compostos exigem cuidados especiais, ver no

texto.

Coagentes

para

TAC, HVA-2 entre

outros tem apresentado

Melhora o estado de cura dos compostos curados

por peróxidos.

Page 50: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

49

Peróxidos resultados satisfatórios.

Sistema

por

Maleimida

HVA – 2

Agente de cura primário, melhora a segurança de

processamento em compostos contendo cargas

minerais, excelente resistência à deformação

permanente à compressão.

IONAC GFI – 710

Ativador de vulcanização usado em combinação

com HVA-2 para máxima resistência à D.P.C.

Usado somente em compostos escuros ou pretos.

4,4’ - Ditio Morfolina

(Sulfasan R)

Proporciona excelente estabilidade de estocagem

do composto quando em combinação com HVA-2 e

Litargírio em compostos carregados com cargas

minerais.

Outros

ativadores

e agentes

de cura

Pentaeritritol Ativador de cura em combinação com Óxido

Magnésio Ativo.

NBC

Ativador usado em compostos com alta resistência

do calor. Deve ser usado em combinação com

Tertrone A / MBTS ou TMTD / Enxofre.

Poly-Dispersão HC-11

Ingrediente de cura completo contendo óxidos

metálicos mais agentes de cura em forma de pré

disperso.

PAPI Age como retardador de cura em compostos com

excesso de umidade.

Page 51: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

50

Cura por Peróxidos:-

Peróxidos Orgânicos também produzem excelentes características de cura em

compostos de Polietileno Clorosulfonado apresentando ótima segurança de

processamento e excepcional resistência à deformação permanente à

compressão.

Artefatos de cores claras com superior resistência a água podem ser

conseguidos de compostos curados por peróxidos, desde que, contenha bases

orgânicas de chumbo, como receptor de acidez.

Acredita-se que os peróxidos, durante a reação de cura deste elastômero,

produzam certa quantidade de radicais livres na estrutura polimérica

promovendo a reticulação.

A velocidade de cura do composto por peróxido está diretamente relacionada

com a temperatura de vulcanização, enquanto que, a densidade de “crosslink”

e o estado de cura são determinados pelo teor de peróxido usado, bem como,

pela quantidade e tipo de coagente empregado. Observa-se também que a

temperatura de vulcanização está diretamente relacionada com a

Page 52: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

51

decomposição do peróxido e seu efeito meia-vida o que interfere na segurança

de processamento do composto.

Tipos de Peróxidos:-

A escolha do tipo de peróxido usado nos compostos de Polietileno

Clorosulfonado é determinada principalmente pelas propriedades desejadas do

artefato vulcanizado, bem como, pelas condições de processamento e

temperatura de decomposição do peróxido.

Muito bons resultados são observados com o uso do 2,5-Dimetil-2,5-BIS-

(Tercio Butil Peróxido) de Hexano (Varox DBPH-50 “ Marca Registrada Vanderbilt ), 50%

ativo, seja, este peróxido é pré disperso em carga inerte.

Também, outros tipos de peróxidos como o BIS-(Tercio-Butil-Isopropil

Peróxido) de Benzeno ( Perkadox 14 / 40, Marca Registrada Akzo ), 40% ativo, pré

disperso em carga inerte, e o Peróxido de Dicumila 40% ativo, também pré

disperso e carga inerte, oferecem ótimos resultados de segurança no

processamento e característica de cura dos compostos de CSM.

Page 53: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

52

Para obter-se as melhores propriedades mecânicas e de resistência química e

ao calor, dos artefatos produzidos com elastômeros de Polietileno

Clorosulfonado, curados por peróxidos, é de suma importância que durante a

vulcanização, ocorra a total decomposição do peróxido, pois, peróxido residual

não decomposto poderá causar efeitos adversos indesejáveis nos artefatos

vulcanizados, além de redução da resistência ao calor e possível “blooming”.

Coagentes para Peróxidos:-

Coagentes multifuncionais podem ser usados em combinação com peróxidos,

em compostos de Polietileno Clorosulfonado, estes melhoram a formação do

“crosslink” e densidade de cura, obtendo-se melhores resultados na reação de

vulcanização, um ótimo estado de cura e densidade de crosslink bastante

uniforme dos artefatos vulcanizados.

Entende-se que os coagentes agem no composto durante a vulcanização

produzindo pontes na cadeia polimérica melhorando assim, a eficiência da cura

peroxídica.

Page 54: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

53

Existem comercialmente vários tipos de coagentes que podem ser usados nos

compostos com Polietileno Clorosulfonado, como: TAC (Trialil-Cianurato), TATM

(Trialil-Trimelitato); HVA-2 (n,n„-m-fenileno-dimaleimida), entre outros, que

proporcionam ótimos resultados em combinação com peróxidos.

Compostos de Polietileno Clorosulfonados Curados por Peróxidos:-

A quantidade de peróxido e coagente a ser usados em compostos de

Polietileno Clorosulfonado é basicamente escolhida pela prática, baseando-se

nas características de cura e propriedades desejadas dos artefatos

vulcanizados.

As medições da reação de cura por meio do reômetro, fornecem referências

importantes, porém, resultados de precisão somente serão conseguidos por

meio dos ensaios checados diretamente no produto vulcanizado, como;

medição do D.P.C., Dureza, Tensão de Ruptura, Alongamento, Inchamento em

fluídos, etc...

O uso de teores em excesso de peróxido, para produzir altos estados de cura

em ciclos curtos de vulcanização poderá ser empregado, porém, com muito

Page 55: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

54

cuidado, pois, o risco de ocorrer residual peroxídico não-decomposto é maior

cujos prejuízos já comentamos acima.

Em casos muito específicos onde a prática do uso de peróxido em excesso é

necessária, aconselha-se trabalhar com temperatura de vulcanização mais

elevada e promover pós-cura aos artefatos vulcanizados em estufas com ar

circulante.

Considerações Especiais de Compostos Curados por Peróxidos:-

Alguns ingredientes comumente usados em compostos de Polietileno

Clorosulfonado poderão interferir na cura por peróxidos, assim, aconselha-se

evitar o uso. Considerações especiais de compostos curados por peróxidos são

mostrados abaixo:

- Escolher ingredientes de formulação como acidez equilibrada ou ligeiramente

alcalina. Cargas ácidas como os Negros de Fumo de canal e Caulins duros

deverão ser evitados.

Page 56: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

55

- Plastificantes deverão ser cuidadosamente escolhidos, pois, alguns óleos

comuns usados em borracha, como os Aromáticos, poderão reagir com os

peróxidos diminuindo a eficiência de cura. Óleos Naftênicos somente poderão

ser usados em mínimos teores. As parafinas cloradas, bem como, os

plastificantes ésteres e poliésteres são os tipos mais indicados para os

compostos contendo peróxidos.

- O Óxido de Magnésio Ativo é o receptor de acidez mais indicado para

sistema de cura peroxídica podendo-se adicionar teores entre 10 e 20 PHR,

aos compostos, pois, este tende a aumentar a alcalinidade o que produz

melhor eficiência de cura.

- Quando o composto vulcanizado por peróxido exigir superior resistência a

água., pode-se indicar o Dibásico Ftalato de Chumbo como receptor de acidez.

- Ingredientes antioxidantes como o NBC ( Dibutil-Ditiocarbamato de Níquel )

normalmente usado em compostos de Hypalon como estabilizador térmico,

deverão ser cuidadosamente dosados, porque, poderá reduzir a atividade do

peróxido.

Page 57: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

56

- Também é aconselhável nunca pré-misturar o peróxido com outros

ingredientes antes de sua adição ao composto, pois, poderão ocorrer possíveis

reações que comprometam a eficácia do produto.

Cura do Polietileno Clorosulfonado com MALEIMIDAS e Seus

Ativadores:-

Ingredientes como a Maleimida combinada com outros aditivos ativadores e

aceleradores também promovem a vulcanização de compostos com este tipo

de elastômero.

Este sistema de cura não utiliza enxofre ou seus derivados, assim, é um

sistema não-sulfuroso.

Sistemas de cura por Maleimida ( HVA-2, Marca Registrada DuPont ) permite a

produção de artefatos vulcanizados com excelente resistência à deformação

permanente por compressão.

Page 58: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

57

Este sistema de cura ainda oferece excelentes resultados de vulcanização tanto

em artefatos de cores claras como pretas. Compostos curados usando

Maleimidas oferecem muito boa segurança de processamento e proporciona

largo Shelf-Life de compostos contendo cargas minerais.

A combinação de Hidróxido de Cálcio + HVA-2 mais um ingrediente amínico

como o Ionac GF1-710 proporciona ótimas características de cura do composto

base Polietileno Clorosulfonado, fornecendo artefatos vulcanizados com

resistência à D.P.C. equivalente aquela conseguida na cura peroxídica, porém,

devendo ser usado somente para artigos de cor escura ou preto, devido a

possibilidade de manchamento.

Comumente se emprega a combinação de Litargírio Sublimado mais acelerador

DTDM e HVA-2 para promover a cura do composto, isso também oferece

excelente estabilidade de estocagem, muito boa velocidade de vulcanização

com alto estado de cura, quando elevados teores de caulim duro são usados.

Outros Sistemas de Cura para Compostos de Polietileno

Clorosulfonado:-

Page 59: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

58

Compostos de Polietileno Clorosulfonado podem também ser vulcanizados por

meio da combinação de Pentaeritritol (PER), mais Enxofre ou Doadores de

Enxofre e Óxido de Magnésio Ativo. ( O Pentaeritritol tem funcionalidade como

ativador, do sistema de cura )

O emprego do Pentaeritritol (PER) permite reduzir a quantidade de Óxido de

Magnésio Ativo, normalmente requerido na formulação. Também, o PER

melhora a estabilidade ao envelhecimento por longos períodos de trabalho, do

artefato vulcanizado.

O Pentaeritritol é um ótimo ativador de cura para os compostos de Polietileno

Clorosulfonado que contenham sais orgânicos de chumbo, como receptores de

acidez. Sistemas assim formulados produzirão curvas de vulcanização com

“scorch” extremamente largos, porém, os artefatos vulcanizados apresentarão

menor resistência a água.

Normalmente indica-se Pentaeritritol com tamanho de partículas de 200 mesh

(PER-200), em teores de até 3 PHR, nas formulações.

Outra alternativa de cura do Polietileno Clorosulfonado é a adição ao composto

de Poli-dispersão HC-11, sendo este produto uma completa pré-dispersão de

ingredientes curativos já mencionados, contendo derivados de chumbo.

Page 60: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

59

Poli-dispersão HC-11 é produzido pela Rhein Chemie C.O., este oferece aos

compostos de Polietileno Clorosulfonado boa segurança de processamento e

ótima estabilidade de estocagem ( composto cru ), também promove rápida

velocidade de vulcanização com elevado estado de cura e, os artefatos

vulcanizados apresentam excelente resistência à descoloração.

O polisocianato PAPI, algumas vezes é usado como retardador, da cura, este

reage com o excesso de umidade, que muitas vezes causam redução

significativa do “scorch”.

A “Tabela 10” ( vista nas últimas páginas desta literatura ) apresenta

diversas sugestões de sistemas de cura de compostos de Polietileno

Clorosulfonado baseando-se nas características de processamento e

propriedades desejadas dos artefatos vulcanizados.

PLASTIFICANTES

Informações Preliminares:-

Page 61: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

60

Os plastificantes são adicionados aos compostos de Polietileno Clorosulfonado

para melhorar sua plasticidade reduzindo a viscosidade Mooney de maneira a

facilitar o processamento e aumentar a flexibilidade dos artefatos finais. Sem o

uso de plastificantes os compostos contendo altos teores de carga, se

tornariam muito rígidos o que dificultaria sobremaneira o processamento,

ainda, a incorporação dos ingredientes de formulação seria inadequada,

prejudicando as propriedades elastoméricas dos produtos vulcanizados.

A escolha correta dos plastificantes para depende de fatores importantes

como:

- Compatibilidade do plastificante com o polímero e outros ingredientes de

composição;

- Processamento de mistura e conformação do artefato;

- Custo do composto e artefato final vulcanizado;

Page 62: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

61

- Propriedades desejadas dos produtos finais.

Os plastificantes derivados de petróleo são os mais largamente usados em

compostos de Polietileno Clorosulfonado, tendo boa compatibilidade e baixo

custo.

Plastificantes ésteres também são muito usados, quando queremos produzir

artefatos de cores claras e que devam apresentar boa performance no

desempenho em baixas temperaturas.

Plastificantes clorados oferecem aos artefatos maior resistência a flamabilidade

e ao intemperismo.

Plastificantes poliméricos apresentam menor volatilidade em altas

temperaturas, assim sendo, são os mais recomendados para produção de

artefatos vulcanizados resistentes ao calor.

Plastificantes Derivados de Petróleo:-

Page 63: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

62

Os óleos derivados de petróleo são largamente usados como plastificantes em

compostos de Polietileno Clorosulfonado por ter baixo custo, oferecer boas

características de processamento e propriedades elásticas interessantes aos

artefatos vulcanizados.

Óleos aromáticos são preferenciais, podendo ser adicionados em teores de até

55 phr aos compostos, pois, apresentam ótima compatibilidade com o

polímero.

Óleos altamente aromáticos também podem ser adicionados aos compostos,

em teores de até 75 phr, quando se necessita de maior efeito plastificante.

Nota: - Plastificantes aromáticos não devem ser usados em compostos para

artefatos de cores claras ou coloridos, pois, poderá ocorrer manchamento.

Também, em compostos curados por peróxidos deve-se evitar o emprego de

plastificantes aromáticos.

Os óleos Naftênicos apresentam compatibilidade limitada com o este tipo de

polímero, assim sendo, os teores máximos adicionados ao composto deverão

ser inferior a 15 phr.

Page 64: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

63

Normalmente os óleos Naftênicos são usados em combinação com os

aromáticos, para diminuir o efeito de o composto aderir nos rolos do

misturador aberto e calandra. O uso de somente os óleos Parafínicos deverão

ser evitados devido a incompatibilidade com o Polímero.

Plastificantes Ésteres:-

Os plastificantes ésteres como o Dioctil Sebacato (D.O.S.), Dioctil Ftalato

(D.O.P), Trioctil Trimelitato ( T.O.T.M. ) ou Butil Oleato, apresentam

excelente compatibilidade de uso em compostos de Polietileno Clorosulfonado.

Esta categoria de plastificantes permite a elaboração de compostos para

produção de artigos vulcanizados com excelentes propriedades de resistência à

flexão em baixas temperaturas, bem como, pode ser usado em artefatos claros

e coloridos.

O plastificante TOTM ainda oferece aos artefatos vulcanizados maior

resistência ao calor.

Page 65: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

64

Compostos vulcanizados contendo plastificantes ésteres apresentam resultados

inferiores das propriedades elétricas e custo mais elevado, se comparando com

os plastificantes derivados de petróleo.

Parafina Clorada:-

Um ótimo balanço entre processamento dos compostos e propriedades

mecânicas dos artefatos, pode ser conseguido com o emprego de parafinas

cloradas como plastificante.

Devido ao cloro contido neste tipo de plastificante podemos conseguir ótimos

resultados na resistência a flamabilidade dos artigos em CSM, vulcanizados.

A parafina clorada também proporciona aos artefatos vulcanizados incremento

na tensão de ruptura e melhora na resistência ao calor até temperatura de

aproximadamente 130 º C.

Parafina clorada também podem ser usadas como plastificante para compostos

de cores claras ou coloridos.

Page 66: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

65

Plastificantes Poliméricos Ésteres:-

Os plastificantes poliésteres apresentam baixa volatilidade, portanto, são

muito resistentes ao calor.

Compostos de Polietileno Clorosulfonado contendo plastificantes poliésteres

oferecem artefatos vulcanizados que são mais indicados para trabalhar em

condições de temperaturas elevadas, dentro da faixa determinada pela norma

ASTM para esta família de elastômeros.

Embora a resistência ao calor, do artefato contendo plastificantes poliésteres

seja melhorada, as propriedades mecânicas como: resistência a abrasão,

rasgamento e elétricas, sofrerão um ligeiro decréscimo.

Também, o efeito de amaciamento dos artefatos vulcanizados, produzidos de

compostos contendo plastificantes poliméricos, é menor, se comparado com o

efeito causado por outros tipos de plastificantes.

Page 67: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

66

Os plastificantes poliméricos ésteres normalmente empregados em compostos

de Polietileno Clorosulfonado são: Uniflex 300 (Plastificante poliéster de médio

peso molecular); e, plastificante TP-95, Di-( Butoxi-Etoxi-Etil-Adipato )

fornecido pela Morton International.

AUXILIARES DE PROCESSO PARA COMPOSTOS DE POLIETILENO

CLOROSULFONADO

Informações Preliminares:-

Auxiliares de processo são normalmente usados em compostos de Polietileno

Clorosulfonado para facilitar a incorporação dos ingredientes de formulação,

bem como, para minimizar o efeito produzido pelo composto de aderir aos

rolos ao misturador e calandra.

Diversos são os tipos de auxiliares de processo comumente usado nos

compostos, dependendo do principal efeito desejado no processamento,

podendo ser utilizado desde ácido esteárico até “tackificantes”.

Page 68: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

67

Ceras:-

As ceras são provavelmente os auxiliares de processamento mais largamente

usados nos compostos de Polietileno Clorosulfonado, pois, são de fácil

solubilidade e dispersibilidade ajudando na incorporação dos demais

ingredientes de formulação e ainda oferece um excelente efeito como

desmoldante interno.

Podem ser consideradas como ceras auxiliares de processo as parafinas,

vaselinas, ceras de polietileno e as microcristalinas.

As parafinas e vaselinas são muito eficientes auxiliares de processo, porém, se

usado em excesso poderão causar “blooming”.

Ácido Esteárico e Estearatos:-

Page 69: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

68

O ácido esteárico (estearina) e os estearatos também são usados como

auxiliares de processo e desmoldante interno em compostos de Hypalon,

porém, limitado a compostos que não contenham o litargírio.

O estearato de zinco deverá ser evitado em compostos de Polietileno

Clorosulfonado, porque, o zinco tende a formar o cloreto de zinco com

subseqüente dehidrohalogenação do polímero, prejudicando sua resistência ao

calor e intemperismo.

Cera de Polietileno de Baixo Peso Molecular e Polietileno Glicol:-

Ceras de polietileno de baixo peso molecular como o tipo AC – 617 – A ou tipo

AC – 1702 são normalmente empregadas como um eficiente auxiliar de

processo para compostos de Polietileno Clorosulfonado.

A cera AC – 617-A é comumente indicada quando, durante o processamento

de mistura do composto, a temperatura seja superior a 97 ºC, para que

ocorra o amolecimento e perfeita solubilidade na mistura.

Page 70: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

69

Compostos que serão processados em misturador aberto onde, normalmente

a temperatura não atinge valores altos, torna-se mais recomendado o

emprego da cera tipo AC – 1702, adicionada logo no início do processamento

de mistura, assim que tenha ocorrido a mastigação e plastificação do polímero.

O polietileno glicol tipo AT-PEG 4000 também funciona perfeitamente bem

como auxiliar de processo para compostos de Polietileno Clorosulfonado,

misturados em temperaturas inferiores a 80 ºC.

O principal efeito destes auxiliares de processo está na dispersão dos

ingredientes de formulação. Durante a mistura, também são extremamente

eficazes como lubrificantes interno, melhorando a extrusão, calandragem e

desmoldagem de artigos injetados ou moldados.

EPDM – ( Semi Cristalino / Média Viscosidade ), e Polibutadieno de

Alto CIS 1,4.

Grades de EPDM de média viscosidade Mooney e Semi Cristalino são

essencialmente efetivo como auxiliar de processo para compostos de

Polietileno Clorosulfonado que contenham cargas minerais, melhorando o

“green strength”, facilitando o manuseio dos compostos no estado não

vulcanizado; como: lençóis calandrados, alimentação de injetoras, etc.

Page 71: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

70

O Polibutadieno de alto CIS 1.4 atua com efeito similar ao do EPDM, no

composto de Polietileno Clorosulfonado, ainda, devido sua característica

amorfa, auxilia na desmoldagem dos artigos vulcanizados e diminui a adesão

do composto nos rolos do misturador e calandra.

Agentes Tackificantes:-

A produção de alguns tipos de artefatos fabricados em Polietileno

Clorosulfonado, como correias transportadoras, revestimento de tanques,

emendas de lençóis calandrados, revestimento de rolos, entre outros, são

basicamente preparados a partir de montagens de compostos cru ( não

vulcanizados ). Normalmente, a preparação destes artefatos se dá por

sobreposição de mantas ou lençóis calandrados, perfis extrusados, ou junção

de alguma forma, do compostos cru, o que exige alto “tack”.

Compostos base Polietileno Clorosulfonado, devido sua termoplasticidade,

quando em temperatura ambiente, não apresentam significantes propriedades

de “tack”, assim, a adição de ingredientes tackificantes torna-se

imprescindível, seja:

Page 72: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

71

a) Preparação do composto. Uma significativa melhora do “tack” ocorre com

a adição ao composto de plastificante aromático, caulins e sílicas. O emprego

da Cumarona-Indeno tipo Cumar P-10 ou Rhenosin C-10 ( Rhein Chimie ), em

teores de até 15 PHR, funciona como eficiente tackificante.

b) Ótimos resultados do incremento do “tack”, também são conseguidos

aquecendo o composto de Polietileno Clorosulfonado à temperatura entre 50 a

60 ºC, no ato da sobreposição, junção ou união das partes elastoméricas.

c) É muito importante, antes da sobreposição das partes elastoméricas ( no

estado cru ), ativar o tack das superfícies de contato utilizando solventes do

tipo Ciclohexano. Este solvente proporciona excelente ativação do “tack”

superficial, oferecendo poucos riscos de formação de bolhas, sendo ainda de

baixa toxidade.

CARGAS PARA COMPOSTOS DE HYPALON:-

Compostos de Polietileno Clorosulfonado tipo goma-pura e vulcanizados,

apresentam excelentes propriedades técnicas como:- tensão de ruptura,

módulos, resistência a abrasão, rasgamento, etc., assim sendo, na elaboração

de compostos quando desejamos adicionar cargas, não é necessária a

Page 73: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

72

indicação de cargas altamente reforçantes, para obter as qualidades desejadas

do artefato.

Muitas vezes, cargas são adicionadas aos compostos, mais por questões de

economia do que para buscar melhorias das propriedades técnicas dos

artefatos finais.

Cargas reforçantes como Negros de Fumo são comumente recomendadas para

compostos de cor preta, estas oferecem ótimas características mecânicas e

químicas, aos artefatos vulcanizados.

Negros de Fumo tipo N - 762, N - 660, N – 550 e N - 990, são os mais

indicados por fornecer ótimo balanço entre as propriedades desejadas do

artefato vulcanizado e facilidade de processamento.

Para compostos de cores claras, ou carregados com cargas minerais, a

indicação do tipo mais adequado de carga dependerá das propriedades

buscadas do artefato vulcanizado.

Comparando-se com os Negros de Fumo, as cargas minerais proporcionarão

aos artefatos de Polietileno Clorosulfonado vulcanizados, maior alongamento e

Page 74: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

73

melhor resistência ao rasgo, porém, com módulos inferiores, bem como, a

tensão de ruptura, resistência a abrasão e a água.

Compostos carregados com pó de cortiça, também podem ser elaborados,

estes resultam em artefatos vulcanizados com boa resistência ao calor, óleos e

menor DPC. Juntas automotivas normalmente utiliza compostos de Polietileno

Clorosulfonado, contendo cortiça.

Outra especialidade são os compostos carregados com ferrita magnética.

Compostos assim elaborados são indicados para produção de artefatos como

vedações para câmaras frigoríficas, fitas magnéticas flexíveis, lâminas

aderentes a superfícies ferrosas, brindes,etc.

Polietileno Clorosulfonado, devido ao cloro contido em sua estrutura polimérica

é geralmente mais resistente a flamabilidade que outros polímeros

hidrocarbônicos convencionais. Esta resistência à flamabilidade poderá ainda

ser intensificada com a adição de certos tipos de cargas e aditivo halogêneos

como a alumina hidratada, hidróxido de magnésio, trióxido de antimônio e

decabromodifenilóxido, além de plastificantes base fosfitos e ou clorados.

Page 75: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

74

PIGMENTOS CORANTES PARA COMPOSTOS DE HYPALON:-

Compostos de Polietileno Clorosulfonado para artefatos de cor preta, podem

usar o Negro de Fumo como pigmento.

Compostos de cor preta ainda oferecem maior versatilidade na escolha dos

ingredientes receptores de acidez, podendo usar o Litargírio Sublimado, os Sais

de Chumbo ou Óxido de Magnésio.

Para fabricação de artefatos claros ou coloridos, devemos partir de compostos

de cor branca onde o Dióxido de Titânio é o pigmento utilizado, pois, além de

realçar a cor branca com tonalidade fosca, ainda oferece ao artefato

vulcanizado muito boa resistência a raios ultra-violeta.

Para colorir o composto base branca, podem ser utilizados pigmentos

coloridos do tipo orgânico ou inorgânico, na tonalidade desejada.

PROCESSAMENTO DE COMPOSTOS DE POLIETILENO

CLOROSULFONADO:-

Page 76: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

75

Informações Preliminares:-

Considera-se como processamento do Polietileno Clorosulfonado, em uma

fábrica transformadora de borracha, desde a chegada das matérias primas, na

planta produtora até a montagem e operação do produto final vulcanizado às

aplicações a que se destinam.

Grande volume dos polímeros de Polietileno Clorosulfonado é comercializado

para produção de artefatos sólidos, porém, alguns grades deste material são

destinados a preparação de soluções líquidas de base solvente.

A produção de compostos sólidos segue os métodos tradicionais, e são

processados em equipamentos convencionais de fábricas transformadoras de

borracha, guardando-se cuidados somente de algumas pequenas

particularidades típicas desta família de elatômeros.

O processamento de mistura pode ser pelo sistema convencional ou,

dependendo das características do composto, também, pelo sistema UPSIDE –

DOWN, de qualquer maneira, após a descarga do Banbury, a massada deverá

Page 77: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

76

ser laminada, resfriada e descansada, antes de seguir para os processos

subseqüentes.

Os diversos meios de conformação para artefatos de borracha, como:

moldagem por compressão, extrusão, calandragem, injeção, etc., são

comumente usados para produzir peças em Polietileno Clorosulfonado que,

oferecem ótimos resultados.

Processamento de Mistura:-

A produção da mistura dos compostos em Polietileno Clorosulfonado pode ser

desenvolvida em Banbury ou em Misturador Aberto.

A mistura em Banbury é preferida devido a velocidade de produção, bem

como, pelos níveis de temperatura conseguido, pois, alguns ingredientes de

formulações exigem temperaturas mais elevadas para solubilização e

dispersão.

Page 78: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

77

Misturadores abertos também produzem compostos com boa qualidade,

porém, exigem períodos bem mais longos de mistura e incorporação dos

ingredientes. Normalmente os misturadores abertos são usados para pequenas

produções de compostos.

Mistura em Banbury, método UPSIDE – DOWN

Uma eficiente condição de mistura do composto de Polietileno Clorosulfonado

em Banbury requer um cuidadoso dimensionamento do fator de enchimento.

Aconselha-se usar fator de enchimento entre 70 a 75 % do volume da câmara

do Banbury.

Excelentes características de mistura pelo método “UPSIDE-DOWN” são

conseguidas obedecendo as seguintes etapas:

1°- Alimentar o Banbury com as cargas e misturar por 15 segundos;

Page 79: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

78

2º- Adicionar o receptor de acidez, auxiliares de processo e plastificantes;

misturar por mais de 20 segundos.

3º- Adicionar o polímero e misturar por mais 5 minutos.

4º- Descarregar a massada sobre um Misturador Aberto, homogeneizar,

laminar, resfriar e colocar para descansar (maturação) por um período mínimo

de 24 horas.

Nota: - A temperatura da massada no ato da descarga do Banbury deverá ser

inferior a 110 º C.

5º- Retornar o composto (descansado) ao Misturador Aberto, pré aquecê-lo,

em seguida adicionar o NBC ( se este for ingrediente da formulação ),

incorporando-o perfeitamente. Seguindo, adicionar os agentes de cura e

aceleradores, misturando-os e homogenizando-os ao composto

cuidadosamente durante aproximadamente 4 minutos.

6 º- Laminar em mantas e enviar para os processos subseqüentes.

Page 80: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

79

Mistura em Banbury método Convencional:-

Calcular o fator de enchimento para 70 a 75 % do volume da câmara do

Banbury.

1º- Alimentar o Banbury com todo o polímero e proceder à mastigação

durante 2 minutos.

2º- Adicionar o receptor de acidez e auxiliares de processo, misturar por

aproximadamente 20 segundos.

3º- Adicionar as cargas plastificantes, misturar e incorporar por 4 minutos.

Obs.: As etapas 4, 5 e 6, são idênticas às do sistema anterior (UPSIDE

DOWN).

Mistura em Misturador Aberto:-

Page 81: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

80

Compostos de Polietileno Clorosulfonado são facilmente processados em

Misturador Aberto. O aumento da temperatura dos rolos durante a mistura

promove ao composto maior plastificação, facilitando a incorporação dos

ingredientes. De qualquer maneira o sistema de arrefecimento deverá ser

mantido.

O volume da massada a ser processada no Misturador Aberto é um fator

importante a ser considerado, pois, se dimensionado incorretamente, para

mais ou para menos, poderá ocasionar deficiência de mistura, obtendo-se

artefatos finais vulcanizados com características inadequadas. Os fabricantes

de Misturadores Abertos fornecem tabelas que definem o volume da massada

em função do tamanho da máquina.

O tempo de mistura de um composto em Misturador Aberto demanda desde 25

minutos até 40 minutos, dependendo da quantidade de cargas e plastificantes

adicionados.

A ordem de adição dos ingredientes para mistura em Misturador Aberto segue

as etapas abaixo:

Page 82: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

81

1º- Com a máquina ligada, refrigeração atuando e distância entre rolos de

aproximadamente 2 mm., adicionar o polímero e mastigar até formar uma

banda uniforme em torno do rolo do misturador;

2 º- Adicionar a Cera de Polietileno e incorpora-la ao polímero plastificado

até total dispersão.

3°- Adicionar as cargas reforçantes juntamente com as resinas amaciantes e

auxiliares de processo; misturar até total incorporação;

4 º- Adicionar o Óxido de Magnésio ( e ou Litargírio pré-disperso ); misturar

até total incorporação;

5°- Adicionar as cargas inertes juntamente com os plastificantes e o ácido

esteárico ou estearatos ( quanto tiver ); misturar até total incorporação;

6°- Laminar a massada em mantas, resfria-la, e colocar para descansar

durante mínimo 24 horas;

Page 83: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

82

7°- Retornar a massada ao misturador aberto, aquece-la e adicionar os

agentes de cura, aceleradores, NBC ( quando tiver ); misturar até total

homogeneização;

8°- Cortar a massada em mantas ou fitas e enviar para os processos

subseqüentes de conformação e vulcanização.

Processamento de Extrusão:-

Compostos de Polietileno Clorosulfonado oferecem ótimas características de

conformação por extrusão, podendo ser processados com extrusoras longas,

alimentadas por fitas do composto a frio, ou extrusoras curtas, desde que

alimentadas a quente.

Page 84: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

83

A extrusão do composto apresenta melhor performance se a calibração das

temperaturas da extrusora obedecerem as seguintes recomendações:

Zona da

máquina

Extrusora Curta

Aliment. Quente

Extrusora

Longa

Aliment. Frio

Rosca 30 º C 55 º C

Boca de

Alimentação

50 º C 50 º C

Câmara (canhão) 60 º C 60 º C

Cabeçote e Matriz 105 º C 107 º C

Assim como compostos de outros tipos de borracha, também para os de

Polietileno Clorosulfonado, os ingredientes, Negros de Fumo de alta estrutura

como o N - 550, auxiliares de processo, resinas amaciantes entre outros,

tipicamente usados em compostos para extrusão, devem ser observados.

Page 85: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

84

Processamento de Calandragem:-

Compostos convencionais de Polietileno Clorosulfonado, normalmente são

calandrados em temperaturas um pouco mais elevadas que as utilizadas para

outros tipos de borracha.

Algumas vezes o processamento de calandragem em temperaturas inferiores

às recomendadas ajudam a diminuir possíveis formações de bolsões de ar no

composto, próximo ao “nip” dos rolos da calandra.

Processamento de calandragem em altas temperaturas produzem lençóis com

superfícies lisas e brilhantes, porém, poderá ocorrer adesão do lençol nos rolos

da calandra.

Ao alimentar a calandra, é recomendado que o composto esteja pré-aquecido

próximo à temperatura de calandragem ainda, a temperatura de pré

aquecimento deverá ser uniforme para evitar o enrugamento do calandrado.

Page 86: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

85

Antes de calandrar compostos, muito macios, é imprescindível observar a total

isenção de ar ocluso, aconselha-se extrusar o composto antes de calandrar,

para evitar formação de bolhas; também, recomenda-se trabalhar com

velocidades mais reduzidas de calandragem.

Compostos muito macios torna-se interessante que o nível de plasticidade seja

aumentado, para melhor calandragem, assim, a adição ao composto de 5 a 10

phr de cumarona indeno sólida poderá ser de grande auxilio.

Os lençóis calandrados apresentam excelente aspecto superficial em

espessuras mínimas de até 1,0mm., espessuras inferiores não são

recomendadas.

Lençóis calandrados muito finos, após serem calandrados, aconselha-se que

sejam resfriados e suportados por tecido de forro para evitar rasgos ou

deformações indesejáveis, principalmente lençóis produzidos a partir de

compostos macios.

Normalmente, o Hypalon 45 é o tipo mais recomendado para produção de

compostos calandrados, seguido pelo Hypalon 40 S e Hypalon 40. Vale lembrar

que bons auxiliares de processo como: Estearina, Polietileno Glicol, Ceras de

Page 87: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

86

Polietileno, Parafinas Cloradas, etc.... devem ser consideradas nas

formulações.

Abaixo mostramos sugestões da regulagem de temperatura dos rolos da

calandra.

a- Calandra de três rolos – lençóis espessos.

- rolo superior ..................................................................................132

a 143 ºC

- rolo intermediário...........................................................................132 a

143 ºC

- rolo inferior..................................................................................... 20

a 25 ºC

b- Calandra de três rolos – lençóis finos

- rolo superior ..................................................................................127

a 143 ºC

Page 88: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

87

- rolo intermediário...........................................................................127 a

143 ºC

- rolo inferior.................................................................................... 104

a 116 ºC

Obs.: Neste caso o lençol deverá ser suportado por tecido de forro.

c- Calandra de quatro rolos – lençóis finos

- rolo superior ..................................................................................127

a 143 ºC

- primeiro rolo intermediário. ..........................................................127 a

143 ºC

- segundo rolo intermediário ..........................................................116 a

127 ºC

- rolo inferior................................................................................... 104

a 116 ºC

Obs.: Lençol suportado por tecido de forro.

Page 89: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

88

Processamento de Moldagem por:- Compressão , Transferência e

Injeção:-

Compostos de Polietileno Clorosulfonado podem ser moldados e vulcanizados

pelos métodos convencionais usados pelas indústrias transformadoras de

borracha.

Moldados de superior qualidade visual e facilidade de desmoldagem são

produzidos em moldes com cavidades cromadas.

Eficiente desmoldante pode ser obtido pela combinação de 0,5 % de Vanfre

DFL com emulsão de Silicone tipo Dow Corning 36, perfeitamente solubilizado

em água.

Compostos de Polietileno Clorosulfonado, contendo Vanfre HYP e Cera de

Polietileno tipo AC – 1702 apresentam ótima fluidez no interior do molde,

excelente desmoldagem e baixa sujidade.

Page 90: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

89

Para produção de peças moldadas por compressão, a indicação de compostos

de viscosidade mais elevada reduz problemas de bolhas, e se estes compostos

forem processados por transferência recomenda-se aquecer os pré-formados.

Compostos de Polietileno Clorosulfonado para artefatos injetados deverão

apresentar ótimo “green strength” o que evita o rompimento da fita que

alimenta a injetora.

Para evitar a adesão das superfícies da fita sobre ela própria, recomenda-se

aplicação de caulim em tais superfícies. Outros tipos de antiaderentes devem

ser evitados.

Bons resultados de injeção são conseguidos calibrando-se a injetora com as

seguintes temperaturas: câmara de injeção 80 a 85°C e molde 170 a 180 ºC,

(vulcanização). Evitar temperaturas de vulcanização acima de 190 ºC pois,

poderá comprometer a estrutura polimérica do material. O tempo de injeção

dependerá do volume do artefato e o tempo de vulcanização é definido pela

curva reométrica, caso a caso.

FORMULAÇÕES:-

Page 91: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

90

A Tabelas n º 11 apresenta diversas sugestões de formulações com

referência para compostos de Polietileno Clorosulfonado e, a Tabela n° 12

mostra algumas propriedades e indicação para condições de uso dos

compostos vulcanizados.

Page 92: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

91

TABELA N º 5 PROPRIEDADES COMPOSTOS DE HYPALON C/ N. DE

FUMO

Composto Hypalon (graus abaixo).................................................

100 PHR

Padrão Litargirio Subrimado Dispersão 90% ativo ................

27,8 PHR

Usado Negro de Fumo N – 762................................................

55 PHR

Plastificante

aromático................................................... 55 PHR

MBTS............................................................................ 0,5 PHR

Tetrone A

..................................................................... 2 PHR

Page 93: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

92

TIPOS DE HYPALON

20

30

40S

40

408

5

HP

G

652

5

45

48

PRO

PRIE

DAD

ES D

O C

OM

PO

STO

CRU

VISCOSIDADE MOONEY – ML 1 + 4

@ 100 º C 25 29 38 42 68 78 32 40

Scorch Mooney MS @ 121 º

C

- Viscosidade minima

(unid.)

14 11 10 12 22 30 15 11

- TEMPO PARA AUMENTO DE 10 UNID.

NA VISCOSIDADE (MÍN.) 13 13 20 19 16 18 16 20

PRO

PRIE

DAD

ES C

OM

PO

STO

S V

ULCAN

IZAD

OS

VULCANIZADOS 30 MIN. @ 153 º C

Propriedades Originais a 24

º C

- MÓDULO A 100 % (MPA) 4,8 13 5 5,2 6 4,7 6 10,2

- MÓDULO A 200 % (MPA) - - 13,

4 14

16,

2

12,

8

17,

1 20,6

- TENSÃO DE RUPTURA (MPA) 12 15,6 18,

1 20

21,

7

19,

8

20,

6 22,2

- ALONGAMENTO À RUPTURA (%) 180 140 270 310 290 320 275 210

- DUREZA (SHORE A) 67 89 66 67 67 65 80 77

Propriedade Envelhecimento

7 dias @ 121 º C

- Tensão de ruptura (Mpa) 13,

8 18,4

19,

1

19,

7

20,

3 21 23 21,4

- Alongam. à ruptura % 80 60 200 210 190 260 210 140

- Dureza Shore A 83 90 77 76 78 77 85 87

Page 94: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

93

Propriedades Originais à

100 º C

- Tensão de ruptura (Mpa) 3,4 4,2 9 10 10,

5 9,3 7,8 9,6

- Alongamento à Rup. (%) 70 130 170 190 190 200 190 150

Rasgamento C.P. tipo C

(KN/m) 21 34 35

31,

5 35 38 31 25

Resiliência Yerzley (%) 65

Muit

o

Baix

a

60 55 65 72 60

Muit

o

Baix

a

Temperatura de transição

Vítrea º C -50 -30 -55 -56 -55 -56 -65 -14

Incham. Água 7 dias a 70 º

C (%) 1 2 3 3 3 2 4 2

Incham. Óleo ASTM 3 – 70

H @ 121 º C (%) 83 13 44 44 36 80 83 13

Deformação Permanente à

Compressão 22 horas @ 70

º C

Método B (%)

34 50 13 12 9 11 15 28

TABELA N º 6 –PROP.COMPOSTOS DE HYPALON COM CARGAS

MINERAIS

Composto Hypalon (graus abaixo)................................................. 100 PHR

Padrão Óxido Magnésio ativo ................................................. 4 PHR

Usado Caulim Duro.................................................................. 80 PHR

Plastificante aromático................................................... 30 PHR

Pentaeritritol (200 mesh)................................................ 3 PHR

Tetrone A ...................................................................... 2 PHR

Page 95: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

94

TIPOS DE HYPALON

20

30

40S

40

408

5

HPG

6525

45

48

PR

OP

RIE

DA

DE

S

DO

CO

MP

OS

TO

CR

U

VISCOSIDADE MOONEY – ML 1 + 4

@ 100 º C 16 15 40 44 73 83 26 37

Scorch Mooney MS @ 121 º C

- Viscosidade minima (unid.) 5 5 14 16 26 30 10 8

- TEMPO PARA AUMENTO DE 10

UNID. NA VISCOS. (MIN.) 38 35 29 24 23 26 46 48

PR

OP

RIE

DA

DE

S C

OM

PO

ST

OS

VU

LC

AN

IZA

DO

S

VULCANIZADOS 30 MIN. @ 153 º C

Propriedades Originais a 24 º C

- MÓDULO A 100 % (MPA) 5,6 12,4 5,5 6 6 5,3 5 6,2

- MÓDULO A 200 % (MPA) 8,4 - 7,8 8,4 9 7,9 7,4 11,8

- TENSÃO DE RUPTURA (MPA) 9,4 14 18,6 19 20,7 20 18,8 16,8

- ALONGAMENTO À RUPTURA (%) 260 140 550 550 520 530 540 470

- DUREZA (SHORE A) 63 82 63 67 69 70 81 72

Propriedade Envelhecimento 7

dias @ 121 º C

- Tensão de ruptura (Mpa) 15,8 21,8 16,2 17 17,9 15,4 15,2 18,6

- Alongam. à ruptura % 120 80 200 210 205 270 250 180

- Dureza Shore A 74 91 76 78 78 78 84 80

Propriedades Originais à 100 º C

- Tensão de ruptura (Mpa) 3,8 3 2,8 3,1 3,7 4 3 4,4

- Alongamento à Rup. (%) 150 90 210 220 215 215 270 280

Rasgamento C.P. tipo C (KN/m) 31 26 55 57 59 57 50 42

Índice de Abrasão NBS 70 52 108 146 203 247 70 73

Resiliência Yerzley (%) 67 Muito

baixa 55 58 65 75 60

Muito

baixa

Temperatura de transição Vítrea

º C -37 -30 -35 -34 -34 -37 -32 -14

Page 96: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

95

Incham. Óleo ASTM 1 – 70 H. a

121o. C. -4 12 -11 -12 -13 10 16 -12

Incham. Óleo ASTM 3 – 70 H

121 º C (%) 92 13 52 45 38 103 135 13

Incham. Água 7 dias a 70 º C. 71 52 78 74 67 47 60 56

Deformação Permanente à

Compressão 22 horas @ 70 º C

(%)

Corpo-de-prova vulcanizado por

35 min. A 153o. C

60 69 59 59 54 47 46 65

Page 97: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

96

TABELA N º 10

SUGESTÕES PARA SISTEMAS DE CURA DOS COMPOSTOS DE HYPALON

Características

ou

Propriedades

desejadas

Indicado para

Ingredientes de Cura

Quantidade em PHR

Coloridos Pretos

Artefatos

de

Uso Geral

Sim Sim Òx. Magnésio / PER/TMTD/Enxofre 4 / 3 / 2 / 1

Sim Sim Óxi. Magnésio / PER / TETRON A 4 / 3 / 2

Não Sim Litargírio / Enxofre / TMTD ou TETD 25 / 1 / 2

Não Sim Litargírio / Tetrone A / MBTS 25 / 2 / 0,5

Máxima

Estabilidade de

cor

Sim Sim Óxido Magnésio / Enxofre 20 / 1

Sim Sim Óx. Magnésio / Tetrone A 20 / 2

Sim Sim Óx. Magnésio / Varox DBPH – 50 / TAC 10 / 6 / 4

Ótima

resistência à

Água e a

produtos

químicos

Não Sim Litargírio / Enxofre / TMTD ou TED 25 / 1 / 2

Não Sim Litargírio / Tetrone A / MBTS 25 / 2 / 0,5

Sim Sim Tribásico Maleato de Chumbo / PER / MBT 40 / 3 / 1,5

Sim Sim Dibásico Ftalato de Chumbo / Varox DBPH – 50 /

TAC

40 / 6 /4

Page 98: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

97

Sim Sim Óx. Magnésio / Resina Epoxy / Tetrone A 3 / 4 / 2

Sim Sim Resina Epoxy / Tetrone A / MBTS / DOTG 15 / 1,5 / 0,5 / 0,25

Alta resistência

ao calor

Não Sim Litargírio / Óx. Magnésio / TMTD / Enxofre / NBC 20 / 10 / 2 / 1 / 3

Não Sim Litargírio / Óx. Magnésio / Tetrone A / MBTS /

NBC

20 / 10 / 2 / 0,5 / 3

Não Sim Litargírio / Óx. Magnésio / Tetrone A / MBTS /

HVA-2 / NBC

20 / 10 / 0,75 / 0,5 /

1 / 3

Baixa

Deformação

permanente à

compressão

Sim Sim Óx. Magnésio / Varox DBPH – 50 / TAC 10 / 6 / 4

Sim Sim Dibásico Ftalato de chumbo / Varox DBPH – 50 /

TAC

40 / 6 / 4

Não Sim Hidrox. Cálcio / HVA – 2 / Ionac GFI – 710 4 / 3 / 2

Sim Sim Óx. Magnésio / PER / Tetrone A / HVA – 2 4 / 3 / 2 / 1

Sim Sim Óx. Magnésio / Varos DBPH – 50 / TAC 10 / 6 / 4

Não Sim Hidrox. Cálcio / HVA – 2 / Ionac GFI – 710 4 / 3 / 2

Não Sim Litargírio / HVA – 2 / Sulfasan R 25 / 2 / 3

Não Sim Predispersão HC – 11 30

Page 99: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

TABELA N º 11

FORMULAÇÕES DE REFERÊNCIA

MATÉRIAS PRIMAS

F1

PHR

F2

PHR

F3

PHR

F4

PHR

F5

PHR

F6

PHR

F7

PHR

F8

PHR

F9

PHR

F10

PHR

Hypalon 40 100 100 100 100 0 0 0 100 100 100

Hypalon 4085 0 0 0 0 100 100 100 0 0 0

Óxido Magnésio Ativo 4 0 10 4 5 4 4 4 10 10

Pentaeritritol (200 mesh) 3 0 0 3 3 3 3 3 0 0

Litargírio Sublimado 0 25 20 0 11 0 0 0 0 0

Vanox NBC 0 0 3 3 3 3 2 0 0 0

Dióxido de Titânio 0 0 0 0 0 0 0 35 35 0

Óxido de Cálcio 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0

Negro de Fumo N - 990 0 0 0 0 40 40 0 0 0 0

Negro de Fumo N – 762 40 3 40 50 40 40 50 0 0 3

Talco Industrial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 80

Caulim SAC 200 Z 0 80 0 0 0 0 50 50 50 0

Parafina clorada 40% 0 3 0 30 3 3 33 0 0 20

Cera de Poliet. AC-1702 0 0 0 0 3 3 3 0 0 0

Plast.Polim. Uniflex 330 0 0 0 0 30 15 0 0 0 0

Óleo de Soja Epoxidado 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0

Plastif. Aromático 0 15 0 0 0 0 0 0 0 0

Enxofre 1 0 0 2 0 0 0 1 0 0

TMTD (ou TETD) 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0

Tetrone A 0 2 0,75 0 1 1 1 0 0 0

Page 100: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

www.cenne.com.br Página 99

MBTS 0 0,5 0,5 0,5 1 1 1 0 0 0

HVA – 2 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0

VAROX DBPH – 50 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6

TAC (70%) 0 0 0 0 0 0 0 0 4 3,75

TABELA N º 12

ALGUMAS PROPRIEDADES DOS COMP. DAS FORMULAÇÕES DA TABELA N

º 11

Cód.

da

Form.

Vulcanização Dure

za

( 5)

SH-A

Tens

ão

de

Rup.

Mpa

Along

.

à

Rupt.

%

D.P.C

.

22 Ha

70 º

C %

APLICAÇÃO

Tempo

Min.

Temper

º C.

F1 30 153 75 25,6 230 31 Uso Geral

F2 15 160 70 14,8 520 41 Segurança no Processamento

F3 30 153 67 20,0 240 20 Resist. à água e ao calor

F4 10 160 60 17,2 340 - Uso geral

F5 6 160 70 14 230 35 Reistência ao Calor

F6 13 160 65 17 260 - Resistência ao Calor

F7 15 160 70 15,4 320 22 Sem Chumbo Resist. a Água

F8 30 153 77 17,6 440 40 Artigos de Cores Claras

F9 30 153 70 14 360 18 Peças Claras Baixo DPC

F10 20 160 63 7,00 430 27 Baixa D.P.C

Formulação de Referencia para Tintas Base Polietileno Clorosulfonado

Etapa N°1:- Composto “A”

Page 101: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

www.cenne.com.br Página 100

Matérias Primas phr

Hypalon 30 ( ou Hypalon 20 ) ------------------------------------ 100

Litargírio Sublimado -------------------------------------------------- 15

Resina Ester de Breu ------------------------------------------------- 3

Sílica Precipitada ------------------------------------------------------ 10

Dióxido de Titânio ----------------------------------------------------- 8

Pigmento Corante ------------------------------------------------------ 2

------

138

Misturar estes ingredientes perfeitamente em Misturador Aberto.

Etapa N°- 2:- Composto “B”

Composto ―A‖ ---------------------------------------------------------- 138

Solvente MEK ---------------------------------------------------------- 80

Solvente Tolueno ---------------------------------------------------- 160

Solvente Xilol ---------------------------------------------------------- 160

----------

538

Misturar perfeitamente os ingredientes Etapa N°- 2, produzindo o Composto ―B‖.

Este processo de mistura deverá ser feito em Misturador de Hélices ( Diluidor ),e

durante aproximadamente 20 horas.

Etapa N°- 3:- Composto “C”

Etileno Tiurea N.A – 22 ------------------------------------------------ 1

DOTG ----------------------------------------------------------------------- 2

Page 102: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

www.cenne.com.br Página 101

Solvente Tolueno -------------------------------------------------------- 10

--------

13

Misturar estes ingredientes, Composto ―C‖, perfeitamente em Misturador de Hélices

durante aproximadamente 5 horas até total dissolução.

Etapa N°- 4:- Procedimento de Preparação da Tinta

Composto ―B‖ ----------------------------------------------------------- 538

Composto ―C‖ ------------------------------------------------------------ 13

---------

Total 551

Misturar o Composto ―B‖ com o Composto ―C‖ em Misturador de Hélices durante

aproximadamente 40 minutos.

Após esta Etapa N°-4, a tinta estará pronta para aplicação, por pincel, rolo, ou

pistola ( neste caso ajustar a viscosidade através de solventes ).

É muito importante que o substrato onde será aplicada a tinta esteja perfeitamente

limpo e desengraxado.

Depois de aplicada a tinta sobre a superfície do substrato, o conjunto deverá ser

colocado em estufa com circulação de ar e à temperatura de 130° C, durante

aproximadamente 40 minutos para que ocorra a cura da tinta.

Conclusão:-

Page 103: Borracha de polietileno cloro sulfonado - Hypalon

www.cenne.com.br Página 102

Acreditamos que com as informações contidas neste texto seja possível o

esclarecimento de diversas dúvidas que normalmente ocorrem na oportunidade de

indicação desta família de polímero para produção de artefatos técnicos em

borracha de alta performance. Lembramos diante – mão que as poucas linhas

acima descritas e as informações nelas contidas, estão muito longe de esgotar o

assunto, mesmo porque, trata-se quase de uma ciência em constante evolução, em

que a cada dia encontramos histórias de casos com singular sucesso. Nosso

principal objetivo, na realidade é somente de compartilhar estas informações com

nossos colegas tecnologistas interessados.

Bibliografia:-

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- R.E. Brooks, D.E.Strain, and A.. McAlevy, India Rubber World 1953,

- M.A. Smmok, I.D.Roche, W.B. Clark, and O.G.Youngquist, India Rubber World 1953

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- Fluid Resistance of Liners and Covers Based on Hypalon Tech. Inf. DuPont 1996,

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