Bradesco Auto-laudo Pericial

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  • RICARDO PASSOS VIEIRA, - Engenheiro Civil, CREA/GO 3914/D.

    Residncia / Escritrio: Rua 2, n. 170, Flat n. 805, Setor Oeste GOINIA-GO. CEP. 74.110-130. - [email protected]

    Fones: (62) 3096 1300, ramal 805 / Celular: 9243 9422.

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    EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 3 VARA CVEL, DA COMARCA DE GOINIA-GO.

    Protocolo n.: 200904992270 N. CNJ: 499227-98.2009.8.09.0051. Autos n.: 123/2010. Requerente: BRADESCO AUTO /RE COMPANHIA DE SEGUROS. Requerido: CELG DISTRIBUIO S/A. Natureza: Indenizao.

    Ricardo Passos Vieira, Engenheiro Civil /Perito, suficientemente qualificado nos Autos em referncia, vem Digna presena de Vossa Excelncia para apresentar o LAUDO TCNICO determinado, como abaixo se consigna.

    DILIGNCIAS PERICIAIS

    1. O assistente tcnico da Requerida, informado s fl.s 223 dos Autos, Sr. Srgio Ribeiro Silva, engenheiro eletricista, domiciliado profissionalmente na Rua 2, n 505, Qd., A-37, DT-COD, Edifcio Gileno Godi, Jardim Gois, Goinia/GO, fones (62) 3243-1331 / (62) 9971-0343, NO foi encontrado. Por informao do Engenheiro Alan, que agora atende ao telefone celular mvel (62) 9971-0343, o engenheiro eletricista Srgio Ribeiro Silva no mais trabalha na CELG.

    2. Em pesquisa aos profissionais do CREA-GO, foi encontrado o nome do engenheiro eletricista, carteira n. 12018/D-GO e registro nacional n. 1001928822, porm sem nenhuma informao de endereo de contato.

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    3. Contacto realizado com o Dr. Luiz Henrique Teles, atual Gerente de Operaes, lotado na COD, da CELG DISTRIBUIO, Rua 2, n. 505, Qd., A-37, DT-COD, Edifcio Gileno Godi, Jardim Gois, Goinia/GO, ao qual foi entregue cpia digital dos Autos, os mesmos que foram folheados, na tela do monitor do computador de uso daquele tcnico, enquanto discutiram-se as matrias ali encerradas, referentes s possveis causas dos danos eltricos aos equipamentos objeto desta Percia.

    FATOS NARRADOS PELA AUTORA

    4. No dia 07/04/2009, por volta das 20:00 horas, ocorreu uma queda brusca de energia eltrica, (pico de tenso) na regio do prdio segurado, o que, segundo a Autora, provocou a queima de aparelhos eletro-eletrnicos da COOPERATIVA MISTA DE PRODUTORES RURAIS DO VALE DO PARANABA AGROVALE.

    5. A localizao do sinistro se deu Av. Garibaldi Teixeira, n. 153, Centro, Quirinpolis, Gois. (Fotos do local s folhas 51 a 53 dos Autos).

    6. Os aparelhos danificados foram:

    01 (uma) Central Telefnica DIGISTAR XT 200, com 88 ramais; 01 (uma) Impressora HP 1510; e 02 (duas) Unidade Central de Processamento CPUs.

    7. Fotografias dos aparelhos sinistrados s folhas 54 a 69, igualmente autuadas. Consta das notas fiscais, uma de n. 007458, da MERCATEL, datada de 04/09/2003, os componentes da Central Telefnica, esses s fl.s 70; bem assim, uma nota fiscal do fornecedor MERTINS, constando 01 (uma) Impressora HP 1510 e Unidade Central de Processamento CPUs, s folhas 71, destes Autos.

    8. Ainda, sob a narrativa da Requerente, a ocorrncia do sinistro foi avisada Autora, no dia 15/04/09, conforme expediente da COMDATA.

    9. E, a partir de 17/04/09 a Seguradora designou a ETS ENGENHARIA TCNICA E SERVIOS DE SEGUROS para vistoria do equipamento danificado e para os primeiros levantamentos de custos financeiros da respectiva recuperao.

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    10. Avaliaes realizadas por referida empresa especializada, que chegou a concluso acerca da causa determinante da queima dos citados equipamentos eletrnicos, apontando como fato gerador do sinistro quedas de energia.

    11. Referidas causas do sinistro foram ratificadas pela empresa encarregada dos reparos tcnicos aos aparelhos.

    CONTRAPOSIES DA REQUERIDA

    12. A empresa COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DO VALE DO PARANABA AGROVALE titular da unidade consumidora de n. 800678-90, localizada Av. Garibaldi Teixeira, n. 153, em Quirinpolis-GO, qualificada como Grupo de Consumidores B.

    13. A CELG DISTRIBUIO S/A CELG D, por intermdio de seu advogado, exps que o sistema de energizao, que utiliza automtico, ou seja, registra, automaticamente, a ocorrncia de qualquer sobretenso de corrente eltrica, na rede de transmisso, que liga as unidades consumidoras.

    14. Em que pese ter sido alegada que a causa dos danos aos equipamentos foi a ocorrncia de um pico de tenso na rede de energia, consultado o sistema de energizao da empresa, segundo a Requerida, inexistiu qualquer indcio de sobrecarga e/ou variao de tenso que pudesse ocasionar a queima de aparelhos eletrnicos na unidade consumidora reclamada.

    15. E que, no consta nenhuma ocorrncia na relao de interrupes no fornecimento de energia eltrica, na unidade consumidora da empresa AGROVALE, durante todo o ms de abril/2009.

    OBJETO DA PERCIA

    16. O objetivo desta Percias o de "aferir se houve pico de tenso na rede da R, data e local dos fatos, bem como a causa dos danos -queima de aparelhos- e em quais aparelhos" pode ter ocorrido, conforme respeitvel despacho s fl.s 159 destes Autos.

    MTODOLOGIA APLICADA

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    17. Observados os elementos e dados disponibilizados nos Autos e coletados novos, via telefone e "Internet", produzindo laudo o mais conciso possvel, trazendo exposio objetiva e eficaz, com o mnimo de folhas de papel.

    ESTUDOS E ANLISES

    18. Na Carta de Aviso, de folhas 45 destes Autos, a empresa Segurada informou o sinistro ocorrido por raio, na sede daquela AGROVALE, no endereo citado, descritas as providncias tomadas.

    19. No relato consta que estava chovendo muito, por volta das 20:00 horas do dia 07/04/2009, com a queda de raios, que danificaram os equipamentos pr-falados.

    20. Em pesquisa realizada no stio de Internet, do INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA, na data de 13/07/13, no endereo www.inmet.gov.br/portal/, tendo como atributos a precipitao, umidade relativa mdia e velocidade mdia do vento, na Estao de n. 83470, localizada na cidade mais prxima, Rio Verde-GO, em operao na data de 07/04/2009, houve precipitaes naquele dia, indicando que o tempo estava chuvoso e mido (Documento anexo n. 03, Anexo I).

    21. Na pgina encontrada no endereo www.inpe.br/webelat/homepage/menu/infor/ranking.de.municipios.php apresentado o ranking da incidncia de descargas atmosfricas por municpios, para todo o Brasil, com base nos dados de sensor orbital disponvel do INPE INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, que levam em conta uma srie de correes, o que permitiu estimativa confivel da distribuio espacial dos relmpagos, em especial sobre a cidade de Quirinpolis-GO, com considervel incidncia de raios no ano de 2009 (Documento anexo n. 04, do Anexo I).

    22. Referidas informaes, por si s, no compreendem dados irrefutveis da queda de raios na cidade de Quirinpolis-GO, muito menos prximo ao endereo da Cooperativa, mas simplesmente indicam tempo chuvoso e mido, suscetvel a descargas atmosfricas, na data do sinistro.

    23. No Laudo Tcnico disposto s folhas 72 destes Autos, o profissional Welton Ferreira da Silva, inscrito no CREA-GO sob o n. 10335/TD-GO, informou que o equipamento PABX, da marca DIGISTAR, modelo XT-200 apresentou a fonte, a placa base e 15 (quinze) posies aleatrias de ramais, nas placas de ramais danificadas. E que, a queima dos componentes eletrnicos ocorreu devido uma

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    sobretenso, geralmente ocasionada por oscilaes de tenso ou descargas eltricas, pois os vestgios encontrados nas placas eletrnicas comprovaram isso.

    PABX XT 200

    24. Apresentado s folhas 73, como causa pelo dano ocorrido na placa base da central telefnica tipo PABX XT 200, uma sobretenso na alimentao eltrica do aparelho, na lavra do tcnico Welton Ferreira da Silva, CREA 10335/TD-GO.

    25. So componentes cotados da Central de Comunicao Digistar, com funes de sistema PABX e KS CPA, modelo XT 200, pelo fornecedor INFOTEC s fl.s 75 destes Autos: entroncamento digital proporcionado pela Placa Feixe E1, Placa ramal 12 e Placa de Gerenciamento (fl.s 76 96). Ainda, o mesmo fornecedor, PABX-CPA Digistar XT-200 v6, acompanhada de Placa Tronco E1, Placa de Gerenciamento, Placa Ramal 12, placas troco 8 e 4.

    26. A proposta de fornecimento da MERCATEL, s fl.s 97 /98, reza Central telefnica marca Digistar, modelo XT-200, equipada com PABX-CPA Digistar XT-200 (v6), Tronco digital E-1, Tronco analgico, Ramais analgicos, Placa de gerenciamento e superviso, Correio de voz, Disa e Modem.

    Impressora HP PSC 1510

    27. No Laudo Tcnico apresentado s fl.s 74 dos Autos, o eletrotcnico Darci Dias de Oliveira, escreveu que a impressora do fabricante HP e modelo PSC 1510 apresentava a fonte e a placa CPU queimadas. E que, a queima dos componentes eletrnicos da referida impressora se deram devido a uma variao brusca de tenso, que acontece, geralmente, por oscilao energtica na eltrica.

    28. O documento de fl.s 102 indica que a Impressora HP PSC 1510 no estava ligando, no qual foi apresentado o preo das peas e materiais relacionados Fonte de alimentao e a Placa CPU queimadas.

    Computadores

    29. Apontadas 02 (duas) Fontes ATX 500, pela SHOPTEC INFORMTICA, s fl.s 100/101.

    INTERRUPO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELTRICA

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    30. Consultado o sistema de energizao da empresa CELG D, no Relatrio Mensal DIC FIC, da localidade 8 Quirinpolis-GO, do ano de 2009, do consumidor 80067800 COOPERATIVA MISTA P. V. PARANABA LTDA., s fl.s 144 dos Autos.

    31. A qualidade da energia eltrica avaliada, referentemente, tanto qualidade do produto, quanto qualidade do servio prestado pela concessionria. A qualidade do produto avaliada por intermdio da verificao de tenso de fornecimento medida em comparao aos valores de referncia. E, para avaliar a qualidade do servio prestado so utilizados os "indicadores de continuidade do servio prestado", com base nos aspectos referentes durao, frequncia e os "indicadores de tempo de atendimento s ocorrncias emergenciais".

    Interrupes no Fornecimento de Energia Eltrica

    32. Sobre este assunto, importa informar que os sistemas areos de distribuio de energia eltrica, em face de suas caractersticas, esto sujeitos ao de fatores alheios ao controle da distribuidora, o que torna algumas interrupes inevitveis.

    33. Eventuais faltas no fornecimento de energia eltrica tm seus limites estabelecidos pela frequncia e durao de interrupes, numa unidade consumidora ou no conjunto ao qual ela pertence. Lembram-se que, nem sempre, a falta de energia pode ser atribuda m qualidade de fornecimento da distribuidora, uma vez que os sistemas das concessionrias de gerao e de transmisso, tambm, esto sujeitos a ocorrncias fora do seu controle.

    34. Para regulamentar a questo, os Procedimentos de Distribuio de Energia Eltrica no Sistema Eltrico Nacional - PRODIST, aprovados pela Resoluo n 345/2008 e alterados pela Resoluo n 395/2009, definem, em seu Mdulo 8, os indicadores de continuidade do servio prestado, a serem observados pelas distribuidoras, com base em indicadores especficos, denominados DEC (Durao Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora) e FEC (Frequncia Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora), referentes a cada conjunto (regio) considerado. Por meio do DEC /FEC, que so ndices gerais, possvel verificar a situao da continuidade do servio prestado pela distribuidora.

    35. O Mdulo 8 do PRODIST define, ainda, os indicadores individuais DIC (Durao de Interrupo por Unidade Consumidora), FIC (Frequncia de Interrupo por Unidade Consumidora) e DMIC (Durao Mxima de Interrupo Contnua por Unidade Consumidora). Estes indicadores informam, respectivamente, o tempo, o

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    nmero de vezes e o tempo mximo que uma unidade consumidora ficou sem energia eltrica, durante um perodo considerado (ms, trimestre ou ano).

    36. As distribuidoras so obrigadas a informar, na fatura de energia eltrica, os valores mensais de DIC, FIC e DMIC verificados na ltima apurao, os quais permitem ao consumidor o acompanhamento dos limites de continuidade do fornecimento de energia eltrica estabelecidos para sua unidade consumidora. Na hiptese de ter havido a ultrapassagem dos limites, o consumidor receber, a ttulo de compensao, um crdito na fatura de energia eltrica do ms subsequente ao da apurao, no valor referente ao indicador que apresentar a maior violao.

    Dispositivos de Proteo

    37. O Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Primria de Distribuio e Secundria encontram-se dispostos nos itens 2 e 3, do ANEXO II a este laudo.

    38. O ramal de entrada, a proteo de toda unidade consumidora, proteo geral de tenso contra sobrecorrentes, a sobretenses, proteo contra falta de fase e subtenso, aterramento e equipotencializaco principal foram trazidos no item 2, do Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Primria de Distribuio.

    39. Quanto ao Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Secundria de Distribuio, apresentadas as principais consideraes no item 3, do ANEXO II, so as condies gerais de fornecimento, em que se apresentam as tenses de fornecimento e os tipos de atendimento em tenso secundria, as categorias de atendimento e limitaes, por fim os dispositivos aplicados para proteo, sendo proteo geral baixa tenso (BT), proteo contra sobretenses transitrias, que determina a proviso da instalao consumidora por dispositivo de proteo contra surtos (DPS).

    Variao na Qualidade da Energia Fornecida

    40. Em que pese ter sido alegada que a causa dos danos aos equipamentos foi a ocorrncia de um pico de tenso na rede de energia, existiram indcios de sobrecarga e/ou variao de tenso que pudesse ocasionar a queima de aparelhos eletrnicos na unidade consumidora reclamada, no no ms de abril /2009, mas nos meses antecedentes de janeiro a maro de 2009, com uma FIC (freqncia de interrupo individual) 06 (seis) vezes e de 16 vezes o ano todo de 2009, conforme o documento de fl.s 144 dos Autos.

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    41. Levando em conta que nos meses de abril a julho de 2009, houve 01 (uma) uma nica interrupo do fornecimento de energia eltrica para aquela unidade, justamente no perodo de seca e, portanto, menor ocorrncia de chuvas, percebe-se que a maior parte da falta de energia, que pode causar sobre-tenso na rede de alimentao daquele cliente, foi causada por queda de raios e suas conseqncias (mesmo documento de fl.s 144).

    42. Verificando a DIC (durao de interrupo individual) daquela unidade consumidora, no mesmo documento de fl.s 144, os intervalos de tempo em que ocorreram descontinuidade da prestao de servio, durante os meses daquele ano foi superior a 0,15 horas ou 9 minutos.

    43. Com tantas interrupes de fornecimento, durante o ano de 2009, certo que os danos aos sistemas eltricos da AGROVILE foram muito pequenos, o que indica ser bastante protegido e seguro o sistema de abastecimento eltrico da Requerida.

    44. Percebe-se, ainda, que os meses em que ocorreram interrupes de maior durao foram aqueles com maior intensidade de chuvas, quais sejam janeiro a maro e agosto a novembro, devido ao perodo exigido para reparaes de danos causados por raios, entre outros fatores possveis, o que leva maior tempo que pequenos reparos.

    45. E que, no consta nenhuma ocorrncia na relao de interrupes no fornecimento de energia eltrica, na unidade consumidora da empresa AGROVALE, durante todo o ms de abril/2009.

    46. No Relatrio de Interrupo por Consumidor, documento de fl.s 148, com incio em janeiro e trmino em dezembro /2009, referente COOPERATIVA MISTA P. V. PARANAIBA LTDA., predominam descries de causas de descargas atmosfricas.

    47. Existiram, ainda, outras causas de interrupes do fornecimento de energia eltrica, como manobras para a normalizao dos sistema fornecedor, manutenes em equipamentos componentes, defeitos, desconexes ou desarmamentos prprios dos dispositivos de segurana dos equipos, etc.

    48. Veja que, todas as causas focalizaram a interrupo do fornecimento de energia eltrica. Mas as principais causas da queima de equipamentos se d enquanto em funcionamento, por variaes bruscas de tenso, sem o desligamento ou o desarmamento do sistema enquanto ligado.

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    49. Muitas causas de danos a aparelhos eltricos e eletrnicos se do depois de uma interrupo, no exato momento em a energia religada, em que a tenso sobe um pouco acima da normal, estabilizando-se, em seguida, acontecendo, algumas vezes, a queima de equipamentos.

    HIPTESES

    50. Antes de chegar s tomadas, a energia eltrica percorre longas distncias e sofre alteraes em suas caractersticas. Embora os sistemas de gerao, transmisso e distribuio sejam projetados, para oferecer energia eltrica ininterruptamente, a enorme quantidade de usurios e equipamentos conectados mesma rede, somada falta de manuteno em cabos e transformadores, podem gerar curtos-circuitos, blecautes, surtos e oscilaes de tenso da corrente eltrica.

    51. Distrbios no fornecimento de energia da rede da concessionria, mesmo imperceptveis para o ser humano, podem causar danos a equipamentos eletroeletrnicos, estejam eles energizados ou no, simplesmente por estarem conectados tomada.

    52. As redes eltricas provenientes da Concessionria fornecem energia com tenso de 220 volts (v), em corrente alternada. Os computadores e outros equipamentos eletrnicos recebem essa tenso, mas seus componentes internos, contudo, operam sob tenses entre 3 v e 12 v, em corrente contnua. Para que esse suprimento seja fornecido adequadamente, os equipamentos informatizados possuem uma fonte de alimentao que faz a transformao necessria para o abastecimento de cada componente. (Maiores detalhes no Documento anexo n. 05).

    53. Essas fontes foram projetadas para receber a energia eltrica da rede da concessionria dentro de um determinado intervalo suportvel de tenso. Variaes bruscas podem acarretar problemas simples em um equipamento computadorizado, em funcionamento, como travamento dos comandos, oscilaes nas telas de visualizao e monitores de vdeo, ou prejuzos mais graves, como a queima de computadores e perifricos.

    54. Tais variaes podem ser de vrios tipos: sobretenso (elevao brusca dos nveis de tenso), subtenso (diminuio brusca nos nveis de tenso), tenso transiente (pequena variao de tenso devido ao acionamento de outros aparelhos eltricos na mesma rede), quedas de tenso (falta de energia por tempo prolongado) e pico de tenso (variaes elevadas nos nveis de tenso por curtos perodos).

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    Instalaes Locais

    55. As instalaes locais podem apresentar instabilidades na corrente, o uso de diversos equipamentos ligados simultaneamente numa estrutura inapropriada.

    56. A diversidade de estabilidade nas instalaes eltricas encontradas no Brasil, numa determinada regio, cidade, bairro ou localidade possvel observar as variaes.

    57. Instalaes eltricas inadequadas, tais como: fiao mal dimensionada para o tipo de tenso exigida, com o que os fios podem aquecer demasiadamente e at entrar em combusto e curto-circuito; falta de aterramento, que, tambm, pode ocasionar falhas no funcionamento de eletrnicos.

    58. As fotografias de fl.s 51 a 53 e 68, 69 mostram condies normais das ligaes rede de fornecimento da Requerida, bem assim as instalaes eltricas do edifcio da Consumidora, sem indcios de uso de diversos aparelhos ligados, ao mesmo tempo, em rede eltrica interna inapropriada.

    59. Alm do mais, de acordo com a descrio dos tcnicos incumbidos da reparao dos equipamentos, esses funcionaram por longo tempo, at o ponto de encontrarem-se em operao mesmo depois de terem deixado de ser fabricados, tornando-se mais cara a troca de peas que a substituio por equipamentos mais modernos e de menor custo, como cada vez mais comum, na atualidade.

    Fatores Externos

    60. Fatores externos podem contribuir para aumentar ou no o risco de ter equipamentos eletrnicos danificados por uma variao na corrente eltrica. Variaes no abastecimento so fatores que interferem para aumentar a probabilidade ter equipamentos danificados.

    61. Portanto, as 02 (duas) possibilidades de ter causado o sinistro, com a ocorrncia de sobretenso na rede eltrica que abastece o edifcio sede da cooperativa AGROVALE e a consequente queima dos componentes eletrnicos desse, como dos demais aparelhos, foram: a uma) oscilao de tenso; a duas) descarga eltrica.

    Descarga Atmosfrica

    62. Os vestgios encontrados nas placas eletrnicas comprovaram que ocorreu a queima dos componentes eletrnicos do aparelho avariado, devido a ocorrncia de

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    sobretenso na rede eltrica que abastecia o edifcio sede da cooperativa AGROVALE.

    63. A natureza dos danos registrados nas fotografias 54 a 69 mostram danos leves, o que afasta a possibilidade do sinistro ter tido causa, por um raio originado de descarga atmosfrica, que tenha atingido a rede eltrica.

    Oscilao de Tenso de Fornecimento

    64. Restou, pois, a possibilidade da ocorrncia de oscilao na tenso, via da rede eltrica de alimentao dos aparelhos.

    65. Diversos estudos encontrados em materiais bibliogrficos, a elevao da tenso ou sobretenso eltrica causada por mudanas de carga ou falhas na rede fornecedora, bem como apontam como efeitos danos aos equipamentos eltricos (Demonstrativo n. 01, do Anexo II).

    66. Como causas da variao de tenso so, comumente, detectadas falhas como:

    Energizao e desenergizao de cargas elevadas, de capacitores; Curtos-circuitos (fase-terra), na mesma linha; Dispositivos de regulao de tenso.

    Variao de Tenso de Curta Durao

    67. Variao de tenso de curta durao pode ocorrer por um decrscimo ou acrscimo de tenso, por um perodo entre 0,5 ciclo e 1 minuto.

    68. Como causas mais comuns de variao de tenso de curta durao, tem-se:

    Curto circuito fase-terra; Condutores danificados, com fuga de energia; Energizao ou desenergizao de carga de elevada potncia; Acionamento ou desacionamento de banco de capacitores; Gerao instvel (gerador, UPS, etc.); Atuao de reguladores de tenso; Induo por descargas atmosfricas.

    69. Como principais efeitos de variao de tenso de curta durao, citam-se:

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    Sobretenso nos equipamentos, que podem sofrer danos como queima de circuitos eletrnicos, exploso de capacitores por sobrecarga, entre outros efeitos;

    Acionamento inesperado de dispositivos de proteo, como fusveis, disjuntores, reles de sobre-tenso, etc.;

    Perda de dados em dispositivos de armazenamento de informtica; Impacto econmico por interrupo na produo.

    Dispositivos de Proteo

    70. Como forma de evitar variao de tenso de curta durao, nos equipamentos eltricos, as redes devem ser dotadas de separao dos circuitos, eliminados os efeitos causadores, instalados condicionadores de energia, bem como usados dispositivos de proteo contra sobretenso.

    71. (Distrbios da energia eltrica. - Variao de tenso. Eng.o Eletricista Edson Martinho. - LAMBDA CONSULTORIA / ABRACOPEL. [email protected]. Eng.o Eletricista Hilton Moreno.

    72. Percebeu-se que todas as possibilidades de falhas levam a problemas ocorridos na rede de fornecimento de energia eltrica, da concessionria para o consumidor final.

    Tempo de Uso dos Equipamentos

    73. A queima dos equipamentos sinistrados se deu ao mesmo tempo o que descarta a possibilidade de ocorrncia de curto-circuito em funo do tempo de uso dos mesmos.

    CONCLUSO

    74. Conforme apurado por intermdio deste trabalho tcnico, aferiu-se que houve pico de tenso na rede da R, Av. Garibaldi Teixeira, n. 153, Centro, Quirinpolis, Gois, no podendo ser precisada a data e hora exatas em que tenha ocorrido, tendo como causa determinante dos danos eltricos nos componentes eletrnicos dos equipamentos segurados, sobrecarga eltrica proveniente de descarga atmosfrica, no absorvida por aterramento do edifcio, que resultou na -queima de aparelhos- designados como: 01 (uma) Central Telefnica

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    DIGISTAR XT 200, com 88 ramais; 01 (uma) impressora HP 1510; e 02 (duas) Unidade Central de Processamento CPUs.

    Este Perito se dispe a esclarecimentos, to logo determinados.

    Nestes termos pede e espera ACOLHIDA.

    Goinia-GO, 23/09/2013.

    RICARDO PASSOS VIEIRA Engenheiro Civil /Perito

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    ANEXOS

    ANEXO I

    DOCUMENTOS ANEXOS

    1. Anotao de Responsabilidade Tcnica do profissional, - Engenheiro Civil, Ricardo Passos Vieira, - inscrito no CREA-GO sob o n. 3914/D, - referente a anlise de efeitos em rede eltrica domiciliar de edifcio.

    2. Anotao de Responsabilidade Tcnica do profissional nominado, qualificado e que assina ao final do documento referente a anlise de componentes eltrico-eletrnicos de computao e transmisso de dados.

    3. Resultados de pesquisa de precipitao, umidade relativa mdia e velocidade mdia do vento, na Estao de n. 83470, localizada na cidade de Rio Verde-GO, no stio de Internet, do INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA, na data de 13/07/13.

    4. Ranking da incidncia de descargas atmosfricas por municpios, disponibilizado pelo INPE INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, com incluso de cidade de Quirinpolis-GO.

    5. Relatrio Tcnico de Informtica. Funcionamento de equipamento de informtica. Afetamentos pela alimentao de energia eltrica. Interpretao dos danos aos componentes internos. Concluso.

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    1. Anotao de Responsabilidade Tcnica do profissional, - Engenheiro Civil, Ricardo

    Passos Vieira, - inscrito no CREA-GO sob o n. 3914/D, - referente a anlise de efeitos em

    rede eltrica domiciliar de edifcio.

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    Substituir esta folha pela ART do profissional de Engenharia Civil.

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    2. Anotao de Responsabilidade Tcnica do profissional nominado, qualificado e que assina ao final do documento referente a

    anlise de componentes eltrico-eletrnicos de computao e transmisso de dados.

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    Substituir esta folha pela ART do profissional de Engenharia de Computao.

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    3. Resultados de pesquisa de precipitao, umidade relativa mdia e velocidade mdia do vento, na Estao de n. 83470, localizada na cidade de Rio Verde-GO, no stio de Internet, do INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA, na data de 13/07/13.

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    4. Ranking da incidncia de descargas atmosfricas por municpios, disponibilizado pelo INPE INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, com incluso de

    cidade de Quirinpolis-GO.

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    5. Relatrio Tcnico de Informtica. Funcionamento de equipamento de

    informtica. Afetamentos pela alimentao de energia eltrica. Interpretao dos danos

    aos componentes internos. Concluso.

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    RELATRIO TCNICO DE INFORMTICA

    Relatrio Tcnico de Informtica. Funcionamento de equipamento de informtica. Afetamentos pela alimentao de energia eltrica. Interpretao

    dos danos aos componentes internos. Concluso.

    Referncia: Protocolo n.: 200904992270 N. CNJ: 499227-98.2009.8.09.0051. Autos n.: 123/2010. Requerente: BRADESCO AUTO /RE COMPANHIA DE SEGUROS. Requerido: CELG DISTRIBUIO S/A. Natureza: Indenizao. 3 VARA CVEL, DA COMARCA DE GOINIA-GO.

    Introduo

    Sero abordados nesse relatrio possveis causas que possam danificar equipamentos eletro-eletrnicos, com foco nos equipamentos de informtica e telecomunicao informados anteriormente.

    Funcionamento de equipamento de informtica.

    Fonte de Alimentao

    por intermdio das fontes de alimentao que ocorre o fornecimento de energia eltrica aos diversos componentes de um computador.

    A funo da fonte receber a tenso fornecida pela rede eltrica alternada (normalmente de 110 ou 220 volts) e transformar em uma corrente contnua que atenda as necessidades de cada dispositivo interno do computador, ou seja, em 3,3v, 5v ou 12v. So tambm chamadas de fontes chaveadas por fazerem a converso de tenso alternada (AC) para tenso contnua (DC). Alm de trabalhar tambm como estabilizador, atenuando os picos de energia na rede eltrica.

    Cada dispositivo conectado ao computador consome uma determinada tenso e a capacidade de fornecimento de energia eltrica varia entre os diversos tipos de fontes.

    Placa da CPU

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    Placas eletrnicas de gerenciamento e processamento de um sistema computadorizado.

    Afetamentos pela alimentao de energia eltrica.

    Os problemas de energia eltrica so as maiores causas de defeitos nos computadores e na perda de dados. Surtos, quedas de tenso, blackout, etc.: O que acontece ao computador quando submetido a algum problema na rede eltrica ?

    Um raio que caia na proximidade, por exemplo, poder gerar um pico de tenso que atravessar, imediatamente, a fiao, rede, linhas telefnicas e outros meios de transmisso de energia eltrica. O denominado pico de tenso entrar, ento, nos equipamentos computadorizados, por meio da rede eltrica, linha telefnica ou de dados da rede, podendo vir a danificar partes internas importantes, como placa de rede, placa-me, disco rgido e outros componentes.

    Normalmente, em casos assim, o sistema de distribuio de energia desconectado, causando quedas de tenses e cortes de energia, devido a proteo existente contra sobre-tenses. Se a tenso cair o bastante ou completamente, poder ocorrer uma pane nos discos do sistema e nos perifricos, destruindo os componentes eletrnicos. A proteo dos equipamentos eletrnicos e computadores contra problemas na energia eltrica fornecida de primordial importncia.

    Principais tipos de problemas encontrados na rede eltrica e suas consequncias:

    Subtenses: Tambm conhecidas como quedas de tenso, as sub-tenses so diminuies,

    por curto perodo, dos nveis de tenso. Esse tipo de problema o mais comum, abrangendo mais de 85% de todos os

    tipos de problemas de energia eltrica. Normalmente, as sub-tenses so causadas pelas exigncias de energia na

    inicializao de equipamentos eltricos, tais como: mquinas, elevadores, motores, compressores, ar condicionados, mquinas de solda, etc. Ao serem ligados, esses equipamentos consomem grande quantidade de energia, roubando dos demais instalados.

    Em dias quentes, principalmente nos veres, quando os sistemas de ar condicionados atingem os maiores nveis de uso, ou nos horrios do incio da noite, quando, a maioria, dos chuveiros eltricos so ligados, esses so os momentos de maior probabilidade de ocorrer sub-tenses.

    Efeitos causados: Uma queda de tenso pode drenar a energia, que um equipamento

    computacional necessita para funcionar e causar dano ou comprometimento de determinada parte do equipamento.

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    Blackout: Blackout a perda total de energia, tambm conhecida como "apago".

    Blackouts, geralmente, so causados por demanda excessiva de energia na corrente eltrica, ainda a incidncia de raios, durante tempestades, acidentes, etc.

    Principais efeitos: Perda do trabalho no armazenado, nos meios de armazenamento fixos do

    computador. A tabela de alocao de arquivos, (FAT), pode ser perdida, ocasionando a perda total dos dados e informaes armazenadas no disco rgido.

    Sobre-tenso ou Pico de Tenso: Aumento instantneo de tenso, normalmente, causado por um raio nas

    proximidades da instalao. Ou ainda, pela prpria companhia de energia eltrica, quando essa retorna com o fornecimento, aps interrupo.

    Um pico de energia ou sobre-tenso pode penetrar em equipamentos eletrnicos, atravs da linha de energia eltrica alternada (AC), conexes de rede, linhas seriais ou telefnicas e danificar ou destruir completamente seus componentes.

    Efeitos danosos: Podem causar danos catastrficos ao equipamento, como queima de partes e peas, bem como perda de dados.

    Surto: Um aumento de voltagem, por um curto espao de tempo, durando, pelo menos,

    1/120 de um segundo. Aparelhos de ar condicionados, equipamentos eltricos e outros podem causar tal surto eltrico. Quando o equipamento desligado, a tenso extra dissipada pela linha de energia eltrica. Os computadores e outros dispositivos eletrnicos so projetados para receber energia eltrica numa determinada faixa de tenso. Nveis acima dessa faixa permissvel podem estressar componentes mais delicados, provocando falhas prematuras no equipamento.

    Rudo: Conhecido como Interferncia Eletro-magntica EMI e Interferncia de Rdio

    Frequncia RFI, o rudo eltrico quebra a suavidade da onda de energia eltrica fornecida, esperada como do tipo senoidal. Causado por diversos fatores, tais como raios, partida de motores, equipamentos industriais, transmissores, etc.

    Os rudos eltricos podem ser intermitentes ou constantes. Efeitos causados: Rudos podem produzir erros em arquivos, dados e programas executveis.

    Problemas de Energia Eltrica em Redes de Computadores

    A grande maioria das redes de computadores atuais trabalha com altas taxas de transmisso, agregando equipamentos com grande complexidade de hardwares e

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    softwares. Todos os equipamentos dependem do fornecimento de energia eltrica de boa qualidade para funcionarem. A disponibilidade da energia, a qualidade das instalaes, do aterramento e possveis fontes de interferncia so fatores determinantes para o correto funcionamento da rede como um todo.

    Qualidade da Energia Eltrica

    Inicialmente, deve ser considerado, que a energia eltrica recebida est, normalmente, sujeita a instabilidades, oscilaes, surtos e transientes. Isto ocorre devido a alteraes na demanda de consumo, em parte devido ao projeto do prprio sistema e em parte pela converso da energia alternada (AC) para uso pelos dispositivos eletrnicos ligados a ela.

    Alm dos problemas ocasionais, que podem ter origem no fornecimento da energia eltrica (oscilaes de tenso, apages, etc.), h a possibilidade da ocorrncia de distrbios eltricos de alta intensidade e de curta durao provenientes de descargas atmosfricas (raios) ou mesmo de motores eltricos (elevadores, ar condicionado, etc.), extremamente prejudiciais aos equipamentos da rede de computadores conectados nas tomadas da rede eltrica.

    Outro fator muito importante de interferncia, decisivamente, na qualidade da energia eltrica o aterramento. A grande maioria dos equipamentos e acessrios de conexo das redes de computadores utiliza uma ligao terra como referncia, para a qualidade dos sinais de dados, bem como para a segurana dos usurios.

    Alm dos danos conhecidos pela falta de aterramento como queima de equipamentos, choques eltricos, entre outros, deve-se considerar, que os transientes de energia podem ocorrer de modo bidirecional, ou seja, eles podem fluir do equipamento para a terra e vice-versa, o que pode vir acarretar falhas em outras partes da rede.

    (Jos Maurcio Santos Pinheiro, Professor Universitrio, Projetista e Gestor de Redes, membro da BICSI, Aureside e IEC. Artigo publicado em 12/02/2006. - Autor dos livros: Guia Completo de Cabeamento de Redes; Cabeamento ptico; Infraestrutura Eltrica para Redes de Computadores; Biometria nos Sistemas Computacionais. - E-mail: [email protected]).

    Interpretao dos danos aos componentes internos dos equipamentos prejudicados.

    Nos Circuitos Chaveados, como no caso em tela, os componentes so interdependentes, o que faz com que uma oscilao em um deles, interfira no funcionamento dos demais, como um todo.

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    Quando ocorre uma baixa de tenso, dependendo da forma como ela retorna (formato e fora), pode chegar a danificar componentes fundamentais para o funcionamento dos aparelhos, causando a denominada queima de peas.

    As funes das fontes chaveadas de, independente da tenso de entrada (de 90 a 240 v, em sua grande maioria), fornecer uma tenso de sada regulada, linear e normalizada, para o correto funcionamento do equipamento.

    Nos casos em que so utilizados transformadores, esses so redutores no lineares de tenso e possuem tenso de sada diretamente depende da tenso de entrada, como no caso dos PABX, que ainda utilizam este tipo de fonte, por serem mais potentes e resistentes.

    De acordo as anlises dos relatrios fornecidos, foi possvel notar que o fornecimento de energia eltrica no alcanou 100% de efetividade e qualidade, apesar da CELG ter demonstrado esforos para minimizar todos os problemas ocorridos.

    Percebeu-se, mais, que o problema que afetou os equipamentos NO foi proveniente da rede telefnica, devido ao fato de, tambm, ter danificado equipamentos que independem de telefonia.

    Efetuadas outras anlises, as possibilidades e probabilidades detectadas foram:

    Variao e/ou insuficincia de tenso e/ou rudo na rede eltrica causam defeitos provenientes da falta de qualidade do fornecimento;

    Descargas atmosfricas causam subteno, se negativas, ou sobretenso, se positivas, que levam a danos que causam defeito nos equipamentos reguladores de tenso de entrada;

    Havendo uma descarga atmosfrica, encontrando-se o aterramento comprometido ou ausente so afetados, diretamente, os componentes ligados a rede de eltrica do edifcio.

    As fotos dos equipamentos danificados NO evidencia a utilizao de equipamentos de segurana /proteo, como nobreaks, estabilizadores e filtros de linha, o que deixou claro que NO houve medida preventiva do usurio da energia eltrica. Como comum, na grande maioria dos casos semelhantes, os usurios no se preocupam em instalar equipamentos de proteo e segurana, ficando, sempre, a merc de posterior correo dos problemas advindos.

    Os documentos analisados NO apontam para a utilizao de aterramento eficiente, para esses equipamentos, principalmente no caso da PABX, que no possui aterramento de fbrica.

    Em assim sendo, o que se pode afirmar, com base na documentao analisado, que a maior probabilidade de causas dos danos apresentados nos equipamentos foram de fatores internos tais como: a falta de aterramento e a falta de equipamentos de proteo e segurana, conforme demonstrado anteriormente.

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    Consequncias

    A melhor maneira para eliminar ou, pelo menos, minimizar os problemas de energia eltrica, em redes de computadores est na observncia das normas e recomendaes tcnicas e na abordagem das diversas variveis que afetam, diretamente, a sensibilidade dos equipamentos, aos distrbios eltricos.

    Evitando-se a propagao de correntes de surto pela rede eltrica, os gradientes de tenso podem ser controlados e a conectividade da rede poder ser mantida. Itens como o projeto eltrico, incluindo o sistema de aterramento, as interligaes entre os equipamentos da rede, a densidade de equipamentos na instalao e a configurao da rede devem ser considerados, bem como a correta utilizao de aparelhos e dispositivos de proteo, como supressores de transientes de tenso, filtros, sistemas alternativos de energia, etc.

    o relatrio.

    Goinia, 29/09/2013.

    ________________________________________

    Nome: NILVAM JNIO BORGES OLIVEIRA

    Registro profissional: CREA: 21295D-GO

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    QUESITAO

    Quesitos da Requerida, encontrados s fls. 222 224 dos Autos.

    1. Qual a equipe tcnica responsvel pela realizao dos testes /ensaios nos equipamentos danificados ? Quais os procedimentos realizados pelos tcnico que os levaram a concluir que houve pico de tenso nos Laudos apresentados ? Enfim, houve anlise tcnica nos equipamentos avaliados ou o Laudo foi emitido apenas com base nas informaes repassadas pela empresa segurada ?

    Resposta: A equipe tcnica responsvel foi composta por dois profissionais que,

    isoladamente, realizaram testes /ensaios simplificados nos equipamentos danificados. Os procedimentos realizados pelos tcnico que os levaram a concluir que houve pico de tenso nos laudos apresentados foram a observao visual e, como comum, o possvel uso de multmetro ou aparelho medidor de passagem de corrente eltrica, pelos componentes eletro-eletrnicos dos mesmos. Enfim, houve anlise tcnica simplificada, porm suficiente nos equipamentos avaliados. Portanto, os laudos NO foram emitidos apenas com base nas informaes repassadas pela empresa segurada.

    2. O que pico de tenso ?

    Resposta: Pico de Tenso ou Sobre-tenso do modo como ocorrido nos equipamentos

    sinistrados como um surto eltrico, em que ocorre um aumento de tenso, por um curto espao de tempo, causados pelo funcionamento de aparelhos de ar condicionados, aparelhos de solda, motores e outros equipamentos eltricos ligados mesma rede de alimentao. Quando um desses equipamentos desligado, a tenso extra dissipada pela linha de energia eltrica. Os computadores e outros dispositivos eletrnicos so projetados para receber energia eltrica numa determinada faixa de tenso. Nveis acima dessa faixa permissvel podem estressar componentes mais delicados, provocando falhas prematuras.

    3. Quais as circunstncias de operao dos equipamentos avariados no momento do sinistro ? Essa(s) circunstncias(s) pode(m) ter influenciado na ocorrncia do dano ?

    Resposta:

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    A considerar o horrio em que ocorreu, por volta das 20 horas, com poucas ou nenhuma pessoa usando, as circunstncias de operao dos equipamentos avariados no momento do sinistro eram de pouco uso ou com os acionadores individuais desligados, porm, ligados s tomadas de energia eltrica. Essas circunstncias NO podem ter influenciado na ocorrncia dos danos. Quanto estar chovendo muito, no momento do sinistro, os danos sofridos pelos aparelhos NO apresentam caractersticas de induo eltrica direta excessiva, por queda de raio.

    4. Quais os componentes eletrnicos da central telefnica DIGISTAR XT 200, da impressora HP 1510 e das duas CPUs que foram danificados ? Detalhar.

    Resposta: Os componentes eletrnicos danificados da central telefnica DIGISTAR XT

    200, da impressora HP 1510 e das duas CPUs foram as fontes de alimentao e as placas CPU queimadas.

    5. possvel descartar a hiptese de curto-circuito em funo do tempo de uso dos equipamentos como causa do sinistro ?

    Resposta: Sim, foi possvel descartar a hiptese de curto-circuito, em funo do tempo de

    uso dos equipamentos, como causa do sinistro, porque impossvel de ocorrer falncia, devido a desgastes, em todos os equipamento, ao mesmo tempo.

    6. Se os equipamentos danificados so alimentados por sistema gerador de energia, em caso de interrupo do fornecimento pela concessionria ? Neste caso, o acionamento do gerador de energia pode acarretar eventual sobretenso/ pico de tenso ?

    Resposta: No foram encontrados elementos nos Autos para responder se os equipamentos

    danificados so alimentados por sistema gerador de energia, em caso de interrupo do fornecimento pela concessionria.

    7. Quais os mtodos utilizados pela CELG para detectar se houve ou no sobretenso e/ou pico de tenso no sistema de distribuio ? Esses mtodos so eficazes ?

    Resposta: Os mtodos utilizados pela CELG para detectar se houve ou no interrupes no

    fornecimento de energia eltrica consistem nos Procedimentos de Distribuio de

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    Energia Eltrica no Sistema Eltrico Nacional - PRODIST, aprovados pela Resoluo n 345/2008 e alterados pela Resoluo n 395/2009. Esses mtodos tem eficcia limitada para aferir se houve sobretenso e/ou pico de tenso no sistema de distribuio, mormente quando no h interrupes no fornecimento de energia eltrica.

    8. Em caso de interrupo no fornecimento de energia, o sistema de energizao da CELG gera ocorrncia que fica registrada no histrico da(s) unidade(s) consumidor(s) atingida(s) ? possvel afirmar que se houve ou no interrupo de energia na unidade consumidora reclamada no dia 07/04/2009 (uc n. 800.678-90) ?

    Resposta: Sim, em caso de interrupo no fornecimento de energia, o sistema de

    energizao da CELG gera ocorrncia, que fica registrada no histrico da(s) unidade(s) consumidor(s) atingida(s). possvel afirmar que no houve interrupo de energia, na unidade consumidora reclamada, no dia 07/04/2009, da unidade consumidora n. 800.678-90.

    9. Quais os mtodos /meios de proteo existente na rede de distribuio de energia da CELG contra sobretenso e/ou pico de tenso de corrente eltrica ? Explicar o funcionamento de cada um.

    Resposta: Os mtodos /meios de proteo prescritos para existirem na rede de distribuio

    de energia da CELG, contra sobretenso e/ou pico de tenso de corrente eltrica, acompanhados da explicitao do funcionamento de cada um, encontra-se nos itens 2 e 3, do ANEXO II a este laudo.

    10. O circuito eltrico (rede eltrica) que alimenta a Cooperativa segurada compartilhado por outros consumidores/clientes daquela regio? Neste caso, possvel que uma sobretenso/pico de tenso no circuito alimentador afete apenas um determinado consumidor? Alm do mais, possvel confirmar se houve ou no reclamao de outros clientes daquela regio, por dano eltrico na data reclamada ?

    Resposta: Sim, o circuito eltrico (rede eltrica) que alimenta a Cooperativa segurada

    compartilhado por outros consumidores /clientes daquela regio. Mesmo assim, possvel que uma sobretenso /pico de tenso no circuito alimentador afete apenas um determinado consumidor, dependendo das caractersticas dos equipamentos

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    eltrico-eletrnicos ali instalados. No foi possvel confirmar se houve ou no reclamao de outros clientes daquela regio, por dano eltrico, na data reclamada.

    11. A CELG foi notificada pela COOPERATIVA AGROVALE ou pela Seguradora Autora para inspecionar/vistoriar os equipamentos danificados, nos termos da Resoluo n. 61, da ANEEL ?

    Resposta: A CELG recebeu reclamao e solicitao escrita da COOPERATIVA

    AGROVALE para o ressarcimento dos prejuzos ocorridos na sede daquele organismo, descrito o fato que se deu no dia 07/04/2009, por volta das 20 horas, quando estava chovendo muito, com raios, tendo ocorrido danos Central Telefnica DIGISTAR XT 200 (88 ramais); 01 (uma) impressora HP 1510 e 02 (duas) CPUs de computador, em 11/05/2009, como provado s fl.s 50 dos Autos.

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    ANEXO II

    DEMONSTRATIVOS

    1. Queda de Tenso e Subtenso. Elevao de Tenso / Sobretenso.

    Queda de Tenso (Afundamento de Tenso) e Subtenso

    Queda (Afundamento) de Tenso

    Queda de tenso uma reduo da tenso de corrente alternada (CA) a uma dada freqncia, com uma durao de 0,5 ciclos a 1 minuto. As quedas de tenso costumam ser provocados por falhas do sistema, e freqentemente tambm so o resultado de cargas ligadas com altas correntes de partida.

    As causas freqentes das quedas de tenso incluem a ligao de grandes cargas (como a que possvel ver quando uma unidade grande de ar condicionado ativada pela primeira vez) e a liberao remota de falhas pelos equipamentos da rede eltrica. De modo similar, a partida de grandes motores dentro de uma unidade industrial pode acarretar uma queda significativa da tenso (afundamento) de tenso. Um motor pode consumir 06 (seis) vezes a corrente operacional normal, ou mais, no momento da partida. A criao de uma grande carga eltrica repentina, como essa, com certeza causar uma queda significativa da tenso, no restante do circuito no qual est inserida.

    O mesmo aplicado aos circuitos com grandes cargas de partida que criam um grande consumo de corrente de entrada.

    Ainda que possa ser a soluo mais eficaz, acrescentar um circuito dedicado para grandes cargas de partida, nem sempre prtico ou econmico, especialmente se um estabelecimento completo possui muitas altas cargas grandes de partida. Outras solues para as grandes cargas de partida incluem fontes alternativas de partida de energia, que no sobrecarregam o restante da infra-estrutura eltrica, na partida de motores, como a existncia de chaves de partida de tenso reduzida, seja com autotransformadores ou configuraes tipo estrela-tringulo. Tambm, encontra-se disponvel no mercado chave de partida suave, do tipo estado slido, eficaz para reduzir queda (afundamento) de tenso, assim que motor entra em funcionamento.

    Mais recentemente, foram utilizados mecanismos de velocidade regulvel (ASD), que variam a velocidade de um motor de acordo com a carga (juntamente com outros usos), para controlar o processo industrial, de modo mais eficiente e econmico, e, como benefcio adicional, solucionam o problema de partida de grandes motores.

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    Como mencionado, a tentativa da infra-estrutura da rede eltrica liberar as falhas, remotamente, pode causar problemas aos usurios finais. Quando este problema mais evidente, ele visto como uma interrupo do fornecimento de energia. No entanto, tambm, pode se manifestar como uma queda ou afundamento de tenso, para problemas, que so solucionados, mais rapidamente, ou que se repetem de forma momentnea.

    Algumas das tcnicas utilizadas para prevenir as interrupes do fornecimento de energia eltrica podem ser utilizadas para tratar das quedas (afundamentos) de tenso: equipamentos UPS, moto-geradores e tcnicas includas no design do sistema.

    Porm, algumas vezes, os danos causados por quedas (afundamentos) de tenso no so evidentes, at se observarem os resultados, durante o uso dos equipamentos e dados prejudicados, com erros no processamento industrial.

    Mesmo sendo uma ao precoce, atualmente, algumas redes eltricas oferecem anlises de quedas (afundamentos) de tenso de processos industriais, como servio de valor agregado, para seus clientes.

    possvel fazer uma anlise de quedas (afundamentos) de tenso, visando determinar os nveis de tais ocorrncias nos equipamentos, podendo ou no resolver os problemas.

    Elevao de Tenso / Sobretenso

    Elevao de tenso

    Elevao de tenso a forma inversa quedas (afundamentos) de tenso, ocorrendo quando acontece um aumento inesperado na tenso da corrente alternada (CA), com uma durao de 0,5 ciclos a 1 minuto. Elevaes de tenso, usualmente, resultam de conexes neutras de alta impedncia, redues repentinas de cargas, especialmente as altas, e ainda, falha monofsica sobre um sistema trifsico.

    Os resultados da elevao de tenso podem ser erros de dados, oscilao de luzes, degradao de contatos eltricos, dano a semi-condutores, em equipamentos eletrnicos e degradao dos isolamentos.

    Os condicionadores de linha de fornecimento, os sistemas UPS e os transformadores de controle ferroressonante so solues comuns.

    Do mesmo modo que as quedas (afundamentos) de tenso, as elevaes de tenso podem no ser evidentes at o aparecimento das conseqncias.

    Sobretenso

    As sobretenses podem ser o resultado de problemas de longa data, que criam elevaes da tenso. Uma sobretenso pode ser considerada uma elevao prolongada da tenso. As sobretenses, tambm, so freqentes em reas onde os valores de

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    referncia dos taps do transformador de fornecimento esto mal configurados e/ou as cargas foram reduzidas. Isto comum em regies sazonais onde as comunidades reduzem o uso de energia fora de temporada, e continua sendo fornecido o mesmo valor, mesmo quando a necessidade de fornecimento muito menor.

    As condies de sobretenso podem criar consumo de alta corrente e provocar o disparo, desnecessrio, dos disjuntores de downstream, alm de sobreaquecimento e tenso dos equipamentos.

    Fonte: Sete Tipos de Problemas no Fornecimento. - Relatrio Interno N 18, por Joseph Seymour e Terry Horsley. - APC - American Power Conversion. 2005. www.apc.com.

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    2. Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Primria de Distribuio

    Observada a NORMA TCNICA - NTC-05 - Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Primria de Distribuio, - Reviso 2. - CELG DISTRIBUO - CELG D, tem-se que:

    RAMAL DE ENTRADA

    Dependendo das caractersticas construtivas da entrada de servio, o ramal de entrada poder ser classificado como areo ou subterrneo.

    Ramal de Entrada Areo. - Instalao ao tempo, abrigada e em cmara subterrnea.

    PROTECO

    a) Toda unidade consumidora dever ser equipada com dispositivo de proteo geral apropriado, individual, o qual atue contra curtos-circuitos e sobrecargas, devidamente coordenado com a proteo da CELG D.

    Nota: O referido dispositivo deve apresentar capacidade de interrupo compatvel com os nveis de curto-circuito disponveis no ponto de instalao.

    [ ... ] c) O disjuntor geral de mdia tenso da instalao deve estar posicionado

    jusante da medio quando esta for feita em mdia tenso. [ ... ] e) montante do disjuntor deve ser instalada uma chave seccionadora tripolar,

    com ao simultnea, dotada de alavanca de manobra, exceto quando utilizado disjuntor extravel.

    [ ... ] h) Havendo capacitores no circuito primrio, devero ser instaladas chaves

    seccionadoras antes e aps o disjuntor, exceto quando utilizado disjuntor extravel. Neste caso tambm devero ser previstos meios para descarreg-los para a terra aps a desconexo destes do sistema.

    [ ... ] j) Cada parte de uma instalao que possa ser isolada eletricamente de outras

    partes dever possuir mecanismos que permitam o seu aterramento e/ou serem curto-circuitadas.

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    k) As estruturas de derivao em tenso primria devero estar equipadas com chaves fusveis de distribuio, com capacidade de interrupo compatvel com os nveis de curto-circuito existentes no local da instalao.

    Proteo Geral de Mdia Tenso Contra Sobrecorrentes

    a) Como equipamento de proteo geral da instalao so admitidas as seguintes opes: chaves fusveis de distribuio (para uso exclusivamente externo) ou chaves seccionadoras tripolares com fusveis limitadores de corrente (para utilizao interna) ou disjuntores equipados com rels secundrios microprocessados.

    [ ... ] c) A operao automtica do disjuntor deve ser comandada por rels secundrios

    de sobrecorrente, microprocessados, com pelo menos as funes 50/51 e 50N/5 1N, no sendo permitido empregar rels primrios.

    Notas: 1) Para a atuao dos rels em caso de interrupo no fornecimento de energia,

    dever ser providenciada uma fonte de alimentao auxilia, corno por exemplo no-break, com autonomia mnima de 2 horas, de maneira que sejam garantidas a sinalizao dos eventos ocorridos e o acesso memria de registro dos referidos rels.

    2) Independente do tipo de rel, este dever estar equipado com um dispositivo a capacitor, o qual permita ser testado individualmente e assegure a energia necessria ao acionamento (trip) da bobina de abertura do disjuntor.

    [ ... ] e) Qualquer alterao na potncia instalada ficar condicionada apresentao e

    aprovao de novo clculo de ajuste da proteo, contendo os respectivos coordenogramas e parametrizao do rel, assim como os demais tpicos afins.

    Proteo Geral de Baixa Tenso Contra Sobrecorrentes

    b) O dimensionamento do dispositivo de proteo em baixa tenso deve ser realizado com base nas tabelas fornecidas nesta norma, juntamente com as prescries da ABNT NBR 5410.

    c) Quando for empregado disjuntor com regulagem(ens) de atuao trmica e/ou magntica, no ser permitido ao consumidor acess-la(s) aps aplicao do lacre na caixa; sendo que, qualquer novo ajuste dever ser precedido por autorizao prvia da CELG D.

    Proteo Geral de Mdia Tenso Contra Sobretenses

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    a) A proteo dos equipamentos eltricos contra sobretenses dever ser efetuada mediante utilizao de pra-raios, instalados nos condutores fase, com caractersticas em conformidade com o item 13.9 da norma sob comento.

    b) No lado externo da parede utilizada para ancoragem dos condutores do ramal de entrada areo, nas instalaes abrigadas, devem ser fixados pra-raios em suportes adequados; entretanto, quando o ramal for subterrneo, devem ser instalados na estrutura de derivao e na parte interna das subestaes.

    d) Deve-se instalar pra-raios de mdia tenso nos seguintes pontos de um sistema eltrico:

    - Nas entradas e sadas de postos de transformao, medio e controle; - Nos pontos de mudana de impedncia caracterstica das redes de distribuio; - Nas conexes de redes areas com subterrneas; - Nos finais de rede primria.

    Proteo Geral de Baixa Tenso Contra Sobretenses

    Para os barramentos de fase em BT, obrigatria a instalao de dispositivos de proteo contra sobretenses transitrias (DPSs), com as caractersticas prescritas nesta norma e demais caractersticas conforme ABNT NBR TEC 61643-1.

    Nota: Os DPSs devem ser posicionados a montante do disjuntor geral, cada qual deve ser protegido na retaguarda por fusvel Diazed retardado ou disjuntor termomagntico monopolar, ambos com corrente nominal de 20 A e capacidade de interrupo compatvel com o nvel de curto-circuito existente no ponto de instalao.

    Proteo Contra Falta de Fase e Subtenso

    a) No recomendvel utilizar rels de subtenso instantneos, mesmo na baixa tenso, considerando ser impossvel para a CELG D evitar seus desligamentos indevidos; a proteo contra falta de fase dever ser realizada, preferencialmente, por rels de subtenso temporizados.

    b) Nas instalaes que possuam equipamentos, cujas caractersticas prprias no admitam religao, ser permitido empregar junto aos mesmos, rels de subtenso instantneos ou temporizados, ajustados em funo das necessidades do equipamento a ser protegido.

    ATERRAMENTO

    a) de fundamental importncia que todos os pontos de utilizao de energia sejam providos de aterramento adequado e confivel, a fim de viabilizar o escoamento de eventuais sobretenses, garantindo a segurana de pessoas e bens.

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    Nota: Os critrios para a realizao do aterramento em unidade(s) consumidora(s) atendida(s) em tenso primria de distribuio encontram-se devidamente abordados na NTC-60.

    b) Deve ser encaminhado CELG D, para anlise e aprovao, juntamente com o projeto eltrico da subestao, o projeto do sistema de aterramento, o qual deve ser desenvolvido em funo da corrente de curto-circuito e caractersticas do solo local.

    Notas: 1) O projeto do aterramento deve prever auto-suficincia, garantindo as

    condies operacionais e de segurana, independente de sua interligao ao eventual condutor neutro do sistema supridor.

    [ ... ] c) Os nveis de segurana das malhas de aterramento, quanto a valores de

    resistncia de terra, potenciais de passo e toque, bem como, capacidade de conduo de corrente e desempenho mecnico, devem seguir as prescries da NTC-60.

    Nota: Nos clculos dos valores permissveis dos referidos potenciais deve ser levado em considerao o tempo total para a atuao das protees.

    [ ... ] e) Nas malhas de aterramento devem ser empregadas hastes de ao recobertas

    com cobre, com espessura mnima da camada 254 micm, dimetro e comprimento mnimo 16 e 2400 mm, respectivamente, visando garantir a durabilidade do sistema e evitar variaes sazonais da resistncia em funo da umidade do solo.

    Nota: Sero admitidos, como opo, eletrodos embutidos na fundao da edificao. Os mesmos devem constituir um anel circundando o permetro dessa.

    [ ... ] k) Os pra-raios da subestao devem ser diretamente conectados malha de

    terra.

    EQUIPOTENCIALIZACO PRINCIPAL

    a) Para cada edificao deve ser previsto um barramento de equipotencializao principal (BEP), conforme estabelecido na ABNT NBR 14039, ao qual devem ser conectados os seguintes elementos da instalao:

    - Condutor(es) de aterramento; - Condutor(es) de proteo principal(is); - Condutores de equipotencialidade principais ligados s partes condutoras de

    utilidades e servios; - Condutor neutro, quando existente; - Condutores de equipotencialidade ligados a eletrodos de aterramento de outros

    sistemas (por exemplo, SPDA); - Estruturas metlicas intrnsecas edificao.

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    b) As conexes envolvendo condutores de proteo devem ser executadas de maneira a permanecerem sempre acessveis para inspees e ensaios.

    e) Nenhum dispositivo de proteo, seccionamento ou comando deve ser inserido no condutor de proteo.

    Nota: Todos os materiais e caractersticas relacionadas com equipotencializao principal, os quais no tenham sido mencionados neste item, devem estar em conformidade com as prescries contidas nas normas da ABNT: NBR 5410, NBR 5419 e NBR 14039.

    3. Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Secundria de Distribuio

    CONDICES GERAIS DE FORNECIMENTO

    A partir da NORMA TCNICA - NTC-04 - Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Secundria de Distribuio, - Reviso 3. - CELG DISTRIBUO - CELG D, vem:

    Tenses de Fornecimento

    Seus valores nominais estabelecidos so 380 /220 V - a 2, 3 ou 4 condutores; e 440/220 V - monofsica a 2 ou 3 condutores.

    Tipos de Atendimento em Tenso Secundria

    So definidos em funo da carga instalada, demanda, tipo de rede e local onde estiver situada a unidade consumidora.

    Tipo B: trs condutores (duas fases e neutro);

    Categorias de Atendimento e Limitaes

    So definidas em funo da carga total instalada na unidade consumidora, observados os limites mximos de potncias individuais de aparelhos de solda e motores. A categoria assinalada possui limitaes de carga instalada e/ou demanda de:

    B Bifsica: carga instalada entre 12,1 e 25 kW.

    PROTECO

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    a. Toda unidade consumidora dever ser equipada com dispositivo de proteo geral adequado (disjuntor termomagntico) que permita interromper o fornecimento em carga.

    b. Os disjuntores devem ter capacidade de interrupo compatvel com os nveis de curto-circuito disponveis no ponto de instalao.

    c. O circuito alimentador de cada unidade consumidora dever ser protegido atravs de disjuntor termomagntico, instalado antes da medio.

    d. Disjuntores termomagnticos com corrente nominal at 100 A devero ter capacidade de interrupo simtrica mnima 5 kA, enquanto que, para os tripolares, com corrente nominal acima do valor anteriormente referido, a capacidade de ruptura mnima deve ser 10 kA, devendo atender ainda aos requisitos especficos das normas NBR IEC 60947-2 e NBR NM 60898.

    e. O condutor neutro dever ser contnuo e no poder conter nenhum dispositivo capaz de causar sua interrupo, exceto quando utilizado dispositivo a corrente diferencial-residual (DR) onde devero ser atendidas as condies previstas na NBR 5410.

    f. Todos os equipamentos de proteo so de responsabilidade do consumidor. g. Em funo dos tipos de atendimento das unidades consumidoras, devem ser

    empregados os seguintes tipos de disjuntores: bipolares para o tipo B.

    Proteo Geral de BT

    [ ... ] d) A proteo geral dever ser instalada na caixa para dispositivo de proteo ou no

    quadro geral de distribuio, a qual dever estar localizada conforme estabelecido nesta norma, de forma a permitir fcil operao em caso de emergncia.

    e) Os condutores do ramal de entrada devero sempre ser conectados aos bornes superiores do disjuntor.

    Proteo Contra Sobretenses Transitrias

    Conforme estabelece a NBR 5410, toda instalao consumidora deve ser provida de dispositivo de proteo contra surtos (DPS), com as seguintes caractersticas eltricas: tenso nominal 280 v, frequncia 60 Hz, correntes de descarga com onda 8/20 mics nominal 20 kA e mxima 40 kA, demais caractersticas conforme IEC 61643-1.

    Os dispositivos de proteo contra surtos (DPS) so desenvolvidos para proteo de equipamentos e instalaes contra surtos e sobretenses provenientes de descargas diretas ou indiretas na rede eltrica.

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    Dispositivo de proteo contra surtos (DPS) ou "supressor de surto" um dispositivo destinado a proteger os equipamentos eltricos contra picos de tenso geralmente causados por descargas atmosfricas na rede da concessionria de energia eltrica. Um DPS regula a tenso, fornecida a um dispositivo eltrico, em geral, absorvendo e tambm curto-circuitando para terra as tenses que ultrapassam um limite de segurana.

    Muitas rguas de energia possuem proteo contra surtos embutidos (chamados de filtros de linha), que normalmente fica identificado de forma clara no produto. No entanto, por vezes, rguas de energia que no fornecem proteo contra surtos so erroneamente confundidos como filtros de linha.

    (Referncia: http://www.mangesemeletrica.webnode.com.br/materias/comandos-eletricos/).

    Nas instalaes de uma nica unidade consumidora, visando a proteo interna das mesmas, equipamentos eltricos e eletrnicos, pessoas e bens contra os efeitos de descargas atmosfricas e sobretenses com origem na prpria rede de distribuio, recomenda-se a instalao de trs DPSs no centro de distribuio da unidade consumidora. A referida instalao deve ser feita obedecendo ao que prescreve a NBR 5410.

    A NBR 5410 admite que a instalao consumidora no disponha da proteo contra sobretenses anteriormente citada, desde que as conseqncias dessa omisso, do ponto de vista estritamente material, constituam um risco calculado e assumido pelo prprio consumidor.

    Em vista disso a CELG D no se responsabilizar por qualquer dano ou acidente que, porventura, sobrevier a pessoas ou bens, em virtude de instalaes que no disponham desse tipo de proteo.

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