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Manaus, Julho de 2010 / Ano II, Número 03 Brasil Certi?cado - madeira certi?cada

Brasil Certi?cado - madeira certi?cada · econômico e social no Amazonas, especialmente em Itacoatiara, cidade onde atua há quinze anos. Para Ernst Brugger, Presidente do Conselho

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Manaus, Julho de 2010 / Ano II, Número 03

Brasil Certi?cado - madeira certi?cada

Número 3 - Ano 2 / Coordenação: Núbia Lentz / Projeto Editorial: Press Comunicação Estratégica / Jornalista Responsável:Loredana Kotinski-MTB108/RR / Projeto Gráfico: Hugo Araújo / Sugestão de Pauta: [email protected]

É tempo de mudançasO Grupo Precious Woods acredita que a Mil Madeiras Preciosas e a BK Energia têm um papel fundamental no desenvolvimento, no crescimento econômico e social no Amazonas, especialmente em Itacoatiara, cidade onde atua há quinze anos. Para Ernst Brugger, Presidente do Conselho Administração da Holding, é inquestionável a importância das atividades florestais sustentáveis na Amazônia. Para crescer e conquistar novos mercados é preciso planejar, investir em novas tecnologias, apostar em pessoas e fortalecer o trabalho em equipe.Diante de tantas questões importantes, e tendo que superar tantos desafios, o Grupo Precious Woods passou a contar com a experiência de Joachim Kaufman, na Presidência Executiva da Holding desde junho passado, e Eugenio Toledo que assumiu o comando da Precious Woods Brasil, interinamente, acumulando os cargos de Diretor Geral e Diretor Financeiro da empresa.A Mil Madeiras Preciosas produz madeira certificada na Amazônia de acordo com os princípios estabelecidos pelo FSC. A BK Energia gera energia limpa por meio da biomassa. Ambas valorizam o homem da região e conservam os recursos florestais e ambientais tão

importantes para o equilíbrio do clima.Eugenio Toledo acredita que essa tarefa deve ser compartilhada com todos que fazem parte do setor Florestal: “ Fala-se muito em manejo florestal de impacto reduzido e de sustentabilidade. Na verdade precisamos de uma agenda positiva com a sociedade, com os Governos Municipal, Estadual e Federal e mais especificamente com os órgãos fundiários e ambientais, no sentido de apoiar empresas sérias e que tenham competência para gerir o manejo florestal de baixo impacto com compromisso e responsabilidade. Contamos com uma equipe de técnicos competentes na gestão de florestas tropicais que é o nosso negócio. Vamos começar a explorar uma nova fazenda no baixo Amazonas denominada Fazenda Monte Verde, e estamos implantando uma nova unidade do Grupo Precious Woods no Acre, onde estamos recebendo apoio técnico e político do Governo Acreano. Acreditamos que assim, atingiremos nossas metas operacionais e financeiras. Crise se vence com união e trabalho de equipe. ” – afirmou o novo CEO da PWB. Já deu para sentir que há muito trabalho pela frente, e que as pessoas estão muito motivadas.

Boa Leitura!

Ernst Brugger, Presidente do Conselhode Administração do grupo PW

Joachim Kaufmann, CEO do grupoPrecious Woods

Eugênio Toledo, CEO do grupo Precious Woods Brasil

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Manaus, Julho de 2010 / Ano II, Número 03

Manaus, Julho de 2010 / Ano II, Número 03

A BK Energia, do grupo PreciousWoods, é exemplo de energia limpa.A termoelétrica gera energia para aplanta da empresa Mil Madeiras Pre-ciosas e os 75% de excedente vão para a cidade de Itacoatiara, no interior do Amazonas. Quem fala mais sobre o assunto é o diretor da BK Energia, Isaac Barreto.

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FEP: O que é, de fato, uma termoelé-trica?

Isaac Barreto: Uma usina termoelétri-ca é uma instalação industrial destinada a converter em energia elétrica a energia liberada da combustão de algum tipo de combustível, renovável ou não renovável.

FEP: Como é o processo de geração de energia?IB: A geração de energia é um proces-so de conversão, onde um determinadotipo de energia é convertido em um outro.No caso especí?co de uma termoelétricacomo a BK Energia o calor liberado no pro-cesso de combustão da biomassa no inte-rior da caldeira aquece a água que circulapor tubos em suas paredes produzindovapor. Este vapor faz girar o eixo de umaturbina, que por sua vez faz girar o eixode um gerador, produzindo então energiaelétrica.

FEP: Qual o processo de transmissão de energia?IB: Transmissão de energia elétrica con-siste em enviar através de cabos a energiagerada nas unidades geradoras até osgrandes centros consumidores. Geralmen-te esses dois pontos ?cam distantes umdo outro, daí a necessidade de grandes eextensas linhas de transmissão.

FEP: Quais as vantagens da energia produzida na BK Energia?IB: A BK Energia é uma usina que uliza apenas resíduos de madeira certi?cada, proveniente de manejo ?orestal comomatéria prima. A BK Energia produz umaenergia limpa, que não agride o meio am-biente com a emissão de poluentes.

zônica’’, completou Toledo.

Brasil, Eugênio Toledo.

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Woods Brasil, Eugênio Toledo,

Público no stand da feira conhecendo as atividas de Precious Woods Brasil, através do Jornal Floresta em Pé

Público visitando o stand da Precious Woods Brasil, na Feirade Produtos Florestais e Agrícolas Certificados, em São Paulo.

saúde.Já na BR-364, no trecho onde estásendo construída e pavimentada a rodovia que vai ligar o Acre de Leste à Oeste, o Governo do Estado instituiu uma Zona de Atendimento Prioritário, ZAP. Até este ano, a meta é investir mais de R$ 55 milhões para promover o desenvolvimentosustentável das comunidades do entorno e melhoria da qualidade de vida da região. O trabalho na ZAP BR é realizado com foco em três áreas prioritárias: a inclusão social, infraestrutura e a produção sustentável. A união des-tas frentes de atuação aponta para uma mesma direção: a que leva o povo daquela região a uma vida me-

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com o meio ambiente é que o grupo Precious Woods anunciou que vai abrir uma unidade da Mil Madeiras Preciosas naquele Estado. Em fase inicial de implantacão, a nova unidadeda Mil Madeiras irá trabalhar com áre-as ?orestais de manejo. “Nosso propó-sito é desenvolver um trabalho seme-lhante ao que temos feito em Itacoa-tiara, no Amazonas. Onde gera-mos empregos, energia e ainda contribu-imos para que a ?oresta amazônica seja explorada de forma sustentável”, avisa o CEO da Precious Woods,Eugênio Toledo. A aposta da empresa é mais que uma escolha de mercado. Tem relação direta com o compromisso do Governo do Acre em desenvolver o seu Estado por meio de políticas de incentivos sustentáveis e uma agenda positiva. Sustentabilidade, aliás, é algo que refencia o Acre.

O Acre, desde que começou a construir a BR- 364 e a BR -317, sem-pre encaminhou no paralelo, a execu-ção dos Planos de Mitigação dos Im-pactos que estas obras poderiam ge-rar. Dois bons exemplos são o Plano de Mitigação das comunidades indí-genas e, mais recentemente, a ZAP BR no trecho Manoel Urbano e Feijó. Para os indígenas, o Plano busca criar condições para que as comuni-dades e organizações avancem na gestão ambiental de suas terras com base em planos de gestão formulados por meio de processos participativos de etnozoneamento, de iniciativas pa-ra conservação e uso sustentável dos recursos naturais, da formação de recursos humanos e do fortalecimen-to institucional das organizações. Prevê ainda consolidar serviços básicos de qualidade, relativas à educação escolar, à formação de recursos humanos em as ações de

Desenvolvimento

mundo pelos bons resultados obtidos a partir da implementação de políticas sustentáveis, com queda constante do desmatamento e do uso indiscrimina-do do fogo como técnica de produção e, consequentemente, a redução na emissão de CO². Com as políticas adotadas pelo Governo do Acre, o índice de desma-tamento caiu pela metade nesses últimos três anos. Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) apon-tam uma redução de 83% do desma-tamento no Estado, passando de 107.800 hectares em 2003, para 18.300 hectares em 2007. O uso do fogo também diminuiu. O número de focos de calor caiu mais de 75% entre 2004 a 2008, passando de 8.715 em 2004, atingindo o ápice de 22.506 em 2005 (quando houve um grande período de seca no Acre), e chegando em 2008 com 1.933 focos registrados pelo Inpe. Em 2009, foram identi?cados até o último dia 13 de setembro, 413 focos de calor, emqua-nto que no mesmo período de 2008 o número chegava a 987. O que levou o Acre a alcançar tais índices não pode ser explicado com uma única resposta. De acordo com o secretário de Estado do Acre, Fábio Vaz, este é um trabalho de agora que começou há alguns anos, com a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). O documento per-mitiu que o poder público, o setor privado e a sociedade civil tivessem uma visão ampla da situação sócio-ambiental de todo o Estado, possibili-tando investimentos e a elaboração de políticas públicas condizentescom a realidade de cada região. Por esse razão e pelo apoio que o Governo do Acre oferece a empresas que trabalham de forma responsável

om um território com 88% de cobertura ?orestal, o Acre começa a chamar a atenção do

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embalagens de Tang, da Kraft Foods, Elma Chips, ePep- para a reciclagem. Os resíduos dão origem asi

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tal (DOF) na compra de ma-deira certi?cada. Assim será possível identi?car e monitorar a madeira que está sendo comprada por governos e grandes construtoras.O objetivo é eliminar a madeirailegal e exigir cada vez mais a madeira certi?cada. A utilização dos vários tiposde madeira encontrados no Brasil em projetos so?sticados pode ser vista na última edição da Casa Cor São Paulo. Enfocando o tema sustentabi-lidade, o evento promoveu a exibição de vários projetos que exploraram – e muito bem – a versatilidade das madeiras nacionais. A madeira certi?cada produ-zida na Amazônia deverá, cada vez mais, ocupar um lugar de destaque na construção civil, assim como já tem grande participação no segmento de mo-biliário, bio-jóias e artefatos de decoração.

principalmente na Região Sud-este, a principal compradora de produtos da Amazônia. O Go-verno do Estado de São Paulo saiu na frente, em 2009, lança-ndo o Programa Madeira É Legal em parceria com o Insti-tuto de Pesquisas Tecnológi-cas, a ONG WWF-Brasil e o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo. O Instituto Ethos é outro grande incentivador do uso de madeira de origem legal e cer-ti?cada na construção civil. Para isso, conta com envolvi-mento de associações de clas-se, produtores e distribuidores de madeira. As ações também incluem a busca por um maior controle do processo, com a exigência da apresentação do Documento de Origem Flores-

cada vez maior o uso de madeira certi?cada na construção civil do País,

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) oferece no site que mantém na internet uma nova edição do livro

“Madeira – Uso Sustentável na ConstruçãoCivil”. A publicação é dividida em 10 capítulos que abordam a origem das madeiras, os diferen-tes tipos de uso na construção civil, indicação de espécies alternativas e ?chas tecnológicas das madeiras, entre outros tópicos.

As ?chas tecnológicas apresentam o nome popular e o cientí?co da madeira, bem como as regiões de ocorrência, as características gerais e as propriedades físicas e mecânicas.

O manual está disponível também em papel reciclado, cuja cópia pode ser solicitada pelo email: [email protected]. É cobrado apenas o valor de postagem.

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Nesta edição você vai conhecer Nil-son Rolim da Silva, responsável peloprocessamento de dados do setorde colheita ?orestal da Mil MadeirasPreciosas, empresa do grupo Pre-

cious Woods.

FLORESTA EM PÉ: Qual o critério para a escolha, colheita e retirada da árvore na ?oresta?

NILSON ROLIN: É feito o inventárioda UPA (unidade de Produção Anu-al) responsável pelo mapeamento.Depois é explorado pela prospecção,selecionando as árvores de mais de40 cm de diâmetro. O passo seguin-te é o processamento dos dados no sistema, seguido da seleção de corte das árvores comercias. Feito isso é gerado o mapa de colheita, onde cada árvore já tem um determinado número, que é usados pelas equipes de corte, pré-arraste e arraste.O abate é feito com técnica e segu-rança para que as árvores abatidasnão prejudiquem as que estão ao seu lado. Muitas árvores abatidas são transformadas em toras, recebendo outros números. Feito isso as toras são transportadas de

carretas até o pátio da empresa.

FEP: O que você diria às pessoas que queimam a ?oresta e derrubam árvores sem licença do IBAMA?NR: Que essas pessoas procuras-sem engenheiros ?orestais e até mesmo o IBAMA para tomarem conhecimento sobre projetos para sua ?oresta. Quanto às queimadas feitas por grandes latifundiários, espero que eles possam re?etir sobre o mal que as queimadas causam.

FEP: Na sua opinião, qual a importância de se preservar a ?oresta amazônica?NR: A preservação não só da Ama-zônia, mas de todas as ?orestas que ainda existem na face da terra, é muito importante. São elas que trazem tantas coisas boas para o ser humano. São fundamentais para a nossa sobrevivência e a do planeta em que vivemos.