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Há 105 anos unindo povos Parabéns, Rotary ROTÁRIO BR S IL A FEVEREIRO 2010 ANO 85 Nº1052 ROTÁRIO BR S IL A

Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

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Edição 1.052 da revista Brasil Rotário - Fevereiro de 2010.

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Page 1: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

Há 105 anos unindo povos

Parabéns,Rotary

R O T Á R I OBR SILAFEVEREIRO 2010 ANO 85 Nº1052

R O T Á R I OBR SILA

Page 2: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010
Page 3: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

Pág. 1515151515

Capa: Rodrigo Furtado

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal

de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

Sumário

SEÇÕES06 Curtas Brasil

08 Curtas Mundo

36 Cultura

39 Rotarianos que são notícia

42 Interact e Rotaract

44 Distritos em revista

59 Senhoras em ação

60 Novos Companheiros Paul Harris

62 Relax

63 Aconteceu na Brasil Rotário...

� O ROTARYadotou abusca da pazcomo metadesde suasprimeirasdécadas deexistência

� COLEÇÃO COMPLETA da Brasil Rotário come-

ça a ser microfilmada pela Biblioteca Nacional do

Rio de Janeiro

Pág. 2727272727

04 Homenagem a Zilda Arns

05 Mensagem do presidente

John Kenny

10 COLUNA DO DIRETOR DO RI

Serviços profissionais: a avenida da exelência

Antonio Hallage

12 Em direção ao Oriente

George Teixeira Pinheiro

15 GLOBAL OUTLOOK

Construção dos alicerces da paz

23 O planeta na corda bamba

27 Nas páginas da história

Renata Coré

30 105 anos e 1 dia

34 COLUNA DA ABTRF

Liberdade, justiça social e Rotary

José Alfredo Pretoni

38 Leitura precoce

Alfredo Castro Neto

40 COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR

As seis áreas de enfoque da Fundação

Altimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

41 COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Construindo pontes através do serviço

Glenn Estess Sr.

Page 4: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

2 FEVEREIRO DE 2010

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2009-10CONSELHO DIRETOR2009-10

CURADORES DA FUNDAÇÃOROTÁRIA 2009-10

PRESIDENTEJohn Kenny

PRESIDENTE-ELEITORay Klinginsmith

VICE-PRESIDENTEEric E. Lacoste Adamson

T E S O U R E I R OMichael Colasurdo Sr.

D I R E T O R E SAntonio HallageCatherine Noyer-RiveauDavid LiddiattEkkehart PandelFrederick Hahn Jr.Jackson San-Lien HsiehJohn BlountJohn LawrenceJosé Alfredo SepúlvedaK. R. RavindranKyu Hang LeeLars-Olof FredrikssonMasahiro KurodaPhilip SilversThomas Thorfinnson

SECRETÁRIO-GERALEdwin Futa

C H A I RGlenn Estess Sr.

CHAIR ELEITOCarl-Wilhelm Stenhammar

VICE-CHAIRJohn Germ

C U R A D O R E SAshok MahajanDavid MorganDoh BaeGustavo Gross C.José Antonio Salazar CruzLouis PiconiLynn HammondRon BurtonSakuji TanakaSamuel OkudzetoWilfrid WilkinsonWilliam Boyd

SECRETÁRIO-GERALEdwin Futa

DISTRITO 4310Emilio Carlos CassanoRotary Club de Piracicaba-Povoador, SP

DISTRITO 4390Elder Silveira SobralRotary Club de Itaporanga D’Ajuda, SE

DISTRITO 4410Almiro SchimidtRotary Club de Colatina-São Silvano, ES

DISTRITO 4420Roberto Luiz Barroso FilhoRotary Club de Santos, SP

DISTRITO 4430Juvenal Antonio da SilvaRotary Club de Suzano, SP

DISTRITO 4440Nelson Pereira LopesRotary Club de Rondonópolis, MT

DISTRITO 4470Sergio de Araújo PhilboisRotary Club de Corumbá, MS

DISTRITO 4480Sueli Noronha KaiserRotary Club de São José do Rio Preto, SP

DISTRITO 4490Pedro Augusto Pedreira MartinsRotary Club de Teresina-Piçarra, PI

DISTRITO 4500Francisco Leandro de Araujo Jr.Rotary Club do Recife, PE

DISTRITO 4510José Uracy FontanaRotary Club de Cândido Mota, SP

DISTRITO 4520Itamar Duarte FerreiraRotary Club de Sete Lagoas, MG

DISTRITO 4530Adriano Jorge SoutoRotary Club de Brasília-Centenário, DF

DISTRITO 4540Osvaldo PontesRotary Club de Sertãozinho, SP

DISTRITO 4550Luiz Antonio Souza CoelhoRotary Club de Itabuna, BA

DISTRITO 4560Carlos Alberto Dias CoelhoRotary Club de Itajubá, MG

DISTRITO 4570Alcio Augusto Carpes AthaydeRotary Club do Rio de Janeiro-Galeão, RJ

DISTRITO 4580José Antonio Cúgula GuedesRotary Club de Juiz de Fora-Norte, MG

DISTRITO 4590Antonio Ademir BobiceRotary Club de Limeira-Leste, SP

DISTRITO 4600Ettore Dalboni da CunhaRotary Club de Volta Redonda, RJ

DISTRITO 4610Reinaldo Aparecido DomingosRotary Club de São Paulo-Jabaquara, SP

DISTRITO 4620Clovis Rodrigues FelipeRotary Club de Avaré, SP

DISTRITO 4630José Claudiney RoccoRotary Club de Cianorte, PR

DISTRITO 4640César Luis SchererRotary Club de Marechal Cândido Rondon-Beira Lago, PR

DISTRITO 4650Ernoe EgerRotary Club de Blumenau-Norte, SC

DISTRITO 4651Paulo Fernando BrancoRotary Club de Balneário Camboriú-Norte, SC

DISTRITO 4660Olandino RobertoRotary Club de Ijuí, RS

DISTRITO 4670Paulo MeinhardtRotary Club de Xangri-lá, RS

DISTRITO 4680Carlos Roberto Silveira BorgesRotary Club de Guaíba, RS

DISTRITO 4700Evaristo AndreollaRotary Club de Sananduva, RS

DISTRITO 4710José Machado BotelhoRotary Club de Londrina-Norte, PR

DISTRITO 4720Antônio Lopes LourençoRotary Club de Belém-Norte, PA

DISTRITO 4730Alcino de Andrade TigrinhoRotary Club de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR

DISTRITO 4740Estanislao Díaz DávalosRotary Club de Chapecó-Oeste, SC

DISTRITO 4750Luiz Oscar SpitzRotary Club de Araruama, RJ

DISTRITO 4760Maria Inês Silveira CarlosRotary Club de Francisco Sá-Norte, MG

DISTRITO 4770Nelson Marra de OliveiraRotary Club de Ipameri, GO

DISTRITO 4780Lia Silvia Souza PereiraRotary Club de Caçapava do Sul-Sentinela, RS

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

www.rotary.org

Page 5: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

3BRASIL ROTÁRIO

LeiaAno 85 Fevereiro, 2010 nº1052

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria

Rio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601

Site: www.brasil-rotario.com.br � E-mail: [email protected]

CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A)

EXPEDIENTE

EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJ

REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto

REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, MariaCristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 54.200 exemplares

ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJCEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]: www.brasil-rotario.com.br

*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO 2009-11Diretoria ExecutivaPres identeCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de OperaçõesEdson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente dePlanejamento e ControleBemvindo Augusto DiasVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInst i tuc iona isCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança

MEMBROS EFETIVOSAdelia Antonieta VillasFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Luiz FonsecaJosé Moutinho DuarteJosé Ubiracy SilvaNelson Pereira LopesRicardo Vieira Lima Magalhães Gondim

MEMBROS SUPLENTESAntônio VilardoAroldo Mendes de AraújoHerlon Monteiro Fontes

GERENTE EXECUTIVOGilberto Geisselmann

ASSESSORESAlberto de Freitas Brandão BittencourtDulce Grünewald Lopes de OliveiraEduardo Alvares de Souza SoaresEduardo de Barros PimentelFausto de Oliveira CamposFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteGeraldo da ConceiçãoIvo Arzua Pereira

Joper Padrão do Espírito SantoMilton Ferreira TitoTaketoshi HiguchiVicente Herculano da Silva

CONSELHO FISCALMembros efetivosNilson MouraRil MouraSebastião Porto (coordenador)Sup lentesArtur Vieira da CruzCarmelinda Amália Maria MaliskaCleofas Paes de Santiago

CONSELHO CONSULTIVODE GOVERNADORESMembros natos efetivosGovernadores 2009-10RepresentanteNelson Pereira LopesSup lentesGovernadores eleitos 2010-11

COMISSÃO EDITORIALEXECUTIVAPres identeCarlos Henrique de Carvalho Fróes

MembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da SilvaJosé Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoNuno Virgílio NetoSecretár ioGilberto Geisselmann

CONSELHO EDITORIALCONSULTIVOPres identeCarlos Henrique de Carvalho Fróes

MembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da SilvaFernando Antonio Quintella RibeiroJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMário César de Camargo

Secretár ioGilberto Geisselmann

Mário de Oliveira Antonino(Rec i f e -PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londr ina -PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo(Cur i t i ba -PR)EDRI 2001-03

Luiz Coelho de Oliveira(L imei ra-SP)EDRI 2003-05

Themístocles A. C. Pinho(Niterói-RJ)EDRI 2007-09

Antonio Hallage(Curitiba-PR)DRI 2009-11

arece haver uma certa unanimidade aose tentar definir o século 20, mesmo ago-ra, quando entre ele e nós já se interpõem

dez anos. O escritor britânico e prêmio Nobelde Literatura William Golding assim o resu-miu: “Não posso deixar de pensar que foi oséculo mais violento da história humana”. Oecologista francês René Dumont disse o mes-mo: “Vejo-o apenas como um século de mas-sacres e guerras”.

Essa violência, porém, não se circunscreveuà própria humanidade, como se fora um pro-cesso autofágico. Ela transbordou para o meio:consumiu espécies, habitats, desestabilizou oplaneta. Durante a maior parte do século pas-sado alguns gritaram contra essa outra violên-cia; a maioria não ouviu ou não quis ouvir.

O escritor Isaac Asimov registrou que emmeados do século 19 foi observado um bandode pombos selvagens voando em uma colunade 500 metros de largura que levou uma horapara passar pelo observador. Era cerca de umbilhão de pássaros. Hoje essa espécie de pom-bo está extinta.

Então veio o aquecimento global. Ele estácolocando em xeque o nosso estilo de vida, mes-mo nas nações mais fortes e estáveis, princi-palmente a partir dos anos 90. Começamos anos mexer.

No mês dedicado à paz mundial o RotaryInternational faz aniversário. Não se trata decoincidência. Nossa instituição tem sua razãode ser justamente no atributo que promove apaz: a compreensão. Nesta edição veremos queo Rotary foi ainda um dos precursores da ini-ciativa de conciliar os homens com o meio am-biente. Rotarianos pensavam em inserir cons-ciência ambiental no processo educacional dé-cadas antes das ONGs nascerem a partir des-sa ideia. De certa forma, Paul Harris pensounisso quando associou a organização e a ceri-mônia de plantio de árvores.

Com o fim das ideologias dicotômicas, oRotary tem uma função que concorre para asua maior visibilidade. Cabe a ele inspirar oshomens para que o século 21 não seja meracontinuação do anterior.

P

Page 6: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

4 FEVEREIRO DE 2010

Homenagem

Escritório do RI no Brasil

Home page:

http://www.rotary.org.br

Endereço

Rua Tagipuru, 209

São Paulo – SP – Brasil

CEP: 01156-000

Tel: (11) 3826-2966

Fax: (11) 3667-6575

Horário: 2ª a 6ª, de

8h às 17h

Gerente

Celso Fontanell i

celso.fontanell [email protected]

Quadro Social (Assistência aos

Governadores de Distrito e aos Clubes)

Débora Watanabe

<[email protected]>

Supervisor da Fundação Rotária

Edilson M. Gushiken

<[email protected]>

Supervisor Financeiro

Carlos A. Afonso

<[email protected]>

Encomendas de Publicações, Materiais

e Programas Audiovisuais

Clarita Urey

[email protected]

Tel.: (11) 3826-2966

Fax: (11) 3667-6575

Rotary International

Secretaria (Sede Mundial)

1560 Sherman

Avenue,Evanston,

Il 60201 USA

Phone: 00-21-1847 866-

3000

Fax: 00-21-1847 328-8554

Horário: 8h30 às 16h45

(horário de Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviço

Rotarianos perdem uma amiga

� ZILDA ARNS recebendo em 2001 o título Companheiro Paul Harrisdas mãos do então casal presidente do RI, Richard D. King e Cherie

No dia 12 de janeiro, o Bra-sil perdeu uma de suasmaiores vozes na luta con-

tra a pobreza – e os rotarianos bra-sileiros, em especial, uma ines-quecível amiga. Vítima do terre-moto que matou mais de 45 milpessoas e desabrigou outras 3 mi-lhões no Haiti, a pediatra e sani-tarista catarinense Zilda ArnsNeumann, de 75 anos, foi encon-trada nos escombros de uma igre-ja em Porto Príncipe, onde falavapara voluntários de um projetosocial voltado à infância.

Diretora internacional da Pasto-ral da Criança, organismo de açãosocial fundado por ela em 1983, eque já salvou a vida de milhões demeninos e meninas no Brasil e emoutros 20 países, Zilda Arns desen-volveu uma metodologia própria demultiplicação do conhecimento eda solidariedade entre os mais po-bres, inspirada no milagre bíblicoda multiplicação dos peixes e dospães. Uma ideia que vê no poder deunião de uma comunidade a saídapara resolver muitos de seus pro-blemas.

RECONHECIMENTOS

Por tudo que fez e inspirou, e pelaintensa parceria entre os Rotary

Clubs e a Pastoral da Criança emtodo o Brasil, Zilda Arns, entreos diversos prêmios que recebeuaqui e no exterior, foi homena-geada pelos rotarianos em pelomenos duas oportunidades: noano de 1998, quando o RotaryInternational outorgou a ela oPrêmio Jean Harris, em reconhe-cimento a sua extraordináriaatuação em prol do desenvolvi-mento e do progresso da mulherna sociedade; e o prêmio Com-panheiro Paul Harris, entregueno Rio de Janeiro, em 2001, peloentão casal presidente do RI,Richard D. King e Cherie.

A mobilização dos rotarianosdiante da tragédia no Haiti foiimediata. Até o fechamento des-ta edição, a ShelterBox tinha en-viado 500 contêineres de supri-mentos ao país. Além disso, maisde 100 Aquaboxes com água po-tável foram despachados para asáreas atingidas. Mais de US$75.000 foram doados pelo dis-trito 7020, do Caribe, que estácoordenando os esforços huma-nitários do Rotary no Haiti atra-vés de uma força-tarefa criada nopaís há dois anos para adminis-trar a ajuda financeira dos ro-tarianos à região.

Sérgio Afonso

BR

Page 7: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

5BRASIL ROTÁRIO

NA REDE

Leia os pronunciamentos e

as notícias do presidente

do RI John Kenny

acessando o site

www.rotary.org/president

MEUS COMPANHEIROS ROTARIANOS,

Mensagem do

Presidente

Mensagem do

Presidente

JOHN KENNY

Presidente do Rotary International

Cada um de nós, em algum momento, já ouviu a pergunta “o que é oRotary?”. Existem muitas maneiras de respondê-la, dependendo de quemestiver perguntando, do contexto e do tempo disponível. A resposta mais

curta e simples é que o Rotary é a organização humanitária mais antiga domundo. Esta é, com certeza, uma resposta acurada, porém incompleta, já quequalquer explicação verdadeira deve incluir como por intermédio do Rotaryprocuramos ir além dos objetivos de cada projeto humanitário específico. Tra-balhando juntos em nossos clubes, distritos e internacionalmente, procuramosestabelecer as bases de uma sociedade melhor, com amizade, confiança, ho-nestidade e esperança.

A estrutura do Rotary, juntamente com os projetos internacionais de nos-sos clubes, ajuda a estabelecer conexões entre rotarianos de países diver-sos. Nossa ênfase no comportamento ético e honesto constrói relacionamen-tos fortes e abertos entre indivíduos e nações. Nossos projetos humanitáriosde água, saúde e fome, e alfabetização ajudam a eliminar muitos dos obstá-culos práticos à paz. E nossa Fundação Rotária e os programas de Intercâm-bio de Jovens preparam os líderes de amanhã para serem construtores de ummundo mais pacífico.

Esses programas ajudam a formar cidadãos mais responsáveis de comuni-dades melhores – pessoas que têm uma perspectiva mais ampla, com olhos ementes abertos. Eles serão permanentemente marcados pelas suas experiên-cias e as compartilharão em suas vidas pessoais e profissionais. Essas são aspessoas que ajudarão a construir o tipo de futuro que nós, como rotarianos,procuramos criar.

O que é o Rotary? É uma rede de pessoas que se importam com os outros.Pessoas realistas, mas também otimistas, que reconhecem desafios e suaslimitações, assim como suas habilidades e responsabilidade por usá-las aomáximo. Se conseguirmos realizar a visão de Paul Harris do Rotary como umaorganização que promove boa vontade entre as nações, os corações dos ho-mens serão tocados e moldados para que a compreensão e a boa vontade mú-tuas tomem o lugar do medo e do ódio, como ele mesmo afirmou. Neste Mêsda Compreensão Mundial, lembremos destas palavras e não nos esqueçamosde nossa meta maior de companheirismo, compreensão e paz.

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6 FEVEREIRO DE 2010

Curtas Brasil

Fundação de Rotarianos deSão Paulo conquista prêmio

Um dos pontos altos do 2º Seminário sobre Fun-dação Rotária, ocorrido em 28 de novembro, em Brasília, foi a entrega do cheque de US$

5.017 à Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF). Recebido pelo coordenador regional da Fun-dação Rotária para a Zona 22B, Henrique Vasconcelos,

Associação Nacional dos Ma-gistrados da Justiça do Traba-lho (Anamatra), com sede em Brasília, premiou na categoria Instituição a Fundação de Rota-rianos de São Paulo (FRSP) pelo seu Programa de Aprendizagem

Profissional para Surdos e Pessoas com Deficiência Física. Resultado de uma parceria entre o Centro Profissionalizante Rio Branco (Cepro), uma das entidades mantidas pela Fundação, e o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo (Selur), o programa teve início na Unidade Oeste do Cepro e ofereceu inicialmente capacitação para 40 alunos com necessidades especiais. No se-

gundo semestre de 2009, mais duas turmas foram montadas e a formatura ocorreu em 22 de dezembro.

“A premiação demonstra o reconhecimento alcan-çado com o nosso trabalho e destaca a dedicação e o empenho de cada um dos profi ssionais envolvidos no programa”, declara Susana Penteado, coordenadora do Cepro Rio Branco. Susana também destaca que outro item que compõe a rotina dos alunos é o resgate e o fortalecimento da autoestima. Eles passam por 400 horas de aula para desenvolver habilidades, aprender noções de administração, atendimento e informática, e reforçar conhecimentos em português e matemática.

A premiação da Anamatra divide-se em três catego-rias – Imprensa, Instituição e Judiciário Cidadão – e foi instituída em 2007.

NO BRASIL

Rotarianos: 53.140; Clubes: 2.334; Distritos: 38; Rotarac-tianos: 14.973; Clubes: 651; Interactianos: 16.629; Clubes: 723; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 293; Voluntários: 6.739; Número de rotarianas: 10.486.Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de janeiro de 2010).

Quantos somosNO MUNDO

Rotarianos: 1.215.085; Clubes: 33.747; Distritos: 534; Países e regiões: 211; Rotaractianos: 184.046; Clubes: 8.002; Países: 167; Interactianos: 284.418; Clubes: 12.366; Países: 133; Núcleos Rotary de Desenvolvimen-to Comunitário: 6.866; Voluntários: 157.918; Países: 78; Número de rotarianas: 199.191.

Doação para a ABTRF

a quantia é fruto da parceria entre os clubes do distrito 4530 e as Faculda-

des Integradas UPIS.Na foto, em momento da entrega, o governador do

4530, Adriano Jorge Souto; Henrique Vasconcelos; o presidente da UPIS, Vicente Nogueira Filho; o EGD Francisco Fernando Schlabitz e o presidente do Rotary E-Club da Comunidade BR, Ataíde Barretto.

A

Page 9: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

7BRASIL ROTÁRIO

BR

Solidariedade sem fronteiras mais uma vez

ROTARIANOS E voluntários em ação no Equador

Um grupo de rota-rianos dos distritos 4310, 4510 e 4580

(Brasil) e 7390 (EUA) par-ticipou de uma missão hu-manitária no Equador em novembro do ano passado. O projeto teve como objeti-vo levar atendimento oftal-mológico, odontológico e médico à população carente dos bairros mais afastados de Guayaquil, cidade mais populosa do país. Também participaram da missão voluntários não rotarianos.

Em 2008, o grupo desenvolveu este mesmo trabalho no Quênia, como a Brasil Rotário mostrou na edi-

ção de abril do ano passado. Promovida pelo Rotary International, esta missão médica humanitária foi idealizada e é coordenada pela rotariana Connie Spark, atual governadora do distrito 7390.

Convenção do RI no Brasil

MASP E Estação da Luz: cartões postais de São Paulo

Diferente do que publicamos na edição de dezembro (número 1.050), a reunião do Conselho Diretor do Rotary International em que será apresentado um relatório sobre os preparativos da cidade de São Paulo

para a Convenção Internacional do RI vai acontecer em novembro de 2011. A Convenção de São Paulo, por sua vez, será realizada entre os dias 7 e 10 de junho de 2015.

Page 10: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

8 FEVEREIRO DE 2010

Curtas Mundo

Paquistão intensifica

combate à pólio

O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, vem participando publicamente da erradicação da poliomielite em seu país. No fim do ano

passado, ele lançou pessoalmente o Dia Nacional de Imunização (DNI), em Islamabad.

Rotarianos somaram-se aos agentes de saúde para conduzir o DNI, que durou três dias. A campanha al-cançou o recorde de 35 milhões de crianças vacinadas naquele país.

A filha do presidente e da ex-primeira ministra Benazir Bhutto, Aseefa Bhutto Zardari, juntou-se a

Homenagem a BenazirNa data de abertura do Dia Nacional de Imunização, o governo do Paquistão lançou um selo postal que retrata a ex-primeira ministra Benazir Bhutto oferecendo a vacina a sua filha, Aseefa Bhutto Zardari, a primeira criança imunizada no país, em 1994, quando a campanha começou. Naquele ano, 23 mil crianças paquistanesas morreram, vitimadas pela pólio, ou ficaram paralíticas.

Patrulha da fronteiraAs crianças das famílias dos emigrantes da fronteira do Afeganistão com Paquistão são as mais difíceis de se alcançar, no esforço de erradicação da poliomielite. Para assegurar a proteção das crianças, foram instalados locais para imunização em abrigos temporários, em ambos os lados da inquieta travessia da fronteira de Torkham.Os contêineres portáteis convertidos, patrocinados pela doação de US$ 13.858 por parte dos Parceiros Polio Plus, dispõem de ar condicionado, instalações sanitárias e capacidade de manter as vacinas refrigeradas. O Comitê Polio Plus paquistanês coordenou o projeto, a entrega e a insta-lação dos abrigos, que podem ser movidos para um novo local, quando não forem mais necessários na travessia de Torkham.

seu pai para apoiar o trabalho de livrar o Paquistão da pólio, e tornou-se a embaixadora do Unicef para a erradicação da doença no país. Também no fim de 2009, o presidente Zardari foi admitido como associado honorário do Rotary Club de Karachi Bay (foto).

Em abril, o Conselho de Legislação – considerado “o Parlamento rotá-rio” – se reunirá para mais um encontro trienal, em Chicago, EUA.

Nos primeiros tempos do Rotary, as mudanças no Estatuto e Regimento Interno eram realizadas durante as convenções anuais, primeiramente pelo plenário, e, posteriormente, por um conselho de legislação.

O Conselho de 1977 (foto) adotou a providência de criar dois encontros separados. No histórico Con-selho de 1989, os rotarianos votaram o artigo 328-117, para a admissão de mulheres no Rotary no mundo inteiro, e, em 1990, o número de rotarianas já passava de 20 mil.

*Reportagens de Dan Nixon, da The Rotarian.Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Conselho de Legislação se reúne em Chicago

Page 11: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

9BRASIL ROTÁRIO

Primeiro IGE em cadeiras de rodas

Cidade sede da Convenção de 2010 do Rotary International, Montreal, no Canadá, oferece alguns dos melhores sanduíches de carne

defumada do mundo. Ainda que muitos cardápios se restrinjam apenas a informar a existência desse tipo de iguaria, há sites na internet totalmente dedicados a distinguir uma variedade da outra. Todas combinam com soda de cereja.

Entre 20 e 23 de junho, os rotarianos que es-tiverem em Montreal para a Convenção de 2010 poderão experimentar os famosos sanduíches na delicatessen Schwartz’s, de origem hebraica, que fica no número 3.895 do Boulevard St-Laurent. Outras conhecidas delis são a Lester’s, no número 1.057 da Bernard Ouest, e a Dunn’s, presente em diversos pontos da cidade.

A inscrição para a Convenção de Montreal pode ser feita pelo site do RI, no endereço

www.rotary.org/convention.

Passeio gastronômico na Convenção de MontrealUm IGE realizado em 2009 proporcionou a uma

equipe dos EUA, em viagem ao distrito 9680, na Austrália, a oportunidade de competir numa

corrida de veleiros, subir ao pico de uma montanha e conhecer outros profi ssionais. Eles formaram o primeiro IGE inteiramente em cadeira de rodas.

“A intenção foi desfazer a impressão sobre pessoas que usam cadeiras de rodas”, explica o patrulheiro aposentado Robb Martin, de Prescott, no Arizona, que fi cou paralítico do tronco para baixo, após um acidente de carro, em 2005. “O fato de estar em cadeira de rodas não signifi ca que sejamos impossibilitados de agir como as pessoas fi sicamente capazes.”

O EGD do distrito 5490 Charlie Tegarden teve a ideia do IGE após uma viagem com a cadeirante Darol Kubacz para um projeto distrital, no México. Kubacz, associada do Rotary Club de Phoenix-West, foi a líder do IGE no Arizona.

Martin entusiasmou-se com o Rotary, após a experiên-cia: “Encontrei uma forma de sair e ajudar a comunidade. Gostaria de ser líder de equipe num futuro IGE”.

*Da The Rotarian.Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Jennifer Lee Atkin*

Page 12: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

10 FEVEREIRO DE 2010

Coluna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do Rotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary International

Antonio Hallage

Coluna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do Rotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary International

O

Serviços Profissionais: a avenida da excelênciaserviço profissional é odesafio do Rotary. É a ca-racterística que distingue

o Rotary como organização úni-ca entre as muitas existentes. Nãoé exagero dizer que tal caracte-rística se constitui numa das prin-cipais justificativas para a exis-tência do Rotary. E o mundo pre-cisa, hoje como nunca, da concep-ção rotária de servir através daprofissão. Porque esta é uma épo-ca de transformações e o Rotarytem como finalidade transformaro ser humano.

Ao compartilhar a concepçãorotária com seus pares, o profis-sional rotariano deixa de lado apostura investigativa do carátermoral de seus companheiros deprofissão. Ele passa a gerarexemplos e explicar a nossa vi-são de atuação responsável eética, auxiliando esses mesmoscompanheiros a expressaremum ideal em suas práticas e de-cisões diárias.

CRÉDITO DE CONFIANÇATenho uma experiência que gos-taria de compartilhar. Ela demons-tra a necessidade de atuarmos deforma responsável e ética em nos-sa profissão.

Eu estava em uma reunião coma diretoria de uma multinacional.Deveria apresentar a solução paraalguns atrasos na entrega de umdeterminado produto, fundamen-tal para a implantação de um siste-ma de telecomunicações na empre-sa; algo com um alto valor agrega-

do. Após apresentar novo cronogra-ma que pudesse reparar em parte oatraso, fui questionado pelo presi-dente da empresa:

“Qual a garantia que teremos deque vocês irão cumprir estes novosprazos?”. Ia responder, quando umdos diretores presentes à reunião,apontando para a minha lapela, dis-se: “Ele é rotariano, podemos confi-ar em seu empenho em consegui-lo”.Foi nos dado o crédito de confiançae a minha responsabilidade foi imen-samente ampliada.

Após aquela reunião, cumprir oprometido tornou-se para mim nãosó uma questão profissional, masuma necessidade de provar que aafirmação daquele diretor era váli-da. Como rotariano, senti-me aomesmo tempo orgulhoso e compro-metido.

Cumprimos o prazo. E eu jamaisme esqueci da imagem poderosa de

integridade e de responsabilidadeque portar um distintivo do Rota-ry na lapela representa.

Sou filho honrado de um imi-grante libanês, que chegou ao Bra-sil em 1918, no mesmo ano em queo Rotary se instalava na AméricaLatina. E se há algumas lições queele me deixou, relembro:� Ame sua família acima até devocê mesmo;� Tenha uma profissão, pois este éo maior legado que um pai podedeixar para um filho;� Exerça sua profissão e faça tudona vida sendo verdadeiro, hones-to e justo.

E eu o vi sempre agindo dessaforma.

No Rotary os ensinamentosnão são diferentes quando se tratada Avenida de Serviços Profissio-nais. Nas 322 páginas do Manualde Procedimento, três páginas são

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11BRASIL ROTÁRIO

BR

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dedicadas aos Serviços Profissio-nais. Somente três páginas.

Mas essas três nos falam que osServiços Profissionais são o veículopelo qual o Rotary promove e apoiaa aplicação do Ideal de Servir.

Elas falam de ética; um princí-pio que não pode ter fim.

Falam da lealdade a emprega-dores e empregados e do trata-mento justo entre eles.

Falam em reconhecimento dovalor de todas as ocupações úteis.

Falam da utilização dos nossosconhecimentos profissionais paraa solução das carências da comu-nidade a qual servimos.

Falam da integridade e da jus-tiça para com associados, clien-tes e concorrentes, e que estespodem ser nossos aliados e nãonossos inimigos.

Falam da Prova Quádrupla.Falam da nossa participação

em entidades de classe de formaexemplar.

Falam de orientação vocacio-nal aos jovens, nos remetendo aofuturo e mostrando que ele está emnossas mãos.

Elas falam da vinculação dosServiços Profissionais à constru-ção de uma melhor comunidade.

E tudo isso em apenas três pá-ginas. Trata-se da busca da ex-celência.

DOIS EXEMPLOS

Gostaria de usar dois exemplospara destacar a importância deprojetos de Serviços Profissio-nais na formação do caráter éti-co e na propagação dos valoresna comunidade.

O primeiro exemplo se refere aum projeto iniciado na Universida-de Virginia Tech, desenvolvido peloJosephson Institute of Ethics, e quejá foi utilizado em outros países.Por meio de um Subsídio Equiva-lente, o mesmo teve aplicação em

60 escolas na cidade de Joinville, emSanta Catarina, pelos clubes ali exis-tentes, do distrito 4650. O projeto in-titula-se O Caráter Conta.

Sendo facilmente replicável emqualquer comunidade, destina-se aajudar os educadores a trabalhar comcrianças e jovens, visando desenvol-ver os valores éticos e fortalecer ocaráter para que venham a se tornarprofissionais e cidadãos íntegros.

Permite despertar nessas criançase jovens, por meio de uma metodolo-gia lúdica e eficaz, a noção de que osseis pilares do caráter – sinceridade,respeito, responsabilidade, zelo, sen-so de justiça e cidadania – são funda-mentais para nortear as vidas pesso-

ais e para construir uma comunidadeharmoniosa e feliz. A metodologialeva à comprovação de que:� Devemos exercitar o caráter parater força moral e vigor para os mo-mentos em que formos testados – ecertamente o seremos;� Devemos responder positivamen-te e com firmeza, resistindo à tenta-ção de colocar a popularidade, o bem-estar e o conforto acima da ética.

Enfim, fazer a coisa certa em pe-quenos assuntos dá a confiança e aexperiência necessárias para o en-frentamento de desafios maiores,quando eles vierem.

Outro projeto é o que imple-menta, também nas escolas, um li-vreto que demonstra de forma ob-jetiva os conceitos implícitos naProva Quádrupla. Com ilustraçõese linguagem adequadas, a obra foiinspirada no “The Four-Way Colo-ring Book”, do Rotary Club de Mil-len, na Geórgia, EUA (D. 6920), eadaptado às nuances culturais eesportivas brasileiras.

Estes dois exemplos foram ci-tados por revelarem uma impor-tante tarefa na Avenida de Servi-ços Profissionais: o preparo de in-divíduos e futuros profissionaismelhores nas comunidades a par-tir das crianças e jovens. É neces-sário chegar a eles antes dos agen-tes do crime e das drogas. É neces-sário dar um sentido à vida dessesalunos, ensiná-los desde cedo a en-frentar os desafios que terão quesuperar e desenvolver a excelên-cia em seu caráter.

Finalizo com um poema de Si-donio Muralha, que, a meu ver, va-loriza adequadamente o caráter:

Parar. Parar não paro.

Esquecer. Esquecer não esqueço.

Se caráter custa caro

Pago o preço.

Pago embora seja raro.

Mas homem não tem avesso

e o peso da pedra eu comparo

à força do arremesso.

Um rio, só se for claro.

Correr, sim, mas sem tropeço.

Mas se tropeçar não paro

– não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo

Nem me pergunte se padeço.

Não sou nem serei avaro

– se caráter custa caro

pago o preço.

Fazer a coisa certa

em pequenos

assuntos dá a

confiança e

a experiência

necessárias para o

enfrentamento de

desafios maiores,

quando eles vierem

Page 14: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

12 FEVEREIRO DE 2010

Oriente

Brasil

Em direção ao

Rodovia ligando o Acre ao Oceano Pacífico dará um novo impulso à economia brasileira

Page 15: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

13BRASIL ROTÁRIO

Prevista para acontecer até o fi nal deste ano, a conclusão da

rodovia Interoceânica, que vai ligar o Brasil ao Oceano Pacífi co,

marcará nosso país de maneira radical. Estaremos ligados com

os maiores portos do Peru, de frente para o Oriente e países como

China, Japão e Hong Kong, e ao lado da Costa Oeste dos EUA. Os

estados da região Centro-Oeste e Norte do Brasil – principalmente

Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre, porta de entrada para

o Peru e o Pacífi co – serão os principais benefi ciados com a obra.

George Teixeira Pinheiro*

Pela primeira vez, teremos uma rota terrestre integran-do as economias iniciantes

brasileiras, sejam elas agrícolas, agroindustriais ou extrativistas. Será benefi ciada também a Zona Franca de Manaus, cujas indústrias serão premiadas com investimentos de infraestrutura nunca antes feitos na região, e tendo a oportunidade de concorrer nos países da América do Sul e, principalmente, de chegar às novas economias do Oriente, com redução sem precedentes nos custos de transportes dos nossos produtos, integrando em novo contexto geopo-lítico nossos países vizinhos.

Principal premissa da obra: com a Interoceânica, serão apro-ximadamente 14 dias a menos de transporte marítimo em relação às rotas atuais, que usam os portos do Centro e do Sul do Brasil. Serão 3.714 milhas marítimas a menos para atingir o novo e promissor mercado do Oriente, e nós em-presários sabemos quanto custa este tempo a menos em vantagens financeiras para o nosso país.

O Brasil ganhará agilidade: menos tempo para entregar e receber suas mercadorias, e a um custo muito menor, o que aumentará sua capaci-dade de concorrer com outros países e colocar nossos produtos em mercados muito mais competitivos.

Além disso, os estados mais be-neficiados com esta ligação serão imediatamente os de Rondônia e do Acre, os mais periféricos da economia brasileira. Ambos em breve com a possibilidade de crescer economica-mente, como já aconteceu com os es-tados do Sul do país (principalmente por causa da criação do Mercosul), considerando-se suas proximidades com o Peru, a Bolívia e uma popula-ção de mais de 30 milhões de pessoas, em um raio de 700 quilômetros.

PERTO DOS VIZINHOSAproveitando esta logística, já estão sendo feitas gestões políticas para a criação de uma Zona de Processa-mento de Exportação em Rio Branco. Cidade com pouco mais de 300 mil habitantes, a capital do Acre está

A rota ligará Rio Branco aos portos de Maratani e Ilo

Page 16: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

14 Fevereiro de 2010

situada a 50 minutos de voo de Porto Velho, a duas horas de Manaus e de Cuiabá, a mais de três horas de Bra-sília e a quase cinco horas de voo de São Paulo e Rio de Janeiro.

Mas olhando para a América do Sul, Rio Branco está a apenas uma hora de voo de Lima, capital do Peru, cidade de quase 9 milhões de habitantes, e a uma hora de Cuzco, cidade que é a capital cultural da América Latina e recebe mais de 1 milhão de turistas por ano.

Rio Branco fica também a uma hora de voo de La Paz, capital da Bolívia – e mais perto das capitais da Venezuela, do Equador e de suas principais cidades do que de nossa capital, Brasília.

A efetiva conclusão da rodovia Interoceânica vai fazer com que qualquer turista brasileiro possa sair de sua cidade e chegar de carro ao Pa-cífico, passando por um único país: o Peru. Este trajeto poderá ser feito, por exemplo, saindo de Brasília, passando por Cuiabá, Rio Branco e Cuzco, em pouco mais de três dias de viagem, por estradas de primeira categoria, principalmente na parte peruana.

Uma viagem por pouco mais de 500 quilômetros da Amazônia Pe-ruana, com menos de 300 metros de altitude, subindo os Andes e chegando a mais de 4.000 metros, experimentando temperaturas tro-picais de 30 a 35 graus Celsius, que

rapidamente podem baixar a 3 ou 4 graus – ou, dependendo da época do ano, a temperaturas negativas.

TurismoTrafegar pela rodovia Interoceânica já será um atrativo turístico. A estrada que liga Rio Branco a Cuzco possui 1.000 quilômetros de extensão, e hoje já pode ser percorrida em dois dias, inclusive em ônibus diários, em uma linha inter-nacional que opera desde maio de 2009.

Em relação ao Acre, a conclusão da Interoceânica reescreverá a his-tória econômica e cultural do estado, e o Brasil verá esta região como uma nova oportunidade de negócios e, principalmente, de Integração Latino

“Como governador do distrito 4720 em 2001-02, participei de diversos eventos rotários na Bolívia e no Peru, inclusive como palestrante no Instituto Rotário de Lima, onde falei sobre o projeto da rodovia Inte-roceânica. O mesmo aconteceu em nossa Conferência Panamazônica, realizada em 2003 na cidade de

Manaus. Além disso, nos últimos 30 anos realizamos diversos eventos, como seminários internacionais tripartites, onde assuntos rotários são tratados, mas sempre dando ênfase à ligação do Brasil com o Oceano Pacífico, uma obra do in-teresse de países e rotarianos latino americanos.”

Americana. Aliás, como já foi feito por nossos antepassados há centenas de anos, quando os incas saíam da Costa do Peru, no Pacífico, através de Cuzco, sua capital nos Andes, e desciam os rios em direção à Amazônia, hoje brasileira, até a foz do rio Amazonas e o Oceano Atlântico, no Pará – cuja maior herança, a propósito, é a nossa cerâmica marajoara, semelhante à cerâmica incaica.

* O autor é ex-governador do dis-trito 4720, associado do RC de Rio Branco-Penápolis, AC (D.4720), presidente da Federação das Asso-ciações Comerciais do Acre e cônsul honorário do Peru no Acre.

A participação do Rotary

GEORGE PINHEIRO (ao centro) na Semana da Amazônia em Cuzco, no Peru, em maio do ano passado

Conclusão da obra

irá reescrever a

história econômica e

cultural do Norte do

Brasil e estimulará

a Integração Latino

Americana

BR

Page 17: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

15Brasil rotário

Suplemento do RotaRy WoRld magazine pReSS

CONSTRUÇÃO DOS ALICERCES DA PAZ

FIM DAS MINAS TERRESTRES

EX-BOLSISTAS EXPÕEM SEUS PENSAMENTOS

Paz e resolução de conflitos em foco

Construção dos alicerces da pazPromotores da paz enfrentarão novos desafios em uma época marcada por pequenos conflitos

“O simples fato de conseguir o diálogo entre inimigos é o primeiro passo para a comunicação e a compreensão mútua.”

— Cyril Noirtin

No século 20, aproximadamente 150 milhões de pessoas morreram devido a guerras, genocídio ou atos de violên-cia. Esta triste estimativa não leva em consideração as inúmeras mortes e danos causados por motivos egoístas, triviais ou, pior ainda, sem motivo algum.

O século 20 foi o mais sangrento da história, combinando a brutalidade mais baixa com os mais sofisticados instrumentos tecnológicos criados por mentes brilhantes. Neste início do sé-culo 21, podemos observar uma conti-nuação desta tendência com a guerra no Iraque, hostilidades no Oriente Médio, combates na África, disputas envolven-do Afeganistão, Índia e Paquistão, e atos terroristas no mundo todo. Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, e incidentes posteriores em Madri, Londres e Mum-bai, na Índia, demonstraram claramente que um pequeno grupo de pessoas com más intenções pode abalar não apenas os mais fracos, mas também aqueles que parecem fortes e seguros.

É loucura acreditar em um mundo sem guerras? É ingenuidade acreditar que conflitos podem ser resolvi-

dos com bom senso e dedicação? Quais são as causas dos conflitos e como podemos neutralizá-las antes que fujam do controle? A descoberta dos horrores dos campos de concentração nazistas e a constatação de

que uma arma apenas podia levar à destruição, como observada no Ja-pão, não foram suficientes para inti-midar os promotores da paz, inclusive rotarianos, a criar as Nações Unidas. Também não impediram os esforços de organizações e pessoas dedicadas a construir a paz.

Direitos humanosO Rotary adotou a busca da paz como meta desde suas primeiras décadas de existência. Os rotarianos trabalham pela paz através de projetos de servi-ços comunitários em esforços coorde-nados com a ONU e contribuições da Fundação Rotária, que apoiam esfor-ços humanitários e educacionais. Cen-tenas de formandos dos sete Centros

Rotary de Estudos Internacionais na Área de Paz e Re-solução de Conflitos estão ocupando seu lugar na nova geração de promotores da paz.

Page 18: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

16 Fevereiro de 2010

Uma organização não governa-mental (ONG) que compartilha a visão do Rotary é o Carter Center, fundado em 1982 pelo ex-presi-dente americano Jimmy Carter e sua esposa Rosalynn, com a espe-rança de construir “um mundo no qual cada homem, mulher e crian-ça tenha a oportunidade de ter saúde e viver em paz”.

John Stremlau, que passou oito anos lecionando na África do Sul antes de assumir o cargo de vice-presidente de programas Pró-Paz do centro, acredita que a chave da paz está na Declaração Universal dos Direitos Humanos assinada pela ONU em 1948. “As pessoas têm que aceitar a noção de igual-dade”, ele explica. “Até que possa-mos garantir direitos humanos a todos, existirá a insatisfação que impulsiona os terroristas.”

Stremlau aplaude organizações e indivíduos que trabalham para curar doenças, uma necessidade que, sanada, ajuda a trazer estabi-lidade. No entanto, ele acha que os alicerces da paz estão no estabele-cimento de uma estrutura política sólida. “Podemos curar pessoas, mas se elas continuarem sendo atacadas por causa de sua etnia, não se pode dizer que houve muito progresso”, ele argumenta.

Na Declaração Universal dos Direitos Humanos está implícita a “realização de eleições livres e justas”. Ele vê na monitoração de eleições uma maneira de as ONGs buscarem a paz. Stremlau ajudou

1901 Alfred Nobel, inventor

da dinamite, ganha o primeiro

prêmio que recebeu seu nome.

1907 Estabelecidas algumas

regras na Conferência de Paz

de Haia.

1914 O Rotary Club de

Minneapolis, EUA, sugere à

Associação Internacional de

Rotary Clubs que todos os

clubes sejam defensores da paz.

1919 O Tratado de Versalhes

reconhece o fim da Primeira

Guerra Mundial.

1920 Formada a Liga das

Nações.

1922 Na

convenção do

Rotary em Los

Angeles, a paz

internacional é incorporada ao

Objetivo do Rotary e o nome da

organização muda para Rotary

International.

1928 A Fundação Rotária,

surgida em 1917 como

um fundo de dotações,

se transforma em

entidade do Rotary

International.

1930 Gandhi

organiza na Índia

a Marcha do Sal,

que levaria à

independência

do país do jugo

britânico.

a monitorar as eleições de 2008 em Gana através do Carter Center e con-ta que a pressão externa foi impor-tante para garantir uma transição tranquila de poder.

“Acho que se não estivéssemos lá [com a ajuda de outros grupos de monitoria], talvez a transição não tivesse se realizado”, ele conta. De acordo com a ONU, a assistência eleitoral vem se tornando uma parte cada vez mais importante das ope-rações de implementação da paz. A organização já apoiou eleições em vários países recém-saídos de situa-ções de conflito — entre eles Afega-

nistão, República Democrática do Congo, Timor Leste, Haiti, Iraque, Libéria e Nepal — dando a aproxi-madamente 57 milhões de cidadãos o direito de voto.

Casos como o das eleições em Gana provam que o investimento em paz e estabilidade é bem mais barato em termos sociais e econômicos do que outra alternativa. “Foi emocio-nante estar envolvido nas eleições de Gana, onde pudemos mostrar ao

mundo que somos capazes de garan-tir a democracia”, conta Stremlau.

Educação E saúdE “Na minha opinião, o maior obstá-culo à resolução de conflitos é a falta de comunicação”, diz Cyril Noirtin, associado do Rotary Club de Paris Agora, na França, e representante do Rotary International na Unes-co. “Sem nos comunicarmos não somos capazes de promover cons-ciência das diferenças culturais ou dos principais problemas e solu-ções. O simples fato de conseguir o diálogo entre inimigos é o primeiro passo para a comunicação e a com-preensão mútua.”

“Também é importante garantir o acesso a recursos vitais como água potável, alimentos, educação básica e atendimento médico, áreas em que o Rotary se destaca. Comunidades ca-rentes não têm nada a perder e a guer-ra acaba se tornando a única opção.”

Andrezza Zeitune, ex-Bolsista Rotary pela Paz Mundial que agora trabalha na Unesco em Paris como contato com ONGs internacionais, concorda com Noirtin e elogia o tra-balho do Rotary em sua luta contra a pólio. “Uma sociedade educada e livre de doenças é menos suscetível a con-flitos e mais aberta a desenvolvimen-to e paz”, ela explica. Zeitune acredita que governos corruptos são um gran-de obstáculo à paz, pois impedem o desenvolvimento usan do a riqueza de seu país em benefício próprio. “A me-lhor maneira de combater este obstá-culo é educar a população.”

“ Há uma nova geração de especialistas sendo formados, cheios de conhecimento e entusiasmo.”

— Jan Egeland

Page 19: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

17BRASIL ROTÁRIO

1939 Eclode a Segunda Guerra

Mundial.

1940 Na convenção

internacional em Havana ficou

decidido que o Rotary não

poderia existir sem “liberdade,

justiça, verdade, inviolabilidade

da palavra dada e respeito

pelos direitos humanos”, que se

tornou a base para a Declaração

Universal dos Direitos Humanos

emitida pelas Nações Unidas

oito anos depois.

1942 Rotarianos

de Londres

convocam

uma conferência à qual

compareceram representantes

de 21 nações, que serviu para o

desenvolvimento da Unesco.

1945 A conferência para a

fundação das Nações Unidas

em São Francisco contou com

a presença de mais

de 40 rotarianos. O

secretário de estado

americano, Edward R.

Stettinius, declarou

que a presença do

grupo foi um reconhecimento

ao papel prático

que os rotarianos

desempenham

e continuarão

desempenhando pelo

entendimento entre

os povos.

Fim da Segunda Guerra

Mundial

1958 O artista britânico

Gerald Holtom cria um

símbolo para o

Comitê Contra a

Guerra Nuclear. Sua

criação viria a se

tornar o símbolo

da paz.

Zeitune vê os programas pró-ju-ventude do Rotary como um passo em um longo caminho rumo à paz. “Eu acredito que a paz é possível através de laços de amizade, de pre-ferência entre os jovens”, ela diz. “Um dia estes jovens serão líderes mundiais que usarão sua experi-ência internacional para tomar de-cisões que beneficiem não só seus países, mas também aqueles de seus amigos.”

Apesar de o século passado ter sido um dos mais violentos, nele houve também o desenvolvimen-to de programas de estudo de paz e resolução de conflitos, como os Centros Rotary. Jan Egeland, um experiente promotor da paz da ONU e diretor do Instituto Norueguês de Assuntos Internacionais, vê grande potencial nestes programas.

“Acho uma ideia brilhante do Ro-tary investir na educação de jovens na área de mediação e resolução de conflitos”, diz Egeland. “Vejo uma geração inteira de novos especialistas se formando cheia de conhecimento e entusiasmo. Formandos dos Centros Rotary são capazes de realmente lu-tar pela paz, e isto inclui pressionar a ONU para fazer ainda mais.”

“Eu sou um otimista”, ele conti-nua. “Acho que ainda vamos ver coi-sas incríveis.” Mas Egeland também acredita que diversas nações e pesso-as poderiam fazer mais, especialmen-te no que diz respeito à prevenção de doenças com vistas a promover es-tabilidade. “Não podemos permitir que 10 milhões de crianças morram

a cada ano de doenças que poderiam ser evitadas. Temos sim o poder de acabar com a miséria.”

UMA RAZÃO PARA SE TER ESPERANÇA? As crenças destes promotores de paz — de que a democracia, comunica-ção de qualidade, melhor educação e ganhos em saúde estão levando o mundo à paz — são baseadas em coisas mais concretas de que oti-mismo e esperança. Apesar do sofri-mento diário das pessoas morando em um dos 16 países onde a ONU realiza operações de promoção de paz, ou, no caso dos refugiados, fora desses países, há uma forte evidên-cia de que o mundo está se tornando mais pacífico.

De acordo com o Relatório sobre a Segurança Humana de 2005 — um projeto de pesquisa realizado na Simon Fraser University, em Vancouver, Canadá — depois do fim da Guerra Fria, no começo dos anos 90, conflitos armados dimi-nuíram mais de 40%, e os mais fa-tais (aqueles que envolvem mais de 1.000 mortes em batalha) caíram 80%. “Com o Conselho de Seguran-ça não mais paralisado pelas polí-ticas da Guerra Fria, a ONU pôde iniciar uma verdadeira explosão de prevenção de conflitos, promoção de paz e atividades de construção de paz pós-conflito”, diz o rela-tório. Mesmo com os genocídios ocorridos em Ruanda em 1994 e na Bósnia em 1995, houve uma queda

A BRASILEIRA Izabela Pereira, que trabalha para a ONU no Timor Leste, fez pesquisa no Senegal enquanto era Bolsista pela Paz Mundial

Page 20: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

18 Fevereiro de 2010

de 80% nos massacres cau-sados por religião, etnia ou crenças políticas.

O relatório indicou que, desde o começo da década de 90, “mais conflitos aca-baram em acordos e me-nos em vitórias, em grande parte porque esforços para a promoção de paz obtêm cada vez mais sucesso”. O lado ruim é que aproxima-damente um terço desses acordos é quebrado em me-nos de 5 anos.

Foi também confirmada a rela-ção entre conflito armado e pobre-za, detectando-se que quanto maior a renda per capita, mais forte o es-tado, o que significa mais recursos para acabar com rebeliões ou tratar das injustiças que as causam.

A ligação entre paz e democra-cia vem da descoberta de que o declínio de conflitos está ligado ao aumento do número de países democratas — de 26% em 1975 a 58% em 2005.

“Os países que são menos vio-lentos tendem a ser democratas”, de acordo com Steven Pinker, aclamado professor de psicologia da Harvard University e autor do livro “The Better Angels of Our Nature: How We Became Less Violent”, nas livrarias em 2011. Pinker diz que a ideia de que o mundo pode se tornar mais pacífi-co do que jamais foi ainda surpre-ende muitas pessoas.

“Ao contrário da crença popular de que estamos vivendo em uma

1959 O livro

publicado pelo

RI, “Seven Paths to

Peace”, sobre serviços

internacionais, é

apresentado na

convenção do RI de

Nova York.

1962 Crise dos mísseis de

Cuba.

1964 Martin Luther

King Jr. recebe o

Nobel da Paz.

1968 Levantes

estudantis e

protestos sacodem

o mundo. Martin Luther King

Jr. é assassinado. As nações do

Pacto de Varsóvia invadem a

Tchecoslováquia.

1975 Fim da Guerra do

Vietnã, que durou 16 anos.

1980 Guerra civil em El

Salvador.

1981 Na convenção

do RI em São

Paulo, o japonês

Noburu Iwamura

ganha o primeiro

Prêmio Rotary para a Paz e Compreensão Mundial por seu

trabalho em prol dos pobres e

doentes do Nepal e de outras

partes da Ásia.

1985 O líder

soviético Mikhail

Gorbachev lança

a glasnost e a

perestroika.

JAN EGELAND, veterano em assuntos da paz, fala durante o Simpósio Rotary sobre Paz Mundial de 2009

época de extrema violência, nossos antepassados foram muito mais vio-lentos do que nós”, diz Pinker, ofe-recendo uma perspectiva de longo prazo. “Nós provavelmente estamos na época mais pacífica já vivida pela nossa espécie.”

Egeland, num discurso a rotaria-nos e ex-bolsistas do programa Ro-tary pela Paz Mundial no Simpósio Rotary sobre Paz Mundial de 2009 em Birmingham, Inglaterra, desta-cou que “os conflitos que acontecem atualmente são, em sua maioria, in-ternos — guerras civis, lutas de tri-bos, rebeliões religiosas, étnicas e culturais, tais como as do Paquistão e Afeganistão.

“Aqueles que se tornarem pro-motores da paz no futuro não ne-gociarão com países de grande importância. Eles trabalharão em situações complexas, concentran-do-se no alívio do sofrimento da população civil, mulheres e crian-ças vítimas de guerra”.

A afirmação de que grandes con-

flitos entre estados estão em constante declínio foi feita por John Mueller, um conhecido professor de ciência política da Ohio State University e autor do livro “Atomic Obses-sion: Nuclear Alarmism from Hiroshima to Al Qaeda”. Se-gundo Mueller, conflitos re-gionais têm diminuído. Na África, embora a violência não deixe de trazer sofrimento aos afetados, ela está mais para “empreendimento criminoso” baseado em ganho pessoal e

corrupção do que para guerra civil causada por razões políticas.

“Presenciamos não apenas o fim das guerras entre países desenvol-vidos, mas também a diminuição de ameaças terroristas”, relata Muel-ler. “A chance de um indivíduo ou grupo terrorista acionar uma arma nuclear é microscópica”, ele explica. “Eu faço parte de uma minoria que acredita nisto.” Mas ele reconhece o conforto gerado por suas convic-ções: “Mesmo as pessoas que não concordam comigo esperam que eu esteja certo”.

Mueller diz que se ele estiver correto, “uma das coisas mais in-teressantes na história da espécie humana pode estar acontecendo. Supondo que seja verdade, isso é ex-tremamente importante”.

Isso significa que nós estamos, de fato, no caminho que leva à paz? “Se-ria loucura afirmar com certeza”, diz Mueller. “Digamos apenas que está relativamente bom.”

— Paul Engleman

Page 21: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

19Brasil rotário

1988 A Fundação Rotária

realiza seu primeiro fórum

da paz, pavimentando o

caminho para a criação dos

Centros Rotary de Estudos

Internacionais na Área de Paz e

Resolução de Conflitos.

1989 Queda do Muro de

Berlim. Protestos na Praça da

Paz Celestial, em Pequim.

1990 Lech Wałesa é o

primeiro presidente eleito

em processo democrático na

Polônia. Nelson Mandela é solto

da prisão na África do Sul.

1991 Colapso da União

Soviética. Os Estados Unidos

lançam a operação Tempestade no

Deserto. A África do Sul invalida as

últimas leis do apartheid.

Praticamente desde quando a pri-meira bomba atômica foi detonada em Hiroshima, Japão, em 1945, o debate sobre desarmamento passou a enfocar armas que causam ime-diata destruição em massa. Como a corrida armamentista aumentou e os avanços tecnológicos levaram à criação de armas cada vez mais ca-ras e eficientes, o controle de minas terrestres, uma das armas de guerra mais traiçoeiras, foi deixado de lado.

Simples e barata — e desenvolvida mais para mutilar do que para matar — a mina terrestre é uma arma que continua fazendo vítimas mesmo de-pois das guerras terem terminado. A primeira vez em que o seu uso teve grande destaque foi durante a Se-gunda Guerra Mundial. Desde então, ela tem sido usada em muitos confli-tos, entre eles a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã, a Guerra dos Bál-cãs e as guerras civis na África.

No início, as minas terrestres ser-viam como mecanismo de defesa, para proteger fronteiras e acampa-mentos. Mais tarde, começaram a ser usadas como armas ofensivas, destinadas a ferir civis. Quando uti-lizadas como estratégia defensiva, campos minados eram geralmente demarcados e mapeados. Quando essa prática acabou, o processo de limpeza dos campos se tornou peri-goso, demorado e mais caro. Foi es-timado que a produção de uma mina

Os vestígios mortais da guerraFim das minas terrestres

terrestre custa apenas US$ 1, mas sua identificação e remoção custam em torno de US$ 1.000.

Aproximadamente 80 países estão contaminados por minas terrestres ativas e outros explosivos. Juntos, eles causaram mais de 5.000 aciden-tes em 2007, dos quais 1.400 foram fatais, segundo o Monitor de Minas Terrestres, um periódico da Campa-

nha Internacional pelo Banimento das Minas Terrestres (ICBL). Cer-ca de 75% dos afetados por tais aci-dentes eram civis, e mais ou menos metade deles, crianças. No entanto, houve uma queda significativa des-de 2002, quando aproximadamente 11.700 aci dentes foram relatados; uma indicação de que os esforços de muitas organizações, inclusive o Ro-tary, estão gerando resultados.

O movimento para banir minas terrestres começou no início dos

anos 90, quando um grupo de seis organizações não governamentais, inclusive Médicos pelos Direitos Humanos e Handicap Internatio-nal, uniram-se depois de presen-ciarem os efeitos devastadores que as minas terrestres tiveram nas co-munidades em que estavam traba-lhando. Em outubro de 1992, elas formaram o ICBL, uma rede que se espalhou por mais de 70 países. A organização enviou funcionários pelo mundo inteiro, levando 122 estados a assinarem o Tratado de Erradicação das Minas em Ottawa, Canadá, em 1997. Pelos seus esfor-ços, o ICBL recebeu o prêmio No-bel da Paz naquele ano.

Atualmente, 156 países fazem parte do Tratado de Erradicação das Minas, com exceção de China, Índia, Rússia e Estados Unidos. Embora forneçam mais fundos do que qualquer outro país ao ICBL, os Estados Unidos se negaram a as-sinar o tratado devido ao 1 milhão de minas terrestres que possuem ao longo da área desmilitarizada perto da Coreia do Sul, que, segundo eles, visam deter um possível ataque da Coreia do Norte. A recusa da Índia em assinar o tratado está relaciona-da às minas que mantém na fron-teira com o Paquistão.

Como consequência do traba-lho de rotarianos contra minas terrestres, surgiu a Mine-Ex, uma

Foi estimado que a produção de uma mina terrestre custa apenas US$ 1, mas sua identificação e remoção custamem torno deUS$ 1.000

Page 22: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

20 Fevereiro de 2010

instituição de caridade dos dis-tritos 1980, 1990 e 2000, que cobrem Liechtenstein e Suíça. A fundação foi criada em 1994, de-pois que o falecido cirurgião Hans Stirnemann retornou do Sudeste da Ásia, local onde passou três anos cuidando de vítimas de mi-nas terrestres. Supostamente, ele disse aos membros de seu Rota-ry Club em Burgdorf, na Suíça: “Ação, não palavras! Algo precisa ser feito”.

O presidente do Mine-Ex e membro do Rotary Club de Bern-Münchenbuchsee, Peter Eichen-berger, conta que o grupo trabalha com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha fornecendo apoio financeiro às empresas que pro-

duzem próteses, encontrando cen-tros de reabilitação para vítimas e treinando fabricantes de próteses locais. A maior parte de seus esfor-ços é voltada ao Camboja, país que possui um terço de sua área coberto por minas terrestres.

Eichenberger enfatiza que o Mine-Ex é inteiramente fruto de trabalho voluntário. “Toda a ajuda é destina-da a quem precisa”, diz ele. “É um princípio da organização que cada centavo das doações seja levado às vítimas que precisam, sem nenhum custo administrativo.”

Outro grupo envolvido nesta causa são os Rotarianos em Ação pelo Com-bate a Minas Terrestres, formado espontaneamente na Con venção do RI de 2002 em Barcelona, Espanha,

1992 Com a intercessão da

ONU, termina a guerra civil

em El Salvador.

1994 O genocídio assola

Ruanda. Nelson Mandela é

eleito presidente da África

do Sul.

O Rotary Club de Skøyen,

na Noruega, estabelece um

projeto de paz pelo qual

estudantes israelenses e

palestinos participam de

um programa de estudos

em Oslo.

1995 Fim da guerra na

Bósnia-Herzegóvina.

1998 Assinado o Acordo

da Sexta-Feira Santa,

considerado um marco no

processo de paz da Irlanda

do Norte.

2001 Milhares morrem

nos ataques terroristas de

11 de setembro nos Estados

Unidos.

AP

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mel

Em

ric

por rotarianos de Andorra, Canadá, França, Portugal, Es-panha, Suíça e Estados Uni-dos. Ele acabou se tornando o Grupo Rotarianos em Ação, o qual trabalha para difundir o conhecimento sobre minas terrestres, apoiar a remoção de minas e promover assistên-cia às vítimas e suas famílias.

O grupo apoia a HALO Trust, uma instituição de ca-ridade com sede na Grã-Bre-tanha, que tinha o apoio da princesa Diana. Com quase 8.000 pessoas trabalhando em período integral na remo-ção de minas em nove países, a HALO estima que desde sua

fundação em 1988 conseguiu eliminar mais de 1 milhão de minas e limpou mais de 6.000

campos minados.O site dos Rotarianos em Ação pelo

Combate a Minas Terrestres (www.rfma.org) traz links para vários sites relacionados à questão e também um banco de dados em constante crescimento dos projetos de Rotary Clubs ligados à remoção de minas no mundo.

“O caminho para o sucesso será muito longo”, diz Eichenberger. Mas a situação no Camboja traz espe-rança. “Nós podemos constatar que o número de novas vítimas está di-minuindo e, graças aos esforços dos diferentes parceiros engajados nes-sa luta, vítimas existentes já podem desfrutar de uma vida melhor e mais confortável.”

— Paul Engleman

PROJETOS DE Rotary Clubs estão ajudando vítimas de minas terrestres no Cam-boja. Em Phnom Penh, uma menina recebe tratamento em clínica que conta com o apoio de clubes da Coreia e dos EUA e também da Fundação Rotária

Page 23: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

21Brasil rotário

2002 O tratado

de paz é assinado

em Angola, pondo

fim à guerra civil de

27 anos.

A primeira turma de Bolsistas

Rotary pela Paz Mundial

começa os estudos nos

Centros Rotary, estabelecidos

pela Fundação Rotária

em universidades

renomadas ao redor

do mundo.

2006 A

República

Democrática do Congo realiza

sua primeira eleição para

presidente depois de mais

de 40 anos.

2007 Realizado o

primeiro

Simpósio

Rotary sobre

Paz Mundial,

ao qual

compareceram

400 pessoas

entre

rotarianos,

ex-bolsistas e bolsistas dos

Centros Rotary.

2009 O arcebispo

emérito Desmond Tutu

faz discurso no Simpósio

Rotary sobre Paz Mundial.

Mais de 400 pessoas

estudaram nos

Centros Rotary.

Maria Saifuddin Effendi (Uni-versity of Bradford, Inglaterra, 2006-08) é professora assistente no Departamento de Estudos sobre Paz e Conflitos na National Defence Uni-versity em Islamabad, Paquistão.

Godfrey Mukalazi (University of Queensland, Austrália, 2004-06) é co-fundador do Centro de Resolução de Conflitos Great Lakes, em Kam-pala, Uganda.

Cecilia Nedziwe (University of Queensland, Austrália, 2006-08) é diretora de operações no Centro de Iniciativas Pró-Paz na África, em Harare, Zimbábue.

Arnoldas Pranckevicius (Scien-ces Po, França, 2002-04) é admi-nistrador do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica.

Global Outlook (GO): O que os faz crer que a paz pode ser alcançada?

Maria Saifuddin Effendi: Em

Ex-bolsistas expõem seus pensamentosCom o intuito de promover a paz mundial e formar a próxi-

ma geração de líderes comunitários e mundiais, em 1999 a

Fundação Rotária abriu os Centros Rotary de Estudos Inter-

nacionais na Área de Paz e Resolução de Conflitos em oito

universidades de seis países. O segundo Simpósio Rotary

sobre Paz Mundial, em Birmingham, Inglaterra, teve a pre-

sença de mais de 400 pessoas, muitas delas bolsistas dos

Centros Rotary, que atualmente recebem até 100 bolsistas por ano. Eis o que alguns deles têm a dizer sobre a paz:

Mukalazi NedziweEffendi Pranckevicius

nível internacional, acho que a esperança está no trabalho social, voluntário e com fins de carida-de. A paz pode ser alcançada se as questões públicas forem tratadas, seja pelo fornecimento de água po-tável e comida até preservação do meio ambiente, educação para to-dos e prosperidade econômica. Se os entraves a esses direitos forem removidos, os povos não se de-sentenderão tanto e haverá menos conflito no mundo.

Godfrey Mukalazi: As histórias de sucesso de resolução de conflito e construção da paz nos fazem crer que um dia o nosso trabalho trará resultados. A paz não virá dentro de um período de tempo específico, mas é preciso que contribuamos diariamente para que a mudança ocorra.

Arnoldas Pranckevic ius: O que me dá esperança é o exemplo da União Europeia, que conseguiu tra-zer paz, estabilidade e democracia

no continente que assistiu a duas grandes guerras no século passado e abrigou os regimes totalitários mais sangrentos. A UE me faz crer que a paz é possível.

GO: Qual é o maior obstáculo para a neutralização de con-flitos e instauração da paz?

Cecilia Nedziwe: Muitas coisas não deram certo no Zimbábue por que a mídia é polarizada e contro-lada por políticos, o que impede o fluxo livre de informações. A mídia tem que passar por uma reforma total no Zimbábue.

Mukalazi: Com relação ao meu país, o maior obstáculo é a falta de liderança. Os políticos criaram todo o problema ao corromperem o estado, fazerem uso impróprio de verbas públicas e calarem a voz da oposição. Eles não ofere-cem serviços sociais para a po-pulação, o que gera ainda mais conflitos.Fo

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Page 24: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

22 Fevereiro de 2010

GO: O que os rotarianos po-dem fazer, individualmente ou com seus clubes, para o avanço da paz?

Effendi: Apesar de ser uma grande iniciativa, o programa de Bolsas pela Paz Mundial é extre-mamente competitivo. Acho que seria uma boa ideia se os clubes oferecessem workshops regionais de 10 dias para estudantes e pro-fissionais ligados à paz e resolução de conflitos. Assim, mais pessoas ficariam informadas.

GO: Há milhares de anos os seres humanos guerreiam, o que leva muitas pessoas a pensar que para a existência da paz é necessário primeiro mudar a natureza humana. Vocês acham que é possível mudar o ser humano?

Nedziwe: Eu não sou da religião quaker, mas acredito que toda fé e pessoa têm mérito, e que a força do amor é capaz de vencer a in-justiça e a violência. Acredito que a busca da paz deve ser guiada pelo amor, a única coisa realmen-te capaz de mudar a natureza hu-mana para melhor. A Fundação Rotária está abrindo o caminho com a erradicação da pólio, for-necimento de água potável e trei-namento para jovens. Este belo trabalho deve continuar.

Effendi: O ser humano não é destrutivo por natureza. Quan-do as pessoas são ignoradas pelo serviço social e por outros seres humanos elas se rebelam contra as mazelas econômicas, políticas e sociais. Se suas vozes não forem ouvidas, suas emoções se trans-formam em frustrações. Precisa-mos fornecer as condições que ajudem as pessoas a crescer.

GO: Quais eventos recentes vo-cês acham animadores?

Nedziwe: Apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos no Zimbábue, a formação de um go-verno mais inclusivo trouxe alívio. Embora a primeira conferência rea-lizada no país envolvendo todas as partes interessadas tenha sido prejudicada por algumas pessoas, ainda assim há um grande senso de esperança e vontade política entre as partes para a criação de uma constituição do povo e para o povo. A iniciativa do novo governo é reparar o estado, com um proces-so de reconciliação e integração, apesar de a sinceridade dos líderes ainda ser questionável.

Pranckevic ius: Eu sempre me pergunto como o mundo vai ser daqui a 20 ou 50 anos. Será que haverá instituições internacionais sólidas e supremacia do direito in-ternacional ou o mundo será regido por interesses nacionais mesqui-nhos e decisões unilaterais? Será um mundo com desenvolvimento sustentável, onde as vantagens da globalização beneficiarão a todos ou será um mundo onde reinarão protecionismo, desigualdade e po-breza? É essencial traçar uma visão de longo prazo para o planeta e sa-ber a direção a seguir no futuro. O esforço da comunidade internacio-nal para tratar crises econômicas e mudanças climáticas globais dá um lampejo de esperança de que esta-mos indo na direção certa.

Mukalazi: Os desenvolvimentos de reconciliação na Austrália com relação à integração dos aborígines, as tendências políticas nos Estados Unidos e a situação da África do Sul são precursores da luz no fim do tú-nel rumo a um mundo em paz.

Construindo a Paz: Bolsistas

Rotary pela Paz Mundial é um

DVD de sete minutos sobre os

Centros Rotary de Estudos Inter-

nacionais, destacando entrevistas

com ex-bolsistas como Jeyashree

Nadarajah (na foto). Excelente para

evento de clube ou comunitário.

Encomende o DVD em português

(referência 830-DVDC) acessando

shop.rotary.org.

Mais sobre paz

Mais onlineLeia sobre o trabalho do Rotary em

paz e resolução de conflitos no site

www.rotary.org/go.

Contribuíram para esta ediçãoPaul Engleman escreve regularmente para

a The Rotarian, Chicago Magazine e outras

publicações.

Global Outlook: um suplemento do Rotary

World Magazine Press é uma publicação

trimestral do Rotary. Copyright © 2010.

Chefe de redação: Joseph Derr; redatora:

Barbara Nellis; tradutores: Cristina Young,

Lígia Lima, Roberto Torquato; desenhista

gráfico: Avery Mamon; coordenadora

de produção: Candy Isaac; fotos de:

Rotary Images/Alyce Henson a menos

que de outra forma indicado; painel

editorial: Bob Aitken (Rotary Down Under),

T.K. Balakrishnan (Rotary News/Rotary

Samachar), Carlos Henrique de Carvalho

Fróes (Brasil Rotário), Andrea Pernice

(Rotary) e Matthias Schütt (Rotary Magazin)

Page 25: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

Em cima do fato

23BRASIL ROTÁRIO

CordaBamba

O planeta na

O homem vasculhava a paisagem com um binóculo. Lá embaixo, um vale árido

era cortado por um rio imóvel e cinzento. Na margem, um feixe de juncos mortos.

Uma névoa de “cinzas macias” impedia-o de ver mais detalhes.

Este homem, mochila nos ombros, seguia para o sul com o fi lho de seis anos. Seguia

com um carrinho de supermercado. Dentro, latas de conservas, galões de água,

cobertores e um revólver com apenas duas balas. Troncos de árvores carbonizados

estendiam-se pelo caminho. Eles haviam passado por cidades queimadas, cobertas

de cinza e poeira. Viram cadáveres secos. Não podiam caminhar pela estrada. Por

ela passavam os homens maus, sobreviventes que escravizavam outros e até os

comiam. Porque neste futuro próximo faltam água e comida; fl ora e fl auna foram

praticamente apagadas dos continentes.

Da Redação

A falta de consenso em Copenhague pode ser compensada?

Page 26: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

24 Fevereiro de 2010

O urso polar se tornou

o ícone de um drama.

De 1979 a 2000, a

calota de gelo do Polo

Norte, onde vivem 20

mil desses animais,

encolheu 34%

Doía naquele homem ver o fi-lho magro, esfarrapado, sujo. “A gente vai morrer, pai?”

“Em algum momento. Não agora.”A cena é parte do que foi conside-

rado o melhor romance da última dé-cada pelo jornal britânico The Times. Seu autor é Cormac McCarthy, um norte-americano que conquistou di-versos prêmios literários nos últimos 20 anos. O ativista ambiental George Monbiot ficou tão impressionado com o livro que chegou a declarar que Cormac, com sua arte, é uma das 50 pessoas capazes de salvar o planeta ao mudar nossa consciência de forma definitiva.

A realidade apocalíptica que pai e filho atravessam pode não ser uma profecia, mas o fato é que a humanidade precisa se preparar para períodos mais difíceis. É como se tivéssemos diante de nós uma máquina do tempo e a nós coubesse operá-la de maneira precisa antes que os seus comandos emperrem. Neste último caso, o pior virá.

Qual será o legado?A paisagem calcinada é a metáfora óbvia para o aquecimento global. O vilão é a emissão de gases, o principal deles o dióxido de carbono, resultado da atividade industrial e do consu-mo. Mesmo que haja um choque de consciência, a temperatura média do planeta deve subir cerca de 0,5°C nas próximas décadas. E, segundo cientistas, dois graus é o máximo que as nações podem suportar sem haver abalos na economia. No entanto, muitos acreditam que até o final deste século as temperaturas médias subam aproximadamente 5,8°C.

Um dado é incontestável: 2009 foi o quinto ano mais quente da história. E, de acordo com a mesma fonte – o Instituto Oceânico e Atmosférico Americano –, a década atual deverá ser a mais quente já registrada. Os dez anos anteriores (2000 a 2009) tive-ram temperaturas mais altas que os

anos 1990, que por sua vez passaram à frente dos anos 1980.

Por conta disso, depositaram-se grandes esperanças em um acordo cli-mático em Copenhague, em dezembro último. Para a capital da Dinamarca afluíram 35 mil participantes de 192 países: líderes de governo, ativistas, jornalistas, cientistas, empresários. E o maior encontro sobre mudanças climáticas já ocorrido encerrou-se em 18 de dezembro com um acordo vago, muito aquém das expectativas.

O urso polar se tornou o ícone de um drama. De 1979 a 2000, a calota de gelo do Polo Norte, onde vivem 20

mil desses animais, encolheu 34%. Catarina, de 7 anos, neta de Vera Lucia Imperatriz Fonseca, está com muito medo das mudanças climáticas glo-bais. A imagem do urso à deriva em um bloco de gelo impressionou a menina.

“O caminho pós Copenhague é o da participação ativa de todos os ci-dadãos. Muitas empresas e bancos já estão divulgando o quanto emitem nos gastos diários de carbono, e procuram diminuir este gasto: plantam árvores, gastam menos papel, economizam água, luz, racionalizam o transporte e discutem o assunto nacional e interna-cionalmente”, explica Vera, professora titular de ecologia da USP. Ela tam-bém coordena o grupo de estudos de serviços ambientais no Instituto de Estudos Avançados da universidade.

“O Rotary, como tem assento na ONU, trata do tema com as indica-ções das Nações Unidas, contidas nas ênfases do presidente do RI. Mas pode atuar, com sua capilaridade, na divulgação do aquecimento global e de como nossas ações diárias tam-bém agravam o problema. Todos nós deixamos, nas nossas atividades, pegadas de carbono. Saber quanto gastamos por dia, nas nossas várias

Page 27: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

25Brasil rotário

atividades, é um exercício interessan-te de autoavaliação.”

O ROtaRy na vanguaRdaProjetos de meio ambiente há muito aparecem nas listas de atividades rotárias. Em sua maioria, eles tinham caráter local. Alguns deles, porém, foram de grande porte e anteciparam em várias décadas o espírito preserva-cionista que marcou as últimas duas décadas do século 20. Assim é que os rotarianos criaram, em 1932, o Parque Internacional da Paz, com 4.050 km2, hoje declarado um patrimônio natural pela Unesco. A área “conquistada” foi o resultado dos esforços dos Rotary Clubs de Montana, EUA, e Alberta, Canadá, e se encontra na divisa dos dois países.

Um outro marco antecipador foi o esforço do Rotary Club de Salò, na Itália, que patrocinou a primeira conferência mundial sobre o proble-ma da embalagem descartável e do lixo urbano. A conferência reuniu em Gardone Riviera mais de 400 gerentes de indústrias e técnicos da Europa, Ásia e EUA.

Ainda assim houve um divisor de águas: a eleição do brasileiro Paulo

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e carbono”

Page 28: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

26 Fevereiro de 2010

Viriato Corrêa da Costa como presi-dente do RI.

Durante sua gestão, no período 1990-91, houve a reunião do Conselho Diretor do Rotary International em Vancouver, Canadá. Naquele momen-to foi adotada a campanha Preserve o Planeta Terra. Tratava-se de um programa-piloto de três anos que tinha como objetivos preservar e pro-teger a vida no planeta, a atmosfera, a água, o solo e os recursos naturais. Na pauta das decisões, incluíam-se ações para promover o desenvolvimento sustentável.

“Deus nos fez guardiães da Terra. Este planeta é nosso patrimônio, as-sim como nosso legado”, ele escreveu na mensagem presidencial de 1990.

Desde então, tanto a The Rotarian quanto a Brasil Rotário passaram a publicar iniciativas de clubes voltadas para a conscientização e a preservação ambientais.

Havia um mês do mandato de Paulo Viriato e o RC do Rio de Janeiro-Taquara, RJ (D.4570), promoveu a 1ª Maratona Estudantil sobre o Meio Ambiente, que consistiu de um con-curso de redação sobre ecologia. Mais de 1.000 crianças participaram.

Artigos começaram a pipocar em nossa revista. Um dos primeiros desta nova fase foi o “Consciência Ecológi-ca”, de Lauro Ruschel, associado do RC de Lagoa Vermelha, RS (D. 4700).

Pouco tempo antes, o Conselho Diretor do RI havia instituído 1º de novembro o Dia da Ecologia para o Rotary. “Nesta data”, explicava Paulo Viriato, “todos os Rotary Clubs do mundo serão encorajados a celebrar a ocasião, levando adiante projetos e serviços em áreas da flora, fauna, poluição do ar e reservas de água. Uma ampla observação global deste tipo irá mostrar ao mundo que os rotarianos estão envolvidos com a ecologia e desenvolvendo projetos válidos, a fim de propiciar soluções objetivas e práticas para os problemas deste planeta.”

Seja por conta da presidência de Paulo Viriato, seja porque o espírito dos anos 90 assim o exigia, compa-nheiros do mundo começavam a ar-regaçar as mangas pela causa verde.

E agoRa?Se 2009 foi um dos mais quentes da história, foi igualmente um dos mais produtivos em ações ambientais pa-trocinadas pelo Rotary International. Eis uma amostra das ações:

l Interacts e Rotaracts se engajaram no reflorestamento de nascentes e coletaram lixo das margens do rio Paraíba; l Clubes promoveram aulas sobre preservação ambiental; l Outros plantaram milhares de mu-das de diversas espécies; l Uma reserva florestal foi implanta-da no Rio Grande do Sul; l Organizaram-se eventos para se discutir a questão ecológica;l Distribuiu-se cartilha à população que vive no vale do rio São Lourenço e 40.000 alevinos foram soltos em suas águas;l Promoveram-se caminhadas eco-lógicas;l Patrimônios ambientais foram fiscalizados;

l Incentivou-se a coleta seletiva de lixo;l Ruas foram arborizadas;l Promoveram-se encontros eco-lógicos;l Um projeto 3-H com o valor inédito de US$ 500 mil deu início a ações de educação, plantação de mudas, mutirão de limpeza e patrulhamento ambiental na região que envolve o rio Gravataí, no Rio Grande do Sul;l Houve reflorestamento de matas ciliares (vegetação que ocorre na margem de rios) e de encostas.

A perspectiva é de que o Rotary continue exercendo o seu papel de protagonista em mais esta causa: ajudar a salvar a humanidade do caos climático. É atitude muito di-ferente da adotada pelo personagem solitário com o qual pai e filho se deparam no mundo pós-apocalipse construído por Cormac McCarthy. O desconhecido andarilho, alquebrado e doente, confessa a ambos: “Eu ape-nas sigo em frente. Eu sabia que isso ia acontecer.”

E, no entanto, ele não levantara um dedo para fazer a diferença.

Se 2009 foi um dos mais

quentes da história,

foi igualmente um dos mais

produtivos em ações

ambientais patrocinadas

pelo Rotary International

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Page 29: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

Nossa memória

27BRASIL ROTÁRIO

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Nacion

alRenata Coré*

É uma cena cotidiana. No salão de leitura do setor de periódi-cos da Biblioteca Nacional, no

Centro do Rio de Janeiro, um leitor faz sua busca no terminal de consul-ta, preenche a guia, solicitando um microfi lme, e deposita o pedido no balcão dos atendentes. Instantes mais tarde, o material chega à mesa do pesquisador. Para que essa dinâmica possa se repetir, diariamente, um trabalho prévio e meticuloso é desem-penhado no subsolo da instituição.

Cerca de 40 pessoas, entre fun-cionários, terceirizados e estagiá-

Page 30: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

28 FEVEREIRO DE 2010

rios, compõem a Coordenadoria de Microrreprodução da Biblioteca Na-cional. A missão deles é cuidar para que gerações futuras tenham acesso ao que é publicado no país. Graças ao trabalho da equipe, organizada em cinco seções – Pesquisa e Prepa-ro, Laboratório de Microfi lmagem, Laboratório Fotográfi co, Estação de Digitalização e Setor de Reprodução do Acervo –, revistas e jornais, além de manuscritos, obras raras e cole-ções, ganham garantia de vida longa.

No ano passado, após o estabe-lecimento de um convênio entre a Cooperativa Editora Brasil Rotário e a Fundação Biblioteca Nacional, a Brasil Rotário começou a ter a totalidade de suas mais de 1.000 edi-ções microfi lmadas pela profi ssional Julia Torres de Miranda Gonçalves, garantindo a segurança do acervo da revista. “Tenho muito receio das pes-soas que estão parando com a micro-fi lmagem e fi cando só com o digital. O digital é para acesso. Para guarda é o microfi lme, que dura 500 anos, em condições adequadas”, explica a coordenadora de microrreprodução da Biblioteca Nacional, Vera Lúcia Garcia Menezes.

ATIVIDADE DETALHISTAO processo de microfilmagem tem início com um cuidadoso trabalho de pesquisa e preparo. Para que as obras comecem a ser fotografadas, o ideal é que estejam completas. Frequentemen-te, isso exige a busca por exemplares em acervos do Rio de Janeiro e mesmo de outros estados, para não haver lacunas.

Conseguidas todas as páginas, é hora de preparar o material. Não raro, papéis antigos exigem pequenos remendos, ensinados pela equipe de restauração da biblioteca. Vera faz questão de frisar que na Coordena-doria de Microrreprodução não se faz restauração, apenas pequenos reparos que viabilizem a qualidade do micro-fi lme, como o uso de um ferro especial

ACIMA, A equipe que prepara material para microrreprodução. Abaixo, uma página de Notícias Rotárias sendo reparada e, na sequência, uma das microfilmadoras planetárias da Biblioteca Nacional

para acertar páginas dobradas e de uma fi ta importada para colar as que estiverem rasgadas.

Também faz parte da etapa de preparo a montagem da sinalética, que será inserida no microfi lme para fun-cionar como uma placa que antecede as edições, ano a ano, e informar dados

rios, compõem a Coordenadoria de Microrreprodução da Biblioteca Na-cional. A missão deles é cuidar para que gerações futuras tenham acesso ao que é publicado no país. Graças ao trabalho da equipe, organizada em cinco seções – Pesquisa e Prepa-ro, Laboratório de Microfi lmagem, Laboratório Fotográfi co, Estação de Laboratório Fotográfi co, Estação de Digitalização e Setor de Reprodução do Acervo –, revistas e jornais, além de manuscritos, obras raras e cole-ções, ganham garantia de vida longa.

lecimento de um convênio entre a Cooperativa Editora Brasil Rotário e a Fundação Biblioteca Nacional, a totalidade de suas mais de 1.000 edi-ções microfi lmadas pela profi ssional Julia Torres de Miranda Gonçalves, garantindo a segurança do acervo da revista. “Tenho muito receio das pes-soas que estão parando com a micro-fi lmagem e fi cando só com o digital. O digital é para acesso. Para guarda é o microfi lme, que dura 500 anos, em condições adequadas”, explica a coordenadora de microrreprodução

Laboratório Fotográfi co, Estação de Digitalização e Setor de Reprodução do Acervo –, revistas e jornais, além de manuscritos, obras raras e cole-

ACIMA, A equipe que prepara

Page 31: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

29BRASIL ROTÁRIO

Localizada na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, a Biblio-teca Nacional é a maior da América Latina e uma das dez maiores bi-bliotecas nacionais do mundo. Seu acervo reúne mais de nove milhões de itens e foi originado da antiga livraria de dom José, organizada em substituição à Livraria Real, que abrigava as coleções de livros de dom João 1o e de seu filho, dom Duarte, mas foi consumida pelo incêndio posterior ao terremoto que

abalou Lisboa, em 1º de novembro de 1755.

Desde 1978, a biblioteca dispõe do Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros, que visa a facilitar a pesquisa documental sobre a história do Brasil e da imprensa brasileira. Desde o início do plano, a Biblioteca Nacional já microfilmou 9.000 títulos, o que resultou em um total de 50 mil rolos matrizes estoca-dos na sala cofre da Coordenadoria de Microrreprodução.

Conservando a memória

Cerca de 40 pessoas

trabalham para que

revistas, jornais,

manuscritos e obras

raras tenham garantia

de vida longa

dado em uma sala cofre, com condições especiais de armazenamento, e o posi-tivo, depois de colocado em uma caixa produzida com papel especial, segue para o salão de leitura.

No setor de reprodução, é possível copiar o microfilme para papel ou digitalizá-lo, a pedido de pesquisa-dores, que devem pagar uma taxa pelo serviço e assinar um termo de responsabilidade. Eles também têm a possibilidade de solicitar a microfi l-magem de material que esteja dispo-nível apenas em papel. O pedido, no entanto, é submetido à avaliação da Coordenadoria de Microrreprodução, já que a verba disponível e a equipe reduzida impõem restrições ao tra-balho. Por isso, o estabelecimento de convênios, como esse com a Coopera-tiva Editora Brasil Rotário, tornou-se uma estratégia fundamental para que a Biblioteca Nacional siga conservan-do a produção intelectual brasileira.

*A autora é jornalista da Brasil Ro-tário. Fotos de Luiz Renato Dantas Coutinho.

a coloração das páginas, como o foco. Cada rolinho de microfi lme tem capaci-dade para armazenar até 1.200 páginas.

A etapa seguinte consiste em revelar o microfi lme para que ele seja subme-tido ao controle de qualidade. Os res-ponsáveis pela revisão conferem cada página microfi lmada, as informações da sinalética e medem a densidade de luz que o fi lme permite passar. Caso seja reprovado, em função de alguma falha, o microfi lme é descartado e todo o processo, reiniciado, desde o preparo. Quando é aprovado, o negativo é guar-

NO ALTO, um profissional do controle de qualidade avalia um microfilme. Abaixo, a caixa com o primeiro microfilme de Notícias Rotárias já pronto. Mais abaixo, o setor de reprodução, onde os microfilmes podem ser impressos ou digitalizados

pertinentes àquele material específi co, como periodicidade e dimensão da publicação, entre outros.

A MICROFILMAGEMProntas todas as páginas e a sinalética, o processo fotográfi co pode ter início no laboratório, em uma das sete mi-crofi lmadoras planetárias, específi cas para material histórico. Na máquina, é preciso ajustar tanto a luz, que equilibra

BR

NO ALTO, um profissional do controle de qualidade avalia um microfilme. Abaixo, a caixa com o primeiro microfilme de Notícias RotáriasMais abaixo, o setor de reprodução, onde os microfilmes podem ser impressos ou digitalizados

pertinentes àquele material específi co, como periodicidade e dimensão da publicação, entre outros.

Page 32: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

31BRASIL ROTÁRIO

No dia 10 de outubro de 2009, os rotarianos do mundo in-teiro foram convocados pela

revista The Rotarian para fotografar seus clubes e projetos, incluindo, cla-ro, o trabalho das Casas da Amizade, dos Rotaract e Interact Clubs. Das mais de 3.000 imagens enviadas à revista, selecionamos algumas delas, feitas em diversos países, mostrando o que o Rotary é capaz de realizar em um dia – um sábado comum na vida de todos nós, como foi o 10 de outubro de 2009.

As fotografi as que você vai ver nes-tas páginas trazem um pouco da ro-tina de companheirismo e prestação de serviços que se repete (e evolui) todos os dias do ano nos mais de 211 países e regiões geográfi cas onde os rotarianos estão presentes. De ações complexas e de grande orçamento, como a imunização da pólio, a ini-ciativas mais simples, que às vezes utilizam tão somente engajamento e as mangas arregaçadas de seus asso-ciados, essas imagens são a melhor maneira de contarmos a história dos 105 anos dessa organização – e nos fazem perceber mais uma vez que um dia faz uma enorme diferença quando nossa intenção é mudar o mundo.

Sábado, 10 de outubro de 2009: no

Brasil, rotarianos colhem verduras numa horta e trabalham com crianças. Na outra página, associados do RC de

Huntingdom Cromwell, da Inglaterra, numa caminhada de oito quilômetros em uma reser-

va natural. Eles arrecadaram aproximadamente US$ 2.000 que serão aplicados na compra de uma ambulância para atender regiões rurais da Índia num projeto de prevenção

ao câncer cervical, uma doença que mata muitas mulheres indianas

todos os anos

Um dia faz uma

enorme diferença

quando nossa intenção

é mudar o mundo

Page 33: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

Aniversário do Rotary

30 FEVEREIRO DE 2010

1 dia105 anos e

Você consegue calcular tudo que o Rotary fez ao longo destes 105 anos? Todos os projetos, todas as reuniões, todas as vidas que os rotarianos ajudaram a mudar? Esta é uma conta realmente difícil de fazer, mas podemos começar aos poucos, calculan-do, por exemplo, um dia. Isso mesmo: um dia na vida do Rotary – e multiplicar isso pelos mais de 38.325 dias de história que vamos completar no fi nal deste mês.

Da Redação

Page 34: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

32 Fevereiro de 2010

UM DIA

NA VIDA

DO ROTARY

doando sacas de arroz, macarrão e utensílios de cozinha a uma escola. Eles também desenvolvem um grande projeto de recursos hídricos com o pa-trocínio da Fundação Rotária (3) No Vale do Loire, na França, a colheita da uva é o evento mais importante do ano. Associados dos Rotary Clubs de Laval e Laval-Ambroise Paré aju-daram a organizar a festa (4) Lauren Nadolski, de 15 anos, trabalhou pela segunda vez no Dia do Bom Vizinho, um projeto criado pelo Rotary Club

do qual seu pai é associado, em Bur-lington, nos EUA. Ela trabalhou na limpeza dos jardins de um abrigo para moradores de rua e nas casas de diversos idosos do bairro (5) Em Orbaff, na Costa do Marfim, um grupo de rotarianos, rotaractianos e parcei-ros, entre eles a Miss Costa do Marfim 2009, distribuiu 1.000 redes contra mosquitos, utilizadas no combate à malária (6) Competidores na linha de chegada de um evento esportivo de arrecadação de fundos patrocina-

(1) Crianças de uma escola apoiada pelo Rotary na Colômbia durante sua Primeira Comunhão, uma celebração muito importante na tradição religio-sa do país. Os rotarianos ajudaram a realizar a cerimônia, patrocinando o café da manhã e um cartão comemo-rativo (2) Rotarianos de Madagascar

(1)

(4) (5)

(8)

Page 35: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

33Brasil rotário

CRÉDITO DAS FOTOS: Páginas 30 e 31: Maristela Nair Zanela, Monika Hüskes e Ken Challenger. Páginas 32 e 33: C. Pedro Pietro, Lova Ravoniarijaona, Véronique Porhel, Ed Nadolski, Giovanni Franco Scanzi, Jaco van den Heever, Sabry Abuthahir, Noboru Murakami, Martins Ekoja Oloche, Peter Kitanov e Ivan Sapunjiev, e Austin Vickerson.

do pelo Rotary Club de Upington, na África do Sul, em parceria com uma companhia de gás (7) Para os adul-tos, o ponto alto do encontro familiar anual do Rotary Club de Kandy, no Sri Lanka, é um torneio de críquete. Para a garotada, a diversão fica por conta dos brinquedos, como o escorrega (8) Além do Rotary Club de Sapporo West, seus associados também são

apaixonados pelo golfe. O dia em que disputaram seu último torneio do ano terminou em uma grande festa (9) As mulheres são maioria no Rotary Club de Asokoro, na Nigéria. Um de seus projetos é uma oficina vocacio-nal voltada a jovens que perderam os pais por causa da Aids (10) Na Bulgária, o Rotary Club de Kyustendil fez uma festa para crianças com e sem

deficiências físicas. Na oportunidade, todas elas (e seus pais) assinaram um documento pedindo a construção de um clube na cidade especialmente adaptado a crianças com deficiências. O prefeito prometeu apoiar a ideia (11) Rotarianos de um clube da cidade de Terrace, no Canadá, no parquinho infantil que eles ajudaram a construir em Ferry Island.

(2) (3)

(6) (7)

(9) (10) (11)

Você consegue

calcular tudo que o

Rotary já fez em 105

anos? Então comece

calculando um dia

BR

Page 36: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

34 FEVEREIRO DE 2010

José Alfredo Pretoni*

ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation

Liberdade, justiça social e Rotaryliberdade e a justiçasocial são dois concei-tos inteiramente vin-culados ao Rotary e à

sua Fundação Rotária, porquenossa organização, desde quenasceu, se mostrou ao mundocomo um núcleo de homens li-vres, dispostos a manter no altoos princípios cívicos e os valoreséticos e morais que servem defundamento para a estrutura doedifício social.

Uma sociedade unida firme-mente por laços do direito, dapaz, da convivência, do trabalho,da equidade, da modéstia, do des-prendimento, da prudência, daprobidade, da perseverança, doespírito de serviço e da vontadede superação é um conjunto deseres humanos dignos, no qual aharmonia deve ser norma e a feli-cidade, uma meta plenamente al-cançável.

Poder-se-ia dizer que essa so-ciedade é utópica, que uma orga-nização assim estruturada é so-mente o ideal de um sonhador, ouo traço emocional do poeta. Mas,por acaso, essa proposição é algonovo? Não. Existe desde o mo-mento em que o homem come-çou a pensar grande; quando bus-cou sair de sua casa, preocupadocom o bem-estar dos vizinhos e odestino e a sorte de seus seme-lhantes que moravam em outrasáreas.

Contra aqueles valores, con-tra esse conjunto de virtudes aci-ma enumerado, insurgiram-se osdesagregantes, como o despotis-

mo, a guerra, o egoísmo, os privilé-gios, a ostentação, o excesso, a ir-reflexão, a inconstância e a tolice.

Tem sido uma luta dura e longa.De um lado, os heróis e os discre-tos. Do outro, os anti-heróis e os malintencionados. Os primeiros, nor-malmente, são poucos, mas suapujança e vigor na clara consciên-cia do dever e da justiça dos propó-sitos que os incentivam multipli-cam seus braços e suas forças. Para

os últimos, o que conta é a quanti-dade, a negação e a força bruta. Éuma luta ferrenha entre a civiliza-ção e a barbárie, entre as luzes e assombras.

Onde está nossa organização, oRotary? É, praticamente, uma per-gunta imprudente, para não dizerarrogante. Porque o Rotary nasceu,como já citamos, para a liberdade,e quem orienta a sua existência, asua razão de ser por esse caminho,está no campo do progresso, da cul-tura e da dignidade.

O Rotary International e suaFundação Rotária, como organi-zações de longo alcance no mun-do atual, têm compreendido, me-lhor do que ninguém, que a liber-dade e a justiça social são indivi-síveis e englobam toda a huma-nidade.

De fato, não é possível conce-ber que esses dons ou dádivaspertençam somente a alguns ho-mens e povos e que outros, emdeterminada parte do planeta,não existam. A busca por liber-dade e justiça social para todosos seres humanos é o que distin-gue o Rotary no mundo.

Quando o Rotary divulgou,por todos os meios, a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos,proposta e aprovada pela ONU,não se limitou apenas aos seusclubes, mas se dirigiu a toda ahumanidade.

Não se pode tolerar a utiliza-ção dessa declaração, que con-tou com a participação de mui-tos rotarianos na sua elaboração,para justificar, de modo malicio-so e mal intencionado, fins polí-ticos e, porque não, até crimino-sos, a apologia a certos “ismos”que bem conhecemos no nossopaís e no mundo.

O papa João Paulo 2º, em ou-tubro de 1978, enfatizou, peran-te diplomatas, no Vaticano: “Nãopode existir um autêntico pro-gresso humano, nem paz durável,sem a busca corajosa, leal e de-sinteressada de uma maior coo-peração e unidade entre os po-vos”. Eu acrescentaria, também

A

O Rotary International

e sua Fundação Rotária,

como organizações de

longo alcance no mundo

atual, têm compreendido,

que a liberdade e a justiça

social são indivisíveis e

englobam toda a

humanidade

Page 37: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

35BRASIL ROTÁRIO

BR

entre os habitantes de uma mes-

ma nação.

Vamos trabalhar, usando os

recursos materiais, morais e éti-

cos do RI, da Fundação Rotária

e da Associação Brasileira da

The Rotary Foundation (ABTRF),

para estabelecer a verdadeira jus-

tiça social, com liberdade ao nos-

so povo, sem temor das ações de-

sestabilizadoras de entidades po-

líticas demagógicas, que dizem

pregar a democracia, mas, na re-

alidade, são entidades déspotas

e ditatoriais.

* O autor é ex-diretor do RI e pre-

sidente da ABTRF.

Arte: A.Santos

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36 FEVEREIRO DE 2010

Cultura Renata Coré

hitney Houston pôs fi m a um intervalo de sete anos sem lançar um álbum de estúdio inédito. No fi nal do ano passado, a diva americana retomou a carreira com o CD “I Look To You”, que estreou em primeiro lugar, nos EUA, com mais de 300 mil cópias vendidas.

Ao longo de sua carreira, iniciada em 1985, a cantora e compositora vendeu mais de 170 milhões de discos, singles e vídeos. Whitney também se tornou a artista musical feminina mais premiada de todos os tempos, tendo faturado 411 prêmios – incluindo seis Grammys, dois Emmys, 23 American Music Awards e 16 Billboard Music Awards. Ela não fi cou restrita à música e se aventurou também na indústria do cinema. O longa “O Guarda-Costas”, protagonizado pela cantora e por Kevin Costner, foi um sucesso de bilheteria.

Apesar de todo o sucesso, a diva viu sua estrelada trajetória sofrer um revés. Devido à dependência química, Whitney se afastou dos palcos e estúdios. Em sua primeira entrevista após sete anos de silêncio, a artista contou à apresentadora americana Oprah Winfrey, em setembro de 2009, que se livrou das drogas graças à mãe, a cantora de soul Cissy Houston, que a forçou a se encaminhar para a reabilitação.

Os fãs de Whitney podem conhecer na internet o álbum de retomada da cantora. Ela disponibilizou em seu site ofi cial – www.whitneyhouston.com – as 11 faixas que compõem “I Look To You”. O sexto CD de estúdio da cantora traz participações de Will.i.am, da banda Black Eyed Peas, Sean Garrett e Akon.

W

Sentada na varanda de uma fazenda, uma senhora – interpretada por Marieta Severo – corta e costura

retalhos para uma toalha, enquanto conta histórias. São quatro narrati-vas de humor e magia que passeiam por acontecimentos diversos: o casamento de um pescador com a sereia dos rios, Iara; o coroinha de uma igreja que vê a procissão das almas; o encontro entre um Papai Noel de loja e um menino de rua; e as aventuras do ingê-nuo Zé Burraldo, que sempre se deixa levar pelos outros.

Dirigido por Helvécio Ratton, o longa “Pequenas Histó-

Quem conta um conto...rias” participou do Festival do Rio, em 2007, e somente agora chega às locadoras. Inicialmente, Ratton escreveu o roteiro de “O Casamen-to da Iara” para participar de um concurso de curtas-metragens com temática infantil. Certo de que o tema tinha potencial para ir mais longe, o diretor guardou o material e, mais tarde, roteirizou as outras três histórias do fi lme.

Patrícia Pillar, Gero Camilo e Paulo José também estão no elenco do longa, que con-quistou os prêmios de melhor roteiro e melhor ator no Festival de Paulínia.

A volta por cima de Whitney

Page 39: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

37Brasil rotário

maestro John Neschling foi o regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) de 1997 a 2008. Nesse período, a Osesp passou a ser consi-

derada a mais importante orquestra brasileira e uma das maiores do mundo. Para Neschling, reestruturar a sinfônica foi o maior desafio de sua carreira.

Com o apoio do governo do Estado de São Paulo, o maestro organizou audições internacionais para selecionar novos talentos, mas também tentou motivar os músicos que já integravam a orquestra. Durante a gestão de Neschling, a Osesp ganhou sua sede, a Sala São Paulo. Entre outras conquistas, também gravou uma série de CDs e viajou para quatro turnês: duas norte-americanas e duas europeias.

A lua-de-mel de Neschling com a sinfônica teve fim em 2008, quando o maestro decidiu não renovar o contrato. Meses depois, foi demitido do cargo por e-mail, após a di-vulgação na internet da gravação de uma conversa privada, na qual se referia ao governador de São Paulo, José Serra.

Em “Música Mundana”, Neschling conta sua versão para os fatos que o afastaram da direção da Osesp. O maestro também relata outras experiências profissionais, fazendo referências à história da música e da cultura.

educação sempre foi um tema caro ao pro-fessor, escritor e imortal da Academia Bra-sileira de Letras, Arnaldo Niskier. Autor de extensa obra sobre o assunto, o acadêmico

acrescentou mais um título à sua bibliografia. Em “Vozes da Educação”, Niskier compila 100 crônicas produzidas entre 12 de janeiro de 2005 e 18 de junho de 2008.

O novo livro de crônicas é o 19º de uma série ini-ciada há 30 anos. Considerado um dos grandes educa-dores brasileiros, além de destacado conhecedor das questões da educação e cultura, Niskier, que também exerceu o ofício de jornalista e é sócio corresponden-te da Academia das Ciências de Lisboa, ensina, por exemplo, que “um cérebro normal se forma até os 4/5 anos de idade” e que, portanto, é importante dedicar

atenção especial à edu-cação infantil.

Além do tema edu-cação, há na obra crô-nicas sobre as histórias em quadrinhos japone-sas, conhecidas como mangás; personalida-des, como o filósofo e sociólogo Edgar Morin, o arquiteto Oscar Nie-meyer e o repórter Joel Silveira; e literatura, entre outros assuntos.

Vozes da educação100 crônicas para pensar a construção do futuroArnaldo NiskierABL e Altadena

Para criar um futuro diferenteA A versão

de NeschlingO

Música mundanaJohn NeschlingRocco

n

n

BR

Page 40: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

38 FEVEREIRO DE 2010

Aprendizagem

BR

Alfredo Castro Neto*

maioria das provas existen-tes indica que a leitura e aescrita são sistemas separa-

dos, sob o controle de diferentes re-giões do cérebro. As palavras quevemos numa página são processadascomo uma representação visual deletras agrupadas em palavras.

Esse processo é distinto da per-cepção visual de todas as outras coi-sas. Processamos as palavras comounidades visuais e não reconhece-mos palavras inteiras tão rapida-mente quanto as letras isoladas. Aleitura é ainda mais acelerada pelaregularidade das palavras e por nos-so conhecimento prévio. Tambémexistem amplas provas de que pro-cessamos visualmente as palavrasem vias paralelas de visão e som,cada uma destas com seu própriosistema neural separado – há, porexemplo, pessoas que lêem primor-dialmente pelo som. Essas duas viasindependentes explicam porque al-gumas crianças aprendem a ler me-lhor amparadas na fonética (o somdas palavras), enquanto outrasaprendem melhor com técnicas lin-guísticas em que as formas visuaiscomplexas das palavras são apren-didas em contexto.

A tendência é pressupor que a lei-tura seja uma parte natural, geneti-camente programada, do desenvol-vimento completo da linguagem, eque as crianças a aprendem tão facil-mente quanto aprendem a falar.

NÃO HÁ DIFERENÇAA televisão tem desvendado todo osegredo através dos anúncios comer-ciais. Quando o locutor anuncia umamarca com voz alta e clara, e na telaaparece o texto do anúncio com le-tras claras e grandes, todas as crian-ças aprendem a reconhecer as pala-vras-chaves, embora nem sequer co-nheçam o alfabeto. Para o cérebronão há diferença entre “ver” uma for-ma ou “ouvir” um som. O órgão en-tende os dois geralmente bem. O im-portante é que os sons sejam signifi-cantemente claros e altos para que oouvido os possa ouvir, e assim, elepossa interpretá-los.

Normalmente, essas pré-apren-dizagens se revelam um desenvol-vimento espontâneo na criança, al-ternando com outros jogos o lazerinfantil.

Os pais devem ter cuidado paranão transformar os interesses de lei-tura em uma tarefa demasiado sis-

temática e obrigatória. Às vezes,existem crianças obsessivas, pro-pensas a uma dedicação quase ex-clusiva às manifestações da lingua-gem escrita, e é provável que apren-dam a ler um número elevado de pa-lavras ou a manejar um álbum de fi-gurinhas com seu respectivo textode mais de quatrocentos termos –não raro antes mesmo dos quatroanos de idade. Isto é realmente umdesatino.

O que sabemos com certeza é quese aprende desde sempre. A primei-ra molécula só sobrevive medianteaprendizagem, adaptação e comuni-cação. Isso se aplica a cada célula,cada órgão, cada ser humano e cadacomunidade que produz cultura.

* O autor é psiquiatra infantil, pro-

fessor e membro do Conselho Con-

sultivo da Abenepi – Associação

Brasileira de Neurologia e Psiquia-

tria Infantil/RJ.

Os caminhos eos excessos

de umaaprendizagem

essencial

Leitura precoceLeitura precoce

A

Page 41: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

39BRASIL ROTÁRIO

Rotarianos que são notícia

Nesta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de

governo, da administração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram

função em organizações da sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o

escalões) e municipal (1o escalão).

O presidente do RC deGuarulhos-Aeroporto ,SP (D.4430), AlbinoPeixe, foi homenageadocom a Medalha OlavoBilac pela Academia deEstudos dos AssuntosHistóricos do Exército.

O RC de Arenápolis, MT(D.4440), do qual ArmindoRodrigues da Silva é associa-do, enviou carta informandoque o companheiro foi oprimeiro diretor de escola darede estadual de ensinobrasileira a ser eleito porvoto da comunidade escolar.

O rotariano Clarindo Carlosda Rocha, associado do RCde Park Way, DF (D.4530),recebeu da Câmara Legislati-va do Distrito Federal o títulode Cidadão Honorário deBrasília, por iniciativa dodeputado distrital RôneyNemer.

Augusto de RezendeMenezes, compa-nheiro do RC deJuiz de Fora, MG(D.4580), foi home-nageado pelo Clubede Engenhariadaquela cidade.

Associada do RC de RioClaro-Cidade Azul, SP(D.4590), Vera Lucia Simõesda Silva conquistou cincomedalhas de ouro e quatro deprata no 46º CampeonatoBrasileiro de Masters deNatação, realizado em JoãoPessoa, na Paraíba.

Plinio Salgado Guimarães Lage,associado do RC de Cruzei-ro-Mantiqueira, SP(D.4600), foi homenageadopela Câmara Municipal daquelacidade com o título de CidadãoCruzeirense e a Palma deOuro, entregues pelo vereadorCarlos Roberto da Silva.

Ex-presidente do RC de Taquara, RS

(D.4670), Ivana Müller recebeu o prêmio

Mulher 2009, oferecido pelo Clube do

Comércio de Porto Alegre.

Associado fundador do RC de Nova

Friburgo, RJ (D.4750) e prefeito daque-

la cidade, Heródoto Bento de Mello foi

agraciado com a comenda Ulysses Guima-

rães, oferecida pelo Conselho Regional

dos Corretores de Imóveis.

O companheiro Oscar Magalhães,

associado fundador do RC de Ararua-

ma, RJ (D.4750), é o atual prefeito do

município de Iguaba Grande.

Page 42: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

40 FEVEREIRO DE 2010

Altimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VasconcelosasconcelosasconcelosasconcelosasconcelosCoordenadores Regionais da Fundação Rotária para as

Zonas 22A e 23A, e para Zona 22B, respectivamente

As seis áreas de enfoque da Fundação

Para promover a paz e a resolução de conflitos, aFundação Rotária fortalece os esforços locais de

paz; treina líderes locais para prevenir e mediar confli-tos; apoia esforços de longo prazo em prol da paz emregiões afetadas por conflitos; apoia grupos po-pulacionais mais vulneráveis afetados por conflitos, es-pecialmente crianças e jovens; apoia estudos relacio-nados à paz e à resolução de conflitos.� Para ajudar na prevenção e no tratamento de doenças,a Fundação Rotária promove a capacitação de funcio-nários locais da área de saúde; aprimora a infraestruturade saúde das comunidades; informa e mobiliza essas co-munidades sobre a forma de evitar a disseminação dedoenças; apoia estudos ligados à prevenção e ao trata-mento de doenças.� Para preservar os recursos hídricos e saneamento, a Fun-dação Rotária promove o acesso à água potável e ao sane-amento básico para todos os membros da comunidade;fortalece nas comunidades a habilidade de desenvolver emanter sistemas de distribuição de água e de saneamento;informa as comunidades sobre a importância do sanea-mento básico, o consumo de água limpa e hábitos de higie-ne; apoia estudos ligados a recursos hídricos e saneamen-to; incentiva a preservação das nascentes e dos rios.� Para melhorar a saúde materno-infantil, a FundaçãoRotária promove a redução da taxa de mortalidade in-fantil entre menores de cinco anos e a redução da taxade mortalidade materna; facilita o acesso ao atendimen-to e ao tratamento médico essencial para mães e filhos;apoia estudos ligados à saúde de mães e filhos.� Para promover a educação básica e a alfabetização, aFundação Rotária assegura que as crianças tenhamacesso à educação básica de qualidade; reduz adisparidade entre sexos no acesso à educação; aumen-ta as taxas de alfabetização entre adultos; fortalece acapacidade das comunidades de fornecer educaçãobásica e alfabetização; apoia estudos relacionados àeducação básica e à alfabetização.� Para promover desenvolvimento econômico e co-munitário, a Fundação Rotária treina e dá apoio a em-presários e líderes comunitários locais, especialmentemulheres em comunidades carentes; desenvolve opor-tunidades dignas de trabalho, especialmente para osjovens; aprimora a capacidade das organizações locaise das redes comunitárias de dar suporte ao desenvolvi-mento econômico; apoia estudos relacionados ao de-senvolvimento econômico e comunitário.

Os curadores da Fundação Rotária identificaram seis áreas de enfoque para a nova estrutura de subsí-

dios da entidade. Essas áreas refletem questões humanitárias cruciais que os rotarianos estão procu-

rando resolver no mundo inteiro. O objetivo desse trabalho é alinhar os esforços do Rotary a outros

esforços internacionais de desenvolvimento.

DETALHES DO PLANO VISÃO DE FUTURO

� Subsídios globaisDevem envolver dois Rotary Clubs ou distritos, inclu-indo um parceiro no país onde a atividade ou o projetoserá realizado, e um parceiro internacional. Ambosdevem ser participantes da fase experimental do PlanoVisão de Futuro. Antes de entregar o pedido, os parcei-ros devem submeter uma proposta à Fundação Rotária,descrevendo as atividades e resultados esperados. OsSubsídios Globais devem apoiar atividades alinhadas ano mínimo uma das seis áreas de enfoque e financiamprojetos humanitários com resultados sustentáveis emensuráveis.

� Projetos humanitáriosO projeto é considerado sustentável se tiver continui-dade e servir à comunidade após o esgotamento dosfundos. O projeto é considerado mensurável se permi-tir coleta e interpretação de dados que demonstremresultados quantificáveis e o impacto causado.

� BolsistasAqueles cuja área de estudos ou objetivos profissionaiscontribuam ao avanço de uma das seis áreas de enfoquese enquadram para receber financiamento de subsídiosglobais, os quais podem ser utilizados para financiar deum a quatro anos de estudos e cobrir as despesas comomensalidade, hospedagem e alimentação ao longo detodo o período aprovado.

� Formação profissionalSubsídios Globais financiam treinamento profissionalizanteque contribua ao desenvolvimento da comunidade bene-ficiada. Este tipo de treinamento pode ser ainda mais útil seaplicado com um projeto humanitário que garantasustentabilidade. Subsídios Globais financiam equipes deformação profissional, que são grupos de profissionais quevão ao exterior para ver como sua profissão é exercida láfora ou para ensinar uma técnica específica.

PRINCÍPIOS DE SUSTENTABILIDADEPARA SUBSÍDIOS GLOBAIS� Os Subsídios Globais incorporam atividades e medi-das de proteção para assegurar que o impacto causadopelo projeto tenha continuidade após o término dosfundos da Fundação Rotária.

Page 43: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

41BRASIL ROTÁRIO

Coluna do chair da Fundação Rotária

ConstruindoConstruindoConstruindoConstruindoConstruindopontes atravéspontes atravéspontes atravéspontes atravéspontes atravésdo serviçodo serviçodo serviçodo serviçodo serviço

BR

GLENN ESTESS SR.Presidente do Conselho de

Curadores da Fundação Rotária

No dia 23 de fevereiro o Rotary comemoraseu 105° aniversário. Nesse dia é celebra-

do também o Dia da Paz e da CompreensãoMundial. Parte da missão do Rotary é traba-lhar pela paz – não recorrendo à força, masatravés dos serviços humanitários. Osrotarianos entendem muito bem que as cau-sas das guerras e da discórdia são frequente-mente as mesmas: pobreza, desigualdade, pri-vação e falta de esperança.

O Rotary busca restaurar a esperança pro-porcionando saúde, educação e a promessa deum futuro melhor. Fazemos isto por meio dosprojetos locais de clubes e distritos pelos quaissomos conhecidos e de projetos internacionaisde maior âmbito que contam com o apoio daFundação Rotária – projetos que apoiam esco-las, constroem poços, proporcionam melho-res condições de vida e nos aproximam de nos-sa meta de um mundo livre da pólio.

Os anos em que trabalhamos juntos atra-vés do Polio Plus foram anos de determina-ção, lições e confiança. Graças ao serviço lo-cal e à sua reputação internacional, o Rotaryteve acesso a locais aos quais representantesdo governo e organizações de saúde não tive-ram. Através do nosso trabalho, ajudamos aestabelecer a colaboração entre governos ecomunidades. E com cada vínculo formado ecada gota da vacina antipólio ministrada, nosaproximamos de um mundo mais pacífico quesabemos ser possível construir.

� Buscam garantir vários níveis de sustentabilidade,como econômico, cultural, social e de recursos.� Otimizam o uso de recursos e conhecimentos locais.� Respeitam os recursos naturais e evitam a deteriora-ção ou destruição do meio ambiente.� Procuram beneficiar o maior número possível de pessoas.� Preparam bolsistas e indivíduos para aplicar métodosinovadores em campos profissionais concernentes àsáreas de enfoque da Fundação.� Preparam os participantes para aumentar a eficácia e oimpacto nas comunidades e profissões em que trabalham.� Fazem uso de habilidades e sugestões de pessoas e degrupos de base, como os Núcleos Rotary de Desenvolvi-mento Comunitário, para assegurar a continuidade dosprojetos e atividades.

SUBSÍDIOS DISTRITAISO distrito pode solicitar até 50% do Fundo Distrital deUtilização Controlada (FDUC) em um único SubsídioDistrital por ano para empreender atividades consisten-tes com a missão da Fundação. É o próprio distrito quedetermina como os fundos serão distribuídos para cus-tear atividades desenvolvidas por ele ou seus clubes. Éele também que administra o uso dos fundos, com umenvolvimento mínimo da Fundação, sendo que os fun-dos não precisam ser usados em uma das seis áreas deenfoque – e não é exigida a formação de parceria comoutro clube ou distrito, embora isto seja sempre bemvisto. Subsídios Distritais podem ser usados mesmo noscasos em que haja envolvimento de distritos não parti-cipantes da fase experimental.

PROJETOSOs fundos podem ser usados em projetos locais ou inter-nacionais, viagens de voluntários ou assistência em casode catástrofe.

BOLSAS DE ESTUDOSO distrito pode elaborar os seus próprios padrões parafinanciar bolsistas com Subsídios Distritais. Não há res-trições quanto ao nível (secundário, universitário ou demestrado), duração ou área de estudos. A bolsa de estu-dos pode ser de qualquer valor e não precisa ser de estu-dos no exterior – portanto, os estudantes podem fre-quentar escolas ou universidades locais.

FORMAÇÃO PROFISSIONALOs Subsídios Distritais financiam treinamento pro-fissionalizante. Os fundos são usados para formação pro-fissional localmente ou para enviar equipes para oexterior para dar ou receber treinamento.

FINANCIAMENTOSubsídios Distritais são financiados exclusivamente peloFDUC gerado com as doações que o distrito fez ao FundoAnual para Programas três anos atrás. Os distritos po-dem solicitar até 50% de seu FDUC em cada ano para oSubsídio Distrital. Fundos de Subsídio Distrital que nãoforem utilizados serão creditados ao FDUC do própriodistrito no ano seguinte, mas esta quantia não será utili-zada no cálculo do Subsídio Distrital.

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Interact & Rotaract

42 Fevereiro de 2010

Juliana Monico Bernardes, represen-tante distrital do Interact, com um bebê que estava internado na ala pediátri-ca do Hospital Municipal de Tatuapé durante a visita do Interact Club de Tremembé, SP (D. 4430). Os interac-tianos levaram presentes e organizaram brincadeiras para as crianças.

Entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro de 2009, o Interact Club de Alta Floresta, MT (D. 4440), realizou a 14a edição das Olimpíadas Distritais de Interact, que tiveram a participação de aproximadamente 150 interactianos. Nesses quatro dias, foram realizadas as provas de gincana e uma palestra sobre a importância da doação de medula óssea.

O Interact Club de Itabira-Cauê, MG (D. 4520), promoveu o Encontro Regional de Área, na Escola Esta-dual Major Lage, em Itabira. O evento teve a participa-ção de interactianos daquele município e também das cidades mineiras de João Monlevade, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Acesita.

Em visita ao Lar São José, os jovens do Interact Club de João Monlevade, MG (D. 4520), executaram uma série de trabalhos manuais com os idosos.

O Interact Club de Jaboticabal, SP (D.4540), fez uma cam-panha na cidade sobre a segurança no trânsito.

Entre os proje-tos comunitários que vêm sendo desenvolvidos com sucesso por esta turma do Rotaract Club de Ubaitaba, BA (D. 4550), está o preparo e a entrega de um so-pão em um bairro pobre da cidade no último final de semana de cada mês.

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43Brasil rotário

Os três anos de fundação do Interact Club de Cachoeirinha, RS (D. 4670), foram comemorados em um almoço com arrecadação de ali-mentos, posteriormente doados a comunidades carentes da cidade.

Por causa do grande número de acidentes na região, o Interact Club de Parobé, RS (D. 4670), realizou uma campanha focan-do a segurança no trânsito. Com o apoio da equipe de resgate do Samu e do Corpo de Bombeiros, os interactianos simularam aci-dentes de trânsito, demonstrando quais são os procedimentos adequados de primeiros socorros.

Foto do 5o Encontro Distrital de Interact e Rotaract Clubs do distrito 4720. Realizado pelo Interact Club de Ji-Paraná (RO) durante três dias no Hotel Fazenda Minuano, o evento teve a participação de clubes de Rio Branco (AC) e Rolim Moura (RO), e foi encerrado com uma festa em homenagem às crianças de uma comunidade carente local. A festa foi organizada com a parceria do Rotary Club de Ji-Paraná.

Com as parcerias do Senai de Paranaguá, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, do Rotary, do Interact, da go-vernadoria do distrito 4730, da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria Especial do Trabalho, num esforço que mobilizou apro-ximadamente 230 pessoas e R$ 7,3 mil, o Rotaract Club de Paranaguá-Rocio, PR (D. 4730), organizou um curso de qualificação profissional em serviços elétricos com cer-tificação do Senai a jovens carentes matriculados na rede estadual de ensino.

A fundação do Rotaract Club de Pinhais, PR (D. 4730), ocorreu na sede do Rotary Club de Pinhais com a presença do governador distrital Alcino de Andrade Tigrinho.

Em um projeto ambiental, o Interact Club de Iturama, MG (D. 4770), plan-tou algumas árvores na cidade.

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44 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

Conexão com o futuroDistritos EM Revista

Parceria entre a Secretaria Municipal do Trabalho e o Rotary está capacitando profissionalmente os jovens de São Paulo

A cooperação entre o Rotary International e a Prefeitura de São Paulo resultou no projeto piloto Conexão Jovem Profissional. A assinatura do termo de cooperação ocorreu em novembro graças a uma iniciativa do RC de São Paulo (D.4610) e do EGD Samir Nakhle Khoury (D.4420). Contando com a intermediação da Secretaria Municipal do Trabalho e do secretário Marcos Cintra, o projeto envolve os distritos 4420, 4430 e 4610.

Fazem parte da iniciativa cinco associações de ensino profi ssionalizante ligadas ao Rotary: Espro, IPP, Nurap, Camp-Pinheiros e CAAP-Ipiranga. Participam do pro-grama jovens com idades entre 18 e 22 anos, de alta vul-nerabilidade social, desempregados, com ensino médio concluído ou em curso, e cujas famílias tenham renda mensal per capita de menos de meio salário mínimo.

HABILITAR E INSERIRAtravés dos seus Centros de Apoio ao Trabalhador, a Secretaria Municipal do Trabalho está oferecendo o local de treinamento, além de um auxílio pecuniário mensal ao jovem que frequentar todas as aulas, no valor de R$ 325,50. Os recursos são provenientes do Programa Operação Trabalho. Ao fi nal, a Secretaria do Trabalho, por meio do seu Banco de Vagas, buscará inserir o jovem no mercado de trabalho.

O curso está capacitando cerca de 300 jovens, durante 160 horas, sendo quatro horas diárias. As aulas, que come-çaram no dia 23 de novembro, estão se encerrando no dia 8 deste mês. Nelas são abordados temas como planejamento orçamentário, marketing pessoal, redação empresarial, no-ções de fl uxo de caixa, empreendedorismo e inclusão digital.

NO CENTRO da foto, o secretário municipal do Trabalho de São Pau-lo, Marcos Cintra, na companhia (a partir da esquerda) dos rotaria-nos Raimundo Salees, coordenador de Comu-nicação da Secretaria

do Trabalho; dos governadores distritais Roberto Barroso (D. 4420) e Reinaldo Domingos (D. 4610); do presidente do RC de São Paulo, Francisco Carneiro de Souza; do EGD Eduardo de Barros Pimentel, presidente da Fundação de Ro-tarianos de São Paulo; e do companheiro Octavio Godoy, pre-sidente do Espro, uma das instituições parceiras no projeto

do Trabalho; dos governadores distritais Roberto Barroso

JOVENS DO Conexão Jovem Profissional no CAAP-Ipiranga: a meta é inseri-los no mercado de trabalho ao final do curso

ALUNOS CAPACITADOS pelo Espro: aulas abordam temas

como planejamento orçamentário, marketing pessoal, empreendedo-

rismo e inclusão digital

D. 4420 D. 4430 D. 4610

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46 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4420

D. 4430

D. 4440RC de São Bernardo do Cam-po-Norte, SP – Inaugurou o Marco

Rotário com a presença de seus associados e de rotarianos de outros clubes da cidade.

RC de São Paulo-Nordeste Vila Maria, SP – A Escola de

Alfabetização de Adultos mantida pelo clube desde 1992 terminou o ano de 2009 com 70 alunos, com idades entre 23 e 85 anos. As aulas são aplicadas entre os meses de fevereiro e dezembro num espaço cedido por uma igreja. Todo o material didático é fornecido pelo clube, responsável também pelo custeio das professo-ras e auxiliares e pela coordenação do curso.

RC de Ferraz de Vasconce-los, SP – Com a ajuda do Interact, participou do Sabadania, um evento or-ganizado pelo Centro de Integração da

Cidadania, que ofereceu vários serviços gratuitos a mais de 12 mil pessoas. Os rotarianos colaboraram na área de saúde, com uma equipe de voluntários de óptica e optometria que fizeram exames em mais de 250 pessoas, muitas delas encaminhadas a atendimento especializado. Na foto, o governador distrital Juvenal Antônio da Silva aparece na com-panhia de associados do clube e voluntários.

RC de Rondonópolis-Rondon, MT – Como parte de seu projeto

de recuperação do meio ambiente, o clube doou mudas de diversas plantas nativas a moradores da cidade e soltou mais de 11 mil filhotes de duas espécies de peixe no rio São Lourenço (foto). Para realizar esse trabalho, os rotarianos conta-ram com apoio de empresários e moradores da cidade, que doaram as plantas e os alevinos, e também dos jovens do Rotaract e Interact, que trabalharam no projeto.

RC de Para-natin-ga, MT – Em 2009, o clube doou brin-quedos a apro-xima-damente 1.000 alunos da rede municipal de ensino, junto à qual também desenvolve o projeto Hora do Conto, que promove ativida-des culturais e de educação em saúde com a ajuda de música e teatro. Os brinquedos doados foram comprados com os recursos gerados pela participação do clube em dois eventos: a Expopar e a Festa do Peão.

RC de Poconé, MT – Em parceria com a Casa da Amizade, vem desenvolvendo o projeto Leitura em Ação, que tem a finalidade de estimular o prazer de ler entre as crianças de uma escola pública da cidade.

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45BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4310

D. 4420

D. 4410No Dia Internacional do Diabetes, em novembro, os RCs de Sumaré-

Ação e Sumaré-Norte, SP, se mobilizaram e 400 pessoas realizaram exames gratuitos de prevenção à doença. Aquelas que apresentaram resultados fora do padrão receberam recomendações médicas e aconselhamento para repetir o exame em clínicas especializadas.

RC de Indaia-tuba, SP – Na sétima edição do projeto Líder Estudantil (foto), feito em parceria com o Rotaract e a prefeitura nas turmas de 4a série da rede municipal

de ensino, foram selecionadas 78 crianças, que ganharam cursos de liderança promovidos na Casa da Amizade. A parceria do clube com o Rotaract foi repetida na realização do 13o Projeto Rumo, em que foram ministradas 30 palestras sobre dez profissões para um público total de 180 alunos. Ao final do evento, foi feito o sorteio de uma bicicleta.

RC de Nova Venecia, ES – Com a parceria dos integrantes do proje-

to Beleza do Olhar, do RC de Cariacica, os compa-nheiros organizaram a 1a Ação Social Humanitária, em que foram realizados mais de 1.000 atendimen-tos nas áreas médica, de orientação jurídica, con-sultas ao Procon, cadastro de doadores de medula óssea, emissão de documentos e outros serviços de cartório (como casamentos). Aproximadamente 60 voluntários ajudaram a fazer o evento.

RC de Guarapari-Praia do Morro, ES – Com a participação de aproximadamente 100 motocicletas, o 2o Passeio dos Amantes de Duas Rodas, organizado pelo clube, passou pelas principais praias de Guarapari. Os 100 quilos de alimentos arrecadados com a iniciati-va foram doados à Criart – Tia Flor.

O Dia da Saúde em São Vicente, SP, foi feito com a participa-ção dos três RCs da cidade: São Vicen-te, São Vicente-Praia e São Vicen-te-Antônio Emme-rich. Eles tiveram a parceria de dois Lions Clubs. Realizado em três praças de São Vicente, o projeto atingiu mais de 2.000 pessoas. Elas fizeram uma série de exames e receberam orientações sobre saúde. Tudo gratuito.

RC de Santos-Vila Belmiro, SP – Cerca de 300 crianças partici-param de exames médicos e ativi-dades esportivas na 2a Manhã de

Atividades realizada numa escola pública da cidade. O clube também levou a um passeio ecológico as crianças do projeto Uacep – Minha Comunidade, entidade beneficiada com o dinheiro arrecadado num jantar organizado pelos rotarianos.

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47BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4470RC de Birigui-Cidade Pérola, SP – Por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária no valor de R$ 26.450, feito em parceria com o RC de Jackson Hole, EUA (D. 5440), o clube paulista equipou um abrigo de idosas com apa-relhos de fisioterapia. A inauguração do projeto foi feita com a presença do governador distrital Sérgio de Araújo Philbois.

Moreira Produções

RC de Amambai, MS – Em sua visita oficial, o governador distrital Sérgio Philbois conheceu pro-jetos que estão sendo mantidos ou apoiados pelo clube em parceria com o Rotaract, como o De Mãos Dadas, que promove a reinserção social de deten-tas através da produção de fraldas; o Pró-Vida, que ajuda dependentes químicos a largarem as drogas; e o Projeto Nascente-Ñanga Reko, que recupera as áreas de nascentes de córregos e rios da região. Com a parceria do Rotakids, foi feita uma campa-nha de arrecadação de brinquedos para as crianças carentes de Amambai.

RC de Naviraí, MS – Com a ajuda da Casa da Amizade, fez uma festa para as crianças de um bair-ro carente

da cidade. Tudo animado por distribuição de presen-tes, lanches e muitas brincadeiras.

D. 4480

D. 4480 RC de Severínia, SP – Participou com todos os seus associados de um leilão em prol do Hospital do Câncer de Barretos.

RC de Lins-Norte, SP – Em par-ceria com a prefeitura e a Unilins, realizou o Fórum Voca-cional, que registrou a presença

de 1.600 alunos do ensino médio de toda a re-gião. O objetivo do evento, realizado pelo clube pela 12ª vez, é motivar e informar os alunos da 3ª série do ensino médio sobre as opções de cursos universitários e as tendências de empregabilidade do mercado de trabalho. O professor e rotariano Joaribes Juca Torquato falou sobre os desafios do mercado global.

D. 4490

RC de Tere-sina-Dirceu,

PI – Pelo terceiro ano consecutivo,

executa o pro-jeto Banco de Sementes, que consiste na

doação de plantas frutíferas e ornamentais à comunidade. Além disso, a única área de

lazer do bairro (um campo de futebol) é uma realização do clube em parceria com

a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

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48 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4500

D. 4490RC de Fortaleza-Oeste, CE – Recebeu o intercam-biado André Nogueira Brandão

após seu período de um ano nos EUA. Na foto, ele aparece entre os rotarianos Pelágio Brandão e a presidente do clube, Eneida Madeira.

RC de João Pessoa-Bancários, PB – Durante

o 9º Encontro da Mulher Rotária, realizado no ano passado no auditório do Sebrae (foto), o clube homenageou Maria Au-xiliadora de Melo. Ela é coordenadora do Projeto Marta, que tem como objetivo o atendimento a mulheres grávidas e caren-tes, particularmente as mães solteiras, por meio de ações como a doação de enxovais e utensílios para bebê.

RC de João Pessoa-Sul, PB – Ao lado do Núcleo Rotary de Desenvolvi-mento Comunitário, entregou filtros de água a 29 famílias assistidas pela Pas-toral da Criança no bairro de Manga-beira. O projeto do clube se estendeu a Pilar, cidade paraibana a 55 quilô-metros da capital, onde, em cerimônia realizada na Câmara de Vereadores, outras 126 famílias também ganharam filtros de barro.

D. 4510 RC de Marília-Pioneiro, SP – Os associados do clube fizeram

um trabalho de articulação em favor do Lar da Criança de Marília (LCM), incluindo a instituição no programa de responsabilidade social da Epil Editora Pesquisa e Indústria, que doou alimen-tos, material de higiene e limpeza. O LCM é res-ponsável pelos cuidados diários de 125 crianças carentes da cidade.

RC de Maracaí, SP – Realizou um evento chamado Ação Entre Amigos, que resultou na doação de um jogo de sofá para a Casa Abrigo da cidade e de um fogão industrial e uma máqui-na de lavar para o Lar dos Idosos Valter Meyer.

Começou no dia 5 de janeiro o Intercâmbio de Grupo de Estudos entre este distrito paulista e o 3211, na Índia. O grupo é liderado pelo rotariano Luis Eduardo Dias de Toledo Martins, associado do RC de Marília-Pioneiro, que viajou com mais quatro não rotarianos: Roger Gomes (patrocina-do pelo RC de Bauru-Vitória Régia); Ana Cristina Messas (RC de Presidente Prudente-Oeste); Paulo Roberto Mesquita (RC de Assis-Frater-nal); e Lívia Maria Bassetto (RC de Assis).

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49BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4520

D. 4540

D. 4530

RC de Nanuque, MG – A par-tir de renda obtida em leilão com-prou brin-

quedos para as crianças da Creche Vovó Delfa, localizada em um bairro carente da cidade.

RC de Ipatinga Archimedes Theo-doro, MG – Recentemente inaugurado, já promoveu uma ação de destaque em parceira com demais clubes do Vale do Aço. Na partida entre o Ipatinga Futebol Clube e o Vasco, pela Série B 2009, os jogadores do time da cidade entraram em campo com camiseta e faixa pela erradicação da pólio. Prestigiando o fato esteve o governador do distrito, Itamar Duarte Ferreira.

RC de Brasí-lia-Centená-rio, DF – Aco-lheu em sua sede a pales-tra do compa-nheiro Jordivar Filgueira, que discorreu sobre a Fun-dação Rotária, a ABTRF e os principais programas educacionais e humanitários do Rotary International. Em parceria com a Casa da Amizade Centenário e o RC de Brasília-Lago Norte, companheiros distribuí-ram 250 brinquedos, 300 pirulitos e 200 lanches para a garotada em Águas Lindas de Goiás.

RC de Goiânia-Aeroporto, GO – O companheiro Frederico Auad proferiu a palestra “O Que É O Rota-ry” para 100 alunos da Escola Municipal José Carlos Pimenta. Na oportunidade, Luiz Gonzaga, do RC de Goiânia-Anhanguera, falou sobre o civismo para o mesmo público.

RC de Franca-Sul, SP – Plantou 280 mudas de ipê e flamboyant na avenida Tristão de

Almeida. A ação faz parte do projeto Verde é Vida, que contou com a parceria da Prefeitu-ra, do Corpo de Bombeiros, Polícia Ambien-tal e Polícia Militar.

RC de Ipuã, SP – Pa-trocinou, por meio do Núcleo Rotary de Desenvol-vimento Comunitário, brinca-deiras e guloseimas para as crianças do bairro Santa Cruz e da Cohab.

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51BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4590

D. 4610

D. 4600RC de Iracemápolis, SP – Realizou a 2ª Noite Dourada,

jantar dançante que levantou fundos para obras assistenciais do clube e contou com cerca de 600 pessoas. Na ocasião, os companheiros homenage-aram empresas e empresários que se destacaram no município. Além disso, o clube tem promovido a integração social dos alunos da Associação de Reabilitação Infantil de Limeira – unidade Iracemá-polis (foto).

RC de Jundiaí, SP – Doou uma unidade móvel para a Associação Terapêutica de Estimula-ção Auditiva e Lingua-

gem. A aquisição beneficiará a população por meio da campanha permanente de prevenção à surdez. A unidade é resultado de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária que contou com a parceria do RC de Illnau-Effretikon, Suíça (D. 2000).

RC de Pindamonhangaba, SP – Proporcionou um dia de divertimento no parque temático Hopi Hari, em Vinhedo, para 40 crianças carentes.

RC de Pindamonhangaba-Princesa do Norte, SP – Doou alimentos, ma-terial de limpeza e de higiene pessoal, 2.050 fraldas geriátricas, um liquidificador industrial e duas cadeiras de banho ao Lar Vicentino de Lagoinha. Já a realização de uma feijoada beneficente (foto) resultou em doação da renda ao Lar São Judas Tadeu, de Pindamonhangaba.

RC de Santana de Parnaíba-Aldeia da Serra, SP – Distribuiu

225 brinquedos para 55 alunos e seus irmãos da Associação Novas Trilhas. Os brinquedos foram ar-recadados pela Associação das Famílias Rotarianas de Santana de Parnaíba.

RC de São Paulo, SP – Promoveu uma Festa Espanhola Beneficente, com renda revertida para os projetos sociais da Fundação Rotária. Centenas de rotarianos de diversos clubes participaram do evento, que contou com a apresentação da Com-panhia Denise Santoro Dança e Arte Flamenca.

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50 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4550

D. 4560

D. 4580

RC de Salva-dor-Itapagipe,

BA – Doou 50 colchões novos para o Lar Pérolas de Cristo, que atende jovens e crianças em situa-ção de risco. A entidade é uma das selecionadas pelo clube para atendimento regular.

RC de Itape-cerica, MG – Recebeu certifi-cado de menção honrosa da Câmara de Diri-gentes Logistas de Itapecerica pelos serviços prestados à comunidade. O Interact e a Associação de Senhoras de Rotarianos da cidade também receberam a distinção. Na foto, a presidente do RC, Márcia Cristina Gonçalves Reis, seu marido, Petrônio Reis, e o prefeito, Lindolfo Pe-reira durante a homenagem. Em outra oportunidade, companheiros e senhoras da ASR local realizaram o 5º Almoço Caipira; parte da renda foi destinada à Fundação Rotária.

RC de Copacabana, RJ – Co-memorou seus 60 anos de exis-

tência com uma festiva. O evento foi prestigiado pelo ex-diretor do RI e presidente da ABTRF, José Alfredo Pretoni, e por sua mulher, Maria Magnólia. Coroando a data, o clube recebeu o reconheci-mento do RI pela marca de 100% de Companhei-ros Paul Harris. Na foto, os associados do RC e o casal governador Alcio Athayde e Carolina.

D. 4570

RC do Rio de Janeiro-Sernambetiba, RJ – Doou roupas de cama e banho, colchões e camas para o Lar Viven-da da Fé e roupas de banho, fraldas e lenços umedeci-dos para o Abrigo Maria de Lour-

des. Na foto, o casal presidente 2010-11, Welton dos Santos e Simone, a diretora do Lar, Ana Maria Martins, e o casal presidente 2009-10, Alexandre Labrea e Ivone Valente.

RC de Juiz de Fora-Distrito Industrial, MG – Inaugurou

bosque com 70 mudas de várias espécies na propriedade do rotariano Mario Polito, no município vizinho de Chácara. Na foto, vários companheiros, a presidente do RC, Rosânge-la Marques, e o governador do distrito, José Cúgula Guedes.

RC de Além Paraíba-Por-tal de Minas, MG – Teve participação na seletiva de intercâmbio de jovens ocorrida em Juiz de Fora. Na foto, o EGD José Eduardo Medeiros, a can-didata Luciana Cortes e o presi-dente do RC, Ary Ferreira Laroca Mendes.

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52 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4630

D. 4620

D. 4610 RC de Cotia-Caucaia do Alto, SP – Registra uma impor-

tante ação do Rotakids de Caucaia do Alto. Trata-se da 3ª edição do Projeto ChocoLeite, que arrecadou 926 caixas de leite longa vida para entidades carentes.

RC de San-ta Cruz do Rio Pardo,

SP – Abraçou a causa da diocese

de Bafafá, em Guiné-Bissau. Os

companheiros conseguiram arrecadar R$ 26.000. O montante permitiu a compra de um forno para

pães e a montagem de uma rádio comunitária em Bafafá. O forno foi transportado pela FAB até à

cidade africana e instalado no Centro de Recupe-ração Nutricional e Casa de Mães. Na foto, dom

Carlos Pedro Zilli, bispo de Bafafá, e as mulheres assistidas pelo centro.

O Comitê de Intercâmbio do Distrito 4620 tem oferecido passeios culturais pela cidade de Soro-caba, SP, aos intercambiados de diversos países. A iniciativa conta com o apoio do RC de Soro-

caba-Novas Gerações, SP (D. 4620). Na foto, jovens intercambiados dos EUA, Índia, México,

Canadá, Dinamarca e Brasil.

RC de Boa Esperança, PR – Em 2009, organizou a primeira Feijoada

Inverno Quentinho, que arrecadou fundos para a compra de 170 acolchoados para pessoas carentes de Boa Esperança, Paranaguaçu e Palmital.

RC de Maringá-Colombo, PR – Entregou uma Kombi zero quilô-metro ao Núcleo da Fraternidade Plantando Vidas, de Maringá. O núcleo atende na recuperação de jovens dependentes de drogas.

RC de Campo

Mourão-Gralha

Azul, PR – Entregou um veículo

utilitário para a Apae

de Campo Mourão. Na foto, a partir da esquerda, José Vilmar Rodrigues de Macedo, pre-

sidente 2008-09 do clube; Vanessa Piassa, diretora da escola da Apae; Vera Fel, coordenadora da Apae local;

José Claudiney Rocco, governador do distrito; José Turozi, presidente da Federação das Apaes do Paraná,

e David Camargo, presidente 2009-10 do clube.

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53BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4640 D. 4650

D. 4651

RC de Ivaiporã, PR – Esteve à frente da 11ª Costelada, que reuniu 800 pessoas.

RC de Toledo-Aliança, PR – Realizou um ciclo de palestras de orientação profissio-nal para os alunos do 2º

grau do Colégio Estadual Castelo Branco, em Toledo. O clube participou do Café Colonial (foto), oferecido aos servidores públicos em comemoração ao dia da classe. Cerca de 1.300 pessoas estiveram presentes.

RC de Joinville-Colon, SC – Aderiu

à campanha da ONU, que objetiva plantar sete bi-lhões de árvores. Por isso, no Dia da Árvore, o clube entregou mudas de ipê roxo e pitangueira para os alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

RC de Blume-nau-Oeste, SC – Inaugurou biblioteca no Centro Educa-cional Amiguinho Feliz, creche que atende 190 crianças até 12 anos. Os recursos para a construção do espaço foram angariados por meio de ações sociais e um brechó. A expectativa é de que o mobili-ário seja adquirido com projeto de Subsídios Equivalentes e em parceira com um clube holandês. Já foi deflagrada campanha para doação de livros.

RC de Florianópolis-Atlântico, SC – Or-ganizou a 10ª Feijoada e o Festival do Estro-

gonofe, cuja renda foi revertida para a Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna, que abriga 24 idosos e mantém creche para 80 crianças. Na foto, a EGD Miriam Marta Woj-cikiewics Caldas, companheiros e voluntários.

RC de Araranguá, SC – Promoveu a pales-tra do companheiro Everaldo Scaine sobre a instalação de um porto na cidade. Na foto, a partir da esquerda, o prefeito de Araranguá, Mariano Mazzuco; o ex-presidente do clube José Adilson Cardoso; o EGD Eloir André Kuser, o presidente atual, Bervaldo Zilli; o prefeito do Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaine, e o palestrante.

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54 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4660

RC de Cruz Alta-Ana Terra, RS – As companheiras do clube, que é composto ape-nas por mulhe-res, realizaram

um pedágio na cidade, com o intuito de divulgar o trabalho do Rotary, especialmente o programa Polio Plus, e colaborar com a Fundação Rotária. As rotarianas também aproveitaram para distribuir folhetos de incentivo à doação de medula óssea.

D. 4680

Com a participação de um carro levando o Zé Goti-nha e também de crianças vestidas de branco, em-punhando a faixa do programa Polio Plus, os RCs de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul-Oeste, Santa Cruz do Sul-Avenida e Santa Cruz do Sul-Arroio Grande, RS, marcaram presença no desfile temático da 25ª Oktoberfest, realizada naquela cidade. Durante a comemoração, os rotarianos distribuíram balas para as crianças.

D. 4670 RC de Taquara, RS – Juntamen-te com o Hemocentro, os com-

panheiros trabalharam na campanha de doação de medula óssea. Ao fim da ação, 153 doadores foram cadastrados.

RC de Três Passos, RS – Entregou uma máqui-na de escrever em braile para a Escola Estadual Águia de Haia, que possui uma turma de alunos portadores de deficiência visual total ou parcial. Na foto, o rotariano Lissandro Neuhaus, o diretor da escola, Curt Gottwald, a professora da turma de braile, Neiva Gutjahr, e a aluna Angela Predi-ger, acompanhada da mãe, Márcia Prediger.

RC de Parobé, RS – Como parte do projeto permanente Parobé, Referência em Edu-cação de Crianças e Adolescentes, o clube premiou os destaques da educação em 2009. Na ocasião, os rotaria-nos homenagearam a equipe da Secretaria Municipal de Educação, contem-plaram com diplomas os melhores companheiros (foto) das séries finais dos ensinos fundamental e médio, premiaram com placa e notebook a aluna e a professora destaque, e com placa e R$ 500 as duas escolas des-taque. Em outra oportunidade, os companheiros rece-beram a visita oficial do governador Paulo Meinhardt, que passou por instituições apoiadas pelo clube, como a Casa da Criança, Apae local e Hospital São Francisco de Assis; esteve na Biblioteca Municipal, onde partici-pou do descerramento de uma placa alusiva à doação de 1.000 livros, provenientes de uma parceria do clube com o Sesi local e Calçados Bibi; e visitou a indústria Plastcromo, onde os rotarianos plantaram uma árvore.

RC de Venâncio Aires-Chi-marrão, RS – Realizou o 2º Seminário das Profissões, no auditório do Colégio Gaspar Silveira Martins, para cerca de 60 alunos do ter-ceiro ano do ensino médio daquela instituição de ensino e também da Escola Estadual de Educação Básica Cônego Albino Juchen. Após pesquisar quais são os interesses profissionais dos estudan-tes, o clube contatou palestrantes para falar aos alunos. Na foto, os estudantes acompanham a pa-lestra da médica infectologista Sandra Knudsen.

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55BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4700

D. 4720

RC de São Marcos, RS – O clube promoveu um desfile de modas e os companheiros utiliza-ram o valor arrecadado com o evento para com-prar brinquedos e presentear crianças carentes do município. Em outra oportunidade, os rota-rianos e seus respectivos cônjuges trabalharam no 7º Costelão do Rotary. Nessa ação, a verba obtida é tradicionalmente destinada a institui-ções assistidas pelo clube.

RC de Caxias do Sul-Pérola das Colônias, RS – Patroci-nou a entrega de produtos de higiene pessoal para os detentos da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul. Na foto, o diretor da penitenciária, Marlon Moraes de Oliveira, a assisten-te social Tania Bernardes e o rotariano Ricardo Nora, representando o RC. Em outra ocasião, os associa-dos organizaram uma festiva no Lar dos Idosos São Francisco de Assis e proporcionaram aos vovôs e vovós momentos de alegria e descontração, embala-dos por música.

D. 4710 RC de Arapongas-Beija Flor, PR – Os associados localizaram al-

guns de seus ex-professores e os homenagearam com certificados. Também aproveitaram o encon-tro para relembrar os velhos tempos e agradecer aos mestres o ensino recebido.

RC de Apucara-na-Cida-de Alta, PR – Par-ceiros de longa data, o clube e a Associação Filantrópica Ferra Mula

promoveram sua tradicional Churrascada, nas dependências da associação. A verba resultante dos 1.106 kg de costela assados foi destinada à aquisição de cadeiras para o Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo clube. Atualmente, o ban-co dispõe de aproximadamente 400 itens, entre cadeiras de rodas e de banho, muletas, andado-res e camas d’água, entre outros.

RC de Ananindeua, PA – Por meio de seu projeto Formando Garçons, o

clube capacitou mais 45 moradores do município. Todos os associados estiveram presentes na cerimônia de for-matura, além de autoridades políticas locais. Em outra ocasião, junto com as integrantes da Casa da Amizade local, os companheiros serviram lanche e distribuíram brindes e bombons para as crianças da comunidade de Helder Barbalho, localizada em área carente da cidade.

D. 4730RC de Telê-maco Bor-ba, PR – Os companheiros promoveram uma feijoada beneficente e destinaram à Entidade São Camilo parte da verba arrecadada. A sede da instituição, que tem por finali-dade promover a extinção ou redução da dependência química e da exclusão social, está sendo construída graças a uma parceria reunindo o clube, a prefeitura municipal e a Igreja Católica local. Outra ação dos rotarianos foi o já tradicional lanche oferecido para os 180 alunos da Apae local, na semana do excepcional.

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56 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

RC de Xanxerê, SC – Com a parceria do Rotaract Club e da

Casa da Amizade locais, realizou um Costelaço em prol da compra de materiais ortopédicos para empréstimo à comunidade. Na foto, detalhe de uma cadeira de banho.

RC de Curitiba-Oeste, PR – Em parceria com o Rotaract Club local, o

clube começou a trabalhar no Projeto de Saúde Bucal na comunidade rural da Macieira. Na primeira etapa, dentistas avaliaram as necessidades das crianças, que receberam lanche.

D. 4730 RC de Niterói-Norte, RJ – Em parceria com a secretaria de Saú-

de do município, o clube trabalhou na campanha de vacinação contra a pólio.

D. 4740

D. 4750

RC de São José dos Pinhais-Colônia Murici, PR – Os compa-nheiros estão investindo no futuro de 40 alunos da rede estadual de ensino, na cidade. Em parceria

com a Top Level Language School e com o apoio da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e de empresas locais, os rotarianos patrocinarão aulas de inglês para os estudantes durante cinco anos.

Com o intuito de arrecadar recursos para seus respectivos projetos sociais, os RCs de Nova Friburgo, Nova Friburgo-Suspiro, Nova Friburgo-Mury, Nova Friburgo-Imperador e Nova Friburgo-Caledônia, RJ, organizaram o 4º Campeo-nato de Churrasco.

RC de Araruama, RJ – Para comemorar o aniversário de 45 anos de fundação do clube, os companheiros promoveram um baile e rece-beram o presidente do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, desembargador Marcos Faver (primeiro à direi-ta), para proferir uma palestra. Também na foto o governador Luiz Oscar Valadão Spitz, o rotariano João Raposo e a presidente Sueli de Souza Lima.

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57BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4760 RC de Carmo do Paranaíba, MG – Os companheiros doaram lençóis e fronhas para o Hospital Dr. Helio Angotti, em Uberaba.

D. 4770

D. 4780

RC de Campos Altos, MG – A Famí-lia Rotária do clube aumentou, com a recente fundação do Rotary Kids. Na foto, a integrante da Casa da Amizade local, Ana Paula Oliveira, dá posse ao presiden-te Mateus Martins Ferreira.

RC de Uberlândia, MG – Em parceria com a prefeitura municipal, 36º Batalhão

de Infantaria Motorizado e as escolas municipais Dr. Gladsen Guerra e Profª Josiane França, o clube mantém o Pelotão Esperança, composto por meninos do bairro Canaã. Todas as manhãs, em um quartel local, eles re-cebem aulas de civismo, música, informática e etiqueta à mesa, entre outras. Também se apresentam, todos os anos, no festival Cantares da Primavera.

RC de Araguari-Café do Cerrado, MG – Com a presença de companheiros dos RCs de Uberlândia, Tupa-ciguara e Araguari, os associados promoveram a 4ª Noite do Macarrão, no salão paroquial da Igreja da Matriz.

RC de Uruguaiana-Cruzeiro do Sul, RS – Realizou o 8º Baile das Expressões, ocasião em que homenageou, com o título Expressões 2009, 12 personalidades, entidades e empresas do município. Também entregou o prêmio Ami-go do Rotary Club de Uruguaina-Cruzeiro do Sul à empresa Farinha Maria Inês.

RC de Qua-raí, RS – O clube mantém um projeto pró-juventude e promoveu mais uma edição da premiação do Melhor Companheiro das Oitavas Séries. Além disso, ofereceu palestras informativas sobre oportu-nidades de formação técnica ao alcance dos jovens.

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58 FEVEREIRO DE 2010

Distritos EM Revista

Como enviar material para a Brasil Rotário

Para que os com-panhe i ro s de

todo o país conhe-çam os projetos que seu clube vem re-alizando, é impor-tante que as notícias cheguem à redação contendo as seguin-tes informações:

o nome completo e o distrito de seu clube a data e local em que foram realizadas as ações um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior e os nomes e sobrenomes de todos os que aparecerem nas fotos com até seis pessoas, rela-cionados a partir da esquerda.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pe-dimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail.

A publicação é gratuita. Basta apenas que o assun-to se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: [email protected] O telefone da redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

D. 4780

RC de Hermann Blumenau, SC – Homenageou postumamente com

o Troféu Paco Péricas o fundador e presidente da Associação dos Deficientes Renais e Transplan-tados do Vale do Itajaí, Paulo Valdemiro Amorim. O troféu leva o nome do fundador da Associação Blumenauense de Amparo ao Menor, Francisco Adell Péricas Y Péricas, conhecido como Paco Péricas.

RC de Joinville-Manchester, SC – Junto com a ONG Organização Beneficente Esperança Maior, os companheiros entregaram dois parques infantis aos moradores do loteamento Jardim San-ta Mônica, uma das localidades atingidas pelas cheias de novembro de 2008. Na oportunidade, 280 crianças pré-cadastradas também receberam cobertores, adquiridos com a renda do Desfile Solidário.

RC de Ca-choeira do Sul-Zona Alta, RS – Pensando no meio ambien-te, o clube

lançou o projeto Preservando a Natureza, na Escola Estadual Juvêncio Soares, e, em parceria com a Associação dos Fumicultores do Brasil, recolheu 225 litros de óleo de cozinha saturado. Na cidade, foram recolhidos 882 litros de óleo, abrangendo 31 escolas, que receberão R$ 0,50 por litro coletado.

RC de Cachoeira do Sul, RS – Na companhia de 400 pessoas, os associados comemo-raram com um jantar

seguido de baile o aniversário de 70 anos de fun-dação do clube. A renda obtida com o evento foi destinada ao Hospital de Caridade e Beneficência de Cachoeira do Sul.

D. 4650

D. 4651 RC de Florianópolis, SC – O clube completou 70 anos de fundação e a data

foi comemorada com o lançamento de um selo persona-lizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Um dos associados ilustres do RC é o fundador João Eduardo Moritz, de 101 anos de idade. Entre os quadros do clube também já esteve o ex-presidente da República Nereu de Oliveira Ramos.

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59BRASIL ROTÁRIO

Senhoras em Ação

O tradicional Bazar da Pechincha, organizado pelaCasa da Amizade de Olímpia-Integração, SP(D. 4480), ofereceu roupas, calçados e utensíliosdomésticos usados, a baixo preço, para a população dobairro Santa Ifigênia. Com a renda obtida, as senhorasadquiriram kits para bebês carentes da Creche CidadeImaculada de Olímpia.

Em nome daCasa da Ami-zade de SantoAnastácio, SP(D. 4510), apresidenteAdrianaAparecidaZanfolin Mendes

e a integrante Samara Boigues Tebar entrega-ram alimentos não perecíveis e materiais delimpeza para o Abrigo dos Idosos. As doaçõesforam recebidas pela presidente da instituição,Eunice de Souza Ricci, pela primeira vice-presidente Silvia Cristina Santana, pela orado-ra Maria Aparecida Roefero e pela tesoureiraAna Paula Sacchi Facholli.

Durante três dias consecutivos, as senho-ras da Casa da Amizade deUberlândia-Sul, MG (D. 4770), serviramlanche e alegraram os meninos e meninasatendidos pela Associação de Assistênciaà Criança Deficiente.

Com o propósito de adquirir cadeiras de rodas e debanho para o Banco de Cadeiras de Rodas WaldirColmanetti, as integrantes da Casa da Amizadede São Joaquim da Barra, SP (D. 4540),organizaram um chá beneficente acompanhado debingo. Cerca de 120 pessoas prestigiaram oevento, na sede social do RC local.

As integrantes da Associação dasSenhoras de Rotarianos deAstorga, PR (D. 4710), promoveramuma festa para 100 crianças do distritode Santa Zélia, com direito a lanche edistribuição de roupas e brinquedos.

A Associação das Senhoras de Rotarianos deParanaguá, PR (D. 4730) serviu um jantar beneficen-te no final de novembro. Na foto, as integrantesDenise Borges, Rosa Fernandes, Mônica Borges e apresidente Marlene Martins.

Page 62: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

60 FEVEREIRO DE 2010

Novos Companheiros Paul Harris

O que significa essa distinção?Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação

Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de

Companheiro Paul Harris, que consiste de certificado e distintivo – com a opção de medalha, ao

custo de 15 dólares rotários.

Safiras, rubis e cristaisO Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação

Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe safiras, rubis ou cristais, de acordo com o

valor do aporte acumulado.

Os fundosTais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ou

Parceiros Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos de

Subsídios Humanitários ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary

Foundation.

MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

D. 4420RC de Santos-Monte Serrat, SP� Fernando Ribeiro Pereira

� Gutemberg Galileu Zampieri

� Roberto da Cruz Coutinho Neto

� Sérgio Mohamed Amim, presidente, com a

segunda safira

RC de São Vicente-Antonio Emmerich, SP� Carmen Sílvia Froelich Cambaúva

� Edson Joaquim de Jesus Cambaúva

� João de Oliveira Nunes

� Paulo César Fernandes Carneiro

� Ricardo Sertek

� Roberto Mitsui Hanada

� Simone de Oliveira Cavalcanti

� Valdeci Silva

D. 4430RC de Mairiporã, SP� Antonia Heloisa Vieira

RC de Mogi das Cruzes-Oeste, SP� Francisco Miguel Cury, com a primeira safira

� Frederico Ramos

� Geraldo Alves

� Joaquim Casado, com a

primeira safira

� José Roberto Nascimento

� Neide Aparecida Arbex

� Paulo Garcia, com a primeira safira

� Tomaz Porto

� Walter Previtalli, com a segunda safira

D. 4520RC de Almenara, MG� Wilson Neves de Lacerda, ex-presidente

D. 4530RC de Brasília-Centenário, DF� Emir Benedetti

D. 4560RC de Alfenas, MG� Antônio Carlos Silvério

� José Osvaldo de Oliveira

� Osmar da Silva Bastos

RC de Itaúna, MG� Dagmar Lourdes Barbosa Soares, ex-presidente

Page 63: Brasil Rotário - Fevereiro de 2010

61BRASIL ROTÁRIOFAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

� José Antônio Dairel, presidente

D. 4570RC do Rio de Janeiro-Braz de Pina, RJ� Cláudia Azevedo

� Ernesto Secundino, com a primeira safira

D. 4600RC de São José dos Campos-Urupema, SP� Benedicto Francisco dos Reis Neto, com duas safiras

� José Antonio da Silva

� Marilda Aparecida Miranda Bastos

D. 4620RC de Angatuba, SP� Maria Cecília Ramos Plens

� Salvador de Almeida Ferreira

RC de Sorocaba-Manchester, SP� José Carlos Miguel, com o título de Major Donor

RC de Sorocaba-Novos Tempos, SP� Fátima Aparecida de Oliveira Miguel, com o título

de Major Donor

D. 4651RC de Tubarão, SC� Cornélio Vieira Neves, com uma safira

D. 4670RC de Canoas, RS� Gilberto de Jesus

D. 4680RC de Santa Cruz do Sul, RS� Ardilo Grüner

� Astor Grüner

� Liana Fröhlich Grüner

� Lucena Grüner

� Reneo Arlindo Bloedorn

D. 4700RC de Caxias do Sul-Pérola das Colônias, RS� Dorival José Lazzaretti, com uma safira

� Eliete Ferrari, com uma safira

� Geraldo Longhi

� Neide Toscan

� Renata Beatris Reis

� Rogério Néri Duarte, com uma safira

D. 4710RC de Siqueira Campos, PR� Daniel Barbosa Lemes

� Manoel Barbosa e Silva Junior

D. 4770RC de Araguari-Café do Cerrado, MG� Augusto Rodrigues Siqueira Filho, com a

terceira safira

� Lia Campos Silveira

RC de Ituiutaba, MG� Elena Maria Garcia Avelar, com duas safiras

� Gilvan Simões Lopes

� José Edgar Ribeiro

� Luiz de Almeida

RC de Morrinhos, GO� Adson Rodrigues de Souza

D. 4780RC de Cachoeira do Sul, RS� João Ricardo dos Santos Tavares

� José Patrocínio Leal de Castro

� Sônia Fortes

RC de Cachoeira do Sul-Princesa do Jacuí, RS� Ivan Trojhan

� João Luiz Barchet

� Paulo Sanmartin

RC de Uruguaiana-Santana Velha, RS� João Francisco Tellechea Filho

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62 FEVEREIRO DE 2010

O poder do casamento

Dois caipiras se encontram numa venda:– Bão dia, cumpadi! Vosmicê sabia que o Chico casou?– Sabia não... Foi com a Celeste, foi?– É, aquele muierão... Agora o bicho tá que é um touro!– De forte?– Não! De chifre!!

Pura lógicaO professor de matemática levanta uma folha de papele pergunta ao aluno:

– Se eu dividir essa folha de papel em quatro peda-ços, com o que eu fico?

– Quatro quartos, professor!– E se eu dividir em oito pedaços?– Oito oitavos!– E se eu dividir em cem pedaços?– Papel picado, professor!!

Colaborações do EGD Hertz Uderman, associado do RCdo Rio de Janeiro-Méier, RJ (D. 4570).

Gênio

O professor pergunta ao aluno:– Você sabe me dizer qual a função do apóstrofo?– Apóstrofos eram os amigos de Jesus que se junta-

ram naquela jantinha que o Michelangelo fotografou!

Colaboração de Maria Magnólia Pretoni, associa-da do RC de São Paulo-Nove de Julho, SP (D.4420).

Erros

– Padre, o senhor acha correto alguém lucrar como erro dos outros?

Relax

– Claro que não, meu filho!– Então me devolve o dinheiro que eu paguei pro se-

nhor fazer o meu casamento!

Sinceridade no consultório

O paciente diz ao psicólogo:– Acho que eu tenho complexo de feiura...– Que complexo que nada!

Filho econômicoO menino chega da escola e entrega o carnê da mensa-lidade ao pai:

– Nossa, como é caro estudar neste seu colégio, meufilho!

– E olha, pai, que eu sou o que menos estuda por lá!

Colaborações de Bill Bueno, do Rotaract Club de PontaGrossa-Sabará, PR (D. 4730).

Rodrigo

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63BRASIL ROTÁRIO

Aconteceu na Brasil Rotário...Aconteceu na Brasil Rotário......em fevereiro de 1999

Luiz Renato D. Coutinho

ano começava com

duas perspectivas sinis-

tras: o fim do mundo virtual e

o fim do mundo real. O primei-

ro fenômeno se referia ao Bug

do Milênio, quando os com-

putadores, que trabalhavam

com datas de dois dígitos, po-

deriam reconhecer o ano

2000 como 1900 e entrariam

em colapso generalizado.

A segunda predição tinha

uma origem pouco consisten-

te e só preocupou alguns eso-

téricos. Ainda assim, estes fi-

zeram alarde na imprensa. In-

terpretando os versos codifi-

cados de Nostradamus, eles

esperavam cataclismos e a

vinda do anticristo a partir de 11 de agosto. Como

eu e o caro leitor ainda estamos aqui, podemos sor-

rir desse pessimismo típico de virada de milênio.

� Marcelino Chaves, associado do RC de São João daMadeira, em Portugal, e diretor 1991-93 do RI, faziaum apelo:

“O Rotary não é a unidade, é o todo, mas cada par-cela desse todo deve estar consciente da experiênciaadquirida; do respeito pela representatividade de cadaprofissão; da solidez das suas estruturas; da credibili-dade doutrinária; do rigor do método. Apelo, meusqueridos amigos, para que a vossa presença no Rota-ry seja uma constante.”

� O aniversário de 75 anos do Rotary Club de São Pau-lo foi lembrado com o artigo de um dos seus associa-dos, Marcos Paulo de Almeida Salles, conselheiro daBrasil Rotário.

� Em reportagem de capa, o jornalista Luiz Otávio Al-varenga registra um grande projeto do Rotary:

“Em âmbito nacional – o Polio Plus é internacional–, o Mutirão Digital talvez seja o programa mais ambi-cioso já colocado em prática pelo Rotary no Brasil.Embora esteja restrito ainda a São Paulo, sua meta éfazer com que, nos próximos dois anos, todas as esco-las públicas de ensino fundamental e médio do paístenham computadores nas salas de aula e acesso à in-ternet. Os números ainda não são definitivos, mas, se-

gundo Carlos Gueiros, governa-dor do distrito 4610 e vice-presi-dente da Fundação de Rotarianosde São Paulo, cerca de mil esco-las já foram atendidas.”

� O presidente 1990-91 do RI,Paulo Viriato Corrêa da Costa,lançava luz sobre a representaçãopresidencial nas ConferênciasDistritais. Quais seriam os critéri-os seletivos? Havia lógica nas no-meações? Em geral elas seriamjustas? O autor utilizava diversosepisódios para esclarecer o leitor:

“Muitas formas e maneiras po-sitivas concorrem para que o go-vernador alcance destaque e evi-dência”, como: “estar presente e,se possível, atuante em eventosrotários de grande expressão,

onde estejam também presentes os atuais líderes ro-tários do mundo.”

“Há alguns anos o RI remeteu a cada ex-governadorum cadastro para ser atualizado. Infelizmente, apenas40% dos ex-governadores do mundo responderam mes-mo à pergunta se o ex-governador continuava na ativa edisposto a aceitar missões em nível internacional.”

� O governador 1991-92 do distrito 4540, Bemvindo Au-gusto Dias, procurava despertar o sentido de ser rotariano:

“A elementar diferença é que o sócio participa do Ro-tary e o rotariano dignifica, trabalha, enaltece e promo-ve, com a sua efetiva participação, programas e serviçosque possibilitam melhorar a qualidade de vida da suacomunidade.”

A IMPORTÂNCIA DA MULHER ROTARIANA

Eliane Bonifácio, associada do RC de Ivaiporã-Integra-ção, PR (D.4640), escreveu:

“Em sua grande maioria, as civilizações foram pater-nalistas. Limitando ao máximo a atuação das mulheres.Foram raras as civilizações onde a mulher teve um papelde destaque, como em Creta, onde homens e mulheresdesfrutavam dos mesmos direitos (...).”

“Hoje, mesmo com os pés no século 21, a mulher con-tinua sendo discriminada. Mas ela, com sua inteligência,tem conseguido o seu papel merecido.”

“Em 1987, as mulheres passaram a ser aceitas porRotary Clubs, nos EUA, tendo o Conselho Legislativodecidido, em 1989, admitir mulheres em todos os clubesrotários.”

O

BR

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64 FEVEREIRO DE 2010

I. Prestação de contas do exercício social anterior, com-preendendo:a. Relatório da gestão; Balanço do período encer-

rado em 31/12/2009, com Parecer dos AuditoresExternos; Demonstrativo da conta de sobras eperdas; e Parecer do Conselho Fiscal.

b. Destinação das sobras e perdas.c. Plano estratégico de trabalho e orçamento formu-

lado pela Diretoria Executiva para o ano entrante.

AO. 001/2010 CNPJ 33.266.784/0001-53

Cooperativa Editora Brasil Rotário Limitada

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE ASSOCIADOS

O Presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário Limitada, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 20 doEstatuto Social, convoca os senhores associados para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia31 de março de 2010, às 14 horas, em sua sede social, na Avenida Rio Branco, nº 125/18º andar, em 1ª (primeira)convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) do número de associados; em 2ª (segunda) convocação, às 15 horas,com a presença de metade mais um (1) dos associados; ou, ainda, em 3ª (terceira) e última convocação, às 16 horas, coma presença de, no mínimo, 10 (dez) associados, para apreciar e deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia:

II. Eleição do Conselho Fiscal para o período de marçode 2010 a março de 2011, obedecido o § 5º do artigo33 do Estatuto.

III. Assuntos gerais.

Nota: Para efeitos legais e estatutários, declara-se que onúmero de associados da Cooperativa, nesta data,é de 1.199 (hum mil, cento e noventa e nove).

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2010.

Carlos Henrique de Carvalho FróesPresidente

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