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COLÉGIO GUILHERME DUMONT VILLARES Brasil Sertanejo de Darcy Ribeiro Contexto histórico Cultura Musicas Comidas Economia. Beatriz Seixas n°01 Ester Rosa n°05 Gabriela Dias n°07 Isabella Mattar n°12 Amanda Santos n°26 2° ano C

Brasil Sertanejo COLÉGIO de Darcy Ribeiro GUILHERME ... · COLÉGIO GUILHERME DUMONT VILLARES Brasil Sertanejo de Darcy Ribeiro Contexto histórico CulturaBeatriz Seixas n°01 Musicas

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COLÉGIO GUILHERME DUMONT VILLARES

Brasil Sertanejo de Darcy Ribeiro

Contexto histórico

Cultura

Musicas

Comidas

Economia.

Beatriz Seixas n°01

Ester Rosa n°05

Gabriela Dias n°07

Isabella Mattar n°12

Amanda Santos n°26

2° ano C

Contexto histórico

O sertão brasileiro tem origem na criação do gado, no nordeste que vive situações extremadas. A caatinga é a natureza

mais hostil que existe para o ser humano, o lugar mais difícil de se viver. Sem chuvas e quando chove ela é irregular e pouca. A

terra não a absorve, pois é um chão de argilas secas em solo raso e pedregoso. Sua vegetação é a espinhenta caatinga. Surgiu

num surto de interiorização, com a criação de gado, criação esta impossível, junto aos canaviais. O gado foi então levado para

as terras imprestáveis, sem água, um boi em cada dois alqueires de terra. Mas havia um pouco de água e a teimosia humana

insistiu em ali ficar. O boi era mercadoria boa, nos diz Darcy, que como os escravos não precisa de transporte. Ele se auto

transportava. E deste sertão se fez criame de gado e de gente, de uma gente diferente, o sertanejo.

Características Gerais

Toda a região do centro-oeste foi incorporada ao território nacional em razão da expansão do gado e do vigilante sertanejo, homem ágil e destro nas lides do campo. O sertanejo também voltou-se para o garimpo, para a extração das pepitas de ouro, exploradas desde o século 18. No entanto há um grande problema, a seca intensa que matam seu sustento e espantam qualquer outra atividade. Mantém uma relação de "respeito e deferência" com o seu patrão e qualquer desacerto vê-se na obrigação de imigrar para um centro urbano qualquer para sobreviver.

O sertão além de ser o cenário da guerra de Canudos, também abrigou um tipo de banditismo próprio: o do cangaço. Modo de vida criminosa dos desgarrados até serem exterminados em 1938. Mais recentemente o sertanejo teve uma nova ativida-de a sua frente: as enormes lavouras de soja que se espalharam por toda a região do serrado, o que proporcionou ao Brasil uma adesão ao moderno agronegócio, gra-ças à tecnologia e labor dos habitantes daquela área.

Música

Produzido a partir da década de 1910, o som da viola é predominante, cujas danças típicas do Brasil Sertanejo são baião, forró e xaxado que possuem melodias simples e melancólicas

Culinária

É nesse ambiente seco e quente que uma cozinha simples, mas forte, se desenvolveu, baseada em ingredientes com

forte vínculo regional. A carne-seca e de bode são os dois principais exemplos. A primeira, pilar da culinária sertaneja, surgiu

da necessidade de conservar a carne por mais tempo durante as longas viagens realizadas pela caatinga. Por resistir bem

ao clima, o bode acabou virando preferência regional: sua carne entra no simbólico prato conhecido como buchada de bode.

Da terra seca do sertão e do agreste nordestinos saem ingredientes-chave para a cozinha local. Maxixe, batata-doce, inha-

me, milho, jerimum e macaxeira vêm da horta e, geralmente, acompanham os muitos pratos com feijão-de-corda, a exemplo

do baião de dois e do arrumadinho.

Manteiga de garrafa e queijo de coalho coroam a maioria das receitas, assim como a onipresente rapadura, que pode ser

misturada à farinha de macaxeira ou servir ao preparo de doces típicos, como o bolo de pé de moleque.

Bioma

É o mundo do gado e do couro. Foi desbravada pelos bandeirantes e garimpeiros que ocuparam a região com suas mangueiras para o ga-

do que foi trazido pelos portugueses.

O sertanejo é abundante em gado e seu bioma é a caatinga e parcialmente o cerrado com traiçoeiro mato de espinhos e plantas xerófilas e seu

cima é semiárido.

Para além da faixa nordestina das terras frescas e férteis do massapé, com rica cobertura florestal, onde se implantaram os engenhos de

açúcar, desdobram-se as terras de uma outra área ecológica. Começam pela orla descontínua ainda úmida do agreste e prosseguem com as

enormes extensões semi-áridas das caatingas. Mais além, penetrando já o Brasil Central, se elevam em planalto com o campos cerrados que se

estendem por milhares de léguas quadradas.

Toda essa área conforma um vastíssimo mediterrâneo de vegetação rala, confinado, de um lado, pela f loresta da costa atlântica, do outro pela floresta amazônica e f echado ao sul por zonas de matas e campinas naturais. Faixas de floresta s em galeria cortam esse mediterrâneo, acompanhando o curso dos rios principais, adensando-se em capões de mata ou palmeirais de carnaúba, buriti ou babaçu, onde encontra terreno mais úmido. A vegetação comum, porém, é pobre, formada de pastos naturais ralos e secos e de arbustos enfezados que exprimem em seus tron-cos e ramos tortuosos, em seu enfolhamento maciço e duro, a pobreza das t erras e a irregularidade do regime de chuvas. Nos cerrados e, sobretu-do, nas caatingas, a vegetação alcança já uma plena adaptação à secura do clima, predominando as cactáceas, os espinhos e as xerófilas, organizadas para condensar a umidade atmosférica das madrugadas frescas e para conservar nas folhas fibrosas e nos tubérculos as águas da estação chuvosa.

A vegetação comum, porém, é pobre, formada de vastos naturais ralos e secos e de arbustos enfezados que exprimem em seus troncos e ramos tortuosos, em seu enfolhamento maciço e duro, a pobreza das terras e a irregularidade do regime das chuvas. No agreste, depois nas ca-atingas e, por fim, nos cerrados, desenvolveu-se uma economia pastoril associadas originalmente à produção açucareira como fornecedora de carne, de couros e de bois de serviço. Secas nordestinas transformaram-se num. problema nacional a exigir do governo medidas de socorro e de amparo.

Dialeto

Foi no Nordeste do país que primeiramente a língua portuguesa se fixou em nosso território. O início da colonização

portuguesa se deu justamente entre os estados de Pernambuco e Bahia, enquanto outras partes do país só viriam a receber

a influência lusitana bem mais adiante.

Algumas peculiaridades gramaticais do português falado no Nordeste são: a omissão do artigo definido antes de nome

próprio com a função implícita e instintiva de diferenciar objetos, animais e coisas de pessoas e afins, poupando assim arti-

gos que seriam desnecessários e em demasiado "artificialesco" (forçado, algo não-natural e não-espontâneo), e acordo com

os falantes dessa variação (p. ex.: "Maria foi à feira" em vez de "A Maria foi à feira") e a inversão da colocação da partícula

negativa (p. ex.: "Sei não" em vez de"Não sei").

Contrastam flagrantemente em

sua postura e em sua mentalidade fa-

talista e conservadora com as popula-

ções litorâneas, que gozam de intenso

convívio social e se mantêm em co-

municação com o mundo. Em muitas

ocasiões, esse distanciamento cultural

revelou-se mais profundo que as dife-

renças habituais entre os citadinos e

os camponeses de todas as socieda-

des, fazendo explodir as incompreen-

sões recíprocas em conflitos sangren-

tos.

Na verdade, a sociedade sertaneja do interior distanciou-se não só espacial mas também social e culturalmente da gente litorânea, estabelecendo-se uma defasagem que as opõe como se fossem povos distintos.

População

As populações sertanejas, de-

senvolvendo-se isoladas da costa,

dispersas em pequenos núcleos atra-

vés do deserto humano que é o medi-

terrâneo pastoril, conservaram muitos

traços arcaicos. A eles acrescentaram

diversas peculiaridades adaptativas

ao meio e à função produtiva que

exercem, ou decorrentes dos tipos de

sociedade que desenvolveram.

Cada integrante do bando tinha sua própria justificativa moral para ali-ciar-se no cangaço. Um, para vingar uma ofensa à sua honra pessoal ou familiar; outro, para fazer justiça com as próprias mãos, em razão de agra-vos sofridos de um potentado local; todos fazendo do banditismo uma ex-pressão de revolta sertaneja contra as injustiças do mundo. Resultaram, por vezes, na eclosão de um tipo particu-lar de heroísmo selvagem que condu-ziu a extremos de ferocidade. Tais fo-ram os cangaceiros célebre que, se por um lado ressarciam aos pobres de sua pobreza com os bens que distri-buíam depois de cada assalto, por ou-tro, matavam, estropiavam, violenta-vam, em puras exibições de fúria.

É de assinalar que o cangaço surgiu, no enquadramento social do sertão, fruto do próprio sistema se-nhorial do latifúndio pastoril, que in-centivava o banditismo, pelo alicia-mento de jagunços pelos coronéis co-mo seus capangas (guarda de corpo) e, também, como seus vingadores. Frequentemente, os fazendeiros alici-avam grandes bandos, concentrando-os nas fazendas, quando duas paren-telas de coronéis se afrontavam nas frequentes disputas de terra.

Cangaço

Suas duas formas principais de ex-pressão foram o cangaço e o fanatis-mo religioso, desencadeados ambos pelas condições de penúria que su-porta o sertanejo, mas conformadas pelas singularidades do seu mundo cultural. Até meados da década de 1930, quando se acelerou a constru-ção de estradas através do mediterrâ-neo sertanejo, operava, como forma de revolta típica da região, o cangaço. Foi uma forma de banditismo típica do sertão pastoril, estruturando-se em bandos de jagunços vestidos como vaqueiros, bem armados, que percor-reram as estradas do sertão em ca-valgadas, como ondas e violência jus-ticeira.