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Qual a cor de Brasília? O projeto Brasília Pantone é um registro fotográfico das diferentes escalas cromáticas da cidade (projetadas ou construídas pelo acaso), que investiga como a paleta de cores urbana transforma nossa experiência de viver em Brasília. Esta é uma seleção de pontos coloridos espalhados por diferentes áreas e objetos urbanos de Brasília, com seus correspondentes códigos no sistema de padronização PANTONE. Todas as cores retratadas são emolduradas pela paleta base brasiliense: o azul celeste e o verde das árvores.
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realização
©2015 todos os direitos reservados
Proibida a reprodução
projeto gráfico e textosGabriela Bílá
fotografiaMarilia Alves
Gabriela Bílá e Marilia Alves
Brasília | 2015
1ª edição
32 34 36
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Índice
48
88
50
90
52 54 56 58 60 62
64 66 68 70 72 74
38
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40
80
42
82
44
84
46
86
Qual a cor de Brasília?
O projeto Brasília Pantone é um registro fotográfico das diferentes escalas cromáticas da cidade (projetadas ou construídas pelo acaso), que investiga como a paleta de cores urbana transforma nossa experiência de viver em Brasília.
Esta é uma seleção de pontos coloridos espalhados por diferentes áreas e objetos urbanos de Brasília, com seus correspondentes códigos no sistema de padronização PANTONE. Todas as cores retratadas são emolduradas pela paleta base brasiliense: o azul celeste e o verde das árvores.
Vermelho Barro1665 C
10
marco zeroDo barro vermelho, em 4 anos,
Brasília foi erguida para representar o novo espirito da nação brasileira.
12
Cinza Asfalto424 C
14
asfaltoNa cidade ícone do modernismo, de
largas avenidas com raios calculados para a velocidade, o cinza do asfalto é parte da
paisagem desde os planos iniciais.Tesourinha na Asa Sul
subterrâneo
As passagens subterrâneas foram a solução encontrada no projeto urbanístico de Brasília para separar o fluxo de carros e pedestres. Cinco metros abaixo do cinza asfáltico, corredores de ladrilhos marrom alaranjados cortam a cidade de leste a oeste.
1595 C Passagem subterrânea da CLN 112
16
ladrilhos
Baratos e duradouros, os ladrilhos retangulares cobrem boa parte dos equipamentos públicos de Brasília. Os mais comuns são os marrons (passagens subterrâneas, tesourinhas, Cine Brasília) e brancos (taludes do Eixo Monumental, buraco do tatu).
18
* Os ladrilhos esverdeados, usados nas paradas de ônibus do arquiteto Sabino Barroso, hoje tombadas pelo IPHAN, na verdade não são dessa cor. Ela é apenas uma pintura sobre os ladrilhos coloridos originais, que estão fora de circulação.
716 C
Laranja Urbi
298 C 7403 C 7423 C
20
Rodoviária do Plano Piloto
direções
O verde das placas de Brasília segue o padrão interamericano de sinalização viária. Ideal para a visualização a longa distância, o verde sob branco também parece mimetizar a paisagem arborizada.
356 C Placa na W3 Sul.
22
24
cinza armado
Brasília foi pioneira no uso do concreto armado. Nos anos 1950, as cúpulas de Niemeyer alavancaram pesquisas de técnica
e forma que serviram de base para a utilização do material no mundo todo. Apesar de tirar partido como ninguém das
possibilidades plásticas do concreto, Niemeyer preferiu cobrir de branco as suas obras no Eixo Monumental.
No período brutalista da arquitetura, principalmente na década de 1970, arquitetos como Lelé e Paulo Zimbres,
utilizaram o concreto aparente nos prédios de Brasília como um dos expoentes máximos desse estilo arquitetônico.
4 CBrises na SQN 107
O concreto aparente deixa à mostra as marcas da passagem do tempo.
1
2
26
3
4
5
1. Estação 108 Sul2. ICC - UnB3. Praça dos Cristais4. Edifício da Caixa5. Rodoviária do Plano Piloto
PANTONE
4745 C
28
Cobogós na SQN 206
azulejos
Azulejos coloridos estão disseminados pela cidade, acrescentando um toque de cor a prédios austeros. É comum que os pilotis das superquadras sejam revestidos de cores primárias dos mais variados modelos de cerâmicas. O artista plástico Athos Bulcão, que virou metonímia para azulejo, cobriu de padrões coloridos os interiores de inúmeros edifícios públicos de Brasília.
30
Estação 108 sul
1495 C
azul mar
A frase de Lúcio Costa, “o céu é o mar de Brasília”, é entendida, muitas vezes, como um consolo para explicar a primeira capital brasileira longe da praia. Mas essa frase também pode ser entendida de outra maneira. O céu de Brasília, sempre imenso sobre nossas cabeças, cria uma sensação muito próxima da deriva à mar aberto. O azul intenso, quase sem nuvens por boa parte do ano, é uma das mais fortes referências estéticas de vivenciar Brasília.
542 C Igrejinha Nossa Senhora de Fátima
32
9h 11h
34
15h
Ermida Dom Bosco
Ponte JK
1385 C
4725 C
36
CLN 410/11
Torre de TV
2583 C
7417 C
O céu aberto de Brasília cria um espetáculo novo ao final de cada dia, visível de quase todos os pontos da cidade. O eixo da Terra e a quantidade de partículas em suspensão mudam as paletas de pôr-do-sol ao longo do ano, de tons amarelados à nuvens cor-de-rosa.
céu refletido
Nessa página: fachada na W3 sul. Ao lado: Brasília Shopping
38
monumental
Quando pensamos nas cores de Brasília, o branco do Eixo Monumental é, na maior parte das vezes, o que primeiro nos vem a mente. As enormes superfícies alvas, em contraste com o céu de brigadeiro, fazem da experiência de andar pela parte cívica da cidade ainda mais bela e arrebatadora.
Museu da República
40
PANTONE
1 C
Biblioteca Nacional
42
279 C
663 C
Museu da Cidade, Praça dos Três Poderes
44
mármore
Mais durável e fácil de limpar que a tinta branca, o mármore reveste e cria um mosaico de tons de
branco e cinza sobre as paredes de Brasília.
brise soleilAlém de controlarem a intensa luminosidade solar que incide sobre
as fachadas de Brasília, os brises também são um importante elemento de composição arquitetônica, criando ritmo e textura pelas diferentes angulações de elementos repetidos. Nos anexos do Eixo Monumental, paredões amarelos e verdes emolduram os prédios cívicos.
Fachada no Setor Bancário Sul Ministérios
123 C 564 C
46
PANTONE
383 C
Esplanada dos Ministérios
48
vegetaçãoO plano urbanístico de Brasília foi norteado pelo conceito
modernista sanitário de cidade jardim. Amplos cinturões verdes e largos canteiros arborizados dão à Brasília a sensação bucólica em plena situação urbana. O verde dos gramados e das árvores é uma
constante por todo o Plano Piloto. É (quase) impossível fotografar um prédio por aqui sem que haja galhos na frente.
...quando seca
7411 C
E quando para de chover, o que era verde fica marrom.
50
Chafariz da Torre de TV
Praça das Fontes, no Parque da Cidade
agosto
52
novembroagosto
709 C
278 C
7503 CFotos Eixão Norte
54
5747 C
2706 C
362 C
56
julho
198 C
Em julho, a chegada do ipês rosa anuncia que a seca começou. Grandes concentrações
podem ser encontradas no fim do eixão norte e começo do eixão sul.
58
agostoNo auge da estiagem, o amarelo
quase neon da segunda florada de ipês contrasta com o chão pálido da seca.
3945 C
SQS 412 warm red C
60
pontos de corNem só de ipês vive Brasília. O hábito dos moradores
de planterem nas superquadras, criou uma enorme variedade de espécies que colorem a cidade o ano inteiro.
composiçãoAs superquadras de Brasília nasceram do desejo de monumentalizar
a vizinhança, fazendo com que a zona de moradias e de edifícios cívicos pudessem dialogar. Seguindo o conceito geral da cidade, a ideia é que as superquadras sejam projetadas com uma visão de conjunto, que se sobrepõe a intenções individuais de cada bloco. Em muitas superquadras, é comum a escolha de composições de cores primárias, que colorem detalhes específicos de uma fachada cinza.
SQS 108543 C 486 C
62
SQN 112
SQN 106
SQN 204
64
66
68
SQS 308
queimados de sol
Várias tonalidades de uma cor podem ser encontradas em uma mesma face dos blocos. Os raios solares vão esmaecendo a fachada e, a parte de baixo, resguardada pela copa das árvores, mantém-se por mais tempo com as cores originais.
70
SQS 108
72
16hAo entardecer, os prédios brancos vão
ganhando tons amarelados. As galerias de passagem com cobogós, ficam banhadas de pontinhos iluminados.
Galeria interna, SQS 107
7506 C
74
7513 C
142 C
1355 C
depois das 18h
o ano todo
Palácio do Itamaraty
1585 C
Durante a maior parte do ano, os edifícios do Eixo Monumental são iluminados por luzes brancas e amarelas durante a noite. Em algumas datas do ano, essa iluminação é alterada para chamar atenção para temas importantes.
76
em outubro
Catedral Metropolitana e campanário
232 C
SHIGS 711
742 C
136 C
11 C
78
635 C
luz filtrada
Vitrais coloridos ambientam as igrejas desde os tempos medievais. Para driblar a forte insolação que atinge a Catedral, Oscar Niemeyer encomendou da artista plástica Marianne Peretti um desenho para os vitrais, que eram incolores até então. O resultado é uma iluminação azulada suave, muito diferente do violeta intenso que imerge o Santuário Dom Bosco.
Catedral Metropolitana
80
Violet C Santuário Dom Bosco
Nicolândia Park
82
neon
Projetado por Athos Bulcão nos anos 1970, o painel de propagandas do Conjunto Nacional, possui luzes coloridas que acendem durante a noite. A ideia foi dar ao centro de Brasília um ar cosmopolita, como
a Times Square ou Piccadilly Circus . No Nicolândia Park, as luzes coloridas noturnas criam a mágica
atmosfera do parque de diversões.
Conjunto Nacional
paleta ilimitadaEm geral, parques de diversões usam as 3 cores primárias,
mas como não precisam prender-se à regra nenhuma, o resultado é uma profusão de cores.
1 e 2. Nicolândia 3 e 4. Parque Ana Lídia
1
2 3
84
4
3945 C
1795 C
653 C
W3 SUL
Inicialmente projetada como área para parques e pomares, a W3 sul tornou-se a zona de residências individuais do Plano Piloto. As escolhas individuais de customização da própria casa, livres das decisões de condomínio, criam a paleta W3. As casinhas geminadas, com fachadas no limite da rua e cores fortes, assemelham-se à arquitetura colonial brasileira.
86
MARSALA cor do ano 2015
Anualmente, a PANTONE elege uma cor que será usada como diretriz em diversos segmentos do design e comércio. As cores escolhidas a cada ano, e a paleta que formam durante as décadas, procuram traduzir o espírito da época. Para 2015, foi escolhido o Marsala, um tom de vermelho terroso encorpado.
18-1438 Fachada em Taguatinga centro
90