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Socialistas representam contra Bolsonaro e Ricardo Salles sobre devastação da Amazônia Deputada Liziane Bayer segue na luta pela prevenção ao suicídio e à automulação Alterações na Lei de Improbidade são defendidas pelo ministro do STJ Mauro Campbell na Câmara Comissão Especial Crime Setembro Amarelo 2 3 4 Informavo: Ano VII - Número 309 Brasília, 12 de setembro de 2019 ISSN 2527-2438 LIDERANÇAS POLÍTICAS E AGRÁRIAS BUSCAM SOLUÇÕES PARA A AGRICULTURA FAMILIAR A agricultura familiar foi lembrada, na quarta-feira (11), no Plenário da Câmara, como avidade estraté- gica para o desenvolvimento econô- mico do País. A pedido dos socialis- tas Heitor Schuch (PSB-RS) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG), lideranças polícas e agrárias se reuniram para discur as necessidades atuais da avidade na Comissão Geral, que comemorou a Lei da Agricultura Familiar e marcou o lançamento ofi- cial da Década da Agricultura Fami - liar no Brasil. Heitor Schuch que é coordenador da Frente Parlamentar Mista da Agricultura Familiar, destacou os avanços conquistados com a Cons- tuição Federal de 1988. Schuch falou também do atual momento do setor, que sofre um desmonte pelo governo Bolsonaro. Lembrou da exnção do Ministério do Desen- volvimento Agrário e da escassez de recursos para linhas de crédito. E re- forçou: “o maior desafio é transfor - mar a nossa agricultura familiar em um setor estratégico”. Na mesma linha, o socialista Vilson da Fetaemg enfazou que o seg- mento, depois de anos de luta por melhores condições de trabalho, encontra-se sob ameaças. Ele refor - çou a necessidade de invesmentos em assistência técnica, abertura de linhas de crédito específicas, princi - palmente para manter o jovem no campo. “Precisamos combater o re- trocesso desse Governo, que cancelou a construção de 27 mil casas rurais do Programa Nacional de Habitação Rural”. Fabrício Francis LEIA MAIS:

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Page 1: Brasília, 12 de setembro de 2019 LIDERANÇAS POLÍTICAS E … · 2019-09-12 · A dificuldade e complexidade em desenvolver essa le-gislação foram citadas por ele, pois o País

Socialistas representam contra Bolsonaro e Ricardo Salles sobre devastação da Amazônia

Deputada Liziane Bayer segue na luta pela prevenção ao suicídio e à automutilação

Alterações na Lei de Improbidade são defendidas pelo ministro do STJ Mauro Campbell na Câmara

Comissão EspecialCrime Setembro Amarelo2 3 4

Informativo: Ano VII - Número 309Brasília, 12 de setembro de 2019

ISSN 2527-2438

LIDERANÇAS POLÍTICAS E AGRÁRIAS BUSCAM SOLUÇÕES

PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

A agricultura familiar foi lembrada, na quarta-feira (11), no Plenário

da Câmara, como atividade estraté-gica para o desenvolvimento econô-mico do País. A pedido dos socialis-tas Heitor Schuch (PSB-RS) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG), lideranças políticas e agrárias se reuniram para discutir as necessidades atuais da atividade na Comissão Geral, que comemorou a Lei da Agricultura Familiar e marcou o lançamento ofi-cial da Década da Agricultura Fami-liar no Brasil.

Heitor Schuch que é coordenador da Frente Parlamentar Mista da Agricultura Familiar, destacou os avanços conquistados com a Cons-tituição Federal de 1988. Schuch falou também do atual momento do setor, que sofre um desmonte pelo governo Bolsonaro. Lembrou da extinção do Ministério do Desen-volvimento Agrário e da escassez de recursos para linhas de crédito. E re-forçou: “o maior desafio é transfor-mar a nossa agricultura familiar em um setor estratégico”.

Na mesma linha, o socialista Vilson da Fetaemg enfatizou que o seg-mento, depois de anos de luta por melhores condições de trabalho, encontra-se sob ameaças. Ele refor-çou a necessidade de investimentos em assistência técnica, abertura de linhas de crédito específicas, princi-palmente para manter o jovem no campo. “Precisamos combater o re-trocesso desse Governo, que cancelou a construção de 27 mil casas rurais do Programa Nacional de Habitação Rural”.

Fabrício Francis

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O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e o deputado Gervásio Maia (PSB-PB), pro-tocolaram, na quarta-feira (11), representação na Pro-curadoria-Geral da República (PGR) para que o presi-dente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sejam investigados e responsabilizados

pela devastação da Amazônia. Lí-der da Minoria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também assina o documento.

Idealizada pelo deputado Gervásio Maia, a representação tem efeitos de ordem cível e criminal. Além disso, o documento corresponde ao direito garantido pela Lei Com-plementar n° 75/93, que trata de notificações do Ministério Público quando tiverem como destinatário o presidente da República, entre outras autoridades, que serão en-caminhadas e levadas a efeito pelo Procurador-Geral da República ou outro órgão do Ministério Público.

Molon disse que o objetivo da re-presentação é pedir ao Ministério Público que atue para cobrar as responsabilidades do presidente e do ministro. “É preciso que o Ministério Públi-co atue para cobrar as responsabilidades criminais pela destruição desse grande pa-trimônio brasileiro”, destacou.

Molon e Gervásio representam contra Bolsonaro e Ricardo Salles na PGRCR

IME

Moreno Nobre

Rodrigo Agostinho defende mudanças no Licenciamento Ambiental

“Nós precisamos de uma legislação que traga conciliação entre eficiência e precaução”. Assim, o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), presidente da Comissão de Meio Ambiente, esclareceu, na segunda-feira (9), o que consi-dera importante para o Licenciamento Ambiental no País. A fala aconteceu durante Comissão Geral na Câmara que discutiu o tema.

Além da eficiência, o parlamentar disse que também é preciso desburocratizar o setor e ter transparência e con-trole social. É preciso avançar, mas com a questão am-biental levada a sério.

A dificuldade e complexidade em desenvolver essa le-gislação foram citadas por ele, pois o País tem uma re-alidade social com ampla diversidade e biodiversidade. De acordo com o deputado, tudo isso precisa ser levado em conta e sempre reflete nos debates sobre o assun-to. “Nós temos problemas fundiários, nós temos órgãos ambientais que não têm a estrutura mínima necessária para poder responder frente a todos esses processos de licenciamento”, disse.

Para Agostinho, os deputados deveriam defen-der uma estrutura maior para esses órgãos, para que pudessem enfrentar o debate. “De tempos em tempos vem um governo novo, com uma série de projetos de infraestrutura e que preci-sam de agilidade no licenciamento”, alertou.

Moreno Nobre

MEIO

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BIENTE

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Foto: Pedro Prata

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A pedido da deputada Liziane Bayer (PSB-RS), a Frente Parlamentar de Prevenção do Suicídio e Automutila-ção e a Comissão de Seguridade So-cial e Família realizaram, na terça-fei-ra (10), longo debate sobre o suicídio no Brasil. Durante todo o dia, espe-cialistas, autoridades e membros de instituições ligadas ao tema partici-param do Simpósio de Prevenção ao Suicídio e Automutilação, realizado na Câmara dos Deputado. O evento faz parte do mês de conscientização Setembro Amarelo e marca o Dia Mundial de Combate ao Suicídio.

No Brasil, nos últimos dez anos, a taxa de suicídio entre crianças de 10 a 14 anos aumentou 40%. Já entre jovens de 15 a 19 anos, aumentou 33,5% e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a segunda causa de morte entre essa parcela da popula-ção. Ainda segundo dados apresen-tados pela Frente Parlamentar, cerca de 11 mil pessoas tiram a própria

vida ao ano no País. “Nosso primei-ro passo para mudar este cenário é reconhecer o problema e falar. Mas não basta apenas tirar as vendas e conversar, é preciso também agir na busca da valorização da vida e do for-talecimento de nossas famílias”, res-saltou Liziane.

Nesse sentido, a parlamentar defen-deu a construção conjunta de ações que levem à prevenção desses casos.

“Vemos uma verdadeira epidemia que se espalha pelo nosso País, e ain-da não sabemos como lidar com essa situação, como abordar o tema suicí-dio dentro das nossas casas, nas esco-las, nas instituições e nem de que for-ma trabalhar com isso na sociedade.” O que fazer? Esta é, conforme defendeu a socialista, a pergun-ta que deve ser feita. “Nós par-lamentares, temos a obrigação de dar luz a essa discussão.”

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da Co-missão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) desti-nada a investigar a prática de fake news, apresentou o seu plano de trabalho, na terça-feira (10). A socialista sugeriu a conceituação do que são fake news e seus impactos na sociedade, o debate sobre a lei de priva-cidade de dados, além do papel das empresas digitais versus este fenômeno.

Por meio de audiências públicas com especialistas e autoridades, Lídice espera que o colegiado conclua a investigação sobre a produção e disseminação de no-tícias falsas que atentam contra a democracia. “A ave-riguação, ora em questão, está prevista como objetivo para criação da CPMI. Além da utilização de perfis falsos

para influenciar os resultados das eleições de 2018,

vamos investigar a prática de cyberbullying contra usu-ários mais vulneráveis e o aliciamento de crianças para cometimento de crimes de ódio e suicídio”, disse.

De acordo com a parlamentar, o Conselho Nacional de Justiça, o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal já analisam as fake news e o colegia-do deve ouvi-los. Lídice destacou a importância do estudo sobre a lei de privacidade de dados. “Esta lei se relaciona de forma objetiva sobre o que estamos tratando. Essas redes não podem funcionar se não estiverem ao seu dispor um conjunto de dados que compram ou adquirem para fazer com que suas men-sagens cheguem”, acrescentou.

A relatora da CPMI sugeriu que sejam criadas três sub--relatorias para tratar do aliciamento e orientação de crianças para comprometimento de crime de ódio e suicídio, o cyberbulling e a privacidade de dados. “Três importantes elementos que podem ter audiências pú-blicas sobre os temas específicos e o resultado incorpo-rado ao relatório final”, afirmou.

Requerimentos — Mesmo com a tentativa de obstru-ção de deputados e senadores da base do Governo, o colegiado aprovou audiências públicas com representantes do Whatsapp, Telegram, Google, Instagram, Youtube, Twit-ter e do site Intercept Brasil.

Lídice da Mata apresenta plano de trabalho na CPMI das fake news

Andrea Leal

SETEMBRO

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ARELO

Tatyana Vendramini

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Prevenção do Suicídio e Automutilação é tema de debate na Câmara

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Liderança do PSB na Câmara dos Deputados: Líder do PSB: Deputado Tadeu Alencar (PE)Chefe de Gabinete: Luiz Fernando Miyamoto Editor Chefe: Gustavo Cruz de Sousa Jr - MTb: 2078DFEdição: Tatyana Vendramini e Andrea LealRedação: Andrea Leal, Fabrício Francis, Mariana Fernandes, Moreno Nobre e Tatyana Vendramini

Fotos: Chico Ferreira, Dinho Souto e Sergio FrancêsDiagramação e Design: André Martins e Chico FerreiraPalácio do Congresso Nacional - Anexo IV - Sala S-64 Fone: (61) 3215-9656 Site: www.psbnacamara.org.brPeriodicidade: BissemanalISSN 2527-2438EX

PEDI

ENTE

Ministro Campbell destaca alterações propostas para a Lei de Improbidade

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O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Mauro Campbell, apresentou, na quarta-feira (11), du-

rante audiência na Comissão Especial da Câmara que analisa o projeto de alteração da Lei de Improbidade Administrativa (PL nº 10.887/18), as modificações pro-postas pela comissão de juristas responsável pelo tex-to em análise.

O líder do PSB na Casa, Tadeu Alencar, presidente da Comissão e um dos autores do requerimento para re-alização da audiência, voltou a destacar a necessida-de de dar o equilíbrio necessário à aplicação da Lei. “É preciso, de um lado aprimorar o combate à improbi-dade, ao enriquecimento ilícito, ao desvio de dinheiro público e à corrupção. Mas, de outro lado, tratar se-gundo a gravidade de conduta de cada gestor com a correção do que, às vezes, são meras irregularidades formais”, avaliou.

Coordenador da comissão que elaborou o projeto, o ministro Campbell explicou que uma das principais al-terações diz respeito à extinção da conduta culposa na Improbidade Administrativa. “Muitas vezes, fixamos a culpa grave para determinada conduta, seguindo o entendimento atual, mas estamos diante de dolo simples. Acre-dito que esse é um tema que mereça uma análise mais criteriosa por parte dessa co-missão”, afirmou.

COM

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Tatyana Vendramini

Distinção de devedores é preocupação de confederações do setor produtivo

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A Comissão Especial destinada a analisar a proposta que esta-belece medidas mais rigorosas ao contribuinte com inadim-

plência substancial de tributos, chamado devedor contumaz (PL nº 1.646/19), recebeu, na terça-feira (10), representantes das principais confederações ligadas ao setor produtivo do País.

A preocupação central destacada pelos expositores diz respeito à necessidade de uma distinção clara e objetiva do devedor que faz da sonegação de impostos um planejamento tributário da-quele que, eventualmente, esteja em dificuldade financeira. Na proposta em discussão, o devedor contumaz é definido como aquele cujo comportamento fiscal se caracteriza pela inadim-plência substancial e reiterada do tributo no valor igual ou supe-rior a R$ 15 milhões.

Presidente do Colegiado, o líder do PSB na Câmara, Tadeu Alencar, reiterou a necessidade de combater esse tipo de dívida para não provocar na sociedade o sentimento de impunidade e de injustiça, principalmente naqueles que cumprem com seus deveres legais.

Para o assessor jurídico da Confederação da Agricultura e Pe-cuária do Brasil, Dalton Miranda, é preciso ter cuidado com o conceito aberto que se dá ao devedor contumaz no projeto de lei. “Nos preocupa muito porque, quando se propõe modificações à lei de execução fiscal, não se trata de devedor contumaz, mas do sujeito passivo. E esse su-jeito passivo passa a ser qualquer devedor”, alertou ao sugerir a restrição maior a esse conceito na proposta.

INA

DIM

PLÊNCIA

Tatyana Vendramini