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As oportunidades por trás da festa

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EXPEDIENTE

Os pontos de vista expressos em artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da Câmara de Comércio Americana.

Diretor: Ricardo de Albuquerque MayerEditor-chefe e Jornalista Responsável: Ana Redig (MTB 16.553 RJ)Editor de arte: Lui PereiraImpressão: Ediouro Gráfica e Editora Fotógrafa: Luciana Areas

Publicação bimestral da Câmara de Comércio Americana RJ/ESCâmara de Comércio Americana RJ/ES Praça Pio X, 15/5º andar20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: 21 3213 9200 Fax: 21 3213 9201 [email protected]ção: [email protected]

A tiragem desta edição de 8 mil exemplares é comprovada pela BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES

EditorialUma grande chance para mudar

Em foco Notícias das empresas sócias

From the USAGame On! Sports and Recreation Idioms

in American English

Brasil UrgenteMarco Legal do Pré-sal

Leonardo Miranda

ColunasGestão & Carreira

Reorganização e recuperação de empresas no Brasil

Tributação

Vinculação de receitas e as obras para a Copa de 2014

Life StylePaixão de pai pra filhoMarcio Adler

CapaTrabalho e união por Jogos inesquecíveisCarlos Nuzman

O esporte abrindo uma rara oportunidade para diversos setores no Rio de JaneiroMarcia Lins

ReportagemJoão Havelange: O homem que transformou o futebol no maior espetáculo da TerraSuzana Tebet

NewsPor dentro dos eventos da Amcham

OpiniãoO Ato Olímpico BrasileiroPaulo Parente Marques Mendes e Jorge M. Arruda da Veiga

Entrevista

John Peter Dirk SiemsenO sócio da Dannemann Siemsen explica

como a Propriedade Intelectual aliada ao

esporte pode ajudar o país a crescer e det-

alha o Ato Olímpico, lei que guiará marcas e

outras designações ligadas ao evento.

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Ano XXIV • nº 260 • Novembro-dezembro 2009

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Editorial

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O Rio de Janeiro está à frente de uma grande oportunidade. Sediar as Olimpíadas de 2016 e receber alguns dos jogos mais importantes da Copa de 2014 irá, sem dúvida, movimentar a economia e gerar empregos para os cidadãos cariocas e fluminenses. Haverá uma retomada histórica do crescimento, ancorado em um período de prosperidade que, esperamos, tornará novamente a Cidade Maravilhosa, com consequente desenvolvimento também para o estado do Rio.Este deve ser o momento de encontrar soluções para problemas estruturais, como transportes e segurança. Por isso, é fundamental perceber que esta é uma chance ímpar de mudar, de melhorar e de trazer desenvol-vimento para a cidade e o estado no curto prazo. Mas não podemos perder um minuto para realizar essas mudanças. Os investimentos necessários para receber os dois eventos deixarão um legado importante, sobretudo na área de infraestrutura e turismo. Muito mais importante do que isso, no entanto, será o legado humano que os eventos podem – e devem – deixar.É urgente iniciar e incrementar projetos de capacitação, para que a população seja um exemplo de receptivo turístico. Este investimento deve ser feito, sobretudo nas crianças e jovens, que terão esta rara chance de aprender novas línguas, de lidar com outras culturas, de trocar experiências que enriquecerão gerações. Aprender a informar com simpatia, conhecer pelo menos mais uma língua além do português – de preferência inglês ou espanhol, e aprender a receber com orgulho. É fundamental aproveitar essa onda de investimentos financeiros, estruturais e culturais para desenvolver ainda mais os hábitos de gentileza, simpatia e atenção já inerentes à nossa população. Não há dúvida de que a atual harmonia e parceria entre governos federal, estadual e municipal foram fundamentais para a escolha da cidade e do país para sediar tão importantes eventos. Esta união mostrou a todos o quanto o Brasil e o Rio de Janeiro estão empenhados em oferecer ao mundo dois espetáculos inesquecíveis. Continuaremos a precisar desta união, para garantir a agilidade necessária à conclusão dos empreendimentos e ações. Também será preciso incrementar o já iniciado diálogo entre o público e o privado para disponibilizar os recursos necessários e encontrar formas de colaboração que permitam desenvolvi-mento local com lucratividade para a iniciativa privada.Esperamos, também, que a Copa e as Olimpíadas mudem a importância dada pela sociedade brasileira aos esportes, refletindo positivamente na nossa juventude, influenciando o futuro das novas gerações. O Rio é a imagem do Brasil e, assim, carrega a responsabilidade de mostrar ao mundo que é capaz de tratar seus turistas de forma especial, inesquecível. Afinal, é assim que queremos ser tratados quando saímos do nosso país, da nossa casa, para conhecer outro lugar?

Ricardo de Albuquerque Mayer

Uma grande chance para mudarO comprometimento com nossos clientes é nossa missão. Trabalhamos arduamente com a finalidade de oferecer suporte jurídico e as melhores estratégias para o seu negócio não apenas no Brasil, mas em qualquer país da América Latina. Visando a cumprir nossa missão, contamos com uma equipe de profissionais altamente qualificados, especializados na proteção e defesa dos Direitos de Propriedade Intelectual, inclusive em questões de licenciamento e de ordem regulatória. Para obtenção de mais informações, acesse nossa página www.diblasi.com.br ou simplesmente envie um correio eletrônico para [email protected].

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Em foco

Quarto poço confirma potencial de Tupi

A Petrobras concluiu a perfuração do quarto poço na área do plano de ava-liação de Tupi e o resultado reforçou as estimativas do potencial de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural recuperável nos reservatórios do pré-sal daquela área, localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos. O Consórcio, formado pela Petrobras (65% - Operadora), BG Group (25%) e Galp (10%), para a exploração do bloco BM-S-11, onde fica a área de Tupi, dará continuidade às atividades e investimentos previstos no plano de avaliação aprovado pela ANP.

Inovação tecnologia brasileira na busca do petróleoAs novas soluções da Liderroll foram a grande atração na Rio Pipeline 2009. Ela apresentou os roletes que vão equipar o Stinger da Balsa BGL 1 da Petrobras e uma maquete do túnel do Gasduc III, antecipando um trabalho realizado um mês depois, montando um dutos de 38 polegadas, dentro de um túnel de 4 km, usando roletes motrizes, tecnologia exclusiva, inédita no mundo. O sistema vai participar do Concurso 2010 da Calgary, no Canadá, que premia tecnologias de sucesso inéditas internacionalmente. A Calgary reveza com o Rio as duas mais importantes feiras de pipe do mundo.

White Martins renova parceria com Saúde Criança

A White Martins acaba de renovar o patrocínio à organização social Associação Saúde Criança e se consolida, mais uma vez, como a maior patrocinadora da instituição. Para 2010, a empresa vai destinar mais de R$ 510 mil para o fortale-cimento da rede, que conta hoje com 25 instituições nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Desde o início da parceria, em 2003, a White Martins doou um total de US$ 1,5 milhão. Com isso, o Saúde Criança pôde ampliar de 14 para 25 o número de instituições beneficiadas, atendendo 10 mil famílias por mês.

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Associados Amcham têm desconto em primeiro evento no Marriott Rio

O JW Marriott Hotel Rio de Janeiro oferece 10% de desconto para os associados da Amcham que realizarem o seu primeiro evento no cinco estrelas. O hotel dispõe de mais de 900m² de espaço para feiras, congressos e festas sociais com modernos recursos audiovisuais. São nove salões que podem ser trans-formados em até 12 ambientes. Também possui equipe especializada para identificar as melhores soluções para os clientes, além do serviço de catering. Informações pelo telefone (21) 2545-6548 ou no www.marriott.com.br/riomc.

Lucro líquido da Energisa quadruplica no terceiro trimestre do ano

A Energisa apurou lucro líquido de R$ 65 milhões no 3° trimestre de 2009, representando um crescimento de quatro vezes (+ 324,8%) o valor registrado em igual período de 2008. O aumento de 5,1% do consumo de energia entre clientes cativos foi um dos fatores determinantes para o bom desempenho. No acumulado do ano, o lucro líquido cresceu 14%, chegando a R$ 235,4 milhões. Após o 3° trimestre, a empresa converteu das ações em Units, para facilitar as negociações dos papéis da Energisa na BM&F Bovespa.

Bom para o seu negócio, para o jovem e para o RioO CEO TOTVS RJ vice-presidente exe-cutivo da Assespro-RJ, Álvaro Cysneiros articulou o projeto “Inclusão de jovens em situação de risco social no mercado de trabalho de TI”, lançado recentemen-te pela entidade, que congrega grande parte das empresas de tecnologia do estado. A iniciativa visa capacitar jovens em situação de risco social em linguagens de programação num cur-so de seis meses. “Quero convidar os associados da Amcham a se aliarem e participar dessa iniciativa. É bom para o seu negócio, é bom para o jovem e, consequentemente, é bom para o Rio”.

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ADP Brasil agiliza folha de pagamento da Unimed Vitória

A Unimed Vitória adotou o ADP Expert para otimizar, agilizar e descen-tralizar as funções relativas à folha de pagamento. O sistema trabalha de forma integrada, permitindo aumentar os controles, e contribuindo com a gestão de informações gerenciais. A folha de pagamento – que antes demorava de 3 a 4 dias para ficar pronta, agora leva 3 horas. “Foi necessá-ria uma mudança de cultura, pois os gestores estavam acostumados com papel. Tivemos de provar que a nova metodologia era muito melhor. Os benefícios ajudaram a quebrar logo a resistência inicial”, afirma Anderson Tadeu de Souza, gerente de RH da Unimed Vitória.

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Em foco

Xerox recebe executivos no Maracanã

A Xerox do Brasil e a Câmara de Comércio Americana se uniram em uma par-ceria para levar executivos associados à Amcham às finais do Brasileirão. Com apoio do J.W.Marriot e da Tamoyo Turismo, que tem recebido e transportado os convidados, a iniciativa continuará a acontecer no ano que vem. Devido ao número limitado de lugares disponíveis, apenas associados da Amcham convidados poderão desfrutar do Camarote da Xerox para ver os grandes times no Campeonato Carioca de 2010.

Cinema ao ar livre na maior tela do mundo

A mineradora Vale patrocina o Vale Open Air, evento que combina filmes, mú-sica, tecnologia e boa gastronomia no Jockey Club no Rio. Na programação, 19 longas, cinco curtas, além de 20 atrações musicais e DJs. Cerca de 800 jovens de comunidades do Rio de Janeiro, convidados pelo Afroreggae, Nós do Morro, Ação da Cidadania e Escola Fábrica de Espetáculos – Spectaculu, assistiram ao filme de estreia e depois ao show da orquestra Villa-Lobinhos, que promove educação musical para jovens instrumentistas de famílias de baixa renda.

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Uma repaginada em piscinas, fontes e spas

Quer dar um toque diferente para sua festa ou evento? O Aquacouleur é um corante orgânico temporário apropriado para colorir as águas das piscinas, fontes, aquários e spas e está disponível em seis cores: rosa, lilás, amarelo, azul profundo, azul turquesa e verde. O corante foi desenvolvido em Toulouse, na França, e chega ao Brasil com ex-clusividade da Hidroazul. Sucesso na Europa, no Canadá, nos Estados Unidos e na Ásia, o produto não tem nenhum efeito nocivo, não mancha roupas e é diluído direta-mente na água. Saiba mais pelo site www.hidroazul.com.br.

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Referência na área de Propriedade Intelectual no Brasil e no exterior, Peter Dirk Siemsen é sócio do escritório Dannemann Siemsen, advogado e agente da Propriedade Industrial. Um dos fundadores e ex-presidente das Associação Brasileira da Propriedade Intelectual

(ABPI) e Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI) e ex-presidente da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI), também é membro do Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS), ex-vice-presidente da Federação Internacional de Vela – ISAF (antiga IYRU), autor do Código de Propaganda e Patrocínio e do Código de Eligibilidade da ISAF. Foi indicado diversas vezes como advogado mais admirado em publicações nacionais e internacionais especializadas na área do Direito.

Nesta entrevista, Peter Dirk Siemsen fala sobre como a propriedade intelectual aliada ao esporte pode contribuir para o crescimento de países em desenvolvimento, como o Brasil e a África do Sul. Segundo o advogado, no mundo esportivo encontramos em uso todas as áreas da propriedade intelectual, tais como: marcas, desenhos industriais, direitos autorais, direitos de imagens e atividades correlatas como licenciamentos, marketing, merchandising, propagandas, patrocínios, questões de direito de competição, de consumidor e de marketing de associação.

Entrevista

Peter Dirk Siemsen

A Propriedade Intelectual e o desporto

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Qual a relação entre a propriedade in-telectual e o esporte?

O esporte serve de veículo para a disseminação das marcas, desenhos in-dustriais e obras protegidas por direitos autorais de seus patrocinadores, bem como das imagens dos seus atletas.

De que forma o esporte contribui para o desenvolvimento da proprie-dade intelectual?

O esporte se tornou mais atrativo para o público mundial em decorrência dos meios de comunicação, como televisão e Internet, além da imprensa escrita e fala-da. Portanto, os patrocinadores veem nos eventos esportivos um meio de divulgar as suas marcas. Nesse contexto, se destacam os esportes de massa como futebol, voleibol, basquete, rugby, beisebol, e aqueles que têm um grande público por intermédio da televisão, como: tênis, golf, corridas de automóvel, com destaque para a Fórmula 1.

Até que ponto a realização de eventos esportivos em países em vias de desen-volvimento pode contribuir para o cres-cimento desses países por intermédio do uso da propriedade intelectual?

Eventos esportivos atraem o público em geral, servindo como promoção da pro-priedade intelectual, ao serem identificados com a marca do seu principal patrocinador. Essa identificação se estende até os locais de realização das competições. Consequente-mente, o marketing, os licenciamentos e o merchandising podem criar atividades econômicas e gerar empregos, riquezas e in-vestimentos nos países em desenvolvimento.

Como as nações desenvolvidas fazem uso da propriedade intelectual por meio do esporte?

Nas nações desenvolvidas o espor-te é uma grande fonte de receitas. Por exemplo, os Estados Unidos, somente em 2007, movimentaram 650 bilhões de dólares. Esse montante decorre da parti-cipação de patrocinadores, anunciantes, marketing, licenciamento de imagem dos atletas, merchandising e televisio-namento, e em todos esses aspectos a propriedade intelectual está presente.

O que o Brasil pode fazer para se bene-ficiar ao máximo do fato de ser sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas?

O Brasil deve se organizar para de-senvolver de forma mais intensa todas as atividades mencionadas anteriormente, pois ainda se encontra muito atrasado no uso desses instrumentos econômicos em benefício do desenvolvimento do esporte no país. O esporte mais popular, o futebol, tem uma estrutura adminis-trativa atrasada, que pouco aproveita os instrumentos disponíveis no mercado, mas que começa a acordar em relação aos benefícios que esses ativos podem trazer. A seleção nacional e clubes como São Paulo, Corinthians e Internacional já de-monstram que existem exceções à regra, que podem influenciar a mudança do futebol brasileiro. No Brasil, o voleibol é o melhor exemplo de sucesso na admi-nistração do esporte. Há muito tempo se organizou e vem obtendo um grande sucesso. O fato é que o caminho até que a propriedade intelectual seja usada na sua plenitude pelo esporte brasileiro é longo, porém muito importante para geração de novas receitas e divulgação da imagem. O melhor exemplo é o iatismo, esporte que mais medalhas olímpicas conquistou para o Brasil, que não explora o seu po-tencial, prescindindo fundamentalmente

da verba pública para financiar a equipe olímpica. Enquanto, no mundo inteiro equipes de iatismo obtém rendas subs-tanciais através do merchandising de seus símbolos e marcas, bem como da ima-gem dos seus tripulantes, no Brasil, essa atividade ainda precisa ser desenvolvida.

Como os países protegem as marcas e outras designações relacionadas aos grandes eventos esportivos?

As marcas e outras designações relacionadas aos eventos esportivos são protegidas pela Lei da Propriedade Inte-lectual, os Tratados Internacionais e a Lei do Ato Olímpico (Lei n°. 12.035/2009). No Brasil, ainda contamos com uma proteção especial, prevista nos arts. 15 e 87 da Lei Pelé (n°. 9615/98).

No Brasil, foi aprovada a Lei do Ato Olímpico, que regula o marketing re-lacionado às Olimpíadas. Qual o prin-cipal objetivo da lei?

O principal objetivo da Lei do Ato Olímpico é vedar a utilização, comercial ou não, dos símbolos relacionados ao Jogos Rio 2016 sem autorização do Comitê Organizador ou do COI. Além disso, a Lei visa a proibir expressamente a utlização de símbolos e expressões que, apesar de não se enquadrarem no rol dos símbolos relacionados no Ato Olímpico, possuam semelhança suficiente para pro-vocar associação indevida de quaisquer produtos ou serviços. Todas as cidades candidatas a sediar uma Olimpíada devem possuir legislação que regule as atividades diretamente relacionadas com os Jogos Olímpicos. Essa exigência não existia anteriormente, e a primeira cidade que se submeteu a essa obrigação foi Londres, para as Olimpíadas de 2012.

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Entrevista

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Quais são os principais direitos dos patrocinadores oficiais?

De acordo com o Ato Olímpico (Lei n°. 12.035 de 01/10/2009), o uso dos símbolos e das denominações olím-picas é prerrogativa dos patrocinadores e colaboradores oficiais, autorizados pelo Comitê Olímpico Internacional e pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.

Não tínhamos uma legislação assim na época do Pan Americano. Como as marcas relacionadas ao evento foram protegidas? Como isso ocorrerá na Copa do Mundo, que ainda não conta com uma lei própria?

Na época do Pan Americano, as marcas relacionadas ao evento eram protegidas pela legislação comum. Na verdade, a legislação anterior ao ato já era sufiente para proteger os símbolos, nomes e marcas relacionadas à Olimpí-ada e a outros eventos esportivo. O Ato Olímpico apenas tratou do assunto de forma específica. O mesmo ocorre em relação à Copa do Mundo, provavel-mente vai ser promulgada uma legislação própria para o evento.

As empresas que fizerem campanhas publicitárias que façam associação às Olimpíadas, podem ser acusadas de praticar marketing de associação. O que é isso?

O marketing de associação, tam-bém conhecido como marketing de emboscada (ambush marketing) ocorre quando um terceiro tenta se beneficiar da repercussão do evento esportivo (Olimpía-das, Copas do Mundo etc.), mesmo não sendo patrocinador oficial.Ele está pre-sente, principalmente, nas Olímpiadas e Copas do Mundo, em que o investimento

de patrocinadores é substancial. É por isso que o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a FIFA, ao examinar a candida-tura das cidades e países, exigem que a legislação local preveja meios para coibir o marketing de associação.

O que uma empresa que não é patro-cinadora oficial poderia fazer para as-sociar sua campanha aos jogos olímpi-cos sem infringir a lei?

O patrocínio de atletas e equipes seria benéfico ao esporte brasileiro e não viola a legislação vigente. Como alternativa, investimentos em divulga-ção da cidade e do país e seus aspectos positivos, pode alavancar uma campa-nha em época de grandes eventos. No mais, o limite entre a conduta lícita e uma campanha inteligente, que apro-veite movimentação de grandes eventos esportivos, vai depender da avaliação de cada empresa, que deverá evitar ul-trapassar a fronteira entre o marketing lícito e o marketing de associação.

Como um parecer jurídico pode auxi-liar as agências de publicidade durante o processo de criação das campanhas?

Um parecer jurídico é um im-portante instrumento para orientar as empresas sobre a fronteira entre uma campanha inteligente e positiva e a con-duta ilícita, evitando expor seus clientes ao risco de sofrer uma demanda judicial e ter a sua imagem prejudicada.

As empresas que não cumprirem as disposições do Ato Olímpico se-rão punidas pela Justiça comum ou pelo Conar?

As duas alternativas são válidas. A justiça comum tem jurisdição sobre

todas as infrações do Ato Olímpico. No que se refere à publicidade, o Conar aceita denúncia de autoridades públicas, bem como instaura representações ex officio. Assim, é possível que o Conar venha a julgar um caso mesmo sem a provocação direta do Comitê Organiza-dor ou do COI, via o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ainda existe a possibi-lidade de o COB se associar e, com isso, submeter seus casos ao julgamento do Conar. Vale frisar que o Código de Ética do Conar veda expressamente a prática de ambush marketing.

As agências serão punidas ou somente as empresas?

Ambas estão sujeitas a sofre-rem demandas judiciais. O Comitê Organizador ou o COI, via o COB, poderão optar por demandar as duas ou somente uma das duas. Por isso, é fundamental que no contrato entre a agência e a empresa, seja bem definida a cláusula de responsabilidade na hi-pótese de ação que envolva direitos de propriedade intelectual.

Qual a importância do esporte como forma de difusão de marcas e inte-gração cultural?

O esporte é um grande veículo de difusão das marcas pelo seu alto grau de penetração junto ao público. Além disso, o esporte congrega pessoas de di-ferentes raças, religiões e nacionalidades, promovendo, naturalmente, a integração cultural entre os povos. Portanto, o uso da propriedade intelectual para o desenvolvimento econômico através do esporte é uma realidade a ser melhor explorada pelos países emergentes e em vias de desenvolvimento.

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Game On! Sports and Recreation Idioms in American English

From the USA

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American idioms are derived from many sour-ces, including the culture of sports and games. Perhaps because of the informal atmosphere,

language used by sports reporters, fans, and the players the-mselves has produced many words and phrases used in other contexts. Sports phrases are constantly changing: A “lay-up,” an easy shot close to the basket in basketball that used to mean an easy task in the non-basketball world, has evolved into “slam-dunk” as increased size and athleticism have allowed players to elevate above the rim of the basket and forcefully slam the ball through it.

The knowledge of American idioms or metaphors, particularly those of sports and games, is essential to mas-tering colloquial American English speech. Games have captured the American heart and mind. Terms associated with play have become associated with work and business. To “pinch hit” or “carry the ball,” two expressions from ba-seball and American football, used in their idiomatic sense rather than the literal, mean that a person will substitute or work on a project for a co-worker or boss. Failure to understand the games and the terms and idioms derived from them hinders communication.

The use of a word or an idiom changes with the popularity of the games played and the psyche of the coun-try, the region, and the person using them. For example, idiomatic expressions based on sailing terms, such as “take a new tack” or “bail out,” might be used more on the west and east coasts of the United States than in the heartland, and a person whose hobby is sailing will undoubtedly use

them more frequently. There are many baseball and Ame-rican football idioms used in the United States because of the widespread popularity of these sports.

At Condoleezza Rice’s Senate confirmation hearings for the position of Secretary of State, one Republican senator, using metaphors from American football, said about the nominee’s response to questions, “…there was some bump and run defenses and tactics used against her but she never really got off her stride.”

Idioms are often difficult for the non-native speaker to learn in isolation from their original sources. Team sports will have many of the same rules, terms, and fields as their international counterparts. Card games, hunting, and fishing are similar to the same games and sports in other countries. The framework or context of the game from which the term originated facilitates learning both of the literal and of the idiomatic usage. “Two strikes against him,” a baseball expression, denotes that one strike is left before the batter is declared out. The idiomatic meaning then can be practiced in a sentence such as “He had two strikes against him when he interviewed for the job, be-cause he had no experience.”

Some phrases, such as “play hardball” are more common in the derived or idiomatic sense. The sentence, “Let’s play hardball on this contract,” for example, means that one party intends to make little or no compromise in negotiating with the other party. This use is more typical than its literal meaning: to play baseball, a game that uses a ball made from a hard material.

Jean Henry is the author of How to Play the Game: American English Sports and Games Idioms

“The use of a word or an idiom changes with the popularity of the games played and the psyche of the

country, the region, and the person using them.”

This article is an excerpt from an article by Jean Henry in eJournal USA.

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brasil urgente

Marco Legal do Pré-Sal

Leonardo Miranda

Após cerca de um ano após as primeiras declarações do governo sobre a decisão de introduzir um marco legal para as atividades de

Exploração e Produção dedicadas à área do pré-sal, o governo anunciou o seu projeto. Fruto dos trabalhos de uma Comissão Interministerial, quatro projetos de lei serão agora objeto de apreciação pelo Congresso Nacional. Em essência, propõe-se um regime de partilha de produção para a contratação da exploração e produção em áreas do pré-sal e em outras que sejam declaradas estratégicas pelo governo.

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“A divisão dos recursos do pré-sal - e a eventual redução na participação dos estados e municípios produtores - deverá

ocorrer em paralelo à discussão das demais medidas, tendo em vista os grandes interesses econômicos envolvidos.”

Os contratos de partilha da produção procuram manter a propriedade dos recursos naturais nas mãos do Estado que, em geral, via agência reguladora, Ministério e/ou uma empresa estatal (caso brasileiro), contrata com uma empresa privada para explorar e produzir os recursos minerais, concedendo à empresa contratada uma parcela desta produção. É justamente nesse último ponto que reside a principal diferença entre este modelo e o modelo de concessão, em que o concessionário é dono de toda a produção, devendo ao governo apenas as participações governamentais estipuladas em lei e nos contratos de concessão.

Em geral, os contratos de partilha compreendem o pa-gamento de royalty calculado sobre a produção bruta. Sobre o volume produzido, líquido do royalty, o parceiro privado tem direito a um percentual a título de recomposição dos custos (cost oil, inexistente em poucas jurisdições). O volume restante (profit oil) é, então, objeto da partilha que dá nome ao contrato, entre o Estado e o parceiro privado. O regime proposto pelo governo também se baseou nos conceitos tradicionais de cost oil (com limites a serem definidos nos contratos) e profit oil, sendo que nas licitações será vencedor quem oferecer o maior profit oil ao governo (acima do percentual mínimo indicado na licitação).

As novidades que causaram polêmica no mercado ficaram por conta da determinação de que a Petrobras não somente seja a operadora de todas as áreas exploradas sob o novo regime, como também possa ser contratada diretamente pela União, sem licitação prévia, ou ainda participar dos leilões. Nessa última hipótese, a Petrobras terá assegurada uma participação mínima de 30% em todos os contratos leiloados. Vale destacar que essa participação poderá ser aumentada por iniciativa do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que, seguindo orienta-ção do Ministério de Minas e Energia, poderá propor o aumento ao Presidente da República, de maneira que, eventualmente, a Petrobras seja operadora e majoritária dos consórcios.

Também a administração do consórcio a ser necessaria-mente firmado entre Petrobras, parceiro(s) privado(s) e a em-

presa estatal que administrará a fatia do governo nos contratos poderá ser objeto de polêmica. Da forma como foi estabelecido no projeto de lei, o chamado comitê operacional, que toma as principais decisões gerenciais/operacionais do consórcio, inclusive decisões de investimento e sobre acordos de indivi-dualização de produção (unitização), terá a metade dos seus membros indicada pela nova estatal (inclusive o Presidente, que terá voto de qualidade e poder de veto).

Nas contratações diretamente com a Petrobras, caberá ao CNPE indicar o profit oil. Essa calibragem será de vital importância, pois poderá haver desestímulo se o CNPE es-tabelecer percentuais para as áreas operadas individualmente pela Petrobras, muito diferentes dos praticados em áreas em que houver participação privada.

Em proposta adicional, propõe-se a cessão onerosa de direitos à Petrobras para exploração e produção de petróleo e gás natural em áreas não concedidas do pré-sal, com o limite máximo de 5 bilhões de barris de óleo equivalente, em avaliação independente a ser contratada pelo governo. O projeto prevê, ainda, a capitalização da Petrobras pela União em valor cor-respondente a 5 bilhões de barris, que poderá ser feita através de títulos representativos da dívida federal. Mais uma vez, o assunto tem gerado discussão por diversos motivos, desde a preferência atribuída à Petrobras na aquisição desses ativos, até os parâmetros que serão usados nessa avaliação.

A discussão sobre a divisão dos recursos oriundos das participações governamentais entre os diversos entes da Fe-deração, e a eventual redução na participação dos estados e municípios produtores, deverá ocorrer em paralelo à discus-são das demais medidas, tendo em vista os grandes interesses econômicos envolvidos.

O modelo proposto ainda deverá ser objeto de debate, buscando o seu aperfeiçoamento de maneira a alcançar os objetivos do governo e ao mesmo tempo atrair, ao máximo, parceiros privados para as áreas a serem exploradas.

Advogado Sênior de Pinheiro Neto Advogados

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Gestão e Carreira

| Brazilian Business | Nov-Dez 200918

Reorganização e recuperação de empresas no Brasil

Sócio da área de Corporate Finance da Deloitte e especialista em reorganização e reestruturação de empresas.

Por Luis Vasco Elias

Toda empresa passa por diversos estágios de desen-volvimento e promove reorganizações, seja para crescer de maneira sustentada ou reverter situação negativa nos momentos de crises. Entre empresas em estágio avançado de maturidade, por exemplo, a reorganização pode repre-sentar um meio de reinventar seu negócio, de repensar as operações e mitigar os riscos de declínio de suas opera-ções. No momento atual de instabilidade e de ajustes ao novo cenário econômico mundial, as empresas enfrentam o desafio de promover uma ampla reestruturação financei-ra, que pode acabar se tornando apenas a primeira etapa de um processo muito mais complexo.

A reorganização é o conjunto de estratégias e medidas adotadas para retomar o crescimento ou reverter a situação negativa nos momentos de crise. Pode ser feita por meio de uma reestruturação, início do declínio, ou por meio de uma recuperação, quando a crise se agrava, levando ao risco de insolvência. O reordenamento da empresa se faz necessário em diversas situações, nem sempre percebidas em um primeiro momento, mas que refletem sintomas de estagnação e, depois, de declínio das operações.

A trajetória da reorganização dificilmente oferece facilidades. Estabelecer um plano estratégico, com metas, ações e objetivos claros, é o primeiro passo para o sucesso de um processo desse tipo, bem como é crucial sua im-plementação. Outra condicionante é empregar agilidade no processo decisório, a fim de responder à rapidez das transformações do mercado. Em todos os casos, é essen-cial o envolvimento do alto comando da empresa, para assegurar a execução do plano desenhado.

Hoje, as empresas não estão apenas preocupadas com o crescimento do seu negócio e aspectos estruturais, mas estão atentas aos fatores que garantem sua perenida-de, como dificuldades de financiamento. Estas conclusões se encontram no estudo “Reorganização de Empresas no Brasil”, realizado pela Deloitte, que abrangeu empresas e agentes envolvidos nos processos de recuperação de empresas (bancos, fundos de private equity, advogados e juízes). A grande maioria das empresas analisadas está ou esteve envolvida em processos de reorganização.

A reorganização é vista quase como uma precondi-ção para o crescimento. Ela deve ser realizada continua-mente, fazendo parte do DNA das empresas. Os principais motivos que levam à reorganização podem advir da neces-sidade de expansão, redução da lucratividade, busca de novos mercados, aumento da concorrência ou perda da competitividade, entre outros. De acordo com a pesquisa, as medidas mais adotadas pelas empresas nestes proces-sos são a ampliação e/ou aprimoramento dos processos operacionais e de produção, investimento em recursos humanos e melhorias na gestão de recursos financeiros.

O conceito da reorganização tende a se consolidar no Brasil como mecanismo fundamental para viabilizar a ma-nutenção do desenvolvimento e da expansão de empre-sas, independentemente das circunstâncias vivenciadas. Essa visão não evita completamente os impactos negativos decorrentes de ajustes nos cenários econômicos, porém, permite a minimização de riscos e facilita a execução dos processos de reestruturação financeira, diante de fontes de recursos mais escassas.

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Life Style

Tudo começou em 1977 quando fui fazer um teste para a escolinha do Fluminense. Eu queria mesmo ser jogador de futebol, mas um dos colegas da peneira me reconheceu do colégio e logo tratou de falar para o treinador que eu havia marcado dois golaços contra naquela semana. Assim durou pouco a minha carreira de jogador.

O tempo passou e comecei a frequentar o Maracanã torcendo pelo Fluminense. Jogos memoráveis do time tri-campeão de 1983-4-5, hino a João de Deus, pó de arroz e bagunça civilizada no ônibus de volta para casa.

A paixão pelo esporte crescia à medida que eu ia me distanciando da boa forma física, até que em 1995 ganhei a minha primeira camisa oficial: a branca do Santos, número 10, que sonho tê-la autografada, um dia, pelo Rei Pelé. Como eu já tinha duas do Fluminense, estava inaugurada a coleção.

Daí foi só esperar meus filhos nascerem e começarem a curtir jogo da bola redonda, para a coleção crescer rapida-mente. Minhas as viagens a trabalho e lazer são frequentes por força da minha profissão e em cada lugar, a visita é obri-

Paixão de pai pra filhoMarcio Adler

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Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 21

gatória ao estádio – apesar dos protestos da minha esposa – , em seguida a compra da camisa do time ou da seleção que lá jogam (mais protestos).

Vale qualquer estádio e qualquer time, desde que federados. A camisa tem que ser oficial e a foto no estádio com a arquibancada ao fundo. Vale também trocar camisa com jogador, e numa dessas consegui uma rara camisa do Madureira, usada num jogo nas Laranjeiras.

Uma das que mais guardo com cuidado, nos foi pre-senteada pelo Romário. Na época o Vasco estava treinando na Marinha, e um tio vascaíno conseguiu essa preciosidade com dedicatória do Baixinho para o meu filho mais velho, Frederico. O Vasco usava uma camisa de uma marca própria VG, e raramente vejo uma dessas nas ruas.

Tentativa de mais um vascaíno em vão, logo veio meu segundo filho, Eduardo. Com três mêses já frequentava as Sociais das Laranjeiras, no carrinho de bebê.

Formada a trinca, hora de aumentar a coleção e di-versificar os tamanhos. Sempre procuramos buscar camisas de times raros, difíceis de encontrar nas lojas. Ferencváros, Borussia Dortmund, Macaé, Friburguense, Legião, Jataiense-GO (presente do ex-jogador João Francisco), São Cristovão, America-RJ, Madureira etc. Das seleções, destaco as raras da Áustria, Hungria, Croácia, Togo, Venezuela, entre outras.

Cada uma dessas camisas tem um significado especial. Qual a razão de ter comprado e o que elas representam na nossa coleção? Uma dessas histórias aconteceu na final contra a LDU (Liga Des-portiva Universitária) no ano passado. Meu filho foi fotografado pelo Extra, chorando nossa derrota. Dia seguinte, virou capa do Jornal. Como já se sabe, faro de jornalista e das sogras andam juntos, assim a equipe do jornal nos localizou e pediu nova foto.

- Pai, dessa vez só fotografo com a camisa do América do Mexico, pois não aguento mais meus amigos flamenguistas me zoando! E assim saiu novamente na capa do jornal, lembrando a recente derrota sofrida pelo rival...

Tenho acompanhado através da ESPN a MLS, Liga de Futebol dos USA, e o contínuo crescimento do Soccer nos Estados Unidos. Nessa onda, conseguimos as camisas do Hous-ton Dynamos, New York Metrostars, Red Bull e LA Gallaxy. Impressionante como o investimento está dando certo, pois os patrocinadores da Liga são empresas fortes, interessadas na exposição de suas marcas, aliados ao esporte mais popular do mundo. Aqui no Brasil, grandes empresas estão investindo em Camarotes no Maracanã, visando maior network com seus clientes e associados no descontraido ambiente do futebol.

Até o fechamento dessa edição da Brazilian Business, nossa coleção já somava 80 camisas. Opa! Acabou de chegar mais uma: Santana do Amapá!

Corporate Sales, Continental Airlines

“Vale qualquer estádio e qualquer time, desde que

federados. A camisa tem que ser oficial e a foto no estádio com a

arquibancada ao fundo. ”

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Tributação

| Brazilian Business | Nov-Dez 200922

A escolha do Brasil como sede para a Copa do Mundo de 2014 certamente dará um grande impulso à economia nacional. O primeiro setor a se movimentar é o de infraestrutura. As cidades-sedes tiveram que pre-parar projetos ambiciosos para recepcionar os jogos, o que implica investimentos massivos na construção ou reforma de estádios, melhoria do sistema de transporte, entre outros. Com a confirmação da escolha pela Fifa, agora esses projetos devem se tornar realidade e surge a dúvida: como financiar tais projetos?

A concessão pública e a instituição de Parcerias Público-Privadas (PPPs) são apontadas como as principais alternativas, porém possuem limites legais que estão sen-do tema de discussão. Muitas vezes, quando o governo repassa à iniciativa privada (seja por concessão ou PPP) determinada obra, cria o dever de pagar ao administrador um valor pelo qual deve oferecer garantias. No entanto, a lei determina limites para o endividamento dos entes públicos em projetos como esses.

Uma alternativa de garantia a esses compromissos para os estados seria vincular as respectivas cotas-parte relativas ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Renda (IR) repassados pela União. A viabilidade jurídica desse procedimento é polêmica, mas, a meu ver, possível.

A questão principal a ser analisada para definir se determinada categoria de receitas pode ou não ser objeto de vinculação para fins de constituição de garantia é se tais

receitas estão enquadradas como receitas de impostos. Isso em virtude do art. 167, da Constituição Federal, que veda “a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa”, mas que, também faz uma série de ressalvas. Assim, aquelas receitas tidas como receitas de impostos não podem, salvo em casos específicos, ser vinculadas para constituição de garantias, ao passo que outras categorias de receitas poderiam.

A cota-parte da arrecadação do IPI e do IR é um repasse, uma transferência de rendas da União para os estados. Assim, pode-se argumentar que, enquanto para a União tais valores são arrecadados e processados no âmbito da Administração Pública sob regime tributário, para cada estado que os recebe, trata-se de um repasse corrente, sob regime jurídico diverso, no caso orçamen-tário. Ou seja, não são arrecadados, tampouco executa-dos, em caso de não pagamento, sob o regime jurídico tributário. Não podem, portanto, ser tidos como receitas de imposto, sendo possível, a princípio, sua vinculação. Nesse sentido, a Bahia largou na frente, aprovando, em 1.º de julho, a Lei n.º 11.477, por meio da qual garantiu um fluxo de pagamento ao apartar um percentual dos recursos que lhe cabem no Fundo de Participação dos Estados (FPE), dando-lhe uma finalidade específica.

O assunto ainda deve gerar muita discussão na ad-ministração pública, porém, já constitui uma alternativa viável e legal para o financiamento das obras da Copa de 2014, ainda mais em um cenário de escassez de crédito.

Sócio do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice

Vinculação de receitas e asobras para a Copa de 2014

Octavio Bulcão Nascimento

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O mundo est‡ crescendo em mais de setenta

milh› es de pessoas ao ano.

Seria isso um problema ou uma solu• ‹ o?

Com a popula• ‹ o do planeta continuando a crescer, e a

qualidade de vida de milh› es de habitantes dos pa’ ses em

desenvolvimento melhorando a cada dia, a demanda por

energia tambŽ m est‡ crescendo. Para atender ˆ s necessidades

de todos daqui a vinte e cinco anos, poder‡ ser necess‡ rio

50% a mais de energia do que usamos hoje.

Encontrar e desenvolver todo o combust’ vel e energia que

precisamos para resid• ncias, empresas e ve’ culos, protegendo

ao mesmo tempo o meio ambiente, poder‡ ser um dos

maiores desafios que esta gera• ‹ o enfrentar‡ .

A chave para garantir o sucesso encontra-se no mesmo

lugar onde essa necessidade foi criada: na pr— pria

humanidade. Quando o esp’ rito œ nico de todos tem a chance

de prosperar, a humanidade prova a sua habilidade de

enfrentar e superar qualquer problema. ƒ um esp’ rito de

trabalho ‡ rduo, criatividade, motiva• ‹ o, coragem e muito

compromisso. Voltado ao sucesso, ao pr— ximo e ao planeta.

O problemaÉ se torna a solu• ‹ o.

Essa energia humana que guia a humanidade ao sucesso

sempre esteve a’ , desde o come• o. E estar‡ presente para

moldar muitos amanh‹ s que est‹ o por vir.

Portanto, junte-se a n— s na explora• ‹ o da fonte de energia

mais poderosa do mundo. N— s mesmos.

E observe o que a ra• a humana pode fazer.

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O mundo est‡ crescendo em mais de setenta

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| Brazilian Business | Nov-Dez 200924

Capa

O Rio e o Brasil conquistaram a maior glória da nossa história no último dia 2 de outubro. Sob a liderança do Comitê

Olímpico Brasileiro e com a união dos três níveis de governo, vencemos uma disputa global, considerada a maior concorrência do mundo. Durante 10 anos de estratégia e trabalho, e dois anos de campanha envolvendo nações que já foram sede dos Jogos Olímpicos, mostramos ao mundo a excelência técnica e o poder transformador do projeto brasileiro para 2016. E o Comitê Olímpico Internacional reconheceu a nossa qualidade ao nos dar a vitória mais emblemática de todas as eleições para cidade sede dos Jogos.

Carlos Arthur Nuzman

24 | Brazilian Business | Nov-Dez 2009

Olimpíadas 2016: trabalho e união para realizar Jogos inesquecíveis

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Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 25

“Organizar o maior evento esportivo do planeta exigirá união do Comitê Organizador, dos governos e da iniciativa

privada para enfrentar novos e grandes desafios”

Para o movimento olímpico, essa decisão histórica abre uma nova e promissora fronteira na América do Sul. Para nós, brasileiros, significa uma oportunidade única de estender a todo o país os avanços na área esportiva, como a criação do primeiro Centro Olímpico de Treinamento, e de infraestrutura, aprovei-tando o maior evento esportivo do mundo para transformar a cidade e o país, como aconteceu em Barcelona, Sydney e Seul.

Mas o caminho para essa vitória não se resume aos últi-mos dois anos de campanha. O ano de 1999 foi o marco inicial dessa caminhada, quando o Comitê Olímpico Brasileiro decidiu não disputar a sede dos Jogos Olímpicos de 2008 e dedicar-se a conquistar o direito de organizar os Jogos Pan-Americanos de 2007. Três anos depois, o Rio de Janeiro organizou com sucesso os Jogos Sul-Americanos de 2002. No mesmo ano, derrotamos San Antonio para organizar o Pan 2007.

Aprendemos e evoluímos muito desde 1999, traba-lhando junto aos governos, patrocinadores e vários setores da sociedade até conquistar essa grande oportunidade para a cidade, o estado e o país. Além dos ganhos para o esporte e infraestrutura urbana, estudos realizados para o nosso projeto executivo mostram que os Jogos Olímpicos vão gerar cerca de 65 mil empregos nas áreas de grandes eventos, gestão do esporte, turismo e operações das instalações, além de milhares de vagas na construção civil e no comércio.

Muitos me perguntam qual foi o fator decisivo para trazer os Jogos e todos os seus benefícios para o Rio. Aponto alguns, como a dedicação e união dos três níveis de governo em prol da candidatura. O sucesso na realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e o legado esportivo da organização do melhor Pan já realizado também nos credenciaram para vencer

a disputa. Por último, ressalto que a nossa candidatura era a única conduzida pelo esporte, com o total apoio do Comitê Olímpico Brasileiro.

Passada a euforia da vitória, devemos agora encarar um novo caminho de muito trabalho, porque organizar o maior evento esportivo do planeta exigirá união do Comitê Orga-nizador, dos governos e da iniciativa privada para enfrentar novos e grandes desafios.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 começou a trabalhar menos de 24 horas após a vitória. Além disto, no fim de outubro, recebemos o COI para um seminário de orientação e em fevereiro participaremos do Programa de Observadores nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Vancouver. Em 2010 nos concentraremos nos manuais técnicos do COI para detalhar o planejamento do caminho até 2016.

O modelo de organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi baseado na experiência de Londres e Sydney. O Comitê Organizador cuidará de um orçamento de US$ 2,8 bilhões para a operação dos Jogos, enquanto a Auto-ridade Pública Olímpica – composta pelos três níveis de governo, que indicarão um diretor geral – será respon-sável pelo orçamento de US$ 11,6 bilhões para as obras de infraestrutura, como a modernização do sistema de transporte do Rio, melhorias nos aeroportos e construção de instalações esportivas.

Em parceria, mas dentro das atribuições definidas pelo projeto executivo, o Comitê Organizador Rio 2016 e os três níveis de governo estão prontos para encarar esses desafios e realizar Jogos inesquecíveis, que transformarão a cidade, dei-xando um legado duradouro para a população.

Presidente do Comitê Rio 2016

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| Brazilian Business | Nov-Dez 200926 | Brazilian Business | Nov-Dez 200926

Capa

O esporte abrindo uma rara oportunidade para diversos

setores do Rio de JaneiroMarcia Lins

A realização de uma das etapas da Copa do Mundo de 2014 e a escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 mostram que um novo

futuro começou a ser desenhado na Cidade Maravilhosa. Teremos, além desses dois megaeventos, outros de grande porte como a Soccerex, maior feira de negócios do futebol, que acontecerá no Rio pelos próximos quatro anos, os Jogos Mundiais Militares, em 2011, a Copa das Confederações, em 2013, entre outros. É uma janela de oportunidades incalculáveis que se abre. O impacto que causa para a população e o legado de benefícios são incontestáveis.

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Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 27

De igual importância é o impacto sobre a imagem do Rio de Janeiro, que vai se transformar num destino que todos vão querer conhecer. Todas as cidades que realizam mega-eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos tiveram seu número de receptivos no setor turístico alterado. O Rio de Janeiro, eleita a cidade mais feliz do mundo, é a porta de entrada do turismo no Brasil. Uma cidade com características próprias e única no país com oportunidade de sediar duas vezes uma final de Copa do Mundo.

Por isso, não temos dúvida de que a união inédita dos governos federal, estadual e municipal foi fator fundamental para alcançar essa ampla mobilização em prol de diversos projetos de reestruturação urbana e social que já começaram a sair do papel e só contribuirão para o crescimento de nosso estado. Esta é uma oportunidade ímpar de realizar projetos que vão transformar a vida de milhões de pessoas. Sem falar, é claro, da extraordinária importância esportiva, sobretudo para milhões de crianças e jovens brasileiros e sul-americanos.

Um estudo realizado sobre impacto econômico dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, encomendado pelo Ministério do Esporte, concluiu que os investimentos públicos e privados e os gastos do Comitê Organizador para a realização dos Jogos provocariam efeitos

multiplicadores amplos e diversificados na economia do país; e que se refletiriam positivamente em uma variedade de setores econômicos durante anos.

No estudo, feito pela Fundação Instituto de Adminis-tração, foram identificados 55 setores da economia que mais poderão se beneficiar com a realização do megaevento. Os setores com maior movimentação em virtude dos Jogos se-riam: construção civil (10,5%), serviços imobiliários e aluguel (6,3%), serviços prestados a empresas (5,7%), petróleo e gás (5,1%), serviços de informação (5%) e transporte, armazena-gem e correio (4,8%). Os efeitos positivos desses eventos não se limitariam ao estado do Rio de Janeiro. Os impactos também serão sentidos em todo o Brasil.

É necessário que nós façamos a nossa parte. Realiza-remos todos os investimentos necessários e a cidade tem muito a ganhar. Primeiro, com a atração de turistas e a projeção da imagem do Rio para todo o mundo; depois, com os investimentos de infraestrutura que são rigorosamente compatíveis com os anseios da população: transporte de massa adequado, além das revitalizações do aeroporto e da Zona Portuária. Enfim, teremos a possibilidade de antecipar investimentos importantes para o Rio e transformá-lo em um lugar ainda mais maravilhoso.

Secretária de Estado de Turismo, Esporte e Lazer

“É necessário que nós façamos a nossa parte, realizando todos os investimentos necessários. Esta é uma

oportunidade ímpar de realizar projetos que vão transformar a vida de milhões de pessoas.”

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| Brazilian Business | Nov-Dez 200928

Reportagem

João HavelangePor Suzana Tebet

O homem que transformou o futebol no maior espetáculo da Terra

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Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 29

O Rio de Janeiro, nos próximos sete anos, será o foco da atenção mundial. Aqui acontecerão a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que movimentarão bilhões de dólares e trarão para o Brasil milhões de pessoas para conhecer nosso país. Em 2014 os olhares estarão distribuídos por 12 cidades da Federação, mas o Rio de Janeiro e o Maracanã serão o centro das atenções na final da Copa. Em 2016 será apenas o Rio de Janeiro. Desta feita serão 50 mil pessoas entre atletas dirigentes e árbitros de mais de 180 países entrando e saindo ao mesmo tempo.

Jean-Marie Fautin Godefroid de Havelange, ou simples-mente João Havelange. Brasileiro, carioca, cidadão do mundo que por 24 anos presidiu a FIFA, transformou o futebol mundial no maior espetáculo da Terra, mas jamais deixou de ser um apaixo-nado pelo país onde nasceu. “Nós temos todas as raças, todas as religiões e todos vivem felizes. Todos respeitam essas diferenças. Os jovens são alegres e o país é acolhedor. O Brasil é diferente e vai ser um exemplo. Vai ser um momento único para que o mundo conheça e aprenda um pouco do que é conviver em paz”.

Este jovem de 93 anos, de memória incrível, nada 1.500 metros por dia estando no Rio ou no exterior. Em seu escritório respira-se o elixir da juventude está por toda parte e contagia quem o frequenta. João Havelange se aproxima, cumprimenta com três beijos na face – uma característica sua - e convida a sentar. Já então sua memória privilegiada começa a falar de passado e presente, descrevendo a história dos esportes no Brasil nos últimos 57 anos, do qual ele participou direta e ativamente em prol do nosso crescimento.

Atleta desde 1936, como nadador e jogador de pólo aquático ele chegou na CBD – Confederação Brasileira de Desportos – em 1952 como diretor de Esportes Aquáticos e em 1957 foi eleito presidente da entidade. No ano seguinte, o Brasil conquistaria o primeiro título no Mundial de Futebol na Suécia. Foram quase 20 anos à frente da entidade e, quando se afastou em 1974 para assumir a presidência da FIFA deixou como legado um Brasil tri-campeão e um avanço sem precedente no desporto nacional.

“Quando fui eleito, para a CBD, eles diziam que eu

não entendia de futebol. Foi a sorte. Porque deleguei a quem entendia e o resultado chegou. E isso é administrar. Não somos o dono da bola porque ela corre terrivelmente e não podemos querer estar em todos os lugares ao mesmo tempo”. Havelange levou esta visão de administrador para a FIFA em 1974. Em 1998, deixou uma entidade com real representatividade em todos os continentes, após transformar o futebol mundial no maior espetáculo da Terra. Números e cifras demonstram a veracidade desta trajetória fantástica.

“Quando cheguei à FIFA, em 1974, só havia europeus porque não tinha dinheiro para bancar a viagem de represen-tantes de outros continentes. Consegui modificar esta situação e hoje as 25 ou 30 comissões possuem membro de todos os continentes e federações”. Essa mudança foi possível graças à capacidade que João Havelange tem para analisar e administrar de forma global e gerar números crescentes e inacreditáveis. “Em 1978, na Argentina, foram arrecadados US$ 78 milhões. Na última que fiz, na França, em 1998, foram US$ três bilhões. Quando cheguei, encontrei em caixa US$ 20 e, ao me afastar, deixei US$ 4bilhões e vim para casa.”

Para 2014, a FIFA tem US$ 75 milhões de cada um dos 15 espaços publicitários no interior dos campos, US$ 2, 700 bilhões das televisões e quase US$ 2 bilhões dos ingressos que, somados, totalizam mais de US$ 5 bilhões. Todo esse dinheiro é aplicado pela FIFA nas federações em prol do crescimento do esporte, mas sua utilização é fiscalizada e os recursos só são liberados para pagar o que já foi feito.

Com 46 anos de Comitê Olímpico, Havelange jamais dei-xou de trabalhar para o crescimento dos demais esportes no Brasil que, em sua época, estavam reunidos em uma única confederação. E foi de forma direta que ele chegou a Jacques Rogge, presidente do COI. “Antes do Pan eu tinha falado com o Rogge que seria justo ele me dar os Jogos Olímpicos. Na ocasião ele disse que iria assistir aos Jogos Pan-americanos e depois me diria. Ao terminar o Pan e perguntei: O que achou? Ele respondeu: Uma maravilha! Então, posso esperar? A resposta foi simples: Pode. E chegamos lá”.

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News

| Brazilian Business | Nov-Dez 200930

Nanci Gama, Richard Dotoli e Rodrigo Cardozo Miranda

Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

O que muda no antigo Conselho de Contribuintes

A Câmara de Comércio Ameri-cana voltou a organizar os tradicionais “Tax Friday”, somente para associados. O primeiro destes eventos tratou das mudanças ocorridas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, antigo Conselho de Contribuintes. Rodrigo Cardozo Miranda, integrante da banca da Veirano Advogados, con-selheiro representante dos contribuin-tes e membro da 2ª Turma da Segunda Câmara da Terceira Seção do CARF, explicou as mudanças estruturais no Conselho. “Antes havia três conselhos e a Câmara Superior de Recursos Fiscais, todos submetidos à Secretaria de Fazenda. Agora o Conselho é um único órgão, ligado ao Ministério da

Fazenda. O objetivo foi uniformizar a jurisprudência e imprimir celeridade ao Conselho, sem afetar sua seriedade”, resumiu.

Nanci Gama, só-cia do Xavier, Bernar-des, Bragança Sociedade de Advogados, vice-presidente da 1ª Câma-ra da Terceira Seção do CARF e Conselheira da Câmara Superior de Recursos Fiscais em Brasília-DF, lembrou que estão sendo criadas ferramentas para faci-litar os processos. Um exemplo é a certificação

digital que está sendo implantada no portal do CARF para que os advoga-dos possam acompanhar os processos diretamente de seus escritórios.

O debate com a audiência foi moderado pelo sócio do Siqueira Castro Advogados, Richard Edward Dotoli, especialista em Direito Tri-butário, planejamento fiscal e con-tencioso tributário e vice-chairman do Comitê de Assuntos Jurídicos da Amcham. Os presentes criticaram fortemente o portal. “Sabemos que ainda está muito difícil utilizar a ferramenta de acompanhamento no portal, mas esperamos que em um mês o acesso já tenha melhorado”, apostou Nanci Gama.

Rodrigo Cardozo detalha as mudanças

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Novo Cônsul-geral americano fala na Amcham

Dennis W. Hearne fala sobre os planos para incentivar as parcerias entre Brasil e Estados Unidos

O novo Cônsul Geral dos Estados Unidos, Dennis W. Hearne, se reuniu com associados da Amcham para falar da agenda de ações que buscam incrementar as relações comerciais entre os dois paí-ses. Hearne afirmou que há muito a fazer no ambiente de negócios. “O período é promissor, especialmente no Rio de Janeiro, com suas gigantes reservas de petróleo e a recepção da Copa em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016. O Consulado tem um papel importante na facilitação de novas parcerias que permi-

tam bons investimentos para americanos e brasileiros”, destacou.

Hearne afirmou que os EUA têm muito a aprender com o Brasil sobre combustíveis renováveis e tecnologia flex. “Compartilhar expertises será fun-damental, sobretudo em relação ao pré-sal. A boa parceria entre os dois países deve ajudar bastante”. O novo Cônsul elogiou a forte regulamentação bancária brasileira, que, para ele, foi decisiva para que a crise financeira não atingisse o país de forma expressiva. “As políticas econô-

micas prudentes que vêm sendo adotadas tornaram o país 300% mais atraente no último ano, especialmente no Rio. O Consulado quer ajudar na imagem do estado e da cidade, e já começou a agir na área de segurança, fornecendo treinamento especializado à Academia de Polícia Civil do Rio”, afirmou.

O Cônsul Dennis W. Hearne

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| Brazilian Business | Nov-Dez 200932

Setor Portuário

Especialistas debatem a necessidade de regulação e normatização da Lei dos Portos para garantir a competitividade no setor

A Amcham realizou um encontro para debater a infraestrutura portuária e os impactos da regulação e da legislação que afetam a competitividade no setor. O contra-almirante José Ribamar Dias, vice-presidente da Anut (Agência Nacional dos Usuários de Transportes de Cargas) enfatizou que é preciso ficar atento para não “retroagir ao tempo do dirigismo sindical”. “Temos que assegurar ao em-presariado a integridade da lei 8.630/93, que é sábia e voltada à negociação”, defen-deu. Dias disse que é preciso incentivar o investimento privado, sem comprometer o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos em vigor. Além disso, é preciso acabar com pontos controversos, como a definição de carga própria e de terceiros; e de carga eventual e subsidiária.

Marcos de Campos Ludwig, sócio da Veirano Advogados, avaliou positiva-mente a lei, mas reforçou a necessidade de regulamentação para operacionalizar os portos organizados privados e mistos. Para ele, o país passa por um momento especial com a Copa 2014 e as Olimpía-das de 2016, reflexo da situação favorável que vivemos. “Os portos precisam acom-panhar o crescimento que se espera para o país,” afirmou. “Além das definições básicas, há dúvidas essenciais, como por exemplo, quem irá atuar como autoridade portuária nos casos de portos organizados mistos? Haverá algum ente público acom-panhando e controlando?,” questionou.

O economista Ruy Santacruz, ex-conselheiro do CADE (Conselho Admi-nistrativo de Defesa Econômica) enrique-

ceu o debate demonstrando que os portos integram uma indústria de rede, formada por uma cadeia produtiva complementar. Santacruz explicou que na economia de rede não funciona o princípio de produção em escala, onde uma maior quantidade de empresas competindo gera menores preços e melhora a qualidade. “Em serviços como água, saneamento, energia elétrica e portos, é preciso coordenação e adaptação tecno-lógica. Além disso, é necessário estabelecer tecnicamente o número adequado de em-presas para atender à demanda, limitando o número de empresas e estabelecendo padrões que garantam preço e qualidade ao usuário”. O economista destacou que, esta limitação precisa ser inteligente para garantir a entrada e a saída de empresas dentro destes padrões.

Ruy Santacruz, Marcos Ludwig, Ricardo Mayer e José Ribamar Dias

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| Brazilian Business | Nov-Dez 200934

O Conteúdo Local é parte funda-mental da estratégia do governo para a exploração do pré-sal. Esta foi uma das mensagens mais importantes passada pelos palestrantes brasileiros – espe-cialmente pela ANP e pelo BNDES -, durante a Conferência Internacional Brazil Energy & Power 7. O evento aconteceu no dia 2 de novembro, em Houston, e foi organizado pela Câmara de Comércio Americana (Amcham) em parceria com a Brazil-Texas Chamber of Commerce (Bratecc).

O evento foi aberto pelos pre-sidente da Amcham e da Bratecc, Robson Barreto e Orlando Azevedo. Ricardo Peduzzi, diretor executivo da Bratecc, o Juiz do Condado de Harris, Ed Emmett, e o Vice-Cônsul-geral do Consulado Brasileiro em Houston, Pau-lo Fontoura, compuseram a primeira

mesa. Peduzzi destacou a importância da parceria entre Brasil e Estados Uni-dos na exploração do pré-sal.

O tamanho das reservas de petró-leo na camada de pré-sal impressionou e empolgou os investidores america-nos. Kazuioshi Minami, gerente de Engenharia de Produção da Unidade de Negócios da Bacia de Campos da Petrobras, comparou o campo de Tupi – que tem previsão de 300 poços e será o primeiro a entrar em operação – com o mapa da grande Houston. O campo é bem maior do que a cidade texana.

A ideia do Conteúdo Local é es-timular a competitividade nacional de bens e serviços utilizados na exploração do pré-sal, pois a lei garante ao produtor brasileiro a preferência nas licitações. A legislação, no entanto, não estabeleceu uma reserva de mercado. Caso a con-

corrência internacional prove que tem melhor preço, melhor qualidade ou que não há empresa brasileira apta a realizar o serviço ou fornecer o produto em tem-po hábil ou dentro das especificações conseguirá o contrato.

“As empresas que estiverem dis-postas a disputar os muitos bilhões que envolverão a exploração do pré-sal, te-rão que se instalar no Brasil, para garan-tir o desenvolvimento local”, explicou o chairman de Energia da Amcham, Roberto Ardenghy. “A Conferência im-pressionou os americanos pelo alto nível técnico das apresentações, que propor-cionou o debate qualificado e proveito-so com a audiência”, completou. Para Cesar Dias Ramos, diretor executivo de Petróleo e Gás da Empresa de Pesquisa Energética, o BEP 7 foi importante porque permitiu um intercâmbio entre as empresas e incentivou o incremento de investimentos no Brasil na área de Energia. “Ainda há alguns pontos obs-curos sobre as regras de exploração do petróleo na camada do pré-sal, como o papel da Petrobras nas áreas sem contra-to, de posse do governo, que precisam ser decididas”, alertou.

De fato, existem compromissos contratuais expressivos relativos à aquisição de bens e serviços no país que estão associados a grandes expectativas de investimentos. “Isto significa que as empresas de petróleo terão que elaborar estratégias de supply chain, contábil e

Robson Barreto, Ricardo Peduzzi, Ed Emmett, Orlando Azevedo e Paulo Fontoura

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NewsNews

Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 35

fiscais de modo a cumprir suas ofertas de CL contidas nos contratos para não serem multadas”, observou Marcelo Mafra, especialista em regulação da ANP (Agência Nacional de Petróleo). Neste contexto haverá muito espaço para o desenvolvimento de fornecedores e tecnologias locais através de parcerias entre empresas brasileiras e estrangeiras.

Para Enrico Móra, sócio da Mil-lenium Consultoria, o Conteúdo Local é importante como “processo”, ou seja, para os fornecedores e concessionários se adequarem a esta realidade, será ne-cessária uma alteração no seu processo interno para recebimento das certifica-doras. Móra ressaltou que o custo da certificação pode ser um empecilho para

valiosas parcerias. Isso porque a ANP exigiu que as empresas certificadoras contratassem responsáveis técnicos de grande experiência para a realização do trabalho. “A certificação é, na verdade, uma auditoria realizada no serviço ou no produto que a empresa fornece, sen-do um trabalho de grande complexida-de e responsabilidade, tendo, portanto, um custo de mão de obra considerável, que vai refletir diretamente no custo do serviço”, ponderou.

Nesta fase, será necessária a in-teração entre concessionários, forne-cedores, associações e, claro, a agência reguladora. “É muito importante que as regras de Conteúdo Local e a visão do agente regulador estejam muito claras para o mercado, justamente para que os investidores e players do setor percebam a consistência e estabilidade

no ambiente regulatório do E&P para o exercício de suas atividades. A trans-parência é um objetivo a ser alcançado e mantido permanentemente para que ocorram os fluxos de investimentos necessários para o desenvolvimento de fornecedores e tecnologia locais e para que novas empresas venham para o país”, completou Mafra.

O consultor e ex-presidente da Petrobras, Armando Guedes Coelho, disse que atualmente há um impres-sionante interesse pelo Brasil, sendo relacionado ao pré-sal ou não. Alguns fatores, segundo ele, explicam este fato. “Primeiro o petróleo, estratégico no mundo todo,que sempre esteve disponível em maior quantidade em zonas de conflito, como Oriente Médio e Rússia. Para os países desenvolvi-dos, que são grandes importadores

O público lotou o salão para ouvir os especialistas sobre as novidades do pré-sal

Armando Guedes Coelho

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NewsNews

| Brazilian Business | Nov-Dez 200936

de petróleo, as gigantescas reservas encontradas no Brasil são de gran-de interesse”, avaliou. Além disso, Guedes Coelho destacou a economia estável e a política democrática como fatores que ampliam o interesse dos investidores no país. “Muitas empresas estrangeiras vão querer se associar a empresas brasileiras fornecedoras de equipamentos e serviços para atender a esta demanda gigantesca”, apostou. Para ele, é importante que as empresas nacionais garantam, em seus contratos, a transferência de tecnologia, pois serão necessários muitos ajustes ao conhecimento já existente para explo-rar e produzir o petróleo localizado na camada de pré-sal.

As parcerias entre a indústria brasileira e internacional, portanto, deverá se intensificar. “Creio que o BEP 7 foi uma ótima possibilidade de interação com empresas americanas do setor. Neste contexto, o expertise americano é de alto interesse. O que está projetado para o pré-sal é muito grande e atrairá a atenção de todos. É pouco provável que a Petrobras venha a ter os recursos para fazer tudo sozi-nha, por isso precisará de parceiros e as questões relativas a Conteúdo Local não deverão ser um empecilho”, ava-liou Bruno Musso, diretor executivo da Onip. Mesmo assim, Musso ressalta que o tema precisa ser bem compreen-dido por todos os investidores.

Kazuioshi Minami, Maria Antonieta Andrade de Souza e Roberto Ardenghy

Ricardo Mayer e Ricardo Peduzzi, diretores executivos da Amcham e da Bratecc

Enrico Móra, Marcos Panassol, Omar Carneiro da Cunha, Bruno Musso e Marcelo Mafra

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News

| Brazilian Business | Nov-Dez 200938

Rio de Janeiro: em busca do desenvolvimentoestratégico e do crescimento sustentável

A Amcham convidou especia-listas para debater o desenvolvimento estratégico e o crescimento sustentável do município do Rio de Janeiro. Flávia Barros, diretora de Desenvolvimento Econômico do Instituto Pereira Passos, disse que o tema ganhou forte presença na agenda do prefeito. Ao fazer um diag-nóstico da economia da cidade, afirmou que as principais métricas usadas são o emprego e a renda. “Entre 2002 e 2006, o Rio apresentou 5,4% de participação no PIB nacional e passou a ocupar o 2º lugar na geração de empregos formais”.

Isso se deve, em grande parte, ao aumento da demanda na área de tele-marketing. Jarbas Nogueira, presidente executivo da Associação Brasileira de Telesserviços disse que a abertura do mercado de telefonia na década de 90 criou a necessidade de atendimentos ca on line. “Este setor é estratégico porquê os Call Centers oferecem o primeiro em-prego formal para 45% dos jovens que lá trabalham”, afirmou. Hoje as empresas de telemarketing empregam cerca de 850 mil jovens, mas este número deve chegar a um milhão. Atenta a esta demanda, a Prefei-

tura está criando duas grandes áreas com incentivos fiscais para empresas instalarem serviços de Telemarketing.

Outro setor que vem ganhando destaque é o de seguros e resseguros. O diretor da Lloyd’s Brasil, Marco Antonio de Simas Castro, afirmou que o Brasil tem um forte potencial de crescimento, sobretudo no segmento de resseguros. “Só as perspectivas do pré-sal já são suficientes para tornar o Rio um grande mercado. Isso sem contar que todos os órgãos seto-riais e reguladores têm sede aqui”.

Ilan Goldman, presidente da Asse-pro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) disse que hoje, uma empresa, sobretudo de TI, pode estar em qualquer lugar do mundo. Por isso, a cidade precisa oferecer atrativos reais para sua instalação. A indústria criativa – que inclui a criação e o desenvolvimento de softwares – é setor estratégico para o Rio. “O caminho não pode ser apenas redução de ISS, pois já tivemos uma lei mal costurada que gerou

prejuízos a muitas empresas,” alertou. Goldman disse que a Prefeitura tem demonstrado interesse apoiar a criação de incubadoras na área do Porto. Além disso, haverá apoio financeiro para o de-senvolvimento de um ecossistema de TI em projetos para a Copa e Olimpíadas.

A secretária Municipal de Fazenda, Eduarda La Rocque, encerrou o evento, patrocinado pela Algar Telecom e Veira-no Advogados, com apoio da Avaya. Ela elogiou o esforço conjunto entre municí-pio e estado para o desenvolvimento sus-tentável regional. Ela vem trabalhando junto com o secretário estadual, Joaquim Levy, para trazer de volta empresas que deixaram o Rio. Além disso, estamos trabalhando sobre um planejamento estratégico bem estruturado. “Temos um time novo, ousado, otimista e oriundo da iniciativa privada. Temos nos espe-lhado em cidades que fizeram grandes viradas, como Nova Iorque e Londres. Estamos trabalhando com uma gestão focada em metas”, encerrou.

Eduarda La Rocque

Marco Antônio Castro, Jarbas Nogueira, Robson Barreto, Flávia Barros e Ilan Godman

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News

PMBOKO que mudou no mais reconhecido guia de boas práticas em Gerenciamento de Projetos

A Amcham convidou dois especia-listas para esclarecer as mudanças na 4ª edição do PMBOK, o mais reconhecido guia de boas práticas em Gerenciamento de Projetos do mundo.

Felipe Muller, Project Management Professional pelo PMI (Project Manage-ment Institute), professor do Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos pela UCAM e IBEC Instrutor da INOV9 Consultoria, detalhou as mudan-ças realizadas no guia, publicado no fim de 2008. “Desde 1996, o PMBOK tem sido atualizado de 4 em 4 anos. Isso é para que ele fique cada vez mais bem escrito, mais claro e sucinto. As atualizações são feitas por

um grupo de profissionais do mundo todo e conta com a participação voluntárias de usuários que fazem sugestões pelo site da instituição”, explicou.

A advogada Deana Weikersheimer, especialista em Aspectos Contratuais e pro-fessora do IBMEC, FGV e UFRJ, além de instrutora da INOV9 Consultoria, destacou a importância de envolver o departamento jurídico nos projetos, desde o seu início. “O Brasil é um país muito regulado. É funda-mental estar calçado juridicamente durante o processo, mitigando riscos de alto valor. O jurídico pode, com antecedência, identificar as partes interessadas e toda a legislação que regula estes relacionamentos”, esclareceu.

Felipe Muller

Deana Weikersheimer

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News

| Brazilian Business | Nov-Dez 200940

Previdência Privada

Uma importante ferramenta no planejamento profissional

O Comitê de Recursos Humanos da Amcham promoveu, com o patro-cínio da Icatu Hartford, um evento para debater as vantagens das empresas investirem em Previdência Privada como ferramenta de motivação e retenção de valores na equipe de colaboradores. Os três especialistas convidados ofereceram visões complementares do tema.

André Maxnuk, diretor da Mercer Human Resource Consulting no Rio, resumiu a história da Previdência Privada no Brasil, que começou com planos de aposentadoria “extremamente generosos”. “Os funcionários recebiam 100% do último salário, além de outros benefícios que tornavam impossível prever o futuro do fundo”, avaliou. A partir da adoção do modelo de contribuição definida, utilizado atualmente, os planos se torna-ram fundos de investimento, e os cola-boradores passaram a se responsabilizar mais pelo planejamento do seu próprio futuro. “Hoje ele define com quanto quer contribuir e por quanto tempo”, explicou.

André lembrou que o teto máximo pago pelo INSS (R$ 3.000,00) é incapaz de cobrir até mesmo um plano de saúde individual. Por isso 75% das empresas têm planos de aposentadoria, sobretudo para cargos de gerência e superiores. “Mas este fundo precisa ser muito bem geren-ciado, ter avaliação clara de riscos e muita transparência,” destacou. Além disso, ele considera fundamental manter uma boa comunicação com os funcionários, pois

só com credibilidade e confiança as pessoas compreendem a importância de um inves-timento de médio e longo prazos”, alertou.

Elaine Saad, gerente-geral e coor-denadora para América Latina da Right Management, disse que, mais do que uma forma de retenção de talentos, o Plano de Previdência Privada ajuda a preparar o executivo para a aposentadoria. “Muita gente pretende parar de trabalhar com 60 ou 65 anos, mas não se planeja para isso”, lembrou. Elaine disse que, em 2050, 16% da população mundial terá mais de 65 anos. “As empresas devem planejar seu futuro déficit de mão de obra, conhecer as tendências de crescimento dos negócios para saber quem são os aposentáveis estra-tégicos.” Elaine destacou que o interesse dos colaboradores varia de acordo com a idade. “Aos 25 anos, a pessoa quer explorar a car-reira. Aos 40, planeja a vida profissional no médio prazo. Aos 50 anos, planeja mudan-

ças, e depois, o foco migra para o presente, buscando uma melhor qualidade de vida.

Fernando Sabaté, diretor superinten-dente da Prevunião, plano de previdência privada da White Martins, disse que a entidade viveu a mesma história contada por André Maxnuk. A contribuição defi-nida começou apenas em 2000 e somente a partir de 2009 o plano foi modernizado, incluindo opções de investimentos. “O colaborador pode mudar os valores trimes-tralmente. Todas as informações vêm no contra-cheque: saldo, valores, tudo muito transparente. Isso garante a credibilidade do Fundo, e prova disso é que muitos ex-funcionários da White Martins mantêm o vínculo com a Prevunião quando deixam a empresa”, comentou Sabaté. Ele não acredita que um plano de aposentadoria possa reter talentos, mas considera este um importante benefício que pode, sim, definir a opção por uma ou outra empresa.

Elaine Saad, André Maxnuk, Claudia Danienne e Fernando Sabaté

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News

| Brazilian Business | Nov-Dez 200942

Sérgio Cabral avalia os três anos de governo e diz que o Rio terá mais de R$ 120 bilhões em investimentos

Cerca de 200 empresários e auto-ridades lotaram o salão do Jockey Club Brasileiro, no Centro do Rio, para ouvir o governador Sérgio Cabral falar sobre a explosão de crescimento aguardada para o estado. Além do pré-sal, que promete atrair muitos investimentos, o Rio será uma das cidades-sede da Copa de 2014 e sediará as Olimpíadas de 2016. Para o governador, este é o resultado de uma interlocução necessária que vem sendo feita no exterior para valorizar

o Rio como destino turístico – de negócios, de lazer e esportivo. “Nosso maior problema ainda é a segurança”, afirmou. “Recebemos uma realidade fruto de uma confusão entre ordem pública e direitos humanos, praticada por governos anteriores. Agora, com as Unidades Pacificadoras, as comunidades estão percebendo que a ordem pública traz os direitos humanos,” afirmou.

Cabral disse que este quadro foi revertido com o fim do acordo entre a

polícia, o tráfico e a milícia. “Estamos realizando um verdadeiro choque cultural dentro da Polícia. Todas as promoções estão sendo feitas por me-recimento, e não mais por indicação política”, garantiu. O governador afirmou que também está havendo uma mudança total de gestão dentro das polícias Militar e Civil. “Alteramos a forma de gestão da frota, que hoje é toda nova e não demora mais meses para fazer pequenos consertos. A po-

O governador Sérgio Cabral defendeu o choque de gestão que tem trazido confiança paea investimentos no Estado

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lícia do Rio hoje pode contar com suas viaturas”. Cabral disse que também houve investimentos em tecnologia e inteligência e que os salários ainda estão aquém do que deveriam ser, mas que já há pleitos junto ao governo fe-deral para que haja um aporte maior durante os eventos de 2014 e 2016.

Entre as boas notícias, Sérgio Cabral destacou a queda de 45% nos índices de homicídios em Campo Gran-de, depois da implantação das Unidades Pacificadoras. “Hoje são cerca de 120 mil pessoas em comunidades pacificadas. E teremos mais quatro comunidades pacificadas até o fim do ano”, prometeu. Para o governador, os jogos podem ser uma oportunidade para o Rio ganhar deixar um legado de segurança pública em todo o estado.

Sérgio Cabral também destacou investimentos feitos nas áreas de Saúde e Educação. “Os professores receberam laptops conectados à Internet, estamos climatizando as salas de aula e estuda-

mos um aumento salarial”. Para o gover-nador, o Rio é a grande cidade do Brasil, e que a unidade política entre estado, município e União, está permitindo catalisar investimentos estruturantes de mais de R$ 120 bilhões nos próximos 3 ou 4 anos. “Estas são obras que vão mudar o Rio”, prometeu.

O evento contou com patrocínio da Bradesco Seguros e Previdência, IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível), EIT Empresa In-dustrial Técnica), Mac Dowell Leite de Castro Advogados e PricewaterhouseCo-opers; co-patrocínio da CEG; e apoio da Abav/RJ, Clube de Engenharia e IBCO.

Descontração com Cônsul dos EUA Dennis Hearne e Robson Barreto

O salão do Jockey Club lotou de empresários para ouvir o governador Sergio Cabral

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| Brazilian Business | Nov-Dez 200944

A Câmara de Comércio Americana e o Grupo Lide Rio se uniram para deba-ter as oportunidades e responsabilidades que o evento da Copa do Mundo deverá trazer para as cidades-sede e para o país. Os presidentes das duas instituições, Robson Barreto e José Eduardo Guinle abriram o evento, que contou com pa-trocínio máster da Embratel e patrocínio da Tozzini Freire Associados.

O arquiteto Aníbal Coutinho, coordenador técnico do projeto Natal 2014, disse que as obras de infraestrutura terão grande impacto urbano na cidade. “As premissas usadas foram: deixar um

legado permanente e relevante, e conce-ber um estádio 100% autosuficiente”, explicou. Natal foi considerado o melhor projeto entre as 12 cidades-sede que abrigarão os jogos do mundial. O estádio das Dunas é inovador do ponto de vista esportivo e tecnológico, e custou R$ 100 milhões menos que o mais barato da Copa. Toda a platéia terá perfeita visão de jogo devido aos diferentes níveis das arquibancadas. A ventilação e a ilumi-nação aproveitam os ventos frescos e o sol intenso do Norte do país. Depois da Copa, as duas laterais menores serão des-montadas e aproveitadas em um estádio

de futebol de areia com 10 mil lugares. O vice-presidente da Abdib (As-

sociação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base), Ralph Lima Terra, disse que o grande desafio para o Brasil será concluir os projetos dentro dos prazos especificados. “Entre os aero-portos, por exemplo, só o de Olinda/Recife deverá estar no padrão até 2014. Todos os outros precisarão de ajustes”, alertou. A Abdib avaliou projetos por todo o país, sob a lógica privada e com sustentabilidade econômica para orientar os investidores. “Não queremos elefantes brancos. Todos os projetos devem deixar um legado de desenvolvimento social”.

A falta de bons projetos e de pla-

Evento reúne especialistas para avaliar as oportunidadese responsabilidades no maior evento esportivo do mundo

Aníbal Coutinho: “O melhor projeto da Copa foi o de Natal”

Julio Lopes : “revolução no Rio”

News

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Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 45

News

nejamento também foi abordada pelo presidente da Comissão de Obras Públicas, Privatizações e Concessões, Arlindo Virgí-lio Moura. “Temos esta dificuldade até nas obras do PAC, que esbarram na lentidão para conseguir licenciamentos e autoriza-ções”, lamentou. A Comissão elaborou o Manual de Licenciamento das Obras da Copa, para orientar os empreendedores. “Aconselho que todos sigam o manual, para evitar atrasos e paralisações”. Para ga-rantir a participação da iniciativa privada, Moura defendeu a criação de um marco regulatório confiável e um arcabouço ju-rídico firme, com claro retorno financeiro.

Este entendimento é condição para levantar recursos com o BNDES. Rodol-pho Torres, chefe de Departamento da Área de Inclusão Social do Banco, explicou que é fundamental que os equipamentos permaneçam sustentáveis. A Secretária de Estado de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Marcia Lins, deverá contar com esses recursos – cerca de R$ 400 milhões até 2012 para reformar o Maracanã. “Mais do que uma arena, o Maracanã é o segundo ponto turístico do Rio”, acrescentou.

O BNDES elegeu três segmentos como prioritários: mobilidade urbana, hotelaria e arenas. “Oferecemos prazos de pagamento de 15 anos, com 3 anos de carência. O custo de 1,9% poderá ser

mantido, após uma avaliação de risco de crédito, claro!” No setor de mobilidade urbana, o BNDES procura ser o mais agressivo possível e aguarda a solução que será encontrada para receber os investimentos privados (PPP, conces-são ou outra alternativa que permita alavancar as obras).

O Secretário de Estado de Transpor-tes, Julio Lopes, foi enfático: “Vamos fazer uma revolução no Rio de Janeiro”. E citou a inauguração do Metrô Ipanema, que será entregue no prazo, como demonstração da capacidade de cumprir os planejamentos. “O pacto político que vivemos gera esta confiança”, completou. O subsecretário es-tadual de Transportes, Delmo Pinho, disse

que, ao contrário de São Paulo, o transpor-te no Rio é 74% coletivo, como na Europa. “Precisamos trabalhar pesado na qualidade do serviço”, observou. A Av. Brasil, por exemplo, passará por uma reformulação tão importante que o BID financiou 80% da etapa de estudos e projetos. “Mais do que uma grande obra de infraestrutura, é uma obra de engenharia política, que vai deixar um legado importantíssimo nesta rodovia federal, que liga a cidade do Rio a vários municípios.”

João Havelange, presidente de honra da Fifa, encerrou o evento dizendo que a aliança entre o presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes demonstrou ao mundo a importância e o valor inestimável que Copa e Olimpíadas terão para o Rio e para o Brasil. Aos 93 anos, Havelange esbanjou saúde e sabedoria. Com todos os números na cabeça, mostrou que a Copa, com 40 bilhões de espectadores, tem maior pe-netração do que as Olimpíadas, assistida por 24 bilhões. A arrecadação da última Copa foi recorde: US$ 5 bilhões. “Hoje 250 milhões de pessoas ou um bilhão de famílias vivem do futebol. Temos uma grande responsabilidade de fazer um grande espetáculo em 2014”, encerrou.

Marcia Lins, Roberto Haddad, Julio Lopes e Delmo Pinho

Havelange recebe homenagem das mãos de Robson Barreto e José Eduardo Guinle

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News

| Brazilian Business | Nov-Dez 200946

O novo presidente da Xerox do Brasil, Yoram Lovanon, foi o palestrante do I CEO Meeting da Câmara de Co-mércio Americana. Durante um café da manhã concorrido, ele apresentou um perfil da empresa no mundo e os planos para o Brasil.

A Xerox ocupa o 144° lugar entre as 500 maiores empresas eleitas em todo o mundo pela revista Fortune. Com 44 anos de existência e 3 mil empregados no Brasil, a empresa tem se reinventado de acordo com as rápidas mudanças tecnológicas. Há pouco tempo, a marca era sinônimo de cópia. Hoje a empresa aposta na personalização para atingir cada cliente de forma especial.

Segundo ele, a empresa orienta seu trabalho pela necessidade dos clientes. “Aproveitamos todas as oportunidades

Investindo em inovação e personalização para atender a clientes exigentes

Xerox do Brasil

para conhecer melhor os clientes e não medimos esforços para atender e superar suas expectativas. Acreditamos que o maior ativo de uma companhia são as pessoas. São elas que realizam os

negócios, e não as empresas,” afirmou. “Investimos intensamente em todos os grupos que compõe nosso relacionamen-to – fornecedores, clientes, colaboradores etc”, acrescentou.

Por isso a empresa aposta em ações que mantenham os colaboradores realmen-te comprometidos com a empresa e com os clientes. “Temos certeza de que é a dedica-ção e a paixão com a qual eles trabalham é determinante para o nosso sucesso”.

Cerca de 5% dos investimentos realizados pela Xerox são aplicados em inovação. “Hoje temos 55 mil patentes no mundo. Para enfrentar a tendência mundial de se utilizar cada vez menos papel, respondeu: “Estamos em um momento de transição, onde a persona-lização é a chave para atender à demanda dos nossos clientes”, finalizou.

(21) 3534 [email protected]

AUDIT ADVISORY TAX

UMA SÓ MARCA EM TODO O MUNDO, SEMPRE PRÓXIMA DO CLIENTE.BDO – A mesma em qualquer parte.

A partir de 1º de outubro de 2009, todas as firmas-membro passarão a adotar um único

nome comercial: BDO. Com isso, reafirmamos nosso compromisso em fornecer serviços

com o mesmo padrão de qualidade a todos os clientes em qualquer parte do mundo.

A BDO é a 5ª maior rede de auditoria do mundo e está presente em 110 países e 1095

escritórios e no Brasil, em 15 escritórios nas principais cidades.

208x137_brazilian business.indd 1 21/9/2009 11:54:38

O novo presidente da Xerox do Brasil fala pela primeira vez na Amcham

Café da manhã lotado no I CEO Meeting, com Yoram Lovanon

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News - Novos sócios

O staff da Amcham recebe algumas das novas empresas associadas para um café da manhã. Estiveram presentes representantes da Azevedo Sette Advogados, Circuito Elegante, Dale Carnegie Training, Demarest e Almeida Advogados, Duvekot, Empresa Brasileira de Solda Elétrica S/A.- EBSE, e-Xyon Tecnologia e Informação, Grupo Unicad, IEG - Instituto de Engenharia, Gestão, Treinamentos e Pesquisas de Mercado, Interação Pesquisa, Locaweb, Mac Dowell Leite de Castro Advogados, Mariaca, Martinelli Advocacia Empresarial, Odebrecht Óleo e Gás, PL5 - Assessoria para Comunicação, Presscell Assessoria Executiva, Promind Idiomas, Regus do Brasil.

(21) 3534 [email protected]

AUDIT ADVISORY TAX

UMA SÓ MARCA EM TODO O MUNDO, SEMPRE PRÓXIMA DO CLIENTE.BDO – A mesma em qualquer parte.

A partir de 1º de outubro de 2009, todas as firmas-membro passarão a adotar um único

nome comercial: BDO. Com isso, reafirmamos nosso compromisso em fornecer serviços

com o mesmo padrão de qualidade a todos os clientes em qualquer parte do mundo.

A BDO é a 5ª maior rede de auditoria do mundo e está presente em 110 países e 1095

escritórios e no Brasil, em 15 escritórios nas principais cidades.

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Origens FrancesasE só para ficar na Educação, a Escola do Legislativo do Estado do Rio realizou uma série de nove peças de teatro em bares no Polo Gastronômico da Praça XV e na própria praça para comemorar o Ano da França no Brasil. Denominado “Interferências”, o projeto apresentou personagens da Revolução Francesa, como Maria Antonieta, Robespierre, Danton e Marat, e contou a evolução de um dos mais sangrentos episódios da História mundial ocorridos no século XVIII. “Nada melhor do que uma manifestação na praça, característica da Revolução Francesa, para trazer o povo para as ruas; fazê-lo ator nesse processo e chamar a atenção para o fato de que há muitos vínculos entre os ideais da Revolução Francesa, de 1789, e o processo que acontece aqui no Parlamento”, explicou a diretora da escola, Joseti Marques.Além das nove aulas, o projeto deu origem a um DVD ROM sobre a interação histórica entre os dois países e a um livro sobre as influências da França na nossa gastronomia, arquitetura, moda e política. Formulados por historiadores da PUC-Rio e da UFRJ, eles formam um kit que será distribuído a 1.500 escolas e bibliotecas no Estado. São ações como ess as que contribuem para que o Parlamento saia de seus muros e interaja com a sociedade, formando cidadãos mais conscientes e participativos.

Nas reuniões das Câmaras Setoriais do Fórum, independentemente do assunto, uma dúvida é recorrente: que instrumentos os deputados estaduais têm em mãos para resolver os problemas apontados? Além das audiências públicas e projetos de lei, as emendas ao Orçamento feitas pelos parlamentares podem contribuir para melhorar uma estrada que escoa alimentos ou que liga duas cidades com potencial turístico, por exemplo. Uma das maiores responsabilidades do Parlamento é a votação do Orçamento encaminhado pelo Poder Executivo. Há meios de acompanhar esse processo: o site www.alerj.rj.gov.br divulga as datas das audiências e os prazos para a apresentação das emendas, e a TV Alerj faz a cobertura desses debates. Além disso, a própria Comissão de Orçamento da Casa pode ser acessada por telefone para tirar possíveis dúvidas. As sugestões podem ser encaminhadas por e-mail às comissões ou aos deputados, individualmente. É uma forma de exercer nossa cidadania e cobrar que os investimentos para as áreas prioritárias do Estado estejam garantidos.

Participação e Cidadania

Plano Estadual de EducaçãoAlém do Orçamento, outro assunto que tem mobilizado o Parlamento é o Plano Estadual de Educação. A Comissão de Educação da Alerj tem realizado uma série de audiências para debater com escolas particulares, com a Secretaria Estadual de Educação e com as universidades as diretrizes que garantam a melhoria das condições de ensino, a partir da definição de metas claras.

Alerj em foco

Geiza Rocha

Merenda EscolarOutra comissão atuante nessa área é a de Segurança Alimentar, que promoveu audiência pública para debater o valor per capita da oferta de merenda repassado pela União. Os R$ 0,32 pagos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar foram considerados insuficientes. Dentre as soluções apontadas estão a contratação de nutricionistas para cada coordenadoria de Educação do Estado e uma ação junto à Secretaria de Agricultura para garantir o cumprimento da Lei Federal 11.947/09, que obriga que 30% do orçamento total sejam investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. Outra vitória recente da comissão foi a sanção pelo governador da Lei 5.555/09, obrigando todas as escolas da rede estadual de ensino a expor, em local visível e de fácil acesso, o cardápio de suas merendas. O texto determina que a programação deverá ser publicada mensalmente para que alunos, professores, funcionários e familiares saibam o que será servido.

Secretária-Geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

ALE-0116-09K-ANR-20.8x27.4_3.indd 1 18.11.09 16:04:40

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Origens FrancesasE só para ficar na Educação, a Escola do Legislativo do Estado do Rio realizou uma série de nove peças de teatro em bares no Polo Gastronômico da Praça XV e na própria praça para comemorar o Ano da França no Brasil. Denominado “Interferências”, o projeto apresentou personagens da Revolução Francesa, como Maria Antonieta, Robespierre, Danton e Marat, e contou a evolução de um dos mais sangrentos episódios da História mundial ocorridos no século XVIII. “Nada melhor do que uma manifestação na praça, característica da Revolução Francesa, para trazer o povo para as ruas; fazê-lo ator nesse processo e chamar a atenção para o fato de que há muitos vínculos entre os ideais da Revolução Francesa, de 1789, e o processo que acontece aqui no Parlamento”, explicou a diretora da escola, Joseti Marques.Além das nove aulas, o projeto deu origem a um DVD ROM sobre a interação histórica entre os dois países e a um livro sobre as influências da França na nossa gastronomia, arquitetura, moda e política. Formulados por historiadores da PUC-Rio e da UFRJ, eles formam um kit que será distribuído a 1.500 escolas e bibliotecas no Estado. São ações como ess as que contribuem para que o Parlamento saia de seus muros e interaja com a sociedade, formando cidadãos mais conscientes e participativos.

Nas reuniões das Câmaras Setoriais do Fórum, independentemente do assunto, uma dúvida é recorrente: que instrumentos os deputados estaduais têm em mãos para resolver os problemas apontados? Além das audiências públicas e projetos de lei, as emendas ao Orçamento feitas pelos parlamentares podem contribuir para melhorar uma estrada que escoa alimentos ou que liga duas cidades com potencial turístico, por exemplo. Uma das maiores responsabilidades do Parlamento é a votação do Orçamento encaminhado pelo Poder Executivo. Há meios de acompanhar esse processo: o site www.alerj.rj.gov.br divulga as datas das audiências e os prazos para a apresentação das emendas, e a TV Alerj faz a cobertura desses debates. Além disso, a própria Comissão de Orçamento da Casa pode ser acessada por telefone para tirar possíveis dúvidas. As sugestões podem ser encaminhadas por e-mail às comissões ou aos deputados, individualmente. É uma forma de exercer nossa cidadania e cobrar que os investimentos para as áreas prioritárias do Estado estejam garantidos.

Participação e Cidadania

Plano Estadual de EducaçãoAlém do Orçamento, outro assunto que tem mobilizado o Parlamento é o Plano Estadual de Educação. A Comissão de Educação da Alerj tem realizado uma série de audiências para debater com escolas particulares, com a Secretaria Estadual de Educação e com as universidades as diretrizes que garantam a melhoria das condições de ensino, a partir da definição de metas claras.

Alerj em foco

Geiza Rocha

Merenda EscolarOutra comissão atuante nessa área é a de Segurança Alimentar, que promoveu audiência pública para debater o valor per capita da oferta de merenda repassado pela União. Os R$ 0,32 pagos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar foram considerados insuficientes. Dentre as soluções apontadas estão a contratação de nutricionistas para cada coordenadoria de Educação do Estado e uma ação junto à Secretaria de Agricultura para garantir o cumprimento da Lei Federal 11.947/09, que obriga que 30% do orçamento total sejam investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. Outra vitória recente da comissão foi a sanção pelo governador da Lei 5.555/09, obrigando todas as escolas da rede estadual de ensino a expor, em local visível e de fácil acesso, o cardápio de suas merendas. O texto determina que a programação deverá ser publicada mensalmente para que alunos, professores, funcionários e familiares saibam o que será servido.

Secretária-Geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

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Page 50: Brazilian Business - 260

Opinião

Em 1 de outubro, um dia antes da retumbante vitória do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o governo federal promulgou a Lei nº 12.035, mediante a qual institui o Ato Olímpico. Essa lei entrou em vigor em 2 de outubro e vigerá até 31 de dezembro de 2016. Entre as diversas inovações introduzidas, destacamos a confirmação da atuação das autoridades federais no combate e controle de atos ilícitos; a proteção conferida aos “símbolos

relacionados com os Jogos Rio 2016”; a proibição de práticas de marketing de associação; e a suspensão de contratos referentes ao uso de

espaços publicitários em aeroportos e áreas de controle federal.

Paulo Parente Marques Mendese Jorge M. Arruda da Veiga

O Ato Olímpico Brasileiro

| Brazilian Business | Nov-Dez 200950

Page 51: Brazilian Business - 260

De acordo com a referida lei, caberá às autoridades federais, notadamente à Receita e a Polícia Federal, o dever de fiscalizar, controlar e reprimir a prática de atos ilícitos que violem direitos de terceiros sobre “símbolos relacionados com os Jogos Rio 2016”.

Por “símbolos relacionados com os Jogos Rio 2016” entende-se, entre outros elementos, os lemas, hinos, bandeiras, emblemas, marcas, abreviações, mascotes do Comitê Olímpico Internacional (COI), do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, bem como aqueles relacionados, especificamente, com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O uso desses símbolos por terceiros dependerá de autorização prévia do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 ou do COI, inde-pendentemente de sua finalidade ser comercial ou não.

O legislador dedicou ainda uma especial atenção às prá-ticas de atos de marketing de associação, ou mais comumente, ao marketing de emboscada (conhecido nos países de língua inglesa por Ambush Marketing), prática corriqueira durante a realização desse tipo de evento. Conforme já antevisto no artigo 8º da Lei nº 12.035, não será permitido o uso de termos ou expressões cujas semelhanças com os “símbolos relacionados com os Jogos Rio 2016”, sejam capazes de gerar ou induzir no destinatário, uma associação indevida de quaisquer produtos, serviços, empresa, negociação ou evento com os Jogos Rio 2016 ou o Movimento Olímpico.

O alcance da proteção conferida a esse evento vai ainda mais longe. Nesse sentido, está prevista a faculdade de sus-pender contratos em vigor, referentes à utilização de espaços publicitários em aeroportos ou em áreas sob controle federal, entre 5 de julho a 26 de setembro de 2016. Essa suspensão depende de requerimento do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, desde que devidamente justificada e com uma an-tecedência mínima de 180 dias.

O Comitê terá ainda o direito de opção de usar tais

espaços publicitários em 2016, mediante o pagamento de preço equivalente ao praticado em 2008, com a devida cor-reção monetária. É atribuída ainda ao Comitê Organizador a faculdade de transferir tal opção para qualquer patrocinador ou colaborador oficial do Comitê Olímpico Internacional ou do próprio Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.

Os receios manifestados pelo COB, porventura inicial-mente exagerados, não poderão ser doravante considerados como infundados, já que a onda de alegria e vitória tem levado diversas empresas a expressar seu apoio e entusiasmo nos meios de comunicação local, por meio da criação e divulgação de anúncios de seus produtos e serviços em associação com sinais que suscitam na mente do destinatário, os Jogos Rio 2016.

Por trás da cortina da vitória, vem sempre um trabalho árduo e constante de seus principais intervenientes, muitas vezes realizado atrás das luzes e das câmaras. Neste caso, ainda teremos alguns longos anos de trabalho pela frente, não só de estudo e de análise dos sucessos e fracassos acumulados em eventos passados ou ainda por realizar, capazes de contribuir para o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro.

Entre os trabalhos de maior premência, destaca-se a ne-cessidade de sensibilização e esclarecimento dos profissionais, agentes e órgãos relacionados com a publicidade, o direito e a justiça, para os problemas e questões que advirão da realização dos Jogos Rio 2016, realidade que terá que ser, inelutavelmente, abordada de forma clara e transparente.

Por fim, esperamos que com estas breves linhas, tenhamos conseguido, de alguma forma, alertar e sensibilizar a sociedade em geral, e em especial empresas, instituições, pessoas físicas e até atletas, dos riscos associados ao uso indevido e não autori-zado dos “símbolos relacionados com os Jogos Rio 2016”, bem como pela prática de atos de marketing de associação, sempre sujeitos às penalidades e sanções legais existentes, ou àquelas que venham a ser criadas.

Sócios da Di Blasi, Parente, Vaz e Dias & Associados

Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 51

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Page 53: Brazilian Business - 260
Page 54: Brazilian Business - 260

Novos Sócios

| Brazilian Business | Nov-Dez 200954

13D RESEARCH, INC.

Kiril Sokoloff - Presidente

Roberto Mann – Representante, Brasil

150 E. Palmetto Park Road, suite 550 -

33432 Boca Raton, FL

Tel: (561) 347-9306

Fax: (561) 347-9308

www.13d.com

ALTRAN DO BRASIL LTDA.

Patrick Dauga – CEO Américas

Alameda Rio Negro, 585, Bl. C/ 4º, conjs. 41/

42 - Alphaville

06454-000 Barueri, SP

Tel: (11) 2175-9800

Fax: (11) 2175-9801

[email protected]

www.altran.com.br

ATLANTA RIO DE JANEIRO SISTER CITIES

FOUNDATION - BRASIL

(Atlanta Rio Foundation)

Marco Antonio Fonseca da Costa - Vice-presidente

Rua Uruguaiana, 10, s/ 1410 - Centro

22230-070 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 9872-0442

[email protected]

[email protected]

www.atlantariofoundation.org

DUVEKOT SITA LTDA.

Simone dos Santos Oliveira - Vice-presidente

Rua Itapicura, 52 - Alto dos Pinheiros

05463-050 São Paulo, SP

Tel/ Fax: (11) 3022-9991

[email protected]

www.duvekot.com

EXTERRAN SERVIÇOS DE ÓLEO E GÁS LTDA.

Roderick Ernest Blackham - Diretor Presidente

José Maria Anson Anson - Diretor QSMS

Rua México, 3/ 12º - Centro

20031-144 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 2126-7800

Fax: (21) 2126-7800

[email protected]

www.exterran.com

E-XYON TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO LTDA.

Mauro Sampaio - Diretor Executivo

Victor Engert Rizzo - Gerente de Negócios

Rua Uruguaiana, 94/ 16º - Centro

20050-090 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 2121-0100

[email protected]

www.e-xyon.com.br

GRUPO UNICAD

Rodrigo Taveira - CEO

Rodrigo Caiuby - Sócio

Av. Rio Branco, 257, gr. 1902 - Centro

20040-009 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 3380-6100

Fax: (21) 3380-6122

[email protected]

www.grupounicad.com.br

HIDROAZUL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

Roberto Abramson - Diretor Executivo

Rua João Dias Neto, 18 - Vila Reis

36770-902 Cataguases, MG

Tel: (32) 3429-4655

Fax: (32) 3429-4696/ 4694

[email protected]

www.hidroazul.com.br

LOCAWEB IDC LTDA.

Alexandre Glikas - Diretor Comercial

Alexandre Alcântara Gomes Pinto – Super-

visor de Vendas

Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830/ 10º,

Torre 4 - Vila Nova Conceição

04543-900 São Paulo, SP

Tel: (11) 3544-0400

Fax: (11) 3544-0445

[email protected]

www.locaweb.com.br

Page 55: Brazilian Business - 260

Nov-Dez 2009 | Brazilian Business | 55

M & C EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E

TURISMO LTDA. (M & C Flats)

Marcos José Pieroni dos Santos - Sócio Diretor

Andre Luiz de Souza Machado - Diretor Financeiro

Rua Visconde de Pirajá, 414, gr. 1212,

lj 204 - Ipanema - 22410-002 Rio de Janeiro, RJ

Tel/Fax: (21) 2523-5959

[email protected]

www.mcflats.com.br

MAC DOWELL LEITE DE CASTRO ADVO-

GADOS

Antônio Affonso Mac Dowell Leite de Castro

- Sócio Patrimonial Sênior

Raphael Zaroni - Sócio

Travessa do Ouvidor, 50/ 8°/ 9° - Centro

20040-040 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 3553-7772

Fax: (21) 3553-7636

[email protected]

www.mclc.com.br

MED-RIO CHECK-UP S/S LTDA.

Gilberto Ururahy – Diretor Médico

Rua Lauro Müller, 116, gr. 3407 - Botafogo

22290-160 Rio de Janeiro, RJ

Phone: (21) 2546-3000 Fax: (21) 2546-3015

[email protected]

www.medriocheck-up.com.br

PROMIND IDIOMAS LTDA

(CNA Centro)

Marcus Vinicius José Zaib - Diretor Geral

Tabata Meyer – Diretora Comercial

Travessa do Ouvidor, 10, sblj - Centro

20040-040 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 2224-4143/ 4230/ 3340-4275

[email protected] /[email protected]

www.cna.com.br

SERGIO DOURADO ADVOGADOS

(Coelho, Ancelmo & Dourado Advogados)

Sergio Coelho e Silva Pereira - Advogado

Sergio Luiz Maddalena Dourado - Advogado

Av. Rio Branco, 138/14º - Centro

20040-002 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 3970-9000

[email protected]

www.cad.adv.br

TARGET9 GESTÃO DE NEGÓCIOS EMPRE-

SARIAIS LTDA.

(INOV9 Consultoria)

Ivan Luiz Amaral Junior - Diretor Comercial

Rua Santa Clara, 222/ 801 - Copacabana

22041-010 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 4105-1229

Fax: (21) 2256-8314

[email protected]

www.inov9consultoria.com.br

VERDE SERRA CENTRAL HOTELEIRA LTDA.

(Circuito Elegante)

Priscila Bentes - Diretora Executiva

João Duarte Silveira Medeiros de

Vasconcelos - Gerente

Av. Atlântica, 4240, s/311 - Copacabana

22070-002 Rio de Janeiro, RJ

Tel: (21) 2523-0877

Fax: (21) 2513-4692

[email protected]

www.circuitoelegante.com.br

Page 56: Brazilian Business - 260

| Brazilian Business | Nov-Dez 200956

Alteração no quadro de associados

ANDRÉ MAXNUK

Diretor, Filial Rio de Janeiro

Mercer Human Resource Consulting Ltda.

ANTÓNIO MANUEL FRANÇA AIRES

Sócio

Demarest e Almeida Advogados (Almeida,

Rotenberg e Boscoli)

CLEDINEY JOSE DOS SANTOS

Diretor Distrital

Wal-Mart Brasil Ltda. (Sam’s Club Brasil)

ELIETE LOMEU

Associado Senior

Mercer Human Resource Consulting Ltda.

ENRIQUE ASENJO

Diretor Presidente

CesceBrasil Seguros de Garantias e Crédito

S.A.

GILBERTO URURAHY

Diretor Médico

MED-RIO Check-Up S/S Ltda.

GUSTAVO FONTES VALENTE SALGUEIRO

Sócio

Azevedo Sette Advogados

ITANAY BARBOSA DE MIRANDA

Gerente Regional de Vendas

Wal-Mart Brasil Ltda. (Sam’s Club Brasil)

LUCIANA RACHID

Diretora Superintendente

TBG - Transportadora Brasileira Gasoduto

Bolívia-Brasil S.A.

LUIS EDUARDO TORRES MARINHO

Diretor Executivo

CSC

MOISES LACHMAN

Diretor - Mining

CSC

RAFAEL IMBUZEIRO

Gerente de Estratégica e Desenvolvimento

Empresarial

TBG - Transportadora Brasileira Gasoduto

Bolívia-Brasil S.A.

RICARDO BERGER

Diretor Financeiro

Ceras Johnson Ltda.

RICARDO TERENZI NEUENSCHWANDER

Diretor de Relações Institucionais

Itaú Unibanco S.A.

ROGÉRIO NOGUEIRA

Vice-Presidente da Iron Ore Américas

BHP Billiton

SANTIAGO SAGAZ

Gerente Geral

JW Marriott Rio de Janeiro (Renaissance do

Brasil Hotelaria Ltda.)

SÉRGIO ROCHA

Gerente de Vendas

Marsh Corretora de Seguros Ltda.

TATIANA CAMPELLO LOPES

Sócia

Demarest e Almeida Advogados (Almeida,

Rotenberg e Boscoli)

VICENTE DE PAULO FAGUNDES

Gerente Comercial

ATT/PS Informática S.A.

MACAÉ

MARIA SOCORRO BARTOLOME

Diretora Financeira

Pierre Empreendimento Turístico Ltda.

(Hotel Du Lac)

PIERRE HENRI FAVRE

Sócio Diretor

Pierre Empreendimento Turístico Ltda.

(Hotel Du Lac)

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Administração e Finanças:Victor Cezar Teixeira - Tel.: (21) 3213-9208 [email protected] Comercial e Marketing: Felipe Levi - Tel.: (21) [email protected]ês e eventos: João Marcelo Oliveira - Tel.: (21) 3213-9230 [email protected]

IBM; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de Assuntos Corporativos, BG do Brasil; Rodrigo Tostes, ThyssenKrupp CSA; Sergio Tostes, Tostes e Associados Advogados; Steve Solot, Diretor Financeiro, Latin American Training Center; William Yates, Presidente, Prudential do Brasil. Diretora honorária: Elizabeth Lee Martinez, Cônsul Geral dos EUA.

DIRETORES EX-OFÍCIOAndres Cristian Nacht, Carlos Augusto Salles, Carlos Henrique Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Gunnar Birger Vikberg, Ivan Ferreira Garcia, Joel Korn, José Luiz Miranda, Juan C. Llerena, Luiz Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossman, Ronaldo Veirano, Rubens Branco da Silva e Sidney Levy.

PRESIDENTES DE COMITÊSAssociados: a definir; Assuntos Jurídicos: Julian Chediak; Comércio e Indústria: a definir; Energia: Roberto Furian Ardenghy; Finanças: Frederico da Silva Neves; Logística e Infra-Estrutura: Ricardo Mota da Costa; Marketing: Lula Vieira; Meio Ambiente: Oscar Graça Couto; Propriedade Intelectual: Steve Solot; Recursos Humanos Estratégicos: Claudia Danienne Marchi; Relações Governamentais: João César Lima; Responsabilidade Social Empresarial: Celina Borges Carpi; Seguros, Resseguros e Previdência: Maria Helena Monteiro; Telecomunicações e Tecnologia: Maurício Vianna; Turismo e Entretenimento: Orlando Giglio.

ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJDiretor-Superintendente: Ricardo de Albuquerque Mayer; Gerente Administrativo: Victor César; Gerente de Comunicação: Ana Redig; Gerente Comercial e Marketing: Felipe Levi; Gerente de Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira.

Publicações: Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240 [email protected] Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681 [email protected]é: Felipe Levi - Tel.: (21) [email protected] - Câmara de Arbitragem do Rio de Janeiro:Ricardo de Albuquerque Mayer - Tel.: (21) [email protected]

LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA

COMITÊ EXECUTIVO Presidente: Robson Barreto, Sócio, Veirano Advogados; 1º Vice-Presidente: Murilo Marroquim, Presidente, Devon Energy do Brasil; 2º Vice-Presidente: Patricia Pradal, Diretora de Desenvolvimento e Relações Governamentais, Chevron Brasil Petróleo; 3º Vice-Presidente: Márcio Fortes; Diretor Secretário: Henrique Rzezinski, Consultor; Diretor Tesoureiro: Manuel Domingues e Pinho, Domingues e Pinho Contadores; Conselheiro Jurídico: Gilberto Prado. Ex-Presidentes: João César Lima, Sidney Levy e Joel Korn.

PRESIDENTES DE HONRAAntônio Patriota, Embaixador do Brasil nos EUAClifford Sobel, Embaixador dos EUA no Brasil

DIRETORESAlexandre Quintão Fernandes, Gerente Coordenador Especial de Relações com Investidores, Petrobras; Carlos Henrique Moreira, Presidente do Conselho, Embratel; Domingos Bulus, Presidente, White Martins; Eduardo Karrer, Diretor Presidente, MPX Energia; Hervé Tessler, Presidente, Xerox; Humberto Mota, Presidente, Dufry do Brasil; Ivan Luiz Gontijo, Diretor Gerente, Jurídico e Secretaria Geral, Bradesco Seguros; José Formoso, Presidente, Embratel; Katia Alecrim, Superintendente Regional de Vendas, Banco Citibank; Manuel Fernandes, Sócio, KPMG; Mário Renato Borges da Silva, Diretor Regional do Rio de Janeiro, Correios; Mauricio Vianna, Diretor, MJV Tecnologia; Mauro Viegas, Diretor Presidente, Concremat; Oscar Graça Couto, Sócio, Lobo & Ibeas Advogados; Pedro Aguiar de Freitas, Sócio, Veirano Advogados; Pedro Paulo Pereira de Almeida, Diretor IBM Setor Industrial e Diretor Regional,

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTOPresidente: Otacílio José Coser Filho, Membro do Conselho de Administração, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda; Vice-Presidente: Felipe Guardiano, Diretor do Departamento de Pelotização, Vale; Diretor Jurídico: Rodrigo Loureiro Martins, Sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins; Diretores: Carlos Fernando Lindenberg Neto, Diretor Geral, Rede Gazeta; Walter Lidio Nunes, Diretor de Operações, Aracruz Celulose; Márcio Brotto de Barros, Sócio, Bergi Advocacia; Fausto Costa, Diretor Geral, Chocolates Garoto S/A.; Lucas Izoton Vieira, Presidente, Findes; Antônio Olímpio Bispo, Presidente, Organizações Bristol Ltda.; Ricardo Vescovi Aragão, Diretor de Operações e Sustentabilidade, Samarco Mineração; João Carlos da Fonseca, Superintendente, Rede Tribuna; Marcelo Silveira Netto, Diretor Superintendente, Tristão Companhia de Comércio Exterior; Simone Chieppe Moura, Diretora Administrativa e Financeira, Unimar Transportes Ltda; Chairwoman Comitê Relações Governamentais: Maria Alice Lindenberg, Relações Internacionais, Rede Gazeta; Chairman Comitê de Negócios Internacionais: Marcílio Rodrigues Machado, Diretor Presidente, Famex Comercial Importadora e Exportadora.

ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ESDiretor Executivo: Clóvis Vieira Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa

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