Breve Estudo Sobre a Origem Das Igrejas

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    A ORIGEM Folha 1Um Breve Estudo Sobre a Origem das Igrejas Crists

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    Um Breve Estudo Sobre a Origemdas Igrejas Crists

    CAPITULO I

    A ORIGEM DO APELIDO CRISTO

    QUE SIGNIFICA A PALAVRA CRISTO

    O significado para a palavra cristo hoje bem diferente do significado usado nasescrituras. Hoje, qualquer um que segue uma religio denominada crist, acha se nodireito de dizer que um cristo. Alguns so to depravados em sua forma de viver que demaneira nenhuma fazem jus a essa palavra. Outros so to errados biblicamente e mesmo

    assim insistem em achar-se cristos. E a est o problema: O prprio indivduo achar-se umcristo quando no o .

    A palavra cristo como usada na bblia um apelido. E este apelido referia-se aoscrentes que andavam de uma forma digna. A conduta (dentro da famlia e da sociedade), atransformao interior e exterior, sucediam a profisso de f destes crentes. Tamanha era atransformao que se tornavam impossveis de no serem notados. Ento a prpriasociedade, testemunhando esta transformao, chamava-os de cristos. Assim, serapelidado de cristo seria uma grande honra a qualquer crente.

    errado, mesmo numa igreja considerada correta, chamar pessoas noregeneradas de cristos. No vemos na Bblia um s exemplo dos apstolos considerarem

    verdadeiros crentes aqueles que ainda viviam no pecado. Paulo nos d um grande exemplodisso em I Co 6,9-11; quando fala que: Os injustos no herdaro o reino de Deus, e numalista muito ampla d exemplo do que ser um injusto: No vos enganeis, nem impuros,nem idlatras, nem adlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladres, nemavarentos, nem bbados, nem maldizentes, nem roubadores, herdaro o reino dos cus, etais fostes alguns de vs. Alguns Corntios foram achados nos pecados mencionadosacima. Foram! Mas o sangue de Jesus lavou-os, santificou-os e os justificou. O pecado eracoisa do passado na vida destes crentes. Achar que se um cristo por pertencer a umaigreja denominada de crist um grande erro. A maior igreja crist do mundo tem um bilhoe duzentos milhes de fiis. Todos idlatras, ou ento no estariam l. Herdaro os mesmoso reino dos cus? Se no herdaro os reino dos cus porque certo cham-los de cristos?

    O verdadeiro significado da palavra cristo no est tanto neste lindo apelido. Estna pessoa que aceita Jesus como seu salvador e vive dignamente como um verdadeirodiscpulo do Senhor Jesus Cristo.

    A palavra cristo tambm no um nome prprio dado por Jesus aos seusdiscpulos. Ele jamais chamou um de seus apstolos ou qualquer outra pessoa de cristo.Ele simplesmente chamava-os de discpulos ou seguidores. Esta palavra, no sentido que usada na Bblia, nada mais e nada menos que um apelido dado aos discpulos oumembros da igreja de Jesus Cristo.

    ONDE SURGIU PELA PRIMEIRA VEZ

    O apelido cristo surgiu pela primeira vez na cidade de Antioquia em referencia aosdiscpulos de Cristo naquela cidade (At 11,26). Foram assim chamados pelos moradores

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    daquela grande metrpole devido ao bom exemplo que davam e por sempre testemunhar arespeito de Jesus. Desde ento o apelido pegou e suplantou os outros apelidos que elestinham, como por exemplo o de nazarenos, apelido pelo qual eram conhecidos osdiscpulos pelos judeus (At 24,5).O apelido cristo generalizou-se de tal forma que empouco tempo todos os membros das igrejas de Cristo foram assim chamados. No houve

    outro que representasse to bem os discpulos de Cristo at meados do terceiro sculo,perodo no qual houve a necessidade de acrescentar um sobrenome a este apelido.

    At o sculo terceiro no havia nenhuma instituio denominacional como temoshoje. No havia a Igreja Catlica, ou a Igreja Batista, ou a Igreja Anglicana. Havia apenas aIgreja de Jesus Cristo, e como vimos, seus membros foram apelidados de cristos. Jesus,ao instituir sua igreja, nunca chamou-a por um nome como Catlica ou Batista. Chamava-ade minha igreja (Mat. 16,18), ou quando muito, colocava o nome da cidade onde ela seencontrava, Igreja de Esmirna (Apoc. 2,8).

    O CRESCIMENTO DOS CRISTOS PRIMITIVOS

    O crescimento dos cristos foi espantoso. O ncleo formado por Cristo emJerusalm se espalhou para a Judia, Galilia e Samaria. No tardou muito e o evangelhoatravessou as fronteiras da Palestina atingindo a Sria, Chipre e toda a sia Menor. Maisalgum tempo e toda a costa norte e sul do mediterrneo possua grandes centros decristos. Nos lugares mais longnquos no seria to difcil encontrar um cristo professandoa f bblica.

    O crescimento inicial foi conseqncia do esprito missionrio que havia no coraodos apstolos. Esse esprito foi transmitido a primeira gerao de convertidos, os quais, ato segundo sculo, conseguiram espalhar o evangelho em quase todo o mundo conhecido. Ofator de no ter um local especfico para a reunio de cultos (ainda que havia um lugarespecial onde eles se reuniam aos domingos, e a julgar pelo que diz Paulo era sempre nomesmo local - I Co 11,18 e 20 ), facilitava o esparramar do evangelho. O costume deprdios par as igrejas favorece no conforto e na questo denominacional, mas desfavoreceno sentido de trazer novas pessoas a Jesus. A julgar pelas escrituras ser preciso as igrejasverdadeiras repensarem o fator prdio.

    AS PERSEGUIES SOFRIDAS PELOS CRISTOS AT 313 D.C.

    O crescimento veio acompanhado do cimes do judasmo e das religies pags,sendo as ltimas protegidas pelo imprio. De princpio o judasmo perseguiu e fez vtimascomo Estevo e o apstolo Tiago. Dcadas depois o paganismo entrou em ao, e com oapoio dos imperadores, suas vtimas chegaram aos milhes. Trajano, imperador entre 98 a

    117, decretou um ofcio em que o cristianismo em si j constitua um crime, e todos que nelefossem encontrados deveriam ser julgados e punidos com a morte. Ofcios como estevoltaram a ser decretados por outros imperadores, e bem como este davam fora sreligies pags para tentarem destruir a igreja de Cristo.

    Entretanto as igrejas permaneciam de p e aumentando cada vez mais. Tertuliano,escreveu certa vez que: o sangue dos cristos era uma semente. Quanto mais matavamais crescia.

    A perseguio teve seu lado positivo. Muitos por verem que os cristos sofriam asatrocidades calados tiveram curiosidade de conhecer o movimento. Ao conhecerem diversosse convertiam ao Senhor. A perseguio ajudou a fortalecer a f de muitos crentes. certo

    que muitos se desviaram, mas os fiis se tornaram ainda mais fiis. Alm do que, foi preciso

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    Igreja Batista de Glia, Av. So Jos, n. 156, Glia, So Paulo, CEP 17.450.000

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    formar um cnon do Novo Testamento, pelo qual, foi regida a igreja primitiva e tem sidoregidas as verdadeiras igrejas de Jesus at o presente.

    Estas igrejas eram na sua maioria igrejas fiis. Sempre houve as erradas. Desde otempo apostlico as heresias entraram e permaneceram em algumas igrejas de Cristo.

    Infelizmente as heresias cresceram de tal forma que por causa delas houve no terceirosculo uma grande desfraternizao das igrejas crists.

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    CAPITULO II

    A GRANDE DESFRATERNIZAO DAS IGREJAS CRISTS

    O terceiro sculo marcado por um acontecimento muito importante na histria das

    igrejas de Cristo. Mais exatamente no perodo que vai desde o ano de 225 at o ano de253. Neste tempo houve uma declarao de desfraternizao entre as igrejas por motivosdoutrinrios e organizacional.

    Eram tempos difceis. Apesar das converses acontecerem em grande nmero asigrejas sofriam externa e internamente. Externa devido as perseguies j mencionadas.Internamente porque as igrejas estavam sendo corrompidas por dois erros absurdostotalmente antibblicos. Um deles chegava ao ponto de substituir a salvao pela graa. Ooutro tirava a chefia de Cristo sobre sua prpria igreja.

    OS DOIS ERROS QUE DIVIDIRIAM AS IGREJAS ENTRE 225 a 253 A.D.

    O Batismo Como Meio de Salvao

    Desde os primrdios da igreja sempre foi um problema a questo de como o homempoderia alcanar o cu. O ensinamento de Jesus e posteriormente dos apstolos eramunanimes: Pela graa somos salvos. O Novo Testamento nunca deixou dvidas sobre esteassunto. Mesmo nas igrejas primitivas esse foi um problema srio. O primeiro conclio dasigrejas em Jerusalm foi realizado justamente para resolve-lo. O prprio apstolo Pedro,vendo que havia contenda sobre o assunto, deixou claro que: cremos que seremos salvospela graa. Portanto, o ensinamento bblico sobre a questo que o nico meio de sechegar ao cu por Jesus, pela graa, e, usando como meio de alcan-la, a nossa f.

    No contentes com esse princpio, e querendo fazer uma mudana no autorizadanas escrituras, muitos pastores comearam a ensinar que a salvao no era apenas pelagraa. Implantaram um novo meio de salvao: O batismo. Pensavam: A Bblia tem muito adizer em relao ao batismo. Muita nfase colocada na ordenana e no dever concernentea ela. Evidentemente ela deve ter algo a ver com a salvao. Dessa forma criou corpo aidia de REGENERACO BATISMAL, ou seja, o indivduo precisa ser batizado para ir aocu. Colocou-se a gua do batismo no lugar do sangue de Jesus. Esse erro pai de umfuturo que ainda demoraria a aparecer: O batismo infantil.

    Formao de Uma Hierarquia Temporal

    Hierarquia Dentro das IgrejasAlm desse grave erro houve um outro. Foi o surgimento dentro das igrejas de uma

    hierarquia temporal. Um erro que fere a autoridade nica do Senhor Jesus Cristo sobre suaigreja. Nenhum dos apstolos, jamais, em versculo algum do Novo Testamento, quis aprimazia entre os outros na igreja primitiva. No vemos na Bblia homens como Pedro,Paulo, ou qualquer outro apstolo subjugar seus irmos na f, ou ainda requerer deles umacega sujeio. Eles se consideram homens comuns, sujeitos aos desejos da carne e compossibilidade de queda (At l0,15-16; Rom 7,24;).

    Mas alguns pastores no entendiam dessa forma. Viam no cristianismo um meio dealcanar a primazia entre seus semelhantes. Muitos comearam a se desviar do

    ensinamento de que todos os membros so iguais dentro da igreja. O pastor comeou aexercer um papel de chefo. Alguns historiadores relatam esse erro da seguinte forma:

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    O pastor de Hermas ( cerca de 150 A.D.)Mestres dignos no faltam, mas h tambm tantos falsos profetas, vos, cpidos

    (desejosos) pelas primeiras ss, para os quais a maior coisa na vida no a prtica dapiedade e da justia seno a luta para o posto de comando.

    O Historiador Mosheim:Os pastores aspiravam agora a maiores graus de poder e autoridade do que

    possuam antes. No s violavam os direitos do povo como fizeram um arrocho gradual dosprivilgios dos presbteros...

    Os membros j no eram considerados irmos, mas sditos do bispo.Comandavam a igreja como se comanda um exrcito. Joo cita o exemplo de um crentechamado Diotrefes. O apstolo deixa claro que esse homem buscava a primazia entreeles, referindo-se claro aos irmos na f. Diotrefes tornou-se to audacioso, que, quandoJoo escrevia para a igreja ele impedia que os irmos lessem a carta. Esse s um simplesexemplo do que acontecia j no tempo dos apstolos. Pedro ao comentar o assunto diz que

    o pastor o servo e no o senhor da igreja (I Pedro 5,1-4). Alis, a palavra por ele usada muito clara: No como tendo domnio sobre a herana de Deus. O pastor jamais deve sero chefe da igreja, mas o servo que ir conduzir o rebanho.

    Essa terrvel idia de um bispo monrquico governar os demais pastores teve inciona pessoa de Clemente (95 A.D.), pastor da igreja em Roma. Foi ele o primeiro a buscar aprimazia entre os demais. Chegou a envolver-se num problema que no lhe pertencia pordireito, querendo mandar numa igreja a qual no pastoreava, que foi a igreja de Corinto.Depois dele foi Incio, bispo de Antioquia na Sria, que viveu entre o I sculo. - II sculo. Eleexorta todos os cristos a obedecerem o bispo monrquico e aos presbteros (20,2). Chegoua comparar a obedincia ao bispo monrquico com as cordas de uma harpa. Ele oprimeiro a contrastar o ofcio do bispo ao do presbtero e a subordinar os presbteros ouancios ao bispo monrquico e os membros das igrejas a ambos. Mas deve-se a Cipriano,bispo de Cartago (morto em 258), que foi um dos principais autores desta mudana degoverno da igreja, pois pugnou pelo poder dos bispos com mais zelo e veemncia do quejamais fora empregada nessa causa.

    Como se pode observar no foi uma lei feita do dia para a noite. Foi uma heresia queaos poucos penetrava dentro das igrejas, a saber, nas igrejas maiores dos grandes centros.

    Hierarquia Entre as Igrejas

    Esse erro veio a favorecer a outro de tamanha maldade. Foi o erro de uma igreja ter

    autoridade sobre outra igreja. A Bblia ensina que a igreja deve ser independente ou seja: aigreja de Antioquia no tinha autoridade sobre a igreja de feso. A igreja de feso no tinhaautoridade sobre a igreja de Laodicia, e assim por diante. No livro de apocalipse, quandoCristo conversa com as sete igrejas da sia, ele trata cada uma individualmente. Cada umatem seu prprio anjo (pastor), e nenhuma ser recompensada ou corrigida pelo erro da suaco-irm.

    Acontece que os pastores de muitas igrejas no viam as coisas como Deus ensinou.Viam a sua ganncia acima da vontade de Deus. Os pastores das grandes igrejas como ade Roma, Alexandria, Antioquia, e muitas outras, iniciaram um processo de subjugar asigrejas menores. Eram tempos difceis. O imperador perseguia a igreja. Junto com asperseguies vinha a fome. Com isso as igrejas maiores engrandeciam-se, e numa falsa

    humildade, ajudavam as menores. Foi assim que principalmente Roma passou a gozar de

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    uma distino especial. Essa ajuda tinha um preo muito alto: A submisso de muitasigrejas menores. A igreja co-irm deixava de ser uma igual para tornar-se vassala.

    Na luta para ver qual igreja ia ser a maior entre as igrejas erradas, prevaleceu aigreja de Roma, mas claro, sem o consentimento dos grandes bispos monrquicos,

    iniciando-se assim uma luta interna entre as igrejas herticas. Esse assunto ser tratadomais cuidadosamente na origem da igreja Catlica.

    A DIVISO DAS IGREJAS TORNA-SE INEVITVEL

    As Igrejas Erradas Recusam-se a Voltar as Origens

    Apesar destes dois erros terem invadido as igrejas de Cristo, houve muitas, seno amaioria, que no admitiam os tais. Houve tentativas no sentido de trazer as igrejasdesviadas de volta ao verdadeiro costume bblico. Entretanto o poder poltico das igrejas

    fiis era quase nada. A maioria destas igrejas eram pequenas congregaes, e seuspastores, homens simples com o nico objetivo de fazer a vontade de Deus. Alguns noeram to simples assim, como o pastor Montano, que veementemente pregou em toda asia contra essas heresias (160 d.C.) e Tertuliano (a partir de 202 d.C.) no ocidente. Esteltimo chegou mesmo a desafiar vrias vezes os pastores herticos, principalmente o deRoma, a voltar a obedecer as escrituras.

    As Igrejas Fiis Resolvem Tomar Uma Atitude

    O fato que as igrejas erradas ou herticas no voltaram a obedecer a Bblia. Pior.Conforme os anos passavam mais erradas elas se tornaram. O assunto chegou a um pontoque as igrejas certas deixaram de aceitar os membros vindos das igrejas herticas. Essano aceitao, que a luz das escrituras recomendada - pois se algum cr que o batismosalva deixa de acreditar que s Jesus salva - foi acrescida com o rebatismo dos membrosvindos das igrejas desobedientes. Da ter surgido o apelido anabatista para os seguidoresde Montano e principalmente para as igrejas da sia Menor.

    A Excluso das Igrejas Erradas o nico Caminho

    O rebatismo dos membros vindos das igrejas erradas acabou se tornando o objetoda diviso da cristandade. As igrejas erradas por serem grandes, mais famosas epoliticamente mais aceitas, no aceitaram passivamente a atitude das igrejas querebatizavam seus membros. Iniciou-se grandes controvrsias a respeito do assunto.

    Realizaram muitos conclios para tentar resolver a situao. Dois deles se deram emCartago em 225, um composto de 18 e o outro de 71 pastores, em ambas as assembliasficou decidido que o batismo dos herticos - que pregavam a salvao pelo batismo einiciavam o sistema hierrquico catlico - no devia ser considerado como vlido. Oshistoriadores McClintock e Strong comentam como se deu essa desfraternizao: V.I pg210.

    Na sia Menor e na frica, onde por muito tempo rugiu amargamente o esprito dacontrovrsia, o batismo s foi considerado vlido quando administrado na igreja correta. Toalto foram as disputas sobre a questo, que dois snodos se convocaram para investig-la.Um em Icnio e outro em Snada da Frgia, os quais confirmaram a opinio da invalidade dobatismo hertico. Da sia passou a questo frica do Norte. Tertuliano concordou com a

    deciso dos conclios asiticos em oposio prtica da igreja Romana. Agripino convocouum conclio em Cartago, o qual chegou a uma deciso semelhante aos da sia. Assim ficou

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    a matria at Estevo, bispo de Roma, no ano de 253, provocado pela ambio, queprocedeu em excomungar os bispos da sia Menor, Capadcia, Galcia e Cilcia, aplicando-lhes os eptetos de rebatizadores e anabatistas.

    Fica evidente que entre as igrejas erradas estava a de Roma. Sendo assim ela foi

    excluda no ano de 225 juntamente com as outras igrejas herticas. A atitude do bisporomano de excluir os pastores da sia mostra a que ponto estava sua vontade deassenhorar-se do rebanho de Deus. Mas sua atitude de nada valeria, pois, um membroexcludo no pode excluir ningum. Outro historiador, Neander, V.I pg 318, tem o seguinterelato sobre estes acontecimentos:

    Mas aqui, outra vez foi um bispo romano, Estevo, que instigado pelo esprito dearrogncia eclesistica, dominao e zelo, sem conhecimento, ligou a este ponto (salvaopelo batismo), uma importncia dominante. Da, para o fim do ano de 253, lavrou umasentena de excomunho contra os bispos da sia Menor, Capadcia, Galcia e Cilcia,estigmatando-os como anabatistas, um nome, contudo, que eles podiam afirmar que nomereciam por seus princpios: porque no era o seu desejo administrar um segundo batismo

    aqueles que tinham sido batizados, mas disputavam que o prvio batismo dado por heregesno podia ser reconhecido como verdadeiro. Isto induziu Cipriano, o bispo a propor o pontopara a discusso em dois snodos reunidos em Cartago em 225 A.D. um composto de 18,outro de 71 pastores, ambas as assemblias declarando-se a favor das idias de que obatismo de herticos no devia ser considerado como vlido.

    Num resumo simples destes dois relatos verifica-se que, no ano de 225 A.D., asigrejas renem-se em conclios e decide a excluso das igrejas que administravam obatismo como forma de salvao, que eram, justamente, as igrejas que admitiam um bispomonrquico sobre as igrejas. Entre as igrejas erradas esto as de Roma, Antioquia, Cartagoe muitas outras. Entre as igrejas fiis esto uma muito conhecida pelos estudantes da Bblia,a igreja de feso.

    O RESULTADO DA DESFRATERNIZAO DOS CRISTOS

    A partir desta data, 253 d.C. as igrejas de Cristo se dividiram em dois grandesblocos. Os anabatistas, assim chamados por no aceitarem o batismo das igrejas erradas, eos catlicos, nome dado as igrejas herticas desde o ano de l70 por Incio, pastor deAntioquia. O futuro destes dois grupos deu razo aos fiis o fato de terem excludo osdemais. Com o passar do tempo as igrejas erradas, como veremos, multiplicou ainda maissuas heresias. Enquanto isso, vivendo conforme as escrituras, os cristos anabatistaslutavam para sobreviver e manter de p as chamas do evangelho.

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    CAPITULO III

    A ORIGEM DOS ANABATISTAS

    Como vimos no final do captulo dois, com a desfraternizao dos cristos entre os

    anos de 225 a 253 A.D., surgiu dois grandes blocos de cristos. O bloco dos anabatistas e obloco das igrejas erradas. Neste captulo trataremos especificamente com o futuro quetomou as igrejas fiis cognominadas de anabatistas.

    QUEM FORAM OS ANABATISTAS?

    Nos livros de histria e em muitas enciclopdias encontraremos algumas notas sobrequem foram os anabatistas. Em alguns livros so chamados de dissidentes, e em outrosde seita de herticos. H escritores que no querendo se comprometer com sua maioriade leitores catlicos ou protestantes, chama-os de fanticos religiosos.

    Observando estas poucas entre muitas referencias erradas sobre eles, podemosanalisar cuidadosamente. Eram dissidentes? No. Dissidente uma pessoa que se separade outro por algum motivo. Eles no se separaram de ningum. Apenas no concordavamcom heresias dentro da igreja. Se uma igreja tem 20 membros. Quinze resolve mudar a f.Cinco permanecem fiis. Quem dissidiu? Os quinze que esto no erro ou os cinco quepermaneceram fiis? evidente que dissidente aquele que saiu daquilo que est certo efirmado.

    Cham-los de um ajuntamento de herticos o mesmo que chamar os apstolos deherticos. No foram os anabatistas que mudaram de f. Nunca foi a inteno de umanabatista mudar aquilo que Deus ordenou. Herticos foram os pastores e membros dasigrejas erradas, os mesmos que posteriormente foram conhecidos como catlicos. Osanabatistas no eram uma faco de cristos. Eles eram os verdadeiros cristos. Portanto,seita foi a igreja - Catlica - que surgiu tendo como membros indivduos e pastoresexcludos por motivos biblicamente corretos.

    Tambm no eram fanticos religiosos. Seguir a Cristo como manda as escriturasno ser fantico, ser discpulo verdadeiro. Discordar de heresias no fanatismo, zelopela palavra de Deus. Seria os apstolos fanticos? Zaqueu foi um fantico por querer fazera vontade de Deus? Paulo foi um fantico quando condenou a idolatria? Pedro foi umfantico quando discordou da salvao pelas obras? De forma alguma. A maior prova deque os anabatistas no eram fanticos est no exemplo dos primeiros cristos mencionadosno livro de Atos.

    Podemos afirmar com certeza que os anabatistas foram os verdadeiros seguidoresde Jesus entre os anos de 225 at os anos de 1600. Homens que amavam servir a Cristo.Eram cristos que no concordavam com o erro grotesco de ver pessoas acreditando que obatismo ajudava na salvao; Cristos que no aceitavam em ver um bispo monrquicoquerendo mandar no rebanho de Deus. Igrejas que tiveram a coragem de excluir do meiocristo original as igrejas herticas. Foram eles os autnticos sucessores dos apstolos naobedincia a Jesus e a sua Palavra.

    O QUE SIGNIFICA ESTE APELIDO?

    O prprio ttulo confessa que o sobrenome dado aos cristos fiis - anabatistas - um apelido, e tem tudo a ver com o propsito para o qual ele foi dado. Anabatistas uma

    palavra grega que significa batizar outra vez. O prefixo ana quer dizer outra vez, e a raizbatista significa mergulhar ou batizar nas guas. Assim, quando uma igreja era chamada

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    de anabatista por outra, significava que ela batizava outra vez os membros vindos dasigrejas erradas.

    ONDE E QUANDO SURGIU ESTE APELIDO?

    Este apelido foi usado pela primeira vez na sia Menor para distinguir nesta regioas igrejas fiis das erradas. O local mais aceito como sua origem na Frgia, local de ondesaiu o pastor Montano para pregar contra os dois erros mencionados no segundo captulo,os quais, corrompiam as igrejas crists. Montano foi um pastor muito itinerante, e por issosua mensagem se esparramou por toda sia Menor, fazendo que as igrejas dessa regiopermanecessem fiis a doutrina recebida pelos apstolos. Montano viveu cerca de 156 A.D.Foi justamente nessa poca que as igrejas da sia Menor resolveram rebatizar membrosvindos de igrejas erradas. Ento pela primeira vez uma igreja foi conhecida comoanabatista.

    Oficialmente ele usado em 253 A.D., pelo bispo romano Estevo que, indignadocom o fato de ver sua igreja excluda pelas igrejas da sia, resolveu cham-las de

    anabatistas. O fato que depois do bispo romano ter se manifestado, todas as igrejas queno concordavam com a idia de Salvao atravs do batismo e da necessidade de umbispo monrquico, foram conhecidas como anabatistas.

    O POR QUE DESTE APELIDO

    Talvez o leitor esteja confuso e pergunte o por que dos cristos ter a necessidade dereceberem outro apelido alm de cristo.

    Um crente fiel ao Senhor tem muito amor aos ensinos da Bblia. Jesus ao enviar agrande comisso d trs ordens: Fazer discpulos; batizar; e ensinar as coisas que eleordenou; Ento, uma igreja fiel ir: pregar, batizar e ensinar o que ele ordenou. Note que elediz: vos tenho ordenado. Ordem ordem. Mandamentos so mandamentos. A igreja nopode fazer aquilo que no lhe foi ordenado, mas somente o que Jesus mandou. Por isso asigrejas fiis no podiam e nem podem se submeter a erros herticos como mudar o plano desalvao e a chefia da igreja!

    A excluso das igrejas erradas em 225 A.D. pelas igrejas fiis foi uma atitudenecessria para a conservao do evangelho puro e original. Assim como um membroprofano deve ser excludo do seio da igreja, da mesma forma uma igreja profana deve serexcluda da comunho com as outras igrejas fiis. O prprio Senhor Jesus nos ensina nolivro de Apocalipse que o simples fato de uma igreja no ser fria nem quente motivo de servomitada. Queiram os ecumnicos ou no, j no segundo sculo havia dois tipos de

    cristos: os fiis ao evangelho e os infiis. Os infiis, excludos em 225, j no tinham maiso direito de batizar, ao menos que se reconciliassem. Como isso no aconteceu perderamtotalmente a ordem do batismo. Aceitar o batismo de uma igreja excluda o mesmo queaceitar que um crente excludo saia por a batizando todo mundo. Conclui-se que orebatismo de membros vindos de uma igreja excluda algo necessrio, pois quem norecebe o batismo de uma igreja biblicamente aceita, no recebeu o batismo cristo.

    Portanto, o apelido anabatista, s apareceu porque as igrejas erradas no quiseramarrepender-se de seus erros. Alm do que, no se chamaram assim, mas foram pelasigrejas erradas assim chamados. O fato dos anabatistas no terem repudiado o apelidosignifica que o mesmo estava de acordo com uma realidade da poca, ou seja, precisava terrebatizadores para enfrentar as heresias das igrejas erradas.

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    CAPITULO IV

    AS PERSEGUIES CONTRA OS ANABATISTAS

    Como vimos nos captulos anteriores, as igrejas fiis, a partir do ano de 253.A.D.,

    foram decididamente conhecidas pelas igrejas erradas pelo apelido de anabatistas. Nopresente captulo estudaremos as aflies que esses crentes passaram para permaneceremleais ao ensino de Jesus. Foram duas fases distintas de perseguio. Na primeira fase aperseguio foi sofrida juntamente com as igrejas erradas, pois, para todos os efeitos, ospagos no saberiam bem distinguir quem era o certo e quem era o errado. Aos pagos oque interessava era eliminar o cristianismo. Essa fase durou at o ano de 313 A.D. A partirdesta data, o Imperador Constantino fez uma proposta de casar o Estado com a Igreja. Asigrejas erradas aceitaram o convite. As fiis no. Comeou ento a segunda fase deperseguio. Neste perodo vemos as igrejas fiis sofrendo perseguies nas mos deigrejas erradas. Abaixo temos um breve relato destas duas fases de perseguio.

    PERSEGUIDAS JUNTO COM AS IGREJAS ERRADAS AT 313 A.D.

    At o ano de 3l3 A.D. os cristos - fiis ou errados - sofriam as perseguies vindascom os editos lanados pelos imperadores. As primeiras conhecidas foram as de Nero (54-68). Pedro e Paulo morreram nesse perodo. A perseguio estourou pela segunda vez em95 durante o governo despdico de Domiciano. Foi nesse perodo que o apstolo Joo ficoupreso em Patmos. Outras se deram em ll2 por Plnio e em 161-180 por Marco Aurlio.Estas perseguies foram locais e espordicas at o ano de 250, quando se tornaram geraise violentas, comeando com uma dirigida por Dcio. Muitos pastores se desviaram nestaperseguio. Em 303 Diocleciano ordenou o fim das reunies crists, a destruio deigrejas, a deposio dos oficiais da igreja, a priso daqueles que persistissem em seutestemunho de Cristo e a destruio das escrituras pelo fogo. Um ultimo dito obrigou oscristos a sacrificarem aos deuses pagos sob a pena de morte caso recusassem.

    Esta primeira fase de perseguio criou dois problemas internos que necessitavamde soluo. Um dos problemas foi as duas duras controvrsias que tiveram lugar no Norteda frica e em Roma, envolvendo a maneira de tratar aqueles que tinham oferecidosacrifcios em altares pagos, quando da perseguio movida por Dcio, e aqueles queentregaram Bblias na perseguio dirigida por Diocleciano. As igrejas fiis depuseram docargo os pastores que caram durante este perodo. Foi o caso do bispo de Cartago, Felix.J as igrejas erradas achavam que estava tudo bem, afinal de contas eram tempos deperseguio. Assim, apoiado pelo bispo de Roma, Felix manteve-se no cargo de pastor.Esta atitude separou ainda mais as igrejas fiis das erradas. Os donatistas surgiram destaquesto.

    A perseguio movida por Diocleciano provocou o segundo problema, que foi o doCnon do Novo Testamento. Se o possuir epistolas podia lev-los a morte, os cristosprecisavam estar seguros de que os livros pelos quais poderiam padecer a morte eramrealmente livros cannicos. Esta preocupao ajudou nas decises finais acerca de qualliteratura era sagrada. Foi assim que resolveu-se aceitar os atuais vinte e sete livros doNovo Testamento seguindo a seguinte idia: Verificar se ele tinha sinais de apostolicidade;Verificar se foi escrito por um apstolo ou por algum ligado intimamente aos apstolos;Verificar a eficcia do livro na edificao da igreja quando lido publicamente; e verificar suaconcordncia com a regra de f dos apstolos.

    PERSEGUIDAS PELAS IGREJAS HERTICAS A PARTIR DE 313 A.D.

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    Em 313, com o edito de Milo, Constantino fez cessar a perseguio aos cristos emtodo o imprio e gradualmente foi cumulando-os de favores. O imperador logo percebeu aclara diviso entre os cristos. Percebera a importncia de ser apoiado pela hierarquia deuma religio poderosa. Mas precisava que essa hierarquia fosse unanime em sua fidelidadeao Estado. Assim, embora pago, presidiu conclios da Igreja e obrigou-a a unificar-se.

    Devido a essa atitude foi prontamente contrariado pelos anabatistas. Indignado, e aliando-seaos cristos errados, baniu e perseguiu os fiis que no concordaram com sua unificaodas igrejas. Comearam as terrveis perseguies das seitas crists oficiais - protegidaspelo imperador - contra as no oficiais, os anabatistas, que se mantiveram independentesdo governo. Pela primeira vez na histria, a partir do ano 313, encontramos a pgina maistriste da histria das igrejas. Encontramos cristos errados perseguindo os cristos fiis.Esta perseguio, alm de visar o extermnio dos anabatistas, tambm foi a mais longa.Durou mais de mil e trezentos anos, vindo a terminar aps a Reforma no sculo XVII.

    As heresias que levaram as igrejas erradas a serem excludas eram de princpioduas: Salvao pelo batismo e a idia de um bispo monrquico. Agora, com a igreja setornando a religio oficial do Estado, e estando sob a orientao e o comando do Imperador,

    temos mais uma heresia, e esta feriu a independncia da igrejas para com o Estado. Para ainfelicidade dos fiis, era esta uma heresia que dava muita fora aos cristos errados. Ospastores das igrejas herticas tornaram-se mais fortes do que j eram. O bispo de Romalogo despontou como soberano sobre os demais. At algumas igrejas fiis, vendo nestecasamento o cessar da perseguio, debandaram de lado, diminuindo consideravelmente onmero das igrejas fiis s escrituras.

    Protegidos e armados com o apoio dos imperadores as igrejas herticas mostraramsua verdadeira face. A face da intolerncia. A face de um carter depravado que no tinhanada de Cristo. A face do dio contra quem era fiel a Cristo. Liderados pelo bispo Romanono Ocidente e pelo bispo de Constantinopla no Oriente as igrejas herticas passaram aperseguir cruelmente as igrejas fiis. Proibiu-se o direito de culto; proibiu-se a livreinterpretao das escrituras; proibiu-se o rebatismo; Quem no pertencesse a igreja oficial -ou Catlica - seria perseguido e condenado a morte. Qualquer pessoa que fosse rebatizadapelos anabatistas sofreria a pena de morte. Os pastores anabatistas foram a umacondenados fogueira, ao afogamento, a tortura e toda sorte de assassinado e extermniopossvel.

    Assustados com a perseguio e na busca da sobrevivncia, as igrejas fiis fugiamde lugar a lugar. Iniciou-se o perodo de migrao dos anabatistas para os pases ondehavia a tolerncia religiosa. Portanto, a partir do sculo. IV vamos encontr-los em diversospases e com diversos nomes. No captulo seguinte ser estudada estas fugas maisdetalhadamente.

    A FUGA DOS ANABATISTAS

    MOTIVO DA FUGA: A INQUISICO

    Foi visto no capitulo anterior que o motivo da fuga dos anabatistas deveu-se ao planode extermnio por parte das igrejas herticas. O plano, primeiramente elaborado peloimperador Constantino, foi seguido pelos seus sucessores e levado a cabo pelos bispos dasprincipais igrejas herticas como a de Roma e Constantinopla. Em qualquer enciclopdia oleitor poder encontrar como foi feito este plano. Chamava-se INQUISICO. Durou mais de1200 anos e matou mais de 50.000.000 (cinqenta milhes) de anabatistas em todo omundo. Vejamos o relato da enciclopdia BARSA sobre a Inquisio:

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    das igrejas erradas. Assim que as igrejas erradas se casaram com o Estado veio aperseguio das mesmas contra os montanistas.

    Vale um ressalvo ao amigo leitor. Muitas enciclopdias, ou livros, mencionam coisasruins sobre grupos anabatistas (tais como: Montanistas, Donatistas, Novacianos, Ctaros,

    Paulicianos, Valdenses, Albingenses, e at mesmo os Anabatistas do sculo XVI). Temosque lembrar que faz parte da natureza corrompida do homem culpar os outros por seuserros, bem como, difamar o outro para salvaguardar sua vida ou sua integridade diante dosoutros. Vejamos o caso dos judeus no tempo de Cristo. Os tais, malignamente mataram oSenhor Jesus, e, sabendo da ressurreio, colocaram vigias para guardarem o tmulo (Mat.27:62-66). No podendo evitar que Jesus sasse de l, resolveram difamar seus discpulos,pagando aos guardas que mentissem, dizendo terem roubado o seu corpo (Mat. 28:11-15).No fosse a Bblia, a Palavra de Deus, testemunhar que era mentira o que diziam os judeus,e ento, estaramos todos pensando que Jesus nunca ressuscitou. Alis, este ainda era opensamento no tempo do apstolo Paulo (Atos 25:19), sendo que o prprio Pncio Festo,governador da Judia, acreditava nesta mentira inventada pelos judeus. Portanto, nopodemos acreditar nas enciclopdias e livros que so escritos por catlicos ou protestantes,

    os quais, participaram de massacres contra os anabatistas. Os Ctaros tambmconhecidos como albingenses por exemplo, foram terrivelmente esmagados numacruzada ordenada pelo Papa Inocncio III. Foi um grupo praticamente exterminado numadas mais cruis e sanguinolentas aes assassinas j vista no mundo religioso. Nocontentes com isso, os escritores catlicos passaram para suas sucessivas geraes, queos pacficos ctaros, eram homens pagos, sem Deus, descendentes do Maniquesmo. Eporqu? Porque assim eles no so discriminados. Se no so discriminados pelas suasatitudes, logo, no so acusados e mal vistos por uma sociedade que aceita a testemunhaviva que mente e rejeita a testemunha morta que no pode se defender. Ora, ora, ora. Esse um grande golpe do catolicismo da era medieval, e tambm foi usado por Calvino eLutero. Qual golpe? O golpe da testemunha morta. A testemunha morta a melhortestemunha que existe. Porqu? Porque testemunha morta no fala, no escreve, no vai atribunais, e no pode pedir que se faa justia. A melhor coisa para o assassino que suatestemunha morra. Assim ela no o acusa. E melhor, ela no pode se defender de nenhumadas mentiras que o assassino inventa. No de admirar que algumas enciclopdias e livrosfalam to mal de alguns grupos anabatistas. So todos ligados e envolvidos na mentira.Peo que o leitor reflita: Quem estaria com a verdade? Os Ctaros, os Paulicianos e osAnabatistas do sculo XVI, ou a podre Igreja Catlica, assassina, mentirosa, e que tempervertido a verdade de Deus em mentira, tais como: Purgatrio, adorao a Maria,Adorao a imagens, Imaculada Conceio, e etc., etc., etc.. Quem ser que mente? Quetal pensar e medir as coisas como Cristo ensinou: Acautelai-vos porm, dos falsos profetas,que vm at vs vestidos como ovelhas, mas, interiormente, so lobos devoradores. Porseus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dosabrolhos? (Mat. 7:15-16). Se o leitor concorda com o fruto produzido pelo catolicismo(idolatria, mentira, egosmo, entre outros), os quais so mencionados como obras da carne(Glatas 5:19-21), infelizmente o estudo sobre a Origem no pode ajud-lo. Mas caso oleitor esteja resolvido a olhar com os olhos da f sobre estes erros e conden-los, ento,continue a ler.

    OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO NOVACIANOS

    O segundo grupo de anabatistas oficialmente conhecidos so os novacianos. Assimcomo os montanistas este apelido proveniente do nome prprio Novcio. Novcio foi umpastor da sia Menor que viveu cerca de 251 A.D. Pouco sabemos sobre sua pessoa, masa julgar pelos membros de sua igreja foi um homem fiel a Deus. Os novacianos foi o

    primeiro grupo a ser chamado de catharis, ou seja, os puros. Isso devido a pureza de vida

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    que levavam. Temos algumas informaes a respeito destes anabatistas pelos maioreshistoriadores da historia da Igreja:

    Mosheim, Vol. I, pag 203Rebatizavam a todos que vinham do Catolicismo.

    Orchard em Alixs Piedmont C 17, pg.. 176As igrejas assim formadas sobre o plano de comunho restrita e rgida disciplina

    obtiveram a alcunha de puritanos. Foram a corporao mais antiga de igrejas crists dasquais temos qualquer notcia, e uma sucesso delas, provaremos, continuou at hoje. Tocedo como em 254 esses dissidentes (cristos verdadeiros) so acusados de tereminfeccionado a Frana com as suas doutrinas, o que nos ajudar no estudo dosalbingenses...

    Estas igrejas existiram por sessenta anos sob um governo pago, durante cujotempo os velhos interesses corruptos em Roma, Cartago e outros lugares no possuammeios seno os da persuaso e da censura para pararem o progresso dos dissidentes.Durante este perodo as igrejas novacianas foram muito prsperas e foram plantadas por

    todo o imprio romano. impossvel calcular o benefcio do seu servio a comunidade.Conquanto rgidos na disciplina, cismticos no carter, foram achados extensivos e numacondio florescente quando Constantino subiu ao trono em 306 A.D.

    W. N. Nevins, comenta que:Na concluso do quarto sculo tinham os novacianos trs ou quatro igrejas em

    Constantinopla, assim como em Nice, Nicomdia, Cocveto e Frigia, todas elas grandes eextensivas corporaes, alm de serem muito numerosas no Imprio Ocidental. Haviadiversas igrejas em Alexandria no sculo quinto. Aqui Cirilo, ordenado bispo dos CatlicosRomanos, trancou as igrejas dos novacianos. O motivo foi o rebatismo dos catlicos. Foilavrado um dito em 413 pelos imperadores Teodsio e Honrio declarando que todas aspessoas rebatizadas e os rebatizadores seriam punidos com a morte. Conformemente,Albano, zeloso ministro com outros foi assim punidos por batizar. Como resultado daperseguio nesse tempo muitos abandonaram as cidades e buscaram retiro no pas e nosVales do Piemonte, onde mais tarde foram chamados de valdenses..

    O Dr. Robinson em Eclesiastical Reserches, 126 traa a sua continuao at areforma e a apario do movimento anabatistas do sculo. XVI. E acrescenta: Depoisquando as leis penais os obrigaram a se esconder em lugares retirados e a adorarem aDeus secretamente, foram designados por vrios nomes.

    Parece que o movimento dos novacianos, apesar de iniciar um sculo depois domovimento montanista, cresceu mais que o primeiro, pelo menos no ocidente. Enquanto o

    Montanismo crescia na sia Menor e no Oriente, os novacianos cresciam mais no ocidente.Um terceiro grupo, os donatistas, cresciam mais na frica do Norte.

    OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO DONATISTAS

    Os donatistas foram o terceiro grupo a serem oficialmente chamados de anabatistas.Foram assim chamados devido serem da mesma opinio que Donato, pastor na cidade deCartago por volta do ano 311 A.D.

    A Origem dos Donatistas

    Este movimento apareceu em Cartago durante a perseguio de Diocleciano. Omotivo foi simples: Recusaram comunho comum com os pastores apstatas como foi o

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    O Crescimento dos Donatistas;

    O crescimento desse grupo de anabatistas foi espantoso. No conclio feito porTeodsio II em 441 na cidade de Cartago, compareceram 286 bispos da igreja oficial e 279bispos donatistas. Robinsom declara que: tornaram-se to poderosos que a corporao

    catlica invocou o interesse do imperador Constantino contra eles, pelo que os donatistasinqueriram: - que tem o imperador a ver com a igreja? Que tem os cristos a ver com o rei?Que tem os bispos a ver no tribunal?. O historiador Orchard, relatou que: tornaram-sequase to numerosos como os catlicos romanos. E o historiador Jones diz na suaConferencia Eclesiastica, Vol. I, pg 474: Rara era a cidade ou vila na frica em que nohouvesse uma igreja donatista.

    A Perseguio contra os Donatistas;

    O crescimento foi tanto que espantou Constantino.. Este imperador, que dizia-secristo, encheu as igrejas oficiais de favores. Na Histria da Igreja Catlica, pgina 20,temos o seguinte relato: O clero foi colocado no mesmo p de igualdade dos sacerdotes

    pagos em matria de iseno e obrigao civis. Eram permitidos os testamentos em favorda igreja. No mesmo livro na pgina vinte diz: Constantino fez doaes, sadas do tesouropblico a igreja que comeava a acumular bens e grandes rendimentos.

    Estes favores porm, s eram concedidos as igrejas oficiais, justamente aquelas quevenderam a f por privilgios humanos, aquelas que desde o princpio precisaram serexcludas por mudarem at o plano de salvao. Na pgina 24 do livro j mencionado,segue-se o seguinte relato: Aboliram a lei da crucificao, porm, no estendeu nenhumdesses favores aos cristos dissidentes, os montanistas por exemplo. No seu entusiasmo depreservar a unidade de f e disciplina, o imperador mostrou-se to ativamente hostil paracom os dissidentes, tais como os donatistas, que qualquer um que novamente estivessepreocupado com a futura liberdade da igreja teria passado um mal bocado. No livro OPapado na Idade Mdia, pagina 24, esse relato confirmado: Constantino no podiatolerar, especialmente a diversidade das crenas e dos cultos que caracterizava a igrejaenquanto ainda vaga a confederao. Manifestou essa resoluo imediatamente, quando,aps os snodos pouco categrico de Roma, Cartago, e Arles, condenou pessoalmente osdonatistas no ano de 316 A.D.

    O movimento foi praticamente exterminado com a chegada dos muulmanos. Em722 A.D. o islamismo tomou conta do norte da frica. As igrejas crists na frica, tantodonatistas, como as catlicas - tanto as de rito ocidentais como as orientais - foramdestrudas. O movimento sobreviveu com outros nomes em outros lugares. Os queconseguiram sobreviver foram para o sul da Frana, em Albi, para os Alpes no sul da

    Europa, como o Piemonte. Devido aos decretos de punio com a morte de quem nobatizasse as criancinhas, ficaram os donatistas praticamente impedidos de entrar nascidades ocidentais e orientais da Europa.

    OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO PAULICIANOS

    Os Paulicianos podem ter sido o mais antigo grupo de anabatistas que se conhece. Afalta de dados sobre o seu princpio, e o falso relato das igrejas orientais sobre elesdificultam uma data exata para o inicio desse movimento.

    A Origem dos Paulicianos;

    As tradies narradas pelos monges da igreja grega, dizem que os paulicianossurgiram na segunda metade do sculo stimo, tendo como fundador um tal Constantino.

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    Realmente Constantino , um pastor pauliciano, existiu. Mas era simplesmente uma pastor,que, em 690 A.D., foi morto por lapidao por ordem dos bispos gregos.

    Na Histria de Gibbon, VI, pg 543, Gibbon classifica o paulicianismo como a formaprimitiva do cristianismo:

    De Antioquia e Palmira deve ter sido espalhada a Mesopotmia e a Prsia; e foi nestasregies que se formou a base da f, que se espalhou desde as cordilheiras do Tauro at omonte Arar. Foi esta a forma primitiva do Cristianismo.

    Noutro lugar, V, pg 386, diz ele:O nome pauliciano, dizem os seus inimigos que se deriva de algum lder

    desconhecido; mas tenho certeza de que os paulicianos se gloriaram da sua afinidade como apstolo aos gentios.

    No livro A Chave da Verdade, escrito pelos prprios paulicianos, citado por GregrioMagistos no dcimo primeiro sculo, e descoberto pelo Sr. Fred C. Conybeare, de Oxford,

    em 1891, na Biblioteca do Santo Snodo, em Edjmiatzin da Armnia, afirma nas pginas 76-77 que so de origem apostlica:

    Submetamo-nos ento humildemente Santa igreja universal, e sigamos o seuexemplo, que, agindo com uma s orientao e uma s f, NOS ENSINOU. Pois aindarecebemos no tempo oportuno o santo e precioso mistrio do nosso Senhor Jesus Cristo edo pai celestial: a saber, que no tempo de arrependimento e f. Assim COMOAPRENDEMOS DO SENHOR DO UNIVERSO E DA IGREJA APOSTLICA, prossigamos; efirmemos em f verdadeira aqueles que no receberam o santo batismo (na margem: asaber, os latinos, os gregos e armnios que nunca foram batizados); como assim nuncaprovaram do corpo nem beberam do santo sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto,de acordo com a Palavra do Senhor, devemos traze-los a f, induzi-los ao arrependimento,e dar-lhes o batismo - rebatiza-los.

    Fica claro que eles no se denominavam paulicianos, porm, a igreja Santa,Universal e Apostlica. As igrejas romanas, gregas e armnias, eram duramentecondenadas por eles. Condenavam principalmente o batismo por imposio (praticado pelosimperadores) e o batismo infantil.

    Outro relato interessante o do professor Wellhausen, na biografia que escreveusobre Maom, na Enciclopdia Britnica, XVI, pg 571, pois ali os paulicianos so chamadosde sabian, que uma palavra rabe que significa batista.

    Crescimento e Perseguio dos PaulicianosNa enciclopdia acima mencionada diz que os sabianos - ou batistas - encheram

    com seus adeptos, a Siria, a Palestina, e a Babilnia. O maior grupo estava fixado nasregies montanhosas do Arara e do Tauros. O motivo de escolherem este lugar de to difcilacesso a perseguio movida contra eles pelas igrejas gregas. Enquanto Montanistas,Novacianos e Donatistas eram perseguidos mais pelas igrejas romanas, as igrejas gregasperseguiam os paulicianos no oriente.

    O crescimento no podia deixar de despertar os inimigos. No ano de 690, o jmencionado pastor Constantino, foi apedrejado por ordem do imperador, e seu sucessorqueimado vivo. A imperatriz Teodora instigou uma perseguio na qual, dizem, foram

    mortos na Armnia cem mil paulicianos.

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    Por incrvel que parea foram tolerados por muito tempo pelos maometanos. Issodeixou-os a vontade e foram eles os grandes missionrios da idade das trevas entre osanabatistas. Espalharam-se pela Trcia em 970, pela Bulgria, Bosnia e Servia aps o ano1100. Em todos estes lugares foram como missionrios enviados pelas igrejas paulicianas.O historiador Orchard revela que um nmero considervel de paulicianos esteve

    estabelecido na Lombardia, na Insubria, mas principalmente em Milo, a pelo meado dosculo onze e que muitos deles levaram vida errante na Franca, na Alemanha e outrospases, onde ganharam a estima e admirao da multido pela sua santidade. Na Itliaforam chamados de Paterinos e Ctaros. Na Frana foram denominados blgaros, do reinode sua emigrao, tambm publicanos e boni homines, bons homens; mas foramprincipalmente conhecidos pelo termo albigenses, da cidade de Albi, no Languedocsuperior.

    Em 1154 um grupo de paulicianos emigrou para a Inglaterra, tangidos ao exlio pelaperseguio. Uma poro deles estabeleceram-se em Oxford. William Newberry conta doterrvel castigo aplicado ao pastor Gerhard e o povo. Seis anos mais tarde outra companhiade paulicianos entrou em Oxford. Henrique II ordenou que fossem ferreteados na testa com

    ferros quentes, chicoteados pelas ruas da cidade, suas roupas cortadas at a cintura eenxotados pelo campo aberto. As vilas no lhes deviam proporcionar abrigo ou alimento eeles sofreram lenta agonia de frio e fome. interessante lembrar ao leitor, que Joo Wycliff(1320-1384), considerado a estrela dalva da Reforma, iniciou justamente em Oxford sualuta para reformar a podrido do catolicismo. Sem dvida ele teve algum contato com algumsobrevivente dos paulicianos.

    A partir do sculo XII o nome pauliciano foi caindo em desuso. Conforme suasemigraes e campos missionrios, foram recebendo novos nomes ou se fundindo com osoutros grupos de anabatistas da Europa. No sul o nome perdeu-se entre os albingenses evaldenses. No centro e norte da Europa foi aos poucos prevalecendo o nome deanabatistas.

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    CAPITULO VI

    IDENTIFICANDO OS ANABATISTAS DO SCULO XII a XV

    Os anabatistas dos sculos XII ao XV so a continuao ou os descendentes diretos

    dos anabatistas primitivos. A nica coisa que vai mudar o sobrenome do apelido. Vimosque na primeira gerao de anabatistas havia quatro grandes correntes, que ia desde oOriente Mdio at a Europa. A partir do sculo XII, a mais forte destas correntes (ospaulicianos) fundiu sua identidade com os irmos europeus que sero estudados nestecaptulo.

    Dois grandes grupos de anabatistas apareceram neste perodo. Esse nmero podeser bem maior, mas me falta conhecimento para integr-los aos demais. No nossa idiatrabalhar com hipteses. Trabalhamos com declaraes e documentos de estudiosos noassunto de histria das igrejas. Por isso consideraremos apenas dois grupos comoautnticos anabatistas. So eles: Os albingenses e os Valdenses. A histria de amor pelapalavra de Deus, e a perseguio que sofreram decorrente deste amor, uma das histriasmais lindas e tristes que j li.

    OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO ALBIGENSES

    Aps os quatro grupos primitivos de anabatistas os albigenses o primeiro a sedestacar como seus descendentes. J se notou que os montanistas, donatistas enovacianos, aps a investida de Roma e Constantinopla sobre eles, foram obrigados a serefugiar na regio dos Pirineus, sul da Franca. Tambm os paulicianos a partir do sculo XIse fixaram nestes lugares. Foi exatamente assim que Deus guardou sua igreja pura e viva,para descobri-la novamente ao mundo e pregar as boas novas. Os velhos nomes morreram,mas a f permaneceu a mesma. A doutrina tambm no mudou. Tambm no mudou o

    costume de rebatizar os catlicos, e por isso todos os dois grupos eram identificados comoseus antecessores, ou seja, anabatistas.

    A Origem dos Albigenses

    Alguns historiadores traam a origem dos albigenses como tendo provindo dospaulicianos (Enc. Brit. I pg 45), enquanto outros afirmam que eles se achavam no sul daFrana desde os primeiros dias do cristianismo. Este apelido no provm do nome de umpastor famoso, como por exemplo os novacianos. um apelido proveniente do lugar ondeos anabatistas se encontravam. Albi era uma cidade no distrito de albigeois, no sul daFrana.

    Aps a perseguio desencadeada por Roma e Constantinopla sobre osmontanistas, novacianos e donatistas, estes trs grupos, sem exceo, ficaram impedidosde pregar nas cidades do ocidente e do oriente onde prevalecia o poder papal. A prtica derabatizar os catlicos era punida com a morte. Ento, num gesto de conseguir asobrevivncia da f e da ordem apostlica, estes grupos procuraram esconder-se nos Alpese nos Pirineus. Ao chegarem nestes lugares perderam o antigo apelido e foram conhecidospor outros apelidos: ALBIGENSES - pelo lugar onde se refugiaram; CTAROS - Devido apureza de vida que levavam; HOMENS BONS - Pela inegvel integridade desses crentes; eANABATISTAS - por rebatizarem os que vinham do catolicismo romano ou ortodoxo.

    No existia diferena entre as doutrinas dos recm-chegados a esse refugio - comofoi o caso dos paulicianos - e os anabatistas j instalados ali h quase um milnio - a

    saber, os montanistas, novacianos e donatistas. Mesmo vindos de cantos totalmentediferentes e de diversos lugares do mundo antigo, ao chegarem nos vales dessas_______________________________________________________________________________________

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    montanhas, uniam-se facilmente uns com os outros. O crescimento dos anabatistas nestelugar fez o dr. Allix calcular o seu nmero em trs milhes e duzentos mil pessoas s nosPirineus. (O batismo Estranho e os Batistas, pg 63). maravilhoso saber como Deusguardou os anabatistas por tantos sculos e depois ajuntou-os num mesmo lugar. maravilhoso saber que a podrido do catolicismo no conseguiu penetrar nessas igrejas de

    Jesus Cristo por todos estes sculos.

    Perseguio contra os albigenses

    Qualquer pessoa pode por si mesma fazer um estudo minucioso sobre asatrocidades cometidas contra os albigenses. O que o catolicismo fez por mais de um sculocontra esse grupo de anabatistas pode ser lido em qualquer biblioteca de uma simplesescola pblica. Basta pegar uma enciclopdia e abrir na pgina de Inocencio III. Este papacatlico foi um dos muitos que mataram friamente anabatistas por mais de mil e trezentosanos. S que as atrocidades deste papa foram todas registradas e no podem serescondidas da sociedade. Para a igreja catlica ele um santo. Para mim o mais usado porSatans de seu tempo.

    O Papa Inocencio III (1198-1216) desencadeou contra os anabatistas de albi o quefoi chamada de a quarta cruzada. A chacina, iniciada em fins do sculo XII, iria seprolongar at meados do sculo XIII. Centenas de milhares de albigenses - tambmchamados de ctaros e bons homens, foram cruelmente assassinados pelo mandato papal.Houve em 1167 na cidade de Toulouse o chamado conclio albigense. Assunto: Tratarsimplesmente dos hereges anabatistas que l viviam. O resultado desse conclio foi a quartacruzada posta em vigor pelo papa Inocencio III. Em 22 de Julho de 1209, quase toda apopulao de Bziers foi massacrada. O papa Inocencio e seus sucessores, em nome deDeus, matava anabatistas como se mata porcos. Alguns albigenses que conseguiram serefugiar em Montsgur (foram estes os ltimos albigenses anabatistas a assim seremchamados), conseguiram sobreviver at o ano de 1244. O escritor Nicolas Poulain assimdescreveu o seu fim:

    ` A 16 de Marco de 1244, os sitiadores prepararam uma enorme fogueira no sop dorochedo de Montsgur. Ento, os 200 sobreviventes saram do refgio e desceram em lentaprocisso at seus carrascos. Os sos sustinham os enfermos; de mos dadas, entoavamhinos religiosos. Entre eles, havia uma me com sua filha doente... impassveis, todosentraram nas chamas... o local onde foi erguida a fogueira ainda conhecido como ocampo dos queimados; ali se erigiu uma esta funerria onde foi gravada a seguinteinscrio: EM MEMRIA DOS CTAROS, MRTIRES DO PURO AMOR CRISTO.

    E ainda h quem defenda um homem como Inocencio III. E ainda h quem ache a

    igreja catlica ser a igreja que Jesus deixou. No, no . Deus no tem assassinos comopastores. Sua igreja no uma igreja assassina, pois, a porta do inferno no prevalecercontra minha igreja. Se leitor duvida do que aqui est escrito procure saber por si mesmo averdade. Mas busque a verdade.

    OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO VALDENSES

    A perseguio que o papado moveu contra os albigenses durante vrias dcadas fezos anabatistas a se deslocarem para muitos lugares. O nome albigense era sinnimo demorte. Surgiu ento um outro apelido para designar os anabatistas deste tenebroso perodo.Foram chamados de Valdenses.

    A Origem dos Valdenses

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    Os livros relatam que os valdenses se originaram de um rico comerciante de Lion emll76. Seu nome era Pedro de Valdo, da valdenses. Mas a verdade que esse grupo umacontinuao dos albigenses. Vendo os anabatistas albigenses que a perseguio no sul daFrana no ia ter fim - como no teve - fugiram para outras localidades. Em suas fugas iamevangelizando e rumando sempre para o norte da Europa. Foi onde Pedro de Valdo se

    converteu, e por ser famoso, os inimigos logo apelidaram os antigos albigenses deValdenses.

    Significativo o depoimento de Raisero Sachoni. Ele foi por dezessete anos um dosmais ativos pregadores dos Ctaros ou Valdenses. Mais tarde uniu-se ordemdominicana apostatando da f. Tornou-se um acrrimo inimigo dos Valdenses, e por isso opapa fe-lo inquisitor da Lombardia. Por muitos anos, at sua morte, acusou e mandou matarseus ex-irmos anabatistas. Foi um judas. Sua opinio sobre a origem dos valdenses como se segue:

    Entre todas as seitas no h mais perniciosa igreja (catlica claro) do que osvaldenses. Por trs razes: Primeira, porque a mais antiga, pois alguns dizem que data do

    tempo de Silvestre, 325 A.D. (Silvestre foi o papa que junto com Constantino condenou osdonatistas, montanistas e novacianos), outros ao tempo dos apstolos. Segunda, a maislargamente espalhada, porque dificilmente haver um pas onde no existam. Terceira,porque, se outras seitas horrorizam aos que a ouvem, os valdenses, pelo contrrio,possuem uma grande aparncia de piedade. Como matria de fato, eles levam vidasirrepreensveis perante os homens e no que respeita a sua f, aos artigos do seu credo, soortodoxos. Sua nica falta que blasfemam contra a igreja e o seu credo.

    O testemunho desse apstata muito importante. No fcil para um legadocatlico dizer que datam do tempo de Silvestre ou dos apstolos. Outro escritor, dessa vezum francs, Michelet, diz na Historie de France, II, pg 402, Paris 1833: Os valdenses criamnuma continuidade secreta atravs da Idade Mdia, igual a da Igreja Catlica. E Neanderadiciona na History of the Christian, pg 605, Vol. IV, 1859: No sem fundamento aafirmao dos valdenses deste perodo (1100 em diante), a respeito da antigidade de suaseita, e que tinha havido, desde o tempo da secularizao da igreja, a mesma oposio (aigreja Romana) que eles sustentavam.

    Os historiadores que se tem especializado na histria dos valdenses sustentam aidia de que as doutrinas dos valdenses no se originaram com Pedro Valdo. Diz Faber,The Waldenses and Albigenses:

    A evidencia que acabo de produzir, prova, no somente que os valdenses ealbigenses existiram antes de Pedro de Lio; mas tambm, que no tempo do aparecimento

    dele nos fins do sculo doze, havia duas comunhes de grande antigidade (O autor refere-se aos albingenses e valdenses ao dizer que existias duas comunhes). Segue-se, portanto,que mesmo nos sculos doze e treze, as igrejas valdenses eram to antigas, que a suaorigem remota foi atribuda, mesmo pelos seus inimigos inquisitoriais, ao tempo alm damemria do homem. Os romanistas mais bem informados do perodo, no ousaram fixar adata da sua origem. Eram incapazes de fixar a data exata dessas venerveis igrejas. Tudoque se sabe que eles tinham florescido ao longo do tempo, e que eram muito mais antigosdo que qualquer seita moderna.

    Portanto, a se algum quer saber a origem dos valdenses saiba que, apesar dereceberem esse apelido somente a partir de 1100, j eram conhecidos como albigenses,paulicianos, donatistas, novacianos e montanistas. Tinham de diferente apenas o apelido,

    mas eram todos de uma mesma comunho. Tambm todos, sem exceo, foram chamadosde anabatistas. O fato de aparecer paralelamente no mesmo perodo albigenses e

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    valdenses, no quer dizer que os valdenses no seja uma continuao dos albigenses. Querdizer que durante um perodo de mais ou menos meia dcada, enquanto o apelido albigensecaa em desuso, crescia o nome valdense. o que chamo de perodo de transio. Oestudante notar que a mesma coisa aconteceu no sculo XVI. Neste perodo, enquantocaa o apelido anabatista, surgia o apelido batista.

    A doutrina dos valdenses

    Suas doutrinas eram idnticas a dos primitivos anabatistas. H dois documentos datados decerca do ano 1260 A.D. escritos por catlicos que descrevem os valdenses: Um deles diz:os valdenses vestiam com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente,sempre laboriosos estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiamde cor todo o novo testamento.

    O outro documento o tratado de Davi de Augsburgo, escrito sobre os pobres deLio ou valdenses, e impregnado de dio e antipatia. Este documento diz que os valdensesproclamavam-se discpulos de Cristo e sucessores dos apstolos e quando eram

    excomungados, regozijavam-se com o fato de terem de sofrer perseguio como outrora osapstolos, nas mos dos escribas e fariseus. O documento informa que eles rejeitavam osmilagres eclesisticos e os festivais, ordens, bnos, etc., dizendo que essas coisas foramintroduzidas pelo clero cobioso; batizavam os que abraavam seus princpios, dizendoalguns deles que o batismo de crianas no vale nada, pois elas so incapazes de crer. Nocriam que o sangue e o corpo de Cristo esto na eucaristia, limitando-se a abenoar oelemento como um smbolo. Celebravam a ceia, recitando palavras do evangelho; negavamo purgatrio, o concubinato, o sacerdotalismo, o legalismo, etc.

    A Perseguio dos Valdenses

    Assim como os albigenses os valdenses foram tenazmente perseguidos pela IgrejaCatlica. A Inquisio matou, queimou, afogou, esfolou, torturou e fez muito mais paradestruir os valdenses. S para o estudante ter uma idia, o Papa Joo XXII (1316-1334),tendo um rendimento farto e regular dos impostos criados por ele mesmo, gastava 63% dotesouro papal para financiar a guerra contra os anabatistas e os muulmanos. (O Papado naIdade Mdia, pg 140 e 143). O papado obrigou o povo a pagar impostos com o intuito definanciar guerras visando o extermnio dos anabatistas. Em todos os pases era passada achamada rota romana com os ad doc - que significa a isto - pressionando eatormentando o povo a pagar o tributo para o papa.

    No final do sculo XV os valdenses ainda estavam de p. Suas foras estavam nosvales dos Alpes. Tinham uma escola prtica em Milo e de ramificaes em zonas distantes

    como a Calria e a Aplia. Possuidores de um noviciado e de seminrios independentes, osvaldenses punham em campo uma grande quantidade de missionrios itinerantes, os quais,conheciam de cor longas passagens dos evangelhos e das epstolas.

    Infelizmente muitos se ligaram com os hussitas na Bomia e com os Lolardos naInglaterra. Isso degradou em muito a pureza de muitas igrejas valdenses, pois estas igrejas,assim como as protestantes, pregavam uma f que podia-se pegar em armas para defenderdireitos. No sculo XVI a euforia da reforma tambm varreu uma grande parte dosvaldenses. Acredito que isso destruiu o grupo como denominao. Alguns se aliaram comos luteranos na Alemanha, outros a Zuinglio na Suia, e uma grande parcela com Calvino.Os fiis, que no se misturaram, continuaram anabatistas puros. At hoje existe algumasigrejas com o nome denominacional valdense.

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    CAPITULO VII

    OS ANABATISTAS DO SCULO XVI

    Tenho visto muitos historiadores da Igreja tentando responder erroneamente a

    questo de onde vieram os anabatistas do sculo XVI. A resposta correta simples: Novieram, j estavam. O movimento anabatista do sculo XVI uma continuao dosmovimentos anabatistas que atravessaram toda a Idade Mdia. Os costumes so iguais; adoutrina a mesma; os membros tinham a mesma caracterstica diante da sociedade. Ofato de sabermos mais sobre os anabatistas do sculo XVI do que os anabatistas da IdadeMdia, no se deve ao fato de estarmos incertos sobre a existncia dos ltimos. Deve-seao fato de que agora j tinham inventado a imprensa. E tambm, com a diviso docatolicismo no advento da Reforma, teramos informaes oficiais de dois lados, ocatolicismo e o protestantismo. Alm do que o sculo XVI est bem mais prximo de nossapoca que o sculo IV. Pense bem: O que voc sabe sobre o papa Silvestre do sculo IV?Quase nada. Que tal verificar na sua memria o que voc sabe sobre Lutero, Cabral, eoutros que viveram no sculo XVI? Tenho certeza que as informaes sobre os ltimos sobem mais amplas. Porque seria diferentes com os anabatistas?

    A ORIGEM DOS ANABATISTAS DO SCULO XVI

    Admitir que os anabatistas atravessaram toda a idade mdia, mesmo que levandooutros nomes, no uma tarefa fcil. Para a igreja catlica admitir isso ela estar afirmandosua excluso em 225, alm do que, que no a igreja mais antiga. Para os protestantes -principalmente luteranos e presbiterianos - dizer que no foram seus patronos Lutero eCalvino os resgatadores da verdade.

    Os anabatistas tem sua origem nas igrejas anabatistas que conseguiram escapar daperseguio catlica durante o perodo das Trevas, que vai desde sculo IV at o sculoXVI. Apesar de terem outros apelidos alm de anabatistas, estas igrejas eram o verdadeirocristianismo, e todas, sem exceo, eram chamadas de anabatistas.

    SUAS CARACTERISTICAS ORGANIZACIONAL E DOUTRINRIA

    O historiador A.G. Dickens, no seu livro A Reforma, pg 131- 140-141, faz um relatomuito significativo sobre a origem, organizao e doutrina dos anabatistas do sculo XVI.Ele no defende os anabatistas, mas tambm no pode negar o fato de serem eles umgrupo de cristos totalmente diferente do catolicismo e protestantismo. Eis o relato deDickens:

    Em que sentido pode o anabatismo ser chamado de um movimento? No podemoscertamente falar de uma reforma anabatista como falamos de uma reforma luterana,zuingliana ou calvinista. Os anabatistas no tinham nenhum chefe espiritual, nenhum cdigode doutrina largamente aceito, nenhum rgo central dirigente (eram independentes). Noinfluenciaram os governos, no modelaram as sociedades nacionais, no conservaram umaadministrao poltica. Nessa comunidade marginal (ao lado) de crentes, a disciplina nolimitava apenas ao batismo. A confisso de Schleitheim, um de seus documentos maislargamente divulgados, redigida em 1527, talvez pelo mrtir Miguel Satler, reduz-se a seteartigos: O batismo, diz-se, s ser concedido aos que conheceram o arrependimento emudaram de vida, e que entrem na ressurreio de Jesus Cristo. Os que esto no erro nopodem ser excomungados antes de advertidos por trs vezes, e isto deve-se fazer antes dopartir o po, de maneira que uma igreja pura e unida se reuna. A ceia do Senhor s para

    os batizados, e um servio comemorativo. Os membros devem deixar o culto papista(catlico) e antipapista (protestante), no tomarem parte dos negcios pblicos (que eram_______________________________________________________________________________________

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    na sua maioria imoral), renunciam a guerra e as diablicas e anticrists arma de fogo. Ospastores devem ser sustentados pelas congregaes, afim de poderem ler as escrituras,assegurar a disciplina da igreja e dirigir a orao. Se um pastor expulso ou martirizado,deve imediatamente ser substitudo, e ordenado outro, para que o rebanho de Deus noseja destrudo. A espada destina-se aos magistrados temporais, a fim de poderem castigar

    os maus, mas os cristos no devem us-la, mesmo em legtima defesa, como tambm nodevem recorrer lei ou tomar o lugar dos magistrados. So proibidos os juramentos.

    O estudante deste tratado pode comparar o elo que liga os anabatistas do sculo XVIaos dos sculos anteriores e aos batistas. So o mesmo povo. Olhe bem para os artigos def acima mencionados. Compare com as doutrinas dos batistas. Existe alguma coisa queno est de acordo? So todos o mesmo povo. Todos eram e devem ser verdadeirosseguidores das Escrituras Sagradas.

    AS DIVISES ENTRE OS ANABATISTAS DO SCULO XVI

    Muitos h que condenam o movimento anabatista do sculo XVI dizendo que eles

    por algum tempo apelavam para a violncia. Os que assim pensam se esquecem que todaigreja tem seu lado ruim. Veja a Igreja de Jesus. No havia l o Judas? Era Judas overdadeiro representante da igreja ou um membro errado? Sim, os anabatistas tiverammembros e pastores que no honravam suas doutrinas. E eram justamente aqueles queestavam misturados com as revolues luteranas, calvinistas e zuinglianas. Foi o caso deMelchior. Dickens afirma no seu livro A Reforma, pg 142 sobre ele:

    Pode-se dizer que a Confisso de Schleitheim, no seu conjunto, contm muitasposies caractersticas e que era aceite pela maior parte dos anabatistas. Fora dela haviamuitos preceitos religiosos ou sociais no aceites por todos eles e sujeitos a controvrsias.Doutrinas no includas na confisso eram rigorosamente sustentadas por certascomunidades, como a cristologia Melchiorita.

    Para quem no sabe Melchior Hoffiman acusado de ser anabatista e de fazer umlevante contra o Estado de Lutero na Alemanha. Dickens considera-o sectrios eextremistas margem do anabatismo (A Reforma pg 143). O historiador Christian diz queele nunca foi um anabatista.

    Hoje estamos vivendo uma situao parecida. So batistas aqueles que se dizembatistas e no honram os artigos de f bblicos? So batistas os batistas que acreditam nasalvao pelas obras? So batistas os que acreditam na salvao pela guarda do sbado?Porm na parede da frente de suas igrejas est escrito: Igreja Batista. batista quemrealmente vive como um batista deve viver. Foi o caso dos anabatistas do sculo XVI. Uma

    ma podre no invalida as mas boas.OS ANABATISTAS E LUTERO

    Os anabatistas do sculo XVI e o reformador catlico Martinho Lutero escreveramuma pgina especial do cristianismo neste perodo. Quando Lutero iniciou o seu movimentoencontrou nos anabatistas um apoio antipapista. Tinham de comum o fato de saberem que opapa era um servo de Satans. Muitos anabatistas migraram-se para a Alemanha animadoscom o discurso antipapista de Lutero. A decepo no demorou a chegar. Quando Luteroconseguiu o poder temporal ele passou a perseguir os anabatistas. Primeiro usandodiscursos inflamados. Depois usou a intimidao. E por fim, usou a fora. Para decepo demuitos de seus admiradores, Lutero no ficou devendo nada a nenhum papa em questo de

    crueldade contra os anabatistas. Veja alguns relatos sobre a perseguio de Lutero aos

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    camponeses anabatistas feitas pelo escritor Stefan Zweig em seu livro Os caminhos daVerdade, pginas 184 e 198:

    Lutero abraava, sem restries e definitivamente, a causa da autoridade contra opovo. O asno, dizia ele, precisa de pauladas; a plebe deve ser governada com a fora...

    Iniciava-se j a perseguio aos livres pensadores e aos dissidentes, instaurava-se aditadura do partidarismo... Arrancava-se a lngua aos anabatistas, atenazavam-se comferros candentes e condenavam-se a fogueira como hereges os pregadores, profanavam-seos templos, queimavam-se os livros e incendiavam-se as cidades.

    Lutero no pode ser visto como um defensor da causa de Deus. Tampouco algumque resgatou o direito de ler a Bblia. No, de forma alguma. Ditadores no so homens deDeus. Homens que matam por causa de doutrina no so homens de Deus. No vemosJesus arrancar a lngua de ningum para pregar o evangelho. Porque ento seuspregadores agiriam dessa forma? Lutero perseguiu os anabatistas porque estes no sesujeitaram a seus caprichos de ditador.

    Em Abril de 1525, por ordem de Lutero, o qual chegou a redigir um panfleto, numalinguagem violenta contra os anabatistas, pediu que seus sditos colocassem fim nadesordem anabatista que atormentava o seu pas. Naquele ms mais de cem milanabatistas morreram assassinados pelos soldados luteranos. Essa a verdadeira histriasobre os anabatistas e Lutero.

    OS ANABATISTAS E CALVINO

    A relao entre Calvino e os anabatistas do sculo XVI no foram diferentes da quehouve com Lutero. Todo revolucionrio tem a tendncia de se tornar um ditador. Aconteceuprimeiro com Lutero na Alemanha. Pouco depois aconteceu com Calvino na cidade deGenebra. Nos livros que temos sobre a reforma no se pode esconder os atos deatrocidades que Calvino cometeu contra feiticeiros, humanistas e aos anabatistas residentesem sua cidade. No livro O Cristianismo Atravs dos Sculos, pg 254, diz que:

    Para garantir a eficcia de seu sistema (o sistema de uma cidade santa), Calvinoestabeleceu penalidades severas. Vinte oito pessoas foram executadas e setenta e seisexiladas em 1546.

    Temos o relato de uma testemunha ocular dos fatos, chamado Sebastio Castellio,que fora um pastor Calvinista e tornou-se depois um humanista, abandonando seuministrio devido a evidencias tais quais temos a seguir:

    Revolta-me o exemplo de como se procede nesta cidade o emprego da violnciacontra os anabatistas. Eu mesmo vi arrastarem para o cadafalso uma mulher de oitentaanos com sua filha, esta me de seis filhos, que no cometeu outro crime seno o de negaro batismo das crianas. (Extrado do livro Uma Conscincia Contra a Violncia, pgina115).

    Se Calvino fosse um homem de Deus certamente agiria como a Bblia ensina.Saberia que somente teremos uma cidade perfeita quando estivermos no cu. Saberiaconceder a liberdade religiosa a seus concidados. Saberia que lugar de pastor no nocomando de cidades e sim conduzindo o seu rebanho. Quem manda matar a me de seiscrianas por no aceitarem o erro do batismo infantil no pode ser um homem dadispensao da graa. Os verdadeiros batistas no tem nada a ver com o calvinismo.

    OS ANABATISTAS E ZUINGLIO

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    Zwinglio foi um grande reformador e da mesma poca que Lutero. Zurique foi a

    cidade que ele escolheu para fazer notrio o seu movimento reformador. Muitos anabatistasforam para l pensando justamente na liberdade religiosa que os reformadores pregavamantes de se tornarem cruis ditadores. No comeo houve uma grande amizade entre os

    anabatistas (principalmente os valdenses) e os simpatizantes de Zwinglio. Muitosanabatistas inclinaram-se para o zwinglianismo, principalmente em setembro de 1532.Parece que a maioria dos valdenses seguiram Zwinglio por este tempo. Mas foramdecepcionados. Zwinglio aceitou a adeso dos que queriam, mas condenou aqueles queno quiseram se juntar a ele.

    Assim que Zurique ficou em suas mos, Zwinglio iniciou uma perseguio contra osindomveis anabatistas. Por sua ordem o senado promulgou uma lei, segundo a qual,aquele que se atrevesse a batizar algum que tivesse sido batizado antes, na infncia, fosseafogado. Suas idias se espalharam por todas as cidades suas de ascendncia alem, econsequentemente, nestes lugares, os anabatistas eram afogados por batizarem seusmembros.

    PORQUE OS ANABATISTAS NO SE UNIRAM COM OS REFORMADORES?

    Uma igreja que representa a pura doutrina deixada pelo Senhor Jesus no poderiase unir com nenhum movimento reformador do sculo XVI. Primeiro porque como o prprionome diz, era uma reforma da igreja Catlica. Se queriam reform-la porque admitiam queela era uma igreja de Jesus, quando na verdade tinha deixado de ser desde 225. Segundoporque quando os reformadores vieram da igreja Catlica no houve entre seus pastoresiniciantes uma converso de seus pecados. O que houve foi uma convico da parte delesde que a igreja catlica estava errada. At os catlicos tinham essa convico. Terceiro que,no se convertendo, tambm no foram e nem podiam ser batizados, ordenana pela qualum crente professa publicamente que est aceitando Jesus e sua Igreja. Se no forambatizados com que autoridade podiam ministrar o batismo ou passar esta autoridade aoutros?

    As igrejas que saram da reforma cometiam erros que jamais podiam ser aceitoscomo sendo realizados pela igreja de Jesus. O primeiro o batismo infantil. Todas as igrejasda Reforma batizavam crianas recm-nascidas. A Igreja de Jesus nunca realizou e nempermitiu o batismo infantil. O segundo erro a formao de uma igreja oficial. Por exemplo:Luterana na Alemanha; Anglicana na Inglaterra; Presbiteriana na Esccia; Jesus nunca quiscasar sua igreja com o Estado. Antes ensinou: Dai a Csar o que de Csar e a Deus oque de Deus. Terceiro a formao de uma hierarquia dentro da igreja, colocando umaigreja acima da outra e pastores comandando outros pastores. O quarto erro o uso de

    armas para impedir a liberdade religiosa e se meter em guerras contra catlicos. O quintoerro o de praticarem o batismo por asperso e no por imerso. Por estes e outrosmotivos os anabatistas jamais poderiam ter se aliado com as igrejas da reforma.

    A OPNIO DE HISTORIADORES DA IGREJA SOBRE OS ANABATISTAS

    Apesar de no concordar com os historiadores convencionais a respeito da histriados anabatistas (pois eles tratam os tais como dissidentes e hereges), penso ser importante

    a opinio destes homens sobre os anabatistas.

    _______________________________________________________________________________________Se voc deseja saber mais sobre a origem das igrejas crists escreva para:

    Igreja Batista de Glia, Av. So Jos, n. 156, Glia, So Paulo, CEP 17.450.000

  • 8/6/2019 Breve Estudo Sobre a Origem Das Igrejas

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    A ORIGEMUm Breve Estudo Sobre a Origem das Igrejas Crists

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