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REVISTA SEMANAL 77 DE 28-01 A 03-02-2013 BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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De 28-01-2013 a 03-02-2013

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REVISTA SEMANAL 77

DE 28-01 A 03-02-2013

BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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Revista de Imprensa04-02-2013

1. (PT) - Jornal de Notícias, 28/01/2013, Luso-americano Allan Shariff em Liberdade 1

2. (PT) - Diário de Notícias, 28/01/2013, Discordâncias entre tribunais libertam condenado a 17 anos 2

3. (PT) - i, 29/01/2013, Amadora. Ministério do Ambiente recebeu denúncia sobre aterro ilegal, mas não feznada

3

4. (PT) - Público, 30/01/2013, Ex-deputado socialista condenado a 11 anos de prisão por corrupção passiva 6

5. (PT) - Página 1, 30/01/2013, Ex-deputado do PS condenado a 11 anos de prisão 7

6. (PT) - Jornal de Notícias, 30/01/2013, Faturas falsas na construção lesam Estado em 3 milhões 8

7. (PT) - Jornal de Notícias, 30/01/2013, 11 anos de cadeia por corrupção para ex-deputado socialista 10

8. (PT) - Jornal de Notícias, 30/01/2013, Isaltino sofre nova derrota mas continua à solta 12

9. (PT) - Diário de Notícias, 30/01/2013, Tribunal rejeita recursos de Isaltino 13

10. (PT) - Jornal de Notícias, 30/01/2013, Secretário das infantas implicado no "caso Nós" 14

11. (PT) - Jornal de Negócios, 30/01/2013, DCIAP diz que Salgado não está envolvido no Monte Branco 15

12. (PT) - Correio da Manhã, 30/01/2013, Escândalo com Platini no mundial do Qatar 18

13. (PT) - Correio da Manhã, 30/01/2013, Recursos rejeitados 19

14. (PT) - i, 30/01/2013, Qatargate. As suspeitas à volta do Mundial-2022 20

15. (PT) - i, 30/01/2013, Ex-deputado condenado a 11 anos 21

16. (PT) - Diário Económico, 30/01/2013, Empresas querem tribunal para grandes conflitos económicos 22

17. (PT) - Diário Económico, 30/01/2013, Novo código de Corporate Governance é mais flexível 25

18. (PT) - Diário Económico, 30/01/2013, Revista gaulesa acusa Qatar de comprar Mundial 2022 26

19. (PT) - Público, 31/01/2013, Presidente do STJ critica reorganização dos tribunais feita pelo actualGoverno

27

20. (PT) - Público, 31/01/2013, Fiança de 8,2 milhões imposta ao genro do rei e ao seu ex-sócio 30

21. (PT) - Campeão das Províncias, 31/01/2013, Carlos Lopes condenado a 11 anos de prisão 31

22. (PT) - Jornal de Notícias, 31/01/2013, MP iliba Ricardo Salgado no caso "Monte Branco" 33

23. (PT) - Diário de Notícias, 31/01/2013, Ex-deputado "estupefacto" com sentença 34

24. (PT) - Correio da Manhã, 31/01/2013, "Corrupção afasta investimento" 35

25. (PT) - Correio da Manhã, 31/01/2013, Salgado fora do ´Monte Branco´ 37

26. (PT) - Correio da Manhã, 31/01/2013, FIFA investiga Qatar e Platini 38

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27. (PT) - i, 31/01/2013, Ano judicial. A cerimónia em que só Teixeira da Cruz está feliz 39

28. (PT) - i, 31/01/2013, Salgado confirma ter rectificado três vezes a sua declaração de IRS de 2011 41

29. (PT) - i, 31/01/2013, António Cluny - "Só quando a corrupção de tornou mediaticamente visível é que ajustiça reagiu"- Entrevista a António Cluny

44

30. (PT) - Sol, 01/02/2013, Salgado recorreu a três "Amnistias" fiscais 49

31. (PT) - Público, 01/02/2013, Acossado por denúncias de corrupção no PP, Rajoy mantém o silêncio 51

32. (PT) - Jornal de Notícias, 01/02/2013, Rajoy apanhado 54

33. (PT) - Jornal de Notícias, 01/02/2013, Sharif preso por burlar a partir da cadeia 56

34. (PT) - Correio da Manhã, 01/02/2013, Rajoy recebeu do "saco azul" 57

35. (PT) - Correio da Manhã, 01/02/2013, 6000 EUR a mais nas contas de deputado 58

36. (PT) - Correio da Manhã, 01/02/2013, Corrupção 60

37. (PT) - Diário Económico, 01/02/2013, Saco azul deixa governo espanhol em xeque 61

38. (PT) - Bola, 01/02/2013, PP sob suspeita de corrupção 64

39. (PT) - i, 02/02/2013, BE dia que idoneidade de Ricardo Salgado "está claramente posta em causa" 65

40. (PT) - Expresso, 02/02/2013, Novo caso de corrupção abala Rajoy e o partido 67

41. (PT) - Diário de Notícias, 03/02/2013, Allan Shariff chegou a encomendar seis leitões assados para acadeia

68

42. (PT) - Jornal de Notícias, 03/02/2013, Rajoy nega todas as acusações e diz que não se demite 70

43. (PT) - Diário de Notícias, 03/02/2013, PSOE diz que Rajoy torna Espanha "ingovernável" 71

44. (PT) - Correio da Manhã, 03/02/2013, "Nunca recebi dinheiro negro" 72

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 56

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Área: 13,20 x 12,77 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45868890 28-01-2013

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Tiragem: 42510

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

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Área: 26,67 x 32,86 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45868207 28-01-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

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Área: 24,47 x 32,41 cm²

Corte: 1 de 3ID: 45887984 29-01-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

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Área: 24,39 x 23,98 cm²

Corte: 2 de 3ID: 45887984 29-01-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 4,44 x 3,32 cm²

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Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

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Área: 21,62 x 13,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45905793 30-01-2013

O Tribunal Colectivo da Sertã conde-

nou o ex-deputado socialista Carlos

David Lopes a 11 anos de prisão num

processo de corrupção passiva, re-

lativo à obtenção de fi nanciamento

ilícito para a campanha eleitoral das

autárquicas de 2005.

Carlos Lopes, que é agora vereador

da Câmara de Figueiró dos Vinhos,

(Leiria), considera tratar-se de uma

situação “dramática que tira anos de

vida a qualquer pessoa”, e garante

estar já a trabalhar com o seu advo-

gado, Magalhães e Silva, no recurso a

apresentar na Relação de Coimbra.

Ex-deputado socialista condenado a 11 anos de prisão por corrupção passiva

Em causa está uma investigação do

Departamento Central de Investiga-

ção e Acção Penal (DCIAP) na qual o

socialista é acusado de obter fi nan-

ciamento ilícito para a campanha

eleitoral junto de empresas fornece-

doras do município de Figueiró dos

Vinhos, a troco de eventuais favores

enquanto deputado, de utilizar ver-

bas da autarquia para pagar contas

da campanha eleitoral e de falsifi car

a contabilidade do partido. O DCIAP

imputava-lhe assim a prática de 19

crimes de corrupção passiva e de um

crime de tráfi co de infl uências. Res-

pondia, ainda, por dois crimes de pe-

culato em co-autoria com outros dois

arguidos — Pedro Lopes, seu irmão e

na ocasião ex-vice-presidente da Câ-

mara de Figueiró dos Vinhos, e Luís

Silveirinha, funcionário da autarquia

e mandatário fi nanceiro da campa-

nha eleitoral. Nas eleições de 2005, o

PS viria a perder a câmara para o PSD,

que ainda mantém a presidência.

JustiçaOrlando Cardoso

Carlos Lopes, que é agora vereador em Figueiró dos Vinhos, condenado por caso ocorrido em 2005

benefício próprio”. Por outro lado, o

socialista refere que se trata de uma

condenação com “danos irrepará-

veis” para a sua vida e saúde.

Considerando tratar-se de uma

“linchamento político”, o socialista,

que chegou a ser chefe de gabinete

do governador civil de Leiria, estra-

nha que as alegações fi nais tenham

decorrido na sexta-feira e sido convo-

cado para a leitura do acórdão para

segunda-feira de manhã. “Foi tudo

tão rápido que dá para suspeitar que

tudo já estava decidido”, frisa.

Aquela condenação vai levar Pedro

Lopes a renunciar à candidatura da

presidência da Câmara de Figueiró

dos Vinhos, anunciada há algumas

semanas. Para sábado está convo-

cada uma reunião da Concelhia do

PS, na qual o actual secretário da As-

sembleia Municipal irá comunicar a

renúncia de todos os cargos políticos

que exerce, incluindo o de presiden-

te da concelhia do partido.

Os arguidos chegaram a ser absol-

vidos pelo Tribunal de Figueiró dos

Vinhos em Novembro de 2011, mas

um recurso do Ministério Público fez

a Relação de Coimbra ditar a repeti-

ção do julgamento. O colectivo de ju-

ízes da Sertã decidiu condenar o ex-

deputado a 11 anos de prisão efectiva

e os restantes arguidos a uma pena

de cinco anos de prisão com pena

suspensa.

“Não há palavras para comentar

esta decisão”, disse Carlos Lopes ao

PÚBLICO, realçando o facto de a ju-

íza ter “sublinhado que não houve

qualquer aproveitamento pessoal ou

O ex-deputado Carlos Lopes foi condenado no âmbito de um caso de financiamento eleitoral

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

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Área: 16,79 x 7,31 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45927345 30-01-2013

Justiça

Ex-deputado do PS condenado a 11 anos de prisão

O ex-deputado do PS Carlos Lopes foi condenado a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção, peculato e fal-sifi cação de documentos, mas vai recorrer da sentença.O deputado tinha sido absolvido pelos mesmos crimes pelo tribunal de Figueiró dos Vinhos, em 2011. O Ministé-rio Público interpôs recurso para a Relação de Coimbra, que mandou repetir o julgamento na Sertã.“Mesmo que os factos estivessem comprovados, o que está longe de acontecer, seria uma sentença absurda”, disse ontem o advogado de defesa, Magalhães e Silva, um dia após a leitura do acórdão. O processo remonta a 2005 quando o deputado foi eleito

por Leiria e do despacho de acusação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal constavam situ-ações de fi nanciamento partidário ilícito, viciação das contas do município e desvio de fundos da câmara para a campanha autárquica do PS.À Lusa, Carlos Lopes disse ter recebido a sentença com “estupefacção total”. “Nas perícias efectuadas à minha conta bancária não houve nada que imputasse benefícios a meu favor, nem entradas de grandes valores. Aguardo com serenidade o desenrolar do processo, de consciên-cia tranquila, como sempre, porque sei que nada fi z em proveito próprio”, explicou.

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 4,30 x 2,99 cm²

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

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Área: 21,97 x 23,50 cm²

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

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Área: 4,81 x 23,57 cm²

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Tiragem: 42510

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 33

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Tiragem: 15614

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 72

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 73

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Tiragem: 15614

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 1

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Área: 19,64 x 10,95 cm²

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Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

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Área: 10,68 x 15,31 cm²

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Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

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Área: 4,15 x 8,28 cm²

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 45

Cores: Cor

Área: 18,84 x 31,26 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45906516 30-01-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

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Área: 4,76 x 27,60 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45906395 30-01-2013

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 14

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Área: 27,19 x 33,54 cm²

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Inês David [email protected]

As empresas querem que sejacriada em Portugal um ‘tribunal’especializado nos mega-proces-sos económicos, isto é, nos con-flitos de maior complexidade.Esta é uma das propostas que asempresas portuguesas deixam aopoder executivo no recente estu-do sobre “Justiça Económica”,com o objectivo de tornar maisrápidas e eficazes as decisões ju-diciais e de colocar a justiça aoserviço da economia, uma dasexigências da ‘troika’.

Com mais um ano judicial acomeçar simbolicamente - a ce-rimónia de abertura decorre estatarde no Supremo Tribunal deJustiça (ver texto ao lado) -, asempresas vivem na expectativade que as reformas em curso pos-sam trazer nos próximos anosboas notícias para a actividadeeconómica. Mas as dúvidas de es-pecialistas, de alguns empresáriose de advogados são muitas, por-que o revisão do Código de Pro-cesso Civil e do modelo judiciárionão abarcam grande parte dasexigências das empresas. Nomea-damente, a criação de uma “sec-ção especializada para litigânciacomplexa”.

No estudo levado a cabo pelaFundação Francisco Manuel dosSantos e pela Associação Comer-cial de Lisboa, onde as empresasdão nota negativa ao funciona-mento da justiça, é sugerida aconversão de varas cíveis de Lis-boa e Porto numa secção especia-lizada para mega-processos eco-nómicos, onde a complexidadedos instrumentos financeiros emcausa justifica a intervenção deum juiz com formação e “voca-ção” específica em economia enegócios, tal como existe no mo-delo irlandês. “Esta secção dedi-car-se-ia a casos mais complexosescolhidos de acordo com o seuvalor, impacto económico e com-plexidade de facto e direito”, lê-se no documento. Nuno Garoupa,coordenador do estudo, diz aoDiário Económico que a ideia decriar um tribunal específico paraos litígios económico-financeiros

complexos “esteve em cima damesa” quando foi debatida a cria-ção dos tribunais da concorrênciae propriedade intelectual, tendosido abandonada por questões decompetência com os tribunais decomércio (ver entrevista em bai-xo). A escolha do juiz seria feitapor “recrutamento próprio”, ouseja, concurso em separado, e osmagistrados afectos à secção po-deriam variar tendo em conta avariação da litigância complexade acordo com a conjuntura eco-nómica. Isto é, se actualmente,em período de crise, os processosde maior complexidade podemestar relacionados com o incum-primento de operações de finan-ciamento ou de falências, no fu-turo, em períodos de pujançaeconómica, as acções mais com-plexas serão, por exemplo, as re-lacionadas com a execução deprojectos de valor avultado.“Existem litígios hiper-comple-xos que estão nas varas cíveis eque estariam melhor integradosnum tribunal especializado”, co-menta em declarações ao DiárioEconómico Nuno Líbano Montei-ro, da PLMJ, que lembra que, emParis, no Tribunal de Comércio, jáexiste esta especialização.

A morosidade da justiça e a de-mora na tomada de uma decisãojudicial continua a ser apontadacomo um dos principais proble-mas do sistema e responsável pelodescrédito dos operadores e a faltade confiança dos cidadãos. Asempresas confirmam que estamorosidade cria mais entraves àsua actividade e à economia doque os impostos e até a obtençãode crédito. Só mesmo a crise eco-nómico, afiançam, causa maispreocupação que o “mau funcio-namento da justiça”.

Em declarações ao Diário Eco-nómico, fonte oficial do Ministérioda Justiça descarta, contudo, estapossibilidade, lembrando que elanão está prevista no projecto dareorganização judiciária. Esta fon-te explica que o que “faz sentido”é que os tribunais que existem ac-tualmente dêem uma resposta rá-pida às solicitações das empresas.E acrescenta: “É essa a aposta donosso trabalho”. ■

Empresas queremtribunal para grandesconflitos económicosEmpresários entendem que mega-litígios deviam ser julgados por juízes comvocação económica. Ministério descarta sugestão. Arranca hoje ano judicial.

O advogado NunoLíbano Monteiro,defende que oscasos económicoscomplexos devemser julgados porpessoas comvocação nosnegócios.

Será a primeira vez que JoanaMarques Vidal, nomeada emOutubro como nova ProcuradoraGeral da República, falará numacerimónia de abertura do anojudicial. Em contrapartida,Noronha do Nascimento intervirápela última vez. O presidente doSupremo Tribunal de Justiçaatinge o limite de idade a 2 deDezembro e deverá abandonarantes o cargo.

1.Estreia da Procuradorae despedida de Noronha

NUNO GAROUPA

Investigador e coordenador do estudosobre “Justiça Económica”

“É preciso juízesespecializados emlitígios económicos”

Nuno Garoupa diz que 2013 aindanão será o ano em que a Justiçaestará ao serviço da economia.

Que tipo de conflitos complexosé que ficariam a cargo destetribunal especializado?Este tribunal já existe em Dublin e éum sistema em que os conflitoseconómicos complexos saem dostribunais comuns porque exige-seum maior conhecimentoeconómico. Estamos a falar degrandes negócios entre empresasou com o Estado em que oscontratos incluem instrumentosfinanceiros complexos, como‘project finance’. Ou de conflitos nocampo das PPP. Não temos juízesespecializados nestes grandesconflitos económicos e énecessário ter.É possível aplicar este sistemaem Portugal?Já esteve em cima da mesa acriação de um tribunal mas a ideiafoi abandonada. Basta reorganizaras varas cíveis de Lisboa e Porto,onde estão estes litígios.Vai ser este ano que a Justiçamuda e fica ao serviço daeconomia?Ainda não, os problemas vãocontinuar por muitos anos, emboraas reformas em curso tragamalgumas melhorias. Muitas daspropostas das empresas não têmacolhimento neste código deprocesso civil. I.D.B.

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TRÊS PERGUNTAS A...

A batalha judicialda empresa KyaiaA Kyaia, o maior grupo de calçadoportuguês, tem a correr notribunal um processo contra asempresas Seaside e Bianca hámais de dois anos por cópia demodelos da sua marca própria FlyLondon. Para Fortunato Frederico,presidente da Kyaia, a decisãojudicial é demasiado lenta, o queacaba por beneficiar osprevaricadores. “Os processosdeste género, que não implicamcrime, ofensas corporais, deviamter um julgamento rápido, quedemonstrasse que não vale apena copiar”, diz o empresário.Os custos do processo não sãorelevantes para o grupo Kyaia.O tempo perdido na justiça e osprejuízos que derivam da cópiados modelos tardam é a resolver-se. “A justiça tem de ser maisrápida para certo tipo de abusos,o tribunal deveria decidirrapidamente o valor daindemnização e obrigar a pagar”,salienta Fortunato Frederico. Parao empresário, a morosidade dajustiça é um problema para aactividade das empresas. S.S.P.

O QUE VAI MARCAR A ABERTURA

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Os magistrados do MinistérioPúblico estão a mobilizar-se paraaparecem hoje nas instalaçõesdo Supremo Tribunal de Justiça,onde decorre a cerimónia deabertura do ano judicial, vestidosde beca. Uma forma simbólicade protesto contra a formacomo o Governo está a consolidaras contas públicas. Na ópticados magistrados, violandoa Constituição.

2.Magistrados em protestocontra Governo

Marinho Pinto, bastonário daOrdem dos Advogados, quemantém há muito uma relaçãotensa e conflituosa com aministra da Justiça, será hojeo primeiro a discursar e fará, denovo, um discurso marcadamentepolítico e crítico para Governoe juízes. Marinho cumpreo último ano como bastonário.A campanha para eleiçõesna Ordem já está no terreno.

3.Marinho Pinto está de saídae voltará ao discurso político

43 1 A ministra da JustiçaPaula Teixeira da Cruz vaiimplementar este ano noterreno as principaisreformas na Justiça.2 O Face Oculta envolveArmando Vara e o sucateiroManuel Godinho emsuspeitas de crimes decorrupção e tráfico deinfluências. 3 O caso MonteBranco surgiu depois de tersido reconstruído o circuitofinanceiro entre gestoresde fortunas suíços e os seusclientes portugueses.4 O processo dascontrapartidas já esta emtribunal mas o negócio dossubmarinos, que envolvePaulo Portas, ainda estáem fase de investigação.C

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ico

Ministra diz que vai continuar asreformas em 2014. Magistradosprotestam contra Governo.

A elite da Justiça reúne-se estatarde no Supremo Tribunal deJustiça (STJ) para marcar aabertura de um novo ano judi-cial. Num dia que marca a es-treia da nova Procuradora Geralda República (PGR) nesta ceri-mónia e a despedida de Noronhado Nascimento, o Diário Econó-mico questionou o Ministério daJustiça sobre os desafios para2013. Fonte oficial do ministériode Paula Teixeira da Cruz admiteque este será um “ano decisivo”para a Justiça mas também re-conhece que a revolução não sefaz num ano.

Paula Teixeira da Cruz garante,ainda, que vai manter o espíritoreformista em 2014, ano em que asreformas serão voltadas para a“organização judiciária e os esta-tutos dos órgãos e profissões judi-ciárias”. Nomeadamente do Mi-nistério Público, que tem recla-mado mais autonomia.

“Muito embora uma reformada Justiça não se possa concre-tizar no período de um ano,2013 será um ano decisivo, coma aprovação de um novo enqua-dramento normativo que, deforma integrada, define a estru-tura judiciária e os estatutosprofissionais”, diz o Ministérioda Justiça, antecipando aqueleque será hoje o discurso de Pau-la Teixeira da Cruz, o segundoque faz numa cerimónia destasdesde que tomou posse.

“Em todo o caso”, reconheceo ministério, “2013 não esgotaeste processo reformista, que seprolongará no ano de 2014, coma instalação das estruturas noterreno”. Isto é, com a imple-mentação do Mapa Judiciário,que cria grandes instâncias dis-tritais e é visto - a par da revi-são do Código de Processo Civil- como as duas principais refor-mas. Tanto o Mapa Judiciário,como o novo Código estão noParlamento para aprovação efalta ainda definir em definitivoquantos tribunais serão encer-rados pelo país, uma medidaque está a causar grande polé-mica com os autarcas, em anode eleições locais.

A mensagem que Paula Tei-xeira da Cruz deixará hoje será ade que o Governo está a traba-lhar para cumprir as metas da‘troika, seja para acabar com

pendências, seja para colocar aJustiça ao serviço da economia.Paula Teixeira da Cruz enumeráas medidas tomadas no terreno.A ministra reconhece que as re-formas estão a ser trabalhadascom “prazos ambiciosos” mascom um calendário que permi-tirá aos operadores familiariza-rem-se.

Muitos operadores têm, con-tudo, criticado o ‘timing’ esco-lhido para a implementação doMapa Judiciário, com os juízes eos funcionários judiciais a aler-tarem para a possível ruptura ecaos nos tribunais caso a refor-me avance de uma só vez, comoé intenção de Paula Teixeira daCruz. O gabinete da ministra re-fere ainda que, em relação a al-guns estrangulamentos do sis-tema, estão a ser tomadas,“desde já”, medidas. “É o casodos trabalhos desenvolvidospelo grupo de acompanha-mento das pendências nas ac-ções executivas, que permitiujá concluir mais de 100 milprocessos e avaliar com deta-lhe o estado em que se encon-tram cerca de 700 mil proces-sos”, esclarece.

A cerimónia de abertura doano judicial ficará marcadaeste ano por um protesto dosmagistrados do Ministério Pú-blico, que vão aparecer vesti-dos de beca (vestuário típicoda profissão). O protesto, di-zem os procuradores, é contraas políticas de consolidaçãoorçamental do Governo, que“violam a Constituição”. Oano passado, tinha sido o bas-tonário da Ordem dos Advoga-dos a manifestar-se simboli-camente. O fim da crispaçãoentre as várias classes do siste-ma de justiça tem sido o prin-cipal ‘puxão-de-orelhas’ deCavaco nas sucessivas inter-venções que tem feito nestascerimónias. ■

“2013 será umano decisivopara a Justiça”

Aquelas que são tidas comoas duas principais reformasjá estão no Parlamento paraaprovação e farão parte,certamente, dos discursosque hoje serão feitos no STJ,nomeadamente do Presidenteda República e Ministra.O Código de Processo Civile o novo Mapa Judiciáriovão marcar o mundo judiciárioem 2013 e 2014.

4.Reformas estão paraaprovação no Parlamento

DO ANO JUDICIAL

Ministra vai hojeà cerimóniade abertura do anojudicial falar sobreas reformas em cursoe o impacto positivoque terão no sistemae na confiança dosportugueses.

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 9,56 x 6,90 cm²

Corte: 3 de 3ID: 45905784 30-01-2013

Empresas queremtribunal paragrandes conflitoseconómicosEmpresários entendem que os grandes litígios devemser julgados por juízes com vocação económica.Ministério da Justiça descarta a sugestão no momentoem que se inicia mais um ano judicial. ➥ P14

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 16,92 x 6,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45905777 30-01-2013

Novo código de Corporate Governance é mais flexívelO Instituto Português de CorporateGovernance (IPCG) apresenta hoje onovo Código de Governo das Socieda-des. A grande novidade é que se tratado primeiro código de boas práticasque é produzido pela sociedade civil.Até aqui era a Comissão de Mercadode Valores Mobiliários que o fazia.

Os reguladores, nomeadamentea CMVM, limitaram-se a analisar ocódigo e a confirmar que preenchiaos requisitos considerados neces-sários e suficientes, em termos deboas práticas de governo das socie-

dades. Segundo o Diário Económi-co soube trata-se de um códigomais flexível, leve e adaptável àsespecificidades de cada sociedade.

“Não é um fato tamanho único”,revela uma fonte ligada ao proces-so. “Cada sociedade tem liberdadede adaptar as boas práticas ao seumodelo de actividade, embora res-peitando o essencial, isto é, o Códi-go das Sociedades Comerciais”,acrescenta a mesma fonte. É umcódigo a que se chama, ‘soft law’,não substitui a lei. E refere-se mais

a recomendações ao nível da inde-pendência, ao nível de defesa dosminoritários, por exemplo.

Apesar de ainda não ser conhe-cida qualquer das novas regras quehoje são apresentadas, o presidentedo IPCG, Pedro Rebelo de Sousa,tem tornado públicas algumas daspreocupações do instituto. “O IPCGestá em conversações com a CMVMpara criar uma certificação de ges-tores, à semelhança do que já é feitono Brasil”, admitiu recentemente oadvogado. ■ M.T.A

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A26

Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 35

Cores: Cor

Área: 5,32 x 31,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45905641 30-01-2013

Revista gaulesaacusa Qatarde comprarMundial 2022“France Football” refere“Qatargate”. Platini ameaçarecorrer à justiça.

Milhão e meio de dólares équanto terá custado, em De-zembro de 2010, à candidaturado Qatar ao Mundial 2022 obteros votos de Issa Hayatou eJacques Anouma, ambos daConfederação Africana de Fute-bol, no sentido de que os qatarisfossem escolhidos para acolhera competição. A denúncia foifeita pela revista gaulesa “Fran-ce Football”, envolvendo aindao próprio Michel Platini, líder daUEFA, além do próprio NicolasSarkozy, então presidente fran-cês, que teria pedido ao dirigen-te para apoiar o Qatar por“questões geopolíticas”. Platininega, diz que o seu voto foi o deum “independente” e ameaça“recorrer à justiça”.

A publicação aponta queSarkozy e Platini se terão reuni-do, mais tarde, com o príncipeTamim bin Hamad Al Thani paraque o futebol francês tivessecontrapartidas e o resultado foia aquisição do PSG pela QatarInvestment Authority. Mais 1,25milhões de dólares teriam sidogastos pelos qataris para que osvotos dos africanos na ComissãoExecutiva da FIFA fossem asse-gurados. “É pura especulação”,reagiu Platini. “Crer que o meuvoto foi resultado de acordo en-tre os governos só descredibilizaquem escreve essas mentiras.Admito recorrer à justiça contraquem ponha em causa a minhaintegridade neste processo”,defendeu-se o líder da UEFA.

Não é a primeira vez quesurgem indícios de possível fa-vorecimento ao Qatar. Há doisanos, o ex-vice-presidente daFIFA, Jack Warner, referiu quequatro membros da ComissãoExecutiva teriam recebido cer-ca de 20 milhões de dólares emtroca dos votos: o camaronêsIssa Hayatou, o paraguaio Ni-colas Leoz, o argentino JulioGrondona e o guatemaltecoRafael Salguero. Resultado:Warner foi acusado de corrup-ção e demitiu-se. ■

“France Football”promete divulgarnovos dados que,alegadamente,incriminamdirigentes. Platinidiz que vai processarquem o denegrir. Página 26

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Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 27,57 x 30,82 cm²

Corte: 1 de 3ID: 45925872 31-01-2013

Presidente do STJ critica reorganização dos tribunais feita pelo actual Governo

Foi com um discurso crítico e reple-

to de mensagens subtis que o pre-

sidente do Supremo Tribunal de

Justiça (STJ), Noronha Nascimento,

falou na sua última sessão solene de

abertura do ano judicial, realizada

ontem em Lisboa. O modelo de re-

organização dos tribunais proposto

pelo Governo de Passos Coelho, par-

te do qual já está em discussão no

Parlamento, mereceu fortes críticas

do presidente do STJ, que lamentou

que o actual executivo tenha troca-

do “o certo pelo incerto”.

Lembrando que o anterior Gover-

no já tinha avançado com um mode-

lo para o novo mapa dos tribunais,

com o lançamento de três comarcas-

piloto, Noronha Nascimento lamen-

ta que o actual executivo tenha “mu-

dado o paradigma”. E tenha optado

por instalar na gestão das comarcas

um “sistema híbrido” que se centra

numa liderança tricéfala — juiz pre-

sidente, procurador coordenador e

administrador da comarca.

“A lei de 2008 defi nia uma lideran-

ça bastante clara: o líder da comarca

era o juiz designado pelo Conselho

Superior da Magistratura, a quem

reportava os problemas surgidos”,

defendeu Noronha Nascimento. E

acrescentou: “Este sistema funcio-

nou bastante bem nas três comarcas

experimentais e o corolário lógico

era o seu alargamento ao conjunto

do território.”

Lamentando que no modelo

agora em discussão o administra-

dor judiciário tenha competências

próprias, o presidente do Supremo

argumenta que tal constitui “uma

distorção a um modelo transparente

de liderança”. E avisa: “Corremos o

risco de a prática nos surpreender

com uma gestão paralela de três pes-

soas, com competências, porven-

tura, confl ituantes em certas área

e com o administrador — ligado ao

ministério — a decidir quais os be-

nefi ciários dos parques, espaços e

equipamentos que podem funcionar

como pressupostos do exercício de

uma função que tem que ser inde-

pendente.”

Noronha de Nascimento não concorda com o novo modelo de organização do tribunais, preferindo antes que fosse desenvolvido o do Governo de Sócrates

JustiçaMariana Oliveira

Antes de Noronha Nascimento já a

nova procuradora-geral da Repúbli-

ca, Joana Marques Vidal, tinha falado

sobre este tema, curiosamente para

sublinhar que o novo modelo de ges-

tão das comarcas deve “consagrar

uma maior e mais clara participação

do Ministério Público no modelo de

gestão das futuras comarcas”.

Joana Marques Vidal ainda refor-

çou a importância do “princípio da

autonomia enquanto corolário da

independência dos tribunais e do

funcionamento do Estado de direito

democrático”, recusando a hipótese

de o Ministério Público depender do

executivo. “Como igualmente me

mantenho afastada dos que, por

qualquer forma, advogam a possi-

bilidade de limitar a autonomia des-

ta magistratura, atribuindo àquele

princípio, falaciosa e erradamente, a

causa do mau funcionamento da Jus-

tiça”, vincou Joana Marques Vidal.

A magistrada admitiu “sinais de

menor efi ciência e demasiada mo-

rosidade” e defendeu que se deve

investir na formação especializada

de procuradores e juízes, além de

incentivar o trabalho em equipa.

“Há igualmente que repensar a li-

gação entre os departamentos de

Investigação e Acção Penal [que

investigam os casos mais graves de

cada comarca] e o Departamento

Central de Investigação e Acção

Penal [que investiga os casos mais

complexo do país], numa tentativa

de planeamento de trabalho que,

redefi nindo competência próprias

de cada um dos departamentos e

conjugando sinergias, consiga po-

tenciar as respectivas capacidades

no exercício da luta contra a crimi-

nalidade”, realçou.

Cavaco pede equidadeO Presidente da República, Cavaco

Silva, insistiu, por seu lado, na ne-

cessidade de não descurar os prin-

cípios da justiça e da equidade nos

sacrifícios que são pedidos aos por-

tugueses num tempo que classifi cou

“de trabalho árduo”.

Até porque, justifi cou, “quanto

maior é a dimensão dos sacrifícios

exigidos, maior tem de ser a preocu-

pação de justiça na sua repartição”.

O Presidente explicaria, de seguida,

Procuradores protestaram com a presença

A sessão de ontem teve uma afluência anómala de magistrados e advogados. Muitos procuradores

foram ao Supremo Tribunal de Justiça, por sugestão do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, para protestar contra a forma como o Governo tem reequilibrado as contas públicas, contra a dificuldade crescente no acesso à Justiça, contra a desorganização de muitos serviços, contra a sucessão de reformas legislativas... Mas esta não foi a única particularidade da sessão de abertura do ano judicial deste ano, que foi a primeira da procuradora-geral

da República, Joana Marques Vidal, e a última do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento. E esta pode ser apenas a primeira de duas sessões solenes a comemorar o início do ano judicial em 2013. É que, se for aprovada uma nova lei, a da organização do sistema judiciário, a comemoração de abertura deverá passar para Setembro, após mês e meio das férias judiciais de Verão, o real início do ano judicial. Se assim for, Marinho e Pinto, que termina o mandato como bastonário dos Advogados no final do ano, ainda terá direito a mais um discurso. M.O.

que só o respeito pelos princípios da

justiça e da equidade pode garantir

a necessária “coesão nacional”, que

classifi cou de “valor supremo”.

“Ao contribuir para a garantia da

coesão social e da coesão interge-

racional, a Justiça é um factor de-

terminante de estabilidade e de paz

social”, frisou o Presidente.

Assinalando que o actual Governo

tem feito um “esforço assinalável”

para responder às mudanças na

área da Justiça que tinham de ocor-

rer devido à conjuntura económico-

fi nanceira, Cavaco sublinhou que o

sistema judicial é o garante da au-

toridade do Estado e que este deve

“assegurar o efectivo exercício de

todos os direitos dos cidadãos”.

Na sua intervenção, o Presidente

falou ainda nas consequências eco-

nómicas de uma Justiça lenta. “Na

conjuntura actual, mais do que nun-

ca, a Justiça deve primar pela efi ci-

ência e pela celeridade na resolução

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 27,41 x 30,32 cm²

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6É o número de meses que, segundo a PGR, o Ministério Público demorou em média em 2012 a investigar inquéritos de pequena e média criminalidade. O prazo legal são oito meses.

NUNO FERREIRA SANTOS

Joana M. Vidal, Marinho e Pinto, Cavaco Silva e Noronha de Nascimento: a nova PGR estreou-se, o presidente do Supremo termina o seu ciclo

“um acto de terrorismo de Estado”.

“Quando um juiz de direito emite

um mandado de busca em branco

quanto ao seu objecto, ou seja, uma

ordem para apreender todos os do-

cumentos e objectos que se encon-

trem no escritório de um advoga-

do e que possam constituir prova

contra os seus clientes, incluindo

os computadores pessoais e profi s-

sionais do advogado, isto é um acto

de terrorismo de Estado”, afi rmou.

E logo depois fez uma advertência

aos advogados: “Retirem dos vossos

escritórios quaisquer documentos

ou objectos que possam incriminar

os vossos clientes, pois correm o ris-

co de um juiz ir lá apreendê-los para

os entregar à acusação.”

O Governo foi o primeiro alvo do

bastonário, que acusou o executi-

vo liderado por Passos Coelho de

insensibilidade, de ter uma agenda

ideológica oculta e de levar a uma

política que passa pela “aniquilação

dos direitos de quem vive só do seu

trabalho” e pela “destruição do Es-

tado social”. “[É ] um ajuste de con-

tas com os valores e conquistas mais

emblemáticas da revolução do 25 de

Abril”, realçou.

Denunciou ainda a “fraude em

que se consubstanciam certas pre-

tensas formas de justiça”. “A justi-

ça faz-se nos tribunais com juízes

e advogados independentes e com

procuradores e não em centros de

mediação ou julgados de paz”, afi r-

mou Marinho e Pinto.

O bastonário alongou-se ainda a

denunciar o “negócio” das arbitra-

gens em Portugal. “O Estado tem

a obrigação de resolver soberana-

mente os litígios entre empresas e

não remetê-las para essa gigantesca

farsa que são chamados ‘tribunais

arbitrais’, que em muitos casos não

passam de meros instrumentos para

legitimar verdadeiros actos de cor-

rupção”, sublinhou. E acrescentou:

“Finge-se uma divergência ou outro

pretexto qualquer como um atraso

no pagamento do infl acionado pre-

ço para que o caso vá parar ao di-

to tribunal.” Qual será a decisão de

um tribunal “em que os juízes foram

substituídos por advogados escolhi-

dos e pagos — principescamente,

aliás — pelo corrupto e pelo corrup-

tor?”, perguntou. E, logo em seguida,

respondeu: “É óbvio que proferirá

a sentença pretendida por ambos e

obrigará o Estado ao cumprimento

integral da prestação que o corrupto

e o corruptor haviam acordado entre

si”. Uma forma encapotada, disse, de

“prejudicar o próprio Estado”. com Rita Brandão Guerra

Paula Teixeira da Cruz anunciou on-

tem que o Ministério da Justiça já ad-

quiriu à Câmara de Lisboa o antigo

Tribunal da Boa-Hora, um edifício

considerado “simbólico” por muitos

profi ssionais forenses que, em 2009,

se mobilizaram para evitar que fos-

se transformado num hotel de luxo.

Contactada pelo PÚBLICO, a Secre-

taria de Estado da Administração Pa-

trimonial e Equipamentos da Justiça

precisou que o edifício, um antigo

convento na Baixa de Lisboa que al-

bergou durante décadas o principal

tribunal criminal da capital, custou

5,9 milhões de euros.

No discurso de abertura do ano

judicial, a ministra explicou que o

contrato que devolve à Justiça o an-

tigo tribunal foi assinado ontem com

o município lisboeta. Adiantou que

pretende instalar no edifício o Centro

de Estudos Judiciários, organismo

encarregado da formação dos magis-

trados e o futuro Museu do Judiciário.

Boa-Hora regressa à Justiça por 5,9 milhões de euros

“Estou em condições de anunciar

que, por despacho do senhor primei-

ro-ministro da tarde de ontem [terça-

feira], e concluindo um processo lon-

go que envolveu a Câmara de Lisboa

e o Ministério das Finanças, o antigo

Tribunal da Boa-Hora foi fi nalmente

devolvido” à Justiça, disse a ministra.

Mais tarde, o secretário de Esta-

do da Administração Patrimonial e

Equipamentos da Justiça, Fernando

Santo, adiantou que o ministério fe-

chou as contas do ano passado com

um saldo positivo superior a 36 mi-

lhões de euros, parte dos quais deve-

rão ser utilizados para a remodelação

da Boa-Hora. Em breve vão avançar

as obras no edifício para não permitir

o agravamento do nível de degrada-

ção do antigo convento. Depois será

realizado o projecto de remodelação

e o concurso público para adjudicar a

intervenção. Fernando Santo acredi-

ta que ainda será possível começar a

reabilitação do edifício este ano.

O QUE ELES DIZEM

“Mantenho-me afastada dos que advogam a possibilidade de limitar a autonomia desta magistratura, atribuindo àquele princípio, falaciosa e erradamente, a causa do mau funcionamento da Justiça” Joana Marques VidalProcuradora-geral da República

“Ao contribuir para a garantia da coesão social e da coesão intergeracional, a Justiça é um factor determinante de estabilidade e de paz social”

Cavaco SilvaPresidente da República

“Todo o sector da Justiça tem de ser ponderado à luz de novos critérios de exigência”Paula Teixeira da Cruz Ministra da Justiça

A ministra da Justiça anunciou ontem

o lançamento do Plano Nacional para

a Reabilitação e Reinserção dos re-

clusos que vigorará até 2015. A ideia

é apostar em programas de ensino

e formação, trabalho e projectos de

cultura e desporto nas cadeias, con-

certando a intervenção dos diversos

sectores do Estado e da sociedade ci-

vil nesta área, apostando, por exem-

plo, numa ligação forte às empresas.

Paula Teixeira da Cruz adiantou

que o plano vai ser apresentado

“muito em breve” a todos os parcei-

ros e depois de “consensualizado”

será votado, em forma de resolução,

no Conselho de Ministros.

“Tem como principal objectivo a

melhoria das condições de reinser-

ção social dos reclusos, apostando de

uma forma inequívoca na vertente

da reabilitação como principal meio

de alteração de comportamentos e

condutas delituosas”, justifi cou a go-

vernante. E falou da “perspectiva de

Ministra quer acção concertada na reinserção dos reclusos

partilha, de co-responsabilização e de

responsabilidade social” dos diversos

sectores do Estado e da sociedade.

O plano assentará numa estratégia

estruturada em três princípios funda-

mentais: o princípio da reabilitação

do comportamento criminal, o prin-

cípio da reinserção e responsabilida-

de social, e o princípio da sustenta-

bilidade do sistema de execução de

penas e medidas. Paula Teixeira da

Cruz acredita que o plano permitirá

uma actuação concertada entre insti-

tuições e promover o diálogo, optimi-

zando os recursos a envolver. No fun-

do, tornará “mais dinâmica, célere e

efi caz” a actuação das instituições.

“O primeiro rosto desta aproximação

serão os guardas prisionais que, hoje,

com formação em direitos humanos,

são quem começa por apostar no

ensino de várias profi ssões”, acres-

centou a ministra. Ao mesmo tempo,

pretende-se apostar “fortemente” na

ligação às empresas.

dos litígios com incidência económi-

ca. Dessa forma, o sistema judicial

prestará um contributo imprescin-

dível para a melhoria do clima de

confi ança e para o crescimento da

nossa economia”, afi rmou.

Também a ministra da Justiça,

Paula Teixeira da Cruz, falou dos

efeitos da crise na Justiça, no entan-

to, noutra perspectiva. “Todo o sec-

tor da Justiça tem de ser ponderado

à luz de novos critérios de exigên-

cia”, referiu. A ministra sublinhou

que as reformas da Justiça “devem

estar acima de disputas descontex-

tualizadas e não podem ser usadas

como armas de arremesso político-

partidário”, nem estar subjugadas a

“interesses sectoriais ou locais”.

Como é habitual o discurso do

bastonário da Ordem dos Advoga-

dos, António Marinho e Pinto, foi

o mais infl amado, tendo o respon-

sável acusado alguns juízes de to-

marem decisões que constituem

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Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Cores: Preto e Branco

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Foi com um discurso crítico e repleto de mensagens subtis que Noronha Nascimento falou na sua última sessão solene de abertura do ano judicial p4/5

Presidente do Supremo critica novo modelo dos tribunais

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Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 10,34 x 29,76 cm²

Corte: 1 de 1ID: 45926062 31-01-2013

O juiz espanhol que está a instruir

o caso de corrupção da Fundação

Nóos, a que presidia Iñaki Urdanga-

rin, genro do rei Juan Carlos, impôs

uma fi ança de 8,2 milhões de euros

ao duque de Palma e ao ex-sócio,

Diego Torres, que terá de ser paga

dentro de cinco dias. Caso contrário,

o tribunal procederá à penhora dos

seus bens.

Trata-se de uma fi ança de respon-

sabilidade civil, que terá de ser paga

por ambos de forma solidária — não

importa com quanto contribui cada

um. O objectivo, explica o El País, é

responder aos alegados danos pa-

trimoniais causados às fi nanças pú-

blicas pela actividade da Fundação

Nóos.

Dirigida por Urdangarin, que é ca-

sado com a infanta Cristina, e Torres,

esta organização criada em 2003,

apresentava-se como sem fi ns lucra-

tivos, e tinha por objectivos organi-

zar e promover eventos turísticos e

desportivos, fazendo contratos com

o poder local e autonómico. Mas, de

acordo com o acórdão do juiz instru-

tor José Castro, “o seu objectivo foi

apenas desviar fundos públicos em

benefício próprio ou de outros”. O

dinheiro que lhe era entregue, re-

velou a investigação, era canalizado

para empresas de Torres e Urdanga-

rin ou a eles ligadas, como a Aizoon

Fiança de 8,2 milhões imposta ao genro do rei e ao seu ex-sócio

— propriedade do genro do rei de

Espanha e da sua mulher, a infanta

Cristina.

O montante da fi ança foi calcula-

do a pensar nos contratos no valor

de seis milhões de euros que a Fun-

dação Nóos estabeleceu com a Co-

munidade Valenciana e o Governo

das Baleares, ambos dirigidos pelo

Partido Popular. Os responsáveis po-

líticos baleares e valencianos, aliás,

“são merecedores da mais intensa

repreensão ética e jurídica, pois te-

rão quebrado o dever que lhes cabe

de correcta gestão dos fundos pú-

blicos que lhes foram confi ados”,

escreve o juiz Castro.

Houve “actividade delinquente

premeditada”, diz o juiz instrutor

do processo Nóos. Urdangarin e Tor-

res poderão vir a ser considerados

autores de delitos continuados de

falsifi cação de documentos ofi ciais e

comerciais, de prevaricação, de mau

uso de fundos públicos e de fraude

contra a administração pública. O

duque de Palma, cujas fi nanças co-

meçaram a ser investigadas, pode vir

ainda a ser acusado de três crimes

contra a Fazenda Pública.

O caso de Urdangarin rebentou há

um ano, e assim se soube que Juan

Carlos lhe ordenou que se afastasse

da Nóos em 2006, mas que ele con-

tinuou ligado a esta fundação frau-

dulenta. A Casa Real tem cortado

relações ofi ciais com ele. No fi m-de-

semana, apagou-o do site ofi cial.

Mas se a infanta Cristina tem si-

do poupada até agora na investiga-

ção das actividades de Urdangarin,

Diego Torres tem tentado envolver

o Palácio da Zarzuela. Na semana

passada, conseguiu ligar ao caso o

secretário das infantas, Carlos Gar-

cía Revenga — que foi tesoureiro da

Fundação Nóos e, segundo emails

revelados por Torres, foi também

um conselheiro muito escutado por

Urdangarin.

García Revenga defendeu a sua

inocência, mas foi chamado tam-

bém a depor pelo juiz, que quer

saber qual o cargo que ocupava na

Fundação Nóos, e sobre a suposta

trama de fraude e corrupção que lá

se passava. Irá prestar declarações

a 23 de Fevereiro — horas depois de

Urdangarin, que irá depor também

nesse dia.

Entretanto, indignados com o

comportamento do duque de Palma,

os habitantes de Palma de Maiorca

reclamaram a mudança de nome da

Rua dos Duques de Palma. O ayun-

tamento deu a conhecer a decisão à

Casa Real, invocando “indignação

popular”.

EspanhaClara Barata

Iñaki Urdangarin esteve à frente da Fundação Nóos e é acusado de desviar fundos públicos para empresas suas ou ligadas a ele

Iñaki Urdangarin volta a depor a 23 de Fevereiro Página 30

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Tiragem: 9000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Regional

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Cores: Cor

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Carlos Lopes, vereador (PS) da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos (CMFV) e ex-deputado à Assembleia da República, foi condenado, esta semana, a 11 anos de prisão, sob a acusação de autoria de crimes de corrupção passiva (15) e de peculato (dois), apurou o “Campeão”.

O arguido, que irá interpor recurso, tinha sido absolvido, há 14 meses, mas houve lugar à repetição da audiência de julgamento. A condenação foi decretada pelo Tribunal da Sertã e a decisão absolutória tinha sido proferida, em Novembro

de 2011, pelo de Figueiró dos Vinhos.

Pedro Miguel Lopes, re-centemente indigitado como candidato socialista à liderança da CMFV (irmão de Carlos Al-berto), foi punido com 60 meses de cadeia, tendo sido ordenada a suspensão da execução da pena.

O processo, em que foi deduzida acusação pelo Depar-tamento Central de Investigação e Acção Penal (Ministério Públi-co) ao abrigo de um inquérito aberto pela Policia Judiciária, remonta a 2005 e incidia sobre alegadas situações de financia-

-

do suposto desvio de fundos da edilidade para a campanha eleitoral autárquica do PS) e em

Na base da peça acusatória está uma investigação à campa-nha para as penúltimas eleições autárquicas, ocasião em que o socialista Fernando Manata perdeu a presidência da CMFV para Rui Silva (PSD).

financeiro da candidatura de Manata, foi punido com 54 meses de cadeia e houve lugar, igualmente, a suspensão da execução da pena. Carlos Lopes,

que chefiou o gabinete de apoio pessoal do outrora governador civil de Leiria José Humberto Paiva de Carvalho, foi deputado à Assembleia da República (AR) e dirigiu uma divisão camarária em Figueiró dos Vinhos.

Manata, que liderou a CMFV entre 1990 e 2005, demarcou-se do camarada, em meados de 2009, sem o hostili-zar, tendo invocado que discor-dava da candidatura de Lopes à presidência da autarquia em eventual acumulação, naquele ano, com a inclusão na lista de candidatos a deputados do PS ao Parlamento (AR).

Figueiró dos Vinhos

Carlos Lopes condenado a 11 anos de prisão

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Âmbito: Regional

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Vereador de Figueiródos Vinhos condenado

a 11 anos de prisãoCarlos Lopes, vereador (PS) da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos (CMFV) e ex-deputado à Assem-bleia da República, foi condenado, esta semana, a 11 anos de prisão, sob a acusação de autoria de crimes de corrupção passiva (15) e de peculato (dois), apu-rou o “Campeão”.

Punido por corrupção passiva e peculato, arguido irá recorrer

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Tiragem: 94116

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Acossado por denúncias de corrupção no PP, Rajoy mantém o silêncio

A investigação sobre as contas do ex-tesoureiro do PP espanhol Luis Bárcenas está a revelar uma contabilidade paralela, que terá dado o benefício de um ordenado extra aos dirigentes populares

MARCELO DEL POZO/REUTERS

Mariano Rajoy, Dolores Cospedal, Javier Arenas, Esteban González Pons e Carlos Floriano no congresso do Partido Popular de 2012

Desde 1997, quando José María Aznar

era presidente do Partido Popular

(PP) espanhol e um ano depois de ter

chegado ao Governo, os mais altos

dirigentes do grande partido da di-

reita recebiam um salário extra, que

não fi cava registado na contabilida-

de ofi cial do partido. Mariano Rajoy,

hoje primeiro-ministro, seria um dos

benefi ciários deste sistema, alimen-

tado por doações de empresários,

sobretudo da construção civil.

Rajoy recebeu 25,200 euros anuais

durante 11 anos, segundo documen-

tos dos ex-tesoureiros do PP Álvaro

Lapuerta e Luis Bárcenas, publica-

dos ontem pelo El País, que deixa-

ram a oposição em coro a reclamar

explicações ao primeiro-ministro. “O

primeiro-ministro tem de responder

se recebeu dinheiro extra. Não é uma

pergunta difícil nem de resposta lon-

ga. A situação está a tornar-se insu-

portável para os muitos cidadãos a

quem o Governo está a pedir esfor-

ços”, desafi ou o líder do PSOE (socia-

lista), Alfredo Perez Rubalcaba.

Rajoy convocou para sábado um

comité extraordinário do partido, o

órgão máximo da direcção, assumin-

do a gravidade da situação. Mas até

agora recusou comentá-la.

Do lado do Partido Popular, nega-

se a veracidade do que o El País diz

ser uma contabilidade paralela que

durante 20 anos vigorou no PP. “Es-

tes documentos não correspondem

à contabilidade do PP”, declarou a

secretária-geral desta formação, Do-

lores Cospedal. “Só há uma contabi-

lidade, clara e transparente, e que to-

dos os anos foi submetida à auditoria

do Tribunal de Contas.”

Mas as auditorias do Tribunal de

Contas espanhol aos partidos já fo-

ram alvo de alertas pelo Conselho da

Europa, sublinha o El País — jornal a

quem a Dolores Cospedal não deu

voz na conferência de imprensa con-

vocada para comentar as notícias pu-

blicadas, denunciou o director deste

jornal, Javier Moreno, no Twitter.

O Conselho da Europa já antes

denunciara as más práticas dos par-

tidos espanhóis, a opacidade das fi -

nanças das suas organizações locais,

os fi nanciamentos provenientes de

fundações e a incapacidade de o Tri-

bunal de Contas fazer uma fi scaliza-

Mundo —, como por outras acções

suspeitas no PP. Recentemente vie-

ram a lume as contas na Suíça, on-

de chegou a ter mais de 22 milhões

de euros. Ontem, o El País revelou o

que diz serem documentos da con-

tabilidade oculta do PP, em que era

anotado o que recebiam os dirigentes

por debaixo da mesa.

De acordo com os documentos

divulgados pelo El País, Rajoy era

um dos benefi ciários, mas muitos

outros nomes constam da lista. Por

exemplo, Dolores de Cospedal (ac-

tual secretária-geral do PP), Rodrigo

Rato (foi vice-secretário-geral), Javier

Arenas (ex-presidente do PP da An-

daluzia, ex-secretario-geral do PP e

hoje vice-secretário para a Política

Autonómica, ou Ana Palacio, ex-mi-

nistra de Exteriores.

Este dinheiro não era declarado,

pois era considerado despesas de

representação. Isto nunca seria um

delito fi scal, explica o El País, porque

as somas que os dirigentes recebiam

eram inferiores a 120 mil euros por

ano. O dinheiro viria de empresas

de construção civil e de segurança e

surgem também empresários relacio-

nados com o “caso Gürtel”. Todos ne-

gam ao El País, no entanto, ter entre-

gue dinheiro ao tesoureiro do PP.

Bárcenas emitiu ontem um co-

municado em que nega ter havido

contabilidade paralela na sua gestão

ou que fossem pagos salários extras

a membros da direcção do PP. Mas

o El Mundo, o primeiro jornal a pu-

blicar artigos sobre a contabilidade

paralela do PP, garante que “cinco

fontes diferentes confi rmaram o que

Bárcenas relata nos bastidores”. Uma

das teorias no PP, dizem o El País e

o El Mundo, é que Bárcenas, que se

sente abandonado pelo partido, co-

meçou a falar para obrigar Rajoy a

protegê-lo da justiça.

EspanhaClara Barata

Uma das teorias no PP diz que o ex-tesoureiro Luis Bárcenas começou a falar para obrigar o primeiro-ministro a protegê-lo da justiça

ção efectiva, porque não pode cruzar

dados com a Agência Tributária nem

podia, até há três meses, cruzar in-

formações com o Banco de Espanha.

Além disso, analisa as contas dos par-

tidos com seis anos de atraso.

A ramifi cação GürtelAs suspeitas que agora estão a de-

sabar sobre o PP estão relacionadas

com a extensa trama de corrupção e

enriquecimento ilícito do “caso Gür-

tel”, que começou a ser investigada

pelo juiz Baltasar Garzón e envolveu

quatro comunidades autónomas go-

vernadas pelo PP. Da investigação

Gürtel acabou por sair um outro ra-

mo, que é o caso de Luis Bárcenas:

o do ex-tesoureiro do PP que sempre

trabalhou no “coração económico do

partido”, até 2009. Demitiu-se en-

tão, depois de ser implicado no “caso

Gürtel”, através do empresário Fran-

cisco Correa, que tinha uma rede de

empresas com as quais fi nanciava os

actos eleitorais do PP.

Em 2010, o próprio Bárcenas en-

tregou o cartão de militante do PP

e desde então está a ser investigado

não só pelas suas ligações à rede de

Correa — surgia na contabilidade

paralela do empresário como “Luís

el cabrón”, relatam o El País e o El

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1. O escândalo Bárcenas é o

ingrediente que faltava para

completar o cocktail explosivo

em que a Espanha está sentada,

pois – justa ou injustamente –

põe em causa o presidente do

Governo, Mariano Rajoy, com

consequências desconhecidas.

Abre-se um horizonte de

incerteza.

Na Espanha entrecruzam-

se várias crises: uma recessão

económica de que não se

vislumbra o fi m; a derrapagem

independentista da Catalunha;

o desgaste do modelo das

autonomias, que deixaram de ter

meios fi nanceiros para suportar

o custo das suas competências, o

que põe em causa a organização

territorial da Constituição de 1978;

enfi m, o crescente desprestígio

da política e a mancha que,

entretanto, caiu sobre a Coroa – o

“caso Urdangarín”.

Resumia o El País a 12 de

Janeiro, com base num inquérito

publicado nesse dia: “Rajoy

em queda livre num momento

crítico.” Não se referia então

ao escândalo Bárcenas, mas à

crescente degradação do clima

político e à erosão da credibilidade

dos partidos. Confrontado com

escolhas cruciais, o Partido

Popular merece a confi ança de

cada vez menos cidadãos. Perdeu

15 pontos num ano de governo. O

problema é que o PSOE, principal

partido da oposição, não sobe

nas sondagens, pelo contrário,

tem ainda menos crédito do que

o PP. O seu actual líder, Pérez

Rubalcaba, que tinha boa cotação

quando era ministro, começou a

cair quando assumiu a liderança

do Partido Socialista. Mais do que

as pessoas, a desconfi ança atinge

as instituições, neste caso os

partidos.

“Todas as instituições que

constituem a trama dos poderes

constituídos navegam entre

o mais profundo descrédito

e a sistemática impotência”,

observou o polítólogo catalão

Joan Subirats. É um clima propício

para a aventura da “política

extraparlamentar”.

2. Aquele mesmo inquérito,

Barómetro Metroscopia, colocava

o problema da corrupção como

uma das razões aparentes da

perda de confi ança nos partidos:

95% dos inquiridos acusavam os

partidos de tender a ocultar e

proteger os militantes corruptos,

em vez de os denunciar ou punir.

El País fazia uma observação. O

Índice de Percepção da Corrupção

(Transparency International)

coloca a Espanha entre os países

com baixo nível de corrupção

– sem comparação com a Itália –

mas um dos mais preocupados

com a corrupção.

“Não há tanta corrupção como

parece, mas há casos sufi cientes”

para alimentar a suspeição:

63% pensam que a corrupção

política cresceu nos últimos anos.

Tem havido mediatizadíssimos

escândalos, do governo

valenciano (PP) à Convergência

e União da Catalunha, passando

por incontáveis casos de

enriquecimento ilícito. O

fi nanciamento ilegal dos partidos

é apontado como um fl agelo.

A lei de fi nanciamento público

dos partidos foi criada para

erradicar a corrupção. Mas,

décadas passadas, verifi ca-se que

falhou – nas regiões e no Estado.

Na prática, a lei confi ou num

ilusório sistema de auto-regulação

partidária. Mas os partidos não

se auto-regeneram sem coacção

externa, dizem politólogos.

No entanto – segundo o mesmo

inquérito – a suprema razão da

desconfi ança tem a ver com a

difi culdade de resposta à crise

económica. “A conclusão é

que 88% reprovam aos actuais

partidos zelarem pelos seus

interesses e problemas e não

pelos da sociedade.” Se 86%

dos inquiridos exigiam “um

grande pacto nacional” para

enfrentar a crise económica”, 76%

mostravam-se cépticos quanto à

sua possibilidade. “Os partidos

criam mais problemas do que

os que resolvem” é uma queixa

largamente partilhada. Aqui, os

partidos são punidos pela sua

inacção e inefi cácia.

3. Se é assustador o “puzzle das

crises espanholas”, fatal será a

generalização do descrédito dos

políticos, o salto para o descrédito

da política, o principal problema

espanhol, na opinião do fi lósofo

basco Daniel Innerarity.

“A própria expressão ‘classe

política’ encerra já uma

desafeição, alude a uma distância,

a uma falta de coincidência

entre os seus interesses e os

nossos. (...) Uma boa parte da

desafeição política tem origem

num erro de percepção. Em

qualquer democracia sólida há

uma multidão de representantes

políticos que fazem honradamente

o seu trabalho, mas só é notícia

a corrupção de alguns.” Só há

uma coisa pior do que a “má

política”, conclui Innerarity. “É

a sua ausência, a mentalidade

antipolítica. Num mundo sem

política, economizaríamos

alguns ordenados e alguns

espectáculos indecorosos, mas

perderíamos a representação dos

nossos interesses e aspirações de

igualdade que não temos outro

modo de fazer valer.”

O escândalo Bárcenas tem

neste contexto um papel de

detonador. Não está apenas em

causa a credibilidade dos políticos

e da política, mas a autoridade

do Governo e a credibilidade do

Estado.

Rajoy tem muito pouco tempo

para esclarecer as acusações,

sob risco de implosão do sistema

político, numa reacção em cadeia

das muitas crises de Espanha. A

última coisa que poderá fazer será

mentir. Seria o terramoto.

Na iminência de um terramoto político

ComentárioJorge Almeida Fernandes

A generalização do descrédito dos políticos é o principal problema espanhol. O “caso Bárcenas” põe em causa a autoridade do Estado

Urdangarín pode perder título

Pedido da Câmara de Palma de Maiorca ao Rei

Foi bom, durante uns anos, ter um duque e uma duquesa de Palma de Maiorca. Mas agora que o genro do Rei de

Espanha é um homem acusado de corrupção e enriquecimento ilícito, a câmara desta cidade (a principal da ilha mediterrânica de Maiorca) pediu ao Rei Juan Carlos que lhe retire o título. Já a sua mulher, a infanta Cristina, pode continuar a ser a duquesa de Palma, sublinha o pedido. O apelo surge uma semana depois de o assunto ter sido discutido em reunião camarária, e aprovado. O Partido Popular (PP, no Governo de Palma e de

Espanha), que primeiro votara contra, mudou de ideias e avançou com o pedido. O porta-voz municipal, Julio Martínez, explicou à imprensa que Iñaki Urdangarín, o genro do Rei, deu “mau uso” ao nome da ilha (onde se situa o Palácio de Marivent, a residência oficial de férias dos monarcas espanhóis) e, por isso, deve deixar de usá-lo para que o nome Palma não seja associado a “corrupção”. O município deixou a decisão à Casa Real, porque só ela a pode tomar. Mas aprovou outra, que foi retirar o nome Duques de Palma a uma das avenidas centrais da cidade.

33milhões de euros foi quanto o PP recebeu em donativos de 1999 a 2007, dez vezes mais do que o PSOE, embora nem tudo tenha ficado registado, diz o El País

200mil euros anuais era o salário de Luis Bárcenas, o tesoureiro do PP – mais do que ganhavam o próprio presidente ou o secretário-geral do partido

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Diário El País revela que o chefe do Governo e altos dirigentes do PP recebiam dinheiro de construtoras há vários anos p22/23

Rajoy implicadoem suspeitas de corrupção

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Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

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Tiragem: 154475

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MUNDO

A alegada contabilidade paralelado partido popular (PP), entre1990 e 2008, está a ser um durogolpe para os conservadores e aabanar os alicerces do governo es-panhol. O El País publicou ontemum conjunto de cadernos manus-critos, da autoria dos dois ex-te-soureiros do partido Luis Bárcenase Álvaro Lapuerta, que ganha cadavez mais contornos de um esque-ma de financiamento ilegal do PP.Os documentos registam entradasde fundos, com o nome de váriosempresários, e alegados paga-mentos extra a dirigentes do PP –entre os quais está o primeiro-mi-nistro Mariano Rajoy, o ex-minis-tro das Finanças, Rodrigo Rato, eum J.M., que o jornal identificacomo José Maria Aznar.

“A única intenção desta pre-tensa informação é prejudicar oPP”, reagiu ontem María Doloresde Cospedal, secretária-geral dopartido, antes de clarificar que “oPP tem uma só contabilidade queé aquela que apresenta ao Tribunalde Contas”. O nome de Cospedaltambém aparece citado com doispagamentos trimestrais de 7.500euros cada em 2008, ano em queassumiu o cargo no PP.

Os cadernos, que começam em1990 com um fundo de oito mi-lhões de pesetas, não coincidecom as contas oficiais do PP e in-cluem não só pagamentos a altosdirigentes, como outros gastoscom serviços jurídicos, estudos,ajudas a familiares de vítimas daETA e até vestuário. Por exemplo,

para a rubrica ‘Trajes Rajoy’ foitransferida mais de 20 mil eurosentre 2006 e 2008, além dos25.200 euros anuais que o líder es-panhol terá recebido, através des-ta via paralela, desde 1997.

O método de Bárcenas nos ca-dernos mostra que, várias vezes aoano, eram feitas transferênciaspara banco Vitória (antes de serengolido pelo Banesto), com aclassificação de “donativos” masque respeitavam só a parte entra-das registadas. Entre 1990 e 2008,o El Pais identificou 7,5 milhões deentradas, com a ressalva que nãohá registos no período 1993/96.

Do lado dos donativos surgemnomes de empresários, sobretudoligados a grandes construtores es-panholas, segundo o El País. É ocaso de Luis del Rivero, ex-presi-dente da Sacyr – que comprou aportuguesa Somague –, Juan Mi-guel Villar Mir, presidente deOHL, ou José Oreja, presidente daFCC Construcción. Em conjunto,estas empresas terão doado 1,075milhões de euros ao PP entre2004, último ano antes de Aznardeixar o poder, e 2008. Fora daconstrução, onde surgem aindanomes relacionados com outrocaso (Gürtel) de financiamentoilegal do PP, aparece a Mercadona.

Todas as empresas negaramquaisquer donativos ao PP, assimcomo os altos dirigentes garanti-ram que tudo o que receberam foideclarado às Finanças. Caso con-trário, os políticos também nãoincorrem em nenhum crime,

além do moral. A lei espanhola in-dica que todas as infracções fiscaisanteriores a 2007 já prescreverame que se o valor não declarado forinferior a 120 mil euros não há lu-gar a crime. “Não há registo defundos distintos dos declarados”,afirmou ontem o ex-tesoureiroBárcenas, que desde há uma se-mana está sob forte pressão paraexplicar a origem dos 22 milhõesque acumulou numa conta suíça.

Só o actual presidente do Sena-do admitiu que há dados correctosnos cadernos. Pío García Escuderoassumiu ontem ter contraído doPP um empréstimo de cinco mi-lhões de pesetas em 2000, queestá documentado nos cadernos.“O dado pode ser verdade, masisso não valida completamente oque foi publicado”, comentouCospedal, no meio do terremotopolítico que o ‘caso Barcenas’ estáa gerar em Espanha.

Mais de 100 mil pessoas assina-ram uma petição nas redes sociaisa pedir a cabeça dos altos cargosdo PP e centenas reuniram-se àporta da sede do partido. A oposi-ção exigiu ontem a demissão deRajoy e os socialistas querem o lí-der a explicar o “caso de corrup-ção” que o envolve. Com uma au-ditoria às contas do partido a de-correr há semanas, na sequênciada conta suíça do ex-tesoureiro,Rajoy convocou para amanhã umcomité executivo extraordináriodo PP. Horas antes Cospedal ga-rantia que o líder estava “muitotranquilo”. ■G.M.

RADAR MUNDO

Sergio Perez / Reuters

FrançaHollande venceprimeira greveda Função Pública

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Os 5,2 milhões de funcionáriospúblicos franceses quase nãoresponderam ontem ao apelodos três maiores sindicatosdo sector para uma paralisaçãogeral. A adesão à greve foi mí-nima, com apenas 18% dos fun-cionários a não comparecer aospostos de trabalho. E poucomais de 20.000 pessoas parti-ciparam nas 120 manifestaçõesconvocadas por todo o país,a maioria dos quais em Paris.Os analistas consideram queeste resultado significa quea Função Pública continua a sero principal grupo de apoio dopresidente Hollande, e dá luzverde ao executivo para pros-seguir com o plano de reformadas remunerações no sector,que prevê o fim dos prémiosde produtividade introduzidospelo antigo líder Sarkozy.

BrasilTaxa de desempregocai para mínimosde onze anos

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A taxa de desemprego brasileirasituou-se numa média de 5,5%em 2012, o valor mais baixodesde 2002, revelou ontem oInstituto Brasileiro de Estatística(IBGE). Esta instituição adiantouainda que, em Dezembro, odesemprego na maior economiada América do Sul estavanos 4,6%, o valor mais baixo deque há memória. O número totalde desempregados existenteno país fechou o ano nos 1,3milhões, uma quebra de 6,1%em relação ao 2011. Já o saláriomédio por trabalhador cresceu4,1% no ano passado, tendoatingido os 1.805 reais (668euros). O IBGE sublinhaque, desde 2003, o salário dostrabalhadores cresceu 27,7%.

A manifestação em Paris reuniucerca de 12 mil funcionários.

Espanha

‘Saco azul’ deixa governoespanhol em xeque

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25.200 eurospor ano foi quanto Rajoy terárecebido desde 1997, em tranchestrimestrais. Os cadernos de Bárce-nas mostram gastos com “gravataspresidente”, de 667 euros em2006, mais “trajes Mariano” novalor de 9.100 euros e dois anosdepois outros 11.020 para “TrajesM.R.”. As contas ‘secretas’ do ElPais indicam ainda que quatroempresas doaram 1,315 milhõesentre 2004 e 2008. À cabeçasurge a OHL, com 100 mil, 180 mile 250 mil em 2004, 2006 e 2008.Já a Sacyr tem dois donativosde 120 mil em 2004 e 260 mil em2006. A FCC aparece com donati-vos de 90 mil e 75 mil em 2008.Fora da construção, surge aMercadona com 90 mil e 150 milem 2004 e 2008. As empresasnegaram os donativos ao PP.

PAGAMENTOS A RAJOY

O tesoureiroLuis Bárcenas deteve os segredosdas contas do PP durante 18 anos,entre 1990 e 2008. Nos últimos me-ses caiu em desgraça e até o própriopartido o abandonou, ao ponto delhe ter deixado de pagar o advogadono caso Gürtel – outra suspeita de fi-nanciamento ilegal do PP. Antes deser a estrela deste caso, Bárcenas es-tava a braços com a justiça para jus-tificar a conta de 22 milhões de eu-ros que tinha na Suíça. E mais umavez embaraçou Madrid. Enquanto ogoverno elogiava os resultados daamnistia fiscal, aprovada em 2012,Bárcenas explicava que assim tinhaconseguido legalizar 11 milhões do di-nheiro, pagando só 10% de imposto.A origem da riqueza é ainda uma in-cógnita, mas o ex-tesoureiro afirmaterem sido outros negócios que nãorelacionados com o partido. O pró-prio PP não exclui que Bárcenas te-nha subtraído donativos em favor daconta suíça. A dúvida agora é saberse os manuscritos, revelados pelo ElPaís, traduzem uma conta paralelado PP ou são apenas uma escolhaselectiva da contabilidade oficial dopartido. Bárcenas e os políticos, cita-dos nos cadernos, dizem que tudo foideclarado às Finanças. Página 61

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AlemanhaDeutsche Bank perde 2,2 mil milhõesapós restruturação das suas actividadesO maior banco alemão, em acti-vos, apresentou um prejuízo de2,2 mil milhões de euros noquarto trimestre de 2012, oitovezes mais do que o esperado,depois de ter contabilizado asimparidades e custos jurídicosrelacionados com a maior res-truturação das operações desdeo início da crise financeira.

Segundo o relatório de contas,ontem divulgado pela instituiçãoliderada em conjunto por AnshuJain e Jürgen Fitschen, o bancocolocou de parte mil milhões deeuros para cobrir os riscos legaisrelacionados com o facto de estara ser investigado por tentativasde manipulação das taxas Euri-bor e Libor. Além disso, oDeutsche Bank foi obrigado aapagar dos seus livros de conta-bilidade um total de 1,9 mil mi-lhões de euros relativos a ‘activosintangíveis’ de operações quecomprou há dez anos e que agoraforam classificados como ‘nãoestratégicos’, indo ser encerra-dos ou vendidos a valores infe-riores ao do preço de compra.

“Estas perdas reflectem asdecisões que tomámos para po-sicionar o Deutsche Bank” parao futuro, disse Jain em confe-rência de imprensa. Apesar detudo, o banco entusiasmou osinvestidores com as notícias deque conseguiu estabilizar trêsmeses mais cedo do que previs-to a sua base de capital, a qual

atinge os 8% sob as regras deBasileia III. Isto significa que,desde Junho, o Deutsche Bankconseguiu reduzir a diferençade valor entre a sua base de ca-pital e os activos de risco em 80mil milhões de euros. Os títulosda instituição dispararam on-tem 2,8% na bolsa de Frank-furt. “O capital é que é o maisimportante. Eles fizeram umexcelente trabalho no capital, eé isso que conta para o valor dotítulo”, explicou AndrewStimpson, analista da Keefe,Bruyette & Woods, citado pelaBloomberg.■

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Os negócios do Deutsche Bank têm gerado polémica entre os alemães.

Kai Pfaffenbach / Reuters

SUBIDA EM BOLSA

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31 Jan 1301 Jun 12

As acções do Deutsche Bank jásubiram 41% na bolsa deFrankufrt desde que a novadirecção tomou posse, em Junho.

Fonte: Bloomberg

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ESPANHA

‘Saco azul’ deixagoverno de MarianoRajoy em xequeA alegada contabilidade paralela do Partido Popular (PP) estáa abanar os alicerces do governo espanhol. ➥ P18

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