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REVISTA SEMANAL 78 DE 04-02 A 10-02-2013 BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

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De 04-02-2013 a 10-02-2012

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REVISTA SEMANAL 78

DE 04-02 A 10-02-2013

BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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Revista de Imprensa11-02-2013

1. (PT) - Público, 05/02/2013, Berlusconi e a simpática tentativa de corrupção 1

2. (PT) - Primeiro de Janeiro, 05/02/2013, Europol denuncia rede de corrupção 2

3. (PT) - Página 1, 05/02/2013, Rajoy admite algumas coisas , mas nega o essencial 3

4. (PT) - OJE, 05/02/2013, Merkel expressa confiança em Rajoy e menospreza escândalo de corrupção emEspanha

4

5. (PT) - Jogo, 05/02/2013, 380 jogos estão sob investigação 5

6. (PT) - i, 05/02/2013, Espanha. Rajoy mantém que está inocente em caso de corrupção 6

7. (PT) - Diário Económico, 05/02/2013, Os onze meses de Franquelim Alves na SLN 8

8. (PT) - Diário Económico, 05/02/2013, Ligas vão pedir dados de jogos viciados 12

9. (PT) - Diário Económico, 05/02/2013, Idoneidade no BES só poderá estar em risco nos casos de insidetrading

14

10. (PT) - Diário de Notícias, 05/02/2013, Monti acusa Berlusconi de querer comprar votos 16

11. (PT) - Público, 06/02/2013, Jogo apitado por Pedro Proença terá sido manipulado 17

12. (PT) - Jornal de Negócios, 06/02/2013, Família une-se no apoio a Ricardo Salgado 18

13. (PT) - Jornal de Negócios, 06/02/2013, A corrupção do vizinho 21

14. (PT) - Jornal de Negócios, 06/02/2013, "El País" entrega ´documentos secretos´ à polícia 22

15. (PT) - Diário de Notícias, 06/02/2013, Juiz convoca Bárcenas, ex-tesoureiro nega tudo e ´El País´ mostra´papéis´

23

16. (PT) - Diário de Notícias, 06/02/2013, Bruxelas quer apertar vigilância a políticos 24

17. (PT) - Correio da Manhã, 06/02/2013, Clientes pagavam prejuízos de Rendeiro 27

18. (PT) - Bola, 06/02/2013, Vigiar políticos contra a fraude 29

19. (PT) - Bola, 06/02/2013, Federação turca investiga 79 jogos 30

20. (PT) - Visão, 07/02/2013, O preço da corrupção 31

21. (PT) - Público, 07/02/2013, Senhor anticorrupção afirma que a FIFA tem simpatia por ditadores e umaboa dose de sexismo

36

22. (PT) - Público, 07/02/2013, PJ investiga director de serviço no Santa Maria 37

23. (PT) - Público, 07/02/2013, Juízes ouviram ex-tesoureiro do PP, numa Espanha farta de corrupção 38

24. (PT) - Jornal de Notícias, 07/02/2013, Ministro diz que Franquelim ajudou a desvendar fraude 40

25. (PT) - Jornal de Notícias, 07/02/2013, Judiciária investiga médico catedrático 41

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26. (PT) - Diário de Notícias, 07/02/2013, PJ terá falhado escutas a Carmona no processo da Bragaparques 43

27. (PT) - Diário de Notícias, 07/02/2013, ´Site´ para denúncias 44

28. (PT) - Diário de Leiria, 07/02/2013, Militares da GNR de Leiria envolvidos em esquema de corrupçãoreformados compulsivamente

45

29. (PT) - Correio da Manhã, 07/02/2013, PJ suspeita de fraude nas listas 47

30. (PT) - Correio da Manhã, 07/02/2013, Pena suspensa 49

31. (PT) - Vida Económica, 08/02/2013, Bruxelas aperta malha a políticos e governantes 50

32. (PT) - Público, 08/02/2013, Editorial - Uma subvenção para a transparência 51

33. (PT) - Público, 08/02/2013, Esperanza Aguirre, a rival de Rajoy no PP, apela em público à regeneraçãoe ataca em privado

52

34. (PT) - Jornal de Notícias, 08/02/2013, Afeganistão - Corrupção subiu 40% 53

35. (PT) - Diário Económico, 08/02/2013, CEO da Eni investigado por corrupção 54

36. (PT) - Diário Económico, 08/02/2013, Banco de Portugal quer análise reforçada às contas dos políticos 55

37. (PT) - Diário Económico, 08/02/2013, Nem num cêntimo me sinto responsável pela fraude no BPN 56

38. (PT) - Correio da Manhã, 08/02/2013, Ex-presidente será investigado 57

39. (PT) - Público, 09/02/2013, Lula da Silva ainda pode ser chamado a responder pelo escândalo doMensalão

58

40. (PT) - Público, 09/02/2013, Garzón diz que os populares não têm vontade política para investigar acorrupção

59

41. (PT) - i, 09/02/2013, Baltasar Garzón diz que indícios de corrupção são evidentes 60

42. (PT) - Expresso, 09/02/2013, Vakil exigiu que Frankelim rubricasse carta para o BdP 61

43. (PT) - Expresso, 09/02/2013, Salpicos da onda corrupta atingem Rajoy 64

44. (PT) - Diário de Notícias, 09/02/2013, Silva Carvalho arguido 66

45. (PT) - Diário de Notícias, 09/02/2013, Minas Gerais investiga Lula 67

46. (PT) - Correio da Manhã, 09/02/2013, Cadú suspeito de corrupção 68

47. (PT) - Correio da Manhã, 09/02/2013, "Há evidências de corrupção" 69

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A1

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 5,39 x 30,48 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46004790 05-02-2013

Silvio Berlusconi está a tentar com-

prar os italianos, prometendo-lhes

restituir o dinheiro que estes pa-

garam em 2012 pelo impopular

imposto imobiliário (IMU), denun-

ciou ontem o seu adversário e chefe

do Governo demissionário, Mario

Monti.

No domingo, Berlusconi tinha

afi rmado que, em caso de vitória

do seu partido, Povo da Liberdade,

nas eleições de 24 e 25 de Feverei-

ro, seria rapidamente aprovada em

Conselho de Ministros “a restitui-

ção do IMU que foi pago em 2012”,

imposto que “Il Cavaliere” já tinha

prometido abolir.

“É uma simpática tentativa de cor-

rupção. Eu compro o teu voto com

dinheiro e esse dinheiro é dinheiro

dos cidadãos”, comentou Monti,

ex-comissário europeu, com a sua

habitual ironia seca, em declarações

à rádio RTL.

Monti, que lidera uma coligação

centrista, prosseguiu no mesmo

tom para demonstrar a incoerên-

cia das promessas do seu rival: “Eu

sou ainda mais imbecil, porque fi z

aplicar aumentos de impostos que

em grande parte já tinham sido de-

cididos” pelo Governo anterior de

Berlusconi, disse, respondendo às

declarações deste último, que afi r-

mara que “qualquer imbecil é capaz

de aumentar os impostos”.

As sondagens prevêem uma der-

rota da coligação liderada por Ber-

lusconi (aliado à Liga do Norte, di-

reita nacionalista). Mas a verdade é

que este tem vindo a conseguir re-

duzir a distância face à coligação de

centro-esquerda, chefi ada por Pier

Luigi Bersani, que tem liderado as

sondagens; aparecem em algumas

sondagens apenas com cinco pontos

de diferença. A coligação centrista

de Monti surge em terceiro lugar,

com valores à volta dos 15% das in-

tenções de voto.

“O vencedor das eleições terá de

proceder a uma correcção orçamen-

tal de 14 mil milhões de euros” para

respeitar os compromissos interna-

cionais do país, disse Giulio Tremon-

ti, o ex-ministro das Economia e Fi-

nanças de Berlusconi, criticando a

proposta de acabar com o IMU.

Berlusconi e a “simpática tentativa de corrupção”

Itália

Mario Monti reage às promessas do adversário político de restituir aos italianos impostos que pagaram em 2012

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A2

Tiragem: 20000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Preto e Branco

Área: 9,00 x 4,42 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46006187 05-02-2013ESCÂNDALO NA EUROPA

Europol denuncia rede de corrupçãoA Europol desmantelou uma rede internacional suspeita de ter combinado os resultados de 380 jogos de futebol, no-meadamente da Liga dos Campeões e da quali� cação para o Mundial2014. De acordo com a Europol, que reclama ter desencadeado “a maior investigação no âmbito dos resul-tados combinados”, a rede envolvia cerca de 425 pessoas de 15 países, entre árbitros, jogadores e dirigentes.

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A3

Tiragem: 0

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 16,79 x 16,72 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46026452 05-02-2013

“Mensalão” à espanhola

Rajoy admite “algumas coisas”, mas nega o essencial

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, reforçou, ontem, em Berlim, o que havia afi rmado no fi m-de- -semana, sobre o alegado caso de corrupção no Partido Popular Espanhol.“Reitero o que disse no sábado. Tudo o que tem sido dito acerca de mim e dos meus companheiros de par-tido não está certo. Salvo alguma coisa que tem sido publicada em alguns meios de comunicação”, disse Rajoy, numa conferência de imprensa, ao lado de An-gela Merkel. Rajoy esteve em Berlim para a cimeira hispano-alemã.Devido ao escândalo que tem abalado a política espa-nhola acabou por responder a mais perguntas sobre o chamado “caso Bárcenas” do que sobre o combate à crise e quais as estratégias de crescimento para a Eu-ropa, tema central da cimeira. “O Governo e eu mantemos a mesma vontade, força, perseverança e coragem que tinha quando cheguei ao poder para superar uma das situações mais difíceis dos últimos 30 anos”, garantiu o primeiro-ministro espa-nhol. Para ultrapassar as difi culdades, Rajoy admite pedir mais sacrifícios aos espanhóis, sempre norteados por uma política de reformas. “O Governo é estável,

o PP tem uma maioria, marcou uma mudança e está a levar uma política baseada nas reformas, que vai con-tinuar”, referiu.

Merkel não gostouMerkel não gostou

O diário “El País” escreve que, por seu turno, Angela Merkel esteve visivelmente incomodada pelo facto de o tema Bárcenas ter sido o tema central da conferên-cia de imprensa. A chanceler limitou-se a dizer que “a relação com o presidente do Governo espanhol é muito importante” e que que vai continuar a traba-lhar com ele.“Todo o Governo e o seu presidente estão a trabalhar para reduzir o desemprego, fazer com que as refor-mas estruturais sejam efi cazes e que a Espanha volte a ter a força que lhe corresponde”, disse Merkel.

Partido Popular avança para tribunalPartido Popular avança para tribunal

O vice-secretário do Partido Popular espanhol, Carlos Floriano, anunciou que o partido vai processar todos os que estiverem envolvidos na divulgação de informa-

ções sobre alegadas irregularidades na contabi-lidade do partido.“Todos os que têm atribuído ao PP ou à sua di-reção condutas ilegais ou irregulares como par-tido, aos que o tenham podido fi ltrar e aos que o tenham publicado”, garantiu Floriano. O caso está a agitar o país vizinho e surgiu na sequência da divulgação, pelo diário “El País”, dos chamados “papéis secretos de Luis Bárcenas”, o ex-tesoureiro do Partido Popular. Os documentos revelam alegados pagamentos ilegais aos principais dirigentes do partido entre 1990 e 2009, entre os quais estará Mariano Rajoy.E

PA

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A4

Tiragem: 17250

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 16,22 x 15,78 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46004596 05-02-2013

Merkel expressa confiança em Rajoy e menospreza escândalo de corrupção em EspanhaALEMANHA

AA cchhaanncceelleerr aalleemmãã,, Angela Merkel, caminha ao lado do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy (à esq.), ontem, durante a cerimó-nia de boas-vindas com honras militares em Berlim, Alemanha. Merkel expressou uma total confiança na capacidade reformista do go-verno de Rajoy e menosprezou a importância do escândalo de corrupção que assola Espanha. Foto EPA/Michael Kappeler

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A5

Tiragem: 38205

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 9,23 x 28,86 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46006201 05-02-2013

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A6

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 19,20 x 29,37 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46005370 05-02-2013

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 5,44 x 30,56 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46005370 05-02-2013

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A8

Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 26,72 x 37,07 cm²

Corte: 1 de 4ID: 46004653 05-02-2013

DESTAQUEDESTAQUE NOMEAÇÃO POLÉMICA

Os onze meses deFranquelim Alves na SLNO novo secretário de Estado do Empreendedorismo esteve onze meses nagestão da antiga dona do BPN. A omissão é apontada como a sua grande falha.Maria Ana Barroso, AntónioCosta e Lígia Simõ[email protected]

Não foram os actos, mas porven-tura a omissão o principal pecadode Franquelim Alves durante osonze meses em que esteve na ges-tão do grupo que detinha o BPN, aSociedade Lusa de Negócios(SLN), hoje Galilei. O homem queestá no centro da polémica por tersido nomeado secretário de Esta-do do Empreendedorismo terápecado por não arriscar decisõesde gestão relevantes, por não terdado conta às autoridades das ir-regularidades ocorridas na SLN epor, mesmo internamente, nãoter reportado à equipa de MiguelCadilhe a verdadeira dimensãodos problemas com que o antigoministro teria de lidar.

São estes os ecos que chegamdos contactos feitos pelo DiárioEconómico que ouviu vários ac-tores do caso BPN e que lidaramcom Franquelim Alves. A idonei-dade do gestor não é, em nenhummomento, posta em causa, o que,no fundo, corrobora o facto de oagora secretário de Estado não tersido envolvido nos processos ju-diciais do caso BPN.

Todas as fontes contactadas -accionistas da SLN e antigos ges-tores - reconhecem capacidadese currículo profissional a Fran-quelim Alves e louvam o levanta-mento feito sobre a actividadenão financeira do grupo. E subli-nham que terá feito apenas duascontratações naqueles 11 meses,uma das quais de um auditor àDeloitt e que está ainda hoje nasociedade Galilei. Mas são váriasas vozes que apontam a dificul-dade em tomar decisões e, maisdo que isso, o ‘pecado’ de teromitido informação não só aoBanco de Portugal como a nívelinterno. Um desses momentos,adiantou fonte próxima da gestãode Miguel Cadilhe, ocorreuquando o antigo ministro das Fi-nanças chegou à SLN. Franque-lim Alves não terá dado toda a in-formação de que, de facto, dispu-nha sobre os actos irregulares queno grupo no tempo de OliveiraCosta e que estão sob investiga-ção. O actual secretário de Esta-do terá sido um dos responsáveisinformados pela equipa de Ab-dool Vakil (que sucedeu a OliveiraCosta) sobre o famoso documen-to “Estado da Nação”. Foi este odossiê elaborado no grupo quemencionou, pela primeira vez, aexistência do Banco Insular, re-velado na altura à administração

e accionistas. Esta instituição erautilizada para ocultar operaçõesfeitas pela SLN, nomeadamenteproveitos e perdas, e manter todaesta actividade longe do olhar doBanco de Portugal.

No entanto, ele próprio assu-miria, em 2009 na comissão deinquérito ao BPN, que teve co-nhecimento de alegadas irregu-laridades, que só seriam comuni-cadas ao Banco de Portugal emJunho de 2008. No Parlamento,assumiu também ter assinado ascontas de 2007 (ano em que nãoesteve envolvido na gestão), ape-sar de não reflectirem o impactodo Banco Insular e de outras ope-rações. E justificou com o argu-mento de que quis evitar “umacrise profunda”.

Seja como for, o contexto emque Franquelim Alves foi admi-nistrador e depois o responsávelpor toda a área não financeira dogrupo SLN foi tudo menos fácil.“Se eu soubesse, jamais teriaposto os pés naquela casa”. Odesabafo foi feito em Março de

2009, perante a Comissão de In-quérito ao BPN. Poucos mesesdepois de ter deixado a SLN, a 30de Outubro de 2008, em absolutaruptura com Cadilhe e quasequatro anos antes de ser nomea-do para secretário de Estado. “Ogrande erro da minha vida”, dis-se então aos deputados, colocahoje a sua escolha pelo Governode Passos Coelho no centro deuma acesa polémica (ver texto aolado).

A celeuma causada pela no-meação de Franquelim Alves pa-rece estar espelhada na indispo-nibilidade de todos os accionis-tas ou ex-responsáveis da gestãoda SLN, sem excepção, paraaceitarem ser citados sobre otema. O Económico tentou con-tactar sem sucesso FranquelimAlves. Já Miguel Cadilhe não quiscomentar.

Como Franquelim Alveschegou à SLNFoi em Novembro de 2007 queFranquelim Alves é escolhidoentre vários nomes apontadospor uma ‘headhunter’ contrata-da por alguns dos principais ac-cionistas do grupo SLN, incluin-do Joaquim Coimbra, AdelinoSilva e Fernando Cordeiro. O ob-jectivo era pôr fim à hegemoniade Oliveira Costa e atribuir-lhe onegócio não financeiro do grupo,a separar do financeiro.

Franquelim Alves assume for-malmente a liderança deste ne-gócio já em Fevereiro de 2008, al-tura em que era já pública a pres-são do Banco de Portugal para dartransparência ao grupo e em queJosé de Oliveira Costa sai. AbdoolVakil, até então presidente doBanco Efisa, também da SLN, as-sume a liderança do grupo deforma provisória. Em Junho des-se mesmo ano Cadilhe é o ho-mem escolhido para novo líder.Franquelim Alves mantém-secomo administrador, como for-ma de tirar partido não só da suaexperiência profissional, mas so-bretudo do trabalho de levanta-mento do negócio não financeirofeito nos meses anteriores. Algu-mas fontes adiantam que, com aescolha de Cadilhe, caíram porterra as pretensões do gestor dechegar à liderança da SLN.

Os meses que se seguiram fo-ram tumultuosos e é já em quaseruptura com o presidente queFranquelim Alves apresenta nofinal de Outubro a sua demis-são. Dias depois, a 2 de Novem-bro, é anunciada a nacionaliza-ção do BPN. ■

Novembro de 2007Franquelim Alves é cooptado vo-gal do conselho de administra-ção da Sociedade Lusa de Negó-cios.

Janeiro de 2008Vêm a público as pressões doBanco de Portugal sobre a ges-tão da SLN/BPN, pedindo maistransparência e informações so-bre o grupo.

Fevereiro de 2008José de Oliveira Costa abandonaa gestão, substituído provisoria-mente por Abdool Vakil; Fran-quelim Alves assume então, ofi-cialmente, a liderança do negó-cio não financeiro.

Junho de 2008Miguel Cadilhe é escolhido paranovo presidente do grupo; Fran-quelim Alves mantém-se comoadministrador.

Outubro de 2008Data de 30 de Outubro a renún-cia de Franquelim Alves da ges-tão da SLN.

Novembro de 2008É anunciada a nacionalização doBPN; o negócio não financeiropermanece nas mãos de priva-dos.

Novembro de 2008No final desse mesmo mês, Joséde Oliveira Costa é constituídoarguido por suspeita dos crimesde burla agravada, fraude fiscal,branqueamento de capitais efuga ao Fisco. O processo, queenvolve ainda outros 14 argui-dos, decorre ainda em tribunal.

CRONOLOGIA

SLN

Uma sociedadevariadaFranquelim Alves foi admi-nistrador não financeiro daSLN, o que significa ummundo de negócios tão di-ferentes como indústria, re-talho automóvel, cimentoou saúde. Sob o chapéu daSLN estavam sociedadescomo a Plêiade (que con-centrava a área industrial ede transportes), o GrupoPortuguês de Saúde (pos-suía, entre outras unidadese clínicas, o British Hospi-tal), a SLN Novas Tecnolo-gias, a SLN Investimentos(sector da hotelaria e turis-mo), a Partinvest (agro-in-dústria, com empresascomo a Tapada do Chaves eRaposeira), a Mutiauto (re-talho automóvel), e a Par-tinvest Imobiliária no sectorde edifícios.

“Se eu soubesse, jamais teria postoos pés naquela casa e confesso que,aliás, foi, provavelmente, o grandeerro da minha vida”, disseFranquelim Alves em 2009na comissão parlamentarde inquérito ao BPN.

REACÇÕES “O Governo tendo consciênciada voracidade da informação eda agenda mediática e políticaacha que está imunizado epode fazer tudo”, diz JoãoCardoso Rosas.

Almeida Henriques fica

A área do comércio e serviços,que, até aqui, pertenciaà Secretaria de Estadodo Empreendedorismo,Competitividade e Inovação,poderá passar para as mãos deAlmeida Henriques. Este é umreforço de poderes do secretáriode Estado adjunto e doDesenvolvimento Regional queassim tenta sair reforçado daremodelação já que o seu nomefoi dado, por diversas vezes, comoPágina 8

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 26,96 x 36,99 cm²

Corte: 2 de 4ID: 46004653 05-02-2013

Paulo Alexandre Coelho

Maioria travaexplicações sobreescolha desecretário de EstadoPassos defendeu “idoneidade” dosecretário de Estado, mas PSconsidera “insuficiente”.

Ana Petronilho e Márcia Galrã[email protected]

A polémica em relação à entradade Franquelim Alves para o Go-verno parece que veio para ficar.Nem a explicação do primeiro-ministro a reforçar a “idoneida-de” do secretário de Estado daInovação e Empreendedorismo ea garantir que está “tranquilo”com a “boa escolha para o Gover-no” que fez em conjunto com oministro da Economia, foi sufi-ciente para acalmar as críticasque se ouviram do próprio parti-do da coligação.

Para já, partiu do Bloco de Es-querda um pedido “com carácterde urgência” para Álvaro SantosPereira explicar a nomeação doseu secretário de Estado no Par-lamento. No entanto, a maioriavai inviabilizar, com o argumen-to de que “não há nenhum factonovo” a propósito da actuação deFranquelim Alves no processoBPN e, portanto, nada justifica asua audição, explicou o deputadodo CDS, Hélder Amaral. “Não háfigura para analisar apenas ocurrículo de uma escolha para oGoverno, ao contrário do queexiste para outros cargos”, lem-brou o deputado.

No entanto, a escolha de Fran-quelim Alves apanhou de surpre-sa o parceiro de coligação e entreos centristas não se percebe comoé que o primeiro-ministro deixoupassar uma escolha que tinhatudo para ser polémica. Em co-municado, o CDS foi claro ao di-zer que não teve intervenção nes-ta escolha. Passos recusar queesta posição posa ser interpretadacomo uma demarcação dos cen-tristas nesta matéria. Ainda as-sim, disse esperar que o assunto“morra depressa”.

O PS não ficou satisfeito com asexplicações de Passos e quer que oprimeiro-ministro diga publica-mente por que razão divulgou um“currículo truncado” do secretá-rio de Estado da Inovação, onde seomitia a passagem pela SociedadeLusa de Negócios (SLN), e qual arazão para não ter informado oparceiro de coligação desta esco-lha, avançou ao Diário Económi-co o líder parlamentar, CarlosZorrinho.

Passos explicou que Franque-lim Alves sempre agiu “de formacorrecta nos lugares por ondepassou”. Mas logo a seguir, o se-cretário-geral do PS, AntónioJosé Seguro, considerou as pala-

vras do primeiro-ministro “in-suficientes”. Uma opinião parti-lhada pelos politólogos ouvidospelo Diário Económico.

Para Costa Pinto é preciso apu-rar “o que leva um Governo a cor-rer o risco” de nomear alguém“sem peso político para um cargosecundário” depois de ter tidooutras pessoas dentro do seu par-tido “ligadas ao problema doBPN”. O politólogo diz que istorevela um “sentimento de impu-nidade” por parte de um Executi-vo que mostra ter “muito poucoreceio da impopularidade”. Acurto prazo “vai provocar maisdanos do que o esperado e o se-cretário de Estado não se vai con-seguir afastar desta imagem” e dapolémica, sublinha. Um erro queAndré Freire não acredita que sejacorrigido em breve, lembrandoque o Governo tem o exemplo doministro Miguel Relvas, que estáde “pedra e cal” apesar de todasas polémicas a que tem estado li-gado: “É um indicador da inca-pacidade de corrigir decisões er-radas”, frisa. João Cardoso Rosastambém não acredita na demis-são, uma vez que o Governo se es-cuda na ideia de que vivemos “ummomento especial”. Mas ViriatoSoromenho Marques tem umaopinião oposta e acredita que oCDS “não está disposto a pagar aquota parte de vergonha nesteprocesso”, prevendo que Fran-quelim Alves acabará por “serconvidado a afastar-se pelo seupróprio pé”. ■ com M.S.

”Estou muitotranquilo, querquanto à idoneida-de, quer quantoà sua experiênciae, portanto, àquiloque pode ajudaro Governo nestafase”, defendeuPassos Coelho.

“Não há figurapara analisarapenas o currículode uma escolhapara o Governo, aocontrário do queexiste para outroscargos”, disse odeputado do CDSdo Hélder Amaral.

e“Vaticino que o secretário de Estadovai ser convidado a afastar-se peloseu próprio pé. Há condições para acriação de um movimento de opiniãoque não vai desistir facilmente”, dizViriato Soromenho Marques.

“Problema é grave e vembeliscar a credibilidade doGoverno. Se houvesse maisrigor, o senhor não deveriaser escolhido para secretáriode Estado”, diz André Freire.

Para Costa Pinto é preciso apurar “o queleva um Governo a correr o risco” denomear alguém “sem peso político paraum cargo secundário” depois de ter tidooutras pessoas dentro do seu partido“ligadas ao problema do BPN”.

com alguns dossiers de Carlos Oliveira

um dos elementos de saída paraassumir uma candidatura àpresidência da Câmara de Viseu.As áreas adicionais que AlmeidaHenriques deverá receber aindanão estão totalmente definidas,e ainda estão a ser discutidas como ministro da Economia, ÁlvaroSantos Pereira, embora o cenáriode reforço com as áreasdo comércio e serviços sejao mais plausível, sabe o DiárioEconómico, até porque, Almeida

Henriques já tem o dossiersda Defesa do Consumidor. Sobrea mesa esteve também apossibilidade de ficar com a tutelade todos os fundos comunitários enão apenas dos cinco ProgramasOperacionais Regionais e doPrograma Operacional deValorização do Território. Mas istosignificaria que o novo secretáriode Estado do Empreendedorismo,Franquelim Alves, perderia atutela do Compete, o programa

operacional de onde veio e queé responsável pela atribuiçãode apoios directos às empresas.O Diário Económico apurou aindaque outra das hipóteses emestudo seria uma “mudança demãos” do IAPMEI, que terá tidouma relação menos fácil comCarlos Oliveira. Mas estas duasúltimas possibilidades são tidascomo as menos plausíveis.A decisão deverá ser conhecidanos próximos dias. M.S. e C.O.S. Página 9

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DESTAQUE NOMEAÇÃO POLÉMICA

Lígia Simõ[email protected]

Franquelim Alves, ex-gestor daSLN, defendeu no Parlamento que‘holding’ proprietária do BPN -antes da nacionalização – tam-bém deveria ter ficado nas mãosdo Estado quando o anterior Go-verno optou pela solução “radi-cal” de nacionalizar o banco, em2008, que já custou aos bolsos doscontribuintes portugueses, pelomenos 3,4 mil milhões de euros,podendo, no limite, atingir 6,5mil milhões de euros quando oEstado alienar todos os activosque ainda estão na sua posse.

“O que fazia sentido era sem-pre uma aproximação integrada atodo o problema, isto é, ao con-junto do grupo. (…) Na minha vi-são, havia ali assim um cordãoumbilical entre a área não finan-ceira e o banco que qualquer solu-ção, teria de passar sempre poruma solução integrada que, de-pois, tratasse todo o conjunto deactivos também de forma inte-grada”, disse Franquelim Alves,administrador da área não finan-ceira da SLN, entre Novembro de2007 e Outubro de 2008, na audi-ção da comissão de inquérito so-bre a situação que levou à nacio-

nalização do BPN, realizada a 24de Março de 2009. Perante os de-putados da comissão defendeuque essa seria “a melhor solu-ção”, ainda que admitindo estarem causa “uma área de grandesubjectividade de análise”.

A tese do ex-gestor e actual se-cretário de Estado do Empreen-dedorismo, Competitividade eInovação ia, assim, ao encontroda visão de Miguel Cadilhe – quesempre criticou a nacionalizaçãodo BPN, tendo proposto, em al-ternativa, que o Estado ficassecom acções preferenciais, sem

voto, no valor de 600 milhões deeuros e que seriam remuneradas.

À semelhança de Cadilhe, oargumento era o de que o entãoGoverno socialista veio criar, ouagravar, problemas no seio dogrupo SLN, numa operação denacionalização em que apenas umterço dos 6.500 empregados daSLN estava afecto ao BPN. E quecolocava em risco a continuidadede muitos negócios no seio dogrupo SLN, que actuava em áreastão variadas como a saúde, auto-móvel e imobiliário.

Três anos depois, sabe-se queos maiores incumpridores sãoempresas ligadas ao grupo SLN.Há uma lista de mais de 500 gran-des clientes do BPN com dívidassuperiores a meio milhão de eu-ros, num montante global de trêsmil milhões, que deixaram de pa-gar ao banco, agravando a degra-dação dos activos tóxicos do ban-co que estão em poder do Estado.

Entre estas empresas encon-tram-se a Pluripar, a Solrac Fi-nance, a Labicer ou a CimentosNacionais e Estrangeiros (CNE).Os créditos em incumprimentocorrespondem à carteira de acti-vos da Parvalorem, a maior dastrês sociedades criadas pelo Esta-do para gerir os activos tóxicos do

BPN, que tem a seu cargo um vo-lume de dívidas de 4,2 mil mi-lhões de euros.

Na comissão de inquérito foiainda questionado o papel do ex-gestor na comunicação da infor-mação sobre a relação do BPNcom o balcão virtual do Banco In-sular já que o banco central deCabo Verde foi informado que oBPN era dono do Insular, emMarço de 2008 e o Banco de Por-tugal só três meses depois. Fran-quelim Alves explicou que foipreciso listar de forma “exausti-va” as operações dentro e fora dobalanço do Insular para se validarcom “rigor” a situação para co-municar ao BdP.

O Banco Insular funcionoucomo um dos pilares da estratégiade definida por José Oliveira Cos-ta, e um núcleo central de argui-dos, para “a obtenção de poderpessoal e influência na área finan-ceira e realização de negócios”. OMinistério Público contabilizoumais de 20 mil milhões de eurosem operações fora de balanço doBanco Insular, do universo BPN,identificando milhares de contasabertas, entre as quais contas‘offshores’ que tinham como últi-mo beneficiário a SLN para depó-sito de fundos. ■

Ex-gestor defendeunacionalização do grupo SLNFranquelim Alves defendeu que a nacionalização do BPN deveria ter abarcadoa SLN. Tudo devido a “cordão umbilical” entre a área não financeira e o banco.

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O CASO BPN

Julgamento arrancouem Dezembro de 2010

BPN custou 3,4 milmilhões ao Estado

O julgamento do processo BPNarrancou há dois anos, tendo sidoouvidas até ao momento apenas12 das mais de 300 testemunhaschamadas a depor, estando jámarcadas três sessões semanaisdurante todo o ano de 2013.Em Dezembro de 2010, no início dostrabalhos nas Varas Criminais deLisboa, o juiz Luís Ribeiro, quepreside o caso BPN, avisou que esteia ser um julgamento demorado,por ser um processo muitocomplexo, nomeadamente pornecessidade de fazer a conferênciados milhões de documentos quecompõem a prova documenta.No banco dos réus está Oliveirae Costa, 77 anos, fundador do BPNe mias 14 arguidos do processoprincipal, a que se soma umaempresa (Labicer). L.S

O BPN custou aos cofres doEstado 3,4 mil milhões de euros,um montante que pesou tanto nodéfice como na dívida pública. Omontante faz parte dasconclusões do relatório dasegunda comissão de inquérito aoBPN. O banco foi nacionalizadoem 2008, mas apenas em 2010 osprejuízos apurados chegaram aodéfice do Estado. Nessa data, odéfice acomodou dois mil milhõesde euros de prejuízos do BPN. Em2011, a recapitalização do bancopesou no défice 500 milhões deeuros. No ano seguinte, associedades veículo queresultaram da nacionalização doBPN custaram só em juros 240milhões. A dívida pública tambémfoi afectada pelo BPN. M.M.O.

1

2

Activos continuampara vendaMais de quatro anos volvidos sobrea nacionalização do BPN, ainda háactivos à espera de destino: ou oExecutivo os consegue alienar, talcomo fez com o banco, ou entãovai ter que os liquidar, porimposição da ‘troika’. Em Março de2012, o então BPN foi vendido aobanco BIC por 40 milhões deeuros, um valor praticamenteirrisório tendo em conta os custosque a nacionalização da instituiçãoteve para o Estado. Os restantesactivos continuam nos veículoscriados pelo Estado para o efeito,sendo que BPN Cabo Verde, BPNCrédito, BPN Brasil, Efisa e RealVida deverão ser vendidos aindadurante o primeiro semestre doano. Se as negociações com ospotenciais interessados falharem,o Estado tem que liquidar. Já oBPN Gestão de Activos foi vendidoainda durante o ano de 2012. M.V.L.

3

Qualquer solução teriade passar sempre poruma solução integradaque, depois, tratassetodo o conjuntode activos tambémde forma integrada.

Franquelim AlvesEx-gestor da SLN na comissão

de inquérito em 2009

AS FIGURAS “BELISCADAS” PELO CASO BPN

Cavaco SilvaCavaco Silva detinha 105.378acções da SLN e a filha149.640 acções, adquiridas aum euro cada, que foram depoisvendidas à SLN Valor a 2,4euros cada. Cavaco ainda nãoera Presidente da Repúblicaquando realizou esta operaçãoque lhe rendeu 252.907 euros.

Dias LoureiroO Ministério Públicoautonomizou do processo BPNo caso que envolveu DiasLoureiro, na sequência dacompra de uma empresaalegadamente tecnológica, emPorto Rico. O caso acabou porlevar ao afastamento de DiasLoureiro do Conselho de Estado.

Vítor ConstâncioO então governador do Banco dePortugal garantiu na Comissãode Inquérito que o BPN foi obanco mais inspeccionado emPortugal, mas nem assim foramdetectadas as irregularidades.Mais tarde admitiu algumaingenuidade, mas recusaculpabilização da supervisão.

Luís FigoO ex-futebolista Figo recebeu duastranches - uma de quase 125 mileuros pela cedência de direitos deimagem e outra superior a 261 mileuros relativa ao contrato de ima-gem Figo-Real Madrid – da SLNatravés da ‘offshore’ Jared, quefuncionava como “saco azul” dogrupo dirigido por Oliveira Costa.

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FranquelimAlves tomouposse no dia

1 de Fevereiro.

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Os actos e omissõesque marcaramos 11 meses deFranquelim Alvesno grupo BPNConheça o percurso de Franquelim Alves no grupo BPN,como chegou a administrador da área não financeira e oque motivou a sua saída a dias da nacionalização dobanco. Ontem, Pedro Passos Coelho reiterou a suaconfiança no novo secretário de Estado. ➥ P4 A 6

Ex-gestor defendeunacionalizaçãodo grupo SLN

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Tiragem: 16995

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Ligas vãoEm causa uma rede de apostascom ligação da Europa à Ásia.

A polícia europeia (Europol)realizou uma investigação du-rante cerca de ano e meio, de-tectando 380 jogos viciados emfunção de uma rede de apostascom sede na Ásia (Singapura) eligação ao crime organizado. Ocaso envolve jogos de apura-mento para Europeu, Mundial,Liga dos Campeões e Ligas de 15países europeus. Contactadaspelo Diário Económico, Federa-ção e Liga indicaram não disporde dados sobre o tema.

“Estou em Doha, mas já pedi

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pedir dados de jogos viciadosuma reunião com os responsá-veis da Europol para saber maissobre o assunto”, disse EmanuelMedeiros, CEO da Associação deLigas Europeias (EPFL), ao Diá-rio Económico. “Felicito a Eu-ropol pelo trabalho de combateà criminalidade. Mantemoscooperação estreita com todasas autoridades, pois temos tole-rância zero e total intransigên-cia neste domínio. A EPFL éprecursora na definição de umcódigo de conduta que vai estara funcionar na próxima época etemos um protocolo com aTransparency International, or-ganização de luta anti-corrup-

ção, para desenvolver acções deformação pela Europa, incluin-do Portugal.”

O discurso de Medeiros é se-melhante ao de uma nota divul-gada no site da UEFA em que aorganização, indicando estar acooperar “no âmbito da vicia-ção de resultados”, espera “re-ceber mais informação nos pró-ximos dias”.

Na conferência de imprensaem Haia, Rob Wainwright, di-rector da Europol, revelou queestão identificadas 425 pessoas,entre dirigentes, técnicos, joga-dores e árbitros envolvidos nes-te caso de corrupção. ■

“Estou em Doha, masjá pedi uma reuniãocom a Europol”, dizEmanuel Medeiros,CEO da Associaçãode Ligas. Federaçãoe Liga Portuguesa semdados sobre o tema.

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funções de gestores numa insti-tuição financeira, ainda que aquestão da idoneidade só se possaefectivamente pôr depois do pro-cesso ter transitado em julgado,tal como diz a lei que fala emcondenação para ser retirada aidoneidade.

No passado, Vítor Constâncio,então Governador, recomendouoficialmente a saída de Filipe Pi-nhal e Christopher de Beck do‘board’ do BCP; e diz-se que fez amesma recomendação a Arman-do Vara, quando foi constituídoarguido no Processo Face Oculta.

Há assim alguma margem deliberdade nas actuações dos go-vernadores do Banco de Portugal,no que se refere a recomendações.

A competência para avaliar seos membros dos órgãos de admi-nistração e de fiscalização dasInstituições de Crédito são idó-neos e se têm disponibilidade equalificações para assegurar umagestão sã e prudente dessas insti-tuições está previsto no artºs 30 e69 do RGICSF - Regime Geral dasInstituições de Crédito e das So-ciedades Financeiras. Neste arti-go, a idoneidade pode ser recusa-da ou retirada sempre que hajacondenação, em Portugal ou noestrangeiro. ■

Maria Teixeira [email protected]

O Banco de Portugal só retirará aidoneidade aos gestores do BESque são arguidos no caso de ale-gado ‘inside trading’ com acçõesda EDP Renováveis, se forem acu-sados pelo Ministério Público. Atélá não há qualquer recomendaçãopara a saída dos gestores.

No entanto, assim que AmílcarMorais Pires e José Maria Ricciardiforam constituídos arguidos, oBanco de Portugal imediatamenteos convocou para uma reunião.Para saber o que se tinha passadorealmente e para dizer que o pro-blema da idoneidade por-se-ia sefosse deduzida acusação.

Aliás, essa foi a sua actuaçãono caso de Jorge Tomé, que foiconstituído arguido pelo Minis-tério Público num caso de alega-da burla fiscal na fusão Com-pal/Sumol. O actual Governadordo Banco de Portugal não deixoude certificar a idoneidade a JorgeTomé, quando este se tornou pre-sidente do Banif. Parece assimclaro que enquanto os adminis-tradores do BES não passarem dearguidos não haverá qualquer re-comendação de saída por partedo supervisor. Mas o caso muda-rá de figura se os agora arguidosvierem a ser acusados.

Neste caso de suspeita ‘insidetrading’ com acções da EDP Re-nováveis, uma de duas situaçõespoderá ocorrer: ou o MinistérioPúblico arquiva o processo (comoaconteceu com Manuel Serzede-lo) ou deduz acusação. Se foremacusados, os arguidos poderãonessa altura ser convidados peloregulador a deixarem as suas

Idoneidade no BES só poderá estarem risco nos casos de ‘inside trading’Banco de Portugal pode recomendar a saída de gestores mas só se houver acusação.

Banco de Portugal pediuexplicaçõesa Amilcar Morais Pires,José Maria Ricciardi eRicardo Salgado sobreas declarações prestadaà justiça portuguesa.

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Na fusão da Compal/Sumolis, oMinistério Público constituiu vários

arguidos (incluindo Jorge Tomé entãoadministrador da CGD) num caso de

alegada burla fiscal com o pagamentoe posterior devolução do IMT. Apesar

de ser arguido, o BdP não se opôs quefosse CEO do Banif.

Jorge ToméCEO do Banif

CASOS PRÁTICOS

O Banco de Portugalconvocou parauma reuniãoAmílcar Morais Pirese José Maria Ricciardilogo após teremsido constituídosarguidos.

Foi em 2007 que Filipe Pinhal assumea presidência do BCP. Durante a

guerra de poder são denunciadas 17‘offshores’ sem dono. Constâncio

chama Filipe Pinhal e Christopher deBeck e recomenda que não se

mantenham no ‘board’ do BCP, apesarsó depois começar a investigação.

Filipe Pinhalex-Presidente do BCP

Em 2009 estoira o caso de corrupçãoFace Oculta, envolvendo membros doGoverno socialista. Armando Vara é

constituído arguido e suspende omandato. Constâncio limita-se aelogiar a decisão em nome da

confiança do sector. Há quem digasaiu por sugestão do BdP.

Armando Varaex-administrador do BCP

Em 2003 Manuel Serzedeloé apanhado numa suspeita

de abuso de informação privilegiadana compra acções da PTM, através

da Cervejas Estrela que presidia.Pede a suspensão dos cargos

no BES e PT. Em 2005o processo foi arquivado.

Manuel Serzedeloex-Presidente do BESI

Ricardo Salgado esclarece Banco de PortugalNo caso de Ricardo Salgado, que foina semana passada chamado aoBanco de Portugal, a idoneidadenão estará em causa, soube o DiárioEconómico. O presidente do BES foichamado ao Governador do BdPporque enviou para lá o despachodo Ministério Público, assinado peloProcurador Rosário Teixeira, em queé confirmado que não é suspeito naOperação Monte Branco. O Governa-dor entendeu que era preciso escla-recer algumas coisas do despacho.Este despacho surge em resposta aum requerimento do banqueiro.Ricardo Salgado “prestou depoi-mento como testemunha (...) porter sido identificado como clientede um dos arguidos [Nicolas Figuei-redo]”, revela o despacho publica-do pelo Jornal de Negócios. A so-ciedade Akoya, que está no centrodeste processo de fraude fiscal ebranqueamento de capitais, é deti-da pelo ex-gestor de conta na suíçade Ricardo Salgado que o levoupara a sociedade que está sob sus-peita. Mas o presidente do BES as-sim que soube da Operação MonteBranco cancelou o mandato a Nico-las Figueiredo.O presidente do BES pagou os im-

postos sobre os seus rendimentosfora de Portugal através do RERT,que é um Regime Excepcional deRegularização Tributária criadoprecisamente para esse efeito, istoé, para contribuintes que tenhamdinheiro fora de Portugal. A notíciapublicada ontem pelo jornal Públicorefere que o BdP pediu esclareci-mentos a Ricardo Salgado sobre assuas correcções à declaração deIRS. Segundo o jornal, o BdP quer“apurar se o banqueiro é idóneopara liderar o BES”. O artigo diz queapesar de o Ministério Público terilibado Ricardo Salgado, o facto de opresidente do BES ter feito sucessi-vas regularizações ao IRS represen-ta para alguns quadros do BdP umapossível confissão de que terá omi-tido deliberadamente os juros e asmais-valias apuradas no exterior àespera de amnistias fiscais. E seriaentão aqui que poderia haver mar-gem para se avaliar a idoneidade,conta o mesmo jornal.Questionado publicamente sobreas rectificações feitas pelo presi-dente do BES às suas declaraçõesde impostos, o governador ape-nas disse que “o que tenho de fa-zer faço”.

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Tiragem: 16995

País: Portugal

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BANCO DE PORTUGAL

Idoneidade no BESsó pode estar emcausa nos casosde ‘inside trading’Carlos Costasó retiraráa idoneidadeaos gestores do BESse forem acusadospelo MinistérioPúblico. ➥ P28

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Tiragem: 41360

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Âmbito: Informação Geral

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Um jogo do Liverpool na Champions de 2009 é um dos sob suspeita

Depois de, anteontem, a Europol

ter denunciado uma rede de vicia-

ção de resultados de jogos de fute-

bol para apostas, indicando que dois

dos 680 jogos em causa eram da Liga

dos Campeões, o jornal dinamarquês

Ekstra Bladet revelou que um des-

ses encontros opôs o Liverpool aos

húngaros do Debrecen, em 2009. A

partida terminou numa vitória dos

britânicos por 1-0 e foi dirigida pelo

árbitro português Pedro Proença.

O jornal dinamarquês não envolve

Proença na investigação, referindo

que o alvo de tentativa de corrupção

foi o guarda-redes montenegrino do

Debrecen Vukasin Poleksic, um joga-

dor que esteve dois anos, entre 2010

e 2012, suspenso por envolvimento

em manipulação de resultados.

O Debrecen disse ontem que estas

alegações do Ekstra Bladet já são anti-

gas e que já haviam sido sancionadas

pela UEFA com a suspensão de Po-

leksic, que foi suspenso por não ter

denunciado estas tentativas de cor-

rupção. O clube húngaro recordou o

comunicado que havia divulgado em

2009, em que dizia que a investiga-

ção não havia provado que Poleksic

tivesse recebido dinheiro para um

outro jogo dessa edição da Liga dos

Campeões com a Fiorentina. Segun-

do o jornal, o objectivo dessa rede

criminosa seria que o jogo terminas-

Jogo apitado por Pedro Proença terá sido manipulado

se com uma vitória do Liverpool por

três golos de diferença.

Outro dos jogos referenciados pela

imprensa internacional como estan-

do incluído na investigação é um par-

ticular entre as selecções de sub-20

da Argentina e da Bolívia em 2010,

dirigido por um árbitro húngaro. O

jogo em causa terminou com uma vi-

tória argentina por 1-0, em que o árbi-

tro prolongou o tempo de jogo por 13

minutos, período em que a Argentina

marcou, de penálti, o seu único golo.

Ontem, as autoridades de Singa-

pura mostraram-se disponíveis para

colaborar, depois de o território ter

sido identifi cado pela Europol como

base da organização criminosa que

controla este esquema de manipula-

ção de resultados para apostas. “Sin-

gapura luta contra a manipulação de

jogos e quer trabalhar com as agên-

cias internacionais para combater

os cartéis criminosos transnacionais

e aqueles dos quais fazem parte na-

cionais de Singapura”, declarou a

polícia daquele território, um país

que está listado como um dos me-

nos corruptos do mundo.

Da parte da Alemanha, que tem

sido afectada com muitos escândalos

recentes de manipulação de resul-

tados, Reinhard Rauball, presiden-

te da Liga alemã, diz que nenhuma

das duas principais divisões do fu-

tebol germânico está envolvida na

investigação. Já em Espanha, Javier

Tebas, vice-presidente da Liga es-

panhola, admite em declarações ao

jornal Marca, que o futebol do seu

país sofre com a manipulação de re-

sultados: “Aqui, não admitimos que

existe uma doença e, assim, não po-

demos curar o doente. Temos mani-

pulação de resultados e apostas ile-

gais. É uma percentagem reduzida,

mas existe corrupção em Espanha.”

PHIL NOBLE/REUTERS

FutebolMarco Vaza

Jornal dinamarquês diz que o Liverpool-Debrecen de 2009 é um dos jogos investigados, mas não envolve o árbitro português nas suspeitas

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Tiragem: 15668

País: Portugal

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Pág: 15

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Tiragem: 15668

País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Tiragem: 15668

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Tiragem: 15668

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 42510

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 42510

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

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Área: 26,55 x 33,66 cm²

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Tiragem: 42510

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 21,19 x 9,80 cm²

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Tiragem: 154475

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Âmbito: Informação Geral

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País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 120000

País: Portugal

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Área: 15,78 x 11,75 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46027405 06-02-2013

Página 29

Page 33: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A30

Tiragem: 120000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 15,78 x 6,92 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46027458 06-02-2013

Página 30

Page 34: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A31

Tiragem: 106675

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 62

Cores: Cor

Área: 20,31 x 26,70 cm²

Corte: 1 de 5ID: 46047933 07-02-2013

Página 31

Page 35: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 106675

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 63

Cores: Cor

Área: 19,91 x 27,48 cm²

Corte: 2 de 5ID: 46047933 07-02-2013

Página 32

Page 36: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 106675

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 64

Cores: Cor

Área: 20,36 x 27,79 cm²

Corte: 3 de 5ID: 46047933 07-02-2013

Página 33

Page 37: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 106675

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 65

Cores: Cor

Área: 20,41 x 27,86 cm²

Corte: 4 de 5ID: 46047933 07-02-2013

Página 34

Page 38: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 106675

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 66

Cores: Cor

Área: 6,94 x 26,55 cm²

Corte: 5 de 5ID: 46047933 07-02-2013

Página 35

Page 39: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A36

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 41

Cores: Cor

Área: 10,56 x 13,50 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46046426 07-02-2013

As denúncias não são novas, mas as

palavras talvez sejam as mais duras

de sempre. Mark Pieth, designado

por Sepp Blatter, presidente da FIFA,

para liderar o comité independente

anticorrupção da entidade que rege

o futebol mundial, na sequência dos

escândalos que rodearam a escolha

dos países que vão organizar os Mun-

diais de 2018 e 2022 e a corrida à pre-

sidência do organismo em 2011, de-

nuncia que a FIFA não tem nenhuma

vontade de se reformar a sério.

Simpatia por ditadores, uma boa

dose de sexismo são algumas das

considerações de Mark Pieth sobre

a conduta ética da FIFA, que atacou

publicamente a cúpula dirigente do

futebol mundial, numa entrevista ao

jornal alemão Süddeutsche Zeitung,

publicada ontem.

Senhor anticorrupção afirma que a “FIFA tem simpatia por ditadores e uma boa dose de sexismo”

Segundo Pieth, que também é con-

selheiro do Banco Mundial para a luta

contra a corrupção, os dirigentes da

FIFA “apenas pensam no seu próprio

poder e não vêem mais longe do que

a distância até ao seu próprio nariz”.

O jurista suíço aponta também o de-

do à maior parte das federações euro-

peias, considerando que não impul-

sionaram as mudanças necessárias a

uma maior democratização e trans-

parência na liderança da FIFA. A ati-

tude da UEFA e de Platini, seu presi-

dente, é particularmente censurada.

“É lamentável que, justamente

agora, os representantes europeus

venham dizer que já não são preci-

sas reformas”, afi rmou Pieth, que,

em relação aos dirigentes sul-ameri-

canos, tem uma opinião demolido-

ra: “Se repararmos em quem está

no comité executivo da FIFA, vemos

que há muita gente ligada a antigos

ditadores”.

Corrupção

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Page 40: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A37

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 5,17 x 30,48 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46046518 07-02-2013

Mário Andrea, director do Serviço

de Otorrinolaringologia do Hospital

de Santa Maria, em Lisboa, foi on-

tem alvo de várias buscas realizadas

pela PJ no âmbito de um processo-

crime. Segundo o PÚBLICO apurou,

estarão em causa crimes de natureza

económica, nomeadamente suspei-

tas de participação económica em

negócio. Está também a ser investi-

gada a actividade médica de Mário

Andrea, que é suspeito de utilizar

técnicas experimentais em doentes

sem a sua autorização.

O inquérito, iniciado em 2010, é

dirigido pela 9.º Secção do Depar-

tamento de Investigação e Acção

Penal de Lisboa. As buscas de on-

tem foram realizadas com o apoio

da Unidade Nacional de Combate à

Corrupção da PJ que esteve em casa

do também professor catedrático da

Faculdade de Medicina da Universi-

dade de Lisboa, no seu consultório

privado e no gabinete que ocupa no

Santa Maria.

Contactado pelo PÚBLICO, o as-

sessor de imprensa daquele hospital

público sublinha que “o que está em

causa é a investigação de uma pes-

soa e não da instituição”.

A notícia foi avançada pelo se-

manário Expresso e confi rmada pe-

lo PÚBLICO junto de várias fontes.

“Confi rmo as buscas”, disse Mário

Andrea ao Expresso. “Não sei que

crimes estão a ser investigados por-

que não me disseram. Mas não sou

arguido”, completou.

Em Novembro de 2009, sete mé-

dicos do Hospital de Santa Maria

acusaram Mário Andrea de violar

a ética médica. “Consoante a ne-

cessidade de apresentar trabalhos

em congressos internacionais, os

doentes são submetidos ciclica-

mente, sem estarem informados

ou darem o seu consentimento, a

técnicas em fase experimental e a

registos de imagem, nomeadamente

em fotografi a e vídeo, que prolon-

gam desnecessariamente os tempos,

tanto cirúrgicos como anestesioló-

gicos”, noticiava então o Expresso,

citando a queixa. O hospital adianta

que não chegou a abrir um processo

disciplinar ao médico.

PJ investiga director de serviço no Santa Maria

BuscasMariana Oliveira

Professor catedrático Mário Andrea suspeito de crimes económicos e de utilizar técnicas experimentais sem autorização dos doentes

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Page 41: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A38

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 27,21 x 30,48 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46046641 07-02-2013

JUAN MEDINA/REUTERS

Juízes ouviram ex-tesoureiro do PP, numa Espanha farta de corrupção

Luis Bárcenas foi apupado por populares à chegada e à partida, que lhe chamaram “gatuno”

O ex-tesoureiro do Partido Popular

(PP) espanhol Luis Bárcenas passou

ontem quase três horas a depor, co-

mo indiciado, perante os juízes do

departamento anticorrupção do

Ministério Público. Do que lá disse

apenas transpirou ter negado que

houvesse uma contabilidade para-

lela no PP — a que é fortemente su-

gerida pelo caderninho escrito à mão

onde estão registadas contribuições

de empresas, muitas delas acima do

permitido pela lei, e pagamentos a

dirigentes do partido, ao longo de 18

anos, incluindo ao primeiro-minis-

tro, Mariano Rajoy.

Bárcenas é suspeito de ser o autor

dessa contabilidade paralela — espe-

cialistas em grafologia ouvidos pelo

El País dizem que se trata da sua letra

—, mas ele nega tudo. Tal como os

dirigentes do PP, que mantêm tratar-

se de uma montagem, enquanto os

partidos da oposição, em coro mais

ou menos concordante, pedem ex-

plicações concretas, provas, e até a

demissão de Mariano Rajoy.

As declarações de ontem e o cader-

no de contabilidade serão cruzados

com duas bases de dados ofi ciais: os

impostos pagos pelo PP desde 2000

e as contas do partido apresentadas

ao Tribunal de Contas. Os juízes anti-

corrupção vão também chamar a de-

por 15 empresários que constam na

contabilidade paralela do PP como

contribuintes de somas superiores ao

que é legal dar a partidos. Os empre-

sários negam, mas alguns são já cita-

dos no processo Gürtel, uma trama

de fi nanciamento ilegal e corrupção,

que envolveu dirigentes do PP.

Com o PP a negar tudo e a amea-

çar com processos contra os jornais,

aguarda-se o debate sobre o estado

da nação no Parlamento, marcado

para 20 de Fevereiro — será a primei-

ra vez que Rajoy enfrenta os depu-

tados para essa prestação de contas.

Em 2012, conseguiu evitá-lo, dizendo

que era cedo (as eleições tinham sido

em Novembro de 2011).

Neste ambiente de desconfi ança

crescente em relação aos políticos,

foram conhecidos os resultados de

uma sondagem do Centro de Inves-

tigações Sociológicas, feita entre 4

e 14 de Janeiro, antes de começar o

escândalo da contabilidade parale-

la do PP. Revelava já uma tendência

de descida do partido de Rajoy — e a

duplicação das pessoas preocupadas

com a corrupção. Em Janeiro, 17,7%

escolheram a corrupção como um

dos três maiores problemas do país,

face a apenas 7,2% no mês anterior. É

um novo recorde desde 1995, quan-

do se viviam os últimos dias dos go-

vernos socialistas de Felipe González

e a corrupção inquietava 33,5% dos

espanhóis.

Os temas mais preocupantes são

o desemprego (81,1%), os problemas

económicos (38,9%) e outro tema re-

lacionado com a falta de confi ança na

democracia: os partidos políticos e a

política (30,3%). Cerca de 80% dos ci-

dadãos têm pouca ou nenhuma con-

fi ança em Rajoy e no socialista Rubal-

caba. O PP teve uma grande quebra

nas intenções de voto — 35%, quando

nas eleições de 2011 teve 44,6%. Ain-

da assim ganharia as eleições, pois o

PSOE pouco recuperou em relação

aos 28,7% de 2011 (tem 30,2%). Os

maiores benefi ciados são os partidos

de esquerda, como a Izquierda Unida

e União, Progresso e Democracia.

Preocupações dos espanhóis com a corrupção aumentou em Janeiro. Desconfi ança sobre idoneidadedos políticos já estava a disparar antes do caso do Partido Popular, mostra nova sondagem

Partido Popular Clara Barata

Urdangarin recorre

Direitos violados, diz

O genro do Rei de Espanha acusado de corrupção na Fundação Nóos, ameaça ir até ao Tribunal

Constitucional para anular o processo, por considerar que foi violado o seu direito de defesa. No recurso que apresentou contra a fiança de 8,1 milhões de euros que lhe foi imposta, o advogado de Urdangarin afirma que o processo “vai-se enchendo de novos delitos, esquecendo-se os princípios de acusação e contradição básicos nos procedimentos penais, e violando-se os direitos de defesa protegidos pela Constituição”. A Casa Real veio ontem negar os rumores de que haja pressões para que a infanta Cristina, mulher de Urdangarin, se divorcie, sob pena de perder os direitos de sucessão.

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Page 42: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 21,26 x 16,22 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46046641 07-02-2013PAUL HANNA/REUTERS

CASO BÁRCENASEX-TESOUREIRO NEGA CONTABILIDADE PARALELA NO PP Mundo, 24

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Page 43: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A40

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 13,44 x 32,99 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46047146 07-02-2013

Página 40

Page 44: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A41

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 22,14 x 18,84 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46047020 07-02-2013

Página 41

Page 45: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,00 x 2,50 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46047020 07-02-2013

Página 42

Page 46: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A43

Tiragem: 42510

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

Cores: Cor

Área: 10,75 x 15,63 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46047008 07-02-2013

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Page 47: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A44

Tiragem: 42510

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 41

Cores: Cor

Área: 10,15 x 14,08 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46046946 07-02-2013

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Page 48: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A45

Tiragem: 36413

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 26,72 x 16,94 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46050185 07-02-2013

Mário Pinto

Três militares que desempe-nharam funções no ComandoTerritorial de Leiria da GNR/Brigada de Trânsito foramreformados compulsivamente,depois de terem sido acusadose condenados por terem par-ticipado num esquema de cor-rupção e de favorecimento, noâmbito da ‘Operação Centau-ro’, desencadeada a nível na-cional. O despacho foi assinadorecentemente pelo ministro daAdministração Interna, Mi-guel Macedo.

O guarda I. Alves e os cabosP. de Oliveira e M. Ovelheiro,do comando de Leiria, eramtrês dos 17o arguidos proveni-entes das brigadas de trânsitode Lisboa, Torres Vedras, Car-regado, Coimbra, Santarém e

Setúbal, que foram acusados ejulgados pelo Tribunal de Sin-

tra pela prática de vários cri-mes, entre os quais o de cor-

rupção. Os militares recebiambenefícios financeiros de

empresários, a troco da garan-tia de que estes não seriamimportunados nas acções defiscalização desencadeadaspela Brigada de Trânsitonaquelas regiões do País.

A forma de actuar dos mili-tares da GNR envolvidos naOperação Centauro ficouconhecida como ‘a volta doNatal’, já que seria nesta alturado ano que procediam às co-branças dos favores. A quemnão quisesse pagar era dado aentender que poderia sofrer‘represálias’.

Refira-se que a Operação Cen-tauro começou com a detençãode alguns militares da Brigadade Trânsito de Albufeira, Al-garve, por alegado envolvimentoem esquemas de corrupção, eposteriormente foi desencadea-da a nível nacional. l

Militares da GNR de Leiria envolvidos em esquemade corrupção reformados compulsivamenteUm guarda e dois cabos da GNR/Brigada de Trânsito do Comando Territorial de Leiria, que foram acusadose julgados por vários crimes, entre os quais o de corrupção, no âmbito da Operação Centauro desencadeadaa nível nacional, foram reformados compulsivamente. Despachos foram assinados recentemente peloministro da Administração Interna, Miguel Macedo

GNR os três militares estiveram envolvidos no esquema de corrupção quando estavam na Brigada de Trânsito

LUÍS

FIL

IPE

COIT

O/AR

QUIV

O

Reforma compulsivaé a pena máxima

A reforma compulsiva tra-duz-se na pena máxima quepode ser aplicada a um funcio-nário público e corresponde aoafastamento definitivo de todasas funções que exercia no Esta-do. Há lugar à reforma compul-siva desde que o agente em cau-sa, contando no mínimo cincoanos de serviço, seja punidocom pena de natureza discipli-nar (ou então decorrente de con-denação penal definitiva). Naprática, a reforma compulsivafunciona nos mesmos moldesque a aposentação antecipada,com a diferença que no cadastrodo funcionário fica registada apena que tem efeitos perma-nentes na função pública.l

Página 45

Page 49: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 36413

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,86 x 2,74 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46050185 07-02-2013LEIRIA P4

Reforma compulsivapara três militares daGNR por corrupção

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Page 50: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A47

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Preto e Branco

Área: 16,51 x 24,56 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46047699 07-02-2013

Página 47

Page 51: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,07 x 1,85 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46047699 07-02-2013

Página 48

Page 52: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A49

Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 7,93 x 3,35 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46047669 07-02-2013

Página 49

Page 53: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A50

Tiragem: 14700

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 13,72 x 4,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46066368 08-02-2013Bruxelas aperta malha a políticos e governantesA Comissão Europeia está a intensificar o controlo sobre os políticos e os seus familiares. É o que se deduz das novas regras relativas à prevenção do branqueamento de capitais e finan-ciamento do terrorismo, bem como à corrupção. Entre as várias medidas, destaque para as empresas terem agora a obrigação de declararem quem são os seus beneficiários efetivos, a par de um maior controlo sobre políticos, governantes, parlamentares e juízes de tribunais supre-mos. Bruxelas refere a intenção de limitar o mais possível todo o tipo de crime organizado.

Página 50

Page 54: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A51

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 46

Cores: Cor

Área: 26,43 x 14,32 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46066176 08-02-2013

EDITORIAL

Uma subvenção para a transparência

No domingo, este jornal denunciou a

existência de erros na ordem de vários

milhões de euros nas subvenções

atribuídas pelo Estado em 2011. Entre

estas, contava-se um apoio de 16

milhões de euros à Santa Casa de Pedrógão

Grande. Na verdade, foram-lhe atribuídos

apenas... 200 mil euros. Após a publicação

desta notícia, a Inspecção-Geral das Finanças

(IGF) actualizou e corrigiu, ontem, as

listagens das subvenções públicas, cujo valor

total ascende a 2,4 mil milhões. No entanto,

permaneciam alguns erros detectados pelo

PÚBLICO, como o caso da Santa Casa de

Alvaiázere, à qual continuava associada uma

subvenção de três milhões quando recebeu

apenas 40 mil euros. Tal como continuavam

por explicitar as fi nalidades dos apoios

atribuídos na educação e na saúde.

O PÚBLICO detectou fragilidades na monitorização das subvenções que o Estado tem de corrigir

Entre falhas e omissões, para mais

reiteradas, uma pergunta fi ca sem resposta:

afi nal qual é o grau de fi abilidade da

fi scalização das subvenções pela qual esta

inspecção é responsável? Se é incapaz de

detectar situações como as que o PÚBLICO

conseguiu identifi car, é de perguntar se não

seria melhor atribuir à IGF uma subvenção

para a tornar mais efi ciente...

O que está em causa é a capacidade de o

Estado monitorizar ajudas a fundo perdido

que representam uma fatia signifi cativa

dos gastos públicos. E fazê-lo tanto ao nível

dos valores como dos objectivos. Não se

pode depreender destas falhas que tudo

estará errado. Mas pode-se inferir que o

grau de fi scalização é, no mínimo, frágil.

O que é necessário é exigir ao Estado que

seja rigoroso na avaliação do valor e destino

destas subvenções, no âmbito das quais

encontramos desde apoios sociais a eventos

desportivos. Em tempos de crise, impõe-se

que o Estado corrija esta fragilidade e que

a atribuição de subvenções públicas passe

a estar sujeita a um crivo rigoroso, quanto

à utilidade e à efi cácia com que estas são

aplicadas. Para já, não estamos perto disso.

Um erro político

Franquelim Alves expôs ontem numa

entrevista à RTP o absurdo que é

considerar todos os que passaram

pelo BPN como cúmplices das

ilegalidades que por lá se praticaram.

Visto o caso à distância, claro que ele e

a restante administração poderiam ter

usado os primeiros indícios de crime para

os comunicar ao Banco de Portugal. Mas

as explicações que deu para o não fazer

(a ausência de um retrato consistente

da situação) são aceitáveis. Ainda assim,

sabe-se que o BPN é hoje o mais abjecto

testemunho da negligência, do carreirismo

e da corrupção com que o país refl ecte

o seu passado recente. Um Governo

preocupado em cimentar uma relação de

confi ança com os cidadãos teria por isso de

evitar qualquer colagem, por remota que

fosse, com esse pântano legal e moral. Este

Governo sabia dos perigos que corria ao

nomear Franquelim Alves — por isso riscou

a sua passagem pela SLN do currículo

ofi cial. Para sua defesa e para a defesa da

imagem do Governo, teria sido melhor

evitar a sua nomeação.

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Page 55: BRIEF Transparência » Revista Semanal 78

A52

Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 15,95 x 30,12 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46066130 08-02-2013

JORGE GUERRERO/AFP

Aguirre tinha anunciado o afastamento da vida política no Outono

Esperanza Aguirre, a presidente do

Partido Popular (PP) em Madrid, é

a grande rival do primeiro-ministro

Mariano Rajoy e tornou-se a princi-

pal voz contra a gestão que o partido

está a fazer das fortes suspeitas de

que durante anos existiu uma con-

tabilidade paralela de que benefi cia-

ram os dirigentes. Em público, apela

à “regeneração urgente da demo-

cracia”; em privado, numa reunião

partidária, afi rmou que despediria

a ministra da Saúde, apanhada nas

malhas da rede de corrupção Gürtel,

e que Rajoy tem defendido.

O relato do El País sobre a última

reunião da direcção do PP mostra

uma Aguirre em fúria, em descon-

certo com as posições que o partido

assumiu em relação ao caso Bárce-

nas — o caderno manuscrito onde

estão anotadas entradas de dona-

tivos ilegais de empresas ao PP, ao

longo de 18 anos, e pagamentos não

declarados a dirigentes do partido.

Inclusivamente a Mariano Rajoy.

O departamento anticorrupção do

Ministério Público está a investigar

o caso e pediu ao PP dados sobre

as suas contas, que vai cruzar com

as suas declarações de impostos. Na

quarta-feira ouviu o homem que se

julga ser o autor do caderno de con-

tabilidade manuscrito — embora ele

o negue —, o ex-tesoureiro do parti-

do, Bárcenas, atribuindo-lhe o esta-

tuto de “indiciado”. O ex-tesoureiro

foi submetido também a uma prova

pericial de caligrafi a, para comparar

a sua letra com a do caderno revela-

do pelo El País.

Bárcenas é investigado também no

caso Gürtel, uma vasta trama que en-

volveu políticos do PP e empresários

numa rede de corrupção e fi nancia-

mento ilegal a este partido. A justi-

ça quer saber a origem dos muitos

milhões de euros que Bárcenas tem

em contas na Suíça, alguns dos quais

tentou branquear usando uma am-

nistia fi scal declarada em 2012 pelo

Governo do PP — tal como pelo me-

nos 15 empresários ligados ao caso

Gürtel, desconfi a o juiz instrutor do

processo, que os chamou a depor.

O procurador-geral espanhol, Edu-

ardo Torres-Dulce, considerou exis-

Esperanza Aguirre, a rival de Rajoy no PP, apela em público à regeneração e ataca em privado

tados, vários presidentes de câma-

ra. Foram expulsos muito antes de

serem acusados e não têm vínculos

connosco, não lhes pagamos como

assessores nem nada”. Referia-se à

ministra da Saúde, Ana Mato, cujo

nome a polícia descobriu em factu-

ras de empresas de rede Gürtel, co-

mo destinatária de presentes e bene-

fi ciária de viagens pagas, junto com

o seu ex-marido, Jesús Sepúlveda,

ou sozinha, e que recusa demitir-se,

com o apoio de Rajoy e do partido.

Sepúlveda, por sua vez, continua a

ser funcionário do PP, e o partido

recusa cortar o vínculo com ele, em-

bora não o deixe aparecer na sede.

“Estamos perante uma oportuni-

dade de regeneração democrática,

que já se devia ter feito”, tinha dito

no dia anterior Aguirre. “Isto não sig-

nifi ca que queira voltar à primeira

linha política”, sublinhou — ou seja,

que queira roubar o lugar a Mariano

Rajoy...

tirem motivos sufi cientes até agora

para “levar até ao fi m” a investigação

sobre o PP. Em contraste, a atitude

do PP tem sido a de negar, ameaçar

com processos os jornais, dizer que

não há nada a investigar.

Aguirre afi nou por outro diapasão:

“Lamento as últimas notícias, pelos

eleitores do PP, pelos políticos hon-

rados e sobretudo pelos espanhóis.

Chegou o momento da regenera-

ção”, disse na sua conta de Twitter. E

deu mais outra estocada: “É preciso

acabar com os corruptos, com a jus-

tiça lenta e com os profi ssionais da

política”, disse, propondo uma nova

lei eleitoral. Ela tinha anunciado no

Outono que se retirava da política

por motivos de saúde.

Na reunião da direcção de quar-

ta-feira, relata o El País, Esperanza

Aguirre apresentou a sua própria

gestão de nove anos à frente do PP

de Madrid como exemplo: “Afastei

do partido um vereador, três depu-

EspanhaClara Barata

Presidente do Partido Popular de Madrid é a principal voz dissidente da estratégia para enfrentar suspeitas de corrupção

Bens do genro do rei podem ser penhorados

Como Iñaki Urdangarin, o genro do rei de Espanha com problemas na justiça por causa dos seus

negócios na Fundação Nóos, não pagou a caução de 8,1 milhões de euros no prazo que lhe tinha sido imposto, a ele e ao seu ex-sócio Diego Torres, o juiz instrutor do processo pediu uma relação dos seus bens susceptíveis de serem penhorados. O palacete de Pedralbes, em Barcelona, no qual gastou mais de sete milhões de euros, é o imóvel

mais valioso de Urdangarín e da sua mulher, a infanta Cristina. Mas os duques de Palma têm um vasto património imobiliário que poderá ser penhorado, sublinha o El País. Por exemplo, dois apartamentos de 65 metros quadrados com dois lugares de garagem em Palma de Maiorca, comprados com empréstimos no valor de €391.850, e uma vivenda em Terrasa (Barcelona), comprada por 231 mil euros, através da imobiliária Aizoon (de que também era accionista a infanta Cristina).

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Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 4,49 x 6,65 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46067798 08-02-2013

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 20

Cores: Preto e Branco

Área: 8,78 x 4,15 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46065845 08-02-2013

CEO da Eni investigado por corrupçãoA petrolífera italiana Eni SpA confirmou ontem que o seuCEO, Paolo Scaroni, está a ser investigado pelo tribunal deMilão, por alegada corrupção. A Saipem, subsidiária da Eni,é acusada de ter pago 197 milhões de euros em subornosàs autoridades argelinas, para obter contratos neste paísno valor de 11 mil milhões de euros. A casa e o escritóriode Scaroni foram já alvo de buscas policiais.

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 26,33 x 15,75 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46065936 08-02-2013

Marta Marques [email protected]

As pessoas politicamente ex-postas (PEP) residentes em ter-ritório nacional vão passar a es-tar incluídas na lista dos bancosde clientes com elevado risco debranqueamento de capitais.Essa é pelo menos a intenção doBanco de Portugal, que ontemcolocou em consulta pública umProjecto de Aviso sobre bran-queamento de capitais e finan-ciamento do terrorismo.

A actual lei já consagra o de-ver de análise reforçada das ope-rações envolvendo PEP, masapenas aqueles não residentesem território nacional. O DiárioEconómico sabe que alguns dosmaiores bancos nacionais já in-cluíam estes clientes na sua listade elevado risco – respeitando asmelhores práticas internacionais– embora, por lei, não fossemobrigados a fazê-lo. São consi-derados PEP não apenas os polí-

ticos em funções mas tambémos membros próximos da família(incluindo uniões de facto), pes-soas ou empresas com quem te-nham estreitas relações de ne-gócio e ainda outros titulares decargos públicos relevantes,como altas patentes militares oujuízes de tribunais superiores. Opresente projecto mantém noentanto inalterado o período quedecorre do fim de funções paraque o cliente seja consideradoPEP. Ou seja, é apenas PEP“aquele que desempenhe, ou te-nha desempenhado nos últimos12 meses, altos cargos de natu-reza política ou pública”. Quemtenha findo funções há mais deum ano continua assim fora doradar dos bancos.

As instituições financeiraspassam também a ter de disporde uma abordagem baseada norisco. Ou seja, existem clientese operações que pelas suas ca-racterísticas devem ser auto-maticamente classificados

como oferecendo elevado risco.Na prática, isto significa disporde meios informáticos que emi-tam alertas para operações derisco e que monitorizem de for-ma permanente estes clientes.Trata-se de uma forma de con-centrar meios e recursos noscasos que exijam atenção refor-çada. Além dos PEP, são clientesde elevado risco, por exemplo,aqueles que tenham profissões

que envolvam a utilização dedinheiro “vivo”, como comer-ciantes ou sucateiros, ou clien-tes com nacionalidade ou resi-dência em determinadas geo-grafias, como ‘offshores’. Já alista de operações de risco é ex-tensa. O Banco de Portugalenumera, neste projecto, 110 si-tuações exemplificativas de si-tuações passíveis de gerar aler-tas, como é o caso de clientesque, sem explicação plausível,movimentem numerário emmontantes pouco usuais ou nãojustificados pelo seu perfil.

Apesar de os bancos terem li-berdade para elaborarem a sualista de operações com “alertavermelho”, a lei consagra aobrigatoriedade de identificaros depósitos em numerário apartir de determinado montan-te como uma operação de risco.Um limite que o regulador pre-tende ver agora alterado: ac-tualmente o limite é de 12.500euros, numa única operação ou

em operações relacionadas, maspassará a ser de 1.000 euros deacordo o presente projecto. Eporque o fraccionamento destasoperações em pequenos mon-tantes é uma prática comum nocrime de branqueamento de ca-pitais e financiamento do terro-rismo, o regulador passa tam-bém a impor um registo centra-lizado. Trata-se de um registocentralizado para transferênciasde fundos, “que permita o con-trolo efectivo do limite agregadode 15.000 euros”, de acordocom o documento.

Nota ainda para o facto detambém as entidades presta-doras de serviços postais pas-sarem a estar sujeitas a esta le-gislação. Estas entidades têmum elevado peso na transfe-rência de fundos para o estran-geiro mas escapam geralmentea regulação e supervisão.

O Projecto de Aviso ficaráem consulta pública até 9 deMarço. ■

Banco de Portugal quer análisereforçada às contas dos políticosO regulador colocou em consulta pública um Projecto de Aviso sobre branqueamento de capitais.

O Banco dePortugal, lideradopor Carlos Costa,colocou ontem emconsulta públicaa regulamentaçãoque prevê ummaior controlodas operaçõesde risco.

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Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 17,48 x 15,99 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46066043 08-02-2013

“Nem num cêntimo me sintoresponsável pela fraude no BPN”O novo secretário de Estado do Em-preendorismo negou ontem qual-quer responsabilidade na fraude de-tectada no BPN e garantiu que nãoomitiu informação ao Banco de Por-tugal (BdP) quando passou pela ad-ministração da SLN, sociedade quedetinha o banco. “Nem num cênti-mo me sinto responsável pela fraudeno BPN”, disse ontem ao noite Fran-quelim Alves em entrevista ao pro-grama “De Caras”, da RTP.

O secretário de Estado, que con-firmou ter sido directamente con-vidado pelo ministro da Economia,fez questão, aliás, de dizer que sesente, ao contrário, responsável“por ter denunciado” e por ter“feito parte dos que ajudaram a eli-minar a ilegalidade”. Um argu-mento que o próprio Álvaro SantosPereira tinha usado no Parlamentopara defender a idoneidade deFranquelim Alves para integrar oGoverno.

Franquelim Alves admitiu queem 2007 assinou as contas do BPNque já continham irregularidades,mas justificou que à data a admi-nistração “ponderou os prós e con-tras” de informar o Banco de Por-tugal. “Não lamento não ter comu-

nicado mais cedo ao BdP”, disse osecretário de Estado, argumentan-do que a comunicação è entidadesupervisora - em Maio e Junho de2008 - foi feita “na altura em que[as suspeitas de fraude] eram subs-tanciadas”. “Só quem viveu o in-ferno é que seria capaz de percebera dimensão da fraude e ocultação ea dificuldade de ver o que tínhamosà nossa frente”, argumentou o go-vernante para justificar só em Ju-nho terem enviado a carta ao BdP acomunicar irregularidades. ■

Franquelim Alves admite ter assinado contas, mas diz que ajudou a denunciar ilegalidades.

Franquelim Alvesadmite que em 2007assinou as contas doBPN que já continhamirregularidades,mas justificou que àdata a administração“ponderou os prós econtras” de informaro Banco de Portugal.

Novo secretário deEstado do

Empreendedorismofoi ontem à RTP

“dar a cara” pelapolémica em tornoda sua nomeação.

RTP

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Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 21,50 x 23,81 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46067266 08-02-2013

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Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

Cores: Cor

Área: 16,12 x 30,22 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46086820 09-02-2013

YASUYOSHI CHIBA/AFP

Lula afirmou sempre desconhecer o financiamento ilegal do partido

O feriado do Carnaval — que deixa

o país em suspenso — poderá ser

a razão pela qual um depoimento

acusando o ex-Presidente da Repú-

blica Luiz Inácio Lula da Silva, de

envolvimento no caso do Mensalão,

ainda não tenha chegado às mãos

do Ministério Público do estado de

Minas Gerais, onde decorrem pe-

lo menos seis acções de “desmem-

bramentos” do escândalo político e

de corrupção que abalou o Partido

dos Trabalhadores (PT) e o Governo

brasileiro.

O processo, que foi remetido para

Minas Gerais no início da semana,

por decisão do procurador-geral da

República, Roberto Gurgel, tem que

ver com as informações recolhidas

num depoimento voluntário feito

pelo empresário Marcos Valério de

Souza, um dos principais implicados

no escândalo, e que foi condenado

a 40 anos de prisão pelos crimes de

formação de quadrilha, corrupção

activa, peculato, lavagem de dinhei-

ro e evasão de divisas.

Segundo disse Valério, Lula não

só tinha conhecimento do Mensalão

— o pagamento por votos a mem-

bros de partidos minoritários no

Congresso para a aprovação de pro-

postas que benefi ciavam o Governo

e o PT — como esteve activamente

envolvido, contribuindo para a via-

bilização do esquema com a auto-

rização de empréstimos bancários

para o fi nanciamento do partido. O

empresário disse ainda que Lula da

Silva benefi ciou do pagamento de

“despesas pessoais” com verbas do

Mensalão.

O ex-Presidente brasileiro esca-

pou incólume ao escândalo que veio

a público em 2005 (foi reeleito no

ano seguinte) e ao megaprocesso

consequente, com mais de 600

testemunhas. Ao fi m de 138 dias de

julgamento, o Supremo Tribunal Fe-

deral condenou 25 dos 37 arguidos,

entre os quais o antigo ministro da

Casa Civil e braço-direito de Lula,

José Dirceu, alegadamente o “arqui-

tecto” do esquema (acusação que

sempre negou). O novo depoimento

de Marcos Valério foi feito em Se-

tembro de 2012, já depois da leitura

Lula da Silva ainda podeser chamado a responderpelo escândalo do Mensalão

da sentença, com o objectivo de ob-

ter uma redução de pena em troca

de novas informações.

Lula da Silva, que terminou o se-

gundo e último mandato em 2010,

já não goza da imunidade garantida

pela presidência. O ex-Presidente

desmentiu sempre qualquer co-

nhecimento do esquema de fi nan-

ciamento ilegal do seu partido,

afi rmando-se mesmo “traído por

práticas inaceitáveis”. Quando as

acusações de Marcos Valério foram

divulgadas pela imprensa brasileira,

em Novembro, voltou a negar tudo,

sem mais explicações. “Não posso

comentar mentiras”, reagiu.

Quando receber o depoimento

de Valério, o Ministério Público de

Minas Gerais tem uma de duas hipó-

teses: avançar com a investigação,

considerando que existe matéria

passível de eventual acusação, ou

optar pelo arquivamento. Se for a

primeira hipótese, o caso poderá ser

anexado a alguma das outras acções

relacionadas com o Mensalão — foi,

aliás, o facto de Valério ser arguido

em dois dos seis processos em curso

naquele estado que justifi cou que a

Procuradoria-Geral tivesse endossa-

do o depoimento às autoridades de

Belo Horizonte.

As novas informações relativas a

Lula da Silva não foram integradas

na Acção Penal 470 (o processo do

Mensalão no Supremo), que já tinha

sido encerrada, mas o procurador-

geral Roberto Gurgel garantiu que

as alegação não deixariam de ser

averiguadas. A questão era deter-

minar em que “jurisdição” — na ca-

pital, Brasília, em São Paulo, onde

reside o ex-Presidente, ou Minas Ge-

rais. “Depois de uma verifi cação cui-

dadosa”, Gurgel decidiu remeter o

processo à Procuradoria que já está

a lidar com um outro “desmembra-

mento, determinado pelo ministro

Joaquim Barbosa, que trata de um

assunto relacionado com o esquema

do Mensalão.

BrasilRita Siza

Ministério Público de Minas Gerais vai decidir se investiga acusações de envolvimento do ex-Presidente no esquema

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Tiragem: 41360

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 15,80 x 29,86 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46086826 09-02-2013DOMINIQUE FAGET/AFP

O juiz Baltasar Gárzon iniciou a investigação do caso Gürtel de corrupção no PP espanhol

O juiz espanhol Baltasar Garzón de-

fendeu ontem na televisão Cadena

SER que há “indícios “claros de “cor-

rupção” no Partido Popular (PP) e

que os casos Bárcenas e Gürtel de-

veriam ser investigados pela mes-

ma instância judicial, a Audiência

Nacional.

Este tribunal nacional tem nas

mãos a investigação sobre o escân-

dalo de corrupção ligado ao PP espa-

nhol conhecido por Caso Gürtel. Mas

o relativo ao ex-tesoureiro dos popu-

lares, Luis Bárcenas, está nas mãos

do departamento anticorrupção do

Ministério Público. O ex-tesoureiro

do PP, através de uma contabilidade

paralela, receberia avultadas verbas

de empresas, distribuindo parte de-

las pela cúpula do partido através de

pagamentos mensais.

Garzón era o juiz da Audiência

Nacional que, em 2009, mandou

realizar escutas a suspeitos no Gür-

tel com o objectivo de provar que

se tratava de “um delito continua-

do”. Foi acusado de abuso de poder

Garzón diz que os populares não têm “vontade política” para investigar a corrupção

e condenado a 11 anos sem exercer

a profi ssão.

O antigo juiz disse que nas inves-

tigações Gürtel surgiu-lhe o nome

de Bárcenas, que foi imputado em

2009. Explicou que os indícios de

crime são evidentes, mas, concluiu,

há “falta de vontade política” para

fazer avançar os dois processos.

O Caso Bárcenas, que está a des-

gastar a imagem do PP e a credi-

bilidade de Mariano Rajoy, o pre-

sidente do Governo, já abriu uma

guerra interna no Partido Popular

(direita). Ontem, elementos da cú-

pula do partido disseram ao jornal

El País que a líder dos populares

madrilenos, Esperanza Aguirre,

“passou todos os limites” da “des-

lealdade”.

Aguirre era a grande rival de Ra-

joy, mas, no ano passado, anunciou

que se retirava da política activa por

motivos de saúde. Manteve-se, po-

rém, na liderança em Madrid e, ago-

ra, decidiu atacar o presidente do

Governo devido a Bárcenas.

Em público, Aguirre apelou à “re-

generação urgente da democracia”.

Em privado, numa reunião partidá-

ria, fez duras críticas à forma como

o partido está a gerir o escândalo,

atacando a secretária-geral, Dolores

de Cospedal. E defendeu o despe-

dimento da ministra da Saúde, Ana

Mato, suspeita no caso Gürtel.

De acordo com as fontes do El Pa-

ís, na reunião partidária, onde Rajoy

não esteve, Aguirre enfrentou a pre-

sidente da Câmara de Madrid, Ana

Botella (mulher do ex-presidente de

um anterior Governo, José María Az-

nar), que tem defendido Mato.

A direcção nacional do partido,

que começou a ser ouvida pela im-

prensa espanhola, disse estar furio-

sa com Aguirre, que foi ministra da

Educação e da Cultura de Aznar e,

depois, a primeira mulher a presidir

ao Senado.

Os “marianistas”, como são co-

nhecidos os fi éis ao primeiro-mi-

nistro (que dominam as estruturas

mais altas do partido), puseram em

marcha um plano para isolar Aguir-

re. Não houve, no seio dos popula-

res, quem a defendesse. Até o ho-

mem mais bem posicionado para

substituir Rajoy (caso este caia), que

não é considerado um “marianista”,

Alberto Núñez Feijóo, presidente da

Junta autonómica da Galiza, disse:

“Não há um presidente que acre-

dite mais na regeneração do que

[Rajoy]”.

A guerra está, pois, aberta com

Aguirre que, recentemente, se mani-

festou contra uma reforma na forma

como as listas eleitorais são feitas

(ela controla-as e quem não mostra

obediência, diz o El País, é imedia-

tamente posto fora). Quem sabe se

a hostilidade aberta pela ex-ministra

não é uma forma de as hostes de

Rajoy tomarem, fi nalmente, conta

do partido em Madrid.

EspanhaAna Gomes Ferreira

Aguirre, a presidente dos populares de Madrid, ficou isolada ao atirar-se à cúpula do partido devido ao Caso Bárcenas

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 18,76 x 29,51 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46088232 09-02-2013

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Tiragem: 117650

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

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Área: 30,15 x 46,97 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46087713 09-02-2013

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Tiragem: 117650

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 29,78 x 34,20 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46087713 09-02-2013

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Tiragem: 117650

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,10 x 11,53 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46087713 09-02-2013

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Tiragem: 117650

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 29,59 x 46,97 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46087595 09-02-2013

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Tiragem: 117650

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 41

Cores: Cor

Área: 29,93 x 44,42 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46087595 09-02-2013

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Tiragem: 42510

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Pág: 11

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Tiragem: 42510

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 15,26 x 11,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46088015 09-02-2013

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Tiragem: 154475

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Pág: 34

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Área: 16,28 x 26,56 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46088622 09-02-2013

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Tiragem: 154475

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 21,51 x 23,84 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46088653 09-02-2013

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