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N 53/2013 – ISSN: 1982-8322 o ABBri Informativo da Associação Brasileira de Brinquedotecas ABBri Dia do Brincar A Magia da Boneca J Brincar é coisa séria - Brinquedotecas na Saúde Pública A Brinquedoteca em Ambiente de Saúde: bases teóricas e práticas Formação de Brinquedistas e Organização de Brinquedotecas O Artigo 31 e o seu alcance para a garantia dos direitos da criança Encontros temáticos ABBri responde J J J J J J

Brinquedista532013-1

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brinquedista

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  • N 53/2013 ISSN: 1982-8322oABBri

    Informativo da Associao Brasileira de Brinquedotecas

    ABBri

    Dia do Brincar A Magia da BonecaJ Brincar coisa sria -

    Brinquedotecas na Sade Pblica A Brinquedoteca em Ambiente de

    Sade: bases tericas e prticas Formao de Brinquedistas e

    Organizao de Brinquedotecas O Artigo 31 e o seu alcance para a

    garantia dos direitos da criana Encontros temticos ABBri responde

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    J J

  • O Brinquedista o informativosemestral da Associao Brasileira

    de Brinquedotecas. Associe-se.

    R. Guaicu, 43 - sobrelojaPinheiros, So Paulo, SP.

    CEP 05427-030Fone/Fax: (11) 5533-1513

    < >

    [email protected]

    www.brinquedoteca.org.br

    E-mail:

    Diretoria Executiva

    Conselho Fiscal

    Presidente:Vice-Presidente:1 Secretria:2 Secretria:1 Tesoureira:2 Tesoureira:

    Vera Maria Barros de OliveiraMaria Celia R. Malta Campos

    Aidyl M. de Queiroz Prez RamosMarilena Flores MartinsEdda BomtempoSirlndia Reis de Oliveira

    Rislia Roso PinheiroTereza Mirian Pires Nunes

    [email protected]@globo.com

    [email protected]@[email protected]

    [email protected]@gmail.com

    [email protected]

    O Brinquedista n 53 Pg.... 02

    Comisso Editorial

    Expediente

    Edda Bomtempo - EditoraVera Barros de OliveiraAidyl M. de Queiroz Prez-RamosBeatriz Piccolo Gimenes

    Jornalista responsvel: Max FischerDiretora de publicao: Vera B.OliveiraDiagramao: Ricardo B. Smith

    EDITORIAL

    Neste ano a ABBri comemora seus 30 anos de existncia e este nmero

    traz uma pequena coletnea de nossa trajetria, registrada em nossos nmeros

    de O Brinquedista. Colocamos algumas capas e os respectivos sumrios das

    matrias apresentadas nesse perodo. Vemos por eles que, se por um lado,

    observa-se uma evoluo na editorao, com uso de cores ou diagramao

    mais moderna, por outro lado, constata-se como a ABBri tem se mantido fiel

    sua razo de ser, a seus legtimos propsitos e objetivos, ao mesmo tempo em

    que se adapta de forma viva e dinmica realidade vivida e amplia seu raio de

    ao. Em nossa prxima edio traremos matrias sobre sua histria. Ainda

    neste nmero, a programao e uma srie de fotos ilustram bem o que foi a linda

    comemorao do Dia do Brincar no Museu Brasileiro de Escultura, MuBE, o que

    constata, para nossa alegria, a crescente penetrao do Brincar em espaos

    culturais. Da mesma forma, o imaginrio continua povoando e encantando a ns

    todos, que amamos o Brincar, particularmente as Bonecas, com sua magia,

    como escreve Elsa Antunha, uma no assunto. Neste nmero ainda,

    divulgamos o belo trabalho que a Secretaria da Sade da PMSP vem realizando

    com o programa Brincar coisa sria. Abrimos espao tambm para a seo

    ABBri responde. Grande o rol de boas notcias sobre o que vimos realizando,

    que compem este nmero, como a grande melhoria de nosso site, nossa

    expanso de cursos, inclusive em outros estados e encontros temticos.

    Noticiamos o XIII Congresso Internacional de Brinquedotecas, em 2014 na

    Coria. Por todo o trabalho realizado, a ABBri agradece sinceramente aos

    voluntrios, amigos e familiares, que tm colaborado de forma to efetiva,

    presente e amorosa.Atodos vocs, nosso MUITO OBRIGADA !

    Vera Barros de Oliveira

    expert

    Presidente daABBri

  • Beatriz Piccolo Gimenes em sua oficina

    'Conto, Canto e Encanto

    O Brinquedista n 53 Pg.... 03

    Dia do Brincar

    Edda Bomtempo e Luana Caramillo-Going

    em 'Escrevendo com as Fadas'

    O Dia do Brincar, organizado pela Associao

    Brasileira de Brinquedotecas, ABBri, em conjunto com o

    Museu Brasileiro de Escultura, MuBE, em So Paulo, dia

    19 ltimo, foi um sucesso!!! O evento contou com a

    participao e apoio da PMSP, da International Play

    Association, IPA, e da OMEP-Brasil.

    As diversas palestras e oficinas de jogos e

    brincadeiras foram muito concorridas. O espao

    privilegiado do MuBE permitiu que fossem feitas

    atividades ao ar livre, reunindo crianas, adolescentes,

    pais, avs, assim como profissionais de diversas reas!

    Foram colocadas tendas para atividades ldicas, como

    jogos de tabuleiro, origami, contao de histrias, entre

    outras.

    A St. Andrew Society Pipes & Drums, SASPD,

    legtima banda escocesa, compareceu em grande estilo,

    tocando por quase uma hora para alegria e encanto de

    todos. Vejam as fotos!

    J estamos nos programando para 2014! Afilie-se

    ABBri: http:///www.brinquedoteca.org.br

    'Brincadeiras Tradicionais

    Zamira 'esculpindo com sucata

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 04

    Vera Barros, Vera Mellis e a Banda SASPD 'St. Andrew Society Pipes and Drums

    Dia do Brincar (cont.)

    Maria Clia Malta Campos e Os Jogos

    de Tabuleiro para Diferentes Idades

    Vera Barros - 'O Brincar e a Brinquedoteca

    Vera Mellis Paolillo e Marilena

    Flores Martins

    Marilena Flores Martins na palestra 'O Direito

    de Brincar e a ONU

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 05

    A Magia da BonecaElsa Lima G. Antunha

    No imenso mundo dos brinquedos destacam-se o ursinho de

    pelcia, a bola e tantos outros, mas, de forma perene, reina

    soberana a boneca. Quais os motivos que a elevaram a to alto

    posto e a to duradoura preferncia? A boneca, figura humana

    miniaturizada, sob as mais diversas representaes est presente

    j nas arcaicas formas de projeo das emoes e da conscincia

    da humanidade, da sua forma de ser e da relao dos seres com o

    mundo que os cerca: natureza, animais, planetas.

    As pinturas rupestres j testemunham o alvorecer daquilo

    que se tornar a mais elevada capacidade humana: conhecer-se,

    representar-se, reproduzir-se, e a isto associando o

    questionamento sobre o estar no mundo e a vida. Assim, as

    primeiras bonecas ligam-se ao sagrado e s, bem posteriormente,

    passam a ser produzidas para fazer parte do imaginrio infantil.

    Nessa transio, a boneca no deixa de representar as fantasias, as

    inquietudes e as esperanas humanas.

    A boneca viva, tem alma, ouve e responde s emoes

    de quem a possui. Por ser muda, ela promove a comunicao no

    verbal, que a mais forte a linguagem do sentimento, do corao.

    Esse pequenino ser, seja uma bonequinha de pano, seja uma

    suntuosa boneca de biscuit, francesa, com seus olhos reluzentes e

    suave face rosada, tem sempre o dom de penetrar no mais ntimo da criana e trazer-lhe paz e segurana. Ela recebe suas

    confisses, sua dor, suas lgrimas e, calada, guarda-as para si, cmplice e solidria. Esta a funo da boneca: na sua mudez e na

    sua inatividade fala e faz muito, porque sua funo dar e receber empaticamente a sua ajuda, a sua magia.

    Na evoluo do contato da criana com a boneca, ficam

    tambm registradas as expectativas: assim, ela passa a

    representar a chegada dos futuros filhos que ainda tardaro a vir,

    mas no lapso da infncia juventude, alimentar o instinto

    maternal que trar a responsabilidade de ter agora bonecas vivas

    que falaro e agiro forando a antiga menininha a abandonar a

    fantasia e reforar o sentido da realidade, do compromisso, da

    doao.

    Winnicott, que de pediatra tornou-se um dos mais

    conceituados psicanalistas de crianas, exprime bem este

    momento ao dizer que agora, a jovem me tem os seus prprios

    'ursinhos', vidos por viver, falar e agir: seus filhos, seus netos...

    preciso lembrar, no entanto, que o modelo desta me se

    formou em grande parte custa daquela bonequinha que hoje

    talvez j no exista mais a no ser registrada no seu crebro e no

    seu corao, tornando-a apta, agora, a recomear o milenar ciclo

    da reproduo, atravs do apego e do amor que em grande parte a

    boneca lhe deixa.

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 06

    GilseAssamiAgata e Regina Maria Tiveron

    Prefeitura Municipal de So Paulo/ Secretaria Municipal da Sade

    O Programa Brincar Coisa Sria da Secretaria Municipal da Sade de So Paulo-SP (SMS-SP) foi elaborado em 2001

    com objetivo de implantar brinquedotecas na rede hospitalar e ateno bsica de sade. coordenado pela Diretoria de Gesto

    de Desenvolvimento Organizacional (GEDEO) da Coordenao de Gesto de Pessoas (CGP) de SMS-SP e segue as

    normatizao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) formalizado pela Lei n 8.069 de 13/07/1990 (anexo1), Lei Federal n

    11.104 de 21/03/2005 (anexo 2) e o Decreto Municipal n 44.592 de 08/04/2004.

    A misso de o Programa Brincar Coisa Sria subsidiar a criana e sua famlia no seu desenvolvimento fsico, psquico e

    emocional, criando oportunidades para exercitar sua cidadania. Nestes espaos ldicos so desenvolvidas aes de preveno e

    promoo sade nos servios de urgncia, emergncia, ambulatorial e de internao. Alm de propiciar momentos de lazer,

    fantasia, imaginao e criatividade favorecem o restabelecimento fsico e emocional dos seus usurios, amenizando o trauma de

    uma internao.

    A primeira Brinquedoteca foi inaugurada em 2002 no Hospital do Servidor Pblico Municipal (HSPM) Brinquedoteca do

    Betinho com o objetivo de contemplar os filhos dos servidores da Prefeitura do Municpio de So Paulo (PMSP) e depois expandir

    esse trabalho em outros locais da sade.

    Atualmente esto em funcionamento 66 Brinquedotecas, divididas pelas cinco Regies do municpio de So Paulo:

    Brinc a - Brinqar cois sria

    As Brinquedotecas levam o nome de padrinhos vinculados ao mundo infantil e aes sociais, como Maurcio de Sousa, Ruth

    Rocha, Tatiana Belinky, Doutores da Alegria, Monteiro Lobato, Toni Brando, Ziraldo, Patrcia Engel Secco, D. Zilda Arns, Canto

    Cidado, Eva Furnari, Rai, Gol de Letra, dentre outros.

    Para a implantao do Programa foi fundamental viabilizar uma rede de parcerias com a sociedade civil organizada,

    buscando o patrocnio para as Brinquedotecas, no que se refere implantao e manuteno dos mveis, aparelhos eletrnicos,

    livros, revistas, materiais grficos e brinquedos.

    As atividades realizadas nas brinquedotecas visam incluso social e a oportunidade da comunidade estar mais conectada

    sua Unidade de Sade. So vrias as atividades que o brinquedista desenvolve: catalogao de brinquedos, registro das

    crianas, organizao e limpeza, higienizao, realiza oficinas, cria oportunidades para vivenciar com as crianas as questes de

    sade e cidadania.

    de fundamental importncia que sejam realizadas, periodicamente, avaliaes e replanejamento de todas as atividades

    que so desenvolvidas.

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 07

    uedotecas na Sade Pblica

    Com o objetivo de supervisionar e qualificar o trabalho so realizadas as seguintes aes:

    - Visitas tcnicas s Unidades com Brinquedotecas.

    - Visitas s unidades que solicitam implantao do equipamento, em conjunto com a Coordenao Regional de Sade

    (CRS) e/ouAutarquia Hospitalar Municipal.

    -Reunies peridicas com os interlocutores da Gesto de Desenvolvimento de Pessoas, das CRS, responsveis pelo

    Programa, localmente.

    - Reunies peridicas e regionais com os responsveis pelas Brinquedotecas;

    - Capacitao anual.

    Na rea da sade, a implantao de uma brinquedoteca,

    tem seus benefcios comprovados atravs de pesquisas

    cientficas. Em nossas unidades de sade, h relatos que as

    aes desenvolvidas nas Brinquedotecas esto relacionadas

    promoo e preveno da sade, alm de ser um espao de lazer

    para muitas crianas de comunidades carentes.

    A avaliao desses servios realizada trimestralmente

    com dados colhidos por meio de questionrios enviados pelas

    unidades. Destacamos as principais respostas destas avaliaes

    que demonstram estes benefcios:

    - Maior aderncia ao tratamento mdico.

    - Diminuio do tempo de internao.

    - Resultados positivos na promoo e preveno sade.

    - Melhora do vnculo da famlia com a equipe de sade.

    - Facilitador no diagnstico de patologias, de violncia domstica ou abuso sexual.

    - Integrao entre paciente, familiares e equipe de sade.

    - Valorizao da Equipe de Sade e da Unidade.

    - Incluso Social.

    - Subsdios para reflexo sobre a populao atendida.

    Atualmente, cerca de dez mil crianas so atendidas mensalmente nas brinquedotecas da SMS.

    O grfico acima demonstra um aumento significativo no nmero de atendimentos nas Brinquedotecas nos ltimos trs anos,

    isto devido ao interesse das unidades em desenvolver aes desta natureza e a reativao de algumas brinquedotecas.

    RESULTADOS

    O municpio de So Paulo-SP-Brasil possui 56,6% da sua populao comousurio dos servios do SUS (populao SUS dependente), o que correspondea 6.256.947,67 habitantes.Crianas de 0 a 9 anos so 14,08% = 1.584.493,22 hab.Adolescentes de 10 a 19 anos so 16,4% = 1.845.574,40 hab.Fonte: IBGE Censo demogrfico 2010.

  • PERSPECTIVAS E DESAFIOS

    So de grande importncia a divulgao e a conscientizao dos benefcios oferecidos pelas Brinquedotecas, no sentido de

    sensibilizao dos gestores de sade para a ampliao da implantao desse tipo de servio.

    Salientamos ainda a necessidade de capacitar profissionais que possam assumir a coordenao desses espaos, alm de

    atualizao peridica atravs de cursos / oficinas com os trabalhadores das

    brinquedotecas. preciso que esses profissionais tenham uma ampla

    formao prtica e terica, com tcnicas de animao ldica, de jogos,

    brinquedos e brincadeiras, e clareza de seu papel frente criana no contexto

    da brinquedoteca, para que viabilize junto elas e seus pais/acompanhantes

    uma orientao eficaz e responsvel.

    Atualmente estamos implementando a proposta de criao de espaos

    intergeracionais, que so abertos para todas as idades, estimulando a

    integrao entre as pessoas das diversas geraes.

    Essa proposta vem responder tambm ao aumento da populao idosa

    que se observa atualmente e o seu objetivo a quebra de preconceitos frente

    ao envelhecimento, desenvolvendo atitudes que possam estimular a

    solidariedade e cidadania na sociedade contempornea. Esses espaos beneficiariam mutuamente as crianas, jovens e idosos,

    independente dos laos familiares, alm de desenvolver a GERATIVIDADE, ou seja, a maior forma de cooperao que uma

    gerao pode dar s outras.

    O Brinquedista n 53 Pg.... 08

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 09

    Pergunta do usurio / visitante do Site:

    Maria Angela Barbato Carneiro

    Gostaramos de contar com a orientao de vocs, no sentido de justificar a atividade

    da Brinquedoteca no atendimento da faixa etria de 7 a 10 anos em nossa escola.

    (professora da PUC/SP, lder do Ncleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar)

    responde:

    Em primeiro lugar gostaria de saber que nvel de escolaridade a escola em questo. Em se tratando de educao infantil

    plenamente possvel integrar o brincar no projeto pedaggico, em virtude de a atividade ser citada no RCNI. No caso do ensino

    fundamental, h divergncias quanto atividade de brinquedoteca ser contemplada no projeto pedaggico da escola, devido

    aplicao estrita dos parmetros curriculares nacionais, sem levar em conta a importncia da atividade e a possibilidade de

    como us-lo para explorar os conhecimentos de diferentes componentes curriculares. Legalmente, no h impedimento algum

    porque o documento no tem fora de lei e consiste apenas em orientao. No entanto, o texto legal LDB 9394/96, no art. 32,

    abre brecha para essa questo quando se refere no inciso II questo da arte e no inciso IV a questo dos vnculos.Alm disso,

    se a jornada do ensino fundamental for integral, h de se pensar em colocar atividades ldicas, ainda que sob outra

    denominao, porque as crianas no aguentam mais o peso do estresse que lhe impem com tantos afazeres obrigatrios. A

    escola tem passado de 4 para 8 horas e onde fica o tempo de brincar, o tempo de a criana viver a infncia, momento este to

    questionado pelos estudiosos?

    ABBri responde

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 10

    O Dia Mundial do Brincar foi institudo pela UNESCO ONU em 28/05/1999, na 8 Conferncia Internacional deBrinquedotecas (ITLA- International Toy LibraryAssociation) - Tokio, para chamar a ateno de todos os atores para esse direito dascrianas, to esquecido por parte dos adultos. Sua mentora, Freda Kim, props a comemorao sempre no dia 28 de Maio, data defundao da ITLA.

    O direito de brincar est contido noArtigo 31 da Conveno dos Direitos da Criana (CDC) e foi referendado pelo Comit dosDireitos da Criana, com a aprovao do Comentrio Geral em 01/02/2013.

    Os pases signatrios, dentre os quais o Brasil, devem, a cada cinco anos, enviar um relatrio ao Comit, sobre o progressorealizado, em relao aos direitos das crianas, em seus respectivos pases.

    O Comentrio geral deve ser usado pelos governos locais como guia para a implementao do direito a que se refere e, paraas organizaes no governamentais, para defender os direitos das crianas, e pode ser encontrado no site:

    Brincar, recreao, descanso, lazer, arte e cultura esto todos interligados e juntos servem para criar um ambiente no qual ascrianas podem florescer. O Artigo 31 da CDC deve ser entendido como um todo. Ele reconhece o direito de cada criana aodescanso, lazer, jogos, atividades recreativas e livres e plena participao na vida cultural e artstica. No entanto, o Comit sobre osDireitos da Criana entende que, para muitas crianas ao redor do mundo, esses direitos no recebem muita ateno. E, mesmoonde h esse reconhecimento, ele tende a focar em atividades estruturadas e organizadas, mais do que permitir o brincar livre eespontneo, e a criatividade. Alm disso, o aumento das populaes urbanas, o papel crescente das comunicaes eletrnicas, acomercializao da oferta do brincar, o trabalho infantil, a violncia urbana e as crescentes demandas educacionais esto afetandode forma negativa o direito de brincar, para as crianas.

    so essenciais para a sade das crianas e seu bem-estar por que: promovem o desenvolvimentoda criatividade, da imaginao, da autoconfiana, e do fsico; fortalecem as habilidades sociais, cognitivas e emocionais;contribuem para todos os aspectos da aprendizagem e proporcionam diverso e prazer.

    das crianas, no sentido do pertencimento s suasfamlias, comunidade e sociedade.

    fundamental para seu desenvolvimento. Sua ausncia pode provocar danos suasade, bem-estar e ao seu desenvolvimento fsico e psicolgico. As crianas devem poder preencher seu tempo livre toativamente ou inativamente, como escolherem.

    preciso respeitar e valorizar os atos de escolha da criana para suas atividades cotidianas e preferncias, entre elase brincar.

    , os governos passam a ter trs obrigaes principais naimplementao do

    Com o intuito de imprescindvel o apoio a todos os que trabalham e crianas, sem excluirnenhuma rea, oferecendo-lhes informaes consistentes sobre o tema, inclusive com a produo de material especializado para asua capacitao e o incentivo a pesquisas que demonstrem o grau de participao das crianas nas atividades propostas peloreferido artigo.

    O documento do Comit recomenda, especificamente, a introduo de medidas de proteo para a criana e normasprofissionais para os adultos, que trabalham com crianas no campo do brincar, recreao, esportes, arte e cultura.

    A criao de uma nova categoria profissional, que possa desempenhar com qualidade e competncia as funesrequeridas, deve fazer parte do planejamento dos rgos governamentais responsveis. Essa deciso poder ser parte de umprograma de governo para assegurar que, cada criana tenha tempo e espao suficientes em sua vida para brincar, recreao,lazer, descanso, cultura e artes.

    No sentido de atender s recomendaes de , as diferentes esferas de governo(legislativo, executivo e judicirio) precisam focar na regulamentao da legislao que assegure os direitos das crianas, emrelao a inmeras atividades desenvolvidas por diferentes setores e que podem ser impeditivas para o pleno cumprimento do quedetermina o

    O cumprimento das leis depende da ao dos gestores pblicos, tanto quanto da postura tica dos cidados, que podem edevem engajar-se na defesa das crianas e seus direitos. O engajamento consciente, no entanto, depende de informaesconsistentes, comprovadas por pesquisas cientficas e atualizadas, alm da observao atenta, dos fatos a nossa volta.

    http://www2.ohchr.org/english/bodies/crc/comments.htm

    doque como

    com para

    Por que oArtigo 31 importante

    Idias a serem destacadas do Documento Geral sobre oARTIGO 31

    Brincar e recreao

    Brincar favorece o envolvimento na vida cultural e artstica

    Respeitar o descanso e o lazer

    Em decorrncia da publicao desse documento pela ONU

    Artigo 31: RESPEITAR, PROTEGER e CUMPRIR.

    respeitar o Artigo 31

    Artigo 31.

    l

    l

    l

    proteger e cumprir com o Artigo 31

    O Artigo 31 e o seu alcance para a garantia dos direitos da crianaMarilena Flores Martins

    Presidente da IPA Brasil

  • O Brinquedista n 53 Pg.... 11

    Encontros TemticosMaria Clia Malta Campos

    Vice-Presidente da ABBri

    Dando sequncia a essa iniciativa da ABBri em prol da formao continuada de seus associados, nesse 1. semestre de

    2013 reunimos especialistas de renome nas suas reas para discutirem temas muito atuais e de grande interesse para o

    aprimoramento da nossa atuao.

    Em Maro - - Contamos com a arteterapeuta e psicopedagoga Dilaina

    Paula dos Santos, Mestre em Artes pela UNESP e autora do livro Psicopedagogia dos fantoches que, empregando muitas

    vivencias de sensibilizao, desenvolveu o tema.

    Em Abril

    . Nossa conselheira e diretora, Marilena Flores

    Martins (presidente e fundadora da IPA Brasil - Associao Brasileira pelo Direito

    de Brincar e a brinquedista Eliana Tarzia, coordenadora da Brinquedoteca do

    Hospital Samaritano, trouxeram toda a sua experincia e conhecimento acerca

    da defesa dos direitos da criana, em particular do seu direito de brincar de modo

    livre e criativo.

    Tambm emAbril - .

    Vera Barros de Oliveira, presidente da Associao Brasileira de Brinquedotecas

    e autora de vrios livros e artigos sobre o Brincar e a Brinquedoteca,

    proporcionou aos participantes prticas ldicas que favorecem a integrao

    entre essas formas de expresso e enfatizou a importncia da participao da

    criana na construo do ambiente da brinquedoteca.

    Em Maio Maria

    Cecilia Aflalo, pesquisadora e criadora de brinquedos e jogos, coordenadora do Guia de Jogos e Brinquedos da ABRINQ e

    conselheira da Associao Brasileira de Brinquedotecas, mostrou como as brinquedotecas podem surgir como espaos ldicos

    nos mais diversos e interessantes contextos. Apresentando algumas experincias em regies e pases diferentes, a educadora

    props uma reflexo sobre tpicos importantes ao se elaborar um projeto de brinquedoteca.

    Seguiu-se no mesmo dia, em Maio, o tema - Ivani Capelossa Nacked e Maria das Graas

    Monteiro de Arajo, coordenadoras do Instituto Brasil Leitor, trouxeram a discusso acerca do valor e dos modos de se promover a

    associao do ler com o brincar e a importncia deste entendimento por parte de educadores e familiares para o desenvolvimento

    da criana.

    Em Junho

    Cesar Marques - atua em educao nos temas: ensino a distancia e misto

    ( ), cultura pop e ensino- aprendizagem, RPG (

    ) e videogames aplicados educao, entre outros. Esse Encontro

    prope a discusso acerca da maneira como o acesso tecnologia modifica

    as relaes e como os jogos mediados por instrumentos tecnolgicos

    afetam a percepo das crianas. Como promover o dilogo entre

    geraes, de modo a construir pontes, possveis e necessrias, entre

    crianas e adultos, ser o foco desse encontro.

    No mesmo dia, . Rodrigo Castro -

    Professor de ensino mdio; brinquedista formado pela ABBri; dirigente do

    grupo de estudo COLETIVO BRINQUEDISTA - trar troca de experincias

    e muita prtica para o grupo acerca do uso de jogos em sala de aula, suas

    possibilidades e limites, analisando as novas funes do professor numa

    metodologia de ensino ativo, em contexto de jogos e desafios.

    Vejam os temas dos prximos Encontros no segundo semestre:

    Julho 06 - Manh/Tarde - . Tereza Mirian Pires Nunes;

    Agosto 24 Manh - . Vera Barros de Oliveira;

    Agosto 24 Tarde - . Rosa LopesAffonso (a confirmar);

    Setembro 28 Manh - . M. Celia Malta Campos;

    Setembro 28 Tarde - . Edda Bomtempo;

    Outubro 26 Manh -

    . Dilaina P. dos Santos;

    Outubro 26 Tarde - . Dilaina P. dos Santos;

    Novembro 23 Manh/Tarde -

    . Claudia Panizzolo

    (a confirmar).

    A arte dos fantoches e da contao de histrias

    Organizao de espaos ldicos internos e externos. A

    autonomia infantil e o brincar

    O desenho e a escrita da criana na brinquedoteca

    Organizao de Brinquedotecas em diferentes contextos: reflexes ao se pensar num projeto.

    Ler e Brincar: mas o que isso?

    Tecnologia, Jogos eletrnicos e brinquedoteca.

    Jogos e aprendizagem escolar

    Criar e Brincar - jogos de tabuleiro e brinquedos ecolgicos

    Asexualidade nas brincadeiras infantis

    Aagressividade da criana e a brincadeira

    Jogos de tabuleiro para diferentes idades

    Acultura nas brincadeiras tradicionais e importadas (Barbie; super- heris, etc.)

    O corpo e os sentimentos: construo de espaos de ao e expresso consigo, com o outro e com

    o mundo

    Medo, a morte e o luto nas experincias infantis

    A atividade ldica nas diferentes fases da vida: o adulto no brinca? Novas tecnologias X

    brincadeiras tradicionais: brincadeiras das crianas como produes e produto das culturas infantis

    blended learning Role Playing

    Games

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  • QueridosAmigos daABBri, temos um importante comunicado a fazer.

    O site da ABBri foi totalmente remodelado em 2013. Foi modernizada

    sua identidade visual e atualizado seu contedo. Buscou-se um visual mais

    atual, leve e alegre, facilitando a identificao da informao na pgina

    acessada.

    As informaes esto agora mais fceis de encontrar, com um menu

    nico que agrupou em grandes blocos o contedo do site. O caminho traz os

    destaques de cursos e eventos, e basta um clique para que voc acesse

    todas as informaes a respeito do evento.

    Para voc consultar o que aABBri oferece ao longo do ano, os eventos

    foram organizados pelo calendrio, ms a ms, assim possvel ver todos os cursos oferecidos em um ms. O jornal da ABBri, O

    Brinquedista, est disponvel em formato PDF, facilitando sua leitura e impresso, os nmeros anteriores tambm podem ser

    consultados.

    Esperamos que voc no tenha dificuldades em localizar o que busca, mas estamos disposio para auxili-lo em seus

    primeiros acessos. Navegue pelo site e nos envie sua impresso sobre a mudana. O endereo permanece o mesmo:

    . Aguardamos sua visita!!http://www.brinquedoteca.org.br

    A Associao Brasileira de Brinquedotecas ministra curso de

    Formao de Brinquedista e Organizao de Brinquedotecas

    em Blumenau Santa Catarina

    O curso que aconteceu nos dias 18 e 19 de maio de 2013,

    proporcionou para os alunos da graduao, ps-graduao e docentes

    da Universidade Regional de Blumenau (FURB) embasamento terico

    e prtico com o objetivo de implantar e operacionalizar a brinquedoteca

    no Ensino Superior. Uma turma bem motivada e empenhada em levar

    o brincar para faculdade!! Parabns a todos. Foi maravilhoso!!!

    Profa. Maria Luci Bittencourt,

    coordenadora do curso de Pedagogia e

    Profa Sirlndia Reis de Oliveira Teixeira,

    membro da diretoria da Associao

    Brasileira de Brinquedotecas que ministrou o

    curso e profas e alunas do curso de

    Pedagogia da FURB.

    XIII Congresso Internacional de BrinquedotecasSeul Coria do Sul 18 a 22 Agosto, 2014

    Subtemas abordaro: O Brincar no Passado, O Brincar no Presente, e O Brincar no

    Futuro.

    O tema do Congresso apresenta o Brincar ao longo da vida, e ossubtemas incluem os jogos e brinquedos tradicionais, relatrios

    e pesquisas sobre as atividades atuais nas brinquedotecas, bem

    como previses e diretrizes para o Brincar no futuro.

    Isso leva ao aprimoramento do conceito das muitas faces evalores do Brincar, a descontrada compreenso e uma

    exploso de ideias para as tarefas futuras das brinquedotecas.

    KOREA TOY LIBRARY ASSOCIATION

    A Associao Brasileira de Brinquedotecas

    ministra curso de Formao de Brinquedistas e

    Organizao de Brinquedotecas no Balnerio

    Cambori Santa Catarina

    O curso aconteceu em maro de 2013 e contou

    com um grupo bem diversificado de Assistentes

    Sociais, Psiclogos, Professores de Educao Fsica,

    de Educao Infantil e Ensino Fundamental, Diretor de

    escola e alunos da graduao, ps-graduao,

    docentes daAvantis.

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