2
Frequentemente, a criança envolvida nesta dinâ- mica familiar exibe algumas caracterísƟcas como, por exemplo: apresentação de jusƟcações triviais e pouco consistentes para a rejeição face ao progenitor (ex: ‘não quero estar com o meu pai porque ele passa muito tempo ao telemóvel a falar com os amigos’; ‘não quero ir à minha mãe porque ela não tem o canal de televisão que eu gosto’); por vezes, as jusƟcações apresentadas dizem respeito a assuntos da conjugalidade (ex: ‘não gosto do meu pai porque ele traíu a minha mãe’) ou outros que a criança não poderia ter viven- ciado (ex: ‘não quero ver a minha mãe porque ela quis fazer um aborto quando soube que estava grávida de mim’). percepção rígida de um progenitor (com quem estabelece aliança) como totalmente bom (ex: a minha mãe é perfeita, não mudava nada nela’) e do outro (que rejeita) como totalmente mau (ex: ‘o meu pai só tem anƟ-qualidades, não tem nada de bom’). extenção da rejeição à família alargada, lugares, objectos ou até animais de esƟmação relacio- nados com o progenitor rejeitado. O progenitor rejeitado confronta-se, frequen- temente, com situações diversas como, por exemplo, não lhe ser permiƟdo contactar o seu lho/a, presencialmente ou através de outros meios de comunicação, ou ainda ser-lhe negado o acesso a informações escolares ou de saúde do seu lho. COMO PARAR A ALIENAÇÃO PARENTAL? PROCURE E DIVULGUE INFORMAÇÃO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL A Alienação Parental é um tema bastante discuƟdo a nível internacional e, actualmente, em Portugal também é possível encontrar vários websites sobre o assunto, bem como alguma bibliograa relevante e credível. No nosso website encontrará uma exten- sa bibliograa sobre este tema. COMO PAI/MÃE/AVÓS Procure compreender o seu lho/neto e proteja- -o de discussões ou situações tensas com o outro progenitor. Procure auxílio psicológico e, se necessário, jurí- dico para tratar o problema. Não espere que uma situação de Alienação Parental desapareça sozinha ou se instale de forma mais permanente. NO CAMPO JURÍDICO E PSICOLÓGICO É crescente o número de prossionais disponíveis para combater esta violência contra os nossos lhos. A informação sobre a Alienação Parental é muito importante para garanƟr às crianças e jovens o di- reito ao desenvolvimento saudável, ao convívio familiar e a parƟcipação de ambos os progenitores na sua vida. COMO CIDADÃO A Alienação Parental não é um problema somente dos progenitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz consequências nefastas para as gerações futuras. Ajude quem lhe está pró- ximo a combater estas situações e/ou parƟcipe em aƟvidades que visam aumentar a conscienciali- zação para este Ɵpo de mau trato às nossas crianças. O QUE É A ALIENAÇÃO PARENTAL? A Alienação parental diz respeito a uma di- nâmica familiar mais frequente em situações de separação ou divórcio, em que a criança ou adolescernte expressa face a um dos pais, de forma persistente e gradual, senƟmentos negativos intensos, como a raiva, o medo e a rejeição, que pode ser parcial ou total. Es- tes senƟmentos são expressos de uma forma irrazoável, ou seja, sem que se idenƟque uma vivência real negaƟva com aquele progenitor, que jusƟque esta rejeição. A alienação pode ser potenciada por diversas situações, antes, durante e após a separação ou divórcio dos pais como, por exemplo, uma história prévia de conito no casal, o envol- vimento da criança em assuntos relativos à conjugalidade, determinadas caracterísƟcas de personalidade dos pais, idade, capacidade cogniƟva e temperamento da criança. A relação que a criança mantém com os pais pode ser situada num conƟnuum, desde as si- tuações em que: (a) a criança mantém uma relação posiƟ- va com ambos os pais embora possa senƟr maior anidade com um deles; (b) a criança estabelece uma aliança com um dos pais, mantendo com este uma relação privilegiada, podendo revelar algum afasta- mento face ao outro; e (c) a criança rejeita um dos pais, sem qual- quer ambivalência ou dúvida. Nesta úlƟma situação, e na ausência de moƟvos realistas que jusƟquem esta recusa, considera-se que a criança poderá estar a vivenciar um proces- so de alienação patológica.

Brochura sobre a Alienação Parental

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Page 1: Brochura sobre a Alienação Parental

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m a

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si-tu

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que

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pai

s em

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pos

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en r

mai

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idad

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m d

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dos

pais,

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o co

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ste

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priv

ilegi

ada,

pod

endo

rev

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alg

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face

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e (c

) a c

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jeita

um

dos

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s, s

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se q

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viv

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m p

roce

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naçã

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Page 2: Brochura sobre a Alienação Parental

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