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Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte
Urbano e Trânsito - ANTP
Manaus - AM
27 de novembro de 2014
BRT, BRS, Corredores e Faixas Exclusivas de Ônibus
Marcos Bicalho dos Santos Diretor Institucional e Administrativo da NTU
Estrutura da Apresentação
1. Ficha Técnica; 1.1. Sistema convencional,
1.2. Faixa exclusiva,
1.3. BRS,
1.3. Corredores, e
1.5. Sistemas BRT.
2. Projetos existentes no Brasil; e
3. Sistemas BRT em operação no Brasil.
1. Ficha Técnica
1. Ficha Técnica
Conceito: - Utilização do sistema viário sem qualquer tratamento
específico para o transporte público. Aplica-se na maioria dos casos, ou seja, na prestação de serviços básicos. Recomendável para vias locais de baixo fluxo de veículos.
Principais características: - Operação em tráfego misto (automóveis, caminhões e
ônibus juntos, sem qualquer separação); - Estrutura simplificada dos pontos de embarque e
desembarque; - Pontos de embarque e desembarque alocados, em
média, a cada 300 ou 500 metros; e - Capacidade: 4.800 pass/h (NTU, 2009).
Vantagens: - Implantação em curtíssimo prazo; - Não há necessidade de desapropriações; - Não requer a utilização de veículo com características
específicas; - Baixo custo de implantação; e - Podem atender as demandas de passageiros em áreas
remotas e de difícil acesso.
Desvantagens: - Embarque e desembarque demorado; - Indicado para áreas de tráfego de baixa intensidade para não prejudicar a velocidade operacional ; e - Sistema viário não condizente com as características necessárias de trafegabilidade dos ônibus (exemplo: dificuldade de conversão devido aos limitados
raios de giro);
1.1. Sistema Convencional
Conceito: - Tratamento adotado para estabelecer algum tipo de prioridade para o transporte público por
meio de projetos de intervenção de baixo custo financeiro. Contribuem para a redução da interferência causada por outros veículos na operação dos serviços oferecidos pelo transporte público por ônibus. Recomendável para vias onde o fluxo de veículos é superior a 100 veículos por hora e sentido.
Principais características: - Alteração do perfil da via por meio do compartilhamento do espaço viário, ou seja, alocação
de uma ou mais faixas de trânsito para o transporte público; - Priorização pode ocorrer em horários pré-determinados; - Faixa (s) exclusiva (s) do lado direito da via; - Informações dos itinerários e horários disponibilizadas aos usuários; - Pontos de embarque e desembarque alocados, em média, a cada 300 ou 500 metros; - Fiscalização eletrônica (radares) para inibir e punir invasões; - Sinalização: faixa contínua ou não horizontal, ondulação transversal (tachão), placas de
sinalização vertical; - Pode incorporar recuos (baias) nos pontos de parada; e - Capacidade: Faixa exclusiva da Marginal Tietê em São Paulo-SP = 28.000 pass/h (NTU, 2013).
Vantagens: - Implantação em curto prazo; - Maior fluidez na circulação dos ônibus e aumento da velocidade operacional; - Redução dos tempos de viagens; - Diminuição do tempo do passageiro no interior dos veículos; - Não há necessidade de desapropriações; - Baixo custo de implantação; - Utilização da frota já em operação; - Redução do consumo de combustível; - Redução da emissão de poluentes; e - Redução dos custos operacionais e contribuição para modicidade tarifária.
Desvantagens: - Separação apenas parcial do tráfego de ônibus do fluxo de veículos particulares; e
- Alto índice de invasão das faixas exclusivas por veículos particulares.
1. Ficha Técnica 1.2. Faixas Exclusivas
Conceito: - Tratamento que engloba a introdução de faixas preferenciais e conjunto de medidas que
possibilitam uma melhoria na qualidade do serviço. Inclui racionalização das linhas, a qualificação e o escalonamento dos pontos de parada, a fiscalização eletrônica e um eficaz sistema de informação ao usuário. Recomendável para casos de sobreposição de serviços e fluxo de veículos superiores a 200 veículos por hora e sentido.
Principais características: - Priorização do transporte público no sistema viário em tempo integral ou em horários pré-
determinados; - Existência de uma ou duas faixas exclusivas para circulação do transporte público do lado
direito da via; - Reestruturação física e operacional dos pontos de parada (escalonamento); - Pontos de embarque e desembarque alocados, em média, a cada 400 ou 700 metros; - Sistema de informação ao usuários; - Fiscalização eletrônica para controle de acesso de veículos particulares por meio de radares
e câmeras de monitoramento; - Identidade visual específica; - Plano de comunicação e marketing voltado para reeducação dos usuários do transporte
público e dos motoristas de veículos particulares; e - Capacidade: BRS Ipanema Leblon no Rio de Janeiro-RJ = 23.000 pass/h (NTU, 2013).
Vantagens: - Racionalização das linhas; - Maior fluidez na circulação viária para o transporte público; - Baixo custo de implantação; - Utilização das próprias faixas de tráfego já existentes; - Não são necessárias grandes intervenções viárias e nem desapropriações; - Implantação em curto prazo; - Otimização da frota de ônibus; - Redução dos engarrafamentos; - Aumento da velocidade operacional; - Redução dos tempos de viagens; - Diminuição do tempo do passageiro no interior dos veículos; - Redução do consumo de combustível; - Redução da emissão de poluentes; e - Fidelização dos clientes a partir do entendimento do sistema.
Desvantagens: - O tráfego dos ônibus é separado apenas parcialmente do fluxo de
veículos particulares; e - Apesar da fiscalização, as faixas exclusivas podem ser invadidas por
veículos particulares.
1. Ficha Técnica 1.3. BRS – Bus Rapid Service
Conceito: - É a priorização da circulação do transporte público junto ao canteiro central, com
segregação parcial dos fluxos , ou seja, sem a construção de barreiras físicas de segregação com tráfego misto.
Principais características: - Priorização do transporte público no sistema viário em horário pré-determinados; - Existência de uma ou duas faixas exclusivas para circulação do transporte público
do lado direito da via; - Pontos de embarque e desembarque qualificados e alocados, em média, a cada
400 ou 700 metros; - Diversos serviços ou linhas utilizam o corredor sem organização operacional
centralizada; e - Capacidade: Corredor Inajar/Rio Branco/Centro em São Paulo-SP = 223.000
pass/dia (Embarq Brasil, 2014).
Vantagens: - Implantação em curto prazo; - Maior fluidez na circulação dos ônibus e aumento da velocidade operacional; - Redução dos tempos de viagens; - Diminuição do tempo do passageiro no interior dos veículos; - Racionalização da operação; - Baixo custo de implantação; - Aumento da produtividade do transporte público; - Redução do consumo de combustível; - Redução da emissão de poluentes; - Redução dos custos de operação; e - Baixa interferência com o trânsito das outras faixas.
Desvantagens: - Possibilidade de invasão das faixas exclusivas por veículos particulares; e - Normalmente aceita a circulação de outros veículos como carros policiais,
ambulâncias, taxis, carros de bombeiros, etc.
1. Ficha Técnica 1.4. Corredores
Conceito: - Intervenções física e operacional para que altas demandas sejam atendidas. Recomendável
para o atendimento de demandas entre 10 mil e 48,6 mil passageiros por hora e sentido. Opera na superfície viária em faixa dedicada.
Principais características: - Priorização do transporte público no sistema viário durante toda a operação; - Segregação física de uma ou duas faixas do sistema viário junto ao canteiro central para
tráfego exclusivo do transporte público; - Utilização de ônibus modernos , acessíveis e de alta capacidade; - Estações e terminais fechados e acessíveis; - Estações alocadas, em média, a cada 700 ou 1000 metros; - Embarque e desembarque em nível; - Pagamento antecipado das tarifas; - Bilhetagem eletrônica; - Elemento estruturante de uma rede multimodal e integrada; - Sistema para disponibilização de informações aos usuários; - Centros de Controle Operacional - CCO para gerenciamento da operação em tempo real; - Plano de marketing e identidade independente dos serviços convencionais; e - Capacidade: 48.600 pass/h (NTU, 2009).
Vantagens: - Priorização total do transporte público por ônibus; - Aumento da velocidade operacional; - Redução dos tempos de viagens; - Maior qualidade e conforto nas viagens; - Diminuição da emissão de poluentes; - Estações de embarque e desembarque com maior segurança e proteção contra
intempéries; - Elemento indutor do uso e ocupação do solo e do desenvolvimento urbano; - Intervenção integrada com o adensamento urbano; - Qualificação do espaço público; e - Acesso facilitado às estações (curtas distâncias).
Desvantagens: - Pode exigir necessidade de desapropriações.
1. Ficha Técnica 1.5. Sistemas BRT – Bus Rapid Transit
2. Projetos Existentes no Brasil
3. Projetos Existentes no Brasil 3.1. Situação Nacional
3. Projetos Existentes no Brasil 3.2. Sistemas BRT
3. Projetos Existentes no Brasil 3.4. Corredores
3. Projetos Existentes no Brasil 3.4. Situação Nacional
TIPO
CIDADES *
PROJETOS
EXTENSÃO
(KM)
STATUS
OPERAÇÃO OBRAS LICITAÇÃO AÇÃO
PREPARATÓRIA PROJETO LICENCIAMENTO PREVISTO
BRT 27 58 919,9 16 21 2 14 1 1 3
CORREDOR 52 118 816,91 30 12 7 63 5 1 -
FAIXA EXCLUSIVA 30 104 1006,6 81 3 - - - - 20
TOTAL 71 280 2743,4 127 36 9 77 6 2 23
Fonte: Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos-NTU Ministério das Cidades Ministério do Esporte Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Embarq-Global BRT Data Levantamento na mídia (sites de órgãos oficiais e de mobilidade urbana)
*Algumas cidades são contempladas com Sistemas BRT, Corredores e Faixas Exclusivas simultaneamente.
Tabela 1 - Brasil: projetos de priorização do transporte público por ônibus
3. Projetos Existentes no Brasil 3.1. Situação Nacional – Tabela Resumo
3. Sistemas BRT em operação no Brasil
Fonte: Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos - NTU.
ND – Não disponibilizado.
Tabela 2 – Sistemas BRT em operação: frota operante
4. Sistemas BRT em operação no Brasil
1 MG BRT MOVE Antônio Carlos/Pedro I 16,0 Maio/2014
2 MG BRT MOVE Cristiano Machado 6,0 Março/2014
3 DF BRT Eixo Sul 43,8 0 62 38 100 Maio/2014
4 PR BRT Boqueirão 18,0 1991
5 PR BRT Leste 13,2 1991
6 PR BRT Linha Verde 13,6 2009
7 PR BRT Norte 8,8 1991
8 PR BRT Oeste 9,2 1991
9 PR BRT Sul 18,6 1991
10 GO BRT Avenida Anhanguera 10,5 ND ND ND ND 1980
11 PE BRT Norte/Sul - Trecho Igarassu/Tacaruna/Centro do Recife 33,3 ND ND ND Maio/2014
12 PE BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa 5,8 ND ND ND Junho/2014
13 RJ BRT TransCarioca 39,0 0 157 0 157 Junho/2014
14 RJ BRT TransOeste 51,0 0 119 25 144 Junho/2012
15 SP BRT Expresso Tiradentes 12,0 ND ND ND ND 2007
16 MG Corredor Estrutural Avenida João Naves de Ávila 7,5 0 8 43 51 2006
306,3 169 651 690 1690 -
143,9 0 411 274 865 -
Início da operação Frota operante
0 192 236 428
PadronBiarticulado ArticuladoNº Cidade UF Sistema Extensão (KM)
Total (2014)
Início da operação em 2014.
Brasília
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Curitiba
Curitiba
Curitiba
Curitiba
Curitiba
348 630169 113
Total geral
180
Curitiba
Total
Uberlândia
São Paulo
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Recife
Recife
Goiânia
4. Sistemas BRT em operação no Brasil 4.2. Mapa
Obrigado!