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Buzz # 30 FEV

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Fabiano dos Santos fala da arte de confeccionar rosários, tragédia de Santa Maria e Jacareí, Projeto Civilozacao e muito makis

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carta ao leitor

Edição 30|Ano III|Fevereiro de 2013

10 Projeto CivilizaCãoCidade recebeu iniciativa inédita para recolher fezes caninas na rua

12 Tragédia anunciadaBombeiros interditam casa noturna em Jacareí por irregularidades

8 Artesão de rosáriosFabiano dos Santos acredita que ao produzir terços também evangeliza

Capa: BaladasFoto: Kiko Sanches

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Devoção e mudançasOs católicos do mundo inteiro foram

surpreendidos pelo papa Bento XVI que anunciou que renunciará seu pontifi cado no dia 28 de fevereiro, às 20 horas. As especu-lações a respeito de mudanças na religião já começaram, porém pouca coisa pode-rá realmente ser modifi cada pelo próximo pontífi ce. “A igreja não muda; quem muda são seus dirigentes”. A afi rmação pertence ao nosso entrevistado do mês, o artesão de terços Fabiano dos Santos, de 74 anos, que recebeu da Fundação Cultural o prêmio de Mestre da Cultura Viva de Jacareí.

Fabiano falou com a Buzz sobre seus 58 anos na confecção de rosários. Descobrimos até que ele possui um terço que pertenceu ao papa Paulo VI. Mas Fabiano, um congre-gado mariano da Paróquia São João Batista, vai mais longe em sua conversa com a re-vista. Ele, por exemplo, critica a fé católica. Para o artesão jacareiense, a igreja do papa Bento XVI se esqueceu de Nossa Senhora e está “cada vez mais parecida com a dos evangélicos”. Seria essa uma das mudanças que o futuro Santo Padre, a ser eleito em março próximo, terá de enfrentar? O tempo dirá. Por ora, fi camos num bate-papo com um mestre da cultura jacareiense.

Mudança de comportamento é a pro-posta do Projeto CivilizaCão implantado em Jacareí. No entanto, desta vez, trata-se de uma mudança para o bem do ser humano e dos cães. A reportagem com o gestor des-sa iniciativa inédita na cidade e com donos de cachorros é outra atração desta edição da Buzz.

Um grupo de artistas plásticos de Ja-careí busca uma identidade visual para a cidade. E qual seria essa identidade? Eles fi zeram um extenso trabalho de pesquisa e levaram o que descobriram para moradores dos locais mais inusitados. Essa matéria é outra que preparamos para este número da revista.

A Buzz também não fi cou de fora dos principais assuntos que circularam pelas re-des sociais como a falta d´água e o buraco na Avenida Siqueira Campos. Em relação à água, por exemplo, procuramos alguém que entende para repercutir o assunto – Nicolau Kohle, ex-presidente do Saae (Serviço Au-tônomo de Água e Esgoto) de Jacareí e em-presário. É isso. Os demais assuntos estão na secção Radar; Boa leitura!

A revista Buzz é uma publicação mensal da Voz Ativa Comunicações - Diretor Geral: Mauro San Mar-tín - Diretora Comercial: Silvia Regina Evaristo Teixeira - Editor-chefe: Mauro San Martín - DRT 24.180/SP - Repórter: Mauro San Martín e Sandro Possidonio. Revisão: B.Veloso - Tiragem: 5 mil exemplares - Impressão: Jac Gráfi ca e Editora - Email: [email protected] - Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam necessariamente a opinião da revista ou da editora. Não é permitida a reprodução de anúncio publicitário deste número como também das edições anteriores, exceto com autorização por escrito. POR FAVOR, RECICLE ESTA REVISTA!

Arquivo

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RADAR O mês em revista

Jacareí elege Mestres da Cultura Viva

A Prefeitura de Jacareí elegeu Marcolino Souza, de 77 anos, o Paraitinga, violeiro e catireiro; Fabiano Santos, de 74 anos, artesão de terços; Mãe de Santo Terezinha, 82 anos, dirigente de terreiro e Luiz Gonçalves de Souza, 61 anos, mestre de Folia de Reis, como vencedores do Prêmio Mestre Cultura Viva de Jacareí. O prêmio surgiu para manter sempre viva a tradição po-pular presente na cidade. “É o reconhecimento da cultura popular jacareiense, que vai passando de pai para filho, e o fortalecimento da identidade da população jacareien-se”, disse a presidente da Fundação Cultural, Sônia Fer-raz. Os premiados receberam R$ 2.000,00 em dinheiro, certificado e uma placa de madeira com os dizeres: “Aqui mora um Mestre da Cultura Popular de Jacareí”.

Videoconferência na área da saúde

O Hospital São Francisco de Assis está transmitindo via internet um projeto chamado Telemedicina, cujo objetivo é promover, através de videoconferência, a programação de Educação Continuada em todos os campos das ciências da saúde para as Santas Casas e Hospitais Beneficentes de todo o Estado. Desde janeiro, o Hospital São Francisco de Assis passou a transmitir o programa Telemedicina - dos 28 totais conectados, 27 são do Estado de São Paulo e um da sede da CMB, em Brasília. Portanto, nas instala-ções do hospital, os profissionais da área de saúde par-ticipam das palestras ao vivo, sendo uma oportunidade para discutir os temas e interagir com outros profissio-nais de diversas instituições congêneres. Os profissionais da saúde que desejarem participar das palestras ou apresentar algum conteúdo, basta que pro-curem pelo IEP - Instituto de Ensino e Pesquisa do HSFA, pelo telefone (12) 3954-2435 ou pelo e-mail: [email protected], com Ana Lucia ou Juliane.

Remoção de estacionamento gera protestos

A retirada das vagas de estacionamento nas ruas Barão de Jacareí – trecho entre as ruas Cônego José Bento e General Carneiro – , e Doutor Lúcio Malta – entre as ruas Senador Joaquim Miguel e Carlos Porto –, revoltou os comerciantes desses locais. Eles alegam que perderão clientes com a re-moção daquelas vagas. Os comerciantes fizeram um abaixo-assinado e ainda tentaram reunião com o prefeito de Jacareí, Hamilton Mota (PT), na tentativa de reverter a medida, mas nenhuma das ações obteve sucesso. O secretário de infra-estrutura de Jacareí, Dalton Ferracioli, em artigo no jornal O Vale, disse que os protestos são contraditórios porque os mesmos comerciantes cobram medidas para minimizar os congestionamentos. Ele escreveu ainda que as decisões foram estudadas e embasadas em critérios técnicos. Afirma ele ainda que “a engenharia impõe critérios técnicos para decisões viáveis e praticas”. Por fim, o secretário diz que a mudança visa dar mais segurança aos pedestres, motoris-tas, ciclistas e motociclistas.

Volex anuncia investimento de R$ 1 milhão

A empresa Volex do Brasil, subsidiária da empresa britânica Volex PLC, anunciou investimentos de mais de R$ 1 milhão em Jacareí e geração de novos postos de trabalho. O anún-cio foi feito após a mudança da empresa para o condomínio industrial Indusvale. A Volex do Brasil passa a ocupar uma área de industrial de 3.100 m² (30% a mais do que a área anterior) para comportar a sua nova linha de produção de cabos de energia, em fase de instalação. De acordo com a indústria, a ampliação das instalações foi feita depois de um estudo sobre o potencial da região. Para a mudança foram investidos R$ 370 mil.

Buraco na Siqueira Campos

As fortes chuvas do final de 2012 e início deste ano provoca-ram a abertura de uma cratera na Avenida Siqueira Campos, centro, no dia 31 de dezembro do ano passado. O serviço de reconstrução terminou no início de fevereiro. A obra custou R$ 750 mil.

Notificação de carga e descarga de carro-forte

A Prefeitura de Jacareí notificou 12 estabelecimentos co-merciais por carga e descarga de valores em locais proibi-dos, descumprindo a legislação municipal – lei 4461 – que obriga as instituições bancárias e financeiras a destinar área interna, fechada e exclusiva para a realização de atividades de carro-forte. As notificações ocorreram entre os dias 21 e 22 de fevereiro. As empresas têm 10 dias para regularizar a situação, conforme a lei, caso contrário será aplicada multa de R$ 5.000 e estabelecido mais 60 dias de prazo para a re-gularização. O diretor de fiscalização da prefeitura, Everson Dias Martins, ressalta que a medida visa fazer com que as empresas e instituições que utilizam dos serviços de carro-forte cumpram a legislação municipal.

Jacareí ocupa 36ª no ranking de exportações

As empresas na jurisdição da Diretoria Regional do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Jacareí ocuparam a 36ª posição no ranking de vendas para o merca-do global em 2012. Essas empresas, com sede no município, pertencem ao grupo das 39 regiões paulistas responsáveis por um faturamento total de US$ 65,2 bilhões da pauta exportadora estadual. Valor correspondente a 26,9% do montante vendido pelo Brasil no mercado global no ano pas-sado. A lista foi elaborada pelo Depecon (Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas) em conjunto com o Derex (Departamento de Relações Exteriores) do CIESP e da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a partir de dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

IPTU: esperada arrecadação de R$42 milhões

A Prefeitura de Jacareí distribui os carnês de IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) desde 7 de fevereiro. Os venci-mentos, da parcela única e das do parcelamento, serão entre os dias 15 e 18 de março. O reajuste geral foi de 5,98% em relação a 2012. O município espera arrecadar R$42 milhões neste ano. O imposto pode ser financiado em dez vezes.

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vai bem

vai indo

vai mal

Novo PS atenderá 15 mil

Opção de lazer na cidade Falta ônibus no Didinha

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O Parque da Cidade tornou-se uma opção de lazer para moradores e turistas que visitam Jacareí. Mesmo ainda sem muita vegetação, devido ao pouco tempo de vida, o local é fa-vorito para a tradicional caminhada e exercí-cios físicos. O Parque da Cidade conta com playground, quadras poliesportivas, bebe-douros, banheiros, um jardim japonês, muito espaço para convívio social e, claro, manu-tenção de equilíbrio ambiental numa Jacareí cada vez mais invadida por edifi cações ergui-das com ferro e concreto.

O Pronto Socorro Municipal de Jacareí está sendo construído na Avenida Engenheiro Davi Monteiro Lino, centro. Uma das princi-pais reivindicações dos munícipes na última eleição, a obra custará cerca de R$11 milhões e deverá atender 15 mil pessoas por mês. A previsão é de que a unidade fi que pronta ain-da este ano. Segundo a Prefeitura de Jacareí, o objetivo é desafogar a Santa Casa e deixá-la apenas como hospital de retaguarda. A cons-trução de um hospital municipal fi nalmente sai do papel, promessa antiga do ex-prefeito petista Marco Aurélio, primeiro a prometer sem conseguir realizá-la.

Os moradores do Jardim Didinha reivindicam a colocação de mais horários de ônibus para atender ao bairro. Eles comentam que o lo-cal possui “circular” apenas de uma em uma hora. As pessoas que necessitam ir para ou-tras partes de Jacareí como Parque Santo An-tônio, por exemplo, precisam descer a pé até o Fórum. Os moradores da Rua São Paulo, localizada na parte alta do bairro, são os mais prejudicados. Eles sugerem que o ônibus Bal-neário Paraíba suba pela rua da feira (Pereira Campos) e desça pela rua Padre Juca. Os mo-radores pedem ainda que o itinerário da linha Panorama passe mais pelo Didinha que pelo Cidade Jardim.

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1) Como o senhor encontrou o Saae quando assumiu a presi-dência da autarquia?Nicolau Kohle – Quando eu assumi havia falta d´água generali-zada em Jacareí porque não havia a atual estação de tratamento e nem de adução. Na minha gestão, conseguimos iniciar e con-cluir essa maravilhosa obra do Saae. Isso para atender uma po-pulação de até 500 mil habitantes. Uma obra para muito tempo. Naquela época, falávamos que 20 anos eram garantidos porque fazia parte do projeto. O Saae sempre acrescentou, nas adminis-trações posteriores, vários reservatórios pela cidade, permitindo melhor distribuição de água.2) O senhor é favorável passar a responsabilidade da água para a iniciativa privada ou para a Sabesp?Kohle – Se não precisar privatizar, melhor. E preciso estudar o assunto. Água é um setor estratégico.

O ex-presidente do Saae, Nicolau Kohle, fala sobre a falta d´água em Jacareí

KHOLE CULPA LIGHT POR FALTA D’ÁGUA EM JACAREÍPor ordem do Governo do Rio de Janeiro, a empresa reduziu a vazão na represa de Santa BrancaRecente falta de água em vários bairros da cidade pegou a população de surpresa e gerou dúvi-das quanto à capacidade do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Jacareí em continu-ar atendendo a população a contento. Em busca de respostas para o incidente, Buzz entrevista Nicolau Khole, ex-presidente da autarquia (1/1/89 a 31/12/1992), em cuja gestão foi inaugurada a atual ETA (Estação de Tratamento de Água) com a expectativa de abastecimento “para os próximos 20 anos”, tempo este que, por sinal, já passou.

3) Quais características do sistema de água em Jacareí?Kohle – Enquanto muitas cidades possuem captação longínqua, São José dos Campos é um caso típico, Jacareí é privilegiada porque o Rio Paraíba passa ao lado da estação. Temos uma adu-tora de 1 metro de diâmetro. Imagine o que é um metro cheio de água. É captação rápida e teoricamente fácil, chegando ra-pidinho à estação de tratamento. Tudo isso funciona bem, mas precisa haver o líquido. A água do Paraíba é fantástica porque estamos praticamente na margem do rio. É um privilegio. 4) O que o senhor acha da atual falta d´água?Kohle – A culpa não é do Saae e muito menos da prefeitura. No caso em questão, quem represou a água foi a empresa Light, que gerencia a represa de Santa Branca, por determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema). O prefeito de Jacareí inter-feriu e a água foi liberada. Essa falta d´água não foi normal. Foi um caso excepcional.5) Mas de quem é, então, a culpa pela falta d´água?Kohle – Foi uma coisa repentina. Com medo de que faltasse energia elétrica no Rio de Janeiro, o governo de lá mandou segurar a água na represa, já que a sede da Light fica naquele Estado. Eu acho que a prefeitura de Jacareí reagiu rápido. Eu quero frisar bastante que temos um conjunto excepcional de captação, adução e tratamento. Não precisou aumentar isso até agora porque foi concebido com capacidade para atender 500 mil pessoas. Eu estou feliz pela obra de tratamento de esgoto atualmente em andamento. Com o tratamento de 70% de nosso esgoto, a cidade ganhará muitos pontos. Será outro marco para a cidade. Em nossa época, não deu para fazer tudo. É serviço que aparentemente ninguém vê, mas todos sentimos na pele. Faltou água, todo mundo chia. Temos que ter o bom senso de perceber de quem é culpa. No caso, foi da Light que também foi ato involuntário: recebeu uma ordem. Já pensou, faltar água ou

faltar luz? Tem até musica de carnaval que fala disso (1).6) O que faltou então no episódio da falta d´água em Jacareí?Kohle – Foi eles (Light ou ONS) avisarem que estavam fechando a represa. Faltou comunicação (e até respeito) entre esse pessoal da represa e o Saae. 7) Como evitar esse problema?Kohle – A Light é obrigada a soltar. Eu li notícia de que a prefei-tura está represando água em baixo da ponte. Isso já foi feito há 40 anos – época do prefeito José Christovão Arouca. Naquele tempo, eles tiveram que represar a água naquele ponto. Eu acho que é o caminho certo. Não vejo outra solução. 8) O que pensa do preço da água em Jacareí?Kohle – O preço de qualquer serviço e subsidiado. Na minha época, hoje não sei, os preços eram baseados nos da Sabesp no Estado e do Saae de Guarulhos. Você pode comparar nosso preço que é sempre menor que o da Sabesp. A gente procura sempre alinhar. Nada exagerado. Eu acredito que essa política continua se não o povo reclama. Foi-se a época que o poder público podia fazer o que bem entendesse. 9) Jacareí precisa de mais poços artesianos?Kohle – Acho que não. O que estão fazendo, segundo os jornais, já permite levar água para todos locais. O Alto de Santana é um desses. 10 – Para finalizar, como está sua vida política?Kohle – Eu estou fora. Assistindo de camarote. Estou filiado ao DEM. O último cargo que disputei foi para deputado estadual, e não pretendo disputar mais nada porque já estou chegando aos 70. Dou uma mão na empresa do meu filho. Sou também produtor rural.(1)Refere-se a antiga marchinha “Vagalume”, de Vítor Simon e Fernando Martins, lançada pelos Anjos do Inferno e por Violeta Cavalcanti, no car-naval de 1954, que diz: “Rio de Janeiro/ Cidade que nos seduz/ De dia falta água/ De noite falta luz”.

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MARKETING URBANOidentidade visual de Jacareí em discussão

Arte no cemitério:Exposição dos trabalhos em locais inusitados

Divulgação

O grupo jacareiense Invento Coletivo concluiu umas das etapas do projeto “Ce-nas Transeuntes” e já começa um novo trabalho – “Fogos, Rastros e Folia”. A pro-posta dos integrantes é discutir a identidade visual de Jacareí e região. Eles acreditam que, por ser a porta de entrada do Vale do Paraíba, a cidade possui uma grande res-ponsabilidade em reconhecer e preservar a cultura valeparaibana.

O artista plástico Rafael de Aquino Lourenço, também conhecido como Raico, disse que a primeira etapa de pesquisa con-tou com ensaios fotográficos e entrevistas com moradores e comerciantes. O resulta-do foi uma série de trabalhos expostos nos locais mais inusitados de Jacareí como: mercado municipal, praças, asilo, feiras, entre outros. “Cenas Transeuntes” teve iní-cio em abril de 2012 e contou com patrocí-nio da Heineken.

Os trabalhos produzidos pelo grupo possuem cenas do universo caipira, a sim-plicidade do homem do campo, o tempo na roça, manifestações tradicionais, violeiros, mestres da cultura popular, patrimônio da cidade (bolinho e biscoito) e os fantasmas do museu. Os desenhos, pinturas, gravuras e outras técnicas foram transformados em cartazes e expostos nos espaços públicos.

Recorte – O novo projeto do Invento Coletivo, “Fogos, Rastros e Folia”, é um recorte da pesquisa desenvolvido para o “Cenas Transeuntes”, explica Raico. O fu-turo trabalho deverá traçar um calendário das festas e propor um mapa ilustrado de Jacareí. Para iniciar, o grupo busca patro-

cínio nas empresas da cidade. Tanto o pro-jeto anterior quanto o novo são realizados com apoio da LIC (Lei de Incentivo à Cul-tura) de Jacareí.

Se a pesquisa do Cenas Transeuntes não possui um tema especifico, o novo tra-balho coloca o foco nas festas populares jacareienses.

Segundo Raico, ele não achou no levan-tamento inicial informações sobre as festas populares, e por isso o grupo escolheu o tema para um aprofundamento maior nes-se segundo momento. O Invento Coletivo é formado por: Raico, Débora Rodrigues Pimentel, Jones de Jesus Domingues e Be-atriz Borrego.

A primeira etapa de pesquisa contou com ensaios fotográficos e entrevistas com moradores e comerciantes.

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8 Buzz - Fevereiro de 2013

Entrevista | Fabiano dos Santos, artesão de rosário

O artesão Fabiano dos Santos e o rosário que pertenceu ao papa Paulo VI

Artesão confecciona rosário há 58 anosReconhecido por sua atividade com “Mestre da Cultura Viva”, o artesão Fabiano dos Santos explicou como confecciona seus rosários (1) e tece criticas a igreja que, segundo ele, esqueceu Nossa Senhora

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O artesão Fabiano dos Santos, de 74 anos, é um dos únicos a con-feccionar terços artesanais no Estado de São Paulo. Há 58 anos

começou a atividade com o pai João Maximino, um catequista da zona rural de Jacareí, que im-provisou um com linha de carretel e a semente conhecida como “Lágrimas de Nossa Senhora”. Congregado Mariano há 50 anos, Santos disse que gosta do que faz e acredita que salva muitas vidas com seus rosários. O artesão acha que a igreja católica se esqueceu de Nossa Senhora e dá mais atenção para a liturgia e a palavra de Deus assim com os evangélicos. Santos aconse-lha rezar o terço “bem rezadinho” assim como aprendeu com o cônego Borges. O nosso entre-vistado, Fabiano dos Santos, recebeu o prêmio “Mestre da Cultura Viva de Jacareí” da Funda-ção Cultural em janeiro deste ano.

Buzz – Quando o senhor começou a confeccio-nar rosário?Fabiano dos Santos – Foi na roça com meu pai (João Maximino dos Santos, o João Rita). Havia uma capelinha de Santa Tere-zinha, no bairro do Jaguari, e ele era cate-quista. Ele fazia o terço com uma semen-te conhecida como “Lagrimas de Nossa Senhora” para ensinar as crianças a rezar. Naquela época, os catequistas ensinavam a rezar e também as leis de Deus. Hoje, eles ensinam a cortar fi gurinhas. É diferente! Meu pai fazia na linha de carretel porque era o único meio a sua disposição. Só que ele colocava uma continha atrás da outra, sem as tradicionais divisórias. Eu o ajudei a fazê-los. Quando em vim morar na cida-de, comecei a consertar terços. Trocava os arames e fui aperfeiçoando cada vez mais. Hoje, trabalho com confecção de terços em eventos como Revelando São José e São Paulo e na Fapija (Feira Agropecuária de Industrial de Jacareí).Eu já passei meus co-nhecimentos para minha fi lha e agora para a neta. Espero que elas continuem essa tra-dição familiar. São mais de 58 anos produ-zindo rosários.Buzz – Por que o senhor resolveu confeccionar rosários?Santos – Eu faço porque gosto. Um dia um frei me disse que eu estava ajudando a salvar muita gente. Uma pessoa pode sal-var alguém com um rosário produzido por mim. Eu gostei muito de ouvir isso. Buzz – Quantos rosários o senhor produz por mês?Santos – Apesar de ser um trabalho manu-al e cansativo, é possível produzir uns 40 rosários por mês. Num mutirão que varou a noite, chegamos a produzir 200 rosários para vender num determinado evento. Buzz – O que representa o rosário para o se-nhor?

Santos – O rosário é uma oração para Nos-sa Senhora. Agora, o pessoal está come-çando abrir os olhos para a reza do terço. Até alguns dias atrás estava esquecida da reza do terço. Antigamente, lembro que a própria igreja fazia a reza do terço às sete da noite. A missa era só de manhã. Hoje, ocorre bastante missa, apesar de ser muito importante, mas esqueceram de Nossa Se-nhora. O único que reza o terço é o padre Marcelo. As igrejas católicas não falam no terço. Elas só falam na liturgia e a palavra de Deus. Esta quase se parecendo com os evangélicos. Os evangélicos só falam na palavra de Deus e não acreditam em Nossa Senhora. O terço para mim é um trabalho de evangelização. Cada evento que parti-cipo vendo uma base de 500 a 600 deles. Não vendo pelo dinheiro. O dinheiro me ajuda. Alguns que não podem pagar, eu dou o terço para a pessoa levar. E peço que eles rezem por mim. Para mim, é uma ale-gria trabalhar para Nossa Senhora porque sou um Congregado Mariano.Buzz – O senhor nunca esqueceu a montagem do rosário?Santos – Não. Antes da montagem, a gente conta as sementes. Um rosário comum é composto de 59 continhas (as sementes co-nhecidas por “Lágrimas de Nossa Senhora) – 53 Ave Maria e seis Pai Nosso. A gente separa as sementes, coloca num copo e de-pois vai para o arame. Um rosário de 20 mistérios precisa de 224 continhas. Eu não coloco triângulo para começar ou terminar o rosário. Eu coloco uma molinha. É minha marca pessoal. Há mais ou menos 15 anos doei três dúzias de rosários para ajudar na construção da comunidade Rosa Mística

(que fi ca da Rodovia dos Tamoios). Buzz – O senhor ganhou um rosário que perten-ceu ao Papa Paulo VI (1963-1978)?Santos – Antes, porém, vou contar uma ou-tra história. Eu tinha uma barraca na feira-livre do São João. Um dia apareceu uma senhora de São José dos Campos querendo saber se eu consertava rosário. Respon-di afi rmativamente. Eu ganhei um rosário do Roberto Carlos e arrebentou. Ela havia ganhado quando Roberto Carlos esteve em Aparecida. Era um rosário comprado, tal-vez em Aparecida mesmo, mas dado pelo Roberto Carlos. Eu consertei esse rosário e ela fi cou muito contente. Eu também tenho um rosário que pertenceu ao papa Paulo VI. Esse rosário chegou até nós através da mãe de um segurança do Vaticano. O se-gurança, que era evangélico, recebeu o ro-sário do pontífi ce que tentou evangelizá-lo com o presente. Essa pessoa imaginou que o rosário era valioso ao avistá-lo na mão do santo padre. Porém, quando soube que não tinha nenhum valor fi nanceiro, trouxe e deu para a mãe dele que mora no Jardim Jacinto, a dona Francisca. Ela também guardou porque é evangélica. Ao saber que trabalhávamos com rosário, ela deu como lembrança para minha fi lha. O rosário já foi exposto na paróquia São João e agora está com minhas netas. Buzz – Quem compra os rosários produzidos pelo senhor?Santos – Eu vendo mais nos eventos como Revelando São José, Revelando São Paulo e na Fapija. Nós também recebemos mui-tas encomendas de catequese e grupos de oração. Temos ainda fregueses no Rio de Janeiro, Paraná e Alagoas.

“Se eu rezar uma dezena do terço “bem rezadinho” vale mais que rezar correndo o terço inteiro”.

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Fevereiro de 2013 - Buzz 9

Buzz – Qual é faixa de preços dos rosários ven-dido pelo senhor?Santos – O mais simples custa R$2,00 e o mais caro R$20,00. Faço também o Terço Bizantino.Buzz – Quem compra rosário com 15 mistérios?Santos – Às vezes, é uma promessa ou para uso em outros trabalhos. Vem gente comprar terço de 15 mistérios para benzer crianças. Não pode ser o de cinco e nem o 20 mistérios. O mais importante para mim é atender as pessoas. O rosário que faço não é benzido. Cada um precisa benzer o seu rosário com padre ou diácono. Se fosse benzido, não poderia vender. Buzz – Como o senhor produz um rosário?Santos – Como eu moro na cidade, não en-contro com a facilidade a planta conhecida como “Lágrimas de Nossa Senhora”. Mi-nha irmã planta num sítio no Jaguari (zona rural de Jacareí). Lá, essa planta é conhe-cida como “contas de rosário”. A colheita ocorre em agosto e setembro.(NR – O nome cientifi co da planta Lágri-mas de Nossa Senhora é Coix Lacryma-jobi L. Ela vem polida e perfurada. A pa-lavra lágrima tem a ver com sua forma de gota. Sua cor é esbranquiçada indo até o perolado.)Buzz – Há uma história de que todo lugar que Nossa Senhora derramou sua lágrima nasce essa planta. O senhor conhece esta história?Santos – É uma lenda de nossos antepassa-dos. Diz que Nossa Senhora ao fugir, der-rubou uma lágrima e, nesse lugar, nasceu a planta. Além de servir para produzir o rosário, as folhas da “Lagrimas de Nossa Senhora” são usadas para combater enfer-midades como: cálculo renal, asma, bron-quite, reumatismo e até tumores.Buzz – É normal consertar um rosário arreben-tado?Santos – O rosário pode ser cortado em várias partes, mas não acaba a benção do sacerdote. Nós precisamos acreditar que a bênção de Deus é para sempre. O aconse-lhado é jogar um rosário arrebentado num rio, queimar (espalhando a cinza no rio) ou consertar. Nunca deve jogar um rosário benzido no lixo. A igreja não é brincadeira. A benção da igreja católica é permanente como um casamento.Buzz – O senhor costuma rezar o terço?Santos – Sou sincero: não rezo todos os

dias. Eu rezo na medida do possível e quanto vou à igreja. O Cônego Borges me disse, certa vez, que se eu rezar uma dezena do terço “bem rezadinho” valia mais que rezar correndo o terço inteiro. Buzz – O que é rezar “bem rezadinho”?Santos – Rezar meditando no que você está falando. Esquecer as outras coisas. O que ocorre é que as pessoas rezam depressa para atender um compromisso em segui-da. Você está fora da coisa. Orar um pouco que seja, mas faça bem feito. Para Deus, precisamos dar o melhor que temos. Nunca rezar para cumprir a obrigação. Buzz - O que o senhor achou do prêmio “Mestre da Cultura Viva de Jacareí” que recebeu da Fun-dação Cultural?Santos – Fiquei contente. Acho que todos os artesãos devem ter seu valorzinho pela cultura. Sou o único que faz o trabalho de rosário em Jacareí. Faz 19 anos que parti-cipo da Fapija e nunca apareceu um outro que fi zesse a mesma coisa. Nem na região possui outro que faz rosário. Acredito ain-da que nem mesmo no estado tenha outro

Confecção de terços – Fabiano dos SantosContato – (12) 3952-3284 / E-mail – [email protected]

que confecciona como eu. Buzz – O que o senhor sempre quis dizer e não tinha um meio de comunicação para se expres-sar. A última pergunta é esse espaço que abri-mos para o senhor falar o que desejar.Santos – Sou uma pessoa aberta e conver-so com muita gente. Uma pessoa popular. Tive muitas graças na vida. Trabalhei com padres e ajudei o bispo Dom Francisco, de Taubaté. A igreja é infalível. Não erra. Quem erra são os dirigentes da igreja. Se tem coisa errada na igreja é o dirigente e não a igreja porque a liturgia e a catequese da igreja não mudou.

(1) O termo rosário designa uma peça religiosa católica que abrange três ter-ços. Com o tempo o termo generalizou-se e muitos usam “rosário” para designar terço, que, na verdade, é um terço do ro-sário, tecnicamente falando. Os rosários são mais usados por membros de algumas ordens religiosas, praticamente não são usados pelos leigos em suas orações.

“As igrejas católicas não falam no terço. Elas só falam na liturgia e a palavra de Deus. Está quase se parecendo com os evangélicos”.

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PROjETO CIvIlIzACãO: por uma cidade mais consciente

Vários pontos de Jacareí receberam um dispositivo com sacos plásticosbiodegradável para coleta de fezes caninas

Dispositivo colocado em frente ao fórum ficaria melhor na calçada do Edifício Mansão do Vale, afirmou integrante do Grupo de Apoio aos Animais de Jacareí

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A cidade de Jacareí conta, desde 15 de dezembro último, com iniciativa inédita de educação sanitária no Brasil. Trata-se do projeto CivilizaCão, que espalhou em vá-rios pontos da cidade 30 dispositivos com sacos plásticos biodegradáveis para coleta de fezes caninas. O projeto é desenvolvido pelo Instituto Rio Carioca em parceria com a Molecão Comércio e Prestação de Servi-ços. Após bem sucedida ação experimental na orla do Rio de Janeiro. Jacareí é a pri-meira cidade do país que abraçou o projeto.

O gestor do CivilizaCão, Abner Vieira, disse que a população aceitou a campanha plenamente. Segundo ele, cada bobina ins-talada nos dispositivos possui 500 sacolas plásticas e, dessas, 450 foram utilizadas em um mês e meio desde a implantação. Vieira conta ainda que a meta é chegar a 1.000 dispositivos em Jacareí. Para essa nova etapa, ele busca parceiros junto à iniciativa privada para viabilizar a continuidade do projeto. Os apoiadores recebem incentivos

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Rodrigo Bertozzi: projeto ficaria muito bom nos condomínios

fiscais do governo federal.Um dos principais objetivos do Civi-

lizaCão é tornar os espaços públicos mais limpos e saudáveis, pois as fezes dos ani-mais contêm parasitas que tanto podem contaminar pessoas quanto outros animais. Existe lei municipal que proíbe os animais de circularem sem coleira e guia pelas cal-çadas, mas sem sucesso devido à falta de fiscalização.

Vieira informou que a prefeitura apenas autorizou a colocação dos dispositivos na cidade e os recursos para implantação e manutenção do programa provem de em-presas privadas.

Conscientização – A integrante do Gaaj (Grupo de Apoio aos Animais de Ja-careí), Cristina de Faria, achou o projeto muito bom, mas apresentou algumas críti-cas para a reportagem da revista Buzz.

Segundo ela, a implantação desse tipo de projeto deveria vir acompanhada de uma ampla campanha de conscientização. Cristina disse que muitos desinformados acabam utilizando a sacola plástica para colocar lixo comum ou guarda-chuva. Para a moradora, uma campanha resolveria esse problema.

A integrante do Gaaj também não con-corda com certos locais que receberam os dispositivos com as sacolas plásticas. Cristina acredita que a colocação de um dispositivo em frente ao prédio Mansão do Vale, onde residem dezenas de pessoas, te-ria muito mais utilidade que em frente ao

fórum. Cristina possui três cães vira-latas e circula com eles pela região do São João onde mora. Ela disse que entende o relógio biológico de seus animais e sabe quando eles fazem suas necessidades. Porém, ao circular pelo bairro, anda sempre com sa-colas plásticas para eventuais imprevistos. O bairro do São João, embora próximo da região central, ainda não recebeu os dispo-sitivos do projeto CivilizaCão.

Condomínios – O gerente da loja de pet shop Cães & Cia., Rodrigo Fernandes

Bertozzi, achou o Projeto CivilizaCão mui-to bacana. “Vale a pena”, afirmou. Ele su-geriu a adoção desse projeto também nos condomínios da cidade.

Bertozzi conta que tinha um cão vira-latas há alguns anos porque morava numa casa com um quintal espaçoso. Portanto, diz ele que o animazinho não tinha muita dificuldade para fazer suas necessidades. Agora, como reside num local pequeno, espera mudar para um condomínio onde voltará ter a companhia de cachorro.

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12 Buzz - Fevereiro de 2013

FISCAlIzAÇãOredobrada

Buzz

Arqu

ivo

“Frequentadores devem verifi car se o local possui regularização junto à prefeitura e o Corpo de Bombeiros”

Vereador detecta falha na parte de sinalização e possibilidades de uso de artefatos explosivos nas casas noturnas de Jacareí

A tragédia que vitimou 239 pessoas e feriu outras 100 em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, obrigou as outras cidades do país a endu-recer na fi scalização de casas noturnas, boates, bares, restaurantes e espaço com grande con-centração de público. A falta de manutenção dos itens de segurança é apontada pelo comandante do 41º Grupamento de Bombeiros de Jacareí, tenente Alexandre Veloso Reis, com um dos principais problemas na cidade.

Uma casa noturna de Jacareí, cuja identifi -cação não foi revelada, acabou sendo interditada pelo Corpo de Bombeiros. Segundo Reis, esse local não tinha as mínimas condições para re-ceber público. Por determinação do governador Geraldo Alckmin, a corporação já fi scalizou 18 estabelecimentos que recebem grande concen-tração de público no município. Desse número, 80% apresentaram irregularidades em função de falta de manutenção dos itens de segurança.

Os proprietários foram notifi cados a provi-denciar manutenção, e nova vistoria do Corpo de Bombeiros está marcada para os próximos dias. Segundo Reis, a maioria dos proprietários de casas noturnas em Jacareí se mostra interes-sado em regularizar a situação de seus estabe-

lecimentos.O comandante do Bombeiros local diz que a

fi scalização é feita, mas os proprietários modi-fi cam o local e não solicitam nova vistoria. Ele recomenda que os frequentadores verifi quem se o local de evento possui regularização tanto da prefeitura como do Corpo de Bombeiros.

O roteiro para aprovação de local para evento em Jacareí é o seguinte: um responsá-vel técnico elabora um projeto técnico para os Bombeiros e manda para análise; o projeto é aprovado e começa a obra; se tudo estiver cor-reto, o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) é emitido. A fi scalização cabe à prefeitura.

Projeto - O vereador de Hernani Barreto (PT) apresentou projeto de lei que disciplina normas de segurança para o funcionamento de casas noturnas, boates, bares, restaurantes e similares em Jacareí. Ele se reuniu com o se-tor de fi scalização da Prefeitura de Jacareí e o comando do Corpo de Bombeiros para elaborar seu projeto.

Desses encontros, o vereador explica que detectou lacuna na questão de sinalização e a possibilidade do uso de artefato explosivo. Pela

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Principais determinações do projeto de lei:

- Disciplina normas de segurança para bo-ates, casas noturnas, bares, restaurantes e similares;- Proíbe o uso artefatos pirotécnicos (exce-ção aos classifi cados como “frios”);- Obriga a manutenção do laudo de vistoria, bem como de informação sobre a capacida-de total do ambiente, na entrada e em local visível ao público;- Proíbe o uso de comandas para a venda de bebidas e alimentos nos estabelecimen-tos, de forma a facilitar a fuga do local em caso de incidentes (público superior a 250 pessoas);- Exige a elaboração e a divulgação interna (por meio de cartazes) de Plano de Emer-gência.REUNIÃO COM BOMBEIROS E PREFEITURA - (da esq. para dir.) Luís Caldas Vianna, Hernani Bar-

reto, Adam Ferreira, Everson Dias Martins e Alexandre Veloso Reis.

Divulgação/Gabinete Hernani Barreto

sua proposta, Barreto pretende criar procedi-mentos técnicos inéditos na cidade para evitar acidentes (veja as principais determinações nes-ta página).

“A iniciativa do vereador Hernani Barreto é muito importante. É um complemento às me-dida de segurança contra incêndios nos locais de grande concentração pública (já aplicadas pela corporação). Esta parceria com os órgãos públicos, do Legislativo e do Executivo, só vai melhorar a prevenção para que não ocorram os acidentes. O bombeiro é o grande interessado

na integridade física e preservação da vida das pessoas”, disse o comandante da corporação em Jacareí.

O Diretor de Fiscalização da Secretaria de Planejamento de Jacareí, Everson Dias Mar-tins, concorda com as diretrizes estabelecidas pelo projeto de lei. “Uma boa iniciativa, que só tende a fortalecer a legislação que já existe, colaborando para que ninguém saia ferido ou tenha algum tipo de prejuízo. O Departamento de Fiscalização esta à disposição para o que for preciso”.

Barreto acredita que seu projeto de lei de-verá ser submetido ao plenário da Câmara de Vereadores de Jacareí ainda em fevereiro.

Fiscalização - O gerente da casa noturna “Cenário”, Roberto Fidelis, aprova a fi scaliza-ção intensifi cada nas casas noturnas para evitar eventuais acidentes como o de Santa Maria. Segundo ele, infelizmente esperou-se mais uma tragédia para se ter uma fi scalização mais fi rme e rever as medidas de seguranças.

Fidelis disse que a Canário já recebeu a fi scalização do Corpo de Bombeiros de Jacareí que inspecionou e reviu todos os itens de segu-rança do local. A casa passou em todos os testes. A Cenário, que fi ca Avenida Malek Assad, exis-te há dois anos e possui capacidade para receber 2 mil pessoas.

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BUZZ IN

Michele e Fabrícia: Menecucci Assessoria Imobiliária

Patrícia Roismann: Nutri Action e Alimentação Nutritiva

Marisa Gehrke, do Empório da Nicota, preparando-se para a PáscoaDouglas C. Gonçalves, da Polivest Vestibulares

BuzzImanges

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