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Booktubers: Blogueiros mudam a visão de jovens sobre a literatura (pág. 14) EDIÇÃO 2 JUNHO 2016 NEWS Olimpíada gera polêmica quanto à valorização do esporte (pág. 15) O feminismo ganha força no Brasil O movimento feminista está em ascensão. Apesar da luta das mulheres estar presente há mais de 200 anos, é hoje, com o mundo globalizado e a sociedade conectada por meio da rede, que as mulheres e sua voz vêm ganhando cada vez mais força. Mas o que é o feminismo afinal? E o que ele prega? Conheça o documentário “Precisamos falar do assédio”, que coletou depoimentos de mulheres, Conheça também suas vertentes, a im- portância da mulher no esporte e os cole- tivos feministas universitários que empode- ram as mulheres pelo Brasil. (pág. 10) A empresa Movimento 90° também propõe colorir São Paulo, mas de verde. Atuando em um nicho de mercado, o projeto liderado por Guil Blanche vem se dedicando desde 2013 à iniciativa Corre- dor Verde do Minhocão. (pág. 9) somando 140 casos, que visam ampliar o movimento feminista retirando relatos das ruas. Aproveitamento do espaço urbano Conhecida como a “selva de pedra”, São Pau- lo abriga aproximadamente 12 milhões de habitantes vindos de todos os lugares do mundo, e por conse- quência o setor imobiliário cresce desenfreadamente, permitindo que até no espaço mais improvável surja um novo edifício. Onde fica a qualidade de vida em meio a tanta correria e caos? Nas artes e no verde que se incorpora nos muros dessas construções. A importância das agências reguladoras no Brasil (pág. 12) Ondas de boas ações geram um novo olhar para humanidade (pág. 6) Ansiedade preocupa universitários (pág. 7) Fique por dentro de tudo que acontece na BA (pág. 2) Astrologia gera dúvidas entre jovens (pág. 16) Conforto é a melhor escolha (pág. 8 e 9) Foto: reprodução Foto: reprodução Luana Theodoro Rafaela Barros

Buzzart ed 02 jornalismo belas artes 21jun16 final

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Jornal-laboratório feito pelos alunos do terceiro semestre de Jornalismo do Centro Universitário Belas Artes (São Paulo/Brasil) no primeiro semestre de 2016, dentro da disciplina Jornalismo Diário, sob orientação do Prof. Dr. Anderson Gurgel Campos

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Booktubers: Blogueiros mudam a visão de jovens sobre a literatura (pág. 14)

EDIÇÃO 2JUNHO 2016NEWS

Olimpíada gera polêmica quanto à valorização do esporte (pág. 15)

O feminismo ganha força no Brasil O movimento feminista está em ascensão. Apesar da luta das mulheres estar presente há mais de 200 anos, é hoje, com o mundo globalizado e a sociedade conectada por meio da rede, que as mulheres e sua voz vêm ganhando cada vez mais força. Mas o que é o feminismo afinal? E o que ele prega? Conheça o documentário “Precisamos falar do assédio”, que coletou depoimentos de mulheres,

Conheça também suas vertentes, a im-portância da mulher no esporte e os cole-tivos feministas universitários que empode- ram as mulheres pelo Brasil. (pág. 10)

A empresa Movimento 90° também propõe colorir São Paulo, mas de verde. Atuando em um nicho de mercado, o projeto liderado por Guil Blanche vem se dedicando desde 2013 à iniciativa Corre-dor Verde do Minhocão. (pág. 9)

somando 140 casos, que visam ampliar o movimento feminista retirando relatos das ruas.

Aproveitamento do espaço urbano Conhecida como a “selva de pedra”, São Pau-lo abriga aproximadamente 12 milhões de habitantes vindos de todos os lugares do mundo, e por conse-quência o setor imobiliário cresce desenfreadamente, permitindo que até no espaço mais improvável surja um novo edifício. Onde fica a qualidade de vida em meio a tanta correria e caos? Nas artes e no verde que se incorpora nos muros dessas construções.

A importância das agências reguladoras no Brasil (pág. 12)

Ondas de boas ações geram um novo olhar para humanidade (pág. 6)

Ansiedade preocupa universitários (pág. 7)

Fique por dentro de tudo que acontece na BA (pág. 2)

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Astrologia gera dúvidas entre jovens (pág. 16)

Conforto é amelhor escolha (pág. 8 e 9)

Foto: reprodução

Foto: reprodução

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afaela Barros

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Isabella BedinEditora-chefe

Gostaria de estar vivendo dentro de um livro fantásti-

co, de preferência que contivesse muita magia,

natureza e elfos. Enquan-to isso não acontece,

contenta-se com o que Hollywood proporciona.

João ArantesEditor-chefe

Ainda não foi aceito no All Blacks e nem teve a opor-tunidade dançar Haka em um jogo de rugby. Como

todo mineiro, gosta de pão de queijo, mas é fissurado

mesmo por cachaça.

Débora MarquettiRepórter

Tem certeza de que a carta de admissão para Hog-

warts foi desviada. Enquan-to ela não é encontrada,

faz teatro e segue o sonho do jornalismo.

Vinicius AlvesEditor de Tecnologia

De São Carlos para a capital, veio trazer sua fé

e o amor pela música pop: do estúdio V a Selena Gomez, de imitações a

canções, do romântico ao brincalhão.

Natália RochaEditora de Cidade

Verdadeira e fiel aos amigos. Adora assistir séries, ler bons livros e

pesquisar sobre cois-as aleatórias, futebol e

conhecer novos lugares.

Bruna DarozRepórter

Estudante de jornalismo e fã de poesia. Vive com in-tensidade e sente demais.

Não sabe o qual o sen-tido da vida, mas segue

tentando.

Aline AlcoforadoEditora de Feminismo

Romântica e futura jornalis-ta, canceriana com pé no chão, vive entre livros, cole-tivas deimprensa, músicas e o celular rosa. Mas sua

maior paixão é a escrita.

Isabella FloresEditora Coluna BA

Típica escorpiana, de alma boa e coração ab-erto não sabe esconder seus segredos nem de

desconhecidos.

Daniela SantosEditora Coluna BA

Palmerense roxa! Dona de um estilo autêntico, ama as bandas de rock dos anos 70/80, dormir,

história e mojito.

Giulia GhigonettoEditora de Cultura e

Entretenimento

Amante dê livros e series de tv... Para ela não existe um sábado a noite melhor do que aquele no netflix.

Leticia QuintelaRepórter

Nada define essa curio-sa geminiana que adora livros, músicas, cinema,

novelas e fotografia.

Carolina FariasEditora-chefe de

arte e diagramação

Canceriana, chorona, amante do mar. Sempre em movimento com uma

profundidade que nin-guém consegue chegar.

Editoria-chefe do Meiô 22.

Anna Carolina XandóRepórter

Futura jornalista que ama o azul e vermelho, a diversidade da moda e o celular. Uma ri-sada. Capricorniana com uma

simpatia contagiante.

Giovanna AndradeEditora Esportes

Possui um conhecimento inútil que só não supera sua habilidade artística! Ativista das pequenas

causas, é uma pedra com o coração quente.

Que

m fa

z? Criatividade. Essa é a palavra que define a turma do 3º semestre de jornalismo do Centro Universitário Belas Artes. Toda a euforia, confusão, originalidade e carisma da turma foram passa-

ReitorProf. Dr. Paulo Antonio Gomes Cardim

PlanejamentoProfa. Maria Lúcia de Ol-iveira Gomes Cardim

Assessora-InstitucionalPatrícia Gomes Cardim

Pró-Reitor AdministrativoProf. Dr. Francisco Carlos Tadeu Starke Rodrigues

Pró-Reitor Acadêmico Prof. Dr. Sidney Leite

dos para essa segunda edição do BuzzArt. Como editores-chefes foi uma tarefa difícil coorde-nar e canalizar nossas energias para dar ao jor-nal a cara da faculdade e também a dos futuros brilhantes jornalistas que por aqui passaram.Agradecemos a paciên-cia, orientação e carinho que recebemos do nosso querido Pro-fessor Anderson Gurgel

e um obrigado especial a nossa editora-chefe de artes Carolina Farias, que passou tardes co-nosco a fim de entender a alma dessa turma. Esperamos que nossos esforços tragam aos nossos leitores a mes-ma alegria contagiante com a qual preparamos essa segunda edição.

Isabella Bedin e João Arantes

Pró-Reitor Institucional Prof. Me. Turguenev Ro-berto de Oliveira

Coordenadora do Curso de Jornalismo Prof. Dr. Maria Inês Mi-gliaccio

Professor Responsável Prof. Dr. Anderson Gur-gel (Texto e Edição)

Identidade VisualThais Grandisoli

Editorial

Expediente

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Coluna Belas Artes

Avanti Construtora, da Incubadora Belas Artes, ganha espaço no mercadoCriada por aluno da BA, a startup fechou contratos com grandes empresas do mercado e é exemplo de economia criativa

Por Leticia Quintela Desenvolvida com o apoio da Incubadora Belas Artes, a startup Avanti Construtora Cor-porativa, do aluno de arquitetura e urbanismo Lucas Torres Fatoretto, conseguiu fechar três grandes contratos com a TIM Brasil, Expo Center e Club Athletic Paulistano, no início de 2016. “Estávamos na época desenvolvendo a ideia de abrimos uma con-strutora que pudesse inte-grar as diversas etapas de uma obra. Uma empresa na qual o estudo, o pro-jeto e a execução fossem desenvolvidos interligados para um melhor resultado final”, contou Fatoretto. No mesmo perío-do, o professor Wilson Santos começou, na Be-las Artes, a busca por alunos que tivessem uma “veia empreendedora” para o começo da Incuba-dora Belas Artes, um es-paço para viabilizar pro-jetos, negócios, produtos e serviços inovadores, criados por alunos e pro-fessores da instituição, o que interessou Fatoretto e sua sócia Cristiana Fur-lan. “A incubadora trazia as bases, o conceito e a organização que precisá-vamos para abrimos as portas”, destaca o aluno. Foi aí que se uniram. Mas foi um lon-go caminho percorrido.

“A incubadora apoia as startups desde os pri-meiros passos até ela conseguir ‘andar’ soz-inha, diferentemente das incubadoras tradiciona-is”, ressalta Santos. Atualmente, a empresa se encontra em constante crescimento e continua buscando no-vas oportunidades de negócios, em parceria com uma grande agên-cia de publicidade.

Economia criativa A Belas Artes ensina em seus cur-sos sobre o conceito de economia criativa, que consiste em atividades nas quais indivíduos exercitam sua imaginação explorando seu valor econômico. Necessitan-do incentivar o espírito empreendedor e apoiar os projetos dos alunos com iniciativas inova-doras, a Incubadora da Belas Artes surgiu no ano de 2015. De acordo com o seu responsável Wil-son Santos, “a incuba-dora tem como objetivo transformar boas ideias em negócios bem-suce-didos”. A incubadora possui projetos difer-enciados. Exemplo, a Dona Raposa, criada pela aluna Ana Caroli-na Biagioni, do curso de

Uma das festas preparadas pela Dona Raposa

Design de Interiores, e é voltada para o público que deseja fazer festas infantis personalizadas. “A Incubadora me auxiliou dando suporte às questões como estu-do de mercado, plane-jamento de negócios e confecção de contrato”, ressaltou Biagioni. Apesar da concor-rência no nicho em que está inserida, a empresa oferece conceitos de ex-clusividade e qualidade como diferencial, crian-do cenários e desenvol-vendo personagens per-sonalizados em parceria com o curso de Desenho de Animação da BA. Embora a econo-mia atual também esteja afetando a startup da fu-tura designer, ela destaca que “a sensação de se es-tar realizando um grande sonho é incrível”, e se diz mais segura quanto aos próximos passos.

André Nakahara, do Tio Dedé e Cia Fotografia

Onde encontrar as startups

Avanti Construtora Corporativa - R. Londrina, 470 - Vila Helena, São Bernardo do Campo http://www.avanticonstrutora.com.br/

Dona RaposaRua Taguá, 305 - Liberdade, São Paulohttp://donaraposafestas.wix.com/carolbiagioni

O que é uma startup?

Uma startup é uma empresa em sua fase embrionária que, através de uma ideia inovadora, busca crescer de uma forma escalável sem pre-cisar aumentar o investimento na mesma pro-porção de sua evolução. “O termo se popularizou na segunda meta-de da década de 1990 nos EUA, período conhe-cido como a ‘bolha da internet’”, contou o profes-sor de Mídias Sociais Digitais, Tiago Sousa, que complementa: “A ideia também é relacionada a empresas que pensam de forma criativa e suste-ntável e buscam trazer uma melhoria à sociedade diante de problemas”. As startups ainda geram pouco capital, mas seus surgimentos atualizam e expandem o raciocínio estratégico de negócios do país, diver-sificando e inovando a economia. Apesar disso, o impacto social é grande, pois não só criam empregos como também atingem a população através de melhorias e facilitação de serviços. A atual situação econômica brasileira tem feito com que muitos investidores e criativos repensem na abertura de uma empresa ou em colocar um projeto em prática. Mas não desanime caso você tenha alguma ideia inovadora! “A crise existe, mas com ela também há muitas pessoas dispostas a gastar dinheiro com soluções para as suas vidas que outras empresas ainda não enxer-garam”, destacou Souza.

Aluno fecha contrato com editora britânicaA editora britânica JN-PAQUET Books Ltd anunciou a contratação do aluno José Alfredo Pistilli, do curso de De-sign Gráfico da Belas Artes, como ilustrador do novo livro infantil, “Blue Cow”, do autor J.

N. PAQUET. A obra que conta a história de uma vaquinha azul que é apa-ixonada por tudo o que tem a sua cor, deve ser lançado dia 7 de setem-bro e estará disponível em mais de 15 idiomas, e em diversos formatos.

pistilliart.tumblr

Desenho de autorretrato do aluno José Alfredo Pistilli

Por Daniela Santos e Giulia Ghigonetto

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Professor expõe obras em SESC de Presidente Prudente O SESC Thermas de Presidente Prudente expôs, entre março e maio, obras do professor de Artes Plásticas, Luciano Zanette. A exposição “Objetos/Oblíquos” conta com esculturas de aço e bronze inspiradas no mobiliário cotidiano que de-safiam conceitualmente a funcionalidade usual dos objetos projetados para o uso corporal. Em entrevista para o Prêmio PIPA, no qual foi indicado em 2011, o artista disse que a ideia de seus trabalhos não é de interação, mas sim a relação mental entre o público e a obra. O professor também está participando, até setembro, da exposição “MAC/MON: Um diálogo”, no Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curiti-ba, com uma obra que hoje pertence ao Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR). (grau de necessidade baixo)

Uma das obras de Luciano Zanette exposta no SESC Thermas

Jerri Rossato Lima

Gente de sucessoFique de olho

Destaque

Marco Bartholomei Lo Schiavo é aluno do 2 semestre de Artes Vi-suais. Ele diz que sempre gostou muito de desenhar e pintar. “Faço isso desde que se conhece por gen-te”, contou o artista. Para conferir mais desenhos e pinturas criadas por ele, siga-o no instagram: @marcoloschiavo.

Equipe cria obra inspirada em novo filme de Tim BurtonBaseado nas formas e na personalidade do Chapeleiro Maluco, per-sonagem da nova pro-dução cinematográfica da Disney “Alice Através do Espelho”, a equipe composta pelos alunos Bruno Escorza de De-sign de Produto, Heitor Muramatu de Design Gráfico e Danielle Morei-ra e Luana Freitas de Design de Moda, com o apoio do Studio Grid e do FabLab – Laboratório de Prototipagem e Fabri-cação Digital, criaram o chapéu “Chapéu dos Mil

“Sem título”, guache sobre tela, 25x25

Reflexos”. “A junção de todas essas áreas repre-senta muito bem a forma com a qual o Studio Grid funciona, juntando todos os conhecimentos dentro do design para a solução eficiente de um projeto”, explica Danielle Moreira. A obra que foi confeccio-nada com a prototipagem 3D, e contém pedrarias e uso de LED, esteve ex-posta em uma mostra es-pecial aberta ao público, no Shopping Metrô Bou-levard Tatuapé, e agora segue para o Rio de Ja-neiro e Belo Horizonte.

Diretor de videoclipes com milhões de acessosEntre os dias 16 e 20 de maio, foi realizado a “Semana Intercursos de Comunicação So-cial 2016: Criatividade e Cidadania”. Entre di-versas palestras, uma das que mais chamou a atenção foi a do estu-dante do 6 semestre de PP, Felipe Sassi. O di-retor de videoclipes de artistas como Ludimilla, Biel e Karol Conká, to-talizando assim, mais de 60 milhões de visu-alizações no Youtube. Reprodução Felipe Sassi

Parte da equipe do “Chapéu dos Mil Reflexos”

Danielle Moreira

BA em eventoSucesso em Milão Participação da Belas Artes do Salone Satellite, na Salone De Mobile Mila-no, em abril, onde cinco alunos expuseram seus trabalhos. “A participação foi ba-cana e capaz de nos posicionar no mercado internacional como escola de design”, contou a professora e coordenadora de Design e Mídias Sociais Digitais, Maria Carolina Garcia, que acompanhou os alunos durante a feira.

Equipe Belas Artes (alunos e professora) participante da Feira de Milão

Acervo pessoal de Maria Carolina Garcia

Professores e ex-alunos expõem obras em museu de Porto Alegre

Depois de passar por Veneza, Berlim, Munique e São Paulo, a ex-posição “Metropolis” desembarcou no Museu do Trabalho, em Porto Alegre, entre abril e maio, e contou com obras de Helena Freddi, professora do curso de Bacharelado em Artes Visuais, e dos ex-alunos Ana Clau-dia Silveira Takenaka, Anna Caro-lina Leite Bigão e Merien Rodrigues Camera, tendo um único pré-requisi-to: os trabalhos tinham que ser feitos no formato 20cm x 20cm. A mostra retornará à SP e será exibida na Bib-lioteca Municipal Mário de Andrade, no fim do primeiro semestre.Carolina Garcia, que acompanhou os alunos durante a feira.

Convite da exposição, divulgando alguma das obras expostas

Coluna Belas Artes

Marco Lo Schiavo

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Produtor fala sobre Branded Content

Nos dias 3 e 18 de maio, o produtor Ian Haudenschild esteve na Belas Artes para falar sobre a importância de entender mais sobre Branded Content e a influência das marcas na vida das pessoas. Participou também da palestra, Mariana Bas-tos. Ian atualmente tra-balha na produtora O2, assim como Bastos, e é Produtor Executivo da Haudenschild Criações e Projetos.

BA recebe

Rolling Stone: mais que música

Também como parte da “ S e m a n a Intercursos de Comuni-cação Social 2016: Cri-atividade e Cidadania”, a Belas Artes recebeu a editora assistente e repórter da renomada revista Rolling Stone, Stella Rodrigues. Ela contou sobre o dia a dia da enxuta redação, as pautas, uso de imagens, o senso comum equivo-cado de que a revista é totalmente voltada para a música e rock, e como é a relação entre o site e o produto impresso.

Supla divide suas histórias

A palestra com o músico Supla lotou o auditório da Unidade 2, onde ele conversou com os presentes sobre suas experiências de vida (al-gumas delas narradas no seu novo livro “Sup-la: crônicas e fotos do Charada Brasileiro”), fa-lou sobre política, rock in roll, rebateu críticas quanto ao seu reality show “Papito in Love” e soltou a voz, cantando suas composições.

Internacionalistas contam sobre carreira

Da esquerda para direita: os palestrantes Bernando Agostini, Cintia Haddah, Felicia Alejandrina, Sérgio Bernardes, Filomena Siqueira e Paulo Watanabe

A BA recebeu a palestra “Trajetórias”, so-bre a carreira e experiên-cia de cinco profissionais da área de Relações In-ternacionais. O evento contou com a partici-pação dos bachareis em RI, Bernardo Ago-sti, atuante na área de gestão de riscos da Odebrecht, na África;

Cinthia Haddad, espe-cialista em comércio exterior, análise merca-dológica de produtos es-trangeiros, risco político, conflitos internacionais e consultoria em merca-do financeiro; Filomena Siqueira, pesquisadora na Ação Educativa que acompanha agendas relacionadas aos acor-

Instagram da Belas Artes

SPFW na BA

A Belas Artes re-cebeu, durante a 41 edição da São Paulo Fashion Week, o des-file de Glória Coelho, apresentando sua nova coleção com o tema “O Jardim no Mar As-simétrico”. A estilista inovou e seguiu a tendência internacional do Ready-To-Shop, na qual as peças apresentadas nas passarelas vão direto para a loja.

Feira de Fotografia de São Paulo (SP ARTE/FOTO 2016) - 24 de agosto a 28 de agosto

Fronteiras do Pens-amento com Valter Hugo Mãe – 31 de agosto

Legendas

1. SPFW: Peças criadas por Glória Coelho durante o desfile na BA2. Branded Content: Produtor Ian Haudenschild durante palestra na BA3. Rolling Stone: Stella Rodrigues da famosa revista responde a pergun-tas dos alunos e professores4. Supla: O cantor Supla conta sobre sua carreira e experiências

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Coluna Belas Artes

dos globais no campo da educação, com des-taque para Education for All, da UNESCO; Patrick Pomeroy, experiente em promoção de vendas, desenvolvimento de projetos e relação com clientes, e Paulo Wata-nabe, atuante na área de internacionalização do ensino superior.

Bienal Internacional do Livro de São Paulo - 25 de agosto a 5 de setem-bro

Fronteiras do Pensa-mento com Elisabeth Roudinesco – 14 de setembro

Bienal Internacional de Arte de São Paulo - 10 de setembro a 11 de dezembro

The 1975 - 23 de setem-bro

Fronteiras do Pensamento com Peter Sloterdijk – 5 de outubro

Fronteiras do Pensa-mento com Ian McE-wan – 26 de outubro

Anima Mundi 2016 - 2 de novembro a 6 de novembro

Fronteiras do Pensa-mento com Jan Gehl – 23 de novembro

?O que vem por aí

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Comportamento

Voluntariado: onda de boas ações gera um novo olhar para humanidadeProjetos voluntários trazem uma nova perspectiva social, e aqueles que praticam possuem uma vida mais feliz e realizada

Por Vinícus Alves e Débora Marquetti Em meio ao es-tresse excessivo e ao caos da cidade grande, a falta de tempo vem assolando as pessoas, fazendo com que algu-mas situações sociais sejam deixadas de lado, implicando assim, em questões de igualde en-tre os seres humanos. Isso não está apenas relacionado a questões que envolvem - a muito comentada - igualdade de classes, mas tam-bém, as inúmeras falhas na construção de valores e do respeito entre os homens. Porém, isso não vem impedindo que uma onda de boas ações aconteça. É notório que o número de ONG’s (or-ganizações não gover-namentais), projetos de ações filantrópicas e o serviço voluntário vem crescendo. Nas saídas do metrô, próximo a uni-versidades e hospitais, quase sempre algum membro está disposto a fazer abordagens sobre o assunto. Uma pesqui-sa realizada pelo Ibope Inteligência comprava essas afirmações, desta-cando que um em cada quatro brasileiros com mais de 16 anos, ou seja, cerca de 35 milhões de pessoas, faz ou já fez al-gum trabalho voluntário. E ainda: 11%, cerca de 15 milhões de pessoas, exercem alguma ativi-dade voluntária no mo-mento. Quanto à mo-tivação para o exercício do trabalho voluntário, 67% apontam que o fazem para “ser solidário e ajudar os outros”, 32% para “fazer a diferença e melhorar o mundo” e 32% por motivações

religiosas. E a medida que esse desejo por mu-dança vai crescendo, as necessidades pessoais de cada indivíduo vai mu-dando também, trazendo uma importância mui-to relevante a forma de contribuir para o desen-volvimento das relações sociais. Relações es-sas, fundamentais para Giselli Cardenette, 38 anos, Química e Gerente de vendas & marketing, quando questionada so-bre seus sentimentos ao fazer o voluntariado ela destaca: “Gratidão e, consequentemente, felicidade plena. Sinto motivação pra enfrentar os meus problemas que se tornam tão pequenos frente ao de outras pes-soas”. Já a diretora e fundadora do projeto Sair e Servir continua dizendo: “Passo a ver o mundo diferente, sinto que a minha vida ganha propósito!” O projeto de Giselli conta com aproxi-madamente 60 voluntári-os divididos em mais de 15 grupos de Whatsapp, tem a missão de levar a alegria, o bom astral e um sorriso no rosto para aqueles que passam por alguma enfermidade. As visitas do grupo acon-tecem na clínica Premi-um Care, com reuniões uma vez por mês aos sábados, e quem lidera a equipe é a própria fun-dadora, acompanhada de mais 2 colaboradores. Para entrar no projeto, não precisa ter nenhu-ma graduação, basta ter idade acima de 8 anos e ter muita boa vonta-de, não importa religião, profissão ou crença, to-dos serão bem vindos. O futuro do Sair e Servir promete ser grande, eles tem a in-

tenção de inserir mais crianças em suas ativi-dades, levando um novo olhar sobre a sociedade para os pequeninos. Muitos são os benefícios dos projetos voluntariados, de acordo com o psicólogo espe-cialista em educação so-cial e psicologia analítica Arthur Souza, o trabalho voluntário deixa a pessoa satisfeita com a doação e possuí como conse-quência o sentimento de utilidade, tornando a ela mais feliz, e colaboran-do ainda com sua saúde biopsicossocial. É preciso sorrir para ganhar Um outro proje-to que eleva os pontos destacados pelo profes-sor é o Sorrir, no qual, a diversão, a alegria e o rizo são o que movem o grupo. Os membros são responsáveis a se fanta-siarem de palhaços e ve-stirem realmente os seus personagens. Para participar do Sorrir é preciso ficar de olho nas inscrições que acontecem uma vez ao ano, e ainda, é preciso

ter uma idade mínima de 16 anos. Já as visitas são realizadas em vários hos-pitais de 15 em 15 dias. Tiago Dias, 28 anos, mais conhecido entre os pacientes como Queijo, faz parte do pro-jeto e afirmou que o voluntariado deveria ser matéria obrigatória nas escolas. “Realmente não há muito como descrever o que se sente fazendo um trabalho voluntário, mas sim os reflexos que ele traz para sua vida. Seu círculo social se tor-na mais amoroso, sua for-ma de lidar com os outros, tanto na esfera profissional e pessoal, também é al-terada, enfim sua visão de mundo evolui”, relata o gestor comercial. Mas se enga-na quem pensa que ser voluntariado é só diversão, Arthur Souza ressalta que o trabalho voluntário tem que ser vis-to como uma opção séria, pois quem opta deve sa-ber que é uma doação de tempo e energia. Para ele, existe um processo de ensino e aprendizagem, onde to-dos os envolvidos trocam

suas vivências. E sobre o futuro do ato de servir ele coloca: “Penso que esta-mos em uma fase de tran-sição de ideologias, per-spectivas e formas de ser, visto o momento delicado que vivenciamos na políti-ca e na sociedade, não só o Brasil mas o mundo.” E o psicologo conti-nua: “O sistema capitalista já está desgastado, onde a supervalorização do in-dividualismo já esgotou, se fazendo necessário uma nova visão de cole-tivo. O ‘colaborativismo’ vem crescendo como uma nova ótica de relações hu-manas.” Defini t ivamente é preciso que a socie-dade, de maneira geral, caminhe para esse novo olhar sobre a humani-dade, para que essa onda de boas ações não seja apenas passageira, mas, que esteja sempre pre-sente no cotidiano daque-les que mais precisam. Em resumo: o trabalho voluntário não é uma tendência ou um modismo, e sim é uma tradição que deve continuar crescendo e ser levado por gerações.

O “Sair e Servir” conta com uma participação especial para música quando os pacientes autorizam (Foto: divulgação)

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técnicas de exposição. Consistem em encon-trar o gatilho que desen-cadeia a ansiedade, e a partir disso fazer uma ex-posição gradual a este, até que a ansiedade di-minua e esteja sob con-trole. Porém, sempre de forma lenta e gradual, se não o paciente pode apenas ficar muito an-sioso, e sofrer, sem ter benefícios do procedi-mento.“Desta forma, não posso recomendar que seja feito sem acompan-hamento de um psico-terapeuta”, diz Gimenez. A terapia, como diz Camila, é muito im-portante, pois o psicólogo é uma pessoa que está ali especialmente para ouvir o jovem, dando a atenção necessária que talvez ele não receba em outros lugares, preocu-

pando-se especialmente em vê-lo melhorar. Quando se tem depressão, é importante manter-se perto das pes-soas que os fazem bem, como amigos e família. Também, procurar fazer coisas que os agradem, como assistir filmes, séries, ou ouvir as músi-cas preferidas. Nunca isolar-se, e fazer exer-cícios físicos que libe-rem seretonina, hormô-nio que funciona como neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, hu-mor, sono, vômito e ape-tite. “Tudo por uma vida mais saudável e que pos-sa ajudar a passar pela pior fase, e, mais tarde, viver uma vida estável”.

co psiquiátra que atende diversos adolescentes em fase de transição. É possível no-tar, em universidades, um grande número de alunos que sofrem desse problema, e, com ele, vem a depressão, que, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, o indivíduo passa neces-sariamente por uma tris-teza profunda ou uma perda do interesse nas atividades, e pode incluir também: insônia ou ex-cesso de sono; perda ou ganho de peso; agitação ou lentificação dos movi-mentos; cansaço exces-sivo; sentimento de cul-pa ou inutilidade; pouca capacidade de concen-tração; e pensamentos de morte. São critérios bem vagos, mas eles

servem para ajudar a en-tender o sofrimento por que passam essas pes-soas. A ansiedade, por sua vez, é uma reação normal do corpo diante de uma situação preocu-pante. Ela antecede situ-ações perigosas, por exemplo, e é fundamen-tal para uma resposta adequada a elas. Todo mundo sente ansiedade, e isso é importante para que as pessoas estejam preparadas para en-frentar essas situações. Ansiedade em excesso, no entanto, prejudica o rendimento do indivíduo, pois este fica preocupa-do demais, e acaba não conseguindo realizar suas atividades adequa-damente.

Por Bruna Queiroz

O início da vida adulta é algo pelo que muitos anseiam. O aniversário de 18 anos e a sensação de liberdade. Porém, quando o jovem se depara com as re-sponsabilidades da maior idade, amedronta-se por ainda não saber como li-dar com essa nova etapa. Nas universidades, isso é nítido. Fora os inúmer-os trabalhos e provas, há também a competição en-tre os alunos, que sentem a necessidade de serem os melhores em tudo o que fazem, e, depois de terminado o curso, há a luta para conseguir um emprego. Responsabi-lidades batendo em sua porta, faculdade, trabalho, etc. A pressão só aumen-ta, mas será que todos conseguem lidar com isso? O ingresso na faculdade, para a maior parte das pessoas, vem em um momento de grandes mudanças. É uma espécie de rito de passagem da vida ado-lescente, de poucas re-sponsabilidades efetivas, para uma vida adulta ple-na, em que essa pessoa será integralmente re-sponsável por si própria. Surgem pressões como conseguir um emprego, ser capaz de se susten-tar, mudar de casa, dirigir, ter relacionamentos afe-tivos mais comprometi-dos, cuidar da própria saúde, e, entre muitas outras, escolher e ini-ciar seu treinamento na profissão que será sua para o resto da vida. São pressões que podem ou não ser condizentes com a filosofia de vida deste jovem adulto, mas que estão na nossa cultura, e, realize ele estas tare-fas todas ou não, trazem consigo muito estresse e ansiedade. “Na minha opinião, um jovem de 18 anos pode não estar preparado para escolher sua profissão tão cedo, e a mudança de opção ao longo do curso, pode acabar sendo vista como uma falha, uma perda daquele tempo investido, trazendo ainda mais es-tresse e insatisfação”, diz Rodrigo Gimenez, médi-

Ansiedade preocupa jovens universitáriosLuana Theodoro

As pressões da vida moderna geram desespero e angústias que assolam universitários e podem gerar distúrbios psicológicos

Conhecido como “despersonalização”,um efeito psicológico que afe-ta pessoas em extremos momentos de ansiedade, e consiste em deixar a pessoa em uma espécie de “modo automático”, em que ela vive os dias com uma sensação de ir-realidade, é um mecanis-mo de defesa do próprio cérebro para conseguir lidar com a pressão ex-trema. Na faculdade, ve-mos muitos alunos “des-personalizados”, que, nesses momentos, não sabem distinguir o que é real do que é um sonho, e, apesar de muitos não levarem a sério, é algo que realmente afeta os jovens, que não sabem como lidar com isso. Um exemplo, é M.C, que decidiu não revelar sua identidade, e conta que

“Ter que assumir mui-ta responsabilidade me deixa ansiosa, problemas na família, relacionamen-tos, e auto-estima baixa também.” Muitos universi-tários procuram ajuda de um especialista, seja um psicólogo, para poder conversar sobre seus an-seios, seja um psiquiatra, para receitar medica-mentos que os ajudem a passar por essa tran-sição. Camila Anezi, psicóloga, diz que grande parte do problema é o medo do jovem não con-seguir ser alguém na vida, e não ter a capaci-dade de seguir sozinho. Esse temor acaba deix-ando-o desmotivado e

sem perspectiva de vida. Jovens como T.G e B.S, que também optaram por não mostrar suas identidades, cansa-das de viverem em um mundo despersonaliza-do, cheio das pressões da vida adulta, decidi-ram procurar a ajuda de Gimenez, que percebeu o tamanho do problema, “Eu entendo que seja uma fase difícil, mas tente ser forte e se manter perto de quem te faz bem”, diz, e as ajuda com receita de remédios para que elas possam ter uma força extra para lidar com o medo que as persegue, e diz que, realmente, é um problema muito preocu-pante. Quando a ansie-dade é grande, e o rendi-mento fica prejudicado, é preciso encontrar alguma

técnica para se acalmar. Cada pessoa tem gatilhos que a desencadeiam, e estratégias que a acal-mam que são únicas, e podem ser explora-das em psicoterapia, de forma a garantir o bom controle desse sintoma. Medicações oferecem excelente controle mo-mentaneamente, mas, apesar de ótimas no início do tratamento, não abordam efetivamente o problema, pois criam a necessidade de sempre usar os remédios, o que é inadequado, e expõe os pacientes a efeitos co-laterais de longo prazo. Então, fora os remédios, a terapia com-portamental é muito importante, pois utiliza

Comportamento

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Por Isabella Bedin

O mundo está conectado. O acesso à rede tornou-se parte inte-grante da vida das pes-soas. Os smartphones, principalmente, viabili-zaram uma gama infinita de possibilidades, tudo nas palmas das mãos. A qualquer lugar e a qualquer instante, toneladas de informações são recebidas e enviadas. Tudo isso altera o compor-tamento humano: a web, veloz, se contrapõe à nos-sa evolução natural, que é tão lenta. Mudanças radicais no modo de vida contemporâneo, no en-tanto, trazem prejuízos e benefícios, principal-mente ao se levar em conta o lado psicológico da população. Na perspecti-va desses fenômenos mentais, o uso abusivo das redes sociais pode levar ao isolamento ou ao desenvolvimento de relações superficiais, como indicou a psicóloga Irene Barone. Nesse sen-tido, a crescente necessi-dade do imediatismo - a satisfação a apenas um toque- pode refletir na capacidade de suportar frustrações.

A rapidez da web e a natureza humanaComo a internet, sua conectividade, velocidade e redes sociais podem afetar o ser humano

Ao mesmo tem-po, o que antes era estritamente particular tornou-se público. As pessoas que se expõe ao extremo nas redes talvez o façam, de acor-do com Irene: “porque acreditam que isso aju-da ou facilita a apresen-tação de sua existên-cia. É a uma maneira de socialização, atingir o inacessível na realidade presencial”. A própria sociedade normalizou os nudes e fotos pós-sexo, a web envolveu a todos e tornou comum o que an-tes era considerado tabu na sociedade. A internet ain-

da tornou a felicidade, a satisfação, os dese-jos e liberdades mais próximas. Muitas pes-soas trocaram o real pelo virtual a fim de ex-perimentar sensações e prazeres de forma rápida e instantânea. “O homem é um ser desejante, com senti-mentos de incomple-tude. Talvez essa forma de consumo (das redes) auxilie na busca perene de satisfação das ne-cessidades humanas”, afirmou Irene. Por outro lado, as possibilidades de comu-nicação aumentaram de modos inimagináveis.

Da mesma maneira que outras ferramentas foram criadas visando a sobrevivência, a adap-tação e o bem-estar, a web foi criada para su-prir, inicialmente, a ne-cessidade humana de defesa - isso em 1969. Assim como o próprio ser humano, ela se desenvolveu. A bási-ca ARPAnet se ampliou e hoje já existem cerca de 3,2 bilhões de inter-nautas do mundo, se-gundo dados divulgados pela União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Or-ganização das Nações Unidas (ONU).

Essa conectivi-dade e suas consequên-cias, no entanto, é mui-to recente na história da humanidade. Vai exigir estudos futuros sobre seus impactos. Atualmente, co-loca-se tais pontos em discussão, debatendo possibilidades e respos-tas e, devido a esses fatos, a professora com-pletou: “Por enquanto, o que podemos, e de-vemos fazer, é colo-car em discussão esse assunto. Quanto mais debatermos, mais pos-sibilidades de respos-tas construiremos”, con-cluiu Irene.

Comportamento

O conforto é a melhor escolhaO estilo urbano está cada vez mais presente na hora de se vestir; e estar calçando algo confortável é funda-mental para enfrentar o dia a dia

Por Vinicius Alves

Diga adeus ao velho estilo de se vestir! Agradar ou, até mesmo, se adequar a uma deter-minada ocasião ou uni-forme de trabalho é coisa do passado. A moda sem-pre foi uma forma de ex-pressão de criatividade e arte, tanto de quem veste quanto de quem produz, porém, com o advento do street style – estilo de rua - estar confortável e vestir o que e onde quer, tem se tornado prioridade para grande parte das pessoas.

Este fato não está ligado a uma revolução pela liberdade de ex-pressão no mundo fash-ion, mas sim ao retrato de uma sociedade que pas-sa a maior parte do dia fora de casa, e merece estar confortável para re-alizar suas atividades do cotidiano, principalmente calçando sapatos que lhe tragam um certo bem-es-tar. Dentro do segmen-to dos calçados existe uma enorme variedade de modelos e estilos, porém, nenhum traz tanto con-forto quanto o tênis. Sua beleza sempre foi ques-tionada e sua inclusão estava limitada ao mun-do dos esportes, mas esses paradigmas estão passando por mudanças com o apoio de grandes nomes do mundo fashion.

Quem garante isso é a jornalista, professora e mestre especializada em Moda, Cultura e Arte, Silvana Holzmeister. “O fato de a Chanel e Dior terem incluído tênis numa coleção de alta-costura, em 2014 (a Chanel 2013 incluiu no prêt-à-porter) ajudou a massificar a ideia de que o tênis pode ser combinado com uma roupa que não seja es-portiva”, conta Holzmeis-ter e completa: “O que estamos vendo agora é o uso de modelos bem mais charmosos ocu-pando um espaço mais glamoroso no visual de homens e mulheres”. Defini t ivamente o tênis vêm ganhando cada vez mais adeptos a proposta do conforto. Para o jovem estudante de jornalismo e digital Bruna Vieira Nah Cardoso

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Por Giovanna Andrade

Conhecida como a “selva de pedra”, São Paulo abriga aproxima-damente 12 milhões de habitantes, conforme o IBGE 2015, vindos de todos os lugares do mun-do, e por consequência o setor imobiliário cresce desenfreadamente, per-mitindo que até no es-paço mais improvável surja um novo edifício. Onde fica a qualidade de vida em meio a tanta cor-reria e caos? Nas artes e no verde que se incor-pora nos muros dessas construções. O grafitti é uma arte essencialmente ur-bana que ganhou adep-tos em São Paulo e tornou a cidade uma referên-cia mundial. O artista Fabio de Oliveira Par-naíba, mais conhecido como Crânio, começou grafitar há 18 anos e já expôs sua arte em diver-sos países. Em março desse ano, a prefeitura apagou seus famosos índios azuis das vigas de sustentação do Elevado

Arte nas ruas de São Paulo torna-se um respiro em meio ao caosJovens encontram maneiras de colorir a metrópole e melhorar a qualidade de vida dos paulistanos

Presidente Costa e Silva – o Minhocão, alegando estarem danificados por pichações e cobertos de lambe-lambes irregu-lares, mas ele não se mostra incomodado com a atitude. “É interessante à ação da prefeitura porque torna a rotativi-dade dos artistas maior no sentido de pintar mais e combater o cinza”, afir-ma. Ele acredita que a arte tem impacto na vida do paulistano e que deve estar incluída no planeja-mento urbano. “Associar arte e práticas saudáveis, como também atitudes sustentáveis, é impor-

tante, ainda mais quando pensamos no futuro que queremos.” A empresa Mo- vimento 90° também propõe colorir São Pau-lo, mas de verde. Atu-ando em um nicho de mercado, o projeto lid-erado por Guil Blanche vem se dedicando desde 2013 à iniciativa Corre-dor Verde do Minhocão, e de acordo com o site (w w w. m o v imento90.com), este é o primeiro corredor verde do mun-do. A ideia consiste em instalar jardins verticais nas empenas cegas de prédios e paredes que não possuem janelas.

Os benefícios vão desde reduzir o barulho da ci-dade até promover uma melhora na estética dos lugares acinzentados. O Minhocão foi in-augurado em 1970 e tor-nou-se alvo de criticas por ser causador de transtor-nos e ter transformado a estética da região, hoje o Elevado Presidente Cos-ta e Silva ganhou novos holofotes e além de seus lindos grafites e jardins verticais, vêm sendo es-tudada a possibilidade de transformá-lo em um parque, como a High Line de Nova York. Maria Alzira Mar-zagão Monfre, doutora e

professora de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Belas Ar-tes de São Paulo, afirma “Um parque elevado no Minhocão não resolve os dois problemas maiores criados pelo Elevado: o ruído e invasão de pri-vacidade das residências lindeiras e a degradação dos baixios”. Ela aponta que o fato da região ter se tornado alvo recor-rente de intervenções denuncia exatamente a degradação deixada por essa construção. “A deteriorização de determinadas áreas da cidade é um fenômeno que pode ter como causa diversos e variados mo-tivos, mas sejam quais forem as causas ou moti-vos, são essas áreas que são consideradas áreas de requalificação urba-na”, analisa a professora e doutora Maria Alzira. Muitos são os lugares em São Paulo que poderiam ser requalificados devido às suas degradações, o Elevado Presidente Cos-ta e Silva pode ser con-siderado um entre tantos.

Comportamento

No Minhocão (Elevado Presidente Costa e Silva) o verde é a novidade

Crédito: Movimento 90 º

influencer, Vinicius Bril-hante, que passa grande parte do seu dia na rua, isso está claro. “Hoje o tênis está presente na arara/catálogo de quase todas as marcas do mun-do. Eu por exemplo, já usei terno com tênis. É algo normal e todo mun-do acha cool”. Já para Nayra Teodoro, estudante de Relações Públicas, o tênis já se tornou objeto de paixão, fazendo com que ela priorizasse mais eles do que os demais sapatos. “Eu uso tênis pra tudo, e o conforto foi o que me conquistou de início”, compartilha a futura RP. Marcas como a Adidas, principalmente na etiqueta Originals, buscam agradar jovens como Vinicius e Nayra - e pelo visto estão conse-guindo, já que ambos se

declaram fãs da marca - apostando em parce-rias com grandes nomes da música como Pharrell Williams e Kanye West, para a criação de pro-dutos que transmitam liberdade de expressão, criatividade, estilo e con-forto, itens fundamentais para agradar essa ger-ação. Sem dúvida, to-dos aqueles que vivem no mundo urbano não possuem mais espaço nos armários para o des-conforto e para o precon-ceito quanto aos tênis. Ele se reinventou e veio para ficar! E para aque-les que se identificam com essa moda, só resta esperar para ver qual será a próxima coleção do calçado “esportivo” que irá dominar as passarelas e as ruas.Gloria Kalil Modelo Coco Chanel Vinicius Brilhante

Diferentes maneiras para combinar os tênis

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Feminismo

Por Isabella Bedin

O movimento feminista está em as-censão. Apesar da luta das mulheres estar pre-sente há mais de 200 anos, é hoje, com o mun-do globalizado e a socie-dade conectada por meio da rede, que as mulheres e sua voz vêm ganhando cada vez mais força. Mas o que é o feminismo afi-nal? E o que ele prega? Resumidamente, o feminismo defende a humanidade das mul-heres: sendo pessoas, elas merecem direitos iguais. A fundadora do coletivo feminista Char-lotte Perriand, que atua na Belas Artes, Giovan-na Melo concorda que o movimento prega alguns ideais básicos, indepen-dentemente de qual ver-tente esse venha, como por exemplo: mulheres devem ganhar salários iguais aos dos homens no

O feminismo ganha força no BrasilEntenda o que é o movimento feminista, sua ascensão e como se tornou essencial no país

desempenho da mesma função; não é obrigação da mulher cuidar da casa, dos filhos e do marido; nenhuma mul-her é propriedade e, por-tanto, nenhum homem tem direito de agredi-la fisicamente ou verbal-mente, ou ainda deter-minar o que ela pode ou não fazer; o corpo da mulher é direito somente dela; qualquer ato sexu-al sem consentimento é estupro; dentre diversos outros. Dentro do contexto sócio-político brasileiro e com esse crescimento dos movimentos feminis-tas, a hashtag #meupri-meiroassédio tomou a internet em outubro do ano passado. Seguida de outras campanhas como #meuamigosecre-to e #agoraéquesãoelas, todas mostraram de fato a relevância e voz dos movimentos feministas no Brasil.

As vertentes do feminismo

Feminismo Negro: A mulher negra sofre duas opressões, de raça e gênero.

Feminismo Interseccional: Feminismo com re-cortes de raça, classe social e gênero. Pois cada caso sofre opressões diferentes, e é preciso en-tender e debater essas diferenças para assim, combate-las.

Feminismo Radical: Feminismo que considera mulher aquela que possuí vagina, excluindo os trans. Acreditam que eles (as) sofrem opressões, mas não relacionadas as pautas feministas.

Feminismo Liberal: Acredita que por meio de reformas políticas e legais é possível dizimar a desigualdade de gênero.

Fonte: Giovanna Melo, fundadora do coletivo feminista Charlotte Perriand

Precisamos falar sobre o assédio O boom de mul-heres que compartilha-ram histórias de abu-so e que denunciaram atitudes machistas de conhecidos nas redes, mostrou apenas uma realidade que sempre esteve mascarada na sociedade. A partir desse tipo de relato e de sua importância na web que surgiu a ideia do documentário Precisa-mos falar do assédio. A fim de continuar e ampliar esse movimento, a equi-pe de Paula Sacchetta, jornalista e documenta-rista, resolveu coletar de-poimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio, mas de uma forma inovadora e con-vidativa: dentro de uma van. Servindo como uma espécie de estúdio móvel que ocupou diver-sos lugares de São Pau-lo e do Rio de Janeiro, a van coletou os depoimen-tos durante março desse ano. “Foram 140 depoi-mentos, gravados em 7 dias, entre São Paulo e Rio de Janeiro, somando mais de 12 horas de ma-terial bruto”, disse Paula. Apoiado pelo SP-Cine, Secretaria de Políti-cas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo e Think Olga, o docu-mentário já está no pro-

Van do Precisamos falar do Assédio

Reprodução Paula Sacchetta

cesso de edição. “Esta-mos editando o filme e ele será exibido em cinco lugares, ao ar livre, nas empenas da cidade, tam-bém para continuar le-vando o tema para a rua”, como a própria diretora do projeto afirmou. Além disso, um site de mesmo nome será criado. O empreendimen-to que veio da rua e no fi-nal vai voltar a ela, serve como inspiração a todas as mulheres. Paula, por fim, declarou: “Rolou de tudo. Tiveram mulheres que chegaram com mui-ta vontade de falar, e viram na van, um mo-mento para isso. Out-ras foram quase conven-cidas a falar e gostaram, ou se sentiram aliviadas.

Outras, que chegaram querendo falar, saíram muito, muito abaladas. Rolou de tudo: raiva, choro, tristeza, alívio, desabafo”. Ainda fica claro que há necessidade de se falar mais e aceitar cada vez menos. Precis-amos falar do assédio é um projeto que busca dar voz a essas atroci- dades vivenciadas dia-riamente pelas mulheres Brasil afora. O site do documentário resume o sentimento feminista que abraça o país nesse mo-mento: “Vamos mostrar pelo que passamos to-dos os dias, apenas por sermos mulheres, para tentarmos começar a mudar alguma coisa”.

MACHISMO MATA

O feminicídio significa as-sassinato de mulheres, não apenas ligado ao sexo em si, mas sobretu-do relacionado a esfera política. São mortes in-tencionais e violentas de mulheres em decorrência de seu gênero; crimes de ódio, de genocídio, ligados à misoginia, ter-mo que designa ódio, desprezo ou repulsa ao

gênero feminino e suas características. O Mapa da Violên-cia de 2015 indicou que dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013, 50.3% foram cometidos por famili-ares, sendo a maioria desses crimes (33.2%) cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Isso indica que a cada sete feminicídios, qua-tro foram praticados por

pessoas que tiveram ou tinham relações íntimas de afeto com a mulher. A violência doméstica fa-miliar é a principal forma de violência letal pratica-da contra as mulheres no Brasil. O Mapa ainda indica que o número de mortes violentas de mulheres negras aumentou 54% em dez anos, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Vale

ressaltar que, no mesmo período, a quantidade anual de homicídios de mulheres brancas di-minuiu 9.8%, caindo de 1.747, em 2003, para 1.576, em 2013. Uma maneira de sanar o feminicídio, de acor-do com a professora e ativista feminista Tássia Zanini, seria “com certe-za, a união cada vez mais forte das mulheres na busca por direitos, bem

como o esclarecimento a respeito do movimento feminista e as questões sociais e culturais que envolvem a discrimi-nação de gênero.” Por fim, Tássia ainda acrescenta como fator fundamental para a er-radicação desses assas-sinatos o empoderamen-to feminino, a educação acerca do tema e um real compromisso por parte do poder político.

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Universitárias lutam pela igualdade de gênero através de debates políticos Para coibir o assédio no local onde estudam, jovens criam grupos para debates feministas

Por Leticia Quintela

Todos os dias, jo-vens mulheres buscam uma maneira de se de-stacar no mercado, não por sua beleza, mas por sua inteligência e capacidade de assumir cargos que antes eram somente ocupados por homens. Com tanta coisa acontecendo no Brasil e no mundo, a luta pela igualdade de gênero não poderia ser deixada de lado. Can-sadas de passarem por situações constrange-doras dentro das uni-versidades, estudantes se reuniram para formar coletivos e frentes femi-nistas. Apesar dos gru-pos não serem direta-mente ligados às univer-sidades, eles se reúnem em dias alternados, e colocam em pauta assuntos que vão des-de a questão feminista, ao debate sobre a situ-ação do atual cenário político brasileiro. Para tal, se reúnem dentro da própria universidade ou em outros locais públi-cos. Geralmente, a di-vulgação do local onde será feita a reunião é feita pelas redes soci-ais como Facebook e WhatsApp. Durante as con-versas, as estudantes que já sofreram algum tipo de assédio trocam experiências umas com as outras, alertando outras meninas sobre perigos de uma socie-dade machista e pre-conceituosa, entretanto muita coisa já mudou. Por exemplo, o Con-selho Nacional dos Dire-itos da Mulher (CNDM), que visa a proteção da mulher e assegura sua participação no merca-do de trabalho, foi cri-ado 1985 garantindo o poder feminino.

Movimento na Belas Artes Para “empode rar” as mulheres, alguns grupos realizaram ações reivindicando melhor trat-amento para elas. O Co-letivo Feminista Charlotte Perriand formado por alu-nas do Centro Universi-tário Belas Artes publicou, no ano passado, uma nota repudiando uma das festas organizadas pela atlética da faculdade. A nota repercutiu, em várias redes sociais ligadas à Belas Artes, dando a elas a visibilidade para o grupo. Giovan-na Oliveira de Melo, re- presentante do coletivo, diz que o feminismo é a “mulher poder ser o que quiser.” A estudante de arquitetura complemen-ta: “feminismo é poder fazer suas escolhas sem medo.” O coletivo ainda organiza outras ações dentro da universidade e participa de várias reuniões com outros gru-pos, também formados por estudantes em prol ao desenvolvimento da igualdade feminina diante dos homens.

Outros coletivos Em Abril deste ano, o Coletivo Zaha, formado por alunas de arquitetura e design da Universidade Mackenzie, como forma de protesto, espalhou pela faculdade cartazes com frases machistas que escutaram de seus professores. O manifesto rendeu uma matéria para o portal UOL, porém para o coletivo ainda há mui-ta luta pela frente. Elas avi sam que não ficarão paradas. Jamyle Hassan Rkain, da Frente feminis-ta do Mackenzie, explica que as reuniões do grupo são dedicadas apenas às mulheres. “Acreditamos que é necessário deix-

ar esse espaço apenas pras mulheres porque o feminismo é um movimento de mulher pra mulher.” Contudo, uma vez por mês as estudantes or-ganizam reuniões ab-ertas, para homens e mulheres. Jamyle justifica o método como forma de proteger quem frequenta as reuniões que, segun-do ela, funciona como um “confessionário” para as meninas que já sofreram algum tipo de assédio. O Coletivo Femi- nista da ECA, na Universi-dade de São Paulo, real-izou várias ações contra o machismo na sala de aula. “Atuamos no combate ao machismo nos jogos uni-versitários JUCA e BIFE , montamos uma biblioteca feminista e combatemos o Miss Bixete que acon-tecia até 2013 na nossa faculdade”, exemplificou Ananda Soari, represen-tante do grupo. Os coletivos já conquistaram muita mu-danças. A professora da Belas Artes, Tássia Zani-ni, adepta ao movimen-to feminista, percebe o lento avanço para con-quista da igualdade de gênero, entretanto afirma que existe um longo caminho a ser percorrido. “Com certeza, a união cada vez mais forte das mulheres na busca por direitos, bem como o es-clarecimento a respeito do movimento feminista,” explica. “Questões sociais e culturais que envolvem a discriminação de gênero, são as necessidades mais urgentes para que con-quistas mais importantes sejam possíveis, passan-do pelo empoderamento feminino, pela educação e por um real compromisso por parte do poder público”, termina a professora enfati-zando as principais necessi-dades da conquista do pod-er feminino.

No esporte: falta divulgação e sobra preconceito

Por Isabela Flores A inserção da mulher no esporte é marca-da por persistências e transgressões. Para mui-ta gente, o esporte é um território masculino e o pensamento de uma mulher desempenhando suas habilidades esportivas ainda incomoda. Mesmo assim há exceções. Uma delas é a jogadora Marta Vieira da Silva Viega. Mais conhecida como Marta, a camisa 10 da seleção brasileira e do FC Rosengård, da Suécia, ultra-passou Pelé como maior artilheira da seleção em 2015. Ela conquistou cinco vezes o título de melhor jogadora do mundo e duas vezes a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos com a Seleção, além de duas pratas olímpicas e um vice-campeonato mundial. Ainda, é a goleadora histórica de Copas do Mundo. Nomeada o “Pelé de saias”, apesar das discrepâncias de salário e reconhecimento. Relatado como “berço dos grandes” é de conhecimento geral que o Pelé e Neymar che-garam ao sucesso com a camiseta 10 do San-tos, mas é facilmente esquecido o fato de Marta ter vestido a camiseta 10 do Santos e ao lado de Erika e Cristiane ter entrado para história con-hecidas como as “sereias da Vila” pela obtenção de êxito em praticamente todas suas partidas. Apesar das superações femininas futebolísticas, o time feminino do Santos foi cortado em 2011 com o objetivo de suspensão de gastos para que o time pudesse manter o jogador Neymar em sua seleção masculina. A desigualdade não se limita ao campo de futebol. Em seu Instagram pessoal, a surfis-ta profissional, Claudia Gonçalves, mais conhe-cida como Claudinha, explicita sua revolta pelas mulheres integrantes do surfe que há cinco anos estão sem um circuito brasileiro profissional, mes-mo após o brasileiro campeão mundial de surfe da ASP World Tour de 2014, Gabriel Medina, con-quistar os holofotes e os olhares brasileiros para a modalidade, abrindo portas para atletas como o Adriano de Souza, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Miguel Pupo e etc. No skate também é grave a situação. Após o Bob Burnquist, skatista e maior medalhista da história do X-Games, evidenciar o esporte e re-tirá-lo de segundo plano, sucedendo uma linha-gem de talentos do esporte de quatro rodas como o Luan de Oliveira, mestre de street, e o Pedro Barros, do half, as mulheres ainda continuam brigando para ter reconhecimento. É o caso de Le-ticia Bufoni e Karen Jonz, profissionais do skate, mas que são constantemente nomeadas modelos.

Feminismo

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A independência das agências, embora necessária, nem sempre ocorre de forma plena, como diz Mathias Heider, formado em engenharia de minas pela UFMG e atualmente funcionário do Departamento Nacio-nal de Produção Mineral (DNPM). “As indicações acabam sendo políticas, e há intervenção do governo na atuação das agências, atendendo interesses políticos e econômicos”. Um exemplo claro do que Heider diz, foi a nomeação de Ricardo Fenelon Ju-nior para a presidência da Anac em agosto de 2015. Genro do líder do sena-do pelo PMDB, Eunício Oliveira, o advogado foi ferrenhamente criticado por entidades de pilotos e servidores, que alega-ram a falta de experiência e conhecimento no ramo,

As agências Diversos estudos apontam para a neces-sidade de haver uma regulação forte feita pelo Estado, mas que deve, entretanto, ser indepen-dente das forças políticas, como forma de evitar cho-ques de interesses que acabam por prejudicar a população. Arab explica que a agência reguladora fica exatamente na medi-ana, se colocando entre os interesses do mercado privado e da população, que deseja serviços melhores por um preço cada vez mais acessível.

Economia

A importância das agências reguladorasAo apoiar a decisão de limitar a velocidade da internet fixa, a Anatel se colocou mais uma vez no centro de uma polêmica envolvendo grandes empresas de telefonia e os interesses dos cidadãos

Por João Arantes

Fiscalização de empresas privadas, erros na defesa dos direitos dos consumidores e outros casos mais particulares são sempre motivos para que o brasileiro passe a discutir a qualidade dos serviços prestados pelas agências reguladoras, e o que acontece para que aqueles que deveriam regulamentar o merca-do não cumpram a risca a sua função. Discutir o seu papel é impor-tante, inclusive para que seus dirigentes prestem um serviço de melhor qualidade, mas para isso é antes necessário entender onde atuam, porque foram criadas e, se não desempenham bem uma função, porque isso ocorre. Em março deste ano, Vivo, Net e Oi, três das principais empresas de telecomunicação do Brasil, anunciaram um plano para limitar os da-dos da internet fixa, tor-nando o modelo atual se-melhante ao dos pacotes de internet móvel, em que a operadora pode diminuir a velocidade de navegação uma vez que o limite contrata-do seja atingido. A de-cisão chamou a atenção de muitos, tornando o assunto polêmico e ex-tremamente controverso. A Agência Nacio-nal de Telecomunicações (Anatel), responsável por regulamentar o mercado e impedir qualquer forma de exploração cometida por empresas do ramo aos seus clientes, apoiou a decisão sugerida pelas companhias afirmando que a proposta possui bases legais, contidas no Marco Civil da Internet, lei aceita pelo Congres-so Nacional e sanciona-da pela então presidente Dilma Rousseff, em abril

de 2014, dizendo, tam-bém, que a decisão seria benéfica para os usuári-os da internet. Outro caso de se-melhante polêmica ocor-reu em 2007, depois que um Airbus A-320 da TAM, não conseguiu pousar na pista, causando um acidente que deixou 199 mortos e colocou, mais uma vez, uma agência reguladora no meio da confusão. Denise Abreu, que na época presidia a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), se tornou alvo de investi-gações sobre irregulari-dades ocorridas enquan-to ocupava o cargo. Se as agências se envolveram em tais polêmicas, não foi com-pletamente sem motivo, uma vez que, dentre as funções dos órgãos, se destaca a defesa dos direitos do consumidor, incentivo a concorrência no mercado privado - a fim de evitar monopólios - e elaboração de nor-mas disciplinadoras do setor regulado. Entre-tanto, e não são raras as situações, em que ocor-rem falhas cometidas pe-las agências, deixando, por fim, de cumprir al-gumas de suas funções mais básicas.

Privatizações Por possuir um mercado novo e ainda em formação, não só o

Brasil, mas toda a Améri-ca Latina, ainda apresen-tam falhas mercadológi-cas que são minimizadas exatamente pelas agên-cias reguladoras, criadas em sua grande maioria ao longo dos anos 90, dé-cada em que o continen-te presenciou uma onda neoliberal tirar das mãos do Estado a função de empresário, para torná-lo regulador. Miguel Arab, graduado em ciências econômicas pela UFRJ e atualmente professor do Centro Universitário Be-las Artes, em relação aos anos 90, afirma: “Veio uma onda para privatizar setores fechados que só tem uma empresa fun-cionando”. “Para isso, é preciso ter uma agência reguladora, senão ocorre um monopólio”, comple-ta. Países em que o mercado atua de for-ma mais livre são bons exemplos em que a con-corrência leva as empre-sas, que visam super-ar seus competidores, a abaixarem preços e oferecerem serviços melhores. Segundo Arab, quando há pouca concor-rência em um segmento, há o risco da formação de cartel. A agência nesse caso serve para suprir falhas de mercado e evi-tar que situações como estas ocorram.

Aumento no número de agências reguladoras existentes na América Latina ao longo da década de 90

que o tornaria incapacita-do para ocupar tal cargo. Heider volta a ressaltar que “a independência (das agências) tem de ser fortalecida. “Isso é funda-mental para que o papel delas seja mais efetivo e imparcial”, afirma. Ele lembra ainda a necessi-dade de aprimoramento dos marcos regulatórios que preveem um melhor funcionamento e eficiên-cia das agências. Embora possuam um desenho institucional bom, como apresentado no gráfico abaixo, ainda existem falhas graves e

espaços para aperfeiçoa-mento. Um dos fatores que contribui para uma qualidade inferior das agências, se refere aos salários dos funcionários. Arab explica que “é bom quando existe a implan-tação de agências regula-doras em lugares onde os salários delas sejam tão bons quanto de empresas privadas”. Atualmente, entretanto, os órgãos governamentais ofere-cem, em geral, salários muito melhores que os do mercado privado. Um problema que leva ao desequilíbrio entre os dois setores.

O mercado Heider também faz uma comparação entre o mercado brasileiro e o americano onde, segundo ele, “o sistema é fragmen-tado e com alta concor-

Funções que são ou não cumpridas por algumas das agências brasileiras de acordo com o projeto de lei, número 3.337/04

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rência”. No Brasil, por out-ro lado, “os monopólios criam ineficiências pois, diante da falta de concor-rência, a empresa pública pode controlar preços, ob-tendo lucros exorbitantes bem acima dos seus cus-tos marginais. Ou ainda, impactar na menor quali-dade dos serviços e pro-dutos”. Embora seja difí-cil afirmar com precisão o número de agências reguladoras nos Estados Unidos - uma vez que parte delas estão liga-das aos estados e não ao governo federal - há uma clara superioridade numérica no país que, em contrapartida, tem uma menor participação direta na economia se compara-do ao Brasil. Arab, entretan-to, aponta para uma diferença fundamental na forma com que o merca-do atua no Brasil e nos EUA. Para ele, “em um mercado maduro (como o americano), as empre-sas, de certa forma, con-seguem em um ambiente de boa concorrência con-duzir o setor de forma que o consumidor não se sin-ta prejudicado”. Em com-paração “um mercado incipiente como o nosso, que se desenvolveu de forma atrasada sem ter décadas de bom funcio-namento, vem com vícios do passado de um merca-do privado dependente de ações do Estado”. Isso, para Arab, “depende tam-bém da posição histórica de cada país”. O Brasil, por ser um país onde o mercado ain-da é jovem, possui falhas não só no próprio merca-do privado, mas também nas agências reguladoras e na forma como o Esta-do, por vezes, atua, impedindo o bom funcio-namento destes órgãos públicos. Para contornar estes defeitos e vícios há diversos estudos que já apontam formas para aprimorar os marcos regu-latórios e como colocá-los em prática, além de mel-horar o funcionamento dos já existentes. Es-sas reformas precisam ocorrer pois assim o Brasil será capaz de atrair mais investimentos e mais em-presas e, como conse-quência, oferecer produ-tos e serviços melhores por preços mais justos e acessíveis.

Mala cheia, bolso vazioVeja uma lista com itens para não deixar de viajar em tempos de crise!

A economia brasileira é puxada pelo consumo por anos. O que vem acontecendo ultima-mente é que gastos com consumo está sendo maior que a entrada de capital, devido ao baixo investimento estrangeiro. Todos sabem que viajar em tempos de crise é complicado e necessita de muito planejamento. Para Luciene Godoy, professora do Centro Universitário Belas Artes, formada em Ciências Econômicas pela Univer-sidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, há um conjunto de fa-tores envolvidos no con-texto que vivemos como “inflação alta, demissão e desconfiança no gover-no afetando o bolso dos brasileiros”. Em con-sequência, o que será cortado primeiro serão as viagens. Mas, não se preocupe selecionamos 4 dicas para te ajudar a economizar na hora de montar a sua viagem!

Os preços variam mui-to! Além de agências de viagem, consulte em sites com promoções e só feche assim que achar o menor preço para não se arrepender depois, e fique atento a cotação do dólar e suas variações. “A incerte-za política interfere na moeda”, relata Luciene Godoy.

As passagens aumen-tam devido à grande procura. Fique atento as promoções. De acordo com a companhia aérea Gol, o ideal é realizar a compra de passagens, pelos menos, três meses antes. Se for de última hora, uma dica é usar as milhas oferecidas pelas companhias.

Não quer gastar muito em sua acomodação? Alguns sites oferecem tipos de opções com um precinho bem bacana. O “Couchsurfing” conec-ta viajantes e locais que possuem um quarto vago em sua casa, já nos sites como “Mind My House” e “Trusted House”, a pes-soa ganha hospedagem gratuita enquanto o dono da casa está viajando, em troca de manter a casa em bom estado. Em algumas situações, alu-gar uma casa ou aparta-mento sai mais em conta do que ficar em um hotel, o aplicativo mais famoso para isso é o “AirBnB” ou pode também conseguir um intercambio de casas como em “Amor Não Tira Férias”, usando o “Home Exchange”. Agora já pen-sou que legal trabalhar e ter experiências autênti-cas do local? O “World-packers” liga viajantes e hostels que precisam de trabalhadores, enquanto

sites como “Voulez Vous Diner”, conecta viajantes adeptos do turismo gas-tronômico e moradores que gostam de cozinhar e receber pessoas.

Existem tanto os serviços em que você aluga o carro de alguém, quan-to aqueles em que você pega carona com al-guma pessoa que está indo para o mesmo lu-gar que você, pagando um pequeno valor para ajudar com a gasolina. Sites como Relay Rides e Getaround oferecem a primeira opção, enquan-to na segunda o mais conhecido é o Blablacar. Para quem quer alugar bicicletas, o Spinlister é um bom meio.

Planejar a viagem com antecedên-cia é funda-mental!

Evite perío-dos de férias (dezembro a fevereiro)

Economize na sua hospedagem

Caronas e aluguel de meios de transporte

Economia

Por Giulia Ghigonetto e Débora Marquetti

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Tecnologia

Blogueiros mudam a visão de jovens sobre a literaturaCom vídeos divertidos, os booktubers estão mudando a relação dos jovens com os livros

Por Natália Rocha

Em um cenário caseiro e com uma câmera ligada, jovens nomeados “booktubers”, apresentam críticas, re-senhas e opiniões vari-adas sobre literatura e o mercado editorial, através de uma lingua-gem informal e diverti-da, e detalhe, usando o Youtube como suporte. Quebrando o velho cli-chê de que jovens leem pouco devido ao avanço da tecnologia, esse gru-po de blogueiros, en-contraram na internet um mundo para debater desde clássicos, Young-Adults (jovens adultos) até best-sellers do mo-mento, utilizando um repertório que agrada a nova geração de leitores. Para o profes-sor de inglês, Jonathas Almeida, os booktubers possuem um poder de influência com o públi-co jovem. “Os canais literários estão fazendo um favor para essa geração, ajudando-os com a literatura usando um tipo de linguagem próxima do cotidiano”, disse Almeida. Assim também pensa o jornalis-ta Luís Felipe Soares, do Diário do Grande ABC. Para ele, “parece uma conversa entre amigos”.

Quem são os booktubers? Stela Aquino, do canal The Dandelion in The Spring, começou a produzir vídeos co-mentando suas leitu-ras depois de ver e se inspirar em sua ami-ga da faculdade de jornalismo, Michas Borges, que também possui um canal no You-tube sobre o assunto.

Atualmente, cursando Letras na Universidade de São Paulo – USP, Stela aponta que sua forma de analisar os liv-ros ficou mais crítica de-pois das aulas. “Os se-guidores até pedem por vídeos de assuntos liga-dos aos meus estudos”, conta a blogueira.

Stela Aquino, mostrando alguns de seus livros re-senhados em seu canal (Foto: Acervo pessoal)

C o n h e c i m e n t o muito além da literaturaOutro canal de destaque no Youtube é o da jo-vem Isabella Lubrano, que comanda o canal “Ler Antes de Morrer”, com 41.797 inscritos. A booktuber adquiriu amor a leitura ainda quando criança, motivada pelas mulheres de sua família que eram grandes devoradoras de livros. A ideia de criar conteúdos em formato de vídeos veio da sua insatisfação com seu emprego como pro-dutora jornalística em São Paulo. Assim como tantos jornalistas, ela sonhava em ter uma oportunidade em frente às câmeras, como repórter de rua. Porém, percebeu que para real-izá-lo levaria tempo, então resolveu se dedicar ao seu blog literário, que exi-stia desde os tempos de faculdade, usando todo o aprendizado que teve tra-balhando na televisão.

A tentativa deu tão certo que a jovem acabou pedindo de-missão de seu antigo emprego e atualmente vive de seu canal, onde resenha livros clássi-cos uma vez por sema-na. Hoje, um dos seus vídeos, “Cinco segredos para ser um bom leitor”, possui mais de 70.000 visualizações e é um exemplo de como o for-mato ajuda nos hábitos de leitura e as editoras do Brasil e do mundo. “O sucesso dos booktubers me entusi-asma e me dá uma certa esperança sobre o futuro dos profissionais da co-municação”, afirma Lu-brano. Segundo ela, eles tratam a literatura como um tema divertido, inter-essante, que fascina e faz pensar. A grande aposta destes jovens é a forma de se comunicar com seu público, com suas estan-tes coloridas, o cenário dá ênfase aos livros, despertando atenção de seus seguidores. “A maior parte de nosso pú-blico são adolescentes ou jovens adultos de até 30 anos e esse pessoal está descobrindo que os livros também podem ser um produto pop mui-to divertido, assim como o cinema, a música ou os quadrinhos”, destaca a booktuber.

Isabella Lubrano, num momento de gravação no seu cenário improvisado (Foto de acervo pessoal)

O que pensam as editoras? Profissional do mercado editorial e graduada em Letras pela USP, Juliana Queiroz afirma que “Uma nova geração de leitores está sendo formada e junto com ela, veremos novas formas de se relacionar com a leitura, com o uso de aplicativos, disposi-tivos e novas formas de se fazer literatura”. Ela destaca que a relação dos booktu-bers e as editoras é um ponto positivo, que pode gerar ganhos diretos e indiretos para ambas as partes. Para os blogueiros, esse diálo-go pode ajuda-los a tornarem-se conhecidos, a ponto de viverem fi-nanceiramente disso, e a oportunidade de incorpo-rarem novos negócios. Já para as editoras, ter alguém que fale sobre seus títulos é excelente para a divulgação, pois um alcance de um canal no Youtube ou uma rede social é imensurável. O sucesso book-tubers reflete o compor-tamento de uma geração que utiliza, prioritaria-mente, as redes sociais para se informar, estu-dar, se divertir, interagir com outras pessoas etc. Mesmo com esse trabalho, os blogueiros literários não substituem a crítica convencional, já que os trabalhos se diferem. A crítica tradi-cional consagra e gera prestígio aos livros, en-quanto os blogs fazem uma leitura de referên-cia para a nova ger-ação. Isso gera simpa-tia e admiração pelos bons e velhos livros de papel.

Snapchat e o mundo

Por Aline Alcoforado As mídias sociais se popularizaram muito. Hoje elas são as maiores fontes de entretenimento no mundo inteiro. Uma em específico vem ganhando grande força nos últimos anos: o Snapchat, um aplicativo de mensagens que tem como base fo-tos e vídeos e traz à tona questões como invasão da privacidade.A coordenadora, profes-sora e jornalista Maria Inês Migliaccio, ao ser questionada sobre essa invasão afirma que é uma contradição dizer que o aplicativo faz isso. “Ele é uma ferramenta como qualquer outra que pode ser usada ou não de acordo com a vontade do usuário”. Ela ainda coloca em pau-ta o questionamento: a serviço de que a foto está sendo tirada? “Essa fo-tografia do instante serve a um novo propósito, uma redescoberta com uma outra função, mas não anula as outras pos-sibilidades que ela tem, cada vez ela é mais am-pliada”, afirma Inês.Seja através do Snap-chat ou qualquer outra plataforma social, o fato é que o sucesso delas não é algo passageiro. Fer-ramentas como o Snap-chat estão trazendo uma nova maneira de olhar o mundo. A problemática que fica sobre essa febre social não está em qual delas você vai estar in-serido, mas sim no modo de como irá utilizá-las.

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Esportes

Olimpíada gera polêmica quanto à valorização do esporteRio 2016 pode ser uma das grandes apostas para o crescimento esportivo no Brasil

Por Aline Alcoforado

A Olimpíada é mundialmente conheci-da, ainda sim existem dilemas a serem debati-dos como alguns es-portes são mais valo-rizados do que outros, o lugar da mídia nesse contexto e a perspectiva das pessoas em relação à ele. Apesar disso, ele ainda é um evento onde vários atletas de vários esportes diferentes se reúnem para defender seus países. Esse ano ela vai ocorrer aqui no Brasil, do dia 05 a 21 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro. Ter os jogos no país traz visibilidade e pontos bons, como afir-ma Educadora Física formada pela UNIBAN e pós-graduada em Per-sonal Trainer na FMU Ludmilla Ferrante Mes-sa. “É um evento mun-dial com muitos anos de existência, e que só vem ganhando força com o passar dos anos. Ele traz o conhecimento de “novos” esportes, e nos dá de presente o dom que cada atleta tem para cada modalidade, nos mostrando superações e até onde o corpo huma-no disciplinado é capaz de chegar”. Apesar dos pontos fortes, o Brasil ainda tem

muito a crescer quanto ao esporte, já que a grande mídia acaba por valori-zar mais alguns do que outros. Quando questio-nada sobre isso, a edu-cadora acredita de fato que a mídia exerce essa influência e que também está diretamente ligada aos patrocínios, ao que rende mais e dá o exem-plo do futebol para isso. Ela ainda se vê otimista quanto à visibilidade do evento: “As olimpíadas sempre servem para aprender-mos e conhecermos mais certos esportes, principalmente aque-les menos populares ou aqueles menos conheci-dos”. Ela ainda acredita que os veículos teriam a obrigação de apresen-tar ao público novos es-portes ou aqueles que sofrem com essa falta de visibilidade.

Apoio Esse questiona-mento não é só feito por profissionais da área, o público em geral, devido ao grande fluxo de infor-mação, também é capaz de perceber a diferença que existe entre a divul-gação de um esporte ou outro. “A modalidade que eu menos tenho conhe-cimento é o handebol”, declara Raquel Rissato Echem, analista SAP e

expectadora do even-to. Ela possui a mesma opinião que a educadora, que tudo isso pode ser devido à falta de patrocí-nio ou a falta da devida importância por parte da mídia quanto ao esporte. A atleta federada na categoria Júnior bra-sileira, Thaiza Fernandes acredita nessa influência dos grandes veículos, e vai muito mais além, fala que por parte da confederação/federação poderiam organizar even-tos esportivos como campeonatos nacionais, uma liga que durasse o ano inteiro, com mais equipes participando e os jogos sendo transmit-idos pela TV. Quanto a valorização do seu es-porte “Quem conhece o esporte, normalmente gosta muito. Acho que o público irá acolher bem o handebol nos jogos e após ele também”, de-clarou. A olimpíada con-ta com 28 modalidades, e o handebol é só um exemplo do que se pode ser explorado no país. É esperada a chegada de mais de 10 mil atletas de diferentes nacional-idades. Será mais uma explosão de cultura e a oportunidade para a valorização do esporte no país, depois da Copa do mundo de 2014.

Jogos Olímpicos de 2016 podem influenciar na vida do

universitário

Por Leticia QuintelaA prática de atividades físicas durante o período universitário é algo raro para alguns estudantes, mas em 2016, ano das Olimpíadas do Rio de Ja-neiro, o esporte ficou em alta e tornou-se uma ótima oportunidade para estabelecer um envolvi-mento entre o universitário e as atividades es-portivas. Virgílio Franceschi Neto, jornalista formado pela Faculdade de Motricidade Humana, em Portu-gal, e fez parte do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos – Rio 2016 como co-mentarista de Rugby, enaltece a importância da pratica esportiva durante a vida acadêmica. “O es-porte na vida do universitário valoriza o intercâm-bio de ideias, proporciona círculos de amizades e é capaz de inserir o universitário em um ambiente de esporte, de rendimento, e de participação”, afir-ma.Algumas universidades incentivam o esporte através das Associações Atléticas. A Atlética do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, proporciona ao aluno da instituição a oportuni-dade de treinar em modalidades como o futebol, handebol, natação e atualmente o rugby, em times femininos e masculinos, e competir em jogos como o JUCA (Jogos de Comunicação e Artes), e a NDU (Novo Desporto Universitário).O aluno de Publicidade e Propaganda e represen-tante da Atlética Belas Artes, Marcelo Negrão é um exemplo do entusiasmo dos universitários com o mundo dos esportes. “O esporte pode trazer opor-tunidades aos atletas, além de entretenimento, se tornando uma competição em alto nível”, acres-centa.

Balanço do Juca 2016O evento que ocorreu em Sorocaba, São Paulo, contou com a participação de oito universidades e cerca de 6 mil universitários de vários cursos de comunicação e artes. Entre as instituições representadas esteve o Centro Universitário Be-las Artes, que gradativamente vem se destacando e melhorando sua classificação.Nessa 23ª edição do Juca, a Belas Artes conquis-tou a quinta posição. O vencedor geral dos jogos foi a Universidade Presbiteriana Mackenzie.A vitória mais importante para a instituição foi a medalha de prata no futsal feminino. Outros destaques foram o rugby feminino e masculino que conquistaram a medalha de bronze.

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Entretenimento

Lá na Venda Rua Harmonia, 161 - Vila MadalenaO Lá da Venda é um armazém cheio de coisas penduradas e espalhadas por toda a parte. É uma ótima opção para almoço, café da manhã ou para fazer uma parada no meio da tarde e se deliciar com o famoso pão de queijo do local.Tel. (11) 3037 7702 | De terça a sexta das 11h às 19h; sábado das 10h às 19h e domingo/feri-ado das 10h às 17h30 The Phillysteak

ShopR. Girassol, 649 - Vila MadalenaCom uma geladeira cheia de cervejas artesanais, esse pequeno espaço tem como carro-chefe o popular prato da Filadélfia, o Philly Cheesesteak. Tel (11) 3530-5421.Ter-Sex: 12:00 às 15:00 / 18:00 às 22:00, Sáb-Dom: 13:00 às 22:00Di

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Assunto muito debatido no dia a dia dos jovens, mostrou que não são to-dos que concordam com os astros, mas a maioria ainda leva em conta suas dicas

Por Anna Carolina Xandó

Os jovens de hoje não conseguem ficar muito tempo sem aces-so a internet, seja pelo celular, computador ou tablete. E um dos assun-tos mais acessados é a Astrologia, que gerou o crescimento de sites, perfis no Facebook e no Twitter, grupos com mais de seis mil pessoas so-bre horóscopo, signos específicos e mapa as-tral, além das milhares imagens engraçadas e irônicas criadas sobre o assunto. Com o fácil aces-so à informação gratuita os jovens passaram a se alimentar desses conteú-

dos com maior profundi-dade, esse que antes era restrito e pago, conta Va-nessa Tuleski, astróloga do site Personare. Para Vanessa o público jovem é bem aberto para conversar sobre astrologia, signos e horóscopos, indepen-dente dos conceitos, se-jam eles mais populares ou sofisticados. E ainda mais pelo fácil acesso de hoje através de diversos textos e vídeos, em sites e redes sociais. A astrologia es-tuda como céu pode re-fletir na vida pessoal, no momento e no futuro de cada um, ajudando a en-tender o que esta aconte-cendo e identificando as potencialidades das pes-soas para saber como elas devem lidar com diversas situações que a vida pode apresentar, tendo mais segurança. Pela proporção que o assunto tomou e os diversos debates re-

alizados, mostra que os jovens possuem opiniões diversas. Em pesquisa realizada pelo BuzzArt, com 184 jovens, mais de 60% acreditam em horóscopo e acompanham em suas redes sociais. A aluna da Belas Artes, Heloísa Passos, 23 anos, procurou saber mais sobre astrologia para entender melhor as pessoas e melhorar o convívio com seus amigos. “Todo conhe-cimento que te leve a

um maior entendimento do seu eu e do próximo é muito valido, principal-mente quando se é jovem, previne evitar certos er-ros”, diz a estudante so-bre a relação dos jovens com o tema. Por outro lado te-mos jovens como a Cami-la Falcão, de 19 anos, que cursa direito na PUC-SP e não acredita em horósco-po. Para ela, a astrologia virou moda e perdeu um pouco da credibilidade com a criação de muitos

sites onde cada um fala uma coisa diferente. O problema esta na forma como os veículos estão abordando o assunto. “Eu acho que essa geração está desesperada por algo concreto que expli-que o por que as coisas são do jeito que são, e a astrologia virou a respos-ta do momento”, comen-tou. Para ela, os jovens estão usando os signos como desculpa, tirando a responsabilidade própria e colocando nos astros. Como todos os outros assuntos que são debatidos temos os dois lados, os jovens que acreditam e seguem a astrologia e os que já acham que faz parte de uma desculpa. E você, se encaixa em que lado? Dada a liberdade que vivemos, todos po-dem pensar e acreditar no que quiserem e na maio-ria das vezes conse-guimos conviver com nossas diferenças.

Astrologia gera dúvida entre os jovens

Urban ArtsRua Harmonia, 303B - Vila Madalena Loja focada em arte digital, possuí obras diferenciadas e únicas. Tel (11) 3032 1590. De terça a sábado 11h - 20h / Segunda fechado / Domingo 13h - 19h

Beco do BatmanR. Gonçalo Afonso - Vila MadalenaO Beco do Batman é uma travessa localizada na Vila Madalena repleta de grafites. É aberto ao público 24hrs.

Varal do BecoRua Cardeal Arcoverde, 1771Um brechó vintage, com um acervo de 35 mil peças e acessórios originais das épocas de 1920 à 1990, com foco maior nos anos 60 e 70. O lugar certo pra quem busca compor um look temático e o público consumidor de moda retrô. Tel (11) 3032-5074. Segunda: das 11:00hrs ás 19:30hrs / Terça a Sábado: das 9:00hrs às 19:30 hrs

Rafaela B

arros

Por Giulia Ghigonetto e Vinicius Alves