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ERROS rtJÀ TERIAIS E CONFUSÕES NO JULGAT"ENTO DO PROCESSO DO MENSA~AOo ========;=====;==;=====================~=:==== '. - Varlos S~@ 05 ERROS MATERIAIS, ERRONEAS DEFINI- ÇÕES dos BÊlnus de Volu'ln~e cc:mdençãGl per fatGs não ®corri- - , 4 ' des que resultaram em pesadas cond~naçQes de varlOS reus , pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, n~ j~lgament0 de MENSALÃO , dentre os quais se destacam: 1 - Definir que Bônus de Volume, sejam BONIFICAÇÕ- ES, quanà@, tanto p r definição gramatical, c~ , me :nas praticas comerciais, se constituem em parcelas rlistintaso 2 - Classificar c FUNDO DE INCENTIVO VISANET, come recurso público, emb@ra de propriedade da VISA NET, empresa -privada" (Ver parecer do n~p. Ju- ridico do Banco) 3- Condenação de Henrique Pizzolatll},sob a alega~ ção de fatos siquer objetos de DENUNCIA, com~- autorizações e pagamentos de bonus de volume , quan provado que ditos pagamentos foram per parte dos veiculos d~ &ivulgeção, para as agêE cias de publicidade, sem a interferência. pag~ mento, aut®rização ou conhecimento do Banc@ de Brasil, de resto pertencentes às ag;ncias de publicidade •. 4- Dupla cond@nação por um alegado mesmo crime •. DOS BONUS DE VOLUME Nenhum dispositivo contratual existe, determi- nande o repasse d0S BOh~S DE VOLUME, pelas agêbcias de pu- blicidade, para o Banco do Brasil" O contrato determina o repasse das.BONFICACQES •.. o nao dos EONUS DE VOLUME', parcelas distint~s. 1

Bv joão francisco defesa bv 1

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ERROS rtJÀ TERIAIS E CONFUSÕES NO JULGAT"ENTO DO

PROCESSO DO MENSA~AOo

========;=====;==;=====================~=:====

'. -Varlos S~@ 05 ERROS MATERIAIS, ERRONEAS DEFINI-

ÇÕES dos BÊlnus de Volu'ln~e cc:mdençãGl per fatGs não ®corri-- , 4 '

des que resultaram em pesadas cond~naçQes de varlOS reus ,

pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, n~ j~lgament0 de MENSALÃO ,

dentre os quais se destacam:

1 - Definir que Bônus de Volume, sejam BONIFICAÇÕ­

ES, quanà@, tanto p r definição gramatical, c~,me :nas praticas comerciais, se constituem em

parcelas rlistintaso

2 - Classificar c FUNDO DE INCENTIVO VISANET, come

recurso público, emb@ra de propriedade da VISA

NET, empresa -privada" (Ver parecer do n~p. Ju­

ridico do Banco)

3 - Condenação de Henrique Pizzolatll},sob a alega~

ção de fatos siquer objetos de DENUNCIA, com~­

autorizações e pagamentos de bonus de volume ,

quan provado que ditos pagamentos foram per

parte dos veiculos d~ &ivulgeção, para as agêE

cias de publicidade, sem a interferência. pag~

mento, aut®rização ou conhecimento do Banc@ de

Brasil, de resto pertencentes às ag;ncias de

publicidade •.

4 - Dupla cond@nação por um alegado mesmo crime •.

DOS BONUS DE VOLUME

Nenhum dispositivo contratual existe, determi­

nande o repasse d0S BOh~S DE VOLUME, pelas agêbcias de pu­

blicidade, para o Banco do Brasil"

O contrato determina o repasse das.BONFICACQES•..

o nao dos EONUS DE VOLUME', parcelas distint~s.

1

-que nao -

que pedem

2

As BONIFICAÇÕES s~ constitu~m em prÉticas com~r­

ciais conhecidas, em especial no __, ramo farmcêutico,onde

laboratórios enviam medicamentos a titulo de BONIFICAÇÃO ,

alem dos medicamentos cobrados e faturados, para incenti ­

var a venda de um determinado medicamento.- "Nao se confundem com remedios gratis

podem ser vendidos, ao contlário das BONFICAÇÕES

ser ~ vendidas"

são comuns ofertas comerclalS, em especial nas­

assinaturas de revistas em que o adql.1irenterecebe uma BO­

NIFICAÇÃO de um determinado periodo, sem pagamento de assi

naturao

Na prática publicitária, a BONIFICAÇÃO é dada em

espaço publicitário a maior", ,Ja o BONUS DE VOLUME e um incentivo pago pelas -

empresas de comu~icação, para as ag;ncias de publicidade.

Na instrução do processo, o juiz federal dirigiu

a seguinte pergunta à t~stemunha OTÁVIO FLORISBAL:

O Sr. poderia definir o que é BONUS DE VOLUME ?RESPOSTA:

"Bonificação d~ volume, tambem conhecido como ­

plano d~ incentivo para as ag~n. ias," é um tipo

de incentivo que os veiculos de comunicação 0­

ferec~m para as agênCias de publicidad~n.

Afirmou, ainda, ser um direito da agênCia que•... ,

U80 e repassado para o anunciante"

Afirmou, ainda, a testemunha OTAVIO FLORISBAL:

Il O Plano de Bonificação de Volume quando ele

é estabelecido por agênCia, leva em conta -, , ,dois criterÜ1)s: Ha um triterie quantitativo.", ,

li Ha uma v@riavel qualjt~tiva."

"A ]3onificaça€lde Volume é dada por um conjun­

to. Nio se citam clientes.", - ,llE uma relac.ao unicamente entre o veiculo e a

.•. . .•.

agencia, a agencia e o veículooll

Esclareceu mais,s t~'Stemynba OTÁVIO FLORISbAL:

"Inclusive, n~s temos o Conselho Executivo das

normas-padrão, que reune anunciante, agencia e

veiculas, temos, com base nisso, normas-padrio.lI

"As normas-padrão são reconhecidas, pelo mercado,,como va1idaso Ainda, agora, recentemente, no IV'

Congresso Erasileiro de Publicidade, elas foram

referendadas mais uma vez. Houve outro recente -ft

acordo entre anunciantes, agencia e veiculo, ex!

tamente para comprovar~que a bonificação de vo­

lume é de direito da ag~ncia e não deve ser re ­

passada aos anunciRntes, seja de iniciativa pri

veda, seja anunciantes de estatatais."

"Afirmo que (:)anunciante não tem qualquer partic!

pação em negociação de bonificação de volume."

Quando indagado se a Rede Globo paga bonificão ­

de volume a suas agencias, respondeu:

nA R~de Globo tem plano de incentivo para as agên­

cias, que é tradicional, tem mais de trinta anos

e contempla, como eu disse, aspectos quantitati ­

vos e aspectos qUalitativos.",Varias outras testemunhas prestaram depoimenttlis-

ne"vte sentido, ou seja, de que o bonus de volume pertence, "". - . ,as agenclas e nao ao anunClan~eo, -

Assim ao contrario da fundamentaçao de votos con

denatór~Os1 mesmo antes do advento da Lei 12.232/2010, e­

xistiram normas, segundo as quais:, o bonus de volume sem­

pre f~i das ag;ncias de publicicaàe e não do anuncianteo

A Lei nQ 12.232/2010, disciplinou em artigos di

ferentes , es chamades bonus de volume e as bemfficaçõeso

No artigo 18, lei 12.232/2010, assim dispQe:

lIi facultativa a concessão de planos de incenti­

vo por veiculo de divulgação e sua aceitação

per agência de publicidade. e os frutos deles ­

resultantes, para todos os fins de direito, re­

ceita pró~~ia da agente e não estão compreendi-

3

4

dos na obrigação estab~l~cida no parágrafo

~nico do artigo 15 d~sta L~i."

Os planos d~ incentivo disciplinados no artigo

18, s~ constituem nos chamados bonus de volumeo

Por sua vez, as BONIFICAÇÕES, encontram-s~ dis, , " .. ~ciplinadas no~ paragrafo UB1CO do artl~o 15 da citada Lei

nQ 12.232/2010 que assim dispõe:

"Pertencem ao contratante as vantagens obtidas

em negociação de compra de midia dir~tamente-, ..•

ou por int~rmedio d~ agencia de propaganda ,

incluidos os eventuais descontos e as boni­

ficações na forma de tempo, espaço ou reap1!

cações que tenham sido conc2didos pelo veiculo

de divulgação." - "Assim, BONIFICAÇOES, segundo o paragrafo unico

do artigo 15 da Lei 12.232/2010, em se tratando de publici

dade, ~ um acr~scimo de espaço publicitário e não um re ­

passe em dinheiro, como o' pretende o MPF em sua denuncia,

entendimento ratificado, de forma inadmissiv~l, pelo PGR ,

eisr que quando d.o p:feX'L"lcirDGnto d:'1s razees finais, a Lei ­

nº 12.232/2010, há muito havia sido promulgadao

Desta forma, desde a instituição do BONUS DE ­

VOLUME, cOmo antes do advento da Lei 12.232/2010, sempre

p~rtenc~u este às ag;ncias d~ publicidade e isto, segundo

a testemunha OTAVIO FLORIS'BAL, diretor da REDE GLOBO em de

corr~ncia de normas-padrão estabelecidas entr~ anunciantes,

agências de publicidade e v~icu1os d~ comunicação.

Por outro lado, o artigo 20 da Lei nQ 12.232/2010

d· ""assim .lspoe:

"0 disposto nesta Lei será aplicado subsidiá­

riamente às empresas que possuam regulamento -, -" -,proprio dé contrataçao, aS licitaçoes ja aber-

tas; aOS contra os em faze de execuç;o e aos ­

efeitos pendentes dos contratos já encerrados

na data de sua promulgação."

Chamo à atenção para a p!'1t'tefinal d~st~ dispositl

vo: "O disposto nesta l~i será aplicado •••••AOS EFEITOS­

PENDENTES DOS CONTRATOS JÁ ENCERRADOS NA DATA DE SUA PROI\1UL

GAÇÃO. "

Portanto, aplicação ao process0 de MENSALÃO.

No item 337 - Afirmou o Min JOaquim Barbosa:

"No entanto, recebeu bonificaç~es (referindo-se

à DNA) no valor, pelo menos de R$.2.923.686,16~, com autorização de Henrique Pizzolato, que

não acompanhou e nem fiscalizou a0equadamente

a execução do ajuste, apropriou-se ja quantia,

sem repass'~li ao Banco do Brasil".

ERRO MA TERIAL

Não se trata de BONIFICAÇÕES, mas, sim de BONUS

DE VOLUME, parcela LEGALMENTE recebida pela DNA.

O r~u HENRIQUE PIZZOLATO teria autorizado este­

recebimento pela DNA.

Em primeiro lugar, trata-se de pagamentos efe ­

tuados pelqs fornecedores, diretamente para a DNA, sem in ­

terferência ou conhecimento do Banco do Brasil ou de spu­

diretor 0e Marketing.

Em segundo lugar, o r~u HENRIQUEJlílPIZZOLATO em

momento algum "AUTORIZOU" (grifo nosso) o recebimento des­

ta parcela ou valores, pela DNA .•

Os documentos que compoem o alegado recebimento

de R$.2.923.686,16, pela DNA, nunca passaram pelo Banco do

Brasil, ou s~u diretor de ffiarketing.

Pelo que consta, teriam sido apreendidos, post~

riorm~nte ~ juntados ao processo.

AAsim, espera-se que o eminente Ministro Joaquim

Barbosa indique omie-esté- nos autos o documento firmado por

Henriqu~ Pizzolato, autorizanà o tal rece bimento p~la DNA.

É umat ',ôfirmação extremaml"'ntegrave que neces­

sáriamlll:nteprecisa L3errevista, pois, foi fundamente para -

5

~rro.

6

a injusta eond~nação do r~u.

Não é admissiv~l qu~ um ministro do STF, faça

afirmaçõ~s falsas, como relatar do processo ~ repasse esta­

~firmação falsa para os demais ministros, induzindo-os em

Com relação ao valor de R$.2.923.686,16, está

provado nos autos que 0 pag8m~nto foi r~alizado, diretamen­

te, pelos fornecreàores, para a agência de publicinade .•.

Tanto o Banco do Brasil, como seu diretor de

mark~ting siquer tinham conhecimento dos pagamentos destes­

valores, pelo que impossível de repassá-Ias ao banco, caso­

realmente se constituisse numa parc@la d~vida ao banc~.

Alem disso, mais uma vez incorre o r~lator no..,

~rre d~ consid~rar BONUS DE VOLUME, como ~~ndo BONIFICAÇO~~o

Constata-se que não basta os ministros possui­

rem somente ~levados eonh~cimentos jurid ices,: e desconh~c~r

os fatos que envolvem práticas comerciais co~idianas.

Existem no~ autos, como já mencionado, inume ­

ros depoimentos d~ p~ssoas qu~ atuam nos meios de divulga-- -,çao l"!qu~ d~finiram com correçao o que l"!BONUS DE VOLUME4I

No ~ntanto , com a manif~sta pré~djsposiçaõ de

cond~nar os réus, tambem nest~ particular, insiste o minis­

tro relatar ~m repassar aos demais ministros a id~ia erron~

a de que t~ría havido o pagamento d~ BONIFICAÇOES, quando ,

em verdade s~ trata de pagamento d~ BONUS DE VOLUME.

Mais grave, ainda,~a, afirmação erronea que ~s

te valor estaria se constituindo num reeUnD do BANCO DO BRA

SIlL.,quanào em verdadl'!p~rtence à ag;ncia.

O ministro Joaquim Barb19sa, durant~ a instrução

do processo, dirigiu conulta ao Banco do Brasil nos seguin­

tes termos:

"Houve d~sacompanhaml!"!ntode algum contrato de

Paganda e marketing celebrado com a ag~ncia

Qúblicidade no que diz respeito ao bonus de

lume(BV), referente o periodo de fevereiro

2003 a junho de 2005 ?" I

ve­

de

7

RESPOSTA DO BANCO DO BRASIL, ~m 22 d~ junho d~ 2009:

IiN~o foi obj~to d~ análise no Relatório de audi

toria, ~laborada p~la aud itoria interna

do Banco do Brasil, em 07.12.20005."

Nao foi obj~to de auditoria

que os bônus de volume diziam respeito

porque o banco sabia

unicament~ às a-,., .

genC1.as r:lepublicidade e forn~cedores.

Em informações prestadas pelo Banco do Brasil, em

datade de 22 de junho de 2009, r~s8alta o seguinte:

Em face de pedidos de auditoria em documentos re­

lativo a pagamentos de BONUS DE VOLUME, por fornec~dores ,

para diversas ag~ncias de publicidade, solicitada pelo TCU­

TRIBUNAL DE CONSTAS DA UNIÂO, o Banco do Brasil informou @seguinte, documento dos autos:

1 - Que em 06.01.2006, o Banco do Brasil encamin

hou, via cartório, notificação extra judicial à Grotera,

informando que iria promover a auditoria determinada pelo ­

TeU, solicitando-lhe a disponibilização da documentação P~Ltinente.

RESPOSTA DA GROTERA:"

Que os documentos estavam a disposiçao, EXCETO -

AS NOTAS FIS::AIS RELATIVAS AOS SERVIÇOS DE BONUS DE VOLUfv1E

RECEBIDOS DOS FOR~~CEDORES, POR DIZEREM RESPEITO ÀS ~~GO ­

CIAÇÕES PRIVADAS ENTRE ELA E OS SEUS FORNECEDORES, Qu~ NADA

TEM A VER COM O CONTRATO FIm~ADO COM O BANCO DO BRASIL (gri

fo nosso).

Igual solicitação diri~tu o Banco do Brasil ,

para a LOWE, em data d~ 06eOl.2006.

RESPOSTA DA LOWF:

Qu~ os docum~ntos ~st8vam à disposição, exc~to as

not3s fiscais relativas aos sorviços de bonus de volume r~

cebidos dos fornecedores, por ent~nder , d~ntre outras ra­

zões, qu~ tais documentos não diziam respeito à pr~stação ­

de serviços obj~t0 do contrato ~, dessa forma, não estão

contemplados dentre aqueles que poder~o ser fiscalizados.

Em 06.01.2006, o Banco do Brasil encaminho, • via

cartóri(!),notificação ~xtra jUrlicial para a DNA, informand0

que iria promover a auditoria det~rminada, solicitando =

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lh~ a disponibillzação da documentação pertinente.

Em 03.02.2006, a DNA informou da impossibi­

lidade de apresentar os documentos, em face de possivel

extravio e/ou apreenç~o pela R~ceita Federal, Policia

Federal e Policia Civil.

Em 06.01.2006, o Banco do Brasil dirigiu s~

melhante noticiaç~o para a D+ Brasil.

Em 02.02.2006, esta informou ao Banco do Bra

sil que tais documentos não diziam respeito à prestação

de serviços do contrato e, desc.a forma, não estariam con­

templados dentre aqueles que poderia ser fiscalizados.

As informações acima, foram prestadas nos da-açao penal 470-STF, em data de 22 de junho de 2009.

L\ ,esta, desta forma demonstrado que ate junho

de 2009, nenhum

volume efetuado

das ag;ncias ,le

Brasil.

documento relativo a pagamento de bonus de

por veiculos de comunicação, para as aludi

'I" " h .• - B dpua 1cldade, cegou 8S maos doancoo

Os fatos objetos de denuncia referem-se aos a

nos de 2003 a 2005.

Assim, resta evidenciedo que Henriqup Pizzola

to, por se tratar de relaçao restrita entre fornecedores

e ag;ncias ~e publicidade, n~o tinha como fiscalizar even­

tuais pagamentos de bonus de volume, como, ainda, referides

pagamentos não eram objeto dos contratos firmados com o Ban­

co do Brasil.

Mas, 8 injusta cond~naçio d~ H~nriqu~ Pizzolato

por falta, d~ fiscalizaçio do r~pass~ dos Bonus d~ Volume,

ao Banco do Brasil, resta d~finitivament~ demonstrada ~ pr~vada.

O ministro JOaquim Barbosa, no item 328 dos au­

t@s, afirma que a TINA não teria r~passado ao Banco do Era ­

silos valores obtidos a titule d~ Bonus d~ Volume.

Afirma: Neste sentido a informação do Banca do

Brasil, fIs. 332 - Apenso 83 - Volume 02.

o Bance do Brasil, d~sde a instituição dos­

Bônus d~ Volum~, há mais d~ trinta anos, nunca r~c~beu

Bonus de Volum~, pela simpes razão de eôtar ci~flt~-" .

que r~ferida parc~la era das ag~nc1as de publicidad~ e-nao do Banco do Brasil.

Diant~ dos confusões geradas no sentido de

que BONUS DE VOLUME e BONIFICAÇÕES s~riam a mesma coi­

sa, o DEPARTAMENTO JURIDICO DO BANCO DO BRASIL exarou­

extenso parecer, a p~dido da DIMAC, firmado pelo seu ­

consul tor jurid ice adjunto, Dr. ANDRÉ LUIZ DE MET)EIROS'

E SILVA, em data de 20.02.2006, atraves do parecer

DIJUR-COSURjCONSU nº 15066, com o qual concordou a Dra

HORTÊNCIA M.M. E SILVA.

Neste P8rec~r, o Banco do Brasil r~produz a

definição de AURELIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, no

seu famoso dicionário t:" registra, dentro outros, o s~­

guint~ significado para o vocábulo BONFICIAÇÃO:

"Conc~ssão qu~ (\)vend~dor faz ao comprador,

diminuindo o pr;çe da coisa v~ndida ou en­

tregando qUantidade maior do que ° estipu­

lado.", .Apos ressaltar que o Banco do Brasll, s~m-

pr~a~mitiu qu~ o Bonus d~ Volume, era das ag~ncias de

publicidade, assim S~ rnanif~stou s~u d~partamento juri

dicb; no item 32, docum~nto dos autos:

"Concluindo estaseonsideraç;es, cabe ver­

que a cláusula 2.7.4.6 n~ guarda ambigui­

dad~, em si mesma, e a int~rpr~taçio gra­

matical ~, à prim~ira vista, a que corr~~

pornd~ à inténçã. das part~s. Por~m quando

confrontada com es al~gados uses ~ eostu­

m~s da Atividad~ Publicitária - r~conh~ci

das mesmG p~lo TC~- como visto acima e

a conduta uniform~ das Part~s até pouco ­

temp~, a dificuldad~ interpretativa exmeE

ge e o litigio se manif~sta, exgindo sol,!;!

ção que, p~las consideraç;~s ~xpendidas~,

9

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pode ser contr~ria a@ Banco."

Por esta parecer, fica evidenciado que 0Banco do Brasil, s~mpre entendeu que os Bonus de Volume

eram d9s ag;ncias de publicidade e deixa claro que nUA

ca questionou ~ste direito das agências de publicidade.

Ressalta, ainda do referido Parecer que

o Banco e seu Departamento Juridico, tem plena convi ­

ção qu~ uma eventual demanda judicial, em face dos usos

e costumes e cl~usula contratual que não contempla o r~'

passe dos bonus de volume, mas taõ somente, as BONFICI­

CAÇ~ES, lhe seja desfavorávelo

No entanto, não apenas o r~u Henrique Pi:, , - ,zzolato, como varies outros reus, estao sendo estupida -

mente condenados, pela simples razão de onze ministros

do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL de pais, com inegável saber­

juridicê, desconhecem práticas comerciais tradicionais ,

CQ~O desconhecem o significad~ gramatical da Palavra BO=

NIFICAÇÃO. - - ,Nao serao apenas os reus injustamente

connenados por este desconhecimento dos eminentes minis­

tros da mais alta corte que irão sofrer as consegu;ncias

àeste erro interpretati ~~et mas, a própria SUPREIV.lACORTE,

se mantida a erronea interpretação por seus' demtos minis

tro~ )?essará' paraí,Jhl€rt4r'1~; !~~i~ttvlllm!!nte"por ,haveremseus emin~ntes ministros proferido uma decisão qu~ poder~

se transformar nomat0!' ERRO JOOICIÁRIO de - tÔda sua'

gloriosa hist~ria.

No processo, são m~ncionados os seguintes

valores qu~ não teriam sido fiscalizados pelo r~u Henrique

Pizzolato:

1 - R$.2.923.686,16

2 - R$.2.504.274,88

3 - Outros valores são mencionados al~atóri~mente.

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Teclas ~stes valores se constituem em BONUS

DE VOLU~ e não em BONIFICAÇÕES.

OS pagamentos fOrAm ef~tuados, diretamente

peles fornecedores, para as agencias de publicidade, sem

conheciment$, autorização ou irt;.rferêneiad$ Banoo dI!!) ­

Brasil ou de seu diretor d~ Marketing.

Registr~-se que os entes públioos, obriga­

tóriamente efetuam suas divulgações atrav~s de AgênCias

de Publicidade.

Mesmo na intervenção nas contratações dir~

tas, ~xiste à intervenção õas agênCias de publicidade,

e s~gundo parecer do DEPARTAMENTO JURIDICO do Banco do

Brasil,lhes ~ devido o bonus de volume, pela sua colab~

ração e auxili@ na produção das mercadorias subcontrata

das.(Parecer DIJUR-COJUR/CONSU nQ 15088 de 20

de fevereiro de 2006).

No mesmo parecer repassado para o Ministro

JOaquim Barbosa, o Banco do Brasil informou que para a-execuçao do contrato firmado oom o Banco, subcontra -

tou os fornecedores que enumera e foi pago o BONUS DE ~.

VOLUME a titulo de cooperação e auxilio na produção

das mercadorias subcon.tratadas, remuneração essa que.

segundo ° PAREDER do Banco, não se confunde oom a boni

ficação de espaço, desconto comercial eu financeiro que

pudesse ser repassado ao Banco e que é exclusiv0 das­

Ag~ncias de publicidade, nos termos do item 4.1 das­

Normas-Padrão da Atividade Publicitária.

Or8, se era entendimento do Banco do Bra ­

sil e de seu Departamento Juridico, que ditos valores --nao pertenciam ao Banco Do Brasil, come pode os SUPREMO,TRIBUNAL FEDERAL, condenar o reu Henrique PizzelatCB>, a

duras penas, por um al~gado crime que NÃO COIvIETEU?