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VERSOS MOLHADOVERSOS MOLHADOLEANDROLEANDRO

Mergulhei no rio da minha vida, Mergulhei no rio da minha vida, Molhei e perdi meus versos. Molhei e perdi meus versos.

Transversos e agora dispersos. Transversos e agora dispersos.

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Busquei a nascente e fiquei descrente. Busquei a nascente e fiquei descrente. Será se esse rio é feito de lágrimas contidas? Será se esse rio é feito de lágrimas contidas?

De água de mágoa, de mágoa sofrida? De água de mágoa, de mágoa sofrida?

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Esse rio nasce nos meninos ou meninas? Esse rio nasce nos meninos ou meninas? Será se são lágrimas simbolicamente uterinas? Será se são lágrimas simbolicamente uterinas?

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Não rio do meu rio porque é profundo E por ser rasante também. A lágrima me conduz pro fundo

Da profundeza que tem.

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Em cada porto revolvo segredos naufragados. Em cada porto revolvo segredos naufragados. Meus afluentes são entes, são pedras, são oráculos. Meus afluentes são entes, são pedras, são oráculos. E há rio sem pedras? E há rio sem pedras?

E há vida sem obstáculos? E há vida sem obstáculos?

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Mergulhei novamente no mesmo endereço. Mergulhei novamente no mesmo endereço. Busquei os versos que mereço e apenas me molhei Busquei os versos que mereço e apenas me molhei

Nas águas que não conheço. Nas águas que não conheço.

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