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(C) 2004-2006 Gustavo Motta 1 1 Introdução à segurança computacional Definição formal de segurança computacional Ameaças Políticas e mecanismos Suposição e confiança Garantia Questões operacionais Questões humanas

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1Introdução à segurança

computacional

Definição formal de segurança computacional

Ameaças

Políticas e mecanismos

Suposição e confiança

Garantia

Questões operacionais

Questões humanas

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Definição de segurança computacional (1)

Segurança computacional

• “Prevenir que atacantesatacantes alcancem seus objetivos através do acessoacesso não

autorizado ou usouso não autorizado dos computadores e suas redes”

(Howard, 1997)

– Acesso não autorizadoAcesso não autorizado: ocorre quando um indivíduo tenta acessar

informações ou recursos sem a devida autoridade

– Uso não autorizadoUso não autorizado: ocorre quando um indivíduo com autoridade para

acessar informações ou recursos de um certo modo tenta acessá-las de outras

formas

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Definição de segurança computacional (2)

Taxonomia de ataques a redes e computadores

Atacantes

Hackers

Espiões

Terroristas

Agressores internos

CriminososProfissionais

Vândalos

Meios

Comandos de usuários

Programas ou scripts

Agentesautônomos

Toolkits

Ferramentas distribuídas

Grampo deDados

Acesso

Vulnerabilidade implementação

Acesso nãoautorizado

Processos(arquivos ou dados

em trânsito) Vulnerabilidade projeto

Vulnerabilidade configuração

Uso não autorizado

Resultados

Corrupção dainformação

Revelação dainformação

Roubo deserviço

Recusa deserviço

Objetivos

Desafio,status

Ganho político

Ganho financeiro

Causar perdas

Serviços de segurança

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Definição de segurança computacional (3)

Segurança computacional

• “A segurança em um sistema de informação (SI) visa protegê-lo contra

ameaças à confidencialidadeconfidencialidade, à integridadeintegridade e à disponibilidadedisponibilidade das

informações e dos recursos sob sua responsabilidade” (Brinkley & Schell,

1995; Joshi et al., 2001)

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Definição de segurança computacional (4)

Confidencialidade (1)

• É a manutenção do sigilosigilo das informações ou dos recursos

• A violaçãoviolação da confidencialidade ocorre com a revelaçãorevelação não autorizada da

informação ou dos recursos

• A prevenção contra as ameaças à confidencialidade em SI pode ser alcançada

com a aplicação de mecanismos de controle de acesso e com técnicas de

criptografia e de segurança de redes

• A confidencialidade também se aplica a mera existência de um dado, que pode ser

mais importante do que o dado em si

• Todos os mecanismos que impõem confidencialidade requerem serviços para

suportá-los – suposições e confiança

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Definição de segurança computacional (5)

Confidencialidade (2)• Exemplo: criptografia como mecanismo de controle de acesso

– A criptografia do extrato de uma conta corrente previne alguém de lê-lo. Caso o correntista precise de ver o extrato, ele precisa ser decifrado. Apenas o possuidor da chave criptográfica, utilizando o programa de decifração, pode fazê-lo. Entretanto, se outrem conseguir ler a chave, a confidencialidade do extrato fica comprometida

– O problema da confidencialidade do extrato se reduz agora à confidencialidade da chave criptográfica, que deve ser protegida

• Exemplo: proteção da existência de um dado

– Saber que um indivíduo é um cliente VIP de um banco pode ser mais importante que saber quais/quantos são os recursos que ele possui aplicados

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Definição de segurança computacional (6)

Integridade (1)

• Refere-se a confiabilidade da informação ou dos recursos

• A violaçãoviolação da integridade ocorre pela modificaçãomodificação imprópria ou não

autorizada da informação ou dos recursos

• Integridade de dados

– Confiabilidade do conteúdoconteúdo dos dados

• Integridade de origem

– Confiabilidade da fontefonte dos dados – autenticaçãoautenticação

Sustenta-se na acurácia e na credibilidade da fonte e na confiançaconfiança que as pessoas

depositam na informação

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Definição de segurança computacional (7)

Integridade (2)• Classes de mecanismos para integridade

– Mecanismos de prevençãoprevenção

Objetivam manter a integridade dos dados com o bloqueio de qualquer tentativa não autorizada de modificá-los ou qualquer tentativa de modificá-los por meios não autorizados – acesso e uso não autorizados

AutenticaçãoAutenticação e controle de acessoscontrole de acessos adequados, em geral, são eficazes para prevenir o acesso não autorizado

O uso não autorizado requer formas de controle distintas, sendo mais difícil de prevenir

– Mecanismos de detecçãodetecção

Buscam reportar que a integridade dos dados não é mais confiável, em parte ou no todo

A criptografiacriptografia pode ser usada para detectar violações de integridade

• A avaliação da integridade é de difícil realização por basear-se em suposições sobre a fonte dos dados e da sua confiabilidade

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Definição de segurança computacional (8)

Integridade (3)• Exemplo: corrupção da integridade de origem

– Um jornal pode noticiar uma informação obtida de um vazamento no Palácio do Planalto, mas atribuí-la a uma fonte errada. A informação é impressa como recebida (integridade dos dados preservada), mas a fonte é incorreta (corrupção na integridade de origem )

• Exemplo: distinção entre acesso e uso não autorizados

– Num sistema contábil, o acesso não autorizado ocorre quando alguém quebra a segurança para tentar modificar o dado de uma conta, por exemplo, para quitar um débito, sem autoridade para tal

– Agora, quando o contador da empresa tenta apropriar-se de dinheiro desviando-o para contas no exterior e ocultado respectivas transações, então ele está abusando de sua autoridade – embora possapossa, ele nãonão devedeve fazê-lo

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Definição de segurança computacional (9)

Disponibilidade (1)

• Refere-se a capacidade de usar a informação ou o recurso desejado

• A violação da disponibilidade ocorre com a retençãoretenção não autorizada de informações ou recursos computacionais

– Ataques de recusa de serviço – denial of service attacks

• Usualmente definido em termos de “qualidade de serviço”

– Usuários autorizados esperam receber um nível específico de serviço, estabelecido em termos de uma métrica

• Mecanismos para prevenção/detecção eficazes são difíceis de implementar e podem ser manipulados

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Definição de segurança computacional (10)

Disponibilidade (2)

• Exemplo: manipulação de mecanismos de disponibilidade

– Suponha que Ana tenha comprometido o servidor secundário de um banco,

que fornece os saldos das contas correntes. Quando alguém solicita

informações ao servidor, Ana pode fornecer a informação que desejar.

Caixas validam saques contatando o servidor primário. Caso ele não obtenha

resposta, o servidor secundário é solicitado. Um cúmplice de Ana impede que

caixas contactem o servidor primário, de modo que todos eles acessam o

servidor secundário. Ana nunca tem um saque ou cheque recusado,

independente do saldo real em conta

– Note que se o banco tivesse apenas o servidor primário, este esquema não

funcionaria – o caixa não teria como validar o saque

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Ameaças (1)

Ameaça

• Uma ameaça é uma potencialpotencial violação de segurança

• As ações que podem acarretar a violação são denominadas de ataquesataques

• Aqueles que executam tais ações são denominados de atacantesatacantes

• Os serviços de suporte a mecanismos para confidencialidade, integridade e

disponibilidade visam conter as ameaças à segurança de um sistema

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Ameaças (2)

Classes de ameaças (Stallings, 1999)

origemorigem destinodestino

Fluxo normalFluxo normalInterrupçãoInterrupçãoInterceptaçãoInterceptaçãoModificaçãoModificaçãoFabricaçãoFabricaçãoAmeaças Ameaças

Prevenção Prevenção DisponibilidadeDisponibilidadeConfidencialidadConfidencialidadee

IntegridadeIntegridadeAutenticaçãoAutenticação

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Ameaças (3)

Classes de ameaças (Shirey, 1994)• Disclosure: acesso não autorizado à informação

– Snooping (bisbilhotar): ataque passivo – o grampo telefônico é o exemplo clássico

• Deception: aceitação de dados falsos, indução ao erro

– Modificação (alteração), spoofing (masquerading ou logro), repudiação de origem, repudiação de recebimento

• Disruption: interrupção ou prevenção da operação correta de um sistema

– Modificação

• Usurpação

– Modificação, spoofing, delay, recusa de serviço

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Ameaças (4)

Masquerading × Delegação

• Masquerading ocorre quando uma entidade é personificadapersonificada por outra

• Delegação ocorre quando uma entidade autoriza outrem a realização ações realização ações em seu interesseem seu interesse

– Todas as partes são cientes da delegação, que pode ser verificada junto ao delegante

• Exemplo: delegação por motivo de férias

– Quando Ana sai de férias no banco, ela delega para José a autoridade (menos a capacidade de delegar) para que ele atuar em seu interesse. Nesse caso, José não finge ser Ana, mas pode afirmar que atua no interesse dela, que pode confirmar isto

– Contrariamente ao masquerading, a delegação não é uma violação de segurançaa delegação não é uma violação de segurança

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Políticas e mecanismos (1)

Política de segurança

• É uma diretriz de alto níveldiretriz de alto nível que determina o que permitido e o que é proibido

– Em geral, são expressas em linguagem natural – ambigüidades e incompletudes

– Brinkley & Schell (1995) definem o conceito de “política técnica” como sendo a

interpretaçãointerpretação da “política de alto nível” em termos dos relacionamentos formaisrelacionamentos formais

entre as entidades ativas (sujeitossujeitos), as entidades passivas (objetosobjetos) e os modos de

acesso (operaçõesoperações) permitidos

Matemática – precisa, mas difícil de trabalhar e de entender: descrita em termos de

estados permitidos (seguros) e proibidos (não seguros)

Linguagens para expressar políticas – alia precisão com facilidade de uso

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Políticas e mecanismos (2)

Mecanismo de segurança

• É um métodométodo, ferramentaferramenta ou procedimentoprocedimento que pode ser usado para impor

uma política de segurança

– Técnico: aquele no qual os controles de um sistema impõem a política

Obrigar um usuário a fornecer uma senha para autenticá-lo antes de utilizar um

recurso

– Procedimental: aquele no qual controles externos ao sistema impõem a política

Sanções contra aqueles que violam a política de segurança

Composição de políticas

• Caso as políticas conflitem, as discrepâncias podem criar vulnerabilidades de

segurança

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Políticas e mecanismos (3)

Exemplo: distinção entre políticas e mecanismos

• Suponha que o laboratório de computação de uma universidade estabelece

uma política que proíbe qualquer estudante de copiar os arquivos de

trabalhos de outros estudantes. O sistema de computação provê mecanismos

para prevenir que terceiros leiam os arquivos de um usuário qualquer. Ana

falhou em usar tais mecanismos e José conseguiu copiar os arquivos. Uma

brecha na segurança ocorreu e José violou a política de segurança. A falha

de Ana em proteger seus arquivos não autoriza José a copiá-los

• Caso José pudesse apenas ver os arquivos, sem copiá-los, haveria violação

da política?

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Políticas e mecanismos (4)

Objetivos da segurança

• Uma política de segurança especifica as ações “seguras” e aquelas “não seguras”

– Mecanismos de segurança visam prevenir, detectar ou recuperar-se de ataques

– Prevenção: visa impedir o sucesso dos ataques – ideal

Envolve a implementação de mecanismos que os usuários não possam ignorar, para os quais se supõe uma implementação correta e não vulnerável

– Detecção: visa determinar que um ataque está ocorrendo ou que já ocorreu

Monitora, mas não impede ataques – permite conhecê-los melhor

– Recuperação – complexo porque a natureza de cada ataque é diversa

Pára o ataque, avalia e repara os danos

O sistema continua a operar corretamente, mesmo quando o ataque sucede

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Políticas e mecanismos (4)

Exemplo: prevenção

• Caso alguém pretenda violar um servidor a partir da Internet e este não está

conectado à rede, então preveniu-se do ataque

Exemplo: detecção

• Mecanismo que fornece uma advertência quando um usuário entra mais de

três vezes com uma senha incorreta. O login continua mas o registro fica para

fins de auditoria

Exemplo: recuperação

• Caso um atacante delete um arquivo, o mecanismo de recuperação pode

restaurá-lo da lixeira ou do backup

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Suposição e confiança (1)

Permeiam todostodos os aspectos de segurança

• A segurança baseia-se em suposições específicas para o tipo de segurança

requerido e para o ambiente no qual será empregada

Políticas

• Consistem num conjunto de axiomasaxiomas que os formuladores das políticas

acreditam ser exeqüíveis

– Suposições

A política particiona o conjunto de estados do sistema em estados “seguros” e em

estados “inseguros” – determina o que é um sistema seguro

Captura corretamente os requisitos de segurança

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Suposição e confiança (2)

Exemplo: back door e confiança

• Precisa-se de uma chave para abrir a fechadura de uma porta. Assume-se que

a fechadura é segura contra arrombamentos. Essa suposição é tratada como

um axioma e é feita porque, em geral, as pessoas só conseguem abrir a porta

com uma chave. Um bom arrombador, entretanto, pode abrir a porta sem

uma chave. Logo, num ambiente com um arrombador habilidoso e não

confiável, tal suposição é errada e a conseqüência é inválida.

• Uma exceção bem definida para as regras oferece a porta dos fundos (back

door) pela qual o mecanismo de segurança pode ser contornado

– A confiança reside na crença de que o back doorA confiança reside na crença de que o back door não será usado, exceto como não será usado, exceto como

especificado na políticaespecificado na política

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Suposição e confiança (3)

Mecanismos

• Suposições

– Os mecanismos de segurança previnem o sistema de entrar em estados “inseguros”

– a política de segurança pode ser imposta pelos mecanismos

– Os mecanismos de segurança funcionam corretamente

Hardware, infra-estrutura, redes, etc

Caso alguma suposição não se verifique, o sistema não será seguro

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Suposição e confiança (4)

Tipos de Mecanismos

Um mecanismo de segurança é seguroseguro se R Q; ele é precisopreciso se R = Q; e ele é abrangenteabrangente

se existirem estados r tal que r R e r Q

seguro preciso abrangente

Conjunto de estadosalcançáveis – R

Conjunto de estadosseguros – Q

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Suposição e confiança (5)

Confiar no funcionamento correto dos mecanismos requer

várias suposições

• Cada mecanismo foi projetado para implementar uma ou mais partes da

política de segurança

• A união dos mecanismos implementa todos os aspectos da política de

segurança

• Os mecanismos estão implementados corretamente

• Os mecanismos estão instalados e administrados corretamente

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Garantia (1)

A confiança não pode ser quantificada precisamente

• A especificação, o projeto e a implementação de um sistema provêem a base para determinar “o quanto” se pode confiar nele

– A garantia é a confiançaconfiança de que uma entidade satisfazsatisfaz seus requisitos de segurança, baseada em evidênciasevidências específicas fornecidas pela aplicação de técnicas de garantia

O quanto se pode confiar que o que sistema realmente faz é aquilo que se supõe que ele faz

Demonstração de que sistemasistema em funcionamento não violará as especificações – argumentos e provas

Processo de software estabelecido – qualidade de produto

» Embora as técnicas de garantia não assegurem a correção ou a segurança, elas provêem uma base firme avaliar em que se pode confiar a fim de acreditar que um sistema é seguro

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Garantia (2)

Relacionamentos entre garantia, políticas e mecanismos

Políticas

Mecanismos

Garantia

Definição de requisitos que explicitamente estabelece as expectativas de segurança dos mecanismos

Prover uma justificativa de que o mecanismo atende a política através de evidência de garantia e aprovações baseadas em evidência

Entidades executáveis que são projetadas e implementadas para atender os requisitos da política

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Questões operacionais (1)

A preocupação com a segurança não termina com a

conclusão de um sistema

• Um sistema “seguro” pode ser violado pela operação imprópria

• A questão é como avaliar o efeito das questões operacionais na

segurança

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Questões operacionais (2)

Análise de custo-benefício

• Pesa o custo de proteger dados e recursos contra os custos associados com a violação da segurança

– É mais barato prevenir ou recuperar?

• Considerações

– Sobreposição de efeitos de mecanismos

Exemplo: criptografia

– Os aspectos não técnicos dos mecanismos

Eles podem ser empregados efetivamente

– Facilidade de uso, aceitação ...

O efeito desejado com o mecanismo pode não ser o obtido

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Questões operacionais (3)

Análise de risco

• O que acontece se dados e recursos forem comprometidos?

– Ajuda a determinar o que se deve proteger e com qual nível de proteção

Requer uma análise das ameaças potenciais contra um bem e as chances delas

ocorrerem

O nível de proteção é em função da probabilidade do ataque ocorrer e dos seus

efeitos

» Proteger-se contra um ataque de baixa probabilidade é menos importante que se proteger

de um ataque de alta probabilidade

Isso nem sempre é verdade!

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Questões operacionais (4)

Leis e clientes

• Leis restringem a disponibilidade e uso de tecnologias e afetam

procedimentos de controle

– Leis específicas para informações clínicas de paciente determinam políticas e

controles a serem adotados

• Normas, procedimentos, resoluções no âmbito das organizações

• A sociedade distingue práticas legais das aceitáveis

– Medidas de segurança ilegais ou inaceitáveis podem cair no descrédito ou dar a

falsa sensação de segurança

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Questões humanas (1)

Problemas organizacionais

• Poder e responsabilidade

– Aqueles responsáveis pela segurança têm o poder para impô-la?

• Benefícios financeiros

– Os investimentos em segurança não trazem rendimentos, mas apenas previnem

a perda de rendimentos provenientes de outras fontes

– Perdas decorrentes de falhas de segurança são um grande incentivo para

realização dos investimentos

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Questões humanas (2)

Problemas com pessoal

• Maior fonte de problemas com segurança

– Pessoal interno

Acesso autorizado, mas uso não autorizado (80-90% dos problemas de segurança)

Treinamento inadequado – e. g., problemas de configuração

– Pessoal externo

Acesso não autorizado

• Engenharia social

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Resumo (1)

Ameaças

Polícias

Especificação

Projeto

Implementação

Operação

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Resumo (2)

PPlloo íí iitt cc aa ss

Objetivos e requisitosObjetivos e requisitos

Regras e procedimentosRegras e procedimentos

Inclui legislaçãoInclui legislação

Definição de domíniosDefinição de domínios

Definição de autoridadesDefinição de autoridades

Planejamento de Planejamento de

implantaçãoimplantação

AcompanhamentoAcompanhamento

SSrree

vv ççii ooss

AutenticaçãoAutenticação

AuditoriaAuditoria

Controle de Controle de

acessoacesso

ConfidencialidadeConfidencialidade

Não repudiaçãoNão repudiação

IntegridadeIntegridade

DisponibilidadeDisponibilidade

TT

cc

ee

nn lloo oo ggii

ssaa

Mec

anism

os

Mec

anism

os Padrões

Padrões

•X.509X.509•LDAPLDAP•NIST NIST CABP ...CABP ...

•CriptografiaCriptografia•Assinatura Assinatura Eletrônica Eletrônica•CABP ...CABP ...

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Referências

BRINKLEY, D. L.; SCHELL, R. R. Concepts and terminology for computer security. In: ABRAMS, M. D.; JAJODIA, S.; PODELL, H. J. (Ed.). Information security: an integrated collection of essays. Los Alamitos, CA: IEEE Computer Society Press, jan. 1995. p. 40-97.

HOWARD, J. D. An analysis of security incidents on the internet: 1989-1995. 1997. Tese de Doutorado – Carnegie Mellon University, Pittsburgh, Pennsylvania, EUA.

JOSHI, J. B. D.; AREF, W. G.; GHAFOOR, A.; SPAFFORD, E. H. Security models for web-based applications. Communications of the ACM, v. 44, n. 2, p. 38-44, fev. 2001.

SHIREY, R. Security Architecture for Internet Protocols: A Guide for Protocol Designs and Standards, Internet Draft: draft-irtf-psrg-secarch-sect1-00.txt (Nov. 1994).

STALLINGS, W. Cryptography and network security: principles and practice. 2. ed. Prentice Hall, 1999. 569 p.